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A Taça Libertadores da América chega à última rodada da fase de grupos com alguns campeões do torneio ainda tentando habilitação para a próxima etapa. Entre eles estão o Boca Juniors (ARG) e o Grêmio-RS, além do confronto direto entre uruguaios e brasileiros no clássico Peñarol e Flamengo-RJ.

Grêmio-RS e Flamengo-RJ estão em uma situação um pouco mais incômoda. Após ter conseguido uma vitória na última rodada fora de casa, o tricolor gaúcho voltou a ter chances de passar para a próxima fase em segundo lugar no grupo H. Entretanto, tem obrigação de vencer seu adversário direto, a Universidad Católica (CHI), jogando em Porto Alegre nesta quarta-feira (8), às 19h15. No mesmo dia, às 21h30, o Flamengo-RJ joga em Montevideu, onde enfrenta o Peñarol (URU), no Estadio Campeón Del Siglo. Os cariocas se garantem com um empate no grupo D, mas os auri-negros prometem jogo duro em seus domínios.

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Jogando em casa na próxima quinta-feira (9), o Boca Juniors (ARG) enfrenta o Athetico-PR, às 21h30. Os paranaenses lideram o grupo G com nove pontos e os argentinos estão com oito. Um empate leva os dois clubes para a próxima fase e desclassifica o colombiano Tolima que, além de precisar vencer o Jorge Wilstermann (BOL) jogando na altitude de La Paz no mesmo dia e horário, torce para os brasileiros derrotarem o Boca no outro jogo do grupo.

Classificados antecipadamente, os outros representantes brasileiros também entram em campo para cumprir tabela e tentar uma pontuação melhor na classificação geral. Nesta terça-feira (7), às 21h30, o Internacional-RS joga contra o River Plate (ARG), em Buenos Aires. Na quarta-feira (8), às 19h15, em Belo Horizonte, o Cruzeiro-MG pega o Emelec (EQU) para tentar manter os 100% de aproveitamento. Também na quarta-feira, o Palmeiras-SP enfrenta o San Lorenzo (ARG), em casa, às 21h30. Um empate garante o alviverde na liderança de seu grupo e a derrota coloca os argentinos na ponta.

River Plate e Internacional vão entrar em campo nesta terça-feira (7), às 21h30, com poucas ambições na rodada final da fase de grupos da Copa Libertadores. Já classificados e sem chances de mudar de posição no Grupo A, os times devem até poupar titulares no Monumental de Núñez, em Buenos Aires, no jogo que vai marcar o reencontro do clube argentino com a sua torcida na competição.

Garantido nas oitavas de final com antecipação, o Inter soma 13 pontos na chave, contra nove dos argentinos, que são os atuais campeões. Palestino, com quatro, e Alianza Lima, com apenas um, se enfrentam na outra partida do grupo, valendo apenas uma vaga na segunda fase da Copa Sul-Americana.

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Preocupado com a sequência de jogos e o início irregular do Inter no Campeonato Brasileiro, o técnico Odair Hellmann vai aproveitar para poupar alguns titulares. A ausência dos meio-campistas Edenílson, Patrick e D'Alessandro é praticamente certa porque o trio está pendurado e o treinador não quer perdê-los para o jogo de ida das oitavas de final.

Em compensação, o treinador deve ter o reforço de Rodrigo Dourado, desfalque na derrota para o Palmeiras, no sábado, pelo Brasileirão. Recuperado de dores no joelho esquerdo, ele se juntou à delegação na Argentina e tem boas chances de começar entre os titulares nesta terça.

Mesmo sem grandes ambições em Buenos Aires, o Inter tentar recuperar na Libertadores o moral que perdeu neste início de Brasileirão. Em três rodadas disputadas, sofreu duas derrotas e obteve apenas uma vitória. Por ser um dos candidatos ao título, a torcida esperava mais do clube gaúcho. Ao mesmo tempo, o time quer garantir uma das melhores campanhas nesta fase de grupos para ter vantagem no mata-mata.

Do outro lado, o River vive situação semelhante. Mas tem uma motivação concreta para buscar a vitória: pela primeira vez nesta Libertadores vai jogar em seu estádio com o apoio da torcida, após cumprir a punição sofrida por conta do tumulto antes do segundo jogo da final da Libertadores passada, contra o Boca Juniors. A decisão precisou ser adiada, com a partida depois sendo realizada em Madri.

No reencontro com a torcida, Marcelo Gallardo também já avisou que pode preservar titulares. O técnico até levará jogadores da base para compor o elenco no banco de reservas, caso dos jovens meias Cristian Ferreira e Santiago Sosa e do atacante Julián Álvarez.

Com facilidade, o Palmeiras se classificou com uma rodada de antecedência para as oitavas de final da Copa Libertadores e ainda assumiu a liderança do seu grupo. Nesta quinta-feira, em Arequipa, marcou duas vezes em cada tempo, e goleou o Melgar por 4 a 0. Gustavo Scarpa, com dois gols, foi um dos destaques do triunfo, ao lado de Hyoran, que entrou na etapa final e deu duas assistências.

Sem jogar há duas semanas, o Palmeiras tratou de definir rapidamente o duelo com o Melgar. Aproveitou as falhas defensivas do Melgar para marcar duas vezes em 21 minutos, com Gómez, de cabeça, e Scarpa, em chute de fora da área. Também exibiu segurança defensiva, praticamente não cometendo erros, e organização para construir jogadas no ataque no primeiro tempo, desperdiçando outras chances em jogadas aéreas que contavam com falhas em sequência dos peruanos.

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Na etapa final, o Palmeiras não manteve o mesmo ritmo, sem exibir intensidade na marcação e parecendo em alguns momentos desligado do jogo, mas ainda assim marcou pela terceira vez, novamente com Scarpa, que também participou do quarto gol em um lindo contra-ataque, concluído por Moisés, após passe de Hyoran. O Melgar ainda teve um jogador expulso e o time paulista perdeu várias chances no fim de construir uma goleada ainda maior, mesmo sem forçar o ritmo, diante da sua indiscutível superioridade.

Favorecido pela derrota do San Lorenzo por 1 a 0 para o Junior Barranquilla, também nesta quinta, o Palmeiras agora lidera o Grupo F da Libertadores com 12 pontos, dois a mais do que o clube argentino. E com ambos agora garantidos na próxima fase, vão duelar em 8 de maio, no Allianz Parque, pela liderança da chave, sendo que o empate basta ao time paulista. Antes, no domingo, o Palmeiras vai estrear no Campeonato Brasileiro, contra o Fortaleza, no seu estádio.

O JOGO - O primeiro lance do jogo parecia indicar que o Palmeiras poderia ter problemas no Peru, afinal, Christian Ramos, após cobrança de falta, cabeceou forte, forçando Weverton a realizar uma defesa difícil. Mas ficou nisso, com o restante do duelo sendo completamente dominado pelo time paulista.

Afinal, logo aos nove minutos, o Palmeiras abriu o placar em uma jogada aérea, lance em que o Palmeiras prevaleceria diversas vezes na primeira etapa. Nessa oportunidade, após cobrança de escanteio, Scarpa cruzou para Gustavo Gómez, apenas observado pelos marcadores do Melgar, cabecear para as redes.

O jogo ficou confortável para o Palmeiras, que jogava tranquilo, sem cometer erros, criava chances - Deyverson perdeu uma ótima oportunidade após cruzamento -, muitas vezes aproveitando os erros defensivos do Melgar. E foi assim que marcou pela segunda vez, aos 21 minutos, quando a defesa cortou errado um cruzamento de Dudu, deixando a bola nos pés de Scarpa, que bateu forte, de fora da área, para fazer 2 a 0.

E poderia ter feito mais, pois o time se mantinha no campo de ataque, enquanto o Melgar oferecia pouca resistência e falhava seguidamente em jogadas aéreas. Em um delas, Felipe Melo só não marcou porque Cuesta salvou em cima da linha um cabeceio do volante.

Na etapa final, o Palmeiras não manteve o mesmo ritmo. Passou a dar mais espaços para o Melgar, ainda que o time peruano não tenha os aproveitado para assustar Weverton. Além disso, pouco encaixou contra-ataques nos 15 minutos iniciais, deixando a partida sem emoções.

Ainda assim, bastou acelerar o ritmo para marcar pela terceira vez. Foi aos 21, quando Hyoran encontrou Scarpa na grande área. Ele dominou e bateu no canto direito, sem chance de defesa de Cáceda.

Já na parte fim do jogo, aos 35 minutos, o Palmeiras ainda encaixou um contra-ataque perfeito para garantir a goleada. No lance, Lucas Lima avançou em velocidade, inverteu a bola para Scarpa, que acionou Hyoran. Ele achou Moisés, que, dentro da área, apenas completou para o gol.

Depois, restou ao Palmeiras recuar ao campo de defesa e tocar a bola sem pressa. Mesmo assim, aos 44, Moisés ainda perdeu chance incrível de fazer o quinto gol. O Melgar ainda teve Neyra expulso nos acréscimos por falta dura em Lucas Lima. E Luan acertou o travessão nos últimos instantes.

Assim, com muita facilidade, o time garantiu a vaga nas oitavas de final da Libertadores. E ainda ficando em situação confortável para assegurar a liderança do seu grupo na rodada final.

FICHA TÉCNICA:

MELGAR 0 x 4 PALMEIRAS

MELGAR - Cáceda; Neyra, Christian Ramos, Fuentes e Mifflin; Arias, Diez (Hinostroza), Vidales (Arakaki) e Alexi Gómez (Iberico); Joel Sánchez e Cuesta. Técnico: Jorge Pautasso.

PALMEIRAS - Weverton; Mayke, Luan, Gustavo Gómez e Victor Luis; Felipe Melo, Bruno Henrique (Moisés) e Zé Rafael (Hyoran); Gustavo Scarpa, Dudu (Lucas Lima) e Deyverson. Técnico: Felipão.

GOLS - Gómez, aos oito, Scarpa, aos 21 minutos do primeiro tempo; Scarpa, aos 21 e Moisés, aos 35 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Carlos Orbe (Fifa/Equador).

CARTÕES AMARELOS - Cuesta, Zé Rafael, Ramos, Fuentes e Deyverson.

CARTÃO VERMELHO - Neyra.

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Estádio Monumental de la Unsa, em Arequipa (Peru).

Depois de duas semanas sem jogar e com tempo livre para treinar, o Palmeiras tenta nesta quinta-feira, em Arequipa, no Peru, mostrar evolução técnica e conseguir classificação antecipada para as oitavas de final da Copa Libertadores. A equipe enfrenta o Melgar, a partir das 23 horas (de Brasília), com a necessidade de um empate para garantir vaga na próxima fase.

A presença nas oitavas de final seria um prêmio para o clube. Há duas semanas, quando entrou em campo pela última vez e venceu o Junior Barranquilla, no Allianz Parque, o Palmeiras teve o ônibus atingido por pedras na chegada ao seu estádio. A raiva de alguns torcedores na ocasião, motivada principalmente pela eliminação na semifinal do Campeonato Paulista, surpreendeu o elenco.

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Desde aquele episódio, a equipe se concentrou em treinos fechados na Academia de Futebol, teve rotina discreta e trabalhou para conseguir arrumar falhas. O time, contudo, considera que o período não terá sido importante caso os resultados não venham. "Se vencermos, será mil maravilhas. Se não vencermos, para que serviram então duas semanas de treino? Trabalhamos bastante e estamos bem preparados", comentou o volante Felipe Melo.

O jogo na altitude de 2,3 mil metros é uma decisão para as duas equipes. A duas rodadas do fim da fase de grupos, o Melgar precisa vencer os confrontos restantes e ainda torcer por derrotas do Palmeiras para avançar. Já o atual campeão brasileiro está em situação mais favorável e garante vaga apenas com empate.

"O Melgar é um time que jogará todas as fichas nesta partida. A única oportunidade de a equipe se classificar passa por ganhar. A gente sabe que será muito difícil e importante. Vamos encarar como uma final", disse Felipe Melo. Em 8 de maio, o Palmeiras encerra a etapa de grupos diante do San Lorenzo, da Argentina, no Allianz.

A delegação comandada pelo técnico Luiz Felipe Scolari viajou ao Peru sem Ricardo Goulart. O atacante, mais uma vez, permaneceu em São Paulo, na Academia de Futebol, para aprimorar seu condicionamento físico, que ficou debilitado devido à grave lesão no joelho direito. Os meias Zé Rafael e Moisés brigam pela vaga do colega. Os dois foram os substitutos acionados por Felipão nas últimas ocasiões.

O jogo no Peru marca o início de uma nova maratona para o clube. A partir desta quinta, o Palmeiras terá 13 partidas em menos de 50 dias, até o calendário ter uma parada para a realização da Copa América. A série vai incluir dois jogos pela Libertadores, dois confrontos pelas oitavas de final da Copa do Brasil e mais nove compromissos pelo Campeonato Brasileiro, que começa no fim de semana.

TRANSMISSÃO - A partida no Peru apresenta uma novidade para o torcedor palmeirense. Pela primeira vez o clube terá um jogo oficial transmitido apenas pelo Facebook, novidade na edição da Libertadores deste ano. A página oficial da Confederação Sul-Americana será o endereço virtual para o duelo. Este ano, outros times brasileiros tiveram jogos exibidos nesta plataforma, casos de Cruzeiro e Flamengo.

O Grêmio renasceu na Copa Libertadores e, depois de duas vitórias seguidas - contra Rosario Central e Libertad -, precisa de só mais uma para avançar às oitavas de final. Esse jogo decisivo será contra a Universidad Católica, do Chile, pela sexta rodada do Grupo H, no dia 8 de maio, em Porto Alegre, e o técnico Renato Gaúcho exigiu a presença maciça da torcida na Arena Grêmio.

"Acima de tudo existe a confiança no meu grupo. Alguns dias atrás o presidente Romildo (Bolzan Junior) e eu falamos que iríamos classificar. Nós não estamos classificados ainda. O Grêmio vai depender da última rodada para conseguir a classificação. Espero a presença de 50 mil torcedores na Arena", pediu o treinador após o triunfo sobre o Libertad por 2 a 0, na terça-feira, em Assunção.

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Renato Gaúcho mais uma vez exaltou a força de seu grupo de jogadores, que reverteram uma situação complicada na Libertadores - havia somado apenas um ponto nas três primeiras rodadas. "O meu grupo é maravilhoso. Sempre que o Grêmio precisa responder, vai lá e dá conta do recado. Não é por nada que esse grupo em 30 meses conquistou seis títulos. Não jogamos bem dois jogos na Libertadores e pagamos pelos nossos erros. Hoje (terça-feira) fomos uma equipe vibrante, tivemos posse de bola e acabamos sendo valentes. Uma vitória com 'V' maiúsculo", comentou.

Para a partida contra a Universidad Católica, o Grêmio não terá o meia Matheus Henrique, que recebeu o terceiro cartão amarelo contra o Libertad.

Mas a preocupação do time gaúcho agora é a estreia no Campeonato Brasileiro. Neste domingo, às 11 horas, o primeiro jogo será contra o Santos, em Porto Alegre. Até encarar os chilenos, o Grêmio fará outras duas partidas no torneio nacional: contra o Avaí, em Florianópolis, no dia 1.º de maio, e contra o Fluminense, em casa, no dia 5.

O atacante Paolo Guerrero não disfarçou a alegria por estar em Lima, no Peru, para o jogo entre Internacional e Alianza Lima, nesta quarta-feira, ás 21h30, pela quinta rodada da fase de grupos da Copa Libertadores.

"Significa muito estar aqui com um time brasileiro enfrentando meu time mais querido. Comecei no Alianza, joguei toda a infância aqui. É um momento especial, lindo. Não acredito ainda na minha cabeça ter esta oportunidade. Defendo as cores do Inter, mas não deixo de pensar. Será especial", afirmou o peruano, em entrevista coletiva, nesta terça-feira, para cerca de 50 jornalistas.

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Recepcionado por uma multidão no aeroporto de Lima, Guerrero retribuiu o carinho dos torcedores, mas ressaltou sua responsabilidade ao vestir a camisa do Inter em uma competição tão importante. E adiantou que não vai comemorar se marcar um gol.

"Quando vejo esse apoio, me faz lembrar que tem muita gente que quer ver a seleção ganhar. Quando tenho a oportunidade, essas lembranças, entro em campo pensando nisso, em dar alegria a essas pessoas como faço pelo Inter - disse - Não vou comemorar. Claro, é difícil. Defendo o Inter, tenho responsabilidade que a gente precisa dos três pontos. Sempre digo que jogar pelo Alianza é um sonho."

Com Guerrero no comando do ataque, o Inter precisa de um vitória diante do Alianza, lanterna do Grupo A, para garantir a primeira posição da chave com uma rodada de antecedência, pois soma dez pontos, contra seis do River Plate. Na última rodada, em 7 de maio, o time gaúcho enfrenta o rival argentino, em Buenos Aires.

Quem vai atuar no setor ofensivo ao lado de Guerrero é Sarrafiore, que fará sua estreia na competição sul-americana. O argentino, de 21 anos, vai substituir William Pottker e atuará abeto pela direita. Recuperado de lesão, Rodrigo Dourado está garantido no meio-de-campo.

O time provável do Inter para atuar na capital peruana deverá ter: Marcelo Lomba; Zeca, Rodrigo Moledo, Victor Cuesta e Iago; Rodrigo Dourado, Edenílson, Patrick, Sarrafiore e Nico López; Guerrero.

Vice-campeão estadual no fim de semana, o Atlético Mineiro voltou a decepcionar o seu torcedor. Nesta terça-feira, no Mineirão, perdeu por 1 a 0 para o Nacional do Uruguai, selando a sua eliminação na fase de grupos da Copa Libertadores com uma rodada de antecedência.

O triunfo também classificou o Nacional para as oitavas de final da Libertadores, pois o clube uruguaio chegou aos mesmos 12 pontos do Cerro Porteño no Grupo E, sendo que o time paraguaio ainda vai atuar na quinta rodada da chave, na Venezuela, contra o Zamora, na quinta-feira.

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O resultado desse compromisso pode ser importante para uma "consolação" ao Atlético-MG, a obtenção de uma vaga na Copa Sul-Americana, para a qual o terceiro colocado da chave se classifica - o time mineiro ocupa essa posição, com três pontos, enquanto os venezuelanos ainda não pontuaram. E as equipes vão se enfrentar em 7 de maio, na rodada final do Grupo E, com mando do Zamora.

A derrota desta terça-feira foi a segunda do Atlético-MG como mandante na Libertadores e repetiu o roteiro de sua estreia na fase de grupos, quando também caiu no Mineirão e com um gol sofrido no segundo tempo, para o Cerro Porteño. E o cenário agora foi o mesmo, numa partida em que criou pouco, falhou nas chances que teve e ainda deu espaços para o Nacional deixar Belo Horizonte com mais três pontos.

O Atlético-MG voltará a jogar no sábado, quando vai receber o Avaí, no Independência, pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro. E a expectativa no clube está para a definição do seu novo treinador, pois Levir Culpi foi demitido em 11 de abril, um dia após a derrota por 4 a 1 para o Cerro Porteño, e o time vem sendo dirigido interinamente por Rodrigo Santana, até então técnico dos juniores. E após a recusa de Tiago Nunes, do Atlético-PR, Rogério Ceni, hoje no Fortaleza, é visto como o nome favorito da diretoria.

O JOGO - O Atlético-MG buscou adotar postura ofensiva nos minutos iniciais da partida, pressionando a saída de jogo do Nacional. E assim teve êxito em alguns momentos para tomar a posse de bola, mas ainda assim criava poucas chances de gol. E quando a principal oportunidade do primeiro tempo surgiu, o seu artilheiro falhou.

Aos 22 minutos, Rafael García não conseguiu dominar a bola na intermediária, a deixando livre para Ricardo Oliveira. Ele tabelou com Elias, recebeu livre na grande área, mas bateu em cima de Luis Mejía. Chará ainda tentou marcar no rebote, mas Zunino salvou em cima da linha.

No restante da etapa inicial, o Atlético-MG buscou ser intenso nas jogadas pelas pontas, a maior parte delas envolvendo Guga e Chará. Mas pouco criava porque faltava organização para a sua correria, algo que Luan e Elias não conseguiam impor ao time, embora tivessem essa tarefa.

Assim, o primeiro tempo se encerrou sem gols. E o cenário de dificuldade para o Atlético se intensificou na etapa final, pois o time voltou em ritmo mais lento, facilitando a marcação do Nacional, que só precisava do empata para se classificar antecipadamente na Libertadores.

O interino Rodrigo Santana, então, começou a fazer alterações, com as entradas de Vinicius e Terans no setor ofensivo atleticano - ainda sacaria Ricardo Oliveira para apostar em Alerrandro. O time, porém, seguiu sem saber como encontrar espaços na defesa do Nacional, embora tivesse o controle da posse de bola. E ainda passou a exibir nervosismo, tentando apressar as jogadas e errando passes.

Nos minutos finais, o Atlético-MG se lançou ao ataque com todos seus jogadores. E teve o seu destino selado aos 42 minutos. Zunino deu lindo lançamento para Carballo, que havia sido acionado pelo técnico Álvaro Gutiérrez durante a etapa final, entrou livre na área, dominou a bola no peito e tocou por cima de Victor, selando o triunfo do Nacional e a eliminação da equipe mineira, criticada pela torcida sob os gritos de "time sem vergonha".

FICHA TÉCNICA:

ATLÉTICO-MG 0 X 1 NACIONAL-URU

ATLÉTICO-MG - Victor; Guga, Leonardo Silva, Iago Maidana e Fábio Santos; José Adilson (Terans), Elias e Luan; Chará, Ricardo Oliveira (Alerrandro) e Maicon Bolt (Vinicius). Técnico: Rodrigo Santana.

NACIONAL-URU - Luis Mejía; Zunino, Guzman Corujo, Felipe Carvalho e Matías Viña; Rafael García (Cardacio), Gabriel Neves, Santiago Rodríguez, Lorenzetti (Rivero) e Sebastián Fernández; Santiago Rodríguez e Gonzalo Bergessio (Carballo). Técnico: Álvaro Gutiérrez.

ÁRBITRO - Fernando Rapallini (Fifa/Argentina).

GOL - Carballo, aos 42 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Victor, Leonardo Silva e Elias (Atlético-MG); Zunino, Cardacio e Rivero (Nacional-URU).

RENDA e PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Mineirão, em Belo Horizonte (MG).

Classificado com duas rodadas de antecedência às oitavas de final da Copa Libertadores e embalado pela conquista do título mineiro, o Cruzeiro manteve o ótimo momento que vive ao vencer o Deportivo Lara por 2 a 0, nesta terça-feira, em Cabudare, na Venezuela, na abertura da penúltima rodada do Grupo B da competição continental.

O time cruzeirense se manteve com 100% de aproveitamento, agora com cinco triunfos em cinco jogos, e assegurou a liderança da sua chave, com 15 pontos, antes de fechar a sua participação nesta fase do torneio no dia 8 de maio, contra o Emelec, do Equador, às 19h15, no Mineirão. No mesmo dia e horário, o Lara terá pela frente o Huracán, na Argentina.

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Na partida que encerra a penúltima rodada deste Grupo B nesta terça, Huracán e Emelec medem forças em solo argentino a partir das 19h15 (de Brasília). Antes deste duelo, o time venezuelano ocupa a vice-liderança, com cinco pontos, mas corre o risco de ser ultrapassado pela equipe equatoriana, terceira colocada, com três. O clube de Buenos Aires é o lanterna, com apenas um ponto.

O duelo desta terça em Cabudare foi realizado no estádio Metropolitano de Lara com seus portões fechados, pois os donos da casa precisaram cumprir o terceiro e último jogo de punição como mandante imposta pela Conmebol, provocada por incidentes protagonizados por alguns integrantes da torcida do time venezuelano no local em um jogo contra o Corinthians, em junho do ano passado, pela Libertadores. Naquela ocasião, torcedores atiraram objetos em campo e uma garrafa em direção ao árbitro daquele duelo, mas a mesma acabou acertando o goleiro da própria equipe da casa.

Em meio a este cenário de nenhuma pressão na Venezuela em um estádio vazio, com capacidade para receber mais de 40 mil pessoas, o Cruzeiro tratou de ir ao ataque desde o início e aos 6 minutos levou maior perigo ao adversário pela primeira vez, com Léo completando de cabeça um escanteio cobrado por Marquinhos Gabriel.

Com muito espaço para jogar diante de um adversário que o marcava de longe, mais cercando do que pressionando os cruzeirenses, a equipe mineira reclamou da não marcação de um pênalti aos 15 minutos. Após ser lançado por Rafinha, Orejuela estava invadindo a área com a bola e pareceu ser tocado por Di Renzo, mas o árbitro boliviano Gery Vargas concluiu que o lateral se jogou e não assinalou a falta.

Mas o Cruzeiro continuou com liberdade para criar as suas jogadas e obrigou o goleiro Salazar a trabalhar com boa defesa em forte chute de fora da área de Lucas Silva, aos 22 minutos. Aos 30, porém, não teve perdão. Em rápida troca de passes, Thiago Neves, escalado como titular pela primeira vez após mais de um mês, acionou Fred. O atacante recebeu na entrada da área de costas para a zaga, girou e acertou belo chute no ângulo esquerdo de Salazar. A bola ainda bateu no travessão antes de entrar no gol.

O lance serviu para evidenciar a grande fase vivida por Fred, que agora acumula 16 gols em 17 jogos neste ano. Artilheiro do último Mineiro, com 12 bolas na rede, ele também acumula outros quatro na Libertadores e se tornou o goleador maior da equipe celeste nesta edição da competição.

Na etapa final do duelo, o Cruzeiro diminuiu um pouco o seu ritmo e o técnico Mano Menezes resolveu dar maior fôlego ao meio-campo ao tirar Thiago Neves, ainda fora do ritmo ideal, e colocar o volante Jadson. Mesmo com a opção defensiva do treinador, o time mineiro continuou absoluto em campo e quase ampliou aos 20 minutos, em forte finalização de Marquinhos Gabriel que Salazar espalmou para fora. Pouco depois, Mano optou por dar descanso a Fred e colocou Sassá no ataque.

Aos 31 minutos, Marquinhos Gabriel foi lançado por Lucas Silva e tocou para Jadson, que acabou sendo derrubado por Miers quando tentou o arremate para o gol. O juiz desta vez marcou pênalti. E aos 32, Sassá foi para a bola e protagonizou uma lenta paradinha na cobrança, mas acertou o canto direito baixo de Salazar, que caiu para o outro lado, para garantir o 2 a 0.

Com o jogo fácil para o Cruzeiro, Mano ainda trocou o meia Rafinha pelo atacante David, mas o time mineiro não conseguiu ampliar ainda mais a sua vantagem. Mas a equipe nem precisava de mais gols e agora já começa a focar a sua estreia no Campeonato Brasileiro, no sábado, contra o Flamengo, às 21 horas, no Maracanã.

FICHA TÉCNICA

DEPORTIVO LARA 0 X 2 CRUZEIRO

DEPORTIVO LARA - Salazar; Jefre Vargas, Di Giorgi, Miers e Aponte; Yriarte (Otero), Manzano e Centeno; Di Renzo (Figueroa), Frutos (Freddy Vargas) e Moreno. Técnico: Leonardo González.

CRUZEIRO - Fábio; Orejuela, Dedé, Leo e Egídio; Henrique e Lucas Silva; Rafinha (David), Thiago Neves (Jadson) e Marquinhos Gabriel; Fred (Sassá). Técnico: Mano Menezes.

GOLS - Fred, aos 30 minutos do primeiro tempo, e Sassá, aos 32 do segundo.

ÁRBITRO - Gery Vargas (Fifa/Bolívia).

CARTÕES AMARELOS - Não houve.

PÚBLICO E RENDA - Jogo realizado com portões fechados.

LOCAL - Estádio Metropolitano de Lara, em Cabudare (Venezuela).

Com alguns dos representantes brasileiros, como o Internacional-RS e Cruzeiro-MG já classificados, e com Palmeiras, Flamengo-RJ e Athletico-PR bem próximos da próxima fase, a quinta rodada da Libertadores da América promete ser de tensão para torcedores de Grêmio-RS e Atlético-MG.

Enquanto os rivais colorados e cruzeirenses dormem tranquilos, tricolores gaúchos e alvinegros mineiros jogam na noite desta terça-feira (23). Além de precisar torcer pelo melhor desempenho de seus times em campo, eles devem passar o resto da semana fazendo contas.

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Pelo Grupo H, o Grêmio-RS vai ao Paraguai e enfrenta o Libertad (PAR), líder da chave com 12 pontos, no Estadio Defensores Del Chaco, às 19h15*. O tricolor gaúcho, que tem apenas quatro pontos conquistados em quatro jogos, e precisa vencer os paraguaios além de torcer por um torpeço da Universidad Católica (CHI), vice-líder com seis pontos, que joga amanhã, em Rosario, no Estadio Gigante de Arroyito, contra o Rosario Central (ARG). Se a combinação de resultados for a esperada pelo tricolor gaúcho, o time comandado por Renato Portaluppi vai tentar a classificação dentro de casa, em jogo decisivo contra o Universidad Católica (CHI), marcado para 8 de maio.

O atacante Luan está relacionado e pode ajudar o Grêmio a se recuperar na Libertadores | Foto: Agência Andes / César Munhoz

Também nesta terça-feira (23), às 21h30, no Mineirão, o Atlético-MG recebe o segundo colocado de seu grupo, o Nacional (URU). Os uruguaios, que somam nove pontos e estão a três pontos do líder Cerro Porteño (PAR), dependem de um empate para eliminar o galo mineiro e se garantir para próxima fase. O time brasileiro tem apenas três pontos na tabela, é o terceiro colocado e, para se classificar precisa, além de vencer a partida desta terça, derrotar o Zamora (VEN) fora de casa e torcer para que o Cerro Porteño não perca para o Nacional (URU) jogando em Montevidéu na última rodada, marcada para 7 de maio.

Luan, do Atlético-MG, também tenta tirar o Galo da situação incômoda | Foto: Divulgação/Renato Gizzi

Apesar de estarem na liderança de seus respectivos grupos, Flamengo-RJ e Athletico-PR têm missões complicadas. Na quarta-feira (24), fora de casa, o Mengão enfrenta a altitude de 2.850 metros e a LDU de Quito, no Equador, às 21h30. Apesar da dificuldade em jogar muito acima do nível do mar, o rubro-negro garante, com um empate, a classificação à próxima fase somando 10 pontos na tabela.

No outro jogo do Grupo D, também nesta quarta-feira, o vice-líder Peñarol (URU) que tem a mesma pontuação do Fla, vai até a cidade de Oruro, na Bolívia, pegar o San José que tem apenas um ponto ganho. Também em território boliviano, amanhã às 19h15, o Athletico-PR, líder do Grupo G com nove pontos ganhos, encara o Jorge Wilstermann, último colocado da chave com apenas dois pontos. O empate isola ainda mais o Furacão liderança da chave com 10 pontos e obriga o vice-líder Boca Juniors (ARG) a vencer o Tolima (COL) em jogo que também acontece amanhã, às 21h30, em Ibagué, na Colômbia, para que se classifique ainda na penúltima rodada da competição internacional.

Dos clubes brasileiros ainda não classificados para a próxima fase, a situação menos complicada é a do Palmeiras que, mesmo atuando fora de casa contra o Melgar (PER) quinta-feira (25), às 23h, garante a classificação com um empate.

Mesmo que não pontue nesta rodada, o alviverde só depende dele para garantir a vaga na fase eliminatória jogando em casa contra o San Lorenzo (ARG) na última rodada. Jogando na quinta-feira (25), às 21h, fora de casa, o time argentino que lidera o Grupo F com 10 pontos, também se habilita à outra fase da Libertadores com um empate frente ao Junior Barranquilla (COL), último colocado do grupo que ainda não somou nem um ponto em quatro jogos.

Os brasileiros classificados estão em uma situação cômoda e absolutamente tranquila. Amanhã (24), às 21h30, o Internacional-RS pega o Allianza Lima (PER), também fora de casa, para manter a liderança do Grupo A da Libertadores da América.

*todos os jogos serão no horário de Brasília.

 

Seguidos atrasos na volta do intervalo das partidas contra San José e Peñarol custaram caro ao Flamengo na Copa Libertadores. A Conmebol anunciou nesta terça-feira uma punição ao clube carioca por demorar além do tempo no retorno ao campo na derrota para o Peñarol, no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, no último dia 3, e, conforme previsto em regulamento, o técnico Abel Braga está suspenso do jogo contra a LDU, nesta quarta, em Quito, no Equador.

O Flamengo já tinha sido advertido por atraso na partida contra o San José, em Oruro, na estreia pela competição continental, e não escapou da punição na reincidência. De acordo com a Conmebol, os clubes têm 15 minutos "de apito a apito" no período de intervalo. O clube carioca estuda como recorrer, mas a medida é incontestável, já que é prevista no regulamento da competição como responsabilidade do treinador.

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O clube já foi informado da punição e, assim, a tendência é que o auxiliar Leomir comande a equipe contra a LDU, nesta quarta-feira, às 21h30 (de Brasília), no estádio Rodrigo Paz Delgado, conhecido como Casa Blanca, em Quito, pela quinta rodada do Grupo D.

Se Abel Braga está fora, o atacante Gabriel tem presença confirmada na partida. O jogador teve confirmada apenas a suspensão automática pela expulsão contra o Peñarol - cumprida contra o San José. Mas recebeu uma multa de US$ 1.500,00 (cerca de R$ 6 mil), que será debitada dos direitos de televisão do Flamengo.

A delegação rubro-negra chegou a Quito na noite de segunda-feira e treina nesta terça no estádio Atahualpa, em Quito. Abel Braga terá força máxima contra a LDU.

Levir Culpi não é mais o técnico do Atlético-MG. Ele não resistiu à derrota por goleada por 4 a 1 para o Cerro Porteño, em Assunção, no Paraguai, na quarta-feira - a terceira em quatro partidas pela Copa Libertadores -, e foi demitido pela diretoria após uma reunião no final da manhã desta quinta, na sede social do clube que fica no bairro de Lourdes, em Belo Horizonte. Chamado pelo presidente Sérgio Sette Câmara, o treinador foi comunicado de seu desligamento.

"Você esperava alguma coisa diferente? Fui chamado pelo presidente e a partir de hoje (quinta-feira) não sou mais o técnico do Atlético-MG. Foi um comunicado oficial. Saio com o sentimento ruim, de derrota", disse Levir Culpi, em entrevista ao SporTV, na saída da reunião com a diretoria atleticana.

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A derrota no Paraguai encerrou a quinta passagem do técnico pelo clube de Belo Horizonte. Ele foi contratado em outubro do ano passado para o lugar de Thiago Larghi, ainda durante o Campeonato Brasileiro, e classificou o Atlético-MG à Libertadores com a sexta colocação. Foram 31 jogos no comando com 18 vitórias, cinco empates e oito derrotas.

Nesta temporada, com Levir Culpi no comando técnico, foram 22 partidas, entre Campeonato Mineiro e Libertadores, com 14 vitórias, quatro empates e quatro derrotas, sendo três delas pela competição continental, que praticamente eliminaram a equipe na fase de grupos. Para avançar, precisa vencer as duas partidas que restam - Nacional, do Uruguai, e Zamora, da Venezuela -, torcer para que os uruguaios percam para o Cerro Porteño em casa e ainda tirar uma diferença no saldo, que atualmente é de seis gols.

A demissão de Levir Culpi acontece às vésperas do primeiro clássico diante do Cruzeiro, pela final do Campeonato Mineiro, neste domingo, no estádio do Mineirão. No final da madrugada desta quinta-feira, o clima já não era muito bom para o técnico porque ele e jogadores - exceção ao atacante Luan - foram alvos de protesto de um grupo de 15 torcedores no desembarque da equipe no Aeroporto Internacional de Confins.

Pouco antes do anúncio da saída de Levir Culpi, o clube anunciou a contratação de Rui Costa para o cargo de diretor de futebol, substituindo a Marques, que passou a ser gerente de futebol. Ele, que já trabalhou no Grêmio, na Chapecoense e no Athletico-PR, será apresentado oficialmente nesta sexta-feira.

Pela programação passada pela assessoria de imprensa do Atlético-MG, os jogadores foram liberados para um dia de descanso nesta quinta-feira. O time volta a treinar na tarde desta sexta para iniciar a preparação para o primeiro jogo da decisão do Campeonato Mineiro.

Por ter feito melhor campanha na fase de classificação, o Atlético-MG tem a vantagem do mando de campo na segunda partida, além de jogar por dois empates ou vitória e derrota pelo mesmo saldo de gols para ficar com o título do Estadual.

O técnico do Palmeiras, Luiz Felipe Scolari, disse nesta quarta-feira (10) que o time não sentiu medo por ter o ônibus atacado com pedras e garrafadas na chegada ao Allianz Parque, onde venceu, por 3 a 0, o Junior Barranquilla, pela Copa Libertadores. O treinador afirmou que o elenco tratou o episódio com naturalidade e disse que os autores da ação são bandidos e não torcedores reais do clube.

"Eu não tenho medo de bandido. Ninguém tem. Temos respeito pelo nosso torcedor, pelo nosso clube. Ninguém estava assustado. Tanto é que os jogadores enfrentaram isso com naturalidade. Não vamos dar visibilidade a quem não merece", afirmou o treinador.

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O clube descobriu que para a saída do elenco estava organizado um outro ataque, mas a polícia foi avisada e reforçou a segurança. A maioria dos jogadores deixou o estádio em carros particulares, para chamar menos a atenção. Felipão afirmou que quem jogou pedra no ônibus não é torcedor "de verdade".

"Eu tenho de agradecer à verdadeira torcida do Palmeiras. Eu e meus jogadores devemos bater palmas a eles. O restante eu não tenho que comentar", comentou o treinador. O time bateu a equipe colombiana com gols de Deyverson, Dudu e Hyoran.

Segundo Felipão, o incidente não merece repercussão. "Não vamos dar visibilidade a quem não merece. É por isso que eles fazem", disse. A polícia prendeu dois torcedores que atiraram pedras no veículo. O ônibus ficou danificado em uma das janelas e na lataria, mas nenhum jogador ou membro da comissão técnica se feriu no ataque.

"Fizemos um jogo equilibrado e estudado, pela forma como a equipe adversária joga. Nosso time se dedicou. Infelizmente o Brasil está em pé de guerra por todos os lados", disse Felipão.

Após a vitória, o Palmeiras só volta a campo daqui 15 dias, quando enfrenta o Melgar, no Peru, pela Copa Libertadores.

O Palmeiras chegou ao estádio apedrejado e deixou o campo aplaudido nesta quarta-feira. A equipe conseguiu a reviravolta ao bater o Junior Barranquilla por 3 a 0, pela Copa Libertadores, no Allianz Parque, e obter, assim, múltiplas vitórias. O resultado positivo reabilita a equipe na competição depois da derrota na rodada anterior, acalma a insatisfação dos torcedores e ajuda na recuperação após a eliminação diante do São Paulo.

Depois de três jogos sem marcar gol e da queda na semifinal Campeonato Paulista, o Palmeiras precisou enfrentar o time colombiano e a ira da própria torcida. O ônibus do time foi alvo de pedras e garrafas na chegada à arena. Enquanto se aquecia, o time promoveu uma divisão entre o público. Enquanto as organizadas chamavam o elenco de "pipoqueiro", os demais presentes vaiavam essa atitude.

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Em campo, o time não fez um primeiro tempo brilhante. Os velhos problemas de criação foram agravados pelo aparente nervosismo. Cada erro tinha mais peso. Pelo menos o gol não demorou a sair, pois, aos 19 minutos, Deyverson aproveitou rebote do goleiro para fazer 1 a 0. A vantagem não ajudou a equipe a se estabilizar. O Palmeiras exagerou nos erros de passes, nas falhas de marcação e na espera por um contra-ataque.

O Junior Barranquilla passou a ficar mais com a bola e quase empatou. Após três derrotas na Libertadores, o lanterna do grupo rondava a área palmeirense. Antes que o segundo tempo trouxesse angústia, o Palmeiras conseguiu resolver o jogo. Criticado por parte da torcida por não ter batido pênalti contra o São Paulo, Dudu recebeu na entrada da área e chutou para ampliar, aos nove minutos.

A torcida se tranquilizou depois disso, mais pelo placar do que pela atuação. O Palmeiras não teve um futebol exuberante, porém tinha o respaldo dos dois gols de vantagem e da falta de capacidade dos colombianos em ameaçar. O time da casa conseguiu administrar os minutos seguintes sem ser ameaçado e quase fez o terceiro. Scarpa perdeu uma ótima chance de ampliar. Depois, já aos 43 minutos, Hyoran fechou o placar em 3 a 0.

O resultado positivo serve ainda para a equipe ter dias mais tranquilos pelas próximas duas semanas. Como o Palmeiras só volta a campo no dia 25, contra o Melgar, pela Libertadores, o elenco terá tempo para trabalhar e conseguir a missão principal. Se empatar no Peru, o clube garante classificação para as oitavas de final. No momento, é o segundo colocado do Grupo F com nove pontos.

FICHA TÉCNICA:

PALMEIRAS 3 X 0 JUNIOR BARRANQUILLA

PALMEIRAS - Weverton; Mayke, Luan, Gustavo Gómez e Diogo Barbosa; Felipe Melo, Bruno Henrique e Zé Rafael (Felipe Pires); Gustavo Scarpa (Hyoran), Dudu e Deyverson (Ricardo Goulart). Técnico: Luiz Felipe Scolari.

JUNIOR BARRANQUILLA - Viera; Piedrahita, Pérez, Jefferson Gómez e Germán Gutiérrez; Cantillo, Narváez, Hernández (Moreno) e Sambueza; Díaz (Hinestroza e depois Rangel) e Téo Gutiérrez. Técnico: Luis Fernando Suárez.

GOLS - Deyverson, aos 19 minutos do primeiro tempo. Dudu, aos 9 minutos, e Hyoran, aos 43 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Roberto Tobar (Chile).

CARTÕES AMARELOS - Pérez, Luan, Bruno Henrique e Díaz.

RENDA - R$ 1.698.179,85.

PÚBLICO - 28.791 torcedores.

LOCAL - Allianz Parque, em São Paulo.

A delegação do Palmeiras chegou ao Allianz Parque na noite desta quarta-feira com uma recepção bastante hostil. Um grupo de torcedores arremessou pedras e garrafas contra o veículo, que manobrava para chegar ao estacionamento da arena, onde o time enfrentaria o Junior Barranquilla, pela Copa Libertadores. O clube confirmou o ataque, que não feriu nenhum membro do elenco.

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Os jogadores ficaram irritados com o episódio e não deram entrevistas no desembarque no estádio. A Polícia Militar acompanhou a chegada da delegação e logo dispersou o grupo de torcedores que aguardava o veículo. Imagens nas redes sociais mostram que o ônibus apresentou um pequeno dano na lateral provocado por uma das pedras arremessadas.

Também nesta quarta-feira, os muros do clube amanheceram pichados com protestos. Entre os recados, a torcida pediu as saídas do atacante Miguel Borja e da patrocinadora Leila Pereira, assim como xingou o time de "pipoqueiro" e criticou a torcida organizada Mancha Alviverde.

O Palmeiras vem de uma eliminação na semifinal do Campeonato Paulista para o São Paulo, nos pênaltis, no último domingo. O time acumula três partidas seguidas sem marcar gols e passa pelo momento mais turbulento da temporada. Antes do clássico com o São Paulo, em que foi eliminada no Estadual, a equipe tinha sofrido a primeira derrota na Libertadores, ao perder por 1 a 0 para o San Lorenzo, na Argentina.

Com três gols de Fred, o Cruzeiro assegurou sua vaga nas oitavas de final da Copa Libertadores ao derrotar o Huracán, da Argentina, por 4 a 0, nesta quarta-feira, no Mineirão, pela quarta rodada da fase de grupos. O camisa 9 comandou o duelo, que terminou com gol de Dodô.

Com o resultado, o time mineiro disparou ainda mais na liderança do Grupo B, com 12 pontos, contra apenas um do lanterna Huracán. O Deportivo Lara, da Venezuela, que ainda joga contra o Emelec, do Equador, tem quatro, contra dois dos equatorianos.

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Em boa fase na temporada, o Cruzeiro fez um primeiro tempo beirando a perfeição. Realizando seu centésimo jogo com a camisa celeste, Fred guiou a equipe em 45 minutos de arrepiar qualquer torcedor do clube. O artilheiro desencantou na Libertadores, pelo clube mineiro, marcando logo três vezes e alcançando a marca de 14 gols em 2019 - o time todo fez 41.

O primeiro foi aos 18 minutos. Marquinhos Gabriel avançou pela esquerda, cortou para o pé direito e cruzou para área. Fred ganhou de dois zagueiros para mandar no fundo das redes, de cabeça. O Huracán até tentou o empate, mas encontrou Fábio em noite inspirada. O goleiro fez um milagre no arremate à queima-roupa de Barrios. No rebote, Damonte também parou no camisa 1.

Aos 22 minutos, Robinho virou o jogo para Marquinhos Gabriel na entrada da pequena área. Ele ajeitou para Fred, que completou para o gol. O camisa 9 fez o terceiro aos 31. Dodô cruzou na medida para o artilheiro testar firme para fazer mais um. Foi o segundo jogo do atacante com três gols em dez dias. Ele havia marcado três no triunfo sobre o América, por 3 a 2, no duelo de ida da semifinal do Mineiro.

No segundo tempo, o Cruzeiro administrou a vantagem conquistada na etapa inicial. Mano Menezes ainda poupou jogadores como Robinho e Fred, e os que ficaram em campo diminuíram o ritmo. Mesmo assim, a equipe chegou ao quarto gol, aos 37, com Dodô, em um chute no ângulo.

Abatido, o Huracán não conseguiu esboçar reação durante toda a segunda etapa. A melhor chance do clube argentino foi aos 16 minutos, em um chute de Auzqui. O jogador ficou na defesa de Fábio. De resto, assistiu o Cruzeiro jogar e continuou sem vencer na Libertadores.

No domingo, o Cruzeiro começa a decidir o título mineiro contra o rival Atlético, que está praticamente eliminado da Libertadores após ser goleado por 4 a 1 pelo cerro Porteño.

FICHA TÉCNICA

CRUZEIRO 4 X 0 HURACÁN

CRUZEIRO - Fábio; Orejuela, Dedé, Léo e Dodô; Lucas Romero (Ariel Cabral), Henrique, Robinho (Rafinha), Marquinhos Gabriel e Rodriguinho; Fred (Raniel). Técnico: Mano Menezes.

HURACÁN - Antony Silva; Chimino, Salcedo, Alderete e Carlos Araújo; Damonte, Rossi, Walter Pérez (Roa) e Auzqui (Toranzo); Lucas Barrios e Gamba (Chávez). Técnico: Antonio Mohamed.

GOLS - Fred, aos 18, 22 e 31 minutos do primeiro tempo. Dodô, aos 37 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Julio Bascuñán (Fifa/Chile).

CARTÕES AMARELOS - Dedé e Lucas Romero (Cruzeiro); Alderete e Walter Pérez (Huracán).

RENDA - R$ 873.106,00.

PÚBLICO - 26.977 pagantes (31.694 total).

LOCAL - Mineirão, em Belo Horizonte (MG).

Com uma atuação desastrosa e quatro gols sofridos em menos de 15 minutos, o Atlético Mineiro praticamente selou o seu destino na Copa Libertadores. Nesta quarta-feira, mesmo tendo aberto o placar em Assunção, permitiu uma reação incrível do Cerro Porteño, que o goleou por 4 a 1, pela quarta rodada do Grupo E, já assegurando a sua passagem às oitavas de final e praticamente eliminando o time mineiro.

A chave, aliás, está quase definida, pois, no outro jogo do dia, o Nacional do Uruguai venceu o Zamora por 1 a 0, em Montevidéu. Assim, o Cerro, classificado, está com 12 pontos, enquanto o Nacional soma nove, contra três do Atlético-MG e nenhum do Zamora.

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O Atlético-MG, então, jogará pela improvável sobrevivência na Libertadores em 23 de abril, quando receberá o Nacional, no Mineirão. Antes, porém, decidirá o Campeonato Mineiro contra o Cruzeiro, sendo que o primeiro duelo da final será no domingo, contra o Cruzeiro, no Mineirão, mas com mando do rival.

O resultado aumenta a pressão da torcida sobre o trabalho de Levir Culpi, especialmente pela atuação apática e cheia de erros do time, que foi completamente dominado pelo Cerro Porteño e exibiu desorganização defensiva, o que facilitou a construção da goleada, mesmo após o time abrir vantagem em Assunção. E ainda sofreu com falhas de jogadores experientes da defesa, como Victor e Fábio Santos.

O JOGO - O início do jogo indicou que o Atlético teria dificuldades no Paraguai. Embora parecesse bem postada, a defesa dava espaços ao Cerro e ainda cometeu um erro com Adílson, que rendeu uma oportunidade para o time paraguaio. E, mesmo precisando da vitória, apostava nos contra-ataques para surpreender o adversário. Ainda assim, conseguiu largar na frente, aos 18 minutos, quando a bola sobrou para Luan, que cruzou rasteiro para Ricardo Oliveira empurrar a bola às redes.

O gol precoce era importante para a estratégia atleticana de apostar nos contra-ataques para assegurar a vitória, mas logo a estratégia ruiu diante de um Cerro que até então era pouco perigoso, a não ser por um gol bem anulado de Victor Cáceres. Primeiro, aos 30 minutos, Acosta empatou o duelo em cobrança de falta que desviou em Ricardo Oliveira, impedindo a defesa de Victor. Logo depois, veio a virada. Aos 33, Carrizo tabelou com Villasanti e chutou colocado, fazendo 2 a 1.

O Atlético-MG sentiu o peso da virada e falhou mais duas vezes, permitindo que o Cerro fosse ao intervalo com o placar de 4 a 1. Aos 35 minutos, Fábio Santos errou feio ao tentar sair tocando, deixando a bola com Cáceres, que driblou fácil Igor Rabello e bateu alto. Já aos 43, Igor Rabello e Victor, que havia saído do gol, trombaram, a bola sobrou para Larrivey, que, livre, empurrou a bola para as redes.

Assim, o único fato negativo da etapa inicial para o Cerro Porteño foi a lesão de Amorebieta, que foi levado de ambulância para um hospital com suspeita de fratura na costela.

Sem alterações para o segundo tempo, o Atlético-MG manteve a postura passiva. E levou um susto logo no minuto inicial, quando Larrivey acertou o travessão. O Cerro, soberano, ainda desperdiçou outras oportunidades diante de um adversário abatido, mas, aos poucos, foi diminuindo o ritmo.

Levir promoveu três alterações no Atlético-MG, com as entradas de Chará, Vinícius e Nathan, mas o time não melhorou a sua produção ofensiva. E, diante de um adversário desinteressado, mas apoiado por repetitivos gritos de olé, acabou sendo batido por 4 a 1, resultado que o deixa praticamente fora da Libertadores.

FICHA TÉCNICA:

CERRO PORTEÑO 4 X 1 ATLÉTICO-MG

CERRO PORTEÑO - Rodrigo Muñoz; Juan Escobar, Marcos Cáceres, Fernando Amorebieta (Espínola) e Marcos Acosta (Saiz); Villasanti, Víctor Cáceres, Juan Aguilar e Federico Carrizo; Joaquín Larrivey (Churín) e Nelson Haedo Valdez. Técnico: Fernando Jubero.

ATLÉTICO-MG - Victor; Guga, Leonardo Silva, Igor Rabello e Fábio Santos; Adilson, Elias (Nathan) e Cazares (Vinícius); Luan (Chará), Ricardo Oliveira e Maicon Bolt. Técnico: Levir Culpi.

ÁRBITRO - Wilmar Roldán(Fifa/Colômbia).

GOLS - Ricardo Oliveira, aos 18, Marcos Acosta, aos 30, Federico Carrizo, aos 33, Victor Cáceres, aos 35, Joaquín Larrivey, aos 43 minutos do primeiro tempo.

CARTÕES AMARELOS - Juan Aguilar, Espínola e Maicon Bolt.

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Estádio General Pablo Rojas, em Assunção (Paraguai).

Os altos investimentos do Palmeiras na contratação de atacantes não significaram, até agora, aumento do número de gols em 2019. Nos últimos três jogos, o time passou em branco. Por isso, o ataque titular formado por Dudu (R$ 19 milhões), Deyverson (R$ 18 milhões), Gustavo Scarpa (R$ 23 milhões) e Ricardo Goulart (empréstimo com opção de compra por R$ 43 milhões) chega pressionado para o jogo com o Junior Barranquilla, nesta quarta-feira, às 21h30, no Allianz Parque, pela quarta rodada do Grupo F da Copa Libertadores. "Não são apenas os atacantes que estão preocupados (com a falta de gols). Eles precisam da nossa aproximação. Estamos tentando resolver isso para criar mais chances", disse o zagueiro Luan.

O Palmeiras passou em branco nos dois jogos das semifinais do Campeonato Paulista diante do São Paulo e também contra o San Lorenzo, na Argentina, na semana passada, pelo torneio sul-americano. A última vez que o time havia ficado três jogos sem marcar foi em maio de 2015, no empate com o Joinville (0 a 0 pelo Campeonato Brasileiro), na derrota para o Goiás (1 a 0 também pelo Brasileirão) e na igualdade com o ASA (0 a 0, pela Copa do Brasil).

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Em 19 jogos da temporada, o time de Felipão fez 24 gols, com uma média de 1,26 por duelo. No ano passado, a média foi de 1,70 por partida. Os artilheiros do elenco são Scarpa e Goulart, com quatro gols cada.

O time vem compensando a baixa produção ofensiva com uma defesa sólida. No Paulistão, foram apenas seis gols sofridos e o melhor desempenho defensivo do torneio. O Palmeiras foi eliminado com a melhor campanha geral.

Outras razões tornam a vitória necessária na partida. O clube precisa se recuperar emocionalmente da eliminação no Campeonato Paulista e voltar a brigar pela liderança no Grupo F da Libertadores - hoje é o segundo colocado, a um ponto do San Lorenzo. Embora uma pequena parcela da torcida tenha protestado após a queda no Paulistão, o Allianz Parque estará lotado: 26 mil ingressos foram vendidos antecipadamente.

Com pouco tempo de preparação para a partida, Felipão teve apenas um dia para treinar com os titulares. Na última segunda-feira, os que atuaram no jogo com o São Paulo ficaram na parte interna da Academia de Futebol, fazendo exercícios de recuperação muscular. Victor Luis, que deixou o clássico de domingo com dores, participou de parte do aquecimento sem restrições. A imprensa só teve acesso aos primeiros minutos do treinamento.

Com atuações brilhantes de Guerrero e Nico López, mas também falhas da sua defesa, o Internacional correu riscos de voltar a tropeçar em casa na Copa Libertadores, mas não decepcionou o torcedor que encheu o Beira-Rio. Nesta terça-feira (9), o time gaúcho derrotou o chileno Palestino por 3 a 2, pela quarta rodada do Grupo A, e já assegurou a passagem às oitavas de final.

O triunfo levou o Inter aos dez pontos, na liderança da chave, contra quatro do segundo colocado Palestino. River Plate, com três, e Alianza Lima, com apenas um, completam o grupo e vão completar a rodada na quinta-feira (11), no Monumental de Nuñez, que estará com os portões fechados.

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A partida desta terça-feira lembrou o duelo da última quarta, quando o Inter abriu 2 a 0 sobre o River Plate e cedeu a igualdade. Foi, afinal, exatamente isso que aconteceu, após o time ter um início fulminante. Mas dessa vez a equipe gaúcha conseguiu marcar um terceiro gol para triunfar e passar de fase, mesmo tendo Guilherme Parede expulso.

Para esse triunfo, pesaram os dois gols de Guerrero, que havia estreado no fim de semana também indo às redes, agora brilhando com a camisa do Inter na Libertadores e sob os olhares do técnico Ricardo Gareca, da seleção peruana, que esteve presente ao Beira-Rio. E Nico López foi o outro destaque do time ao dar três assistências, além de ter exibido ótimo entendimento com o centroavante.

O Inter agora volta as suas atenções para a final do Campeonato Gaúcho, sendo que o primeiro duelo com o Grêmio será domingo, no Beira-Rio. Pela Libertadores, o próximo compromisso será apenas em 24 de abril, em Lima, diante do Alianza.

O JOGO - O Inter não deu sossego ao Palestino no início da partida no Beira-Rio. Em busca da vitória que lhe garantiu antecipadamente nas oitavas de final, o time impôs uma blitz sobre o time chileno e abriu o placar aos dez minutos, quando Nico López fez cruzamento rasteiro para Patrick, que finalizou às redes.

A vantagem não fez o Inter tirar o pé. O time seguiu no campo de ataque, com a marcação agressiva e ampliou o placar aos 21 minutos diante de um adversário que parecia atordoado. Dessa vez, Nico López roubou a bola na esquerda e avançou até acionar Paolo Guerrero, que deu um drible seco no seu marcador e deslocou o goleiro adversário em seu chute.

Parecia um início de jogo perfeito, mas o Inter começou a sofrer com problemas, a começar pela perda de Rodrigo Dourado, lesionado - foi substituído por Rithely. E o time, que não manteve a intensidade inicial, ainda foi vazado aos 40 minutos, com o Palestino aproveitando falha de Marcelo Lomba. No lance, após cobrança de falta, Cuesta rebateu errado, Fernández subiu dividindo com Lomba e cabeceou. A bola acertou no travessão e o chileno aproveitou para empurrá-la às redes.

Para piorar a situação do Inter, a defesa voltou a vacilar no começo da etapa final. Aos dois minutos, Rosende foi lançado na ponta direita e cruzou na pequena área, onde Passerini se antecipou a Moledo na segunda trave e cabeceou para as redes.

O Inter não jogava bem e buscava pressionar o Palestino, mas de modo desorganizado. Só que aí Nico López e Guerrero apareceram novamente. Aos 20 minutos, o uruguaio fez cruzamento para o peruano ganhar disputa com Véjar e cabecear para as redes, recolocando o time em vantagem.

O placar era favorável, mas o Inter não teve muita tranquilidade até o fim do jogo, ainda mais que Guilherme Parede, que entrou durante o segundo tempo, foi expulso aos 35 minutos. Mas dessa vez o time conseguiu sustentar a vantagem, já assegurando a passagem às oitavas de final da Libertadores.

FICHA TÉCNICA:

INTERNACIONAL 3 X 2 PALESTINO

INTERNACIONAL - Marcelo Lomba; Zeca, Rodrigo Moledo, Víctor Cuesta e Iago; Rodrigo Dourado (Rithely), Edenílson, Patrick (Guilherme Parede), D'Alessandro (Willian Pottker) e Nico López; Guerrero. Técnico: Odair Hellmann.

PALESTINO - Ignacio González; Soto, Alejandro González, Del Pino (Guerrero) e Véjar; Fernández, Farías, Rosende, Cortés e Jiménez; Passerini (Ahumada). Técnico: Ivo Basay.

GOLS - Patrick, aos dez, Guerrero, aos 21, e Fernández, aos 40 minutos do primeiro tempo; Passerini, aos dois, e Guerrero, aos 20 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Carlos Orbe (Fifa/Equador).

CARTÕES AMARELOS - Patrick e D'Alessandro (Internacional); Alejandro González, Del Pino, Guerrero e Ahumada (Palestino).

CARTÃO VERMELHO - Guilherme Parede (Internacional).

RENDA - R$ 1.836.545,00.

PÚBLICO - 38.469 pagantes (41.410 presentes).

LOCAL - Beira-Rio, em Porto Alegre (RS).

Nesta terça-feira (9) começa o returno da primeira fase da Libertadores da América e alguns dos representantes do futebol brasileiro podem garantir antecipadamente suas classificações. Apesar da expectativa ser maior para cruzeirenses e colorados, a quarta rodada do torneio tem emoção para gaúchos, paranaenses, mineiros, cariocas e paulistas.

Hoje, às 19h15, Athletico-PR e Internacional-RS vão a campo, em Curitiba. O Furacão encara o Tolima, da Colômbia, para manter a primeira colocação no grupo G, um dos mais equilibrados da competição. O Athletico-PR é o líder com seis pontos, seguido pelo Boca Juniors, da Argentina, que tem quatro, mesma pontuação dos colombianos do Tolima que ocupam a terceira posição.

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O lanterna Jorge Wilstermann, da Bolívia, tem apenas dois pontos e, amanhã (10), vai à Buenos Aires com a difícil missão de tirar pontos do Boca, na Bombonera, às 21h30. Já em Porto Alegre, o colorado gaúcho recebe o Palestino, do Chile, às 21h30 na Arena Beira-Rio. Se o Inter fizer a lição de casa derrotando os chilenos, abrirá seis pontos do rival da noite de hoje que é segundo colocado do grupo A, ficando em uma situação bastante confortável para garantir a passagem para a próxima fase.

Os rivais mineiros, Atlético-MG e Cruzeiro, estão em situações diferentes na competição e entram em campo amanhã (10). O Galo Mineiro, que venceu apenas um de seus três jogos é o lanterna do seu grupo, e vai ao Paraguai enfrentar o Cerro Porteño, líder com nove pontos, às 19h15. Em Belo Horizonte, no mesmo horário, o Cruzeiro joga no Mineirão contra o Huracán, da Argentina, para manter a melhor campanha da Libertadores. A raposa tem 100% de aproveitamento e garante matematicamente sua classificação se vencer os argentinos.

Ainda na quarta-feira, o Palmeiras recebe o Junior Barranquila, da Colômbia, às 21h30, no Allianz Parque. O alviverde torce para um empate hoje à noite no confronto entre San Lorenzo, da Argentina, e Melgar, do Peru, pois, se vencer o rival colombiano que é o último colocado do Grupo F, volta à liderança com nove pontos.

Rodriguinho é o principal nome da Raposa na temporada - Foto: Divulgação / Igor Sales - Cruzeiro

Pelo complemento da quarta rodada da Libertadores na quinta (11), o Grêmio-RS enfrenta o Rosário Central, da Argentina, na Arena do Grêmio, às 21h30, no duelo dos dois piores times do Grupo H. Em três jogos, brasileiros e argentinos somaram apenas um ponto cada. No Maracanã, às 21h, o Flamengo recebe o San José, da Bolívia. O rubro-negro carioca é o segundo colocado em seu grupo e disputa o primeiro lugar com o Peñarol, do Uruguai.

Torcedores de Peñarol e Flamengo se envolveram em uma briga no fim da tarde desta quarta-feira, no Leme, na zona sul do Rio. Horas antes de as duas equipes se enfrentarem no Maracanã a partir das 21h30, pela Copa Libertadores, houve um confronto no calçadão do bairro, com agressões, depredações de ônibus e a detenção de uruguaios após a confusão.

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A aglomeração de seguidores do time do Uruguai é grande no Leme porque a delegação do clube está hospedada no bairro. Os torcedores do Peñarol e do Flamengo entraram em conflito, que foi registrado por internautas e moradores da região e publicados nas redes sociais. Imagens mostram um torcedor deitado no chão e agredido por vários homens, além de registros de vandalismo contra ônibus que passavam pela rua.

A Polícia Militar foi ao local e, para conter o confronto, decidiu deter todos os uruguaios que lotavam dois ônibus. Os torcedores do Peñarol foram conduzidos ao Juizado Especial Criminal. Um dos feridos na briga ainda foi levado pelos Bombeiros para ser socorrido em um hospital.

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Para a partida no Maracanã, a diretoria do Flamengo reservou 2 mil ingressos para a torcida uruguaia. O clube carioca lidera o Grupo D da competição com duas vitórias, enquanto o Peñarol está em terceiro, com um triunfo e uma derrota em dois jogos.

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