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Um dos atrativos turísticos de Porto de Galinhas, na Região Metropolitana do Recife, o Zoológico Pet Silvestre foi fechado pelo Ibama sob acusação de maus-tratos, no último domingo (28). O proprietário alega que o espaço é vítima de perseguição política e classificou a operação como uma "canalhice sem tamanho". 

O Pet Silvestre se apresenta como o primeiro zoológico interativo do Brasil por permitir que os visitantes manuseiem os animais. Segundo o Ibama, o local já havia sido notificado por desrespeitar as condições mínimas de abrigo. O órgão também informou que encontrou animais mutilados.  

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Entre aves e répteis, cerca de 200 bichos foram recolhidos pelo órgão e uma multa de R$ 300 mil foi emitida. O proprietário do Pet Silvestre, Uily Oliveira, afirmou que a fiscalização não poderia ser feita no domingo e indicou ilegalidade na operação.  

O representante do zoo fez uma série de críticas à operação. Foto: Reprodução/Redes Sociais

O representante também considera que o órgão atuou de forma arbitrária, já que os animais são registrados e, segundo ele, recebem os cuidados necessários. "Infelizmente, hoje a gente foi vítima de uma perseguição do Ibama. Levaram todos os nossos animais numa situação muito arbitrária. Quem visita a gente sabe que os animais são membros da nossa família. A gente vai recuperar tudo, porque a gente tá dentro da lei. Quem tá dentro da lei não teme nada", disse, nas redes sociais. 

Ele ainda devolveu as acusações de maus-tratos ao Ibama e compartilhou imagens em que os animais são recolhidos para dentro de caixas e colocados em veículos sem ventilação. A operação também foi criticada por ter interrompido a rotina de alimentação e impedido a reprodução de espécies ameaçadas de extinção. Dois ovos de coruja e quatro de jabuti foram recolhidos. 

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O proprietário explicou que o zoológico é licenciado pela Agência Pernambucana de Meio Ambiente (CPRH-PE) e que a maioria dos animais foi entregue pelo próprio Ibama, oriundos de ocorrência de tráfico e maus-tratos. Em 2019, a outra unidade do Pet Silvestre, em Peroba, no litoral de Alagoas, recebeu o Prêmio Sérvio Túlio Marinho de Proteção Animal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-AL), pelas boas práticas no tratamento de seus animais.

Uily criou uma campanha virtual para mobilizar deputados e senadores e tentar pressionar Rodrigo Agostinho, presidente do Ibama. Ele assegurou que o caso será denunciado ao Ministério Público Federal (MPF) para reaver os animais.

Em resposta a reportagem do LeiaJá, a CPRH-PE informa que "os recintos foram analisados como adequados, à época em que foi solicitada a licença, para a quantidade e/ou tamanho de animal adequado ao espaço". Em relação a última fiscalização do espaço, a CPRH informou que é de responsabilidade do Ibama. Sobre o local que os animais estão agora, a CPRH disse que na tarde desta terça-feira (30), os responsáveis pelo órgão estiveram no CETRAS/CPRH e levaram os animais que tinham sido entregues à agência no último domingo (28). Eles ainda afirmam não saber para onde os animais foram encaminhados.

O Ibama apreendeu, nesse domingo (28), 175 animais submetidos a maus tratos em um zoológico de Porto de Galinhas, no litoral sul de Pernambuco. O estabelecimento foi fechado e multado em mais de R$ 300 mil.

Os recintos onde os animais estavam não atendiam às especificações da normativa de zoológicos, como dimensões e condições mínimas de abrigo.

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Ainda foram encontrados animais mutilados, corujas que passavam o dia amarradas ao poleiro e animais sem marcação, o que significa que estavam em sofrimento e mantidos ilegalmente.

Outros animais que deveriam estar no local não foram encontrados. O empreendimento foi notificado a apresentar explicações sobre o destino destes.

O local já havia sido notificado anteriormente pela Agência Estadual do Meio Ambiente (CPRH), vinculada à Semas, para que adequasse os recintos e as condições de abrigo aos animais, o que não foi atendido.

Todos os animais foram apreendidos, retirados do local e destinados para triagem e recuperação.

A manutenção de animais em cativeiro envolve a responsabilidade de lhes assegurar o mínimo de bem-estar. Os zoológicos e a manutenção dos animais são regidos pela Lei n° 7173/83, IN n° 07/15 e resolução Conama n° 487 e 489/18.

Da assessoria do Ibama. Fotos: Divulgação

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) está com 825 vagas para seleção de Brigadistas, Chefes de Esquadrão e Chefes de Brigada do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo).

As vagas são destinadas aos Estados do Amazonas, Bahia, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Piauí, Paraná, Rondônia e São Paulo. Em alguns destes, o prazo de inscrições já se encerrou, como Rondônia, Amazonas, Mato Grosso do Sul, Piauí, Minas Gerais, Goiás e São Paulo, mas no Paraná, Goiás, Pará, Maranhão, Bahia e São Paulo, as inscrições continuam abertas.

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Confira as datas e cidades onde o certame ainda está aceitando participantes.

Nova Laranjeiras (PR) de 8 a 10 de maio

Avaí (SP): 12 de maio

Pau d'arco (PA) de 04 a 12 de maio

São Geraldo do Araguaia (PA) de 15 a 19 de maio

Teresina de Goiás (GO): 24 de maio

Mundo Novo (GO): 26 de maio

Itaetê (BA): 15 a 26 de maio

Itaituba (PA) de 22 a 24 de maio

Monte Alegre (PA) de 29 a 31 de maio

Grajaú (MA) 30 e 31 de maio

Bom Jardim (MA) 20 e 21 de junho

Oriximiná (PA)14 de junho

Mojú (PA) de 27 de junho a 1 de julho

Os interessados podem realizar sua inscrição no site do Ibama. As remunerações oferecidas variam entre R$ 1. 302,00 a R$ 2.604,00. 

Para conceder guarda provisória de Filó ao influenciador Agenor Tupinambá, permitindo o reencontro entre o jovem de 23 anos e a capivara neste domingo, 30, o juiz Márcio André Lopes Cavalcante, da 9ª Vara Federal Cível de Manaus, considerou que o local onde o animal estava - o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) - contava com 'irregularidades que colocam em risco sua saúde e sua vida'.

A avaliação se deu com base em laudo apresentado por Tupinambá à Justiça. O documento, assinado por veterinários, classificou como 'inadequadas' as condições a que foram submetidas a capivara no Centro de Triagem de Animais Silvestres. Márcio André Lopes Cavalcante determinou que o documento elaborado por veterinários seja encaminhado ao Ministério Público Federal para que sejam 'tomadas providências', considerando que há outros animais que ainda se encontram no Cetas.

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De acordo com a decisão Tupinambá ficará responsável pela capivara até o desfecho da ação por ele impetrada na Justiça. Depois que a capivara retornar à casa do influenciador, ele deverá prestar informações à Justiça sobre a saúde do animal. Além disso, também terá de dar 'livre acesso' aos órgãos ambientais para fiscalização da capivara.

Ao conceder a guarda provisória, o juiz ponderou que a devolução da capivara ao antigo tutor é 'medida plenamente reversível'. "Caso, ao final do processo, conclua-se que as condições em que o animal vive no centro de triagem do Ibama são melhores do que aquelas em que ele vivia, será possível o seu retorno ao Cetas. O que talvez seja irreversível será a manutenção da capivara no Cetas tendo em vista que, pelo relato da equipe técnica, existe concreto risco à saúde do animal", anotou o magistrado.

Influenciador 'vive na floresta'

No despacho assinado neste domingo, 30, o juiz Márcio André Lopes Cavalcante avaliou que o impasse envolvendo Filó 'é fruto de um profundo desconhecimento da realidade do interior do Amazonas e de um choque cultural'.

Para o magistrado, o influenciador morador da zona rural do interior do Amazonas, 'vive em perfeita e respeitosa simbiose com a floresta e com os animais ali existentes'.

"Não há muros ou cercas que separam o casebre de madeira do autor em relação aos limites da floresta. Os animais circundam a casa e andam livremente em direção à residência ou no rumo do interior da mata. Não há animais de estimação no quintal da casa do autor porque o seu quintal é a própria Floresta Amazônica. Percebe-se, portanto, que não é a Filó que mora na casa de Agenor. É o autor que vive na floresta, como ocorre com outros milhares de ribeirinhos da Amazônia, realidade muito difícil de ser imaginada por moradores de outras localidades urbanas do Brasil", assinalou.

Em decisão judicial assinada na madrugada deste domingo, 30, o juiz federal Márcio André Lopes Cavalcante concedeu a guarda provisória da capivara conhecida nas redes sociais como Filó para o influenciador Agenor Tupinambá. O animal silvestre foi entregue ainda na manhã deste domingo, 30, para o influenciador, conforme publicou a deputada estadual pelo Amazonas Joana Darc (União Brasil), que vem auxiliando Tupinambá legalmente no caso.

"Concedo a tutela provisória de urgência para que, até o desfecho, seja defupierida a guarda provisória da capivara Filó a Agenor Bruce Tupinambá. Como consequência, determino que o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) seja compelido a fazer a entrega do animal ao autor, imediatamente", consta na decisão da Justiça assinada digitalmente pelo juiz federal Márcio André Lopes Cavalcante às 1h04 deste domingo, publicada nas redes sociais da deputada Joana.

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O influenciador poderá levar a capivara para o seu habitat natural, desde que comprove que o transporte será realizado por meios seguros. "Enquanto não se efetiva o transporte de Filó, ela deverá permanecer no Zoológico do Tropical Hotel, considerando que o autor informa já ter obtido o aval do biólogo Ricardo dos Santos Amaral", consta na decisão.

Procurado, o Ibama ainda não se pronunciou sobre a decisão até a publicação deste texto. O espaço permanece aberto para manifestação.

Tupinambá, que ficou conhecido por mostrar sua rotina com o animal silvestre, entregou a capivara ao Ibama na quinta-feira, 27, na cidade de Manaus (AM), após nove dias de disputa para mantê-la.

No último dia 18 de abril, o jovem de 23 anos foi denunciado por suspeita de abuso, maus-tratos e exploração animal e multado em cerca de R$ 17 mil, além de ter sido notificado a retirar os conteúdos com a capivara da web. Ele compartilhava o seu dia a dia com a Filó em uma fazenda em Autazes, interior do Amazonas.

Até então, em outra decisão judicial publicada na tarde de sábado, 29, apenas havia a autorização para que integrantes da Comissão de Proteção aos Animais da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam) acompanhassem os trabalhos no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), para onde a capivara havia sido levada.

"Concedo liminar para autorizar que a Comissão de Proteção aos Animais da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), na pessoa de sua presidente, deputada Joana Darc, acompanhada de assessores parlamentares e médicos veterinários possa adentrar ao Ibama, mais especificamente no Cetas, para que possam fiscalizar as instalações e realizar avaliação clínica e física da capivara Filó, devendo ser disponibilizado total acesso ao animal, sem qualquer embaraço", constava na decisão da Justiça anterior, também do juiz federal Márcio André Lopes Cavalcante, publicada nas redes sociais da deputada Joana Darc.

Na ocasião, ainda no fim da noite de sábado, o Ibama afirmou que não existia decisão judicial determinando a devolução da capivara para Tupinambá, embora estivessem sendo veiculadas informações em redes sociais. O órgão citava que o animal silvestre estava sob cuidados no Cetas de Manaus.

Segundo a deputada, a nova decisão, que foi divulgada na madrugada deste domingo, foi tomada após a visita feita ao local onde estava a capivara. Nas redes sociais, ainda no sábado, a deputada disse que durante a vistoria foram encontrados remédios e vacinas vencidos, além de um "ambiente insalubre".

O Ibama rebateu as acusações. "A deputada Joana Darc foi ao local, observou o animal e divulgou informação falsa de que haveria vacinas vencidas. O protocolo clínico veterinário determina que não se imuniza animais silvestres. O objetivo do Ibama após avaliação técnica é devolver a capivara à natureza garantindo o seu bem-estar e o cumprimento da lei", disse em nota no sábado.

Conforme o Ibama, os Cetas funcionam como unidades para tratamentos e reabilitação de animais vítimas do tráfico ou resgatados. Desde janeiro deste ano, devolveram à natureza, após reabilitação, 5,6 mil animais no País. O trabalho desses centros é fundamental para a proteção da fauna brasileira e manutenção do equilíbrio ambiental, disse o órgão federal.

Conhecido nas redes sociais por conteúdos acompanhado da capivara Filó, o influenciador Agenor Tupinambá foi intimado pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) a entregar o animal. Ele disse que agentes do órgão federal foram a sua faculdade e informaram sobre uma multa de mais de R$ 17 mil. 

O jovem de 23 anos começou a atrair visualizações no TikTok com vídeos sobre seu dia a dia entre os animais, em uma fazenda em Autazes, no interior do Amazonas. Surpreso pela denúncia do Ibama, ele publicou um vídeo emocionado e se defendeu da acusação de suspeita de abuso, maus-tratos e exploração animal. 

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“[O Ibama] mostrou as multas que eu tinha que pagar, as acusações. Foram várias multas. Somando tudo, dá mais de R$ 17 mil. Fui notificado para excluir todos os vídeos da minha rede social. Outra coisa é que tenho seis dias para entregar a Filó para eles”, relatou. 

Além da capivara Filó, Agenor deve entregar o papagaio Rosa, que também costuma aparecer no seu conteúdo. Ele tem 20 dias para apresentar defesa e tentar reverter a situação. 

Estudante de agronomia, o tiktoker publicou uma nota onde descreveu sua paixão por animais. "Eu cresci no meio do mato e lá nasceu a minha paixão pelos animais. Eu só saio de lá para estudar agronomia na capital, curso que escolhi para poder servi-los ainda mais. De todas as surpresas que a fama na internet me trouxe, eu jamais imaginei que seria acusado de abuso, maus-tratos e exploração contra animais. Também fui acusado de matar um animal do qual todos são testemunhas que só dediquei amor e fiz tudo que podia para preservar sua vida", lamentou. 

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Operação conjunta entre as Forças Armadas, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) destruiu uma aeronave em solo e prendeu dois homens em uma pista clandestina de garimpo ilegal, dentro da Terra Indígena Yanomami, em Roraima, na noite da última quinta-feira (6). Foi a primeira ação de policiamento após o fechamento do espaço aéreo sobre a reserva.

O espaço aéreo na Terra Indígena Yanomami voltou a ser fechado justamente na última quinta-feira. Antes, a previsão para a retomada do fechamento era para 6 de maio, mas a medida foi antecipada para acelerar a saída de garimpeiros ilegais que ainda estão na região.

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O espaço aéreo já havia sido inicialmente fechado em 1º de fevereiro, logo após o governo iniciar uma operação humanitária em favor do povo Yanomami, e reaberto no dia 12 do mesmo mês para permitir a saída coordenada e espontânea de garimpeiros que atuam ilegalmente na região.

O controle será realizado pela Força Aérea Brasileira (FAB).  Zona de identificação Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), foi estabelecida uma Zona de Identificação de Defesa Aérea (Zida) no espaço aéreo da terra yanomami, com a proibição do tráfego aéreo, à exceção de aeronaves militares ou a serviço dos órgãos públicos envolvidos na Operação Yanomami, desde que previamente submetidas ao processo de autorização de voo. 

As aeronaves que descumprirem as regras estabelecidas nas áreas determinadas pela Força Aérea estão sujeitas às medidas de policiamento do espaço aéreo (MPEA), que vão desde a identificação da aeronave, pedidos de mudança de rota e pouso obrigatório até tiros de advertência e os chamados tiros de detenção, que são disparos com a finalidade de provocar danos e impedir o prosseguimento do voo da aeronave transgressora.

O Ibama e a Polícia Federal (PF) inutilizaram três balsas garimpeiras e um rebocador empregados como estruturas de extração e apoio a garimpo ilegal no entorno de Terras Indígenas no estado do Amazonas na última sexta-feira (24). As embarcações, localizadas no rio Boia, poluíram a água com óleo diesel e mercúrio.

A abordagem foi realizada com helicóptero da PF. Ao avistarem a aeronave, os garimpeiros fugiram para a floresta, abandonando as balsas. Os agentes ambientais descobriram, durante a ação, uma quarta balsa, no rio Jandiatuba. A embarcação havia sido afundada pelos próprios garimpeiros para não ser destruída.

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"A região vem sendo atingida pela ação de garimpeiros ilegais, com grandes impactos para as populações tradicionais e para meio ambiente, como aumento da turbidez da água e contaminação com produtos tóxicos", disse o agente ambiental Geraldo França.

A investigação terá continuidade até que os responsáveis pelo garimpo ilegal sejam identificados.

Da assessoria de comunicação do Ibama

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi visto, junto com o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, em uma exposição de pássaros ameaçados de extinção, em outubro de 2021. A visita aconteceu antes do Ibama ter notificado Torres do desaparecimento de alguns animais da lista de ameaçados de extinção, que estavam em sua posse.

A visita foi feita na ocasião de um torneio organizado pela Confederação Brasileira de Criadores de Pássaros Nativos. No vídeo é possível ver o ex-presidente tirando fotos com algumas pessoas, enquanto observa bicudos e curiós. Eles estão em um galpão repleto de gaiolas com pássaros silvestres.

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Na última sexta-feira (24), Torres foi notificado pelo Ibama porque sete bicudos, ave conhecida por seu canto, sumiram do criadouro em sua residência. Ele se tornou suspeita de fazer comércio ilegal de aves em extinção.

A residência do ex-ministro da Justiça Anderson Torres foi alvo de uma operação de agentes do Ibama nesta sexta-feira, 24. Torres, que está preso após suposta omissão nos atos de 8 de janeiro, mantém em sua casa, em Brasília, uma área de criação de pássaros.

Agentes do Ibama estiveram no local e constataram algumas irregularidades, as quais resultaram em multas de R$ 34 mil. Anderson Torres é conhecido como "passarinheiro". Em vídeos publicados nas redes sociais, é possível vê-lo defendendo a regulamentação da atividade e a diminuição de "abusos de autoridades".

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"A gente cria, a gente preserva e a gente quer que os órgãos ambientais estejam em parceria com os criadores como eu sempre defendi", disse Torres, durante um eventos com criadores de pássaros.

A reportagem apurou que Anderson Torres tem registro formal no Ibama como criador de pássaros. Na operação, os agentes apreenderam os animais e levaram para o Centros de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama, em Brasília.

A operação que levou à casa de Torres faz parte de um conjunto de operações de controle de fauna que a equipe vinha realizando, até que chegou a informações sobre supostas irregularidades no criadouro mantido na casa de Anderson Torres.

O ex-deputado federal Rodrigo Agostinho (PSB) é o novo presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A escolha foi da própria ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. 

A nomeação de Agostinho ocorreu nesta sexta-feira (24). A cerimônia de posse está prevista para a próxima terça (28), em Brasília. Antes, ele foi vereador e secretário do Meio Ambiente de Cafelândia e prefeito de Bauru por dois mandatos, ambos municípios no interior de São Paulo. Em 2018, foi eleito deputado, mas não conseguiu se reeleger no ano passado. 

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Na Câmara, Rodrigo Agostinho presidiu a Comissão de Meio Ambiente e coordenou a Frente Parlamentar Ambientalista do Congresso. Ele também representou os deputados na última Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 27), em novembro do ano passado. 

No dia 13 de fevereiro de 2019 dois ministros do então governo Bolsonaro estiveram presentes na festa da colheita da Terra Indígena Utiariti, a 397 quilômetros de Cuiabá, Mato Grosso. A reportagem do portal The Intercept Brasil apurou que o ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e a ex-ministra da agricultura, Tereza Cristina, foram convidados para participarem da celebração. No entanto, tanto a festa quanto a colheita realizada na região foram feitas de forma ilegal.

De acordo com a reportagem, também foram convidados o governador do Mato Grosso, Mauro Mendes, e o então diretor de Proteção Ambiental do Ibama, major Olivaldi Azevedo. A celebração contou ainda com a presença de indígenas de 70 aldeias, vindos das cinco regiões do país.

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Ainda em 2018, algumas regiões indígenas das etnias Pareci, Manoki e Nambikwara haviam sido interditadas pelo Ibama. O órgão multou os grupos por desmatamento sem licenciamento ambiental, plantio de soja transgênica na área indígena e arrendamento de terras para não-indígenas. Foi também aplicada uma multa de R$ 2,7 milhões contra produtores rurais e associações indígenas. Portanto, a festa da colheita de fevereiro do ano seguinte foi realizada em uma região interditada, para celebrar a colheita de uma plantação que nem deveria ter sido feita.

De acordo com o artigo 79 do decreto 6.514, que dispõe sobre as infrações e sanções administrativas ao meio ambiente, o descumprimento de embargo pode acarretar em uma multa que varia de R$ 10 mil a R$ 1 milhão . Os ex-ministros ainda podem ser autuados por prevaricação, quando um servidor público deixa de cumprir o seu papel corretamente.

Área embargada

Em 2019 a superintendente do Ibama no Mato Grosso, Lívia Karina Passos Martins chegou a ser convidada pelo governador para participar da festa da colheita. No entanto, ao invés de aceitar, Martins detectou que a área estava embargada e que não poderia ser utilizada para o evento. “Os grãos a serem colhidos neste 1º encontro teriam sido produzidos sobre área objeto de embargo, infringindo o Decreto 6.514/2008 por descumprimento”, disse em ofício endereçado à presidência do Ibama e à Diretoria de Proteção Ambiental, o Dipro.

Sete meses depois, a região, junto com outras que estavam listadas no embargo, foi desembargada. Dois meses após o desembargo, indígenas das três etnias tiveram a permissão para produção agrícola, sem a participação de não-indígenas e sem transgênicos, depois de assinarem um Termo de Ajustamento de Conduta com o Ibama, a Funai e o Ministério Público Federal (MPF).

Procurado pela reportagem, com o intuito de saber sobre a fiscalização das áreas desembargadas, o Ibama respondeu que “não consta na base de dados a realização de novas ações fiscalizatórias nas referidas áreas após o desembargo.”. Portanto, além de não haver informações sobre as fiscalizações realizadas na época, tampouco é possível saber o destino da soja produzida ainda durante o embargo. Também não constam informações oficiais sobre a presença de Olivaldi Azevedo na festa da colheita.

A régua para medir o desempenho do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na área ambiental, em 2023, já está dada: a queda no atual índice de desmatamento. O novo presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, ainda aguarda a sua nomeação no Diário Oficial da União, mas trabalha nas repartições do órgão para fazer valer a meta que impôs a si mesmo: de cortar, pela metade, o volume do desmatamento ilegal registrado no ano passado, na Amazônia e demais áreas do País.

Agostinho, que foi estagiário e voluntário do Ibama quando tinha 15 anos, em Bauru (SP), chega agora à presidência do órgão, com 44 anos, escolhido pela ministra do Meio Ambiente e das Mudanças Climáticas (MMA), Marina Silva. Ex-deputado federal do PSB, por São Paulo, tem a missão de colocar em prática as políticas de um ministério que passou a ser acompanhado com lupa, dentro e fora do País.

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Em entrevista ao Estadão, ele disse que o Ibama voltou a atuar, após anos de paralisação durante a gestão Jair Bolsonaro, mas é preciso recuperar a estrutura do órgão, que foi esvaziada. O Ibama já chegou a ter 2 mil fiscais em campo. Atualmente, conta com menos de 350 agentes pra fiscalizar o Brasil inteiro. Um novo concurso já foi pedido. "A gente tem meio Ibama hoje. Se você considerar todos os funcionários em atividade, são 2.900 servidores. Temos apenas 53% de seu quadro total previsto. O governo Bolsonaro paralisou o Ibama, perseguiu os servidores, desmontou o órgão."

As ações de combate ao crime do garimpo que assola a terra indígena Yanomami, em Rondônia, disse Agostinho, não têm prazo para acabar e incluirão, num próximo momento, medidas de recuperação de florestas degradadas. Na área de multas ambientais, foi montada uma força-tarefa para tentar impedir a prescrição de 130 mil autuações, que somam R$ 18 bilhões, um valor que supera com folga quatro anos do orçamento do MMA.

O trabalho de proteção e fiscalização ambiental, disse o novo presidente do Ibama, deve contar não apenas com recursos da União, mas também do Fundo Amazônia e outros órgãos que voltaram a bater na porta do órgão, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Fundo Global para o Meio Ambiente, (GEF, na sigla em inglês), um dos maiores financiadores de projetos ambientais do mundo.

Qual é a situação do Ibama que o senhor encontrou?

A verdade é que a gente tem meio Ibama hoje. Se você considerar todos os funcionários em atividade, são 2.900 servidores. Temos apenas 53% do quadro total previsto, mesmo sabendo que, no ano passado, houve uma decisão do Supremo Tribunal Federal, que obrigava o governo passado a fazer concurso. A gestão Bolsonaro paralisou o Ibama, perseguiu os servidores, desmontou o órgão. Estamos trabalhando agora para chamar quem não foi chamado, para fazer um novo concurso.

Quantos servidores devem ser contratados?

Ainda não temos um número fechado, mas se eu conseguir ampliar o quadro com cerca de 500 servidores, já seria um alívio importante para nós.

Ainda neste ano?

Estamos tratando disso. Já enviamos um pedido ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. Vamos trabalhar para recompor o quadro. Não dá para o Brasil, que tem a maior biodiversidade do mundo, que tem metade de seu território com alguma cobertura vegetal, mesmo que degradada, não ter uma estrutura capaz de atender a tudo isso.

Haverá recursos?

Fizemos uma recomposição do orçamento, não podemos reclamar do orçamento agora. A área ambiental, como um todo, teve um aumento de R$ 550 milhões, um recurso que foi dividido em várias ações e programas do ministério. Para o Ibama, devemos ter um fôlego de aproximadamente R$ 100 milhões, é o que vai permitir fazer planejamento, botar a equipe na rua, fazer operações, contratar helicópteros, tocar toda a logística e inteligência do órgão. Paralelamente, a gente está restabelecendo as relações internas.

O que isso significa?

Tem muito servidor aqui que foi vítima de assédio, de perseguição, humilhações. Temos de recuperar o ambiente interno e, ao mesmo tempo, recuperar nossa governança institucional com as outras entidades. Áreas estratégicas do Ibama foram desmontadas, notadamente, as áreas de fiscalização e de apuração de multas. O Ibama não conseguia mais dialogar com as outras instituições, porque a Funai também estava com o mesmo problema, a Polícia Federal lidava com bastante restrição, e a gente precisa trabalhar junto. Estamos hoje com mais de 100 policiais da Força Nacional dentro da terra Yanomami, por exemplo, apoiando nosso trabalho. Além disso, estamos revendo os despachos do antigo presidente (Eduardo Bim), as políticas que estavam acontecendo aqui dentro.

Houve recorde de desmatamento nos últimos anos. O que esperar neste primeiro ano de governo Lula?

Nossa meta principal é combater o desmatamento. O Ibama vai ser avaliado por isso e esta é a prioridade número um da ministra Marina Silva. Se a gente conseguir reduzir o desmatamento próximo de 50% neste primeiro ano, vai ser uma importante vitória. Se somarmos todas as áreas, foram quase 2 milhões de hectares desmatados no ano passado. É muita coisa. Pela primeira vez, a gente teve Cerrado e Amazônia com um índice muito próximo.

A meta é cortar o desmatamento pela metade em relação ao ano passado?

É isso. Eu acho que é o que a gente precisa perseguir. Nós já perdemos 20% da floresta. Daquilo que sobra, 40% sofreram alguma degradação. Precisamos botar um freio de arrumação nisso. Não quer dizer que proprietários não vão poder fazer desmatamento legal, mas o fato é que a floresta de pé tem que valer mais do que floresta do chão. Hoje, no Mato Grosso, o preço de uma área desmatada é o dobro de uma área com floresta. Não faz sentido, não pode continuar assim.

A gestão anterior do Ibama deixou de executar um plano de ação previsto na terra indígena Yanomami. Por quê?

Porque tudo estava praticamente parado aqui, porque havia apenas ações pontuais. As diretorias não faziam mais planejamento, você não tinha uma estratégia definida, desde coisas simples, como uma política de remoção de funcionários, até o enfrentamento desses desafios. O comando aéreo estava desmontado, as estratégias de trabalho estavam desmontadas. Havia uma determinação judicial de agir na região, inclusive, que não foi cumprida. Em janeiro, começamos imediatamente a trabalhar nisso. Estamos na terra Yanomami sem data de saída. A pedido da ministra Marina Silva, também começamos a fazer um plano de restauração e de recuperação da área, que é outro problema que precisa ser enfrentado.

Em que fase está o trabalho na terra Yanomami?

A primeira etapa foi estrangular a logística. Conseguimos o fechamento do espaço aéreo. Depois, atacamos quem vendia combustível ilegalmente, por exemplo, os suprimentos. Tinha empresa de Cubatão vendendo combustível de aviação para o garimpo. Fizemos as barreiras, apreendemos muito combustível, armamento e alimentos. Agora, além da limpeza da área, estamos buscando os cabeças do crime.

Todas os garimpeiros estão sendo liberados?

As pessoas estão sendo fichadas e liberadas, mas estamos colhendo depoimentos e muita informação útil, que está servindo para operações como a que foi realizada nesta semana pela Polícia Federal, indo atrás de quem financia o crime. É quem a gente quer pegar. Não trabalhamos com a perspectiva de sair logo da terra Yanomami. Vamos ficar na região e faremos operações em outras terras indígenas, também, em parceria com a Funai, a PF e a Força Nacional. Fora isso, temos um passivo enorme ambiental. Será um desafio grande para ser recuperado.

Como impedir que o garimpo retorne?

Vamos ter uma presença constante nessas áreas, as pessoas terão de se acostumar a ver os agentes do Ibama nestas cidades, na padaria, nas ruas. Vamos priorizar os municípios com maiores taxas de desmatamento. Não temos mais do que 30 municípios prioritários. Isso será definido pelo PPCDAm (Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal).

Há um passivo gigantesco de multas ambientais no Ibama. O que será feito disso?

Temos 130 mil multas que podem prescrever e que somam R$ 18 bilhões. Estamos com uma força tarefa para salvar o máximo possível, fazendo triagem dos processos, separando as multas maiores, avaliando o grau de complexidade.

O governo Bolsonaro queria fazer a conciliação dessas multas com os autuados. Isso vai prosseguir?

A gente está abandonando aquela ideia de conciliação, que nunca foi conciliação, aquilo nunca existiu. Fizeram poucas audiências, estavam brincando de conciliação e deixaram acumular esse volume bilionário que pode prescrever. Vamos retomar a proposta de conversão de multas, recuperar tudo aquilo que estava acontecendo e foi abandonado, como o projeto que prevê a conversão de multas para recuperar o São Francisco, a bacia do Parnaíba, entre outros projetos.

Qual é a situação de financiamentos internacionais, como o Fundo Amazônia?

É um programa fundamental e que acaba de ser retomado, com a sua primeira reunião realizada nesta quinta-feira. Estamos empolgados com essa possibilidade de retorno. E o interessante é que outros doadores também estão aparecendo. Tenho recebido visitas e ligações diárias.

Quais doadores?

Já falei, por exemplo, com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com o Fundo Global para o Meio Ambiente, (GEF, na sigla em inglês), que é um dos maiores financiadores de projetos ambientais do mundo. Muitas organizações vieram, querem ajudar o governo brasileiro a restabelecer a governança, a por fim no desmatamento ilegal, e o Ibama é peça-chave nessa história.

A bancada ruralista faz muita pressão sobre o processo de licenciamento ambiental. Como fica essa área?

Não vamos atropelar as decisões técnicas, elas serão respeitadas. Servidores sofreram todo tipo de pressão no governo Bolsonaro. Isso acabou. Estamos em um novo governo, que respeita a lei ambiental. Sabemos que o Brasil precisa voltar a crescer e seremos parceiros nisso, mas com a garantia da questão ambiental, é preciso botar um equilíbrio nessa balança.

Como medir esse equilíbrio?

É preciso que não haja ingerência e que o servidor possa trabalhar. Esse setor de licenciamento precisa ser reestruturado. É preciso que os processos prevejam a participação da sociedade, como prevê a convenção da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Qualquer empreendimento ganha força quando uma população é respeitada e ouvida. Isso não quer dizer que será dela a decisão sobre o licenciamento, mas ela vai embasar o processo, para que haja uma decisão técnica.

Os yanomamis não tinham conhecimento de legumes brasileiros como cenoura, repolho, beterraba, de acordo com uma história contada pelo agente ambiental federal do Ibama Wallace Lopes, no Twitter. Na publicação, ele conta o relato de um amigo, que estranhou o fato de os yanomamis não pegarem os legumes recebidos para comer. 

Ao perceber que ninguém pegava os legumes, que faziam parte dos alimentos apreendidos dos garimpeiros e doados para as comunidades indígenas, ele mostrou os alimentos e organizou um “masterchef indígena” com uma sopa coletiva. “Após investigar, descobri que os Yanomamis não conheciam aqueles legumes (tão básicos para nós) e não sabiam a forma de consumo”, disse. 

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O Ibama vai apurar responsabilidades envolvendo a decisão de afundar, na sexta-feira, 3, o casco do porta-aviões São Paulo, numa área localizada a 350 quilômetros da costa brasileira, com profundidade de 5 mil metros. A decisão foi informada à reportagem por meio de nota, após o Estadão questionar o órgão sobre o assunto.

"O Ibama, no âmbito de suas competências legais, vai apurar responsabilidades e danos ao meio ambiente envolvendo o caso do porta-aviões São Paulo", declarou a autarquia vinculada ao Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas.

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Na quarta-feira, 1, o Ibama já tinha pedido à Marinha mais informações que permitam avaliar alternativas para mitigação, reparação e salvaguarda do meio ambiente a partir de eventual naufrágio do porta-aviões São Paulo em alto mar. O pedido foi realizado após a Marinha comunicar oficialmente, em 30 de janeiro, a decisão de realizar afundamento controlado da embarcação.

"A medida, justificada por avarias no casco que comprometeriam a segurança da navegação e causariam danos à logística, à economia e até ao meio ambiente, vai na contramão do empenho de técnicos do Ibama para garantir a destinação ambientalmente adequada prevista na regulamentação sobre transporte internacional de resíduos (Convenção de Basileia)", declarou o Ibama, naquela ocasião.

Além de solicitar estudos do Centro de Hidrografia da Marinha, mapeamento de fundo da área selecionada para o alijamento do casco e informações sobre o método pretendido para provocar o afundamento, o Ibama recomendou a elaboração de Plano de Monitoramento da Água. Há três semanas, oito servidores do corpo técnico do instituto indicaram, por meio de nota técnica, possíveis impactos ambientais decorrentes de eventual afundamento da embarcação.

De acordo com o documento, a liberação de materiais poluentes contidos na estrutura poderia causar distúrbio na capacidade filtrante e dificuldade de crescimento em organismos aquáticos; o impacto físico sobre o fundo do oceano provocaria a morte de espécies e deterioração de ecossistemas. Os especialistas alertaram ainda que a carcaça poderia atrair espécies invasoras prejudiciais para a biodiversidade nativa, além de microplásticos e metais pesados presentes em tintas da embarcação, que poderiam se tornar protagonistas de bioacumulação indesejável em organismos aquáticos.

A proposta do Ibama era a de que o material fosse reciclado. Há estaleiros credenciados para fazer essa reciclagem em países como Itália, Noruega, Dinamarca e Turquia. "Enquanto o Brasil não dispuser de instalações com esse perfil, haverá necessidade de exportar ex-navios para países com infraestrutura adequada, em conformidade com a Convenção de Basileia", afirmou o órgão.

O porta-aviões retornou ao Brasil porque a Turquia cancelou a autorização que havia emitido no fim de julho. Em respeito às regras estabelecias pela Convenção, o Ibama adotou o mesmo procedimento. A partir do retorno do ex-navio ao Brasil, no início de outubro, o Ibama acompanhou as tratativas entre a Marinha e a empresa proprietária, e informou que novo pedido de exportação poderia ser solicitado.

De acordo com a Marinha, o destino final do casco fica localizado a 350 quilômetros da costa brasileira e com profundidade de 5 mil metros, em parte situada em Águas Jurisdicionais Brasileiras (AJB). O comunicado emitido pela Força informa que a operação foi realizada de forma a evitar prejuízos "de ordem logística, operacional, ambiental e econômica" ao Brasil, e que o local para o descarte foi selecionado com base em estudos do Centro de Hidrografia da Marinha e Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira.

"As análises consideraram aspectos relativos à segurança da navegação e ao meio ambiente, com especial atenção para a mitigação de impactos à saúde pública, atividades de pesca e ecossistemas", afirmou a nota assinada de forma conjunta pelo Ministério da Defesa, pela Advocacia-Geral da União e também pela Marinha do Brasil.

"Por fim, a Marinha do Brasil presta legítima reverência ao ex-Navio Aeródromo ‘São Paulo’. Barco que abriga alma beligerante perpetuada na mente de homens e mulheres que guarneceram seus conveses, dignos servidores da Marinha Nacional Francesa e da Marinha do Brasil, sob a égide das tradições navais e de elevado espírito marinheiro", concluiu o comunicado.

Na quinta, 2, o Ministério Público Federal (MPF) entrou com um recurso no Tribunal Regional Federal da 5.ª Região para anular a decisão da Justiça Federal em Pernambuco de permitir que a Marinha afundasse a sucata do porta-aviões.

O estaleiro turco Sök Denizcilik Tic Sti, certificado pela União Europeia para a realização de reciclagem de navios, arrematou a embarcação no ano retrasado por R$ 10,5 milhões. Em dezembro de 2022, no entanto, a propriedade do ativo passou para a transportadora MSK Maritime Services & Trading, que rebocou o porta-aviões São Paulo do Brasil até a Europa, e de volta ao Brasil.

Proibida de atracar por onde passa, a sucata do ex-navio não deixou de navegar nenhum momento desde que deixou o Rio de Janeiro, em 4 de agosto do ano passado, rumo à Turquia para desmonte e reciclagem. A embarcação desativada cruzou o oceano a reboque, teve sua atracação rejeitada pelos turcos e, na volta, também pelos portos brasileiros.

O principal motivo da negativa foi a ameaça de naufrágio sob as suspeitas de carregar a alta quantidade perigosa de materiais tóxicos, como o amianto. Após três meses de tentativas frustradas de entrar no Porto de Suape, em Pernambuco, o ex-porta-aviões foi afastado para região de maior profundidade e proibido pela Marinha, no último dia 20, de se reaproximar das águas interiores ou terminais portuários do Brasil.

A determinação se baseou no "elevado risco que representa, com possibilidade de encalhe, afundamento ou interdição do canal de acesso a porto nacional, com prejuízos de ordem logística, operacional e econômica ao Estado brasileiro", segundo comunicado da Autoridade Marítima Brasileira (AMB).

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) instituiu a "Sala de Situação e Controle da Terra Indígena Yanomami", sediada na Superintendência do Ibama de Boa Vista em Roraima, com objetivo de coordenar, planejar e acompanhar as ações de combate ao garimpo ilegal na região.

A decisão está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (2). De acordo com o ato, a Diretoria de Proteção Ambiental (Dipro) do órgão ainda publicará Ordem de Serviço específica nomeando o coordenador da sala, que terá o prazo de 180 dias, podendo ser prorrogada mediante justificativa.

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Nicole Bahls passou por uma situação para lá de chata na última quarta-feira, dia 18. Agentes da Polícia Federal e do Ibama foram ao sítio da modelo, em Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, para recolher os dois macaquinhos de estimação que ela tinha. A PF comprovou que os macaquinhos vieram do tráfico de animais e que a documentação dos bichinhos eram falsas.

Muito triste com toda a situação e por ter caído em um golpe, Nicole relatou todo o ocorrido nos Stories:

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- Ontem teve uma operação aqui em casa da Polícia Federal e do Ibama, para ver os documentos da Mikal e do Davi, e nós descobrimos que os documentos dos dois macaquinhos eram falsificados. E agora, o Ibama vai fazer um trabalho de reabilitação para eles voltaram para o habitat natural deles, para a natureza, e eu vou colaborar para que isso aconteça da melhor forma possível.

Ela ainda falou sobre o sonho de ter os macaquinhos, que foram dados a ela pelo namorado, o empresário Marcelo Viana.

- Estou arrasada. Foram 90 dias com eles, dando mamar, amor, carinho. Eles [os agentes] estiveram aqui e viram que os bichinhos foram superbem cuidados, que eles estavam soltos aqui no sítio, pulando nas árvores. Não peguei os macaquinhos para serem pets. Quero conscientizar vocês que não comprem animais silvestres, que não errem como eu errei. É muito triste o tráfico de animais.

Ao saber da história, Luisa Mell, que é defensora da causa animal, entrou em contato com Nicole e compartilhou o ocorrido nas redes sociais, informando que com a ajuda da modelo, a polícia conseguiu prender o traficante de macacos.

Ação da polícia federal comprovou que macacos de Nicole vieram do tráfico de animais. Nicole foi vítima de um golpe. Toda a documentação era falsa. Nicole então levou a polícia até a traficante que vendeu, que foi presa. Em Stories, Nicole contou a história completa e ainda contou para seus seguidores A VERDADE sobre ter um animal silvestre como pet. A GRANDE maioria vem sim de tráfico de animais. Assassinam os pais para roubar os filhos! Transportam em caixas, onde a maioria morre no caminho Nicole termina o vídeo falando que agora entendeu que mesmo se fosse legalizado n se deve ter animais silvestres. Ainda entendeu o tamanho da responsabilidade quando posta algo assim para seus mais de 20 milhões de seguidores. Falei com a Nicole agora. Ela está muito abalada e triste com a situação. Não tinha ideia do que estava compactuando. Muitas vezes sou taxada de chata, intrometida, biscoiteira quando critico atitudes assim. Mas hoje, Nicole entendeu na pele porque sou assim. Porque sofro muito. Porque sei de tudo isso e mais... É muito difícil saber de tanta maldade e me calar. Nicole aprendeu. Quer virar mantenedora do Ibama em seu sítio e ajudar muitos outros animais vítimas da ignorância e maldade humana. Minha maior alegria é quando alguém entende nossa luta e se une a nós. Nunca quis na vida cancelar alguém, pelo contrário ... só quero que as pessoas se conscientizem e se transformem . E se unam a mim na luta contra a exploração e maus tratos aos animais.

O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima confirmou que o deputado federal Rodrigo Agostinho (PSB-SP) assumirá a presidência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), conforme antecipou a reportagem. Em nota divulgada neste sábado, 14, a pasta informa que o parlamentar foi escolhido pela "sólida formação técnica e destacada atuação na área ambiental".

Agostinho, cujo mandato se encerra em janeiro, é biólogo, ambientalista e advogado. Ele foi membro titular do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) por mais de 10 anos e é membro da Comissão Mundial de Direito Ambiental da União Internacional de Conservação da Natureza (IUCN). Foi gerente executivo do Instituto Arapyaú (2016-2018) e é ex-prefeito de Bauru (SP). Como deputado coordenou a Frente Parlamentar Ambientalista do Congresso Nacional por três anos consecutivos.

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Agostinho disse que será preciso reconstruir o órgão. "Após tantas perseguições, assédios e erros estratégicos, vamos exercer a racionalidade. Nosso trabalho terá como foco prioritário o combate ao desmatamento; o fortalecimento da gestão pública socioambiental; a modernização das nossas estruturas e a defesa intransigente do meio ambiente equilibrado", afirmou na nota. À reportagem, o deputado informou que está "ajudando" informalmente na reestruturação do instituto, atuando na elaboração de diagnóstico e planejamento do órgão. "O ato formal de posse será apenas no fim do mês com o encerramento do meu mandato", antecipou. Interinamente, o servidor e analista ambiental Jair Schmitt comanda o Ibama.

O MMA anunciou também que Edel Moraes será a secretária de Desenvolvimento Rural Sustentável da pasta. De acordo com o ministério, Moraes é pertencente a comunidades extrativistas do Pará e foi a primeira mulher a ser vice-presidente do Conselho Nacional das Populações Extrativista (CNS). Ela é vice-presidente do Memorial Chico Mendes e doutoranda no Centro de Desenvolvimento Sustentável, além de ser especialista em Educação do Campo, Desenvolvimento e Sustentabilidade.

A Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco (Semas-PE) se reuniu com o Comitê de Monitoramento, nessa segunda-feira (29), para traçar ações na contenção das manchas de óleo nas praias do estado. Após três anos da tragédia ambiental na costa brasileira, resíduos voltaram a aparecer em seis cidades do litoral de Pernambuco. 

LeiaJá também: Óleo visto nas praias de Pernambuco aparece na Paraíba

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A reunião na sede da Companhia Pernambucana do Meio Ambiente (CPRH) contou com a participaram do O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Capitania dos Portos, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Conforme a Semas-PE, foram definidas as seguintes medidas: 

1. Ampliação das equipes de monitoramento já nessa segunda (29); 

2. Provisão de estrutura para a eventual necessidade de contenção de manchas óleo, com mantas e barreiras; 

3. Reforço no estoque de EPIs; 

4. Reunião com os municípios litorâneos para reforçar as orientações de limpeza das praias (coleta e destinação correta dos resíduos); 

5. Reforço na comunicação dos informes de utilidade pública e do telefone de emergência ambiental da CPRH: (81) 99488-4453.  

Uma nova reunião do Comitê de Monitoramento foi marcada para esta quinta (1º). Até o momento, vestígios de óleo foram encontrados nos municípios de Paulista, Tamandaré, São José da Coroa Grande, Goiana, Jaboatão dos Guararapes e Recife.

As amostras do material foram enviadas para análise no Laboratório de Compostos Orgânicos em Ecossistemas Costeiros e Marinhos (OrganoMAR), da UFPE. Parte do resíduo recolhido pela Marinha foi levado para o Instituto de Estudos Almirante Paulo Moreira (IEAPM).  

As manchas de óleo ressurgiram no litoral de Pernambuco após três anos do desastre ambiental. Com o novo registro na quinta-feira (25), a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas-PE) passou a monitorar as praias e constatou que o resíduo também apareceu na Paraíba. Uma nova reunião para tratar do tema foi marcada para esta segunda-feira (29). 

A pasta coordena o trabalho com apoio da Companhia Pernambucana do Meio Ambiente (CPRH), da Marinha do Brasil e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que garantiu o suporte aéreo na costa e no alto mar. As vistorias também estão mantidas nas faixas de areia do litoral norte e sul do estado. 

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Até o momento, pedaços de óleo já foram encontrados em Sirinhaém, Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo Agostinho, Recife, Olinda, Paulista, Igarassu, Itamaracá e Goiana. As amostras do material seguiram para análise no Laboratório de Compostos Orgânicos em Ecossistemas Costeiros e Marinhos (OrganoMAR), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). 

A Semas-PE pede que os populares que se depararem com as manchas, tirem fotos e acionem a CPRH. A pasta ainda orienta as prefeituras da faixa litorânea a intensificar suas equipes de limpeza nas praias. Todo resíduo encontrado deve ser encaminhado para um aterro sanitário industrial. 

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