Tópicos | Jereissati

O relator da reforma da Previdência no Senado, Tasso Jereissati (PSDB-CE), defendeu a cobrança de contribuições previdenciárias para empresas do agronegócio e entidades filantrópicas, incluídas em seu relatório. As onerações dependem da votação de uma proposta paralela, que ainda precisará passar pela Câmara.

Juntas, as cobranças devem render aos cofres públicos R$ 120 bilhões em 10 anos - R$ 60 bilhões referente às filantrópicas e R$ 60 bilhões referentes ao agronegócio. Além disso, o relator propôs uma cobrança no Simples destinada a incentivar micro e pequenas empresas na prevenção de acidentes de trabalho, o que pode render R$ 35 bilhões em receitas ao longo de dez anos.

##RECOMENDA##

As taxações foram incluídas para compensar uma desidratação da reforma, na qual a proposta deve resultar no Senado. As medidas já provocaram reações contrárias no Congresso. A oneração do agronegócio foi retirada da reforma quando o texto passou pela Câmara por articulação da bancada ruralista.

O relator disse não esperar que a aprovação dessas medidas seja difícil. "Eu espero que não porque são justas, porque na crise que estamos vivendo, em que nós estamos atingindo duramente servidores privados do INSS e servidores federais, não é justo que tenham entes ou empresa que não pagam a Previdência, que não contribuem para a Previdência", declarou Jereissati. "Acho que todo mundo que tem condições tem que contribuir para a Previdência", completou, reforçando que as cobranças não são impostos, mas contribuições previdenciárias.

Jereissati deve se reunir com os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para conversar sobre as alterações. Além das onerações, o relator relatou pressões de corporações para novas alterações no texto.

O cronograma da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado vai atrasar quatro ou cinco dias, disse o relator da proposta, Tasso Jereissati (PSDB-CE). Ele adiou a entrega do relatório preliminar, que seria feita nesta sexta-feira, 23, para a semana que vem.

Pelo cronograma inicial, o relatório seria lido na comissão na próxima quarta-feira, 28. A votação na CCJ estava prevista para o dia 4 de setembro. Ele garantiu que o relatório será entregue na semana que vem, mas não precisou o dia exato da leitura. "Eu preciso do fim de semana, início da semana que vem, para trabalhar com a equipe. Não sei o dia, mas (a entrega) com certeza na semana que vem", disse o tucano, afirmando que as audiências públicas na comissão se estenderam ao longo da semana.

##RECOMENDA##

Perguntado sobre se o cronograma mudaria, Jereissati disse que haverá "uns quatro ou cinco dias de atraso" na CCJ. O relator pretende manter o texto aprovado na Câmara, podendo excluir algum item, e fazer alterações - como a inclusão de Estados e municípios - por meio uma proposta paralela.

A PEC paralela, destacou Jereissati, deve surgir do destaque feito por um senador quando a proposta estiver no plenário do Senado. Ele identificou que a inclusão dos servidores estaduais e municipais nas regras é o único ponto já com consenso para entrar no texto. As demais alterações solicitadas por parlamentares ainda serão discutidas, reforçou.

Eduardo Bolsonaro

Mais cedo, o relator comentou que a indicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, para a embaixada brasileira em Washington poderá atrapalhar o andamento da reforma na Casa. No fim da tarde, ele reforçou a tese declarando que a indicação pode "radicalizar" as discussões da Previdência.

O relator da reforma da Previdência no Senado, Tasso Jereissati (PSDB-CE), defendeu rapidez na aprovação da proposta e falou em empenho para que as alterações apresentadas na Casa sejam feitas por meio de uma proposta paralela, evitando que o texto inicial retorne para a Câmara dos Deputados.

Para Jereissati, o País não suportaria arrastar a reforma da Previdência para o ano que vem. "Nós faremos praticamente deixar incólume aquilo que é o coração do que foi aprovado na Câmara e tentarmos através de uma PEC paralela colocarmos aquelas modificações, alterações e adições que forem decidias aqui (no Senado)", declarou o tucano, ressaltando entender que esse é um consenso no Senado.

##RECOMENDA##

Ele admitiu que é "impossível" uma unanimidade em torno da proposta, mas afirmou que consenso e diálogo são possíveis. Jereissati prometeu fazer audiências públicas necessárias sobre o tema na CCJ. A comissão já abriu a possibilidade de senadores apresentarem requerimentos para realização de audiências públicas.

O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) criticou a condução política do presidente Jair Bolsonaro (PSL) diante da administração do país. Tasso, que é futuro relator da reforma da Previdência Social, afirmou que o Governo Bolsonaro está queimando capital político com questões “inúteis”.

De acordo com Jereissati, essas questões podem comprometer a aprovação das mudanças nas regras de aposentadoria, que são consideradas cruciais para equacionar a crise econômica que o Brasil vive.

##RECOMENDA##

Tasso afirmou que nunca tivemos um momento tão propício para fazer a Reforma da Previdência. “Justiça seja feita ao (ex-presidente) Michel Temer, ele quebrou o tabu e abriu a discussão. Todo governo tinha muita dificuldade de entrar de frente nesse assunto. A primeira dificuldade vem do próprio governo, com bate-cabeças e bobagens ditas e feitas pelo presidente, assuntos secundários e polêmicos levantados desnecessariamente, trazendo para dentro do Congresso discussões e rejeições. Há uma falta de foco do governo”, afirmou.

Mesmo sendo contrário à adesão do PSDB ao governo, pela divergência com a visão conservadora dos costumes do grupo de Bolsonaro, Jereissati pretende ajudar a aprovar a reforma. O senador tem mostrado preocupação com o risco de fracasso da agenda econômica do país.

O líder do PSDB na Câmara, Ricardo Tripoli (SP), afirmou ao Broadcast Político, na noite desta segunda-feira (6), que o senador Tasso Jereissati (CE) "já é candidato" e "agora só precisa começar a campanha" para a presidência do partido. Inicialmente, a ideia dos aliados de Jereissati era oficializar a candidatura durante uma reunião com 24 deputados tucanos que defendem o desembarque do governo, amanhã, e o governador Marconi Perillo (GO), adversário de Jereissati na disputa. O plano mudou após Perillo exigir a presença de todos os integrantes da bancada no encontro, o que deve inviabilizá-lo.

De acordo com Tripoli, o intuito dos aliados de Jereissati será buscar um acordo em busca de uma candidatura única para o comando da sigla. O grupo vai tentar convencer Perillo a desistir da candidatura com o argumento de que o cearense já conta com 24 dos 46 votos da bancada do partido na Câmara dos Deputados. Já o time de Perillo fará o mesmo movimento, mas com a justificativa de que o senador tem de concorrer ao governo do Ceará para garantir palanque à candidatura de Geraldo Alckmin ao Planalto. Aliados de Jereissati afirmam que ele já descartou essa possibilidade.

##RECOMENDA##

Segundo a assessoria de imprensa de Perillo, ele tem agendada, nesta terça-feira (7) pela manhã, uma reunião na residência oficial do governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg. Depois, reservou o período da tarde para conversar com parlamentares e buscar apoio para sua campanha.

Na semana passada, Perillo esteve reunido com Jereissati para formalizar a sua candidatura. Na ocasião, o governador de Goiás surpreendeu ao declarar que "seria natural" o desembarque do governo no final deste ano, quando considera que os ministros tucanos devem deixar a gestão Temer para focar na eleição de 2018. O discurso de Perillo, no entanto, não teria convencido os chamados "cabeças pretas", que permanecem em defesa da candidatura de Jereissati.

Reunião Nesta segunda-feira, Perillo afirmou que a reunião deveria ter um formato melhor, pois acha complicado discutir uma decisão importante para os rumos do PSDB só com uma parte da bancada, excluindo os 20 deputados que votaram a favor de Michel Temer na denúncia da Procuradoria-Geral da República. À noite, ele se reuniu justamente com esta parte da bancada, que é contra a candidatura de Jereissati.

"Estou absolutamente desarmado para ajudar o partido. Não dificulto nada. Não fiz nenhum movimento. Estou jogando parado, conversando por telefone com algumas pessoas. Se conseguirmos um entendimento, melhor", afirmou Perillo antes do encontro.

Jereissati queria que os deputados favoráveis a ele formalizassem a sua candidatura amanhã para passar a imagem de que ele disputará devido à pressão dos parlamentares, e não por vontade própria, já que vinha negando reiteradamente a sua candidatura após assumir a presidência interina da legenda no lugar do senador Aécio Neves (MG). A presença de seus adversários, no entanto, poderia tumultuar a reunião

Segundo aliados de Jereissati, o artigo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, publicado no domingo (5) em que defende o rompimento com o governo do presidente Michel Temer, deu "força" para o discurso do senador cearense de que o partido precisa desembarcar até o final do ano e reconhecer erros cometidos por tucanos.

O vice-líder do governo na Câmara, Beto Mansur (PRB-SP), avaliou nesta sexta-feira, 7, que a declaração do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) de que o País "caminha para a ingovernabilidade" na gestão do presidente Michel Temer é um "absurdo". "Acho que a gente tem uma crise, e o Tasso fazendo um comentário desses como presidente interino do PSDB - com o partido fazendo parte do governo, com quatro ministérios - eu, particularmente, acho que é um desserviço à Nação. A opinião dele é a opinião dele, mas eu acho que é errado", argumentou.

Mansur disse também não ter certeza sobre se essa é a posição de toda a bancada e dirigentes tucanos, como Geraldo Alckmin, João Doria e Aécio Neves. Além da crítica à gestão peemedebista, em conversa na quinta-feira, 6, com jornalistas, o dirigente interino do PSDB fez também um aceno ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), dizendo que o democrata poderia garantir a travessia até as eleições 2018, caso a denúncia contra Temer seja acatada pelos deputados e ele seja afastado do cargo.

##RECOMENDA##

"Rodrigo Maia é um bom parlamentar, mas acho que a gente tem presidente da República e temos que respeitar a Constituição. Este é até o sentimento do Rodrigo", afirmou Mansur a jornalistas que estão em Hamburgo, para cobrir a reunião de cúpula do G-20 - grupo das maiores economias do globo. Mansur faz parte da comitiva brasileira do presidente Temer.

"Só acho que o Tasso, como presidente interino do partido, fazer um comentário desse participando do governo, é um absurdo", reiterou. Mansur disse também que não existe um planejamento para que Maia assuma o governo. "Isso pode ser um comentário aqui ou ali de quem está contra o governo do Michel, mas sinto que temos de respeitar a Constituição. Tem uma denúncia e ele (o presidente Temer) tem todo o direito de se defender."

Aliado do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, o prefeito João Doria passou a defender abertamente a antecipação da renovação de toda a Executiva do PSDB ainda neste ano e a realização de uma convenção partidária para eleger o substituto do senador Aécio Neves (MG) no comando nacional da sigla.

"Respeito o senador Aécio Neves, mas seria bom para o PSDB promover eleição para uma nova Executiva nacional para concluir esse mandato que se encerra em maio", disse Doria ao Estado. O mandato da atual direção da legenda terminaria em maio, mas foi prorrogado por mais um ano por Aécio por meio de uma resolução de 15 de dezembro de 2016.

##RECOMENDA##

Na ocasião, aliados de Alckmin se colocaram contra a medida. O governador também defende a interrupção da prorrogação e a antecipação da convenção nacional para o segundo semestre.

A avaliação no Palácio dos Bandeirantes é de que o PSDB não pode esperar até quase metade de 2018, ano de eleições, para definir sua nova cúpula e o candidato à Presidência. Isolado da máquina partidária na gestão de Aécio, Alckmin ganhou projeção desde que o senador Tasso Jereissati (CE) assumiu a legenda interinamente em maio, quando o tucano mineiro se licenciou após a divulgação da gravação em que pede R$ 2 milhões a Joesley Batista, da JBS.

A estratégia dos "alckmistas" agora é mudar a configuração da Executiva para ampliar a influência do governador e assegurar sua candidatura à Presidência. Na próxima reunião do colegiado, que deve ocorrer nesta semana, o secretário-geral do PSDB, deputado Silvio Torres (SP), dirá que a atual Executiva representa o resultado das eleições de 2014, sem levar em conta cenários posteriores, como as eleições de 2016 e a crise política. "Governadores e prefeitos precisam estar representados formalmente na Executiva", disse Torres. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Mesmo se o governo Michel Temer sobreviver às denuncias, o que está em jogo agora, dizem os dirigentes tucanos, é o futuro do partido e seu papel em 2018. A avaliação recorrente é de que o PSDB já perdeu o protagonismo do desembarque e ainda queimou a largada ao prospectar a eventual candidatura de Tasso Jereissati (CE) em caso de eleição indireta. Se desembarcar agora, o PSDB vai sozinho. Ou, como disse um cacique, "seríamos mais um PPS da vida", em alusão ao desembarque do partido do ex-ministro da Cultura Roberto Freire.

Com o mantra da "cautela" os quatro ministros do PSDB, a maioria dos senadores e governadores, liderados por Geraldo Alckmin, Fernando Henrique Cardoso, o senador afastado Aécio Neves (MG) e o presidente interino, Tasso Jereissati, defendem a permanência. Os grupos de Alckmin e de Aécio atuam nos bastidores para evitar a saída. A avaliação de aecistas é de que o rompimento com o governo Temer pode prejudicar o mineiro. O pensamento é de que, caso o PSDB desembarque, o PMDB atuará para que o tucano seja cassado.

##RECOMENDA##

"Não consta que as bases estão se manifestando. Na bancada da Câmara são 47 deputados federais. Esse grupo defende majoritariamente que o partido continue apoiando o governo e as reformas", minimizou o senador Paulo Bauer (SC), líder do PSDB no Senado. Apesar da negativa de Bauer, porta-voz da ala pró-Temer, as bases estão em ebulição. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), disse nesta quarta-feira, 24, ter ficado "assustado" ao saber que as Forças Armadas haviam sido acionadas para conter as manifestações contra o presidente Michel Temer, em Brasília. Os protestos foram marcados por atos de vandalismo e depredação de ministérios.

"É uma emergência que não pode se tornar rotina", afirmou Tasso. "Somos de uma geração que passou a adolescência em clima de exceção e depois viveu a euforia da redemocratização do País. Então, a presença do Exército nas ruas é sempre algo que assusta."

##RECOMENDA##

O senador estava em uma reunião da bancada do PSDB na Câmara, para avaliar a crise política, quando foi informado sobre o confronto entre manifestantes e a Polícia Militar. Temer editou, em seguida, um decreto autorizando as Forças Armadas a entrar em ação "para garantia da lei e da ordem" no Distrito Federal.

"Vivemos uma situação muito difícil. Temos destruição de prédios, incêndios, militares na Esplanada e não podemos ser responsáveis por agravar a falta de entendimento", argumentou Tasso, ao explicar por que o PSDB ainda continua no governo.

Sondado pela equipe do vice-presidente Michel Temer para ocupar o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) num eventual governo do peemedebista, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) afirmou nesta segunda-feira, 9, que não tem pretensão de compor o eventual governo Temer e que seu papel é continuar cumprindo suas funções no Senado Federal. "Não fui, não sou e nem serei candidato a ministro, meu papel é permanecer no Senado", disse Jereissati ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência EStado.

Ex-governador do Ceará em três gestões, formado em administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro e líder empresarial, o senador tucano é um dos nomes cotados para o eventual ministério de Temer em razão de sua experiência e bom trânsito junto ao empresariado e também às lideranças políticas e empresariais no Nordeste, região considerada essencial para o sucesso de qualquer governo.

##RECOMENDA##

A equipe que vem fazendo as costuras para a formação do eventual governo Temer pensou no nome do senador tucano justamente para mostrar ao setor que, caso o peemedebista assuma a Presidência da República, não pretende desidratar o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Este é um pleito do empresariado e de federações do setor, como a Fiesp.

Nas conversas para a composição do provável governo do peemedebista, chegou a se falar na transferências das atribuições do comércio exterior para o Itamaraty, que poderia vir a ser ocupado por outro tucano, o senador José Serra (SP). Entretanto, o pleito da indústria e de setores do empresariado é que o comércio exterior continue com o MDIC.

Mesmo com a negativa do senador, fontes ligadas ao PSDB informaram que o nome de Jereissati poderá agregar valor e credibilidade numa área essencial para a retomada do desenvolvimento do País. "Ele é muito respeitado no meio empresarial, é um empreendedor de sucesso, sério e muito competente no que faz, além disso, conhece muito bem os gargalos e potencialidades do Nordeste, por isso é alguém credenciado a compor uma equipe de notáveis, como já destacou o próprio vice-presidente", reitera a fonte.

No dia em que senador Aécio Neves (PSDB-MG) obteve publicamente o apoio unânime de todos os diretórios estaduais do partido para ser o candidato tucano à Presidência, o tucano recebeu outra boa notícia: conseguiu garantir um palanque competitivo no Ceará. Finalmente convenceu o ex-governador e empresário Tasso Jereissati a se candidatar ao Senado pela legenda.

Tasso foi três vezes governador do Ceará e uma vez senador da República, mas estava afastado da vida pública desde 2010, quando seus 1,7 milhões de votos foram insuficientes para reconduzi-lo ao parlamento. Desolado, na época jurou que sua vida política terminava ali e passou a se dedicar apenas à prosperidade de suas empresas.

##RECOMENDA##

Durante reunião da executiva nacional do PSDB na manhã desta terça-feira, 22, em Brasília, Jereissati não pareceu muito entusiasmado com a nova empreitada, mas diz que aceitou a missão como uma "obrigação": "Não que eu não esteja animado, mas eu ainda acredito que encontrar um nome novo (para disputar o Senado pelo PSDB) era bom para o País, para o partido, para a política", desabafou. "Mas eu sinto como uma obrigação, até por causa da vida que eu tive com meu partido e com meu Estado. E esse compromisso, mesmo que eu já esteja enveredando para um outro tipo de vida, de projeto pessoal, tem determinados momentos que a gente não pode fugir deles, a gente tem que saber enfrentar a realidade da vida", concluiu Jereissati.

A insistência de Aécio, que durou meses, tem motivo: precisava de um nome forte para garantir-lhe um palanque competitivo no Ceará, o terceiro maior colégio eleitoral do Nordeste, com cerca de 6 milhões de votos. A disputa pelo governo cearense está uma confusão e sem Jereissati o cenário seria trágico para Aécio. O atual governador, Cid Gomes, deve indicar um nome de seu partido, o Pros, para sua sucessão, mas exige o apoio da presidente Dilma Rousseff (PT), de quem é aliado. O senador Eunício Oliveira, do PMDB, também disputará o governo do Ceará e faz a mesma exigência à presidente, já que é igualmente integrante da base aliada nacional da petista.

A Aécio coube inventar a candidatura ao Senado para Jereissati, praticamente o único tucano ainda influente no Estado. A cabeça de chapa deve ser fechada com Roberto Pessoa, do PR, que é ex-prefeito de Maracanaú.

Argumento.

Um dos motivos decisivos para Jereissati quebrar a promessa e voltar à corrida eleitoral foi o fato de que não irá concorrer diretamente com Cid ou Ciro Gomes. A pessoas próximas, o empresário afirmou que não entraria na disputa se corresse alto risco de não ser eleito, pois não suportaria mais uma derrota em seu Estado.

O PSDB Ceará respondeu neste domingo, 10, ao desafio que o governador Cid Gomes (Pros) fez ao ex-governador do Estado, Tasso Jereissati (PSDB) pelo Facebook para saber quem fez mais pelo Ceará. A resposta do PSDB na integra é a seguinte:

"O PSDB tem exercido, desde o início de outubro, o direito de sua propaganda partidária assegurada pela Lei Nº 9096/95, em forma de inserções nas emissoras de Rádio e TV de todo o Estado.

##RECOMENDA##

Na condição de partido de oposição ao atual Governo, exerce o direito democrático de analisar as ações e projetos em implantação no Estado.

E de forma responsável e equilibrada, como é da tradição e de sua história, tem abordado problemas que afligem os cearenses, as crises na segurança e na saúde, o drama da seca e as promessas não cumpridas pelo Poder Público.

O partido, porém, foi surpreendido pela demonstração de intolerância do governador Cid Gomes, que em seu Facebook atacou uma das principais figuras da política brasileira, o ex-governador Tasso Jereissati, cujos governos estão registrados na história do Ceará pela dedicação e fidelidade aos interesses maiores do povo cearense.

Esse tipo de manifestação reflete, para nossa tristeza, um retorno ao passado recente. Passado este que o PSDB, mais do que qualquer outro partido, tanto lutou para combater. Tempo em que o sistema de poder autoritário não aceitava o contraditório, a crítica como um instrumento de participação da própria sociedade na condução das ações do setor público, voltadas para as reais necessidades e carências da população. Estas são as mais importantes ações que não estão sendo cumpridas pelo atual Governo.

Em respeito à verdade histórica e à própria sociedade que acompanhou todo o esforço e transparência do Projeto de Mudanças com os governos Tasso Jereissati, o PSDB reafirma o compromisso de continuar defendendo e lutando por um Ceará cada vez mais desenvolvido, transparente e respeitado pela opinião nacional."

Tasso governou o Estado de 1987-1990, 1991-1994 e 1999-2002. Cid governa desde 2007 até 2014. Tasso é pré-candidato a governador em

2014 para dar palanque à candidatura presidencial de Aécio Neves (PSDB). Cid quer lançar um candidato pelo Pros para dar palanque à tentativa de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).

 

#ET

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando