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Um dos mais aguerridos parlamentares contrários à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241, que cria o teto para o crescimento do gasto público, o deputado Henrique Fontana (PT-RS) chamou nesta quinta-feira, 6, o material de defesa da medida distribuído pelo PMDB de "panfleto de guerra psicológica" e "propaganda do medo".

O deputado gaúcho voltou a questionar porque o ajuste fiscal do governo também não propõe o aumento da tributação sobre grandes fortunas e sobre a transmissão de heranças. "Todos nós queremos o equilíbrio fiscal. Mas o debate não é ser contra ou a favor ao equilíbrio fiscal, mas sim sobre quem pagará essa conta", disse o petista. "A PEC almeja apenas cortar o investimento. Esse é o chamado 'samba de uma nota só', ou o 'samba de uma ideologia só'", completou.

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O parlamentar argumentou ainda que nenhum outro país congelou seus gastos públicos por 20 anos, como propõe a PEC. "Essa PEC é um desatino. Essa é uma ideia do 'economista singular do universo', (o ministro da Fazenda) Henrique Meirelles", alfinetou. "O Brasil não é a Suécia. O Brasil precisa é de avançar os investimentos nas áreas sociais", acrescentou.

Fontana ainda aproveitou para citar a baixa popularidade do governo do presidente Michel Temer, elencando dados de recentes pesquisas. "Quero desafiar o ilegítimo Temer a assumir a candidatura dele à Presidência da República. Quero desafiar o PSDB e o DEM a apoiarem Temer em 2018. O (senador pelo PSDB-MG) Aécio Neves pode ser o vice dele", ironizou.

Remédio 'duro e amargo'

O primeiro vice-presidente da Comissão Especial da Câmara que votará nesta quinta o parecer da PEC 241, Silvio Torres (PSDB/SP), defendeu a criação do teto para o crescimento dos gastos públicos. Ele admitiu que a PEC é um remédio "duro e amargo", mas considerou que a medida é necessária.

"Todo mundo sabe que existem sacrifícios, ninguém é bobo. O remédio é duro e amargo, mas é necessário. Não dá mais para tentar usar remédios de curandeiros, como no passado", afirmou. "O caos já existe. Não há como piorar a situação se tomarmos essas medidas, pelo contrário", completou.

Torres respondeu ainda ao deputado Alessandro Molon (Rede-RJ), que disse que apoiaria a PEC se a proposta começasse por reduzir os salários e as verbas dos parlamentares. "Não vai ser o corte de salários e mordomias que vai resolver os problemas do País. Podemos dar o exemplo, mas o problema do País é muito maior", rebateu.

Na avaliação do parlamentar, a economia brasileira hoje está tão doente como estava na década de 80 e início da década de 90. "A PEC 241 trata do déficit público brasileiro e os números são inegáveis, não adianta querer manipulá-los. O números são indesmentíveis", enfatizou, citando os déficits fiscais de 2015 e 2016. "É preciso controlar as despesas que há muito tempo crescem acima das receitas", acrescentou.

A renúncia do deputado Eduardo Cunha (PMDB) ao mandato de presidente da Câmara Federal tem sido considerada uma estratégia do que os deputados têm chamado de “Operação Salva Cunha”. Para a presidente nacional do PCdoB e deputada federal Luciana Santos, a postura do peemedebista “é resultado de um acordo espúrio” firmado entre o presidente em exercício Michel Temer (PMDB) e o correligionário. Sob a ótica da pernambucana, a postura “já vem tarde” e “como sempre não acontece num gesto de grandeza”. 

“O governo está numa Operação Salva Cunha tanto manobrando na CCJ quanto, agora, procurando eleger um novo presidente ligado a ele, que inviabilize sua cassação e, por sua vez, o Temer não fique a mercê do homem bomba que ele é. O acordo espúrio fica quite. Ele conduziu o processo de impeachment e agora Temer vai evitar a cassação”, ponderou. 

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Para o deputado Henrique Fontana (PT-RS) Temer e Cunha “são sócios”. “Eduardo Cunha entra para a história como o mais corrupto e o pior presidente que o parlamento brasileiro já teve, mas ele continua jogando, e muito forte, na política nacional. Esta renuncia é um acordo feito com Michel Temer para melhorara as condições do governo e preservar o mandato dele de deputado. Temer e Cunha são sócios. A renúncia de hoje é o acordo que eles fizeram para proteger Cunha no futuro [na Lava Jato]”, cravou o petista.

Na análise do vice-líder do PSB na Câmara, o deputado Tadeu Alencar, caso Cunha consiga manter o mandato põe em ‘xeque’ a credibilidade da Casa. “Não tenho duvidas que os motivos que ele alega são falsos. Ele tenta uma manobra [para manter o mandato] e isso não vai acontecer. Promove uma manobra quando a credibilidade dele já era. Acho muito difícil um deputado ter coragem de dizer que vai evitar a cassação dele”, considerou. 

Renúncia e o impeachment de Dilma

Luciana Santos disse acreditar também que as ações culminam o “plano de golpe” contra a presidente afastada Dilma Rousseff (PT). De acordo com ela, o nome defendido por Eduardo Cunha é o deputado Rogério Rosso (DEM) que, inclusive, presidiu os trabalhos da Comissão Especial do Impeachment na Casa. 

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Menos de 24 horas após o rompimento político do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com o governo, surgiram as primeiras manifestações práticas de aliados e adversários do peemedebista. Ex-líder do governo, Henrique Fontana (PT-RS) anunciou que pedirá à CPI da Petrobras uma acareação entre Cunha e o lobista Julio Camargo, que o acusa de pedir US$ 5 milhões por contratos na estatal. De outro lado, o aliado da bancada evangélica Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) pediu a expulsão do atual vice-líder do governo, Sílvio Costa (PSC-PE), de seu partido por ter atacado Eduardo Cunha na sexta-feira.

Ao jornal "O Estado de S. Paulo", o presidente da Câmara reagiu atacando a presidente Dilma e os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Edinho Silva (Secretaria de Comunicação). Os três aparecem nas delações do empreiteiro Ricardo Pessoa e do doleiro Alberto Youssef. "Da minha parte, nenhum problema em acarear com quem quer que seja", disse. "Ele (Fontana) deveria aproveitar e, além de requerer essa acareação, deveria também requerer as acareações de Mercadante e Edinho com Ricardo Pessoa e até da Dilma com Youssef, que também falou na sua delação que ela sabia".

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Desafeto de Cunha, Henrique Fontana anunciou que, tão logo volte do recesso, apresentará requerimento à CPI da Petrobras convoque acareação entre o peemedebista e o lobista Julio Camargo, que em sua mais recente delação acusou o presidente da Câmara de pedir US$ 5 milhões de propina por contratos feitos com a estatal.

A proposta ocorre um dia depois de o governo tentar amenizar as declarações de Cunha e de desautorizar o pedido de afastamento de Cunha feito por seu vice-líder Sílvio Costa na Câmara. Fontana disse que o pedido de acareação não foi articulado com o governo nem com o PT. "É uma decisão minha", afirmou.

Para o ex-líder do governo Dilma Rousseff, o requerimento é uma maneira de evitar que Cunha repita o que fez em março, quando foi à CPI apenas para receber elogios de aliados. "Ele deu sinais claros de que pretende usar a institucionalidade da presidência da Câmara para chantagear, atacar e fazer a defesa dele. Isso nós não vamos permitir na medida da força que tivermos", disse Fontana.

Expulsão

Marco Feliciano pediu ao seu partido a expulsão de Sílvio Costa ainda na sexta-feira."Solicito que estude uma medida disciplinar com expulsão do partido contra o deputado Sílvio Costa", disse no documento. Para Feliciano, Costa se comporta de maneira"espetaculosa". "Posição dessa natureza jamais pode ser manifestada individualmente por um parlamentar, contrariando a posição da direção do partido, incorrendo, a meu ver, em infidelidade partidária", argumentou em seu pedido. Cunha negou ter influenciado a solicitação de Feliciano.

Em resposta, Silvio Costa respondeu com uma frase bíblica atribuída à Jesus em sua crucificação. "Já que ele é um homem evangélico, vou responder a ele com uma frase da Bíblia. Perdoa aqueles que não sabem o que fazem", disse, sugerindo que Feliciano "está enganado".

Integrantes da bancada evangélica, da qual Cunha sempre fez parte, deram sinais de apoio ao peemedebista, refutando a tese de isolamento do presidente da Câmara defendida pelos governistas. "Nesse momento me solidarizo com o deputado Eduardo Cunha, que, pelo seu passado de lutas, em décadas de serviços prestados à Nação galgando os mais altos postos da República sem nunca ter seu nome manchado ou envolvido em qualquer ato que o desabonasse", afirmou Feliciano em nota.

O deputado Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ) também se disse solidário. Segundo o parlamentar, que também é pastor e comanda a comissão especial que discute o conceito de família, Cunha mantém apoio de bancadas conservadoras como a evangélica. "O governo não tem interlocução nenhuma. É ruim de política. A tendência é piorar cada vez mais. Este vai ser um agosto infernal", afirmou.

Membro da Comissão Especial que trata da Reforma Política, o deputado Henrique Fontana (PT-RS) disse acreditar na possibilidade de não haver votação de um relatório no colegiado na próxima segunda-feira, 25. "Como (a proposta) não caminha pelos desejos do presidente (Eduardo Cunha), ele trabalha para não votar na comissão", concluiu o petista.

Fontana disse que é esperada para a quarta-feira, 20, a chegada de assinaturas coletadas pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e pela União Nacional dos Estudantes (UNE) contra a manutenção do financiamento empresarial. O PT vai defender o financiamento público e a doação de pessoa física (com teto), além do sistema distrital misto, semelhante ao modelo alemão.

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O deputado lembrou que a comissão estava pronta para votar o parecer do relator Marcelo Castro (PMDB-PI) hoje, mas a apreciação da terceira versão do relatório foi adiada para a próxima semana. "Impedir a comissão de votar uma matéria é uma agressão", declarou.

Fontana lembrou que a admissibilidade da Reforma Política, que deveria ter sido votada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, foi apreciada em plenário no começo da legislatura. Se a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) não for votada na comissão, Cunha também poderá avocar a discussão para o plenário mais uma vez. "Se a moda pega de trazer para o plenário sem votar nas comissões, nos coloca numa situação inaceitável ", criticou Fontana.

Durante a audiência pública promovida nesta terça-feira (3) pela Comissão Especial de Reforma Política sobre sistemas eleitorais, alguns deputados defenderam que reforma política seja fatiada. O presidente do grupo, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que essa é uma possibilidade e que o plenário da comissão é que iria decidir. 

O deputado Henrique Fontana (PT-RS), um dos que defendeu o “fatiamento”, acredita que os trabalhos da comissão devam resultar em pelo menos dois textos a serem levados ao Plenário da Câmara: uma proposta de emenda à Constituição e um projeto de lei. Relator da reforma política na legislatura passada, Fontanta acredita que desta vez a reforma será aprovada.

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Corroborando Fontana, o deputado Alceu Moreira (PMDB-RS) disse que cada ponto da reforma que for aprovado será um grande avanço. “Cada vez que se quis colocar em votação a reforma política como um todo foi para inviabilizá-la”, disse. Ele criticou a ideia de plebiscito sobre a reforma. Para ele, a reforma trata de questões que podem ser respondidas com “sim” ou “não”.

*Com informações da Agência Câmara

O executivo Augusto Ribeiro Mendonça, da Setal Engenharia, Construções e Perfurações, afirmou em seu depoimento à Justiça Federal que fez doações e também pediu contribuição à construtora Engevix para dois candidatos a deputado do Rio Grande do Sul do PT e do PSDB que ajudaram na instalação de estaleiros no Estado - que constroem embarcações e unidades para plataformas da Petrobras -, Henrique Fontana e Adilson Troca.

"O que eu havia colocado para o Gerson (Almada, executivo da Engevix) é que como nós, que temos estaleiro no Rio Grande do Sul, precisávamos apoiar deputados que eram identificados com a essa causa e que auxiliaram, em muito, a nossa instalação no Estado. Um era do PT, Henrique Fontana, e outro era do PSDB, Adilson Troca", afirmou Mendonça, em depoimento ontem no processo penal que envolve a Engevix.

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Questionado por um advogado se ele lembrava o valor que foi doado às campanhas, ele afirmou que a Setal contribuiu com "aproximadamente R$ 150 mil. "Não lembro direito, entre R$ 100 mil e R$ 150 mil."

Segundo a Justiça Eleitoral, Fontana e Troca receberam, nas campanhas de 2014, R$ 50 mil e R$ 60 mil, respectivamente, da Toyo Setal (formada pela empresa do delator).

Sem propina e acerto

O delator afirmou, porém, que os valores doados para os dois candidatos não foram feitos em troca de contratos vencidos por acerto ou pagamentos de propina, como no caso das obras das refinarias Abreu e Lima, em Pernambuco, alvo central da Operação Lava Jato.

"Só queria deixar claro que esse assunto não tem absolutamente nada a ver com o tema que estamos discutindo aqui", afirmou o delator, ao ser ouvido pelo juiz federal Sérgio Moro. "É uma atividade que não tem nada a ver com Diretoria de Abastecimento da Petrobras, aonde nunca discutimos em 'clube', nunca houve esse acerto. Porém, são atividades extremamente importantes para a indústria e que tem um apoio do governo e da Petrobras e da ANP (Agência Nacional do Petróleo) em nível de conteúdo local", explicou ele.

Mendonça afirma ter ligado pessoalmente para o executivo da Engevix, réu da Lava Jato por corrupção, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa - preso desde o dia 14 de novembro de 2014 - para pedir doação aos dois parlamentares.

"Esse é um tema muito discutido e delicado. Houve discussões de leis no Congresso, quando se discutiu partilha, e a contribuição de parlamentares nessa discussão sempre foi muito importante", justificou Mendonça.

Tanto o Setal, como parte da Toyo Setal, como a Engevix têm estaleiros no Rio Grande do Sul. A primeira é uma das donas do estaleiro EBR, que constrói módulos da plataforma P-74, em São José do Norte. A Engevix opera o estaleiro EGR.

A defesa do executivo da Engevix nega qualquer irregularidade em contratos da Petrobras. A tese da defesa é de que a empresa foi vítima de achaques por parte dos ex-diretores que recebiam propina de 1% a 3% nos contratos de obras da estatal petrolífera, segundo denúncias da Lava Jato.

O deputado Fontana nega ter recebido recursos do doleiro Alberto Youssef, mas confirma ter recebeu sim recursos da empresa Toyo Setal para sua campanha. "A contribuição desta empresa se deu de forma absolutamente legal, com emissão de recibo eleitoral e faz parte da prestação de contas da nossa campanha - publicada no site do Tribunal Regional Eleitoral. Por este e por tantos outros motivos, Fontana segue reafirmando a necessidade da reforma política e defendendo que o financiamento de campanhas eleitorais deva ser com recursos públicos ou de pessoas físicas. Para esta doação, o deputado conversou diretamente com representante da empresa e jamais teve contato com esta face ilegal do financiamento através do doleiro", diz nota divulgada nesta quarta-feira.

O deputado Adilson Troca também divulgou nota e diz que todos os recursos recebidos para sua campanha foram declarados e suas contas, aprovadas pelos órgãos competentes. "Tenho orgulho de ter participado ativamente de todo o processo que resultou na criação do Polo Naval. Desde 2010 lutamos pelo estaleiro EBR. Empreendimento que desde seu lançamento poderia gerar até 5 mil empregos", diz a nota.

Irritado com declarações feitas nesta quarta-feira (21), pelo líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS), o candidato do PMDB à presidência da Casa, Eduardo Cunha (RJ), atacou o petista e chamou-o de "fraco, desagregador e radical em suas posições". Segundo Cunha, a bancada peemedebista não reconhecerá mais a liderança de governo de Fontana.

"O senhor Fontana sempre foi um líder fraco, desagregador, radical em suas posições e que levou o governo a várias derrotas pelas suas posições", disse Cunha, por meio de sua conta no Twitter. "A bancada do PMDB na Câmara não reconhecerá mais a sua liderança e não se submeterá mais a ela. Não participaremos de nenhuma discussão sobre matérias de governo em que ele seja o interlocutor", acrescentou.

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Nesta quarta, Fontana convocou uma coletiva de imprensa na qual classificou de "inaceitável" Cunha dar publicidade a uma suposta gravação contra o peemedebista que teria sido articulada pela cúpula da Polícia Federal. "Acho um erro trazer um assunto como este para o centro da disputa", comentou. Fontana avaliou que a candidatura para a presidência da Câmara de Arlindo Chinaglia (PT-SP), nome apoiado informalmente pelo Palácio do Planalto, está "crescendo muito".

Para Cunha, "inaceitável" é a interferência de Fontana, enquanto líder do governo, na disputa pela sucessão do comando da Câmara. "Ele se comporta como líder do PT no governo e não como líder de um governo que tem vários partidos na sua base", afirmou Cunha na rede social.

A eleição da presidência da Câmara para o próximo biênio, marcada para o dia 1º de fevereiro, colocou os dois principais partidos da base da presidente Dilma Rousseff, o PT e o PMDB, em linha de colisão. O Palácio do Planalto considera Cunha um candidato "de oposição" e mobilizou ministros para fortalecer Chinaglia. O peemedebista, por outro lado, acusa seu adversário de representar "submissão" ao governo e tem reiterado que a ingerência do Executivo causará fissuras na relação com os partidos da base. Há ainda um outro candidato, o líder do PSB, Júlio Delgado (MG).

O líder do governo na Câmara, deputado Henrique Fontana (PT-RS), afirmou que vai propor prioridade para a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 426/14, que aumenta os repasses para o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), durante a reunião dos líderes nesta terça-feira (4). A afirmação foi feita após Fontana se reunir, no Palácio do Planalto, com o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini.

De acordo com a PEC, do Senado, os repasses da União ao FPM aumentariam de 23,5% para 24,5%, sendo 0,5% no primeiro ano em que a emenda constitucional gerar efeitos e 0,5% no ano seguinte. “Vamos sugerir ao presidente da Casa que esta PEC tenha prioridade nesta semana”, informou o deputado. 

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Orçamento Impositivo

Fontana também vai pedir aos parlamentares mais tempo para discutir a chamada PEC do Orçamento Impositivo (Proposta de Emenda à Constituição 358/13, do Senado), que obriga o governo federal a pagar emendas individuais de deputados e senadores até o limite de 1,2% da Receita Corrente Líquida (RCL) da União. Ainda precisam ser votados os destaques da proposta em 1º turno.

O impasse em torno do orçamento impositivo está relacionado à parte incluída pelo Senado que obriga a União a destinar no mínimo 15% da RCL para a saúde em 2018. Partidos de oposição argumentam que o percentual previsto na PEC é menor do que os 18,7% aprovado pela Comissão de Seguridade Social e Família em 2013, por meio do Projeto de Lei Complementar 123/12.

“Todos nós queremos um aumento maior nos recursos destinados à saúde, mas isso tem que ser feito dentro das possiblidades reais”, observou Fontana. O petista teme que disputas sobre essa questão em Plenário inviabilizem votações nesta semana.

 

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