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Segundo o presidente da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa), Jorge Castanheira, foi prometida uma verba extra de R$ 6,5 milhões de reais - R$ 500 mil para cada uma das 13 agremiações do grupo especial do Carnaval carioca. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (10) pelo prefeito da capital, Marcelo Crivella, que disse que o dinheiro virá através da iniciativa privada.

Apesar disso, os desfiles deverão sofrer uma redução de tamanho em 2018 graças à falta de verba, de acordo com o que disse o presidente da Mangueira, Chiquinho, ao jornal Extra. Por outro lado, o presidente da verde-rosa disse ter achado a reunião a mais positiva até o momento. 

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Os ensaios técnicos, no entanto, são incertos para o ano que vem, apesar de já terem se tornado eventos marcantes na cidade. "Vamos avaliar até em função dos custos. Se a liga não tiver patrocínio, não teremos como fazer. Está (em suspenso), sim", disse José Catanheira.

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Organizadores de blocos de carnaval do Rio temem o esvaziamento da festa nas ruas em 2018. Extraoficialmente, dizem os grupos, já foi anunciado que o número de autorizações para desfiles será reduzido pela prefeitura. Eles acreditam que por trás das decisões restritivas do prefeito Marcelo Crivella (PRB) aos blocos e às escolas de samba está sua confissão religiosa.

"É claramente uma questão ideológica do prefeito. Estão descartando o carnaval, mesmo com sua importância para o Rio, de identidade e financeira. O que a prefeitura precisa entender é que o carnaval sai, autorizado ou não", sustenta a jornalista Rita Fernandes, presidente da Sebastiana, liga que reúne onze blocos tradicionais.

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Os blocos já pediram à Riotur que seja modificado o caderno de encargos para o carnaval de rua, que reúne as regras para a organização dos desfiles. Desde 2010, o patrocinador master é a Ambev, que espalha sua marca pelos bairros. Com isso, os blocos não conseguem outras empresas que os ajudem a pagar custos como o do aluguel do carro de som, a contratação de seguranças e o pagamento dos direitos autorais pelas músicas efetuadas, que ficavam em torno de R$ 30 mil no último carnaval - potenciais patrocinadores não querem ver suas logomarcas ofuscadas pela da Ambev. Eles requerem também que caia o monopólio da Ambev para a venda da cerveja Antarctica nos blocos.

"É muito preocupante que o prefeito, que tem essa identidade religiosa e ideológica, esteja diminuindo o carnaval. É impossível não relacionar uma coisa à outra. Crivella tem de demonstrar que seu ataque ao carnaval tem razões republicanas. A política para o carnaval tem que ser transparente. Estamos questionando o prefeito, não o bispo", argumenta o vereador Tarcísio Motta (PSOL).

Ele preside a comissão da Câmara Municipal voltada ao carnaval, e fez pedidos de informação à prefeitura no sentido de se avaliar o caderno de encargos. Acredita que seus termos direcionam o processo de escolha da empresa que organiza os desfiles - desde 2010, quem ganha a chamada pública é a Dream Factory, que conta com o patrocínio da Ambev. O caderno para 2018 deve sair nos próximos meses.

Em nota, a Riotur informou que "o único patrocinador disposto a assumir o tamanho dos encargos solicitados tem sido a Ambev", que "não há nada de ilegal no caderno de encargos, uma vez que se trata de um chamamento público", e que há prestação de contas.

Bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, o prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), nomeou outro bispo da mesma igreja para a presidência do Instituto Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor, conhecido como Procon Carioca. Trata-se de Jorge Braz de Oliveira, de 63 anos, que foi vereador no Rio durante três mandatos e não conseguiu se reeleger na última eleição. O decreto de nomeação foi publicado nesta quarta-feira, 11, no Diário Oficial do Município.

Durante a campanha eleitoral, umas das críticas a Crivella era o suposto interesse dele em distribuir cargos municipais entre os bispos da Universal, igreja fundada por seu tio, Edir Macedo. Crivella sempre negou essa intenção e afirmou que escolheria técnicos para compor seu governo.

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Questionada pela reportagem sobre a qualificação do novo presidente do Procon Carioca na área de defesa do consumidor, a Prefeitura do Rio informou que Braz foi "um importante interlocutor do prefeito durante a transição, tem conhecimento do serviço público e participou de importantes comissões da Câmara, como as de Direitos Humanos, Defesa dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência e Meio Ambiente".

Braz é identificado como bispo da Universal em redes sociais e publicações na internet. No Facebook, Braz costuma publicar vídeos e fotos de eventos da Universal. Na madrugada de 1º de janeiro, veiculou foto do "prefeito Crivella sendo abençoado na Vigília da Virada".

Um dos projetos que Braz apresentou e conseguiu aprovar enquanto vereador foi a lei 5.652/2013, que incluiu no calendário oficial do município o Dia do Obreiro Universal, homenagem a quem atua voluntariamente na igreja. A data é comemorada no terceiro domingo de agosto. Filiado ao PRB só em novembro passado, antes Braz integrou outros partidos, como o PTdoB e o PSB, pelo qual se candidatou à reeleição em 2016.

Troca

Outra nomeação publicada no Diário Oficial do Município nesta quarta-feira foi a de Virgínia Salemo Soares para a presidência da Companhia de Engenharia de Tráfego do Rio (CET-Rio). Ela já trabalhava na instituição e tem experiência na área - fez mestrado em Engenharia de Transportes no Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ) e é doutora em Engenharia de Produção pela mesma instituição.

A nomeação de Virgínia seria corriqueira se outra pessoa já não houvesse sido anunciada para o mesmo cargo. O engenheiro de transportes e professor da Coppe-UFRJ Paulo Cezar Ribeiro foi convidado para assumir a função pelo secretário municipal de Transportes e vice-prefeito, Fernando Mac Dowell. Ribeiro começou a trabalhar no órgão, e nesta terça foi informado por jornalistas da nomeação de Virgínia.

Crivella afirmou que Ribeiro havia sido diagnosticado com uma doença grave e pedira para se afastar. A informação do prefeito foi negada pelo engenheiro. "Isola! Graças a Deus, estou muito bem de saúde. Mas depois desta declaração do prefeito, vou fazer até um check up extra. Fui desconvidado, sem sequer falar com o prefeito e com o Mac Dowell, que havia me convidado", afirmou Ribeiro ao jornal "O Globo".

Questionado pela reportagem sobre a declaração do prefeito e o real motivo da substituição de Ribeiro por Virgínia, a assessoria de imprensa de Crivella informou que a questão seria respondida pela assessoria da Secretaria Municipal de Transportes. Isso não ocorreu até as 17h40 desta quarta.

O ex-prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes deixou o Palácio da Cidade ao som do Samba do Avião, numa homenagem do prefeito Marcelo Crivella ao seu antecessor. Crivella fez questão de acompanhar Paes até o seu carro.

Paes lembrou que esta foi a primeira transmissão de cargo na prefeitura do Rio em 20 anos, quando Cesar Maia deixou a prefeitura e assumiu seu então aliado Luiz Paulo Conde. Paes se despediu, dizendo invejar Crivella, ainda que o sentimento seja "pouco cristão". O prefeito devolveu a gentileza ao afirmar que a gestão Paes está "escrita com letra de ouro de forma indelével na gratidão do povo do Rio de Janeiro".

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O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), de 59 anos, disse em seu discurso de posse que o tempo é de cautela e a ordem é não gastar. "O país está em crise. O Rio de Janeiro está em crise. A cidade está nesse cenário", afirmou. Ele citou algumas das medidas previstas nos 78 decretos publicados em edição extra do Diário Oficial do município, que tratam de temas como saúde, transporte e transparência administrativa. Questionado sobre qual é o mais importante dos 78 decretos, Crivella citou aquele que trata da "preparação para o combate às doenças do verão, sobretudo chikungunya, dengue e zika", todas transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.

A maioria dos decretos trata de planos a serem desenvolvidos, como a criação de um esquema de segurança especial para o desfile dos blocos de rua durante o carnaval. Mas outros impõem medidas de execução imediata, como o corte de 50% dos gastos com cargos comissionados e a suspensão da cobrança de pedágio para motos na Linha Amarela, via expressa que liga as zonas norte e oeste do Rio. Cada motociclista pagava R$ 2,40 para trafegar pela via. A Lamsa, concessionária que administra a Linha Amarela, anunciou que desde o meio-dia deste domingo não cobra mais pedágio de motos, atendendo ao decreto de Crivella.

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Crivella tomou posse às 12h40 deste domingo (1) na Câmara Municipal. Em seu discurso, ele agradeceu a Deus, e elogiou o arcebispo do Rio, o cardeal dom Orani Tempesta. "Agradeço muito essa bondade e esse amor inexplicável que Deus tem por cada um de nós e que nos seus desígnios nos conduziu à posição que hoje assumimos quando tomamos posse", afirmou Crivella, bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus e sobrinho do fundador dessa igreja, Edir Macedo. Crivella também agradeceu "a família". "Minha mãe querida, que aos 82 anos todo dia ora por nós de joelhos."

Ao relembrar a campanha em que derrotou, no segundo turno, o adversário Marcelo Freixo (PSOL), Crivella agradeceu ao arcebispo do Rio: "Pela primeira vez eu pude me aproximar da Igreja Católica, e peço aqui um tributo a Dom Orani, que mesmo em meio às acusações, olhou com bons olhos, com maturidade", afirmou.

Antes de Crivella e de seu vice, Fernando Mac Dowell, foi a vez dos 51 vereadores eleitos tomarem posse. Em seguida foi realizada a eleição da Mesa Diretora da Casa. Jorge Felippe (PMDB) foi reeleito presidente, tendo como primeira vice-presidente Tânia Bastos (PRB), e segundo vice Zico (PTB). Carlo Caiado (DEM) tornou-se o primeiro secretário e Cláudio Castro (PSC) é o segundo secretário. Jorge Felippe afirmou que seu partido ainda não decidiu se vai apoiar Crivella. "Como presidente, sou imparcial. A bancada apoiou Crivella na campanha (do segundo turno, depois que o candidato do PMDB, Pedro Paulo, saiu da disputa). No governo a gente ainda não definiu", afirmou.

A atriz brasileira Sônia Braga criticou em Miami o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e pediu que os brasileiros defendam a democracia de um país que "não se parece" com o que ela costumava conhecer.

"Há um golpe no Brasil; não é um golpe militar", disse a atriz em uma conversa com o público após a projeção na noite de sexta-feira de "Aquarius", um filme que se tornou o símbolo da resistência ao novo governo de Michel Temer. "É muito difícil para as pessoas fora do Brasil saberem exatamente o que está acontecendo e a dimensão do perigo pelo qual estamos passando", prosseguiu a atriz, que vive atualmente em Nova York.

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"É inclusive difícil dizer que o prefeito do Rio de Janeiro que venceu (as eleições) no domingo passado é de extrema-direita", comentou, referindo-se à vitória do bispo evangélico licenciado Marcelo Crivella, do Partido Republicano Brasileiro (PRB). "Este não parece mais com o país que conheci, onde vivi e que amei tanto".

"Agora estamos em uma posição, todos os brasileiros, na qual sabemos que devemos fazer algo para não perder algo que foi muito difícil conseguir: a democracia. A democracia no Brasil - alcançada nos anos 1980 - é ainda muito jovem".

Muito amavelmente, Sônia Braga respondeu às perguntas do público ao apresentar no Tower Theater da Little Havana em Miami (Flórida, sudeste dos Estados Unidos) o filme de Kleber Mendonça Filho, que foi indicado à Palma de Ouro de Cannes. A atriz contou que sua mãe teve que cuidar sozinha de sete filhos com um trabalho de costureira e que, graças a essa experiência, se familiarizou com os problemas sociais no Brasil.

"Sempre tive sentimentos intuitivos sobre o que é bom e o que é justo para meu país e meu povo. E o que posso fazer melhor é dizer em voz alta o que sinto", afirmou. Lamentou que os brasileiros estejam "em uma posição na qual as posturas são tão radicais que não há debates".

Não há debates

No filme, Sônia Braga interpreta Clara, uma jornalista aposentada que se nega a abandonar seu apartamento em frente à praia em Recife, apesar das pressões de uma construtora, que quer substituir o edifício por um complexo imobiliário de luxo. "Este filme abre o debate sobre o que é o país agora e o que queremos para o futuro", disse a atriz de 66 anos, famosa por seus papeis em filmes como "O beijo da mulher-aranha" (1985) e "Dona Flor e seus dois maridos" (1976).

Sônia Braga também criticou a indústria do cinema nos Estados Unidos por não dar oportunidades a atrizes latinas e estrangeiras. A atriz contou que ela e a italiana Isabella Rossellini aspiravam ao papel principal de "As pontes de Madison" (1995). "Mas não conseguimos, porque Meryl Streep queria atuar nele e o fez. Acredito que a Academia deveria ter uma cadeira permanente para ela".

"A indústria não é justa conosco, não sei do que falam quando dizem a palavra diversidade, porque ainda não a vejo. Não vejo muitos latinos".

Protesto em Cannes

"Aquarius" era um dos candidatos para representar o Brasil na corrida pelo Oscar, mas o Ministério da Cultura decidiu apresentar para a competição o filme "Pequeno Segredo", de David Schurmann. A seleção causou controvérsia, e alguns interpretaram que a decisão teve menos a ver com a qualidade do filme eleito do que com interesses políticos.

Isso porque no tapete vermelho do Festival de Cannes, em maio, o diretor e o elenco de "Aquarius" mostraram cartazes que denunciavam "um golpe de Estado" no Brasil. Horas antes, Dilma Rousseff acabava de ser suspensa pelo Senado em um processo que acabou com sua remoção definitiva em agosto, por acusações de manipulação das contas públicas.

Após o protesto em Cannes e a oposição pública de Sônia Braga e de seus colegas ao novo governo de Temer, o filme se tornou um símbolo do descontentamento da esquerda intelectual.

A uma semana do segundo turno, a disputa no Rio, que antes parecia decidida, se acirrou. O candidato Marcelo Crivella (PRB), líder folgado nas pesquisas, passou à defensiva, depois que vieram à tona declarações polêmicas sobre religião e homossexualidade e uma detenção em 1990, sob acusação de invasão de domicílio.

Já o candidato Marcelo Freixo (PSOL), que adotava um discurso ameno e propositivo e estava muito longe de Crivella nas pesquisa, contratou assessores que tinham trabalhado em campanhas do PMDB e do PSDB, conforme revelou o Estado, e adotou uma estratégia de desconstrução do adversário, com ataques duros. O resultado foi a redução em nove pontos da diferença entre os dois candidatos, que, no entanto, na ultima pesquisa Ibope, ainda apareciam distanciados um do outro, com uma vantagem de 17 pontos para Crivella.

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Segundo o levantamento do instituto divulgado na quinta-feira passada, Crivella tem 46% das intenções de voto; Freixo, 29%. Os dois têm o desafio de avançar sobre os 25% dos eleitores que declararam que vão votar em branco, nulo ou ainda não se decidiram para o pleito.

Para o cientista político Geraldo Tadeu Monteiro, do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj), é cedo para afirmar que há "uma onda Freixo" e se ele terá margem para virar a disputa. "Ainda precisamos de uma terceira pesquisa. Aparentemente, houve um desgaste da candidatura do Marcelo Crivella", declarou.

Monteiro afirma que o tom da campanha está "muito belicoso de parte a parte". "A televisão mostra um spot do Freixo seguido do Crivella, ambos com ataques bem diretos, acusações graves. Normalmente esse tipo de enfrentamento leva à situação em que os dois perdem. São informações mal decodificadas pelo eleitor. A impressão geral é de um vozerio de xingamentos. E se os dois perdem, isso favorece o Crivella, que está na frente", afirmou.

Refluxo

A disputa no segundo turno começou morna. O primeiro debate, na Band, foi centrado em propostas. Em seguida, Crivella cancelou a participação em debates, reassumiu o mandato de senador e passou a ter compromissos em Brasília.

A mudança de tom partiu de Freixo, que assumiu estratégia mais ofensiva. Passou a fazer inserções apontando a aliança de Crivella com o ex-governador Anthony Garotinho e reproduziu vídeo gravado voluntariamente por Carminha Jerominho, filha do ex-vereador Jerominho, condenado por chefiar a maior milícia do Estado, em que ela diz que a família apoia Crivella.

O cientista político Ricardo Ismael, da PUC-RJ, avalia que Crivella enfrentou três ondas negativas. A primeira foi quando a campanha de Freixo fez a ligação entre o adversário e Garotinho; não obteve grande efeito. Em seguida, vieram a publicação de reportagens sobre livro em que ele faz críticas a homossexuais e outras religiões e vídeos com falas que seguem a mesma linha.

"A opção da propaganda negativa está surtindo efeito, e houve a transferências de votos dele para Freixo. Crivella não conseguiu ainda neutralizar a associação com a Igreja Universal e surge a terceira onda, que é a reportagem da Veja, com a foto de sua detenção. Mesmo que ele consiga se explicar, essa explicação faz com que o fato circule mais ainda. É prematuro dizer que haverá virada, mas existe tempo suficiente para que ela aconteça", afirmou.

Ismael lembra que o tempo de campanha deste segundo turno está tão longo quanto o primeiro, prejudicado por Olimpíada e impeachment da presidente Dilma. "Se houver debate, este pode ser decisivo. Crivella está extremamente pressionado e vai precisar de capacidade muito grande para impedir que essa onda cresça", afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Mesmo fora da disputa eleitoral deste ano, o ex-governador do Rio Anthony Garotinho (PR) tornou-se peça central da corrida pela prefeitura do Rio. Sua aliança com Marcelo Crivella (PRB) virou alvo dos adversários desde o primeiro turno.

Nos últimos dias, Marcelo Freixo (PSOL) subiu o tom contra ele em seu programa eleitoral, lembrando a aliança de Crivella e Garotinho desde 2014. Naquele ano, Crivella dirigiu o próprio carro até Campos de Goytacazes, a 270 km do Rio, para acertar o apoio de Garotinho à sua candidatura a governador. Ontem, Crivella minimizou a estratégia de seu opositor. "O povo não liga para isso", afirmou o candidato.

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No programa de Freixo, um locutor afirma ainda que o ex-governador já foi condenado por formação de quadrilha em primeira instância. E cita integrantes do governo Garotinho que foram presos, como o ex-chefe de polícia Álvaro Lins.

O candidato do PSOL alega que, como Crivella decidiu não participar mais de debates, precisa expor as alianças para que o eleitor conheça seu adversário. O objetivo é aumentar a rejeição ao candidato do PRB.

Por meio de seu blog, Garotinho rebateu as afirmações de Freixo e pediu direito de resposta à Justiça Eleitoral. "Não tenho nenhuma condenação por desvio de dinheiro ou improbidade administrativa, conforme o candidato afirma em suas inserções de TV", escreveu. "A condenação a que se refere o deputado Marcelo Freixo foi de um juiz federal, em primeira instância. (...) A acusação genérica do juiz é que sendo secretário de Segurança eu era obrigado a saber o que fazia um grupo de policiais que liberava máquinas caça-níqueis."

Desespero - Garotinho atribuiu ainda a estratégia de Freixo ao "desespero" e afirma que não negociou cargos com Crivella. "Meu foco está em 2018", escreveu o ex-governador, que pretende concorrer ao Palácio Laranjeiras novamente. "Freixo deveria confrontar as propostas de Crivella, tentar mostrar que as suas são melhores. Mas na falta de argumentos apela para a mentira de que 'o Garotinho vai voltar'. É a tática black bloc. Disso ele entendem bem", provocou.

O ex-governador voltou à berlinda no anúncio do apoio de Indio da Costa (PSD), quinto colocado no primeiro turno da disputa municipal, a Crivella. O candidato do PRB assinou acordo, comprometendo-se a restringir a influência de Garotinho e da Igreja Universal em sua administração, caso seja eleito.

Presidente do diretório municipal do PR, a deputada federal Clarissa Garotinho minimizou a exigência de Indio. "Indio pediu apoio do Garotinho no primeiro turno e ficou 'chateadinho' porque não teve. É só não teve porque depois de tudo acordado, eu, junto com nossos candidatos, não aceitamos. Definimos o apoio ao Crivella. Garotinho não participou da campanha no primeiro turno e nem no segundo. Tampouco pediu ou pretende participar do governo." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O juiz eleitoral Marcelo Oliveira proibiu o candidato do PRB à prefeitura do Rio, senador Marcelo Crivella, de usar em sua propaganda a fotografia adulterada em que aparecem o oponente Pedro Paulo e os colegas de PMDB Luiz Fernando Pezão (governador licenciado), Sérgio Cabral (ex-governador) e Eduardo Paes (atual prefeito). A foto original tinha ainda o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, suprimido na imagem apresentada por Crivella anteontem em inserção na TV.

A suspensão da propaganda foi pedida à Justiça por Pedro Paulo, que também requereu a perda de tempo de TV de Crivella, no total de um minuto. Como a propaganda eleitoral na TV terminou a punição valerá para a campanha no segundo turno. Crivella lidera as pesquisas. Sua presença no segundo turno é dada como certa.

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"Não me surpreende mais essa atitude baixa do bispo Crivella, que só demonstra seu medo de me enfrentar no segundo turno. Desde o início, ele tem recorrido a manipulações e conteúdos apócrifos para enganar o eleitor", disse Pedro Paulo. O Estado procurou a campanha de Crivella, mas não houve um posicionamento da coordenação sobre o assunto.

O juiz Marcello Rubioli, coordenador estadual da fiscalização da propaganda eleitoral, disse que a adulteração deve ser investigada. "No meu entendimento, é crime de injúria eleitoral. Indicando o vínculo com pessoas que são tidas como envolvidas com casos de corrupção, (a foto) está querendo induzir que o candidato é corrupto." Injúria eleitoral é crime previsto no artigo 326 do Código Eleitoral, com pena de detenção por até seis meses ou pagamento de multa.

Imagem. A foto é de fevereiro de 2015. PMDB e PT eram aliados. Os políticos sorriem e se abraçam. À exceção de Cabral, todos apontam para Pedro Paulo. Lula está no centro. A adulteração o retirou da imagem.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) apresentou nesta quinta-feira (2) pedido de licença do mandato por 122 dias. A licença foi lida no plenário da Casa e será publicada no Diário do Senado.

Crivella se afastará da atividade legislativa para se dedicar à campanha à prefeitura do Rio de Janeiro nas eleições de outubro. O suplente do senador, Eduardo Lopes (PRB-RJ), deverá assumir o cargo durante o período de licença, conforme já fez em outros momentos de afastamento de Crivella.

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na quarta-feira (1º), o senador Walter Pinheiro (sem partido-BA) também se despediu dos colegas do Senado. A convite do governador Rui Costa, ele se afastou para assumir o cargo de secretário de Educação da Bahia. Em seu lugar, tomará posse o suplente Roberto Muniz (PP).

Muniz tomará posse no Senado assim que Pinheiro assumir na Bahia, o que pode ocorrer entre o fim desta semana e o início da próxima. Eduardo Lopes não precisará ser empossado porque já assumiu a vaga de Crivella outras vezes e, portanto, está dispensado da formalidade.

 

 

 

 

 

 

O senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), segundo colocado na disputa pelo governo do Rio de Janeiro em 2014, acertou nesta quarta-feira, 24, a filiação ao PSB e deverá ser o candidato do partido à prefeitura do Rio. A candidatura de Crivella, no entanto, dependerá de um acordo com o senador Romário, principal nome do PSB no Estado.

Romário e Crivella se reuniram pela manhã com o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, e outros dirigentes socialistas. A cerimônia de filiação deverá acontecer na próxima semana. A candidatura de Romário para a prefeitura era discutida no PSB, mas o ex-jogador também vinha conversando com o prefeito Eduardo Paes (PMDB) sobre uma possível aliança. Na reunião desta quarta-feira, Siqueira descartou qualquer composição entre PSB e PMDB no Rio e reiterou a tese da candidatura própria.

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Os socialistas ficaram de definir o nome do candidato à sucessão de Paes nos próximos dias. Pesquisas internas dos partidos apontam Crivella em primeiro lugar nas intenções de voto, seguido por Romário. A assessoria de imprensa do PSB nacional confirmou a futura filiação de Crivella.

A assessoria de Crivella informou que ele só vai se manifestar mais tarde. A estratégia do PSB para 2016 é lançar o maior número possível de candidatos próprios nas capitais e grandes centros, a fim de fortalecer a legenda e prepará-la para a disputa presidencial em 2018.

O senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) divulgou na tarde deste sábado (27) nota na qual nega responsabilidade pela indicação de seu companheiro de partido, o deputado federal George Hilton (MG), para ministro do Esporte, neste segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. No texto, Crivella afirma que não teve a "honra" de fazer a indicação do parlamentar. Em 2006, Hilton foi flagrado no Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, com R$ 600 mil em dinheiro, em 11 malas. O parlamentar mineiro justificou-se, dizendo que eram doações de fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), da qual é pastor. O PFL, ao qual o deputado era filiado, porém, o expulsou.

Com a notícia de que Hilton será o novo ministro do Esporte, o episódio de oito anos atrás foi reavivado. Há ainda críticas à troca de comando no ministério a pouco mais de um ano e meio dos Jogos Olímpicos de 2016. Começaram pressões no PT e na base governista para que a futura nomeação seja revertida. Em entrevista ao Estado, porém, o presidente do PRB, Marcos Pereira, avisou que, se o convite ao deputado mineiro for cancelado, o PRB irá para a oposição. Segundo Crivella diz na nota, porém, "foram os próprios méritos do candidato que o credenciaram" para ocupar o cargo no novo governo.

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"Trata-se de um deputado no quarto mandato com relevantes serviços prestados ao Brasil e à sua querida Minas Gerais. Pode conferir nos anais da Câmara dos Deputados", declara o senador na nota.

Crivella afirma ainda no texto que "as acusações que (Hilton) amargurou quando, ao lado de outros pastores, levava as ofertas da Igreja Universal de Minas para São Paulo, foram esclarecidas. O dinheiro apreendido foi devolvido à Igreja por decisão da justiça e quem achava que sua injusta expulsão do PFL iria acabar com sua carreira se enganou. Quem acabou foi o PFL. O deputado George Hilton é hoje o Ministro do Esporte onde fará um brilhante trabalho".

Fiscais do Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ) lacraram na manhã deste sábado (25) um prédio da Igreja Universal do Reino de Deus em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. No local, foram apreendidos material de campanha e listas com números de título de eleitor. A propaganda seria do candidato a governador Marcelo Crivella (PRB), bispo licenciado da Universal.

Entre o material apreendido, havia formulários com o símbolo da igreja e que eram preenchidos pelos eleitores com informações pessoais, inclusive com locais de votação. Um documento também trazia, logo abaixo do logotipo da igreja, o endereço do site de Crivella. O candidato pode responder por abuso de poder econômico ou propaganda eleitoral irregular.

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A Universal tem sido centro das críticas do adversário de Crivella, o governador e candidato à reeleição, Luiz Fernando Pezão (PMDB). Enquanto a campanha peemedebista reforça a ligação entre o ex-ministro da Pesca e a igreja, fundada por seu tio, o bispo Edir Macedo, Crivella tenta dissociar sua imagem da instituição, afirmando estar licenciado da função de bispo desde que entrou na vida pública.

Com menos de um ponto porcentual de vantagem, o candidato do PRB ao governo do Rio, senador Marcelo Crivella, surpreendeu e conquistou ontem o direito de disputar o segundo turno da eleição. Apurados os votos de 99,99% das seções, o parlamentar tinha 20,26% da votação, contra 40,57% do vencedor do primeiro turno, o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), que teve 40,57%. Crivella superou, nos últimos dias, o ex-governador Anthony Garotinho, que conquistou 19,73%. Outra surpresa foi o desempenho do postulante do PSOL, Tarcísio Motta. Com 8,92%, ficou em quarto lugar no Estado, pouco atrás de Lindbergh Farias (PT), que obteve 10%. Na capital, Tarcísio ficou em terceiro, atrás dos dois concorrentes que passaram ao segundo turno estadual.

O Rio foi a última unidade da Federação a começar a divulgar seus resultados eleitorais. O atraso aconteceu por causa da demora de eleitores para votar nas urnas com identificação biométrica dos eleitores, nos municípios de Niterói e Armação dos Búzios. As máquinas falhavam, obrigando os votantes a tentarem, por várias vezes, ser identificados. Até 19h, ainda havia gente votando. O Tribunal Regional Eleitoral local se recusou a revelar os números da apuração antes do fim da votação. Demorou tanto que, quando permitiu a divulgação, mais de 60% das urnas já tinham tido seus votos apurados.

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Ao votar, em um clube de Copacabana (zona sul), Crivella antecipou sua estratégia no segundo turno. "Serão todos contra o PMDB", disse o candidato do PRB. "Não é possível ter 30 anos de PMDB. Democracia tem que ter alternância. Essa foi das eleições mais difíceis que disputei no Rio", declarou.

O líder Pezão votou às 11h em sua cidade natal, Piraí, onde foi prefeito duas vezes. Ele precisou de uma "cola" para copiar os números dos candidatos e revelou apenas ter votado em Dilma Rousseff, embora tivesse também o apoio do tucano Aécio Neves e do Pastor Everaldo (PSC).

"O voto é secreto, mas todo mundo sabe que eu votei na Dilma. Tenho um carinho imenso por ela, uma pessoa que ajudou muito o Estado do Rio de Janeiro. Tenho certeza de que vamos fazer grandes parcerias no próximo mandato", declarou.

Pezão disse que, ao longo da campanha e especialmente durante os debates, os adversários foram "comentaristas de obras prontas" e "não apresentaram nada para a população". O pai do governador, Darcy de Souza, de 87 anos, ficou emocionado ao lembrar da infância do filho. "Para quem era operário, ver o filho chegar onde ele está..." comentou.

Com aparência abatida, Garotinho, votou em Campos, onde nasceu e foi prefeito, e não quis fazer previsões sobre possível segundo turno contra Pezão (PMDB), que acabaria não se concretizando. "Vamos esperar a pesquisa da urna. Agora a margem de erro é zero", afirmou o candidato. "Enfrentamos um quadro político de muita adversidade. As maiores forças políticas e econômicas se juntaram contra nós: o governador e o prefeito do Rio, 86 prefeitos do Estado, 15 partidos, 1.800 candidatos. E apesar disso tudo chegamos inteiros", afirmou.

A divulgação de uma mensagem de apoio à candidatura de Marcelo Crivella (PRB) ao governo do Estado do Rio, feita pelo vereador do Rio de Janeiro João Mendes de Jesus por meio de seu site, levou a PRE-RJ a propor representação contra Crivella e o vereador.

A mensagem, divulgada em junho de 2014, antes do período permitido para propaganda eleitoral, continua no site do vereador. Ele afirma que Crivella é "o político e o cidadão com as melhores condições para assumir o Palácio da Guanabara". "Crivella é competente, trabalhador e ficha limpa, e por isso merece a oportunidade de ser eleito governador do Rio de Janeiro", continua a mensagem.

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Sandra Lúcia Teixeira Leite, responsável pelo blog Amigosdocrivella.com, também foi alvo de uma representação. O blog permanecia ativo no início de agosto mesmo após notificação da Justiça Eleitoral determinando sua retirada. "A conduta dos representados foi destinada a alavancar as pretensões políticas de Marcelo Crivella nas próximas eleições e caracteriza propaganda extemporânea, uma vez divulgada em período vedado pela legislação eleitoral, isto é, antes do dia 6 de julho do ano da eleição", acusou o procurador eleitoral auxiliar Sidney Madruga.

Ele cita na representação a jurisprudência da Justiça Eleitoral, que tem coibido a propaganda fora de época nas redes sociais, especialmente pelo grande número de eleitores que conseguem alcançar. Se condenados, Crivella, o vereador e a responsável pelo blog podem pagar multa de até R$ 25 mil. Procurado pela reportagem, o candidato do PRB ainda não se manifestou sobre a representação.

O candidato do PRB ao governo do Rio, senador Marcelo Crivella, que é bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, atribuiu nesta quinta-feira, 7, a seus adversários acusações de que seria homofóbico por ser evangélico. Ele reafirmou considerar o homossexualismo um pecado, mas destacou ser este um assunto privado, que não deve ser tratado pelo governador.

"Por ser evangélico, acham que eu, ou os evangélicos, somos homofóbicos. Não tem povo menos homofóbico que o evangélico. O que os evangélicos querem é o direito de se expressar e dizer que a homossexualidade é pecado", disse Crivella, em sabatina promovida pelo SBT, Folha de S. Paulo e UOL.

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"Homossexualismo é pecado. Não é crime. Não é doença. Mas é pecado, porque a Bíblia diz."

Para o parlamentar, o homossexualismo se resolve "quando a pessoa diz ser ou não ser." "É um assunto pessoal dele. O governador não tem de se meter nisso", disse. "Tenho homossexuais na minha família. Tem homossexuais há anos trabalhando comigo e no meu partido", declarou.

Crivella criticou o Legislativo e afirmou que a política "está chata". "A maioria das matérias que a gente vota é de interesse do capital", declarou. "A política no Congresso Nacional muitas vezes não tem nada a ver com as pessoas. A gente ali trata de interesses corporativos."

O senador prometeu que, se eleito, manterá as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) e atribuiu os tiroteios recentes no Complexo do Alemão à "política". "Quando dão declarações políticas (dando a entender que vão acabar com as UPPs), dão esperança aos traficantes de que vão voltar", disse.

Candidato ao governo do Estado do Rio, o senador Marcelo Crivella, afirmou que a pobreza nas cidades da Região Metropolitana do Rio faz com que "as pessoas migrem para roubar na Capital". Ele afirmou que as Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) precisam ser "universais" e se estender por todo o Estado. Para ele, "homossexualismo não é crime, mas é pecado".

As declarações foram dadas ao programa de televisão Band Eleições 2014 na noite dessa terça-feira, 29, como parte de uma série de entrevista com os candidatos ao governo.

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Ao explicar por quê daria mais atenção à Baixada, caso fosse eleito, já que a maior parte de seu eleitorado está na Capital, Crivella disse que "tratar a Baixada Fluminense é uma das grandes maneiras de ajudar o povo da Capital". "Se você deixar populações vivendo na miséria nas regiões periféricas essas pessoas migram para vir roubar na Capital, onde tem a maior riqueza (do Estado)".

Ele acrescentou que "para serem boas" as UPPs precisam se tornar uma "política pública universal, racional e transparente. (Hoje) não é uma política de Estado. Não é universal porque tem muitas outras áreas que continuam dominadas. Precisamos fazer com que essa política não fique só na zona sul do Rio, ela tem que ir pro resto do Estado".

Para isso, será necessário aumentar ao efetivo da polícia. "Esse resultado que está aqui hoje, traz uma insegurança tremenda para o nosso policial".

Questionado sobre como conciliaria sua posição religiosa (já que é bispo da Igreja Universal) com a laicidade do Estado, ele ressaltou que "política é uma coisa e religião é outra" e garantiu que "não vou diferenciar eleitor (evangélico)".

Crivella também comentou projeto de lei que tramita na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) que prevê punição aos estabelecimentos comerciais que discriminarem homossexuais e sofre resistência da bancada religiosa. "Sou contra qualquer tipo de homofobia. Ninguém tem o direito de mandar na vida dos outros. As pessoas têm que decidir (sobre suas vidas) e todos temos que respeitar".

"Eu acredito que homossexualismo não é doença, mas é pecado porque eu acredito na Bíblia e esse é um direito que eu tenho. O homossexual tem o direito de achar que não é pecado. Preciso conviver com ele respeitando sua posição e ele me respeitando".

Segundo Crivella, o receio do meio evangélico é de que a proposta de lei que criminaliza a homofobia "extrapole e tire o direito dos pastores de dizer que homossexualismo é pecado". "Não farei um governo de discriminação", completou.

"Eu defendo a vida, sou contra o aborto, defendo a família como ela é descrita na Constituição e não quero a liberalização das drogas. Não tem nada a ver com discriminar, perseguir ou odiar os homossexuais ou tirar deles os direitos civis".

O senador disse que sua primeira ação à frente do governo seria fazer um mutirão nos hospitais para atender "a fila de 12 mil pessoas que esperam para fazer uma cirurgia simples". Ele também afirmou que é preciso "levar emprego para onde as pessoas moram e residência para onde as pessoas trabalham" e "transformar as cidades dormitório em unidades produtivas". Para isso é preciso "adensar as cadeias produtoras" do Estado.

O candidato explicou que sua proposta de lei que tramitava no Senado sobre terrorismo e greve foi "mal interpretado". "O projeto não falava de manifestações, do povo na rua reclamando por seus direitos políticos. Falava sobre atos de terrorismo (e propunha que) esses crimes pudessem ser julgados com mais celeridade na Justiça e tivessem penas maiores". O mesmo valeria para as greves que deveriam ter celeridade de julgamento na Justiça do Trabalho.

O deputado federal Anthony Garotinho (PR) e o senador Marcelo Crivella (PRB) estão empatados na liderança das intenção de voto para a eleição de governador do Rio de Janeiro, segundo pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha e divulgada na noite desta quinta-feira, 17. Se a eleição fosse hoje, conforme a pesquisa, Garotinho e Crivella teriam, cada um, 24% das intenções de voto. Em terceiro lugar ficaria o atual governador, Luiz Fernando Pezão (PMDB), com 14%, e em seguida Lindbergh Farias (PT), com 12%. Como a margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou para menos, Pezão e Lindbergh estão tecnicamente empatados.

Tarcisio Motta (PSOL) tem 2% das intenções de voto, seguido por Dayse Oliveira (PSTU) com 1%. O candidato Ney Nunes (PCB) não foi citado.

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Os votos em branco ou nulos somariam 16%, e 7% dos entrevistados não souberam ou não quiseram responder.

O Datafolha ouviu 1.317 eleitores entre os dias 15 e 16 de julho. A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) sob número 00009/2014.

Rejeição

Garotinho lidera também entre os candidatos com maior rejeição entre os eleitores: 39% dos entrevistados não votariam nele de jeito nenhum. A rejeição a Pezão é de 19%, 17% nunca votariam em Lindbergh e 16% não votariam em Crivella.

A pesquisa também avaliou a gestão de Pezão, que assumiu o governo do Rio em abril, substituindo Sérgio Cabral (PMDB), que renunciou. Sua administração é considerada ótima ou boa por 19%, regular por 40% dos entrevistados e ruim ou péssima por 21%. Outros 20% não souberam ou não quiseram responder.

No lançamento do Plano Nacional de Combate à Pesca Ilegal, nesta quarta-feira (4), o ministro Marcelo Crivella anunciou que este ano a produção nacional de pescado deve se aproximar dos dois milhões de toneladas, o que só estava programado para 2014, na etapa final do Plano da Safra da Pesca e Aquicultura.

“A aquicultura brasileira deverá produzir, pela primeira vez na história, em 2013, mais pescado do que a pesca extrativa”, ressaltou o ministro. Serão ao todo produzidas 944 mil toneladas, 33% a mais do que no ano anterior. Um salto de proporções semelhantes ocorreu entre 2010 e 2011, quando a aquicultura nacional cresceu 31%.

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A produção ocorre em tanques rede (gaiolas), em reservatórios e no litoral ou em viveiros escavados em propriedades rurais. Os principais peixes criados são a tilápia, o tambaqui e a carpa. No litoral também são criados frutos do mar, como mexilhões e ostras.

Plano Safra - O ministro lembrou que já foram contratados mais de R$ 500 milhões pelo Plano Safra. O Governo Federal acredita que este volume de financiamento, em condições favoráveis ao produtor, deve aumentar muito no próximo ano. Outro ponto abordado por Crivella foi o recadastramento dos pescadores profissionais brasileiros. A operação deve evitar fraudes na concessão de seguro defeso, no período de reprodução do pescado, quando os profissionais ficam inativos.

Até o momento, anunciou o ministro, já foram suspensas 229.143 carteiras de pescador. A eliminação dos falsos pescadores representa forte economia para os cofres públicos. O recadastramento, feito a partir da data de aniversário do pescador, deve ser concluído em novembro de 2014, segundo Clemerson Pinheiro, diretor do Departamento de Registro da Pesca e Aquicultura do MPA.

 

 

Os ministros da presidente Dilma Rousseff estão em polvorosa tentando um jeito de chegar perto do papa Francisco, durante a semana em que ele estará no Brasil. Mais do que estar no mesmo ambiente, querem tentar uma palavra, uma bênção e até uma foto para a posteridade. Todos, menos o ministro da Pesca, Marcelo Crivella.

Crivella, que é bispo da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd), encontrou uma saída elegante para evitar recusa a um eventual convite da Presidência para comparecer a um dos eventos papais com os colegas de Esplanada. Ele tirou férias de 15 dias e foi apresentar os netos ao parque da Disney, nos Estados Unidos. Voltará ao País no dia 31, quando Francisco já terá ido embora.

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