Tópicos | Indiana

Uma ativista indiana que luta pelos direitos humanos encerrou nesta terça-feira (9) a greve de fome que realizava há 16 anos, prometendo que irá prosseguir com sua luta como candidata nas eleições de seu estado natal.

Irom Sharmila, conhecida como "a Dama de Ferro de Manipur" por sua inquebrantável vontade de denunciar os abusos das forças de segurança que lutam contra a insurgência em Manipur, nordeste da Índia, foi libertada sob fiança depois de prometer em um tribunal que terminaria com seu jejum.

[@#video#@]

A mulher de 44 anos estava presa por tentativa de suicídio e confinada a um hospital, onde recebia alimentação de maneira forçada através de uma sonda. Ao sair do tribunal, disse aos jornalistas que seu método de protesto não havia obtido resultados.

"Estive em jejum durante 16 anos achando que podia mudar o sistema, mas agora me dou conta de que não deu nenhum resultado. Por isso, decidi terminar meu jejum e lutar pela causa com a qual me comprometi", afirmou em um discurso pronunciado em sua língua natal, o metei.

Sharmila começou sua greve de fome em novembro de 2000, depois de ver como o exército matou dez pessoas em um ponto de ônibus perto de sua casa em Manipur. Ela resolveu protestar contra a lei de poderes especiais das Forças Armadas, adotada em 1990, e que permite que os militares disparem ou detenham suspeitos sem ordem judicial.

O estado de Manipur abriga vinte grupos separatistas, que pedem a independência ou autonomia.

Associações internacionais de defesa dos direitos humanos, como a Anistia Internacional (AI), condenaram esta lei e afirmaram que serviu de pretexto para realizar execuções extrajudiciais.

O ativista da Anistia Internacional V.P. Abhirr afirmou que os protestos da "Dama de Ferro de Manipur" são "um testamento de sua paixão pelos direitos humanos e de sua convicção de que uma lei draconiana como a dos militares locais não tem lugar em nenhuma sociedade".

Uma indiana que deu à luz aos 70 anos disse nesta terça-feira (10) que não é muito velha para ser mãe pela primeira vez, e que, agora, sua vida está completa.

Daljinder Kaur deu à luz no mês passado a um menino, depois de seguir um tratamento de fertilização in vitro durante dois anos junto ao seu marido, de 79 anos, em uma clínica de reprodução assistida do estado de Haryana (norte).

Casados há 46 anos, Daljinder explicou que quase perderam a esperança de ter um filho e tinham que suportar a vergonha de não ser pais em um país onde a esterilidade é considerada às vezes um castigo de Deus.

[@#video#@]

"Deus ouviu nossas orações. Minha vida agora está completa. Cuidarei deste bebê sozinha. Sinto-me cheia de energia. Meu marido também é muito cuidadoso e me ajuda o máximo que pode", disse à AFP Kaur na cidade de Amritsar.

"Como queria tanto ter um filho, quando vimos a publicidade (da fecundação assistida) pensamos que tínhamos que tentar", acrescentou. Kaur disse que tinha 70 anos, dando uma idade imprecisa, como costuma ocorrer na Índia, onde muita gente não tem certidões de nascimento. Segundo um comunicado da clínica, tem 72 anos.

O bebê foi concebido com um óvulo e esperma do casal. Depois de pesar apenas dois quilos ao nascer, em 19 de abril, o pequeno Armaan se encontra agora "saudável e forte", disse a clínica National Fertility and Test Tube.

O marido de Kaur, Mohinder Singh Gill, que tem uma fazenda nos arredores de Amritsar, disse que sua idade não o preocupava e que Deus cuidará de seu filho. "As pessoas se perguntam o que acontecerá com o menino quando morrermos. Mas tenho fé em Deus. Deus é onipotente e onipresente, cuidará de tudo", explicou à AFP.

Uma adolescente indiana de 16 anos, que havia sido estuprada e queimada viva no telhado de sua casa, sucumbiu aos ferimentos nesta quarta-feira (9), anunciou a polícia. A adolescente, estuprada e queimada na segunda-feira (7)em uma localidade do estado de Uttar Pradesh (norte), morreu no hospital de Nova Délhi onde havia sido hospitalizada depois de sofrer queimaduras em 90% de seu corpo, indicou a fonte policial.

"Lamentavelmente não pôde ser salva, apesar do esforço dos médicos", declarou o policial Ashwani Kumar. "O autor da agressão, de 19 anos, foi detido", disse Kumar. "A investigação permitirá saber os motivos e os detalhes deste crime", acrescentou.

##RECOMENDA##

O pai da vítima disse que o autor era um vizinho que perseguia sua filha há tempos, indicou a imprensa indiana. No fim de 2012, a morte de uma estudante vítima de um estupro coletivo em um ônibus de Nova Délhi comoveu o país e revelou o alto nível de violência ao qual as mulheres são submetidas na Índia.

Depois deste episódio, o Parlamento aprovou uma lei para agilizar os julgamentos e agravar as penas por estupro.

Uma ministra indiana defendeu nesta terça-feira a necessidade de estabelecer um exame pré-natal obrigatório para detectar o sexo das crianças, com o objetivo de reduzir os elevados níveis de feticídio de meninas no país.

Os exames para descobrir o sexo do bebê estão proibidos na Índia para evitar que os pais que desejam um menino provoquem abortos dos fetos femininos.

Mas a ministra da Mulher e Desenvolvimento da Infância, Maneka Gandhi, viúva de um dos descendentes de Indira Gandhi, propôs uma alteração da política, que consistiria em conhecer o sexo do feto o mais rápido possível e supervisionar a evolução da gravidez.

"Na minha opinião, temos que mudar a política atual. Cada mulher grávida deve saber obrigatoriamente se é um menino ou uma menina", disse Maneka Gadhi em um discurso em Jaipur (norte).

"Qualquer mulher grávida deve ser registrada e, desta forma, poderemos acompanhá-la até o final e saber se deu à luz ou não e o que aconteceu", completou a ministra.

Atualmente, os pais e os médicos podem ser condenados a até cindo anos de prisão caso tentem descobrir o sexo do bebê ou realizem um exame pré-natal, mas a ameaça penal não conseguiu acabar com uma tradição muito propagada.

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, fez um apelo para que os compatriotas parem de matar os fetos femininos, apontando que o desequilíbrio entre os sexos pode ter graves consequências.

Um estudo publicado em 2011 pela revista britânica The Lancet indicou que nos 30 anos anteriores a Índia registrou 12 milhões de abortos por causa do sexo feminino do feto.

A Índia tinha em 2011 uma proporção de 940 mulheres para cada 1.000 homens, um pouco superior a de 2001, que era de 933 por 1.000.

Os dados justificam, segundo algumas ONGs, a proibição dos exames de pré-natal.

Uma adolescente indiana sequestrada durante duas semanas por um grupo de agressores contou neste domingo (10) na televisão que sofreu repetidos estupros e que foi abandonada em um poço na periferia de Nova Délhi, após ter sido ferida com tiros.

A vítima, que tem 14 anos segundo a imprensa, disse que foi sequestrada em 22 de novembro quando ia ao mercado, no oeste da capital. A jovem explicou ao canal de televisão NDTV que os três agressores a prenderam em um quarto escuro durante duas semanas e que a estupraram em várias ocasiões.

"Após 15 dias de abusos repetidos, me disseram uma noite que estavam dispostos a me deixar ir. Me empurraram dentro de um carro e dirigiram até uma loja que vendia álcool antes de estacionarem perto de um poço", relatou a adolescente, de costas para a câmera de televisão.

"Me disseram que iriam me deixar andar, mas enquanto eu caminhava atiraram em mim duas vezes. A primeira bala acertou em um osso, não senti nada, estava anestesiada. Mas depois da segunda bala desmaiei", contou.

Acordou no fundo de um poço onde os agressores a deixaram, convencidos de que estava morta. "Quando me dei conta (...), vi que tinha uma bala no peito e a tirei com a mão". A televisão mostrou imagens de uma ferida.

Em 6 de dezembro, habitantes da região a resgataram do poço, alertados por seus gritos. A adolescente foi transferida para um hospital.

Segundo a imprensa local, a polícia deteve vários homens relacionados com este caso. "Quero que enforquem os estupradores. Ninguém deveria sofrer o que eu sofri", disse a jovem.

Em 2012, o estupro coletivo e o assassinato de uma estudante em Nova Délhi comoveu o país e chamou a atenção sobre a violência que as mulheres sofrem. As leis que punem o crime de estupro foram endurecidas, mas os casos de agressões continuam sendo muito numerosos.

Os corpos de sete mulheres foram encontrados pela polícia dos Estados Unidos após um homem confessar ter estrangulado uma das vítimas em um hotel de Indiana. O suspeito informou aos investigadores a localização de outros três cadáveres, em imóveis abandonados na cidade de Gary, a 50 quilômetros de Chicago.

Apenas duas vítimas foram identificadas até o momento. A jovem de 19 anos Afrika Hardy, encontrada morta em um hotel à beira da estrada, e Anith Jones, 35, que estava desaparecida desde o dia 8 de outubro e foi reconhecida por familiares. Guiada pelo suspeito, a polícia inicialmente descobriu outras duas vítimas. E, na noite do domingo, disse ter localizado outros três cadáveres, totalizando sete mortes.

##RECOMENDA##

O representante da polícia local, Rich Hoyda, não respondeu se o homem, de 43 anos, conhecia as vítimas, se havia confessado matar todas as sete mulheres e se já havia possíveis motivos para os crimes. Também não foram reveladas as acusações que a polícia irá prestar contra o suspeito.

A primeira vítima, Afrika, foi encontrada na noite da sexta-feira. "Uma amiga da falecida nos ligou e ela estava preocupada porque ela não estava atendendo suas ligações", disse Hoyda. "Então fomos até lá e encontramos ela morta".

Depois, os investigadores conseguiram um mandato de busca para uma casa de Gary e prenderam o suspeito. Hoyda diz que o homem confessou o crime durante o interrogatório e disse aos policiais "onde diversas outras vítimas (mulheres) de possíveis homicídios estavam".

O nome do suspeito ainda não foi divulgado porque ele não foi formalmente indiciado. Fonte: Associated Press.

Os habitantes de uma zona rural do leste da Índia lincharam até a morte uma mulher a quem acusavam de praticar bruxaria, informou a polícia nesta terça-feira (22). Quatorze pessoas atacaram a mulher no sábado em Bihar, um dos estados mais subdesenvolvidos da Índia.

Os habitantes da localidade se reuniram para resolver uma disputa de terras com a família da mulher quando, de repente, começara a acusá-la de atrair doenças e má sorte para o povoado com a prática de bruxaria. A mulher sofreu as agressões e ainda chegou a ser levada para um hospital, onde morreu.

As mulheres da região costumam ser acusadas de bruxaria para resolver disputas em zonas rurais remotas de um país que continua sendo profundamente supersticioso. Em alguns casos, as mulheres são despidas como castigo, queimadas ou arrastadas até serem mortas.

Em março deste ano, um casal foi morto por linchamento dos vizinhos também por supostamente praticar bruxaria em um povoado do distrito de Gaya, em Bihar. Três pessoas foram presas neste caso.

O Centro Cultural Off Broadway de Olinda abre inscrições para a oficina de dança clássica indiana estilo Kathak, ministrada pela artista brasileira Manuela Benini, que integra grupos do gênero na Europa e Índia. A oficina, que acontece nos dias 18 e 20 de fevereiro das 19h30 às 21h30 e faz parte da Semana do Oriente do Off Broadway, que traz à cidade uma programação com dança, teatro e vídeo com o tema.

A programação da oficina aborda trabalho de pés, repetições de frases musicais, Abhinaya (uso de expressões para contar historias), Mudras (uso de gestos, técnica de dança, posições básicas, frases de movimentos e uso da dança como oferenda religiosa para Ganesha). As inscrições podem ser feitas no Centro Cultural Off Broadway de Olinda, através do site do centro cultural e do email offolinda@gmail.com.

##RECOMENDA##

Manuela começou a estudar a dança clássica do norte da Índia, Kathak, há mais de 15 anos em Londres, e nos últimos 8 anos em Ahmedabad, na Índia. Integrante de grupos como a companhia indiana Kadamb e Nilima Devi Dance Company, já se apresentou nos maiores festivais de dança da Índia e Europa. Trabalha ainda com Butoh, dança contemporânea japonesa e com as danças tradicionais brasileiras, integrando o Maracatu Estrela do Norte.

Serviço

Oficina de Dança Clássica Indiana estilo Kathak

18 e 19 de fevereiro | 19h30 às 21h30

Centro Cultural Off Broadway de Olinda (Rua de São Bento, 225 - Olinda)

R$ 120

(81) 3079 4079

Uma indiana que perdeu uma perna há dois anos, depois de ter sido jogada de um trem em movimento, se tornou a primeira mulher amputada a escalar o Everest, informaram os organizadores da expedição.

Os guias de Arunima Sinha, de 26 anos, natural do estado de Uttar Pradesh (norte), estavam preocupados, porque ela caminhava lentamente. "Mas quando a equipe chegou aos 8.750 metros de altura, ela ganhou energia e confiança e começou a andar muito rápido", disse Ang Tshering Sherpa, fundador da empresa Asian Trekking.

Arunima Sinha chegou ao topo do Everest na manhã de terça-feira (21), disse Tshering. O Everest, maior montanha do mundo, tem 8.848 metros.

Cinco suspeitos do estupro coletivo de uma estudante em Nova Délhi ouviram as acusações da Justiça nesta segunda-feira (7), em um clima de agitação e revolta gerado pelo caso, que chocou o país.

Os réus, com idades entre 19 e 35 anos, enfrentam a pena de morte pelo sequestro, estupro e assassinato de uma estudante de 23 anos em 16 de dezembro.

Segundo uma fonte da justiça, dois dos agressores concordaram em colaborar, em troca de uma pena mais branda.

"A ata de acusação foi entregue aos acusados e a próxima audiência acontecerá no dia 10 de janeiro", anunciou Namrita Aggarwal, magistrada no tribunal de Saket, no sul de Nova Délhi, após a audiência a portas fechadas para manter a ordem em meio a uma multidão caótica de advogados e jornalistas.

Os advogados reunidos no complexo judicial de Saket se manifestaram contra uma defesa conferida aos réus, que vivem nas periferias de Nova Délhi.

Na semana passada, os advogados consideraram ser "imoral" defender os réus, apresentados como Ram Singh, Mukesh Singh, Vijay Sharma, Pawan Gupta e Akshay Thakur.

Eles eram esperados para comparecer diante do tribunal na quinta-feira passada, mas não foram apresentados.

O sexto acusado, que teria 17 anos, foi submetido a exames ósseos para verificar a sua idade para ser julgado por um tribunal para jovens.

Na Índia, os réus geralmente são levados à justiça meses após o crime, mas, neste caso, o processo foi acelerado.

A natureza particularmente brutal desta agressão causou manifestações em massa e provocou um intenso debate sobre a violência contra as mulheres e a apatia da polícia e da justiça diante este tipo de crime, que muitas vezes permanece impune.

Os réus foram apresentados pouco mais de uma semana depois da morte da jovem em um hospital em Cingapura, para onde havia sido transferida após três cirurgias e uma parada cardíaca.

A polícia montou um forte esquema de segurança para a audiência, por temores de ataques contra os réus. Um homem foi preso na semana passada ao tentar plantar uma bomba perto da casa de um deles.

De acordo com especialistas, o tribunal deverá transferir o caso para outra Corte com poderes para acelerar a instrução.

A vítima, cujo nome deve permanecer anônimo em virtude da lei relativa ao estupro, tinha passado a noite no cinema com o namorado, de 28 anos de idade.

Depois de tentar em vão parar vários riquixás, o casal entrou em um ônibus, que estava ocupado por um grupo de homens que tomaram o veículo para uma "noitada".

Os homens estupraram várias vezes a estudante, que foi agredida com uma barra de ferro e jogada para fora do veículo seminua. Seu companheiro também foi espancado e jogado do ônibus, de acordo com o próprio testemunho da acusação e o namorado.

No sábado, a promotoria indicou que os vestígios de sangue encontrados nas roupas dos acusados correspondiam ao sangue da vítima.

Em entrevista à AFP e a um canal de TV indiano, o namorado da vítima afirmou na sexta-feira a sua incapacidade de salvar a jovem diante da crueldade dos agressores. Ele também denunciou o tempo perdido pela polícia e a indiferença dos transeuntes, enquanto o casal sangrava na estrada.

Muitas pessoas, incluindo da família da vítima, exigem o enforcamento dos autores.

Manifestantes revoltados incendiaram um veículo militar indiano pouco depois do atropelamento de um ciclista na porção da Caxemira controlada pela Índia, informou a polícia local.

O oficial de polícia Ramesh Jalla disse que milhares de pessoas saíram às de Anantnag depois do atropelamento, ocorrido neste sábado, e que as forças de segurança lançaram bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes.

##RECOMENDA##

A repressão policial não impediu, no entanto, que os manifestantes incendiassem o veículo militar. Anantnag situa-se a 55 quilômetros da Srinagar, principal cidade da Caxemira indiana.

A população da Caxemira se ressente do domínio indiano sobre parte da conturbada região e manifestações populares ocorrem com frequência ali.

Calcula-se que 68.000 pessoas tenham morrido em episódios de violência ocorridos no âmbito de uma insurgência islâmica duramente reprimida pelo exército indiano na Caxemira a partir de 1989. As informações são da Associated Press.

Múltiplos tornados atingiram o sul do Estado de Indiana e o norte do Kentucky no final da tarde desta sexta-feira, levando destruição ao Meio-Oeste dos Estados Unidos e matando pelo menos três pessoas. Estações locais de televisão reportaram um número maior de mortes, ainda não confirmadas pelas autoridades. Segundo o Serviço Nacional do Clima, em Indianápolis, a região mais atingida fica na divisa entre os dois estados, nas cidades de Marysville e Henriville, Indiana, e no condado de Clarke, no Kentucky. Segundo informações da Associated Press, três mortes foram confirmadas pelo Departamento de Segurança Interna de Indiana.

As informações são da Dow Jones.

##RECOMENDA##

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando