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Em um aceno à bancada ruralista, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), deve instalar nos próximos dias uma nova Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Funai e Incra. A comissão será a continuação da CPI que se encerrou em agosto deste ano, mas sem apresentação de relatório final.

A autorização para recriação da CPI foi dada no final de agosto, mas as eleições municipais e a agenda de votações de matérias de interesse do governo inviabilizaram o início dos trabalhos. Os governistas se articulam para manter a comissão sob o comando do deputado Alceu Moreira (PMDB-RS) e a relatoria com o tucano Nilson Leitão (MT). No momento, os partidos estão concluindo a fase de indicação dos nomes para a reedição da CPI.

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Quando assumiu a presidência da Câmara, Maia assumiu um discurso de pacificação e anunciou que não estimularia a instalação de CPIs. Assim, só manteve em funcionamento a CPI da Lei Rouanet. Maia, no entanto, cedeu aos apelos da bancada ruralista - com aproximadamente 200 dos 513 deputados, uma das maiores da Câmara - para retomar os trabalhos ainda este ano.

Originalmente, a CPI foi criada em outubro de 2015 para investigar supostas irregularidades na demarcação de terras indígenas e quilombolas, além dos conflitos agrários e a relação das entidades do governo federal com ONGs. A nova versão da CPI deve aproveitar o material colhido pela comissão anterior e aprofundar a investigação sobre pontos que não eram foco da antiga comissão.

Entre os pontos, estão supostas fraudes em demarcações e desvio de recursos, discutir a questão da soberania nacional e a segurança pública em terras indígenas na fronteira brasileira, analisar denúncias de tráfico e terrorismo, avaliar a estrutura e o funcionamento do Incra, apurar informações de venda irregular de lotes destinados à reforma agrária, questionar a produtividade dos assentamentos e apurar denúncias de desmatamentos ilegais.

A expectativa da bancada ruralista é que o requerimento de instalação seja lido no plenário da Casa nesta semana, permitindo o início dos trabalhos na semana seguinte. Os ruralistas não apressaram a recriação da CPI para evitar a abertura do prazo de 90 dias para funcionamento da comissão durante o período eleitoral. Segundo Leitão, a ideia é encerrar os trabalhos até dezembro.

A Fundação Nacional do Índio (Funai) está com edital disponível para a seleção de estagiários de níveis médio, técnico e superior. O documento não traz o total de vagas disponíveis, mas adianta que podem ser selecionados candidatos de todo o Brasil, que atuarão nas unidades do órgão distribuídas em 18 estados e no Distrito Federal.

Segundo a Funai, além dos concorrentes de nível médio, podem participar do processo seletivo estudantes dos cursos técnicos de administração, informática, agricultura, agroecologia, agropecuária, secretariado, desenho de construção civil, eletrotécnica, segurança no trabalho, arquivologia, gestão pública, recursos humanos e meio ambiente integrado.

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Candidatos de nível superior devem pertencer aos seguintes cursos: gestão pública, recursos humanos, secretariado executivo, administração, antropologia, ciências ambientais, etnodesenvolvimento, análise de sistemas, engenharia ambiental, arquivologia, biblioteconomia, ciências econômicas, geodésia/cartografia, geografia, ciência da computação, comunicação social, letras, serviço social, museologia e direito.

As candidaturas devem ser feitas até às 16h do dia 12 e setembro, por meio do site do processo seletivo, sem a necessidade de taxa de inscrição. De acordo com a Funai, os candidatos passarão por prova objetiva online composta por 30 questões, que vão variar conforme o nível de escolaridade dos participantes e cursos ocupados.

A previsão de divulgação dos resultados da seleção é para 15 de setembro. Segundo a Funai, os selecionados deverão iniciar o estágio no dia 19 do mesmo mês. Outros detalhes informativos sobre o processo seletivo podem ser obtidos no edital

A Fundação Nacional do Índio (Funai) está processo seletivo aberto para contratação de estagiários. O processo seletivo prevê o preenchimento de vagas e formação de cadasro reserva. As inscrições podem ser feitas gratuitamente por meio do site da organizadora da seleção, até as 16h do dia 2 de setembro.

Para se candidatar às oportunidades, os estudantes devem se encaixar em alguns requisitos mínimos. São eles: ter disponibilidade para estagiar por, no mínimo, seis meses; estar matriculado no ensino médio ou superior, em instituições reconhecidas pelo Ministério da Educação (MEC).

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Os estudantes também precisam não estar cursando, em 2016, o último ano do ensino médio ou do superior; ter disponibilidade para estagiar quatro ou seis horas semanais; ter idade mínima de 16 anos, no ato da assinatura do contrato; ser brasileiro ou estrangeiro; e não estar estagiando em outro local. 

O processo seletivo consta em prova objetiva e online, composta de 30 questões, sendo dez para língua portuguesa, dez para conhecimentos gerais e outras dez para conhecimentos específicos. A divisão das proposições é tanto para candidatos de nível médio quanto nível superior.

A classificação final será divulgada em 8 de setembro. O início das convocações está previsto para dia 12 do mesmo mês. Outra s informações podem ser obtidas pelo edital de abertura da seleção, divulgado no Diário Oficial da União desta quinta (18). 

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Os videocassetes seguem o mesmo caminho dos disquetes de computador, dos cartuchos stereo 8 e dos rolos de filme fotográfico, após o anúncio de que seu último fabricante, a japonesa Funai Electric, deixará de produzir o aparelho. 

A companhia justificou sua decisão pela forte queda das vendas e deixará de fabricar no fim deste mês os videocassetes VHS em sua fábrica da China.

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"Uma empresa que estava fabricando componentes para nós disse que era muito difícil continuar produzindo-os com um nível tão baixo de vendas e decidiu parar a produção, o que nos levou a tomar nossa decisão", disse nesta sexta-feira (22) um porta-voz da companhia.

A Funai chegou a vender 15 milhões de aparelhos de videocassete VHS por ano, um número que em 2015 foi de apenas 750 mil. Nos últimos anos a companhia vendia a maioria de seus VHS na América do Norte, alguns com a marca Sanyo.

A demanda é proveniente principalmente de consumidores que têm grandes coleções de fitas de vídeo que só podem ser reproduzidas em videocassetes. Uma pesquisa realizada há alguns anos pela Gallup revelava que 58% dos americanos ainda tinham um videocassete em casa.

Estes aparelhos se tornaram muito populares nas décadas de 1970 e 1980, mas foram substituídos progressivamente pelos DVDs e serviços de streaming. Após a decisão da Panasonic há alguns anos de deixar de fabricar estes aparelhos VHS, a Funai era a última empresa que os produzia.

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A empresa recebeu uma série de telefonemas de proprietários japoneses de fitas de vídeo que ainda não copiaram suas gravações de casamento ou outras ocasiões especiais para outros formatos, acrescentou o porta-voz.

Talvez o Japão tenha a reputação de estar muito atualizado em tecnologia devido aos seus aparelhos e robôs futuristas, mas muita gente segue optando por velhos equipamentos em sua vida diária, como o fax ou telefones celulares com flip. As fitas de videocassete ainda são populares e as redes de aluguel de DVD seguem presentes nas cidades japonesas.

A Sony havia abandonado, por sua vez, em 2002 a produção de gravadores Betamax e no ano passado anunciou que deixaria de fabricar as fitas deste sistema, rival do VHS, desenvolvido por outro fabricante de eletrônica japonês que acabou formando parte da JVC anos depois.

No entanto, o VHS também acabou perdendo a batalha, à medida que as fitas de vídeo foram substituídas por outros formatos digitais, como o DVD que, por fim, também está perdendo espaço para a tecnologia de transmissão em streaming.

A indicação do general da reserva do Exército Sebastião Roberto Peternelli Júnior para presidir a Fundação Nacional do Índio (Funai) causou indignação entre os índios e organizações ligadas à proteção dos direitos dos povos indígenas.

Nesta quarta-feira, 6, um grupo de indígenas das etnias pataxó e tupinambá caminha na Esplanada do Ministérios em direção ao Palácio do Planalto para protestar contra a indicação do militar e outras medidas tomadas pelo presidente em exercício, Michel Temer (foto à direita/MídiaNinja). Tais ações bloquearam execuções orçamentárias ligadas ao Ministério da Justiça, ao qual Funai e o Conselho Nacional de Política Indigenista estão vinculados.

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O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) informou que repudia a indicação do militar, que ainda não recebeu aval do Palácio do Planalto. "Sua nomeação significaria um inequívoco retrocesso na relação do Estado brasileiro com os povos indígenas, retornando à perspectiva do militarismo integracionista vigente durante o período da ditadura militar", disse o secretário executivo do Cimi, Cléber Buzattto.

A organização Greenpeace declarou que considera "um absurdo colocar na presidência da Funai uma pessoa que defende a ditadura e que foi indicada pelos inimigos das populações indígenas."

"Se o presidente Temer quer um agente para dar um duro golpe nos direitos indígenas, ele escolheu a pessoa certa", disse Márcio Astrini, coordenador de Políticas Públicas da organização ambiental.

Segundo informações do jornal Folha de S.Paulo, Sebastião Roberto Peternelli confirmou o recebimento do convite pelo PSC (Partido Social Cristão), a bancada mais conservadora do Congresso e que conta com parlamentares como Jair Bolsonaro (RJ), Eduardo Bolsonaro (SP) e pastor Marco Feliciano (SP).

A reportagem lembra que Peternelli chegou a prestar homenagem ao golpe militar de 1964, em publicações feitas na internet. Em uma das publicações, escreveu "52 anos que o Brasil foi livre do maldito comunismo. Viva nossos bravos militares! O Brasil nunca vai ser comunista".

A Funai está sem um presidente definitivo desde o dia 12 de maio, quando Temer assumiu o Palácio do Planalto. No governo Dilma, a autarquia chegou a passar anos com seu comando ocupado por presidentes interinos.

Semanas antes de deixar o Planalto, a presidente afastada, Dilma Rousseff, liberou uma série de processos de demarcação de terras indígenas. Muitas dessas terras aguardavam há décadas uma definição do governo. No Congresso, há movimentos de parlamentares para que esses atos sejam cancelados.

Procurado, o Palácio do Planalto não se posicionou até o final da manhã desta quarta sobre a indicação de Peternelli para presidir a Funai.

A Fundação Nacional do Índio (FUNAI) está com 220 vagas abertas para concurso público destinado aos cargos de contador, engenheiros agrônomo, agrimensor e civil e indigenista especializado. As remunerações são de R$ 5.345,02 e R$ 6.330,31, a depender da função. 

Os interessados no certame devem se inscrever, pelo site da Escola de Administração Fazendária, do Ministério da Fazenda, das 10h do dia 2 de maio até as 23h59 do dia 16 do mesmo mês. As taxas para candidatura são de R$ 100 e R$ 120.

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Os inscritos passarão por provas objetivas e discursivas. Nas avaliações objetivas, todos os cargos passarão por testes de conhecimentos gerais e específicos, a serem realizados em 7 de agosto. A prova discursiva ainda não tem data confirmada. 

Outras informações sobre o concurso podem ser obtidas por meio do edital de abertura, divulgado no Diário Oficial da União desta sexta-feira (22).

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Nessa terça-feira (19), a Fundação Nacional do Índio (Funai) divulgou no Diário Oficial da União a banca que deverá realizar o certame da instituição. A organização ficará a cargo da Escola de Administração Fazendária (Esaf). Ao todo, o concurso ofertará 220 vagas voltadas para o nível superior. A lotação dos cargos será divulgada com a publicação do edital.

As vagas serão ofertadas para diversos cargos, com Indigenista Especializado (202), engenheiro (5), engenheiro agrônomo (5) e contador (6). O último certame seletivo para a Funai foi realizado há seis anos, quando ofertou quase 500 vagas. 

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A Fundação Nacional do Índio (Funai) abre processo seletivo para seleção de novos estagiários e formação de cadastro reserva. Serão selecionados candidatos de níveis médio e superior, para atuação de quatro ou seis horas diárias, sendo 20 ou 30 horas semanais. As inscrições devem ser realizadas no site da banca organizadora do concurso, das 10h desta quinta-feira (11) até às 18h do dia 8 de março.

Para participar, é necessário ter disponibilidade de estagiar por seis meses; estar matriculado em curso de nível médio ou superior, em uma instituição reconhecida pelo Ministério da Educação; ter idade mínima de 16 anos no momento da assinatura do Termo de Compromisso de Estágio; ser brasileiro ou estrangeiro; e não estar estagiando em algum outro órgão público.

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Após a candidatura, o estudante estará apto a realizar a prova online, que deve ser concluída até as 18h do dia 8 de março. Após o início do exame, o candidato terá 60 minutos para realizá-lo. Para ambos os níveis, serão dez questões de língua portuguesa, dez de conhecimentos gerais e dez de conhecimentos específicos. 

Mais informações sobre o certame, além da lista de cursos de nível superior exigidos para cada localidade da Funai, devem ser conferidos no edital de abertura, disponibilizado no Diário Oficial da União desta quarta-feira (10).

Um incêndio de grandes proporções avança por áreas de floresta da Amazônia Oriental, no Maranhão, e desde a quinta-feira (26) afeta a aldeia Juriti, onde residem índios da etnia Awá-Guajá. Suspeita-se que o fogo tenha sido causado por grupos de madeireiros que agem ilegalmente próximo à terra indígena (TI). Até o momento, nenhum órgão estadual ou instituição responsável pela proteção da TI chegou ao local para intervir na contenção das chamas, de acordo com informações da Agência Museu Goeldi.

Os Awá são um dos últimos povos nômades de caçadores-coletores no Brasil. Considerados pela organização International Survival como a “tribo mais ameaçada do mundo”, os Awá vivem “o mais próximo do que pode se chamar de genocídio, no Brasil”, de acordo com o chefe da Coordenação Geral de Índios Isolados da Funai, Carlos Travassos. Os indígenas têm sido assediados constantemente por posseiros e comerciantes extrativistas da região.

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O único auxílio que os Awá receberam foi de um representante da Funai, que passou a quinta-feira na aldeia, no trabalho de abafamento do fogo. Outro funcionário da fundação no Maranhão, Edésio de Sena Martins, informou que o incêndio foi iniciado há alguns dias por um grupo de posseiros em um foco próximo à aldeia Juriti. Como o tempo está muito seco, o fogo rapidamente se espalhou. Segundo ele, a queimada é intensa e está longe de ser controlada.

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Reserva - O incêndio também ameaça a Reserva Biológica (Rebio) do Gurupi, em uma terra vizinha à Juriti. Na teoria, a reserva está sob a proteção integral do Ministério do Meio Ambiente (MMA), mas nas últimas décadas tem sofrido invasões de madeireiros, pecuaristas e agricultores, um perigo comum às terras indígenas no Estado, como a dos Awá.

“Juntas, as terras indígenas e a Rebio Gurupi são as últimas remanescentes da floresta amazônica do Maranhão, hoje reduzido a menos 20% do seu tamanho original”, afirma Marlucia Martins, bióloga do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), uma das instituições que estuda a biodiversidade e luta pela preservação ambiental do Gurupi.

Com anos de trabalho na Amazônia Maranhense, a bióloga mantém contato direto com alguns grupos indígenas locais. Na manhã desta sexta-feira (27), ela recebeu um pedido de socorro pelo celular. Era uma mensagem da indígena Rosilene Guajajará, relatando que o fogo havia invadido a sua terra. “Esses grupos estão isolados, sem nenhum tipo de ajuda do Estado e suas instituições responsáveis”, diz Marlucia Martins, ao reforçar que o incêndio é mais um desdobramento da situação atual naquela região do Maranhão, marcada por assassinatos de encomenda e queimadas criminosas nas terras indígenas e na Rebio do Gurupi.

Depois de ser alvo de forte pressão exercida pelo ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, a Fundação Nacional do Índio (Funai) jogou a toalha e deu aval para que seja construída a polêmica linha de transmissão entre as cidades de Manaus (AM) e Boa Vista (RR). A decisão ocorre depois de a disputa parar na Advocacia-Geral da União (AGU) e a concessionária Transnorte Energia comunicar à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que tinha desistido da obra por causa da falta de licenciamento ambiental. Leiloada em 2011, a linha não tem sequer sua viabilidade ambiental confirmada.

A história teve um desfecho na quarta-feira, 25, quando a presidência da Funai enviou ofício ao Ibama no qual deixa claro não haver mais impedimentos para o empreendimento. Boa Vista é a única capital que não foi ligada ao Sistema Interligado Nacional (SIN), rede de transmissão que conecta todas as regiões do País.

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A polêmica do projeto está no seu traçado. Do total de 721 km da estrutura, 125 km cortam a reserva indígena waimiri atroari, onde vivem 1,6 mil índios em 31 aldeias.

O Ministério de Minas e Energia (MME) e o Ibama sempre alegaram que a linha passaria ao lado da BR-174, estrada federal que liga Manaus a Boa Vista, e teria impacto mínimo sobre a região. A linha usaria a "faixa de domínio" da rodovia, ou seja, a área próxima de seu acostamento. Mas a Funai nunca deu anuência ao empreendimento.

Aval

Por lei, o Ibama é o único órgão responsável por emitir as licenças ambientais, cabendo à Funai apenas se posicionar sobre a questão indígena. Na prática, no entanto, o Ibama nunca concede uma licença ambiental sem ter em mãos o aval da Funai, para que não tenha de assumir riscos sobre a questão indígena.

Em recente entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o ministro Eduardo Braga afirmou que a AGU entraria com uma "ação de obrigação de fazer", determinando que a Funai não impusesse mais nenhuma restrição à linha.

No ofício enviado ao Ibama, o presidente da Funai, João Pedro Gonçalves da Costa, procura fazer uma série de ponderações e "alertas" sobre os potenciais impactos do empreendimento aos índios, apresentando condições para que o projeto avance. Na prática, ele libera a obra.

A expectativa é de que o Ibama libere a licença prévia nos próximos dias. Para que a obra comece, porém, ainda será preciso que a Transnorte Energia consiga uma segunda autorização, que é a licença de instalação do projeto. Além disso, a empresa, que já investiu R$ 250 milhões, quer que os valores do contrato sejam reajustados.

"É um passo muito importante para viabilizar esse projeto, mas ainda há questões em aberto", disse Fábio Lopes Alves, diretor da Transnorte Energia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O petista e ex-senador João Pedro Gonçalves da Costa (AM) foi nomeado nesta quarta-feira (17) para o cargo de presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai). A nomeação está publicada no Diário Oficial da União (DOU), junto com a exoneração, a pedido, de Flávio Chiarelli Vicente de Azevedo, que ocupava a presidência da Funai interinamente. Azevedo foi nomeado para ser assessor especial do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

A família do representante comercial Luciano da Conceição Ferreira Freire que, segundo o Ministério Público Federal foi sequestrado e morto pelos índios da etnia tenharim, em dezembro de 2013, em Humaitá, sul do Amazonas, entrou com pedido de indenização de R$ 12,5 milhões contra a Fundação Nacional do Índio (Funai) e a União.

A ação, protocolada na 3ª Vara da Justiça Federal do Amazonas, pede o pagamento de indenização por danos morais de R$ 5 milhões à viúva, Adriana dos Santos Lopes, e de valor igual ao filho do casal, Luidy Lopes Freire, além de danos materiais no valor de R$ 2,5 milhões. A vítima tinha 29 anos e ganhava cerca de R$ 5 mil mensais quando foi morta.

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De acordo com o advogado Carlos Terrinha, ficou comprovado que, no dia 16 de dezembro, Luciano seguia de carro pela Rodovia Transamazônica na companhia de Steff Pinheiro de Souza e Aldeney Ribeiro Salvador, quando foi sequestrado por um grupo de indígenas.

Conforme o inquérito acolhido pela Justiça Federal, os três homens foram torturados, mortos e enterrados no interior da terra indígena dos tenharins, supostamente para vingar a morte de um cacique, Ivan Tenharin, ocorrida doze dias antes num acidente de moto.

Os índios esconderam o ocorrido, o que acabou gerando um clima de revolta na região. Instalações indígenas de Humaitá foram depredadas e incendiadas. A Força Nacional foi enviada para a região. Os corpos só foram encontrados 46 dias após o crime. Seis índios, entre eles três caciques, foram denunciados pelos crimes de homicídio qualificado e estão presos. O julgamento ainda não foi marcado.

Conforme o advogado, a Funai praticou atos que levaram ao desfecho do caso, como a permissão para que os índios cobrassem pedágio na Transamazônica. Até a noite desta segunda-feira, dia 4, a Funai não tinha sido notificada sobre a ação.

A Fundação Nacional do Índio (Funai) foi condenada a finalizar em até dois anos o procedimento de demarcação das terras da comunidade indígena Pipipã, situada no município de Floresta. A decisão foi conseguida pelo Ministério Público Federal (MPF) em Serra Talhada (PE).

Pipipãs - A comunidade Pipipã possui cerca de 1,3 mil indígenas, sendo reconhecida pela Funai em 2003, e garantindo assim benefícios das políticas públicas voltadas a esses povos. Os trabalhos antropológicos de campo para regularizar a terra tiveram início em 2005. O processo todo de demarcação já durava mais de 10 anos. 

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Brasília – Sem acesso a alimentos e remédios, após conflitos entre a comunidade indígena Tenharim e moradores no sul do Amazonas, os índios deverão receber ajuda da Fundação Nacional do Índio (Funai). A ajuda é necessária porque o deslocamento deles às cidades mais próximas, Humaitá e Manicoré, foi interrompido por razões de segurança.

O prefeito de Humaitá (AM), José Cidenei Lobo do Nascimento, solicitou ao General Ubiratan Poty, da 17ª Brigada de Infantaria de Selva, auxílio no fornecimento dos medicamentos e itens da alimentação. O prefeito vai se reunir nos próximos dias com servidores da Funai e a equipe de segurança enviada ao local, composta pelas Polícias Federal, Rodoviária Federal, pela Força Nacional e pelo Exército.

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“Preciso saber deles que providências estão sendo tomadas nesse sentido [de garantir alimentação]. A prefeitura está aqui para ajudar em todos os sentidos”, disse Nascimento em entrevista à Agência Brasil. Segundo o prefeito, não há recursos próprios do município para o abastecimento da comunidade indígena.

O clima na cidade é tenso desde o último dia 16, quando três homens brancos desapareceram, após serem vistos trafegando de carro pela Rodovia Transamazônica. Moradores acusam os índios de terem sequestrado os homens em represália à morte do cacique Ivan Tenharim. Após o desaparecimento, manifestantes incendiaram o prédio da Funai. Os servidores foram para Porto Velho, capital de Rondônia, que fica a cerca de 200 quilômetros de Humaitá.

“O pessoal da Funai está receoso por conta do problema que houve”, disse o prefeito. “Toda relação comercial deles [índios] é feita aqui em Humaitá e em Manicoré. É uma dificuldade realmente nesse sentido [de acesso aos alimentos]”, afirmou.

Parlamentares da Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia da Câmara dos Deputados se reúnem nesta terça-feira, 20, com o presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Maurício Lopes, para pedir informações sobre estudo realizado pela autarquia que aponta inexistência de ocupação indígena em áreas reivindicadas pela Fundação Nacional do Índio (Funai).

O presidente da comissão, deputado federal Jerônimo Goergen (PP/RS), explica que o encontro será na sede da Embrapa, após duas tentativas frustradas do colegiado de promover audiência pública para discutir o estudo que apontou a inexistência de povos indígenas em áreas reivindicadas pela Funai para fins de demarcação no Paraná.

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Segundo Goergen, por duas vezes o governo desautorizou a Embrapa de discutir com o Legislativo. "Diante dessa postura desrespeitosa para com o Parlamento, na semana passada aprovamos um requerimento de convocação da ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e forçamos esse diálogo."

Ele lembra que na semana passada os integrantes da comissão e membros da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) estiveram reunidos com a presidente da Funai, Maria Augusta Assirati, que alegou desconhecer o trabalho realizado pela Embrapa. Goergen afirmou que a Funai não recebeu nenhum comunicado oficial solicitando a suspensão de processos de demarcação. "Ao contrário, cinco novas portarias determinando a abertura de estudos visando à desapropriação de terras foram publicadas no Diário Oficial nos últimos 60 dias", disse ele.

O deputado disse esperar que "o governo cumpra com a palavra e anuncie o decreto mudando as regras para a demarcação de terras indígenas. A promessa é que outros órgãos participariam desse processo, inclusive a Embrapa com seus estudos de ocupação do solo, e que os produtores teriam o amplo direito de defesa, o que hoje não existe", argumentou.

Em reunião com representantes de 20 povos indígenas, nesta quarta-feira à tarde no Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff prometeu aperfeiçoar a demarcação de terras, mas negou que, ao chamar outros órgãos do governo federal para serem ouvidos, esteja esvaziando a Fundação Nacional do Índio (Funai). O governo Dilma vive a sua maior crise com os índios desde o acirramento de ânimos em diversos pontos do País, como no Rio Grande do Sul e o Mato Grosso do Sul.

Em entrevista concedida a jornalistas, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciou a criação de uma mesa de negociação entre governo federal e organizações indígenas, que deverá começar os trabalhos a partir de agosto. De acordo com Cardozo, o Ministério da Justiça prepara uma portaria para aperfeiçoar o processo de demarcação, esclarecendo a participação de outros órgãos no debate.

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Esses demais órgãos, esclareceu o ministro, não farão laudos ou manifestações antropológicas, e sim oferecerão dados, referências. "Estamos estudando maneiras e formas que visem aperfeiçoar o processo. Temos tido muita judicialização nos processos de demarcação, isso faz com que vários processos se arrastem por décadas, aumentando a tensão e o conflito", disse o ministro. Ele destacou que a presidente ouviu com "sensibilidade" as reivindicações dos povos indígenas na reunião.

Participaram da audiência representantes de 20 povos indígenas, a presidente interina da Fundação Nacional do Índio (Funai), Maria Augusta Assirati, e os ministros do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, e da Saúde, Alexandre Padilha.

"O decreto que trata da demarcação não será alterado. O que estamos discutindo é uma portaria do Ministério da Justiça que busque garantir, primeiro que sejam ouvidos outros órgãos, que se aperfeiçoe a instrução do processo de demarcação. E segundo, que nós, ainda na fase antes da decisão do ministro da justiça, possamos ter uma perspectiva de conciliação e de diminuição de conflitos na hora que essa portaria baixar. Nossa ideia é fazermos uma instrução mais robusta, garantindo o protagonismo da Funai", disse Cardozo.

Na avaliação do ministro, o objetivo da portaria é permitir uma dimensão "mais transparente" e garantir "menos litígios e menos judicialização". "Muitas das demarcações estão judicializadas, suspensas. Como é que o Ministério da Justiça pode prosseguir uma demarcação se há uma ordem judicial para que ela não prossiga? Ou seja, eu não tenho uma vara de condão para resolver problemas que evidentemente não são meus exclusivamente, porque tem uma decisão judicial", afirmou o ministro.

Carta

Em carta pública endereçada à presidente Dilma Rousseff, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil critica "quaisquer tentativas de modificação nos procedimentos de demarcação das terras indígenas" e pede o arquivamento de propostas que pretendam transferir para o Congresso Nacional a competência de demarcar as terras indígenas.

"O governo deve fortalecer e dar todas as condições necessárias para que a Fundação Nacional do Índio cumpra devidamente o seu papel na demarcação, proteção e vigilância de todas as terras indígenas", sustenta o documento.

De acordo com Sonia Guajajara, uma das lideranças indígenas que participou do encontro, Dilma garantiu que o governo federal vai se empenhar contra a PEC 215, que transfere ao Congresso poderes para homologar reservas indígenas. Dilma, no entanto, teria garantido que em alguns casos permanecerão as divergências, como na construção de usinas hidrelétricas.

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Com o corpo pintado e as vestimentas tradicionais, cerca de 150 índios de quatro etnias ocuparam a sede da Fundação Nacional do Índio (Funai), em Brasília nesta terça-feira (11). Os indígenas chegaram à capital federal há uma semana para se reunir com o governo após terem ocupado as obras da usina hidrelétrica de Belo Monte, que está sendo construída no estado do Pará na região amazônica.

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Eles dizem que o governo fez decreto que passam por cima dos direitos dos povos nativos e que nenhuma liderança indígena foi consultada sobre a construção da hidrelétrica.

O movimento dos índios ganhou força em abril deste ano quando líderes de 121 etnias invadiram o plenário da câmera dos deputados para exigir os seus direitos. 

O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse nesta terça-feira que o governo federal pode entrar com um pedido de reintegração de posse do edifício-sede da Fundação Nacional do Índio (Funai), em Brasília, caso ele não seja desocupado por índios mundurucus. Os índios protestam no local contra a implantação de usinas hidrelétricas na região do Rio Tapajós, no Pará.

"Cabe a nós dialogar para que deixem o prédio. Caso não deixem, cabe a nós entrar com um pedido de reintegração de posse: quando você está no governo, você tem de zelar pela legalidade, institucionalidade. Vamos sempre apostando que o bom senso e o diálogo prevaleçam e a gente consiga, de fato, mais uma vez, uma saída negociada, como conseguimos em Belo Monte", afirmou Carvalho a jornalistas, ao participar de reunião no Ministério do Trabalho com centrais sindicais.

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"A Funai está em negociação permanente com eles agora. De todo modo, está acertado com eles que eles saem amanhã de manhã de volta à sua terra. A gente tem de ter nessa hora muita tranquilidade, saber respeitar as culturas, as reações, e da nossa parte, insisto, vai haver uma teimosa posição de diálogo, respeito à lei."

O ministro disse considerar "natural" esse tipo de tensão e garantiu que o governo não abre mão da negociação. "A expectativa é que amanhã eles (mundurucus) voltem à terra deles, a gente considera natural que haja esse tipo de tensão, não vamos abrir mão da negociação. Se não houver diálogo, a responsabilidade não será do governo, será de quem se negar ao diálogo, mas persistiremos em não usar a violência, em fazer o diálogo, em levar a uma solução de consenso todos os empreendimentos", disse.

Um grupo de 145 índios das etnias mundurucu, xipaia, arara e caiapó ocuparam nesta segunda-feira a sede da Funai (Fundação Nacional do Índio) em Brasília em protesto contra a falta de diálogo com o governo federal. Os índios querem ter poder de veto nas consultas prévias para a implantação de usinas hidrelétricas na região do Rio Tapajós.

A ocupação do prédio da Funai acontece no primeiro dia útil após o pedido de exoneração da presidente da fundação, Marta Maria do Amaral Azevedo, por motivo de saúde. "Os funcionários da Funai estão sendo orientados a deixar o prédio e amanhã não serão autorizados a entrar", afirmou a liderança indígena Valdemir Mundurucu.

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Uma reunião entre os índios e o secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, marcada para às 10 horas da manhã desta segunda-feira não aconteceu e os dois lados têm duas versões para justificar a sua não realização.

Os índios afirmam que não aceitaram a condição imposta pelo governo de formar uma comissão de dez representantes para a reunião em que discutiriam sobre as hidrelétricas. Além disso, dizem que foram recebidos por cerca de 10 homens do exército e 20 da Polícia Militar. "Dissemos que se quisesse conversar com todos, tudo bem, porque queremos que ouçam o que o secretário tem a dizer, avaliem e opinem. Mas o governo quer nos dividir, nos ameaçar", disse Mundurucu.

A secretaria-geral da Presidência informou afirmou, em nota, que as lideranças indígenas "se recusaram a participar da reunião, limitando-se a protocolar um documento na Presidência da República". No texto, Carvalho "lamenta a perda desta oportunidade de diálogo e reafirma sua disposição em continuar a negociação com vistas a realizar um amplo processo de consulta prévia sobre os empreendimentos hidrelétricos na região da bacia do rio Tapajós".

Pela manhã, durante um evento no Rio, Carvalho se posicionou sobre o problema dos conflitos entre indígenas e fazendeiros no MS e disse que o diálogo é o único caminho para resolver a questão.

"Do jeito que está a questão indígena no País, ou a gente consegue dialogar, pondo à mesa os indígenas, os fazendeiros ou famílias atingidas por demarcações (de terras) indígenas, e nos pomos de acordo, ou não tem saída, é guerra. Não queremos guerra", disse o ministro, ao participar da posse de oito comissões de representantes sindicais das obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).

Após uma reunião no Palácio do Alvorada entre a presidente Dilma Rousseff e os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo; da Casa Civil, Gleisi Hoffmann; e da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho; além do Advogado-Geral da União, Luís Inácio Adams, durante toda a tarde desta sexta-feira, a Fundação Nacional do Índio (Funai) divulgou nota lamentando a reintegração de posse na Fazenda Buriti, em Mato Grosso do Sul, que culminou com a morte do índio Oziel Gabriel, de 35 anos. A Funai também criticou o cumprimento da ordem de reintegração de posse antes do julgamento do recurso que a instituição havia impetrado e que está em andamento no Tribunal Regional Federal da 3ª Região.

"A Funai considera lamentável o fato de ter sido determinado o cumprimento da ordem de reintegração antes do julgamento desse recurso, sem que pudesse informar e dialogar previamente com os indígenas, bem como acompanhar as medidas voltadas à efetivação da decisão", diz a nota.

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Um dia após a morte do índio, a Funai afirma que está acompanhando o caso e atua para defender os indígenas envolvidos no conflito. A instituição informa que estudos para a definição dos limites da Terra Indígena Buriti começaram em 1993. Nesta quinta, 30, durante entrevista coletiva, o ministro da Justiça lembrou que área foi reconhecida como Terra Indígena em 2010, mas que ações judiciais estão protelando a demarcação física da área.

No texto, a Funai destaca que o Ministério da Justiça já determinou a apuração do caso e que haverá punição. "A Funai considera que o distensionamento de situações de conflito demanda diálogos - inclusive sobre a possibilidade de pagamentos referentes aos valores das terras - sem prejuízo do direito territorial dos povos indígenas, conquista do Estado democrático e pluriétnico de Direito", finaliza a nota.

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