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O Congresso americano aprovou na noite desta terça-feira (25) um pacote de emergência de US$ 4,5 bilhões solicitado por funcionários do serviço de imigração, que tinham alertado que os abrigos destinados a acolher crianças imigrantes estão superlotados e precisavam de verba para lidar com a situação. O pacote ainda deve ser votado no Senado.

Um grupo de advogados que visitou um centro de detenção na cidade de Clint, na fronteira do Texas com o México advertiu que centenas de migrantes menores de idade permaneciam no local em condições insalubres, sem fraldas para bebês, sabão, roupa limpa, escovas de dentes nem comida adequada.

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A controvérsia suscitada pelo relatório dos advogados fez com que os menores, que tinham sido separados dos adultos com os quais cruzaram a fronteira ou de mães adolescentes, fossem transferidos a outras instalações. No entanto, foi noticiado nesta quarta que mais de 100 crianças foram devolvidas a esse centro, sem que fossem divulgados mais detalhes.

John Sanders, chefe da Agência Alfandegária e de Proteção de Fronteira dos EUA (CBP, na sigla em inglês), pediu demissão nesta terça após as denúncias de tratamento degradante dado às crianças imigrantes detidas pela CBP na fronteira com o México.

O caso aumentou as críticas de ativistas de direitos de migrantes e de membros do Partido Democrata à política linha-dura do presidente republicano, Donald Trump, em relação à imigração. O presidente se manifestou nesta terça "muito preocupado" pelas condições dos centros de detenção dos imigrantes, mas destacou que elas são melhores do que na época de seu antecessor, Barack Obama. Ele também disse que acabou com a separação de famílias de imigrantes - um programa que foi criado durante seu governo e foi duramente criticado.

Autoridades do Texas informaram na segunda-feira que sete imigrantes morreram, incluindo uma mulher, dois bebês e uma criança, em uma demonstração dos perigos do calor extremo do verão à medida que famílias da América Central tentam cruzar a fronteira entre México e EUA.

Segundo o xerife do Condado de Hidalgo, Eddie Guerra, os corpos de uma mulher de aproximadamente 20 anos, dois bebês e outra criança pequena e foram encontrados em uma área com vegetação perto do Rio Grande, ao sudoeste do Anzalduas Park.

Mortes

Os corpos do salvadorenho Óscar Alberto Martínez Ramírez, de 25 anos, e de sua filha Valeria, de 23 meses, foram encontrados na segunda-feira às margens do Rio Grande, na fronteira dos EUA com o México. Os rostos estavam submersos na água e a menina, enfiada dentro da camiseta preta do pai, tinha um dos braços envolto no pescoço dele, sugerindo que ela se agarrou a ele nos momentos finais.

A fotografia de Julia Le Duc, publicada pelo jornal mexicano La Jornada, ressalta os perigos enfrentados por imigrantes da América Central que fogem da violência e da pobreza e esperam encontrar asilo nos EUA.

Segundo a reportagem de Le Duc, Ramírez, frustrado porque sua família não conseguiu se apresentar às autoridades americanas para pedir asilo, decidiu nadar até o outro lado do rio com sua filha, no domingo. Ele a colocou na margem norte do rio e voltou para pegar a mulher, Tania Vanessa Avalos, de 21 anos.

Mas, ao ver o pai se afastar, a menina se jogou na água. Rodríguez voltou e conseguiu pegar Valeria, mas a corrente levou os dois.

O texto foi escrito com base no que a mãe, Tania, contou à polícia local em meio a lágrimas e gritos, segundo relatou Le Duc à agência Associated Press. A foto lembra a imagem de 2015 de um menino sírio de 3 anos, Aylan Kurdi, que se afogou no Mediterrâneo na ilha grega de Kos - embora ainda não se saiba se ela pode ter o mesmo impacto em concentrar a atenção internacional para a crise migratória nos EUA. (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

"Eu só quero chegar", diz Dewa Nguibebe, um jovem de 17 anos que vem de Angola. Ele enumera a lista de países que percorreu desde que chegou: Brasil, Peru, Colômbia, Guatemala, Honduras e, finalmente, México. Integra um grupo de nove pessoas que está em Tapachula, no Estado de Chiapas. Esteve por quatro meses trabalhando nas ruas de Mato Grosso antes de cruzar a fronteira e iniciar o périplo.

Do Brasil, diz que só lhe interessou economizar para chegar. "A única coisa que sinto falta do Brasil é o idioma." Nada mais. Segundo ele, o mais difícil para chegar ao México até agora foi cruzar a Colômbia. O país mais perigoso foi Honduras. Ainda se lembra da dengue que pegou em El Salvador e o fez parar por duas semanas. Nem a doença nem o calor o detiveram. "Lá (em El Salvador) não há nada para fazer. O que quer que haja nos EUA é melhor."

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Na fronteira sul do México é quente e úmido. Antes havia gestos de solidariedade nas ruas: roupas e água diante das casas. Agora só há tensão, e muita. O governo do presidente Andrés Manuel López Obrador, chamado popularmente de AMLO, cedeu a uma dura política migratória criada por Donald Trump para a fronteira sul do México depois que Washington ameaçou impor tarifas progressivas aos produtos mexicanos.

O chanceler Marcelo Ebrard assumiu de facto as funções que eram da secretaria encarregada dos assuntos internos do México, como era a política de migração. Ebrard na semana passada esperava organizar um sistema de "gestão migratória" - que envolverá países como Brasil, Panamá e Guatemala, de onde muitos imigrantes saem antes de chegar ao México - para combater o problema.

Nguibebe e sua família são algumas das centenas de origem africana que passaram pelo Brasil. Ele tem bolhas nos pés. Lembra que do Brasil passou para o Peru, depois para o Equador e a Colômbia. É um dos muitos africanos que fala um português que contrasta com o espanhol do restante dos imigrantes que cruzam o Rio Suchiate. "O mais difícil foi a selva", diz. Durante sete dias, ele e seus companheiros de viagem só puderam tomar água. Um de seus companheiros se chama Emmanuel e é um angolano de 19 anos.

Emmanuel lembra que da Colômbia tomaram um ferry para o Panamá. Para chegar à Nicarágua, foi preciso pagar entre US$ 100 e US$ 150. Em Honduras, bastou ser fotografado. Em El Salvador, também pegou dengue. Os amigos dizem que "foi muito fácil na Guatemala", de onde entraram no México. Aqui dizem que são discriminados. Na Estação Migratória Século 21, por exemplo, afirmam que primeiro dão comida para os imigrantes centro-americanos. "Os africanos ficam com o que sobra."

Levam nove meses na estrada e contando. Os EUA são a meta final e o cansaço é evidente. Faz poucos dias que um grupo de africanos protestou neste local, provocando destruição. O motivo: estão há mais de um mês esperando seus documentos. Dizem que os imigrantes cubanos e centro-americanos os recebem muito mais rápido. "Eles nos dão pouco para beber. Nós não entendemos nada e ninguém traduz nada", afirma um homem que se identifica como Mawe e diz ser de Camarões.

Os imigrantes africanos na fronteira sul do México percorrem 20 mil quilômetros para chegar aos EUA. Ao chegar a Tapachula, escolhem a rota mais curta para o norte, mas também a mais perigosa: termina em Tamaulipas e Texas, onde foram encontradas valas de imigrantes nos últimos anos. Todos os imigrantes sabem do perigo que enfrentam em um país onde os assassinatos chegam a dezenas de milhares a cada ano. O primeiro trimestre de 2019 foi o mais violento desde 1997, quando começaram a ser feitos os levantamentos. Foram quase 8.500 assassinatos em três meses. Mas o grupo que aguarda em Chiapas não tem medo. "Nada é pior do que o lugar de onde viemos", insistem.

A crise migratória marcou os seis primeiros meses de Obrador na presidência. A inesperada renúncia de Tonatiuh Guillén, diretor do Instituto Nacional de Migração, dias antes do envio de tropas para a fronteira sul, é a sétima entre secretários e funcionários dos setores de saúde, meio ambiente e segurança.

As críticas ao envio de 6 mil soldados da recém-criada Guarda Nacional, cuja legislação ainda deve ser aprovada, são de que parece uma solução apressada. O tuíte de Trump ameaçando impor tarifas ao México pôs na corda bamba a suposta vocação "humanista" que AMLO prometeu, durante a campanha, ser o selo de seu governo. Em seis meses, os mexicanos viram como a presidência de Obrador cortou programas científicos, culturais e esportivos; bolsas e fundos de educação; reduziu o orçamento para o setor médico e até mesmo convidou para atos públicos um sacerdote ativista e um membro da Igreja Evangélica

Os efeitos da militarização da fronteira sob as ordens do presidente americano surgirão em poucas semanas. Mas há o exemplo da visita que Trump, então candidato à presidência dos EUA, fez ao antecessor de AMLO, Enrique Peña Nieto: sua aprovação caiu e ele se tornou o presidente mais impopular da história recente do México, com apenas 15%.

AMLO acredita que sua popularidade sobreviverá ao embate, mas muitos não estão convencidos. Os mexicanos acompanham com nervosismo uma negociação que poderia levar o México à categoria de terceiro país seguro" - classificação que manteria os imigrantes em território mexicano. Trump prometeu revisar em 45 dias para ver se o governo mexicano reduziu o fluxo até os EUA. Um analista brinca: "Já esperamos o dia 46 como a quinta partida do Mundial". O México nunca passou da quinta partida nas Copas do Mundo. "Neste ritmo, o dia 46 chegará primeiro que a quinta partida."

Se o real fosse valorizado, ninguém sairia, diz imigrante angolana

Após dois meses de viagem por terra, saindo de São Paulo, Ana, angolana que morou durante três anos no Brasil, está há uma semana em um centro comunitário de Ciudad Acuña, no Estado mexicano de Cohuila, aguardando a autorização de entrada nos Estados Unidos.

Ela acredita que o fato de carregar a filha de 1 ano e 4 meses pode ter ajudado em certos trechos da viagem. "Quando a minha filha ficou doente, comecei a reclamar pelos meus direitos. Se você ficar quieta, as coisas não dão certo."

As reclamações permitiram que a menina ficasse três dias internada em um hospital na Costa Rica. Uma amiga gestante não teve a mesma sorte no México - somente foi atendida após oferecer pagamento. "Eles sabem que estrangeiro carrega dólar", recorda, indignada.

Foi por meio dos conselhos dos demais africanos que já fizeram a viagem que Ana juntou US$ 2,5 mil por mais de um ano para chegar aos EUA. "Tem de pagar transporte, comida, pessoas para mostrar o caminho na mata", explica.

A jornada até a fronteira de Coahuila com o Texas teve a primeira parada em Rio Branco, no Acre, passando por Peru, Equador, Colômbia, Panamá, Costa Rica, Nicarágua, Honduras, Guatemala e, então, México. Até 15 horas seguidas em viagens de ônibus passaram a ser comuns para Ana e a filha nos últimos meses. Ela também fez uma viagem de barco, uma travessia na água e passou uma semana em uma trilha na mata.

"Você até chora. Pessoas morreram de fome ou se perderam. Graças a Deus que estamos aqui", relata, aliviada. Mas até uma semana atrás, Ana e sua filha estavam presas em um centro de detenção de imigrantes no México, na fronteira com a Guatemala. Ficaram lá durante 14 dias. Foi um tratamento inédito em relação aos demais países da jornada. "Não podíamos sair nem para comprar comida. Se as pessoas reclamam, mandam voltar para seu país", diz sobre o tratamento dos agentes.

Agora, ela acredita que o pior já passou. Apesar de dormir a céu aberto, sendo alvo de mosquitos que atrapalham o sono, está animada, pois os funcionários do centro de imigração no México calculam que em um mês será possível entrar nos EUA desfrutando dos benefícios concedidos a refugiados. "Quando não se tem família lá, eles te dão uma casa e dinheiro para comprar comida, além de um documento que vale um ano. Sei que daqui a dois anos vou ficar bem."

É grande a tentação de atravessar o Rio Bravo a nado e chegar ao destino mais rápido, como muitos fizeram, mas ao pensar na filha, a angolana repensa. "Quem entra pela água não tem direito a nada. Imagina se fiz tudo isso para nada?"

A história de Ana compõe uma estatística que tem aumentado nos últimos meses: imigrantes africanos viajam a países da América Latina para, em seguida, chegar por terra aos EUA.

Segundo os dados do governo americano, apesar de o número de africanos ainda ser ínfimo em comparação aos latino-americanos, houve um aumento de 44,5%, entre 2017 e 2018, no volume de prisões de africanos na fronteira com o México.

O Brasil é um dos países que servem de ponto de partida. Alguns africanos somente passam pelo País, mas muitos que tinham planos de se estabelecer por aqui acabam mudando de ideia.

"Se o real fosse valorizado, como o dólar, ninguém sairia daí. Temos família fora do Brasil e temos de enviar dinheiro em dólar", afirma Ana. A justificativa da maioria de seus conhecidos que viajaram para os EUA é a mesma: desapontamento com a crise econômica brasileira e a desvalorização constante da moeda.

Mesmo assim, o número de pedidos de refúgio no Brasil tem aumentado, segundo dados da Polícia Federal. De 2017 a abril deste ano, o Brasil recebeu mais de 239 mil solicitações de refúgio.

Os venezuelanos permanecem na liderança, seguidos pelos haitianos. Os senegaleses vêm em terceiro lugar, com mais de 9 mil pedidos. O número ultrapassa as solicitações de refúgio acumuladas em seis anos, de 2010 a 2016, quando 7,2 mil senegaleses entraram com o pedido.

Angola repete a tendência. Atualmente em quinto lugar da lista, acumula 6 mil solicitações desde 2017. O saldo de 2010 a 2016 é de pouco mais de 2 mil pedidos. Na lista das 24 nacionalidades que mais pediram refúgio no Brasil - de 2017 a abril de 2019 - 13 são africanas.

Não há dados, entretanto, sobre o número de refugiados africanos que deixam o Brasil, mesmo regularizados. Dos mais de 400 mil cancelamentos de registros de migrantes de diversas nacionalidades, somente 1,1 mil são em decorrência de saída do País.

Segredo.

A decisão de seguir viagem não costuma ser compartilhada com os demais africanos no Brasil, mesmo se planejada com antecedência. Depois de Ana parar de frequentar o instituto de apoio a refugiados em São Paulo no qual conheceu seu amigo Ectiandro da Cunha, também angolano, ele descobriu que ela havia partido por meio de uma postagem nas redes sociais. "Fiquei super preocupado. Quem quer continuar no Brasil não recomenda a ninguém passar por tudo isso", defende.

O camaronês Louis Le-prince dividia o apartamento com um colega em São Paulo e um dia, ao voltar do trabalho, percebeu que o amigo não estava lá, assim como seus pertences. "Eu paro de falar com a pessoa se descubro que ela quer ir embora assim. Um dia seu amigo está lá e, no outro, não está mais."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Força de Fronteira Britânica interceptou 74 pessoas neste sábado em oito navios que tentavam atravessar o Canal da Mancha para a Grã-Bretanha. Dois outros barcos foram parados pelas autoridades francesas.

As nacionalidades dos imigrantes não foram divulgadas. Autoridades disseram que uma investigação criminal estava em andamento. A Guarda Costeira britânica informou que os incidentes se estenderam ao longo da costa sudeste da Grã-Bretanha, do porto de Dover até a praia de Winchelsea, perto de Hastings, a 80 quilômetros de distância.

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O secretário do Interior do Reino Unido, Sajid Javid, disse que trabalharia com as autoridades francesas de fronteira para impedir o aumento do tráfico de pessoas do outro lado do canal.

As intercepções em um dia excepcionalmente ensolarado elevam as preocupações de que a melhora do clima da região encoraje os contrabandistas a tentar a sorte de levar mais imigrantes da França para o Reino Unido.

"Aqueles que escolherem fazer essa jornada perigosa em uma das mais movimentadas rotas marítimas do mundo estão colocando suas vidas em grave perigo - e vou continuar fazendo tudo o que puder para detê-los", disse Javid, em um comunicado.

"É um princípio estabelecido que aqueles que precisam de proteção devem reivindicar asilo no primeiro país seguro e, desde janeiro, mais de 30 pessoas que chegaram ilegalmente no Reino Unido em pequenos barcos foram devolvidas à Europa", disse Javid. "Continuaremos a tentar devolver qualquer pessoa que tenha entrado ilegalmente no Reino Unido".

Os relatos sobre imigrantes usando pequenos barcos para atravessar o Canal da Mancha são politicamente explosivos, apesar de a Grã-Bretanha não ter chegado nem perto do número de travessias imigratórias que registradas em países como Espanha, Itália e Grécia. Até agora, neste ano, mais de 21.300 imigrantes cruzaram o Mar Mediterrâneo para a Europa, e pelo menos 519 morreram tentando, de acordo com a Organização Internacional para Imigração. Autoridades culpam o fluxo de gangues de contrabando.

No geral, a imigração para a Europa diminuiu substancialmente desde que mais de 1 milhão de requerentes de asilo e imigrantes chegaram ao continente em 2015, mas a questão ainda ressoa politicamente, inclusive nas eleições para o Parlamento Europeu da semana passada.

Fonte: Associated Press

Oferecer água a um imigrante que entrou ilegalmente nos EUA agora pode dar cadeia. Voluntários e ativistas que por anos mantiveram uma coexistência amigável com a patrulha de fronteira passaram a relatar prisões e condenações nos últimos dois anos por ajudar pessoas que atravessaram o deserto do Arizona e do Texas para tentar viver nos EUA.

Os "bons samaritanos", como são chamados pelos imigrantes aqueles que prestam esse serviço humanitário, dizem estar sendo criminalizados pelo governo de Donald Trump na sua repressão às travessias ilegais. Agentes do governo dizem estar simplesmente cumprindo a lei.

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Segundo reportagem da NPR, rádio pública americana, as prisões de pessoas que fornecem comida ou protegem imigrantes crescem desde 2017, quando o então secretário de Justiça, Jeff Sessions, ordenou a procuradores federais priorizar casos de acobertamento para punir as chamadas "cidades santuários", que ajudam imigrantes ilegais.

Dados citados pela NPR, confirmados pela Syracuse University, mostram que, no ano fiscal de 2018, houve mais de 4,5 mil pessoas indiciadas por "trazer e abrigar imigrantes". Trata-se de um aumento de mais de 30% desde 2015. "Com esses processos, o governo está dizendo que sua política de tolerância zero vale também para os 'bons samaritanos'", disse Ranjana Natarajan, diretor da Clínica de Direitos Civis da Escola de Direito da Universidade do Texas.

O geógrafo Scott Warren deve ser julgado esta semana e, se condenado, pode pegar até 20 anos de cadeia por "tráfico humano". Nesta terça-feira, 28, em relato na primeira pessoa ao jornal Washington Post, ele contou que ajudou dois imigrantes fornecendo comida e atendimento médico em um local chamado Barn, no Arizona, após a travessia no México. Quando os dois se preparavam para seguir viagem, patrulheiros da fronteira chegaram, algemaram os três e os levaram presos. Os agentes disseram que o estavam prendendo por fornecer "comida, água, roupas limpas e cama" para os imigrantes.

Ele explicou que políticas de fronteira mais rigorosas estão levando os imigrantes a seguir por territórios cada vez mais hostis e remotos - e muitos não sobrevivem. Na cidade de Ajo, no Arizona, dezenas de corpos são encontrados todos os anos e muitos outros continuarão lá sem serem descobertos. Ajudar esses imigrantes é uma prática dos moradores de Ajo, segundo Warren.

O bom relacionamento que existia entre os voluntários e os agentes de fronteira mudou, segundo ele, e o governo passou a fechar o cerco, negando permissões para entrar em reservas naturais, por onde geralmente passam os imigrantes, e destruindo os galões de água que são deixados pelos voluntários no deserto.

Além disso, muitos voluntários têm sido presos e multados em US$ 10 mil por entrar em reservas e "abandonar propriedade" - quando são deixados galões de água e comida enlatada para os imigrantes.

Foi o que aconteceu com quatro voluntárias da ONG No More Deaths. Em um julgamento de três dias em um tribunal federal de Tucson, no Texas, elas foram consideradas culpadas e podem ser condenadas a 6 meses de prisão.

A americana Teresa Todd, advogada do governo que vive na região desértica do Parque Nacional de Big Bend, disse que seu lado mãe falou mais alto quando três jovens salvadorenhos acenaram para ela tarde da noite pedindo socorro numa rodovia do Texas.

Um deles, segundo ela, parecia estar ferido. Teresa conta que, enquanto buscava uma orientação legal com um amigo sobre o que fazer, com os três dentro de seu carro, um xerife patrulheiro a abordou, começou a ler seus direitos e acusá-la de transportar imigrantes ilegais.

Ela não foi indiciada, mas seu caso continua em aberto. "Há algo maior em jogo aqui. Esta política de tolerância zero envia uma mensagem que tenta impedir as pessoas de ajudarem as outras." (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Justiça autorizou nessa segunda-feira (20) o desembarque na Ilha de Lampedusa, na Sicília, de 47 imigrantes que estavam no navio Sea Watch 3, que atua no Mediterrâneo.

O ministro do Interior, Matteo Salvini, que havia proibido o desembarque, reagiu ameaçando impor sanções contra a ONG alemã proprietária do barco. (Com agências internacionais)

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Papa Francisco defendeu neste domingo (5) que as autoridades búlgaras "não fechem seus olhos, corações e mãos" aos imigrantes. A declaração foi feita em discurso no pátio do palácio presidencial na capital, Sofia, após conversas com o presidente bulgáro Rumen Radev.

Francisco lançou o apelo a um país que desenvolve uma política dura de migração: a construção de uma cerca de metal de mais de 270 quilômetros em sua fronteira com a Turquia. O objetivo é impedir a entrada de sírios, afegãos e iraquianos que fogem da guerra. O papa afirmou que, 30 anós após o fim do regime soviético "limitando liberdade e iniciativas", a Bulgária deveria enfrentar as consequências da migração -mais de dois milhões de búlgaros deixaram o país nos últimos anos. Ele reconheceu que o país tem se esforçado para manter a juventude do país, mas pediu mais iniciativas para desenvolver "condições que lhes permitam levar uma vida digna".

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De acordo com a organização Caritas, em 2018, aproximadamente 2.500 pessoas procuraram asilo na Bulgária, das quais apenas 712 receberam proteção internacional. O governo búlgaro se recusou no ano passado a assinar o Pacto de Migração das Nações Unidas, que Francisco sempre promoveu.

União. No discurso, Papa Francisco ainda cumprimentou ortodoxos e líderes de outras crenças, afirmando que toda religão "é convocada para promover a hamornia" e deve advogar pelo estabelecimento de "conexões vitais entre civilizações e tradições, rejeitando toda a violência e coerção".

Cerca de 350 centro-americanos de uma caravana migrante entraram à força no sul do México na madrugada desta sexta-feira, vindos da Guatemala, abrindo a passagem para centenas de pessoas com quem viajavam, informou o governo mexicano em um comunicado.

"Com uma atitude agressiva, quebraram o cadeado que fecha a cerca fronteiriça e entraram no país", explicou o Instituto Nacional de Migração (INM), sem detalhar a nacionalidade dos migrantes.

Segundo o INM, após a entrada do grupo em território mexicano, mais pessoas atravessaram a fronteira, chegando a 800 migrantes. Mas a reportagem da AFP constatou no começo da manhã que o contingente alcançava cerca de 2.500 pessoas.

Alguns dos migrantes cruzaram também pelo rio Suchiate, entre o México e a Guatemala.

A caravana se mobilizou nesta tarde pela estrada mexicana que une a fronteiriça Ciudad Hidalgo com Tapachula, no estado de Chiapas.

"Ali já não dá para viver. Vamos para a fronteira, para os Estados Unidos", disse Jorge, um jovem hondurenho, que não quis informar seu sobrenome.

As autoridades de fronteira dos Estados Unidos têm como objetivo quadruplicar o número de solicitantes de asilo que são devolvidos a cada dia ao México, em meio a esforços do presidente Donald Trump para evitar o crescente número de cidadãos centro-americanos que chegam ao país. A informação foi revelada por um funcionário do governo, que falou sob condição de anonimato à Associated Press.

Este seria o projeto mais recente para aliviar um sistema de imigração que se encontra com dificuldades internas. Centenas de agentes que antes inspecionavam cargas e veículos na entrada do país foram deslocados para ajudar a transportar os imigrantes.

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A secretária de Segurança Nacional, Kirstjen Nielsen, pediu voluntários a agências migratórias dentro de seu departamento e enviou uma carta ao Congresso no fim da semana passada solicitando recursos e maior autoridades para deportar famílias mais rapidamente, além de se reunir com autoridades do México e da América Central.

Estes esforços ocorrem ao mesmo tempo em que Trump ameaça fechar completamente a fronteira com o México, uma medida que teria repercussões econômicas graves para ambos os países. No fim da tarde deste sábado, o presidente americano voltou a tocar no assunto via Twitter e a pedir que o governo do mexicano seja mais eficiente em suas políticas imigratórias.

O governo Trump também anunciou que estava suspendendo a ajuda a países centro-americanos, de onde partem os maiores contingentes de imigrantes.

Cerca de 60 pessoas em busca de asilo são devolvidas a cada dia ao México por meio dos portos internacionais de San Ysidro, Calexico e El Paso, de acordo com a fonte. Só são permitidos a eles voltar aos Estados Unidos na data em que têm de comparecer ao tribunal de imigração. Fonte: Associated Press.

O presidente dos EUA, Donald Trump, informou em seu Twitter que o custo da imigração ilegal até agora este ano é de US$ 18.959.495.168,00 e que há, pelo menos, 25 milhões de estrangeiros ilegais e "não 11 milhões como reportado há anos".

"Nós nem estamos em fevereiro e o custo da imigração ilegal até agora este ano é de US$ 18.959.495.168,00. O custo de sexta-feira foi de US$ 603.331.392,00. Há pelo menos 25.772.342 estrangeiros ilegais, não os 11 milhões que foram reportados há anos, em nosso país. Isso é ridículo!", escreveu Trump em seu Twitter.

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O Museu da Imigração, em São Paulo, em parceria com o Instituto de Reintegração do Refugiado, abriu inscrição para o projeto Mente Aberta, que visa oferecer aulas de inglês, francês e espanhol ministradas por professores refugiados.

Para realizar a matrícula, é necessário acessar o site. As inscrições vão até 8 de fevereiro, e as aulas começam dia 16 de fevereiro. O custo é de R$ 1,250, que podem ser divididos em até 5x. O local das aulas é no próprio Museu da Imigração.  

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A secretária de Segurança Interna dos Estados Unidos, Kirstjen Nielsen, visitou nesta sexta-feira a cidade de El Paso, no Texas, onde um menino guatemalteco de 8 anos foi detido com o pai antes de morrer sob custódia do governo. A porta-voz do Departamento de Segurança Interna (DHS, na sigla em inglês), Katie Waldman, disse que Nielsen percorreu diversas estações e subestações operadas pela Proteção das Alfândegas e Fronteiras dos EUA.

Na agenda oficial programada para a viagem, Nielsen também se reuniu com técnicos de medicina e emergência e profissionais da área médica, além de autoridades locais. No sábado, a secretária americana deve ir para Yuma, no Arizona.

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A viagem acontece quatro dias após a morte de Felipe Gomez Alozo, de 8 anos. Felipe foi a segunda criança guatemalteca a morrer sob custódia do governo americano. Nielsen disse que a morte do menino é um fato "profundamente preocupante e comovente" e solicitou ajuda média de outras agências governamentais. Fonte: Associated Press.

No dia em que a paralisação parcial do governo dos Estados Unidos completa uma semana, o presidente Donald Trump ameaçou novamente fechar a fronteira do país com o México. "Ou construímos um muro ou fechamos a fronteira sulista", escreveu em sua conta no Twitter, projetando ainda que, neste último cenário, a indústria automotiva americana "voltaria aos Estados Unidos, aonde pertence".

Para o republicano, o país regressaria ao ambiente "pré-Nafta" (Tratado Norte-Americano de Livre-Comércio), "antes de tantas de nossas companhias e empregos serem bobamente mandados para o México". "Seremos forçados a fechar a fronteira sulista se os democratas obstrucionistas não nos derem o dinheiro para terminar o muro e também mudar as ridículas leis de imigração que pesam sobre o nosso país", afirmou, em uma das várias publicações sequenciais sobre o tema.

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Desde o primeiro minuto do último sábado (22) a máquina pública federal está parcialmente paralisada pela ausência de um orçamento vigente. Trump exige receber do Congresso um documento que preveja cerca de US$ 5 bilhões para erguer uma barreira física ao longo da divisa sulista, mas precisaria de votos do Partido Democrata para conseguir a verba. A oposição se nega a apoiar qualquer projeto de lei com dinheiro para o muro, o que levou ao atual impasse e à expiração do orçamento-tampão na semana passada sem que o Legislativo aprovasse um nova peça para substituí-lo.

Nos tuítes desta sexta-feira, Trump também escreveu que os EUA "perdem tanto dinheiro no comércio com o México sob o Nafta, mais de 75 bilhões de dólares ao ano (não incluindo o dinheiro de drogas que seria muitas vezes essa soma)", que ele "consideraria fechar a fronteira sulista uma 'operação lucrativa'".

Por fim, sobrou ainda para Honduras, Guatemala e El Salvador, que, na visão do presidente americano, "não estão fazendo nada pelos Estados Unidos além de tomar nosso dinheiro". "Dizem que uma nova caravana está se formando em Honduras e eles não estão fazendo nada sobre isso. Cortaremos toda a assistência a esses três países [que estão] tirando vantagem dos EUA por anos!", concluiu.

Autoridades britânicas e francesas informaram que aproximadamente 40 migrantes foram resgatados no dia de Natal enquanto tentavam atravessar o Canal da Mancha para as margens do Reino Unido em pequenos barcos.

De acordo com o Ministério do Interior britânico, que supervisiona a imigração, agentes de fronteira atuaram em cinco resgates em águas inglesas nesta terça-feira (25), envolvendo cerca de 40 migrantes que disseram ser do Iraque, Irã e Afeganistão.

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Um dos casos ocorreu na costa da cidade portuária de Calais, que há muito tempo tem sido um imã para os que fogem de conflitos ou pobreza na África e no Oriente Médio. Oito migrantes em um pequeno barco, com aparente falha no motor, foram resgatados por franceses e entregues às autoridades britânicas. Fonte: Associated Press.

Um garoto de oito anos da Guatemala morreu sob a custódia do governo norte-americano nesta terça-feira (25), de acordo com informações de autoridades de imigração dos EUA. Trata-se da segunda morte de uma criança migrante em detenção no país neste mês.

Segundo a agência de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA, na segunda-feira (24) o menino mostrava "sinais de doença potencial" e foi levado junto com seu pai a um hospital em Alamogordo, Novo México, onde foi diagnosticado com resfriado e febre. A criança ficou em observação por pouco mais de uma hora e foi liberada após os médicos receitarem amoxicilina e ibuprofeno. À noite, o menino retornou ao hospital com náuseas e vômitos e morreu horas depois.

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A causa da morte do garoto ainda não foi determinada. A agência informou ainda que notificou o inspetor geral do Departamento de Segurança Nacional e o governo da Guatemala.

No início deste mês, uma menina guatemalteca de sete anos morreu após ter sido detida por agentes de fronteira dos EUA. Fonte: Associated Press.

Uma menina guatemalteca de 7 anos, morreu nesta quinta-feira, 14, por desidratação e exaustão, horas depois de atravessar com seu pai a fronteira dos Estados Unidos com o México e ser detida pela Patrulha da Fronteira americana. As identidades da menina e de seu pai não foram reveladas.

Segundo comunicado da Patrulha da Fronteira, divulgado pelo jornal "The Washington Post", a menina estava há "vários dias sem comer ou consumir água" no momento da sua detenção. As autoridades afirmam que a guatemalteca e o pai foram detidos na noite do último dia 6, ao sul de Lordsburg, no Novo México, após terem sido entregues a agentes com um grupo de 163 migrantes.

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Por volta de 6h25 (hora local) do dia seguinte, aproximadamente oito horas depois da sua apreensão, a menina começou a ter convulsões. A garota foi então transferida com febre de 41 graus em helicóptero para um hospital em El Paso, no Texas, onde chegou com parada cardíaca. No hospital, os médicos conseguiram reanimá-la, mas horas depois ela morreu.

O pai espera por uma reunião com representantes do consulado da Guatemala, indicou o "Post" após ouvir fontes do serviço de vigilância de fronteiras dos Estados Unidos (CBP), que investiga o caso e expressou pêsames pela morte da guatemalteca. "Os guardas da fronteira fizeram todo o possível para salvar a menina", afirmou o porta-voz do CBP, Andrew Meehan. "Como pais e mães, irmãos e irmãs, nos identificamos com o falecimento de qualquer criança", disse.

Embora a autópsia ainda leve algumas semanas, os médicos do Hospital Providence, em El Paso, indicaram que a garota morreu de choque séptico, desidratação e febre. Não está claro se a menina recebeu alimentação ou atendimento médico ao longo da noite, antes de sofrer as convulsões.

Tolerância zero

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem feito da tolerância zero com a imigração ilegal um dos eixos da sua administração, o que provoca críticas e acusações de que demoniza os migrantes com o objetivo de obter frutos políticos.

Uma caravana de milhares de migrantes centro-americanos chamou a atenção. Eles chegaram a Tijuana, México, ao sul de San Diego, Califórnia, em um desafio a Trump, que denuncia uma "invasão". Mas os migrantes, que fogem da pobreza e da violência, arriscam suas vidas em viagens perigosas pelo Novo México, Texas e Arizona, para chegar aos Estados Unidos.

Para conter os migrantes, Trump deseja construir um muro na fronteira com o México. Ele ordenou a mobilização de milhares de soldados e separou mais de 2 mil crianças migrantes de seus pais como parte da política de "tolerância zero" com a imigração ilegal. (Com agências internacionais).

Uma criança de 2 anos bateu a cabeça por acidente e sofreu uma hemorragia nasal logo depois de ter sido jogada de cima de um muro de 5,5 metros de altura na fronteira entre os Estados do Arizona, nos Estados Unidos, e de Yuma, no México. O episódio aconteceu na segunda-feira (3), após uma tentativa de chegar ao lado americano.

Uma câmera de segurança americana filmou o acidente, que mostra um suposto traficante de pessoas soltando duas crianças entre dois e sete anos de idade para o lado americano da fronteira, de onde os parentes esperavam para apanhá-las. O suposto traficante fugiu em seguida e agentes próximos ao local detiveram a família, que era da Guatemala. Agentes da Patrulha da Fronteira americana atenderam a garota em seguida, disse José Garibay, porta-voz da Patrulha Fronteiriça.

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Asilo

Essa área do Arizona registrou um aumento de 140% no número de famílias detidas por agentes da Patrulha da Fronteira no último ano fiscal, que terminou em outubro. O número de famílias que chegam à fronteira nessa área não diminuiu nem sequer depois das notícias das separações familiares.

Os agentes no setor de Yuma prenderam mais de 14 mil famílias no último ano fiscal. No período anterior, o número foi de 6 mil. A maioria dessas famílias se apresenta em zonas urbanas da fronteira e geralmente espera que os agentes os encontre ou simplesmente cheguem perto. Assim as famílias solicitam o asilo.

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A chegada de imigrantes em grandes números modificou o trabalho que os agentes faziam habitualmente, detendo traficantes de drogas ou os homens que viajavam sozinhos e tentavam cruzar a fronteira clandestinamente. Agora, eles têm que atender as famílias que viajam com crianças e se entregam às autoridades. Devem se certificar de que existem lugares seguros o suficiente para as crianças.

O caso registrado pelas câmeras na segunda-feira ocorreu no mesmo dia em que os líderes do Congresso apresentaram um projeto de orçamento de duas semanas para evitar um fechamento parcial do governo por causa das disputas pelo financiamento do muro fronteiriço proposto pelo presidente Donald Trump.

O republicano pressiona os democratas para que aprovem o financiamento da obra e tenta outras ações para frear a imigração ilegal enquanto continuam as negociações.

Com informações de agências

Vários dos quase 3 mil imigrantes da América Central que chegaram à fronteira do México com o Estado da Califórnia (EUA) disseram que não se sentiram bem-vindos na cidade mexicana de Tijuana.

O prefeito de Tijuana classificou a chegada dos imigrantes como uma "avalanche" que a cidade não está preparada para suportar. Alguns moradores locais chegaram a gritar insultos ao grupo.

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A recepção contrasta fortemente com observada em outras comunidades mexicanas, que receberam a caravana com cartazes, música e doações de roupas.

A maioria dos membros da caravana acampou em um complexo esportivo, dormindo embaixo das arquibancadas de um campo de beisebol de terra. A cidade abriu acesso ao complexo depois de outros locais de refúgio terem lotado. Fonte: Associated Press.

Milhares de imigrantes da América Central estão avançando mais rapidamente pelo México na expectativa de realizarem seu sonho de chegar aos Estados Unidos. A caminhada deste domingo é uma das mais longas já realizadas pelo grupo de viajantes que, exaustos, tentam obter progresso a todo custo.

O Ministério do Interior do México estima que mais de cinco mil imigrantes estejam hoje passando pelo sul do país no meio da caravana ou em grupos menores. Segundo as autoridades, 2,7 mil imigrantes pediram asilo no México e outros 500 pediram ajuda para retornar a seus países de origem.

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A maioria dos viajantes, cerca de quatro mil no grupo principal, caminham pelo que alguns têm chamado de "rota da morte", em direção a cidade de Córdoba, no estado mexicano de Veracruz. Este é o mesmo estado onde centenas de imigrantes desapareceram nos últimos anos ao se tornarem alvo de sequestradores que tentam obter dinheiro de resgate.

A jornada parece estar trazendo dificuldades. Há um dia, o grupo foi marcado por divisões enquanto alguns imigrantes discutiam com os organizadores e criticavam autoridades mexicanas antes de decidirem ir por conta própria em direção à Cidade do México.

Autoridades de Veracruz informaram em setembro a descoberta de ao menos 174 corpos enterrados en túmulos clandestinos, levantando questionamentos sobre se os corpos pertenciam aos imigrantes.

Os membros da caravana tem contato com auxílio de moradores das cidades por onde passam no México.

Na cidade de Benemerito Juarez, que tem apenas 3 mil habitantes, moradores se juntaram para fazer tacos, encher garrafas de água e entregar frutas aos viajantes na estrada.

"Eu não tinha comido e estava com muita sede", disse Manuel Calderon, 43 anos, imigrante de El Salvador.

Muitos membros da caravana já estão na estrada há mais de três semanas. Mynor Chavez, hondurenho de 19 anos, afirma que não pode desistir. "Eu não tenho esperança. Nem mesmo com um diploma de técnico de informática, eu pude conseguir um emprego", disse. Fonte: Associated Press.

O presidente americano, Donald Trump, usou sua conta no Twitter neste domingo para reforçar críticas a uma caravana de pessoas que tenta cruzar a fronteira do México com os Estados Unidos.

"Todos os esforços estão sendo feitos para impedir que o ataque de estrangeiros ilegais atravesse a fronteira sul. As pessoas têm que solicitar asilo primeiro no México e, se elas não o fizerem, os EUA as recusarão", escreveu na rede social.

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Trump afirmou ainda que "as Caravanas são uma desgraça para o Partido Democrata" e pediu a alteração das leis de imigração "agora", além de dizer que "os tribunais estão pedindo aos EUA que façam coisas que não são possíveis".

Uma multidão crescente de migrantes da América Central retomou seu avanço em direção à fronteira dos EUA no sul do México neste domingo, esmagando as tentativas do governo mexicano de detê-los. Seus números aumentaram para cerca de 5 mil, quando antes contabilizam aproximadamente 2 mil pessoas. (Com informações da Associated Press)

Nos últimos 12 meses, 14 mil 311 venezuelanos receberam uma carteira de trabalho em Roraima e, por isso, ganharam a oportunidade de ter acesso a possíveis empregos. A emissão dos documentos foi feita pela Superintendência Regional do Trabalho do estado, para assegurar direitos aos imigrantes que vieram ao Brasil em busca de melhores condições de vida.

Entre abril e junho deste ano, o saldo de vagas ocupadas por estrangeiros era de 2,4 mil. Dessas, 802 foram preenchidas por venezuelanos. Eles ocupam sobretudo cargos nos setores de alimentação, comércio, construção civil, supermercados, frigoríficos e limpeza.

Migração

Os imigrantes deixaram a Venezuela com destino ao Brasil para escapar da crise econômica e social que assola a nação vizinha. Para acolher essa massa populacional, que entra no País principalmente por Roraima, foram fornecidos abrigos e remédios aos que chegam.

 Essas ações integram o plano de ajuda humanitária, que ainda opera na interiorização desses imigrantes, transferindo-os para outros estados. Eles ainda recebem vacinas e são encaminhados para a emissão de documentos. Segundo o Governo Federal, o objetivo é que 15 mil venezuelanos sejam interiorizados para cidades onde haja melhores oportunidades e estrutura a eles.

 Com informações do Governo do Brasil

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