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Um menino de 12 anos morreu eletrocutado na tarde dessa quarta-feira (16) em Santo Aleixo, bairro de Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. Rynderson Edson Moura da Silva era morador da comunidade da Baixinha e brincava de soltar pipa com os amigos quando o objeto caiu na área de uma casa abandonada. Ao ultrapassar a janela do imóvel, a criança teve contato com fios desprotegidos e recebeu uma descarga elétrica. 

De acordo com a família, o local foi interditado há mais de um ano, por causa do impacto das chuvas. Desde então, a casa não teve novos moradores e, para a família, o fornecimento de energia elétrica havia sido suspenso. Rynderson foi até lá acompanhado de uma vizinha e de um amigo, apenas para buscar o brinquedo.  

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A criança foi socorrida pela família e encaminhada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Engenho Velho. Houve tentativa de reanimação, mas Rynderson não resistiu à descarga, sofreu uma parada cardiorrespiratória, e morreu. Os familiares agora aguardam a apuração policial e acreditam que o proprietário do imóvel deixou os fios expostos para evitar ou impedir invasões. 

O corpo foi encaminhado para o Instituto de Medicina Legal (IML), no Recife, e um inquérito policial foi instaurado. A Polícia Civil investiga o caso como "morte a esclarecer".

A segunda reportagem sobre o deslizamento da área de lazer do residencial Ecovila Yapoatan escutou moradores do condomínio e teve acesso aos documentos que sugerem a construtora como responsável pela tragédia que resultou em duas mortes. A Mult Técnica Engenharia, por outro lado, culpa a administração do conjunto habitacional.

Além das duas vidas perdidas, cerca de 2 mil pessoas que compraram um sonho, agora moram em um condomínio à beira de um precipício, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, em Pernambuco. 

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Pôr do sol no mirante antes do deslizamento. Reprodução/Redes Sociais

Antes do pesadelo

O sol finalmente pareceu ter brilhado para quem abdicou de momentos de lazer e poupou a vida toda para financiar o sonho de morar em um condomínio. O folheto era lindo, a proposta mais ainda: sair do aluguel para viver na casa própria, com direito à piscina, churrasqueiras, salão de festa, pista de cooper e parque infantil.  

O Ecovila Yapoatan foi, para moradores dos 752 apartamentos, divididos em 47 blocos, o início de uma vida mais confortável, rodeada por verde e tranquilidade. Para outros, o reinício em uma nova casa, com novo endereço e novos vizinhos. A vista daquele mirante a 50 metros do chão atraía os visitantes e alimentava o sonho dos novos moradores.  

Visão da parte do mirante que suportou o deslizamento.Júlio Gomes/LeiaJá Imagens

Um estrondo na madrugada de 28 de maio de 2022 e tudo mudou. O mirante ao redor da piscina veio abaixo com a chuva, justamente onde já haviam rachaduras. A avalanche de destroços caiu sobre duas casas na Rua Campo Verde. Duas pessoas morreram, nove ficaram feridas e 30 desalojadas aos pés do talude.  

As unidades do Ecovila Yapoatan começaram a ser entregues em 2016 e totalmente concluído em 2018. Apesar do conjunto ser novo, fissuras no piso que percorriam a rampa de acesso à piscina, cortava o quiosque central e ia até a pista de cooper começaram a incomodar a administração.

A gestão do condomínio afirma ter buscado seis vezes a Mult Técnica Engenharia para realizar os reparos quando as fissuras aumentaram e se tornaram rachaduras. Os chamados foram feitos entre setembro de 2021 e janeiro de 2022, mas apenas um foi atendido.  

Rachaduras no piso do local interditado. Júlio Gomes/LeiaJá Imagens

A insistência dos moradores fez um representante da construtora ir ao local. Segundo os relatos, já dava para colocar um dedo dentro da rachadura, e, mesmo assim, ele não teria solicitado uma intervenção. Os administradores do condomínio recordam que o profissional da construtora disse não haver problemas estruturais e resumiu as rachaduras a "microfissuras", decorrentes do ajuste natural da estrutura. 

Sem solução 

Mais de um ano se passou e a área do talude permanece destruída. Uma lona foi colocada para evitar o contato direto da chuva com o solo, mas buracos no plástico já ameaçam sua eficácia para evitar novos deslizamentos.

O atual síndico, Edson Silva, interditou a área e relata que, desde aquela madrugada, cada chuva renova o medo de uma nova tragédia. "Os moradores estão todos em pânico e sem esperança. Não temos o retorno da construtora e ainda tem o risco de queda novamente".

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O morador André Silvestre aponta que a empresa responsável pelo Ecovila Yapoatan parece não ter a mesma pressa que teve para vender os apartamentos e acusa a construtora de não assumir o compromisso de requalificar o único espaço de lazer do residencial.  

“A gente trabalha tanto, junta as economias para vir para um lugar melhor e o sonho se tornou pesadelo. A construtora alega que não tem dinheiro para fazer e tava tudo dentro da garantia. Ela alega que foi um acidente natural e tá se esquivando". 

O incômodo causado pela chuva também se reflete dentro dos apartamentos. Thiago Ramos conta que convive com infiltrações e rachaduras dentro de casa, nas janelas e, principalmente, no banheiro. "Quando chove, tá acontecendo de sempre a água penetrar. Isso tá sendo muito difícil para todos os moradores [...] um dia eu cheguei em a casa e tava praticamente alagada", relatou. 

Mãe de uma criança de 10 anos, Veridiana Medeiros conta que a piscina foi determinante para sua chegada ao Ecovila e lamenta a interdição do espaço pensado para os menores: "nossas crianças é que pagam o preço. É de domingo a domingo enfurnada dentro de um apartamento". 

Integrante do conselho fiscal do condomínio, Sidney Andrade acompanha a debandada dos condôminos e a insatisfação generalizada pela desvalorização dos imóveis. "As pessoas estão saindo e só não estão vendendo porque desvalorizou. Tá todo mundo alugando a preço de banana e quem tem condição de ir embora, tá indo". 

"Proposta indecente"

Empenhado na reconstrução da área de lazer, Edson manifestou surpresa quando recebeu uma "proposta indecente da construtora". O documento encaminhado pelo advogado da Mult Técnica condicionou o conserto do mirante à assinatura de uma cláusula que isentava a empresa de toda responsabilidade sobre o deslizamento. A construtora citou a influência de causas naturais e considerou que o deslizamento foi um "evento decorrente de força maior", agregado à falta de manutenção do próprio condomínio. 

Trecho do acordo proposto pela construtora para reconstruir a área destruída.  Arquivo Pessoal

A imposição não foi aceita e o condomínio contratou um engenheiro especialista em inspeção, manutenção e recuperação de estruturas para descobrir as causas do deslizamento. O laudo técnico produzido pelo engenheiro Paulo Roberto da Cunha Filho constatou que a estabilidade do muro dependia de uma drenagem eficiente. Contudo, houve infiltração e o terreno acabou saturado, comprometendo a fundação e aumentando a tendência de deslizamento. 

Laudo aponta falhas na construção

A análise reforçou que o muro de arrimo tem a função de fazer a contenção pelo seu próprio peso, mas a água da chuva entrou pela fissura e fragilizou a base do muro, culminando no colapsou da estrutura aterrada. O engenheiro também identificou falhas construtivas e mal uso de materiais na obra. "Essas falhas construtivas tiveram participação ativa na fragilização do talude, corroborando com a instabilidade do mesmo", observou no estudo.  

Erros construtivos identificados pela perícia: 

- Formato do gancho de fixação curto e sem ancoramento; 

- Bitola do gancho de fixação menor que o especificado no memorial descritivo; 

- Posição errada da tela de argamassa, que não ficou dentro do material, mas embaixo, em contato com o solo úmido, possibilitando a oxidação; 

- Tubulação de 100mm que passa no local da fissura, no limite de onde houve a queda da barreira. Esse cano também possui uma união irregular feita com arame, sem luva adequada. 

Veja os laudos:

O Instituto de Criminalística enviou peritos no dia 1º de janeiro de 2023 e concluiu que o deslizamento foi causado pela infiltração nas rachaduras no piso da área de lazer, que deixou o solo da base do muro de arrimo saturado e, consequentemente, causou o colapso. 

A perícia feita no local constatou que o talude natural não apresentava estrutura de contenção e foi utilizado concreto jateado para estabilizar a encosta. Também foi verificado que o concreto se desprendeu em alguns pontos da barreira e que a rachadura no piso próxima às piscinas tinha, aproximadamente, dois centímetros de espessura. 

Conclusão da perícia do Instituto de Criminalística. Arquivo Pessoal

O caso foi denunciado à Polícia Civil, que mantém as investigações, e acatado com unanimidade pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (CREA-PE). O presidente Adriano Antônio Lucena estima que, pelo menos, duas mil vidas foram impactadas só no condomínio. Ele enfatizou que a posição do Conselho é mediar a conciliação fora da Justiça. 

"Não adianta agora dizer que a culpa é de fulano ou de beltrano, porque se disser que a culpa é da construtora, ela vai dizer 'rapaz, não tem dinheiro para resolver esse problema' [...] a construtora sempre colocou 'eu não tenho condições de fazer essa intervenção numa obra de R$ 4, R$ 5 milhões'”, afirmou. 

Reuniões no CREA-PE colocaram as partes frente a frente e, segundo o presidente, todas as medidas paliativas para garantir o mínimo de segurança foram cumpridas pela empresa. Entre elas, a drenagem e reforço da barreira e a instalação das lonas e tapumes para isolar a área.  

Reunião mediada pelo presidente do CREA-PE com representantes da construtora e do condomínio. Reprodução/Redes Sociais

A Mult Técnica Engenharia não parou os negócios por conta do prejuízo em um de seus empreendimentos e logo anunciou a construção do Maria Farinha Flat Residence. Os moradores do Ecovila Yapoatan estão revoltados, pois a empresa que alega não ter caixa para reestruturar o condomínio vai aplicar R$ 40 milhões para erguer quatro torres, na beira mar de Paulista, em um total de 280 unidades.  

O material de divulgação do novo residencial descreve que o espaço vai contar com restaurantes, lavanderia e academia de ginástica. Tudo para facilitar a vida de quem confiar seu dinheiro nos planos da construtora. 

Rachaduras e pontos de infiltração se repetem na cisterna do Ecovila Yapoatan. Júlio Gomes/LeiaJá Imagens

O presidente do CREA-PE não comentou sobre a suspensão do vínculo da Mult Técnica com a instituição e explicou que esse tipo de prática é comum. Para cada empreendimento, as construtoras abrem uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) - como se fosse um CNPJ para cada obra- e, "se quebrar, quebra só aquele, não a matriz", continuou. 

"O recebimento que ela tá tendo é das pessoas que tão comprando aquele novo empreendimento. Se ele for pegar esse recurso e colocar em um empreendimento velho, que ele tenha problema, ele nem vai fazer o novo e talvez não resolva o velho", comentou Adriano. 

Engenheiro chefe Aldo Bezerra e um dos donos da Mult Técnica Mário Fernandes apresentam projeto à Prefeitura de Paulista.  Divulgação/Prefeitura de Paulista

Construtora culpa o condomínio

O LeiaJá procurou a construtora e solicitou um porta-voz para dar esclarecimentos sobre as causas do incidente, mas nenhum representante foi designado. Por meio de nota, além de culpar as fortes chuvas daquela madrugada como a principal razão do deslizamento, a Mult Técnica Engenharia diz que o condomínio não realizou a manutenção do sistema de drenagem. A gestão do conjunto rebate e diz que o manual entregue pela empresa não fala sobre a recorrência da limpeza dos equipamentos de escoamento. 

Sem apresentar documentos probatórios ou indicar os profissionais contratados para realizar as vistorias pós-deslizamento, a construtora diz que os "profissionais mais respeitados do Estado" elaboraram os laudos técnicos, os quais teriam atestado que "as manutenções adequadas não foram realizadas pelo condomínio de acordo com as normas técnicas vigentes". 

“Laudos emitidos por técnicos competentes, experientes e de vasta referência no mercado, concluíram que não existe nenhum elemento que comprove qualquer tipo de vício oculto ou aparente que tenha sido o fator do deslizamento do talude”, sinalizou. 

A reportagem teve acesso a um desses laudos. A análise do escritório do engenheiro André Luís de Oliveira Castro, em Riacho das Almas, a cerca de 130 quilômetros do condomínio, no Agreste de Pernambuco, mostra imagens aéreas da barreira e conclui que não houve vícios construtivos que justificassem o incidente.

Além da distância do escritório, outro detalhe chama atenção: mesmo com fotos do deslizamento, ele é datado de 25 de maio de 2022, três dias antes do fato. A gestão do condomínio rechaça a legitimidade do laudo. A construtora considera a denúncia de falsificação uma "informação descabida e improcedente". 

Laudo apresentado pela empresa que os moradores apontam irregularidade. Reprodução

A Mult Técnica Engenharia alega ainda que enviou outros dois profissionais para vistoriar o Ecovila Yapoatan, após a queda da estrutura, mas não detalhou a data e horário das visitas.

O condomínio aponta que eles nunca estiveram no local. A informação também foi considerada "descabida e improcedente" pela construtora. 

Sobre os cinco chamados que teriam sido ignorados pela Mult Técnica, a empresa se limitou a pontuar que "todas as intercorrências foram atendidas e saneadas" e que seus próprios laudos reforçam que as alegações do condomínio não possuem fundamento técnico. 

No comunicado, a construtora reafirma que, após o incidente, autuou “de forma voluntária” na remoção de “capins, árvores de médio porte e lixo” da área não afetada e elencou as ações tomadas após o evento, sendo elas:

- Isolamento da área com instalação de tela; 

- Fornecimento de lonas para proteger a área afetada;

- Monitoramento através de topografia periódica de todo perímetro mais próximo ao talude.

 Lona com furo usada para evitar contato das chuvas com a barreira. Júlio Gomes/LeiaJá Imagens

A Mult Técnica garante que a construção respeitou todas as normas técnicas e as boas práticas exigidas e afastou “toda e qualquer indicação de descumprimento das normas ou imperícia na construção do empreendimento e do talude". Nesse sentido, a construtora nega as acusações de mal uso de materiais e falhas construtivas constatadas na perícia feita pelo condomínio. 

"Entendemos que os apontamentos que constam no laudo contratado pelo condomínio são frágeis de elementos técnicos que possam amparar um parecer direcionando a falhas ou vícios dos materiais. A construtora possui toda segurança técnica para desconstruir elementos tendenciosos, com objetivo de distorcer o nítido e evidente fato gerador do deslizamento do talude, onde reafirmamos: ação da natureza e falta de manutenção", refutou a Mult Técnica. 

Moradores no trecho do talude que suportou o desabamento. Júlio Gomes/LeiaJá Imagens

Empresa diz não ter obrigação de reconstruir a área

Sobre a "proposta indecente" mencionada pelo síndico, que garantia a reconstrução do mirante se os proprietários assinassem uma cláusula que retirava a eventual culpa ou dolo da Mult Técnica Engenharia, a construtora mais uma vez contestou a responsabilidade legal pelo ocorrido e completou que não tem obrigação de arcar com reparos e indenizações. 

"O que a construtora propõe decorre unicamente da sua boa-fé, decência e atenção especial com seus clientes, além da sensibilidade que o caso demanda [...] Desta forma, atua ativamente na mediação para prevenção de conflitos não tendo qualquer responsabilidade legal em reparar ou indenizar o condomínio pelo ocorrido", considerou. 

Na posição de que busca contribuir “por livre e espontânea vontade” para a solução do caso, a Mult Técnica teria participado de cinco encontros com representantes do Ecovila Yapoatan, o primeiro em seu escritório e os demais na sede do CREA-PE. Contudo, de acordo com a construtora, a gestão do residencial encerrou as negociações de forma unilateral. 

"Infelizmente os representantes do condomínio adotaram, sem a devida deliberação em assembleia, portanto de forma unilateral e sem valor jurídico, a posição e a decisão de encerrar o processo de negociação sem ao menos manifestar ou registrar uma resposta com uma contraproposta” 

Pelo entendimento da empresa de não ter responsabilidade de recuperar a área, a reconstrução do talude que mantém o Ecovila Yapoatan à beira de um precipício segue sem previsão. O presidente do CREA-PE, Adriano Lucena, indicou que a esperança para conseguir o valor da obra é através de emendas enviadas por deputados federais.

Representantes do CREA-PE apresentam situação do Ecovila Yapoatan ao deputado Lucas Ramos.  Reprodução

A articulação com os parlamentares já teria começado, mas ainda não houve pedido formal, pois o CREA-PE não teve acesso a levantamentos em posse da construtora que são exigidos para a requisição.  

"A gente foi atrás dos deputados para que houvesse uma emenda parlamentar e, chegando, a gente fizesse a intervenção. Eles se comprometeram em fazer algum aporte. A gente tá fazendo contato para fazer essa ponte e que um deputado bote R$ 500 mil, outro coloque R$ 1 milhão, quando a gente somar isso chegar ao valor da obra. Esse é o caminho que a gente tá percorrendo", explicou o presidente.

O LeiaJá publica, nesta quinta-feira (10), a primeira de duas reportagens sobre o deslizamento da área de lazer do residencial Ecovila Yapoatan. O colapso da estrutura causou duas mortes e deixou o condomínio à beira de um precipício, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, em Pernambuco.

A tragédia

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Gláucio José da Silva dormiu na noite chuvosa de 27 de maio de 2022 sem saber que seria a última ao lado da esposa. Soterrado por barro e escombros do que acabava de deixar de ser sua casa, o serralheiro de 57 anos ficou abraçado à Luci Maria da Silva, de 48, enquanto ela se debatia até a morte em uma crise de claustrofobia.

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O casal morava aos pés da barreira da Rua Campo Verde, em Jaboatão dos Guararapes, mas nunca havia sofrido com deslizamentos até o início da construção de um condomínio, no alto. Eles jamais imaginariam que as chuvas intensas de 2022 fariam com que a área de lazer do residencial despencasse dos 50 metros de altura e destruísse sua casa. 

Trabalhador autônomo, Gláucio não costumava deixar a esposa sozinha. A família tinha uma vida financeira estruturada, dois carros na garagem e um patrimônio construído às custas das horas de Gláucio dentro da oficina, no mesmo terreno onde ficava a casa.

"Como pobre, minha casa era excelente. Era de luxo", lembra orgulhoso. Reformas no imóvel e a compra de eletrodomésticos tornaram o local o ponto de encontro das festas da família. A herança que seria deixada para o filho e onde o casal sonhava atravessar a velhice. 

Ferramentas e materiais de trabalho ainda estão embaixo da terra. Júlio Gomes/LeiaJá

Destruição nos olhos

Um estrondo por volta das 5h09 da manhã e, de repente, tudo ficou escuro. Ele ainda não sabia, nem teve tempo para entender, mas aquele som soterrou seu futuro. O muro de arrimo de três metros e meio veio abaixo. Ele ficava no alto da barreira e sustentava o mirante do Condomínio Ecovila Yapoatan. A estrutura, a 50 metros de altura, não suportou o peso da área que reunia pista de cooper, dois quiosques e um mirante circunscrito à piscina. Sem conseguir respirar com facilidade, um pequeno feixe de luz salvou a vida de Gláucio embaixo de quilos de destroços. 

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A algumas casas dali, Rafael Rodrigues se preparava para o trabalho quando ouviu o barulho.

"Teve tipo uma zoada de trovão, só que era o mirante descendo. Aí pegou nas casas aqui embaixo", descreveu.

Sua primeira lembrança ao abrir a porta foi do mar de lama que atravessava a rua, e, no fim, destroços empilhados onde ficava a casa de Gláucio. Fios de alta tensão arrebentaram e caíram no chão, mas risco de uma descarga fatal não impediu a união dos vizinhos para tentar resgatar as vítimas. 

Rafael permanece na Rua Campo Verde e diz que os problemas com a chuva são os mesmos. Júlio Gomes/LeiaJá

O medo que sufoca

A estrutura que veio abaixo colocou Luci frente a frente com seu maior medo. Ela tinha fobia de ambientes fechados e, por conta disso, se recusava a realizar atividades simples do dia a dia, como andar de carro ou de elevador. O deslizamento que tirou sua vida também não deu chances ao marido da sua irmã, Francisco Claudino de Oliveira, de 61 anos, que teve a cabeça esmagada por um pedaço de concreto. 

"Infelizmente eu tô aqui e ela não tá [...] ela não morreu por conta do soterramento, ela morreu de pânico. Ela tinha fobia e não conseguia andar de carro fechado, não andava de metrô. Para ter uma ideia, podia ter os andares que for, mas ela ia de elevador, subia [o prédio] andando", comentou Gláucio. 

Gláucio carrega o trauma de ter perdido a esposa nos braços. Júlio Gomes/LeiaJá

Presos por ferragens e alvenaria, nenhum deles conseguia se mexer. Os dois dividiam espaço e gritaram por ajuda por cerca de 30 minutos, antes de Luci sucumbir à sensação de confinamento e sofrer uma crise de pânico. Ela passou os últimos momentos imóvel, entre as pernas do marido. 

"Ela se viu presa e ficou sem ar. Ela morreu falando, e a pessoa que tá sem ar não consegue mais falar. Teve uma hora que ela travou, calou-se". 

O Corpo de Bombeiros foi chamado, mas a forte chuva e as ocorrências na mesma manhã impediram a chegada ao local. A corporação estava perto dali e se esforçava para buscar sobreviventes em meio ao lamaçal em Jardim Monte Verde, região mais prejudicada pelas chuvas em todo Grande Recife.  

Lonas plásticas colocadas no alto da barreira após o deslizamento. Júlio Gomes/LeiaJá Imagens

Três dias com o corpo

Ainda chovia muito e a lama também dificultava o resgate dos vizinhos quando outros blocos do muro de arrimo se desprenderam e rolaram barreira abaixo. Em meio à correria, três coqueiros em frente à casa de Josélia Alves, ao lado da de Gláucio, vieram ao chão e evitarem que seu imóvel também fosse destruído.  

Amiga da família, Josélia ainda carrega os traumas daquele dia. Ela compartilhou detalhes do resgate de Luci, desde a retirada da mulher dos braços de Gláucio, até os cuidados que recebeu das vizinhas. Após ser lavado e vestido, o corpo passou três dias no terraço do irmão de Josélia à espera da chegada do Instituto Médico Legal (IML).  

Josélia mostra os pedaços do muro de arrimo a poucos metros de casa. Júlio Gomes/LeiaJá

Abalada, Josélia não trabalha e passou a dormir na casa da filha. Sem se afastar muito da barreira, ela ainda vive na Rua Monte Verde. "Quando começa a chover, eu já fico com medo porque pode deslizar isso aí e vai simbora a casa com tudo", revela.  

Ouça o relato de Josélia sobre a remoção do corpo da amiga dos escombros 

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Chuva que não traz paz

Sozinho por quatro horas nos destroços, Gláucio só foi retirado por volta das 11h. Nesse tempo, tentou buscar explicações sobre o que acabava de destruir sua vida. Ele se diz vítima de uma tragédia anunciada e culpa a Mult Técnica Engenharia, responsável pelo Ecovila Yapoatan.   

Ainda em 2017, ele aponta que uma fenda se abriu dentro da piscina do condomínio e infiltrou o talude que sustentava o mirante.

"Só caiu o muro de arrimo, se fosse fatalidade tinha caído toda a barreira. Por conta do vazamento que tava tendo", acusa. 

Parte da estrutura do Ecovila Yapoatan ainda ameaça os moradores da Rua Campo Verde. Júlio Gomes/LeiaJá

Hoje, Gláucio vive sozinho em uma casa não muito distante de onde tinha a vida que acreditava ser intocável. Todos os dias ele chora quando lembra de Luci. Todas as vezes que olha no espelho, se confronta com as cicatrizes do dia mais triste da sua vida e volta ao desastre todos os meses, quando recebe a pensão vitalícia dada pelo governo do estado e o auxílio-moradia da Prefeitura para ajudar no aluguel.  

"Ontem pela manhã passei o dia todinho tirando lama de dentro de casa. Só vim parar de trabalhar era 22h. Perdi o sofá, que já foi de doação, e meu armário", lamenta. 

Na segunda reportagem: quem foi responsável pela tragédia? Moradores do Ecovila Yapoatan fazem denúncias e mostram documentos que sugerem a construtora como culpada. A empresa se defende e faz acusações contra a administração do conjunto habitacional.

 De janeiro a julho deste ano, 1.202 pessoas foram baleadas em 1.046 tiroteios no Grande Recife. O levantamento produzido pelo Instituto Fogo Cruzado aponta que 812 mortes e 328 feridos na região até o mês passado. 

Os índices representam o aumento de 4% nas ocorrências de tiroteio e de 8% no número de mortos. Só no último mês, 15 pessoas foram assassinadas em sete homicídios múltiplos, um aumento de 75% dos casos comparados a julho do ano passado, quando quatro casos e nove óbitos por disparo de arma de fogo foram computados. 

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Julho também fechou com 156 tiroteios na região metropolitana, com vítimas em 99% dos casos. Ao todo, 127 pessoas morreram e 62 ficaram feridas. 

Jaboatão em alerta

Em Jaboatão dos Guararapes, os tiroteios aumentaram em 107% no mês de julho, enquanto o número de mortos subiu 92%, de 13 para 25 vítimas fatais. Segundo o relatório, as ocorrências de troca de tiro passaram de 14 para 29 e o registro de feridos passou de 10 para dois casos, equivalente ao aumento de 400%. 

O município também é o que mais se repete na lista dos cinco bairros mais afetados pela violência armada no Grande Recife. Candeias, Barra de Jangada, Cajueiro Seco e Prazeres só ficam atrás de Peixinhos, em Olinda, onde aconteceram seis tiroteios, além de duas mortes e quatro feridos.

2º- Candeias: 5 tiroteios, 5 mortos e 2 feridos;

 3º- Barra de Jangada: 4 tiroteios, 4 mortos e 2 feridos;  

4º- Cajueiro Seco: 4 tiroteios, 3 mortos e 1 ferido;   

5º- Prazeres:  tiroteios, 3 mortos e 1 ferido. 

O Shopping Guararapes, por meio da Biblioteca Peró, lançou, pelo terceiro ano seguido, o curso Redação Nota 1000. Os interessados podem se inscrever do dia 19 a 21 de julho. O objetivo é fazer com que os jovens desenvolvam as habilidades necessárias para tirar uma boa nota na prova de redação do Enem.

Para se inscrever os interessados devem ir presencialmente no Instituto Shopping Guararapes, Av. Barreto de Menezes, 800 - Piedade, Jaboatão dos Guararapes - próximo à portaria D do Shopping. Ainda é preciso ser morador de Jaboatão, estar cursando o terceiro ano ou ter concluído o ensino médio na rede pública. 

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Para mais informações, acesse o edital.

A programação junina do Jaboatão dos Guararapes segue nesta quarta-feira (28) com a realização do tradicional Festival de Quadrilhas e muito forró que vai até o dia 2 de julho. Nessa segunda-feira (26), a Prefeitura do Jaboatão dos Guararapes junto com a Federação de Quadrilhas Juninas de Pernambuco (FEQUAJUPE) divulgou a lista com as 14 quadrilhas que vão disputar o concurso deste ano, no Polo Parque das Cidades, em Prazeres. As fases classificatórias serão na quarta e na quinta, já a final será na sexta-feira com o prêmio de R$ 13 mil para a campeã.

Nos três dias do festival, os festejos juninos começam às 18h com shows de Rúbia Cristina, Emersão 7k, Allan Carlos, Forró Balançar, Forró Kabra Bão, Cheyla vem Swingar e Gel e Seus Manos. Também haverá apresentação das quadrilhas jaboatonenses Trapiá, Junina Rojão e Junina Matulão, convidadas pela prefeitura.

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Na próxima quarta (28), vão se apresentar as seguintes equipes: Arrocha o Nó, Zé Matuto, União Junina, Raio de Sol, Bacamarte, Junina Tradição e Origem Nordestina. Na quinta (29), será a vez das quadrilhas Junina Raízes, Junina Traque, Xodó Junino, Junina Matutada, Dona Matuta, Junina Evolução e Junina Sapeca.

As cinco primeiras que somarem mais pontos vão disputar o título na sexta-feira. O 1º lugar receberá R$ 13 mil, o 2º lugar ganhará R$ 9 mil, o 3º levará R$ 6 mil; o 4º lugar ficará com R$ 4 mil e o 5º ganhará R$ 3 mil.

POLOS JUNINOS

Nos bairros de Cavaleiro e Barra de Jangada terá polos juninos na sexta, sábado e domingo. Na próxima sexta-feira (30), vão se apresentar em Cavaleiro Forró Sambado com participação de Leto do Cavaco, Banda Luminar, Carta Virada  e no sábado (1º) sobem ao palco Trio Pé-de-serra Parceiros do Forró e Eduarda Alves e Forró do Vaqueirama.

No Polo de Barra de Jangada, a festa será animada no sábado (1º) pelo Forró Xodó, Magia Nordestina e Anjos do Forró. E fechando a programação junina de Jaboatão, no próximo domingo (2), em Barra de Jangada, a animação ficará por conta de Chamego Nordestino, Pedrinho Love e Banda Inove.

 

Um motociclista morreu, na manhã desta terça-feira (20), em um acidente envolvendo um ônibus em Prazeres, em Jaboatão dos Guararapes. na Região Metropolitana do Recife. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) confirmou o óbito no local. 

O acidente foi registrado por volta das 6h, na Avenida Barreto de Menezes. De acordo com o Samu, a vítima fatal é um homem de 57 anos. 

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As 133 mortes ocorridas em um intervalo de aproximadamente 10 dias no Grande Recife, em decorrência das chuvas e deslizamentos de barreiras, no último ano, foram consequências extremas de fenômenos já conhecidos. A tragédia foi a pior da história recente de Pernambuco e do país, tendo alcançado repercussão nacional. Apesar das mortes ocorridas por questões climáticas e habitacionais não serem uma novidade, 2022 certamente aumentou a pressão sobre as gestões municipais da metrópole, que há anos se destacam negativamente pela aplicação de medidas paliativas. 

Nesse último 28 de maio, se completou um ano desde que as mortes ocorreram. Na verdade, as mortes aconteceram em intervalos curtos, em menos de duas semanas, mas em 28 de maio de 2022 o maior número de mortes foi registrado. O dia fechou com 33 mortes já confirmadas ainda nas primeiras 24h, e os desaparecidos foram sendo encontrados nos dias posteriores, colocando o número de óbitos na casa de uma centena. Até 7 de junho, 132 mortes foram confirmadas e uma última foi notificada no fim do mês, mas referente às mesmas datas. 

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As ocorrências se concentraram em Recife, Jaboatão e Olinda, apesar das enchentes terem afetado outros municípios, como Paulista, Camaragibe, São Lourenço da Mata e Goiana. O LeiaJá buscou algumas das prefeituras da Região Metropolitana do Recife para saber o que foi realizado em prol da população que mora em locais de risco, seja em barreiras, próximas a rios ou em áreas planas e sem escoamento apropriado das águas pluviais. 

Em visitas realizadas pelo LeiaJá às regiões de deslizamentos, foram ouvidas queixas sobre o pagamento dos auxílios moradia e emergencial, além de reclamações sobre a aplicação de novas lonas, construções de muros e realização de drenagens. Essas reclamações foram mais recorrentes em Jardim Monte Verde e no Córrego do Tiro, em Recife. 

Na primeira quinzena de maio, uma equipe visitou córregos em Águas Compridas, Olinda, onde a situação das barreiras era similar ao que foi visto em 2022 (foto do topo da matéria). Além de ter sido atingida em 2022, Águas Compridas também foi cenário da primeira morte por deslizamento em 2023

LeiaJá também 

  - - > ‘Podcast Atemporal revisita deslizamentos no Grande Recife ou ouça agora, no Spotify: 

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Confira, abaixo, as respostas das prefeituras procuradas. A Prefeitura de Paulista não respondeu a nenhuma das tentativas de contato. O canal segue aberto. 

Jaboatão dos Guararapes (PMJG) 

A Prefeitura informou que, junto à Secretaria de Defesa Civil, contratou 94 novos funcionários para atender às demandas da população. A gestão diz também que estruturou uma sala de monitoramento em tempo real, um plano emergencial e que está instalando duas bases da Defesa Civil, uma em Monte Verde e outra em Curado II, com o intuito de se aproximar das áreas de risco. Também está investindo R$ 54 milhões na limpeza de canais, rios, canaletas e galerias, e mais R$ 40,5 milhões em obras de contenção. Um aprofundamento do canal da Lagoa do Olho D´água está sendo feito e 180 mil m² de lonas devem ser aplicados nas encostas ainda este ano. 

No caso de Jardim Monte Verde, uma comissão de lideranças mantém um canal de contato permanente com a prefeitura, que já realizou algumas reuniões com a comunidade e apresentou os três projetos de contenção elaborados para o local, que somam cerca de R$ 80 milhões, recursos que o município está tentando captar junto ao Governo Federal. Também encaminhou ao Governo Federal um plano habitacional para construção de 305 unidades habitacionais para famílias que perderam suas casas na chuva e aguarda posicionamento. 

Com relação ao auxílio-moradia, antes das chuvas, Jaboatão pagava um benefício de R$ 150 a 200 famílias. Naquele momento, dobrou o valor para R$ 300, pagando atualmente a 916 famílias.  Portanto, os investimentos saltaram de R$ 30 mil para R$ 274,8 mil ao mês, R$ 3,3 milhões ao ano. Houve processos indeferidos pelo fato de moradores terem CadÚnico de outro município ou não atenderem a critérios legais, como o de renda. Mas, havendo questionamentos, a população deve entrar em contato com a Assistência Social pelo número 81 99529-2166. Desde o ano passado, a Prefeitura do Jaboatão dos Guararapes disponibiliza atendimento psicológico para pessoas afetadas pelas chuvas. 

A prefeitura já criou dois abrigos oficiais para acolher pessoas que venham a ficar desabrigadas. Em caso de emergência, ligar para a Defesa Civil, nos telefones 0800 281 2099 e 9.9195-6655. 

Prefeitura de Camaragibe 

A Prefeitura de Camaragibe, por meio da Defesa Civil, informa que as ações de proteção necessárias nas áreas de risco são realizadas rotineiramente. A gestão está com processos licitatórios em andamento para execução de mais obras de revestimentos e contenção de encostas em pontos de alto risco no município. São aproximadamente R$ 3 milhões de reais investidos especificamente para intervenções desta natureza. Destacamos ainda que estão sendo realizadas ações de prevenção em vários pontos da cidade, além de obras de reconstrução, recuperação de escadarias, dentre outros. Foram realizadas entre 2022 e 2023, limpeza de 24,8 km de canais, 275 erradicações, podação e remoção de árvores, 810 mil metros quadrados de aplicação de lonas, 476 metros cúbicos de muro de arrimo, além de 3.275 metros quadrados de execução de tela argamassada. 

Informamos ainda que aproximadamente mil famílias foram beneficiadas com o pagamento do Auxílio Pernambuco, observados os critérios estabelecidos pelo Governo do Estado. A Prefeitura de Camaragibe, por meio da Secretaria de Assistência Social, viabilizou para as 44 famílias desabrigadas no município, o pagamento do auxílio de R$ 1.200,00, mais seis parcelas de aluguel social no valor de R$ 300,00 ; prorrogados por mais seis meses. 204 permissionários do Mercado Público Municipal foram contemplados com o pagamento de três parcelas de R$ 600. 

Prefeitura de Olinda 

A Prefeitura de Olinda, através da Secretaria Executiva de Defesa Civil, já colocou, este ano, 260.000 m² de lona plástica nas áreas de morro e cadastrou os moradores das áreas de risco no sistema de avisos por meio de mensagens de SMS (pelo número 40199), para alertas de desastres, em parceria com a Defesa Civil Nacional. No momento, existem oito obras de contenção na Rua da Jangada (Caixa D’Água). Além disso, 772 árvores foram erradicadas em encostas, 1049 vistorias técnicas e 555 atendimentos sociais. 

Nesta sexta-feira (26), a Defesa Civil de Olinda iniciou mais uma etapa na Operação Inverno com a aplicação da geomanta nas áreas de morro da cidade. A Rua 6 de Janeiro, no bairro de Águas Compridas, será o primeiro endereço contemplado com a técnica que garante maior proteção das encostas e o melhor escoamento da água da chuva. No total, serão 54 mil metros quadrados, distribuídos em 94 pontos de riscos, mapeados pela Defesa Civil do município. 

Esse serviço inclui, ainda, a implementação do sistema de drenagem do talude, com a construção de galerias e caixas de recebimento de todo volume da água da chuva. A obra é um reforço no plano de ação da operação, iniciada em janeiro deste ano. Os trabalhos preventivos em andamento na cidade abrangem a construção de muros de arrimo, trabalhos de micro e macrodrenagem, como limpeza de canais e do sistema de galerias em diversos bairros de Olinda. A força-tarefa é coordenada pela Secretaria de Gestão Urbana e Executiva de Defesa Civil. 

Todas as áreas de risco do Córrego do Abacaxi (as primeiras mortes registradas em 2022, entre 24 e 25 de maio, foram registradas no Córrego do Abacaxi) serão contempladas com geomanta. A Defesa Civil de Olinda mantém equipes de plantão para a instalação e substituição de lonas plásticas, corte de vegetação e social. Os chamados podem ser feitos pelos telefones 0800 081 0060 ou 99266-5307 (WhatsApp). 

O órgão iniciou, em fevereiro, o trabalho de macrodrenagem com a limpeza de todos os canais que cortam a cidade e já concluiu esse trabalho nos canais do Matadouro (Jardim Atlântico), México (Rio Doce) e o canal da Rua Golfinho (Ouro Preto). Os outros serviços seguem em execução. 

Também está em andamento a ação de microdrenagem, sanando diversos pontos de retenção de água nos bairros de Casa Caiada, Vila São Bento, Bairro Novo, Córrego do Abacaxi, Bultrins, Jardim Atlântico, Cidade Tabajara, Rio Doce e Peixinhos. 

Continuação: A Prefeitura de Olinda, por meio da Secretaria de Educação, preparou oito pontos municipais para acolhimento de possíveis desabrigados, a partir do mapeamento das áreas de riscos no município. 

Pouco mais de 7 mil famílias olindenses foram beneficiadas com o pagamento de R$ 1.500 do auxílio emergencial no mês de junho de 2022, das quais 41 passaram a receber auxílio moradia. Atualmente, o auxílio-moradia, reajustado pela Prefeitura em 100% este ano, atende 1.057 famílias cadastradas para o auxílio-moradia. 

Prefeitura do Recife 

A Ação Inverno 2023, pacote de serviços e  intervenções do município no enfrentamento às consequências climáticas, tem investido R$ 291 milhões em todas áreas da cidade com esse objetivo. O trabalho será ampliado com uma operação de crédito já firmada pela cidade, que garantiu R$ 2 bilhões de investimentos, junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), para obras de infraestrutura, drenagem e habitação.  

A maior parte dos recursos - R$ 1,5 bilhão - será empregada no Programa de Requalificação e Resiliência Urbana em Áreas de Vulnerabilidade Social (ProMorar), enquanto R$ 500 milhões serão utilizados para eficiência fiscal, que também deve ser revertida em investimento. 

Os R$ 2 bilhões serão investidos em ações e obras de infraestrutura urbana que beneficiarão ao todo 200 mil recifenses. O ProMorar Recife executará obras de macrodrenagem na bacia do Rio Tejipió, equipamentos urbanos, pavimentação, espaços de convivência, proteção de encostas, saneamento, moradia, entre outras iniciativas. 

As primeiras comunidades escolhidas para receberem investimentos já estão com as equipes sociais do programa discutindo as melhorias necessárias junto com os moradores de cada localidade. São as oficinas participativas que estão no momento sendo desenvolvidas em Dancing Days, Sítio das Mangueiras, Ayrton Sena, João Paulo II, Vila Brasil, Vila Arraes, Loteamento Padre Henrique, Beira Rio, Rua Divinolândia e Malvinas. Após essa etapa, os projetos serão compatibilizados, atendendo às premissas das comunidades, e apresentados a elas. Só então, deverão ser licitados para execução. 

AUXÍLIO MUNICIPAL EMERGENCIAL (AME) - A PCR começou a realizar o pagamento do AME - no valor de R$ 2,5 mil - ainda no mês de junho. No total, 22.371 famílias foram beneficiadas, com impacto direto para cerca de 90 mil munícipes e cerca de R$ 60 milhões de investimento junto à população afetada. O recurso do AME foi destinado às famílias mais vulneráveis do Recife que: 1) morassem em áreas afetadas mapeadas pela Defesa Civil e Assistência Social; 2) Tivessem os cadastros atualizados no CadÚnico; e 3) Habitassem em Comunidades de Interesse Social (CIS) de áreas alagadas  

Em relação ao território geográfico, os cinco bairros que mais impactados e cujas famílias receberam o AME foram: 

Imbiribeira - 2.702 AMEs concedidos 

Ibura - 2.538 AMEs concedidos 

Torrões - 1.843 AMEs concedidos 

Areias - 1.426 AMEs concedidos 

Caçote - 1.426 AMEs concedidos 

ENCOSTAS - Até o momento a gestão fez a entrega de 66 contenções e investimentos na ordem de R$ 100 milhões. No momento, a Autarquia de Urbanização do Recife (URB) está com mais 44 obras em curso e outras 23 estão contratadas para iniciar nas próximas semanas. Além disso, 485 projetos para áreas de risco da cidade estão em fase de elaboração. Com o empréstimo do BID, a Prefeitura vai ampliar para 100 grandes obras de encostas todos os anos. 

Auxílio Moradia - Nos últimos 12 meses, foram incluídas 1.643 famílias no Auxílio Moradia, que teve o valor aumentado em 50% (de R$ 200 para R$ 300 por mês) e beneficia hoje 7.234 recifenses. Do total de inclusões, 758 foram em Jardim Monteverde, Vila dos Milagres e Lagoa Encantada. A aplicação de geomanta, um composto geotêxtil de PVC usado para proteger as barreiras, foi feita em 13 pontos de risco da cidade, beneficiando 140 famílias. 

ASSISTÊNCIA SOCIAL  

- Os Abrigos Irmã Dulce e o Emergencial Travessa do Gusmão permaneceram abertos durante 24h para acolher as famílias atingidas pelas chuvas. Cerca de 200 vagas ao todo.  

- Mais de 30 bairros, contemplando mais de 40 comunidades, receberam os donativos arrecadados pelo Recife Solidário. Ao todo 14.943 famílias foram beneficiadas. 

- Captação de donativos com a sociedade civil: 52.825 Refeições; 14.990 Cestas básicas; 11.825 Colchões; 34.123 Itens de limpeza; 187.620 Itens de higiene pessoal. A Secretaria Executiva de Defesa Civil também realizou 16.848 atendimentos sociais e distribuiu 1.764 cestas básicas e 629 colchões. 

- Em parceria com o Governo do Estado, a Secretaria de Direitos Humanos realizou um mutirão nas comunidades e emitiu 1.023 Certidões de nascimento emitidas e 911 RG. 

 

Um homem de 48 anos foi baleado dentro do Atacadão de Prazeres, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, após uma discussão por causa de fila. Ele foi atingido na barriga e precisou passar por cirurgia. 

O homem que ficou ferido fazia compras da unidade acompanhado da esposa, na noite do sábado (29), quando se envolveu na confusão. Três disparos teriam sido efetuados pelo atirador dentro da unidade. 

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A vítima atingida foi carregada para fora do supermercado por outros clientes que presenciaram os disparos. O homem foi socorrido ao Hospital Memorial Guararapes e, em seguida, transferido para uma unidade da Unimed, onde passou por cirurgia. Seu quadro de saúde é estável. 

Atirador se entregou à Polícia

Testemunhas informaram à Polícia Militar que o autor dos disparos fugiu de carro. Na mesma noite, policiais foram abordados na PE-017, no bairro de Marcos Freire, por um homem que alegou ser o atirador.  

Ele foi levado ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no bairro do Cordeiro, na Zona Oeste do Recife, onde teve a arma apreendida. A Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar o caso. 



Atacadão lamentou o ocorrido

O Atacadão emitiu um comunicado e disse ter prestado auxílio ao cliente ferido. Funcionários do estabelecimento teriam acionado o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A unidade disse que "lamenta o ocorrido e está em contato com a família. Reitera que está à disposição das autoridades para colaborar com as investigações". 

Na madrugada deste sábado (22), um homem foi preso por policiais militares do 6º BPM por tentativa de feminicídio, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife. A Polícia Militar foi acionada para a ocorrência na Rua da Assembleia, em Jardim Jordão.

Ao chegar na residência da vítima, os agentes registraram que o suspeito havia esfaqueado a esposa na barriga. A mulher foi levada para o Hospital Otávio de Freitas, em Tejipió, para atendimento.

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De acordo com a PM, o agressor tinha deixado o local, mas, após buscas, ele foi preso e encaminhado para a Delegacia da Mulher de Prazeres, e, depois, apresentado no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para adoção das medidas cabíveis.

O Sindicato dos Trabalhadores e das Trabalhadoras em Educação do Município de Jaboatão dos Guararapes (Sinproja) anunciou que, após a deflagração de estado de greve, a categoria irá paralisar todas as atividades da rede municipal de ensino nesta quinta-feira (20).  

A ação tem como objetivo pressionar a gestão do prefeito Mano Medeiros (PL) a pagar o reajuste de 14,95% do piso salarial, que atingirá todos os profissionais da educação. A decisão foi aprovada por unanimidade durante a Assembleia Geral realizada na última semana.  

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"A Educação precisa de investimentos e os profissionais da Educação precisam de respeito e de valorização. Salário digno e condições de trabalho são fundamentais para uma Educação de qualidade, para as filhas e os filhos de Jaboatão dos Guararapes", declarou a presidente do SINPROJA, Séphora Freitas. 

 

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) recebeu o convite oficial para integrar o Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (Cemit) e já está tomando medidas em curto, médio e longo prazos para ajudar o Estado a lidar com os incidentes envolvendo tubarões nas praias da Região Metropolitana do Recife (RMR).

Na última sexta-feira (24), uma reunião foi realizada no Centro de Estudos e Ensaios em Risco e Modelagem Ambiental (Ceerma), no Campus Recife da UFPE, com o objetivo de reunir os diversos grupos da Universidade que têm ligação com o tema. A participação de diferentes áreas de conhecimento, como Antropologia, Engenharia Cartográfica, Oceanografia, Zoologia, entre outras, é crucial para entender melhor os incidentes com tubarões e desenvolver estratégias eficazes para reduzir os riscos para a população.

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O Cemit é um órgão que tem como objetivo monitorar e desenvolver estratégias para lidar com os incidentes relacionados aos tubarões no litoral pernambucano. É é um colegiado, que existe desde 2004, composto pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), Secretaria de Ciência e Tecnologia e Inovação (SCTI) e Secretaria de Defesa Social (SDS), todos na qualidade de membros efetivos.

Além desses membros, também participam do comitê, na qualidade de convidados, as seguintes instituições: UFPE, Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Universidade de Pernambuco (UPE), prefeituras, dentre outros.

O vice-reitor Moacyr Araújo, docente do Departamento de Oceanografia, destacou a importância da educação ambiental e de conviver com os tubarões, respeitando o seu habitat natural.

“Não existe ex-lugar de ataque de tubarão. Uma vez que existe ataque naquele determinado lugar, ele nunca deixou de existir, isso em todo lugar do mundo. O que nos leva a ter a percepção de que nós precisamos conviver com isso. A coincidência de fatores [que causam os ataques] pode até ser minimizada pela ação do homem. Por isso que, se existe uma baía, em qualquer lugar do mundo, onde sempre teve ataque, sempre teve e sempre vai ter. Assim como sempre teve ataque e sempre vai ter na costa da Região Metropolitana do Recife. Em vez de lutar contra o fator natural de termos tubarões, deveríamos montar um super oceanário pra mostrar esses animais, estudá-los e ser uma atração turística muito legal. Assim, poderíamos difundir como são belos, interessantes os tubarões e o que podemos fazer para conviver com eles”, disse.

Para a professora Tereza Araújo, também do Departamento de Oceanografia, e coordenadora das ações da UFPE relacionadas ao Cemit, a primeira e mais urgente questão é também a da educação ambiental, pois a população precisa se conscientizar que não pode entrar nas águas das praias da RMR.

“A primeira e urgente é a questão da educação ambiental. Temos que divulgar, divulgar e divulgar, usando a linguagem correta (baseada na ciência), e que a população entenda (popularização da ciência). Essa parte já está acontecendo, participamos de reuniões que estão sendo encabeçadas pela CPRH [Agência Estadual do Meio Ambiente] e Semas [Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Governo de Pernambuco] e ações de conscientização já começaram a ser implementadas nas praias”, afirmou.

AÇÕES

Entre as ações que a UFPE está tomando em curto prazo estão a integração ao Cemit, ajudar nas ações de educação ambiental por meio do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente (Prodema) e do Projeto EducaOcean, e contribuir com a Popularização da Ciência, também por meio deste último projeto citado.

No médio prazo, a Universidade pretende montar um grupo de trabalho envolvendo diversas áreas de conhecimento (Oceanografia, Cartografia, Biologia, Geologia, Modelagem de Ecossistemas, Tomada de Decisão, Políticas Púbicas, Educação Ambiental, Saúde, Comportamento Humano ligado à Exposição a Riscos etc.); completar o mapeamento do relevo da plataforma continental interna da RMR – principalmente na lacuna que existe na região entre a praia de Itapuama e o Porto de Suape –; e realizar pesquisas para entender a questão trófica da área, padrão das correntes, temperatura, salinidade etc.

Também objetiva implementar Unidades de Conservação (UCs) com seus planos de manejo aprovados nos estuários da RMR, visto que os mesmos são berçários da cadeia alimentar dos tubarões; entender a questão dos estoques pesqueiros, como evoluíram nos últimos tempos; e desenvolver metodologias para que se conviva com a presença dos tubarões na área.

Já no longo prazo, a UFPE planeja mapear o relevo de toda a plataforma continental de Pernambuco; implementar UCs com planos de manejo aprovados nos demais estuários do estado; desenvolver modelos com dados oceanográficos para analisar padrões de correntes na área, se houve mudanças ao longo do tempo (nos parâmetros oceanográficos); e realizar pesquisas sobre a produtividade primária, que possam ter causado mudanças nos peixes que servem de alimentação para os tubarões. 

Além disso, a instituição objetiva desenvolver estudos sobre o comportamento dos tubarões, fazendo conexão com o padrão global do comportamento dos mesmos e investigar possíveis mudanças ao longo do tempo. Para isso, parcerias com outras instituições nacionais, como a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), e internacionais, que tenham expertise no assunto, serão fundamentais.

Da assessoria da UFPE

A prefeitura de Jaboatão dos Guararapes anunciou, nesta sexta-feira (31), no Diário Oficial do município, a abertura de uma seleção simplificada para a contratação 399 auxiliares de apoio pedagógico, que vão atuar nas salas de aula, dando apoio aos estudantes com deficiência e com transtorno do espectro do autismo. O decreto foi assinado pelo prefeito Mano Medeiros (PL), e os prazos e critérios estarão disponíveis em breve com a publicação do edital.

Além dos auxiliares de apoio, também foi autorizada a contratação temporária de outros 76 profissionais, entre professores de educação física, brailistas e intérpretes de libras.

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“Temos atualmente a necessidade de contratar 399 auxiliares de apoio, porque há uma parcela de estudantes com deficiência e com autismo precisando desse atendimento especial. É uma demanda que tem crescido muito na nossa rede de ensino e estamos fazendo o possível para acompanhar. Na nossa gestão, educação e inclusão andam juntas e esses alunos serão atendidos”, ressaltou o prefeito Mano Medeiros.

A Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, oferece 100 vagas para o curso de ovos de Pácoa gourmet. A formação é destinada ao público feminino, a partir dos 16 anos, no Espaço Mulher Empreendedora. As interessadas devem realizar inscrições, com início na próxima terça-feira (28), no local da oferta da capacitação, que está localizado no primeiro andar do Mercado das Mangueiras, em Prazeres, das 8h às 17h.

Ao todo, o curso contará com quatro turmas, formadas por 25 alunas. A primeira e a segunda turmas começarão na terça-feira, das 8h às 12h e das 13h às 17h, respectivamente. As outras serão nos dias 31 de março e 1 de abril, nos mesmos horários. A formação abordará noções fundamentais dos padrões e procedimentos em higiene pessoal, ambiental e operacional, preparação, modelagem e confecção dos bombons e ovos de Páscoa, embalagem dos produtos e noções de investimento financeiro.

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“Mais do que ganhar uma renda extra durante a Páscoa, o objetivo da capacitação é estimular as mulheres a buscarem sua independência financeira e elevarem sua autoestima. Quem se identificar com esse tipo de atividade pode seguir produzindo chocolates ao longo do ano”, destaca a secretária Municipal de Assistência Social, Gentila Guedes, por meio da assessoria. 

Jaboatão dos Guararapes é a cidade pernambucana com os piores índices de saneamento básico do estado, de acordo com o novo ranking do Instituto Trata Brasil, que mapeia, entre os 100 municípios mais populosos do país, os indicadores de distribuição, tratamento e perda de água durante o fornecimento à população. Das 100 localidades, Jaboatão ficou em 87º, assim, pontuando como uma das piores na listagem nacional.

O município fica acima de outras 13 cidades de diversas regiões brasileiras, incluindo cinco capitais: Maceió, Rio Branco, Belém, Porto Velho e Macapá, que é a última colocada, em 100º. Recife, capital pernambucana, surge na 78ª posição nacional e é a segunda pior colocada do estado. No entanto, a nota melhorou do ano passado para cá: em 2022, a posição era a 83º. Jaboatão também variou uma posição, saindo da 88ª.

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O único município de Pernambuco a estar na primeira metade da lista, entre as 50 cidades populosas no topo do ranking de saneamento, foi Petrolina, no Sertão, que ocupa o 39º lugar. No entanto, a cidade desceu seis posições. No ano passado, Petrolina ocupava a 33ª posição.

O método utilizado pelo Instituto Trata Brasil considera os municípios com maior densidade populacional e realiza paralelo com os indicadores de saneamento, como a porcentagem da população com acesso a água, quantos têm acesso à água tratada, entre outros fatores. O estudo também considera o desperdício e as perdas durante a distribuição e, da mesma forma, quanto menor o índice, mais bem posicionada está a cidade, pois menos água produzida se perdeu durante a distribuição.

Perrnambuco, da cidade mais bem avaliada à última colocada

Petrolina, 39ª posição de 100

Em 2022, estava na 33ª posição. Quanto menor ou mais acima a cidade está na lista, melhor a nota de saneamento. O atendimento total de água é 100%, significando que todos os 359.372 habitantes têm acesso à água. No entanto, o atendimento total de esgoto cai para 83,77% de alcance. Já o tratamento de esgoto está disponível para apenas 75,18%.

Nas perdas, Petrolina tem 35,19% da água produzida perdida. Em volume (litros), por dia, a cada ligação, a perda é de 238,6 L.

Caruaru, 50ª posição de 100

A cidade agrestina desceu oito posições, caindo da 42ª para a 50ª em um ano. Lá, o atendimento total de água também é 100% para seus 369.343 habitantes, mas o atendimento em esgoto cai 55,31%. O esgoto tratado está disponível apenas para 47,79% da população. Nas perdas, Caruaru tem 33,17% da água produzida perdida. Em volume (litros), por dia, a cada ligação, a perda é de 193,87 L.

Paulista, 64ª posição de 100

Paulista aparece uma posição acima da vizinha, Olinda, estando em 64º lugar no ranking. A posição foi a mesma em 2022. No atendimento total de água, entrega o serviço a 100% da população, que é de 336.919 pessoas. No atendimento de esgoto, cai quase metade: 54,21%. Desse número, 52,98% representam esgoto tratado. Nas perdas, Paulista tem 45,97% da água produzida perdida.

Em volume (litros), por dia, a cada ligação, a perda é de 302,39 L, o terceiro maior indicador de perda até então. Em volume perdido, está atrás apenas de Olinda e Recife.

Olinda, 65ª posição de 100

Na mesma posição em 2022 e 2023, Olinda tem atendimento total de água a 100% dos 450.024 habitantes. Já o atendimento em esgoto cai para 46,05%, com índice de tratamento em 53,03%. A cidade perde 51,70% da água produzida, resultando em 419,82 L perdidos por ligação/dia.

Recife, 78ª posição de 100

A capital pernambucana é a segunda pior colocada do ranking e também a cidade mais populosa do estado a estar contemplada no estudo, tendo 1.661.017 habitantes. Destes, 96,43% têm acesso ao atendimento total de água. Já o atendimento de esgoto está disponível para 46,05% dos recifenses, com tratamento de esgoto para apenas 53,03% destes.

A cidade perde 50,83% da água produzida, resultando em 618,76 L perdidos por ligação/dia.

Jaboatão dos Guararapes, 87ª posição de 100

Pior colocada no ranking, Jaboatão também não entrega água para a totalidade da população e está bem abaixo das vizinhas, com um atendimento total de água em 80,01% para a população de 711.330 pessoas. O atendimento em esgoto é de apenas 21,64% e o tratamento de esgoto sobre esse número é de 34,03%.

Nas perdas, Jaboatão tem 36,73% da água produzida perdida. Em volume (litros), por dia, a cada ligação, a perda é de 284,60L. A cidade estava posicionada em 88º no último ano.

Na madrugada desta sexta-feira (10) dois caminhões se chocaram na BR-232, em Jaboatão dos Guararapes, a cerca de 1 km da entrada de Santo Aleixo. Um dos veículos carregava engradados vazios de cerveja, e vinha na pista quando colidiu na traseira de outro caminhão que estava parado no acostamento com um pneu furado.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o condutor do caminhão de trás ficou ferido e foi encaminhado para o Hospital da Restauração (HR), no Recife. Os dois motoristas realizaram teste do bafômetro no local, e o resultado não acusou uso de substâncias.

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O caminhão atingido na traseira já foi retirado do local, enquanto o que transportava engradados vazios aguarda transbordo da carga. A PRF informou que ainda no início da manhã, apenas o acostamento no sentido Recife está liberado à circulação. No sentido interior a rodovia está totalmente liberada nesse ponto.

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O adolescente de 14 anos, que foi mordido por um tubarão na manhã deste domingo (5), passou por cirurgia e segue internado em estado grave no Hospital da Restauração (HR), na área Central do Recife. O ataque ocorreu em frente à Igrejinha, na praia de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes. 

 O jovem foi socorrido por volta das 10h, com um ferimento na perna direita. De acordo com a unidade, ele foi submetido a um procedimento feito por especialistas de Traumatologia e Cirurgia Vascular e, em seguida, foi alocado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O quadro atual é grave, mas estável, complementou o HR. 

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Histórico - No último dia 20, um surfista de 32 anos foi mordido por um tubarão na praia dos Milagres, em Olinda. Conforme o Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (Cemit), este é o 76 incidente envolvendo tubarão registrado em Pernambuco, sendo 66 no continente e 10 na Ilha de Fernando de Noronha.

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O Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (Cemit) confirmou que um tubarão mordeu um adolescente de 14 anos neste domingo (5), na praia de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. A espécie do animal será identificada após análise do ferimento.

O ataque ocorreu por volta das 11h20, em frente à Igrejinha. A área faz parte do trecho de 2,2 quilômetros proibido para banho desde julho de 2021. 

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A vítima sofreu um ferimento grave na perna direita e foi atendida ainda na praia por guarda-vidas do Corpo de Bombeiros. Em seguida, o adolescente foi transportado de helicóptero até o quartel do Derby, de onde foi encaminhado ao Hospital da Restauração (HR). 

Histórico - No último dia 20, um surfista de 32 anos foi mordido por um tubarão na praia dos Milagres, em Olinda. Desde 1992, este é o 76 incidente envolvendo tubarão no estado, sendo 66 no continente e outras 10 na Ilha de Fernando de Noronha, segundo o Cemit.

 

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Por volta das 11h20 deste domingo (5), um adolescente foi atacado por um tubarão na praia de Piedade, próximo à Igrejinha, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. A vítima foi socorrida de helicóptero pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o bairro do Derby, no Recife, e em seguida, será encaminhada ao Hospital da Restauração, também na capital.

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O Corpo de Bombeiros e o Samu ainda não repassaram detalhes sobre a identidade e o estado de saúde da vítima. O local faz parte do trecho de 2,2 quilômetros proibido para banho por ser o mais passível a ataques dessa natureza. Informações oficiais sobre o incidente serão compartilhadas pelo Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (Cemit).

A Prefeitura do Jaboatão explicou que o adolescente foi mordido na coxa direita, no momento em que bombeiros se dirigiam para orientá-lo a deixar o mar. "A Prefeitura lamenta o ocorrido, reforça a necessidade de a população respeitar a sinalização de interdição do trecho e informa que uma equipe está acompanhando o atendimento da vítima, encaminhada ao Hospital da Restauração, por helicóptero", complementou em nota.

Histórico

O ataque ocorre menos de duas semanas após o último registro no litoral pernambucano. No dia 20, um surfista de 32 anos foi mordido na perna por um tubarão na praia dos Milagres, em Olinda. Desde 1992, quando se registrou o primeiro ataque de tubarão em Pernambuco, houve 75 ocorrências, sendo 65 no continente e as demais em Fernando de Noronha.

A Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, abre novo concurso público para professor com 627 vagas. A divulgação do certame foi realizada durante a abertura do ano letivo do município, pelo prefeito Luiz Medeiros (PDT) e terá o edital divulgado no próximo sábado (18), no Diário Oficial da União de Jaboatão.

Na ocasião, o prefeito não deu detalhes sobre período de inscrições e cronograma do processo seletivo. No entanto, sabe-se que a Fundação Getúlio Vargas (FGV) será a banca responsável pelo certame, que pretende recompor e ampliar o quadro de docentes efetivos no município.

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