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O deputado federal Túlio Gadêlha (PDT-PE) apresentou uma emenda que inclui os funcionários com contrato intermitente no Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm). Ele contestou a postura do presidente Jair Bolsonaro em ignorar os profissionais convocados por demanda ao editar a MP (Medida Provisória) 1045 no fim do mês passado.

“São trabalhadores com vínculo formal e que, por causa do isolamento social, não são chamados ao trabalho. É o caso de cozinheiros, faxineiros e garçons, por exemplo, que são convocados por demanda e, por isso, acabam prejudicados durante a vigência de decretos limitando o funcionamento de estabelecimentos comerciais”, explicou Gadêlha.

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Na emenda protocolada pelo pedetista, os profissionais intermitentes merecem ser beneficiados com o auxílio emergencial de R$ 600, durante três meses, a partir do dia 27 de abril, quando a MP 1045 foi publicada. “Auxílio é questão de sobrevivência. É dar oportunidade para os trabalhadores viverem com o mínimo de dignidade neste cenário catastrófico que está o nosso País”, afirmou.

Para pedir por este auxílio, o parlamentar aponta que o levantamento de 2019 do IBGE indicou que o número de pessoas contratadas nesse regime havia dobrado e já representa cerca 155 mil profissionais. Segundo a Confederação Nacional da Indústria, o esquema por demanda foi adotado por 15% das fábricas brasileiras durante a pandemia.

O Ministério do Trabalho começou a divulgar dados sobre os novos contratos de trabalho firmados a partir da reforma trabalhista. Em novembro, primeiro mês de vigência das novas regras, houve geração de 3.120 postos de trabalho intermitente, contra 53 desligamentos. O saldo ficou positivo em 3.067 no mês passado.

Mesmo assim, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostrou fechamento de vagas em novembro, interrompendo sequência de sete meses seguidos de recuperação no emprego. O saldo geral ficou negativo em 12.292 no mês passado.

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Na jornada parcial, houve 744 admissões contra 513 desligamentos (saldo positivo em 231). Segundo o Ministério do Trabalho, entre essas contratações, há quatro trabalhadores que acumulam mais de uma admissão. Além disso, dessas admissões com trabalho parcial acima de 24 horas ficou em 321.

A pasta informou ainda que houve 805 desligamentos por acordo entre trabalhadores e empresas.

O coordenador-geral de Estatísticas do Ministério do Trabalho, Mário Magalhães, descartou que a inserção dos dados dos contratos estipulados na reforma trabalhista vá criar distorções na série histórica do Caged. "Vamos divulgar o dado do Caged normal e abriremos os dados dos intermitentes. Quem achar que é preciso descontar os intermitentes (para comparar os números), fique à vontade. Todos os dados necessários para a análise do emprego formal estão aí", afirmou.

Magalhães informou ainda que a pasta ainda não conseguiu destacar as movimentações da modalidade de teletrabalho, pois as empresas não deram detalhes de forma correta. Segundo o técnico, a pasta vai orientar para o preenchimento correto nas informações do Caged de dezembro.

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