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Profissionais ligados à área do desenvolvimento de aplicativos e jogos digitais devem ficar atentos ao prazo de inscrições do concurso da Prefeitura do Recife (PCR). Desta vez, em parceria com a Secretaria da Mulher e Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), a gestão está promovendo uma competição para programadores que desenvolverem aplicativos relacionados à promoção da igualdade entre meninos e meninas no ambiente escolar. A ação faz parte do programa 'Maria da Penha vai à Escola', também da PCR.  

Os interessados têm até o dia 6 de novembro para desenvolver e experimentar aplicativos que tratem sobre o enfrentamento à violência contra a mulher e o combate aos preconceitos de classe, raça, orientação sexual e às pessoas com deficiência, através do entretenimento digital. As inscrições podem ser feitas através do formulário eletrônico disponível no site do concurso.  

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Os concorrentes devem entregar os aplicativos nas plataformas de mobile (smartphones e tablets) ou computadores em até 90 dias. Todos os programas ganhadores serão disponibilizados, de forma gratuita, para os estudantes da rede municipal de ensino.  

Os jogos precisam ser ambientados no Recife e trazer a personagem Maia Maravilha, uma jovem negra, protagonista do concurso, que utiliza o seu arsenal superpoderoso - microfone, gravador, caneta e livros - para defender a igualdade de gênero e a divulgar a Lei Maria da Penha. Ao todo, serão distribuídos R$ 30 mil em prêmios para os cinco primeiros colocados. Após o prazo citado, o resultado será publicado no Diário Oficial do Município do Recife e no site da PCR. O edital com todas as informações está disponível no site da Prefeitura do Recife.

Maria da Penha vai à Escola - O Maria da Penha vai à Escola é uma ação desenvolvida no Recife com alunos  3º ao 5° ano  do ensino fundamental da rede municipal de ensino. Em cada escola, são realizadas três oficinas sobre igualdade de gênero e Lei Maria da Penha com intuito de desconstruir o machismo e fortalecer a equidade entre homens e mulheres. Após as oficinas, cada turma realiza um encontro sobre tudo o que foi aprendido. Toda a comunidade escolar é envolvida no processo.  O programa também vai abranger, a partir deste mês de agosto, os alunos do 6° ao 9° anos e do Ensino de Jovens e Adultos (EJA).  

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A Polícia Civil de Goiás divulgou nesta quarta-feira (29) a prisão de Wilson Ronnie, de 41 anos, autor de agressões e ameaças pela Lei Maria da Penha à ex-companheira, com quem possui dois filhos. A obsessão de Wilson era tanta que, mesmo após o fim do relacionamento, ele tatuou o rosto da ex em seu abdômen. 

Segundo a delegada Sabrina Leles, responsável pelas investigações, o preso possuía proteção por Medidas Protetivas de Urgência, deferidas pela Justiça. Ele já era investigado por agressões físicas praticadas contra a antiga esposa. A prisão aconteceu na última segunda-feira (27) no município de Caldas Novas-GO. 

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Apesar das medidas protetivas, o investigado não se conformava com o fim do relacionamento e ameaçava a vítima de morte, além de pertubá-la até em seu ambiente de trabalho. A polícia também informou que Wilson realizava rituais de magia negra e que chegou a enterrar uma maçã com os fios de cabelo da ex no quintal da casa dela.

O preso foi encaminhado à Unidade Prisional de Caldas Novas. Ele divide espaço com outros 47 presos também recolhidos pela Lei Maria da Penha. 

"Olá, eu sou a Maria da Penha. Pela minha história e minha luta, dou nome à principal lei brasileira contra a violência doméstica. Nesse mês de março, emprestei meu nome ao RIOGaleão. Essa causa precisa da visibilidade e do apoio de todos e de todas."

A mensagem, na voz de Maria da Penha Maia Fernandes, liderança da defesa dos direitos das mulheres, está sendo veiculada no sistema de som do Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim (Galeão) desde quarta-feira (8), Dia Internacional do Mulher.

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Como forma de dar força à Lei Maria da Penha, o terminal carioca teve seu nome modificado temporariamente até o dia 18 deste mês. A denominação "Aeroporto Maria da Penha" está sendo usada pelos comandantes nos pousos e decolagens de aviões.

A campanha também é veiculada na voz de Iris Lettieri, a locutora do aeroporto. Nas instalações internas e externas, foram colocadas peças publicitárias com uma foto de Maria da Penha acompanhada do seguinte slogan: "O Rio Galeão emprestou o seu nome para trocar o destino de muitas mulheres."

A intenção dos organizadores é provocar a discussão do assunto, chamar a atenção para os números elevados de agressões a mulheres no País e divulgar a existência da legislação, que é de 2006 e tornou mais rigorosas as punições a homens que cometem violências física e psicológica contra mulheres.

Também como parte da campanha, a Rádio RIOgaleão apresentará durante o restante do mês de março o programa "Agora é que São Elas", com duração de uma hora. A atração trará apenas músicas interpretadas por cantoras brasileiras.

Em meio a projetos que tramitam no Congresso Nacional propondo alterações na lei que combate a violência doméstica, a mulher símbolo da legislação pede que não ocorram mudanças no texto. Maria da Penha acredita que mecanismos de assistência previstos na legislação ainda precisam ser implementados efetivamente na maioria das cidades brasileiras.

Segundo ela, apenas parte dos municípios conseguiram colocar em funcionamento serviços de assistência a vítimas de violência e, assim, não conseguem notar a eficácia da lei.

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Durante o 10.º Encontro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, onde foi palestrante, Maria da Penha demonstrou receio em eventuais contestações jurídicas que as mudanças podem causar. "A gente tem conhecimento de que estão tentando mexer, até para dar poder ao policial para decidir pela medida protetiva, o que pode ser alvo de contestação pela sua constitucionalidade", disse. "Não é do nosso interesse que se altere a lei, que não funciona corretamente por falta de compromisso de gestores públicos. Vamos primeiro criar as condições."

O projeto 7/2016, de autoria do deputado Sérgio Vidigal (PDT-ES), prevê que a prerrogativa de concessão de medidas protetivas hoje reservada a juízes seja ampliada também a delegados. O PL ainda está sob análise da Câmara.

A lei contra a violência doméstica completou dez anos de vigência em agosto, após ter sido elaborada e discutida com a participação de movimentos sociais em 2006. Na Câmara e no Senado, estão atualmente em discussão ao menos 89 projetos de lei que visam a principalmente endurecer penas a homens autores de agressão. Movimentos demonstraram preocupação diante da possibilidade de mudança, sem que haja um debate amplo em torno do tema.

Os serviços de abrigo e assistência estão presentes prioritariamente nas capitais e grandes cidades, aponta Maria da Penha, que cobra ação política sobre o assunto. "Precisa fazer com que os prefeitos se comprometam a criar as condições para as mulheres dos seus municípios ter onde denunciar, se orientar e ser abrigar", disse.

Em palestra a pesquisadores da área da segurança, policiais e especialistas, a mulher, cujo histórico de agressão sofrida levou o País a ser cobrado por organismos internacionais para implementação de medidas contra a violência, reforçou que "é necessário não permitir que segmentos do Legislativo possa ameaçar a estabilidade da lei". "Isso acaba colocando em segundo plano o que deveria ser o principal foco: a devida implementação da lei."

* O repórter viajou a convite do Fórum Brasileiro de Segurança Pública

O Botão do Pânico de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR), foi acionado pela primeira vez menos de um mês após ser lançado. O caso aconteceu na última quarta-feira (14), quando o dispositivo foi acionado por duas mulheres, a ex-companheira e a filha de um potencial agressor.

A identidade das mulheres será mantida em sigilo por determinação judicial. O potencial agressor é um policial militar que estava descumprindo a medida protetiva de 200 metros expedida pela Justiça. A prefeitura do município acredita que a tecnologia evitou uma nova agressão, visto que o policial já chegou a agredir uma outra filha, que não se encontrava no local.

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Foram ao local a Patrulha Municipal Maria da Penha (PMMP) e uma guarnição da Polícia Militar. Ao chegarem ao endereço, entretanto, o agressor já havia fugido do local, evitando que fosse feito o flagrante. A ex-companheira e a filha do policial foram encaminhadas à 6ª Delegacia Seccional de Polícia, no bairro de Prazeres, para o registro do Boletim de Ocorrência (BO).

O Botão do Pânico foi lançado em agosto durante as comemorações dos dez anos da Lei 11.340 – Lei Maria da Penha. A bateria do aparelho foi projetada para durar o dia todo, podendo ser recarregada em tempo médio de 2 a 3 horas. Cerca de três segundos após acionado, o sistema disparada um alarme na central de monitoramento da prefeitura e nos smartphones das viaturas da Patrulha Municipal Maria da Penha, transmitindo a localização da vítima. O aparelho também começa a gravar o áudio ao redor e, através do aplicativo, também é possível acionar para que tire fotos. Nenhum som é emitido e apenas uma vibração indicia para a vítima que o pedido de socorro foi feito com sucesso.

Jaboatão é o único município do Nordeste a dispor do equipamento para mulheres com medidas protetivas expedidas pela Justiça. Em fase de teste, a tecnologia foi entregue a dez mulheres. Em Vitória-ES, onde foi criado, 55% das ativações do aparelho resultaram em prisão em flagrante do agressor. No município pernambucano, foram solicitados inicialmente 50 botões, mas o contrato prevê a possibilidade de aquisição de novos equipamentos. 

Na próxima sexta-feira (26), o município de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR), lançará o Botão do Pânico, para mulheres vítimas de violência doméstica e familiar. Através do botão, as mulheres que se sentirem ameaçadas poderão acionar imediatamente a Patrulha Municipal Maria da Penha (PMMP).

O dispositivo vai começar de forma piloto através de um convênio com o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) com a disponibilização de 10 botões para mulheres com medidas protetivas expedidas. “Estamos com capacidade para trabalhar com 50 botões. De início, iremos disponibilizar 10 para esta fase”, explicou a secretária Executiva da Mulher de Jaboatão, Ana Selma dos Santos.

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Além de emitir um sinal sonoro para o monitoramento da PMMP, o botão também capta o áudio do ambiente no momento em que é acionado. “Todo o áudio é captado e poderá ser feito o download, apenas pela juíza da Vara de Violência Doméstica e Familiar da Mulher, e esse arquivo poderá ser utilizado como prova”, acrescentou Ana Selma.  

Segundo a prefeitura da cidade, Jaboatão é a primeira cidade do Nordeste a implantar o sistema lançado primeiramente pela Prefeitura de Vitória, no Espírito Santo. Na última quarta-feira (24), foi realizado um treinamento do uso do equipamento, que contou com a participação de profissionais da Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, Polícia Militar, Guarda Municipal e Delegacia da Mulher. Durante o evento, a equipe técnica também foi treinada para cadastrar as mulheres aptas a receberem o dispositivo.

Passeata contra a violência doméstica acontece em frente à igreja Matriz, no centro de Guarulhos, e reúne mulheres que lutam para conseguir maior apoio contra a violência doméstica.

Com velas acesas e uma cartaz escrito “Os agressores de mulheres são quase sempre os maridos, ex-maridos ou companheiros” as mulheres têm em comum as marcas do sofrimento vivido dentro de casa.

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“Ser violentada já é constrangedor, dentro de casa então, é ainda pior. E tão constrangedor que as mulheres não denunciam e preferem deixar o problema guardado por tanto tempo. Falta coragem e incentivo para denunciar” relata Maria Helena, que trabalha na Coordenadoria da Mulher, da prefeitura de Guarulhos. (Aline Cunha)

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O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) homenageou, nesta segunda-feira (15), personalidades de diversas áreas que contribuíram com a Justiça e a melhoria da sociedade no estado e pelo país. O evento aconteceu no Salão Pleno do Palácio da Justiça, localizado no bairro de Santo Antônio, no Recife e teve como uma das principais figuras homenageadas Maria da Penha. 

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Ao fazer o discurso inicial da solenidade, o presidente do TJPE, desembargador Leopoldo Raposo, destacou que as homenagens prestadas enaltecem o trabalho 

de figuras importantes para a melhoria da sociedade. "Quero salientar que estamos a comemorar os 194 anos de existência do Tribunal de Justiça de Pernambuco, que com quase dois séculos de história, se mantém contemporâneo para atender às expectativas da população", afirmou.

O desembargador Silvio Neves Baptista Filho foi o primeiro agraciado com a Medalha do Mérito Judiciário com o Grau Grão Colar de Alta Distinção, a mais alta condecoração do TJPE. Em seguida, a comenda foi entregue ao ministro das Cidades, Bruno Araújo. 

No Grau Grande Oficial, receberam a homenagem o deputado federal Luiz Gonzaga Patriota, o defensor público geral do Estado, Manoel Jerônimo de Melo Neto e Maria da Penha que dá nome à Lei nº 11.340/2006, recebeu a Medalha do Mérito Judiciário Desembargador Joaquim Nunes Machado. Fundadora de uma organização não governamental voltada à conscientização das mulheres sobre os seus direitos e contra a violência doméstica e familiar, da qual foi vítima. "Essa homenagem estimula a gente a continuar o nosso trabalho. Esperamos que assim haja uma maior conscientização sobre o assunto da violência contra a mulher e que a lei seja cumprida", discursou.

O psicólogo Luiz Schettini Filho, autor de vários livros na área das relações interpessoais e educação de filhos e especialista em adoção, recebeu a Medalha do Mérito Judiciário Grau Comendador, assim como a procuradora de Justiça Eleonora Luna e o médico Wilson Oliveira Júnior. Na categoria juízes, foram agraciados os magistrados Hildeberto Júnior da Rocha Silvestre, Daniela Rocha Gomes e Júlio Pereira de Almeida.

A esposa de Paulo Freire, Ana Maria Araújo Freire, representou o marido na homenagem póstuma. "Para mim, foi uma grande alegria Paulo ter sido agraciado por alguns motivos: Paulo é pernambucano e recifense; amou essa cidade e esse estado. Então, vir receber essa comenda tem essa importância enorme. Essa honraria também reforça que Paulo está vivo e está presente. Ele é o patrono da educação brasileira e é preciso que a cada dia se diga isso para que não esqueçamos", ressaltou sua esposa. O general da Brigada, Francisco Mamede de Brito Filho foi outro homenageado.

A vice-presidente do Superior Tribunal Federal (STF), a ministra Cármen Lúcia também receberia uma comenda, porém não compareceu ao evento e teve a homenagem prorrogada.

Servidores homenageados - Os funcionários do TJPE também foram prestigiados com a honraria no Grau Cavaleiro. A medalha foi concedida aos Renata Figueirêdo Alves, Antônio Carlos de Oliveira Martins e Valdecyr Gomes da Costa. A jornalista Meiry Lanunce também recebeu homenagem. O Diploma de Honra ao Mérito foi entregue a 19 servidores do Judiciário estadual: Rafael Meneses, Flávia Maciel, Beluse de Lucena, Tibéria de Lima, Clarissa Lima, Maristela de Lima, Maurício Brainer Júnior, Marcel Lima, Naiana Siracusa, Zoraide Monteiro, Liane Lacerda, Aline de Melo, Ricardo Constantino da Silva, Edmilson Teixeira, Adriano da Mota, Alexandre Almeida da Silva, Klênia de Sousa, Cláudia de Oliveira e Antônio Martins. 

 

* Com informações da assessoria

Figura emblemática no combate à violência contra a mulher, Maria da Penha afirmou, nesta segunda-feira (15), que o país avançou nas políticas públicas destinadas a questões do tipo, mas “ainda falta muito” a ser feito. De passagem pelo Recife, para receber a Medalha do Mérito Judiciário Desembargador Joaquim Nunes Machado Grau Grande Oficial do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), a farmacêutica disse que a interiorização das iniciativas voltadas para a mulher e o investimento na educação sobre ações que incentivem o respeito feminino podem ampliar os resultados da Lei nº 11.340/2006, que Maria da Penha nomeia e completa dez anos neste mês.

“Sabemos da dificuldade que é desconstruir uma cultura. Acredito que nós avançamos, mas ainda falta muito para que aja a desconstrução desta cultura e para que os gestores façam políticas públicas e a lei saia do papel”, frisou, em entrevista coletiva concedida antes da cerimônia. “A sociedade através das suas instituições estão se apropriando da lei, mas ainda falta muito. Por exemplo: interiorizar as políticas públicas que estão presentes nas capitais. A mulher, na maioria dos pequenos e médios municípios, não tem ao menos um centro de referência que possa orientá-la numa situação de violência doméstica”, acrescentou. 

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Para Maria da Penha, um dos principais meios de reduzir o índice de violência contra a mulher é investir em práticas educacionais a partir do ensino fundamental que conscientizem os cidadãos desde cedo. “Outro compromisso importantíssimo é a questão da educação, para que desde o ensino fundamental seja colocado esta questão do respeito à mulher, para que crianças, jovens e adultos sejam conscientizados. Se o gestor não faz as políticas públicas [voltadas para o perfil] é porque ele não tem consciência da importância da lei para a sociedade equilibrada”, argumentou. 

Dados do Mapa da Violência de 2015 indicam impacto positivo. Enquanto o índice de crescimento do número de homicídios de mulheres no Brasil foi de 7,6% ao ano entre 1980 e 2006, quando a Lei Maria da Penha entrou em vigor, entre 2006 e 2013 o crescimento foi de 2.6% ao ano. Em 2015, a Central de Atendimento à Mulher recebeu 76.651 relatos de violência. Entre esses relatos, 50,16% corresponderam à violência física; 30,33% à violência psicológica; 7,25% à violência moral; 2,10% à violência patrimonial; 4,54% à violência sexual; 5,17% a cárcere privado; e 0,46% ao tráfico de pessoas.

Sob a ótica dela, “sair da violência doméstica não é fácil, mas não é impossível”. “A facilidade só pode ser dada a mulher através das políticas públicas”, frisou. Já sobre as mudanças que estão em tramitação no Congresso Nacional, entre elas a emenda que dá aos delegados o poder de conceder medidas protetivas as mulheres assim que fizerem as denúncias ela disse que o grupo de Organizações Não Governamentais (ONGs) que idealizaram a legislação é quem deve decidir em consenso sobre o assunto. “Isso tem que ser discutido junto com esta equipe que trabalharam, estudaram e fizeram a lei”, resumiu. 

No dia em que a Lei Maria da Penha completa 10 anos de vigência, a Av. Paulista será palco de uma manifestação para comemorar a data, mas que também pedirá medidas que melhorem o atendimento às mulheres vítimas de violência no Estado de São Paulo. A principal exigência é de que Delegacias de Defesa da Mulher funcionem 24 horas por dia e sete dias por semana. Uma petição online já soma 20 mil assinaturas, de acordo com a ONG Minha Sampa, que organiza o evento.

"O governo do Estado precisa entender que violência não tem hora marcada. Hoje, 90% dos casos de violência contra a mulher nunca chegarão a ser investigados. Isso porque o fato de não existir atendimento 24h reduz o número de denúncias", afirma Anna Livia Arida, advogada e Diretora Executiva da Minha Sampa.

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O evento está marcado para as 14 horas e terá início no Vão Livre do Masp, com uma caminhada até o trecho da avenida em frente ao prédio da TV Gazeta, onde haverá uma apresentação artística com 20 mulheres. Na cidade de São Paulo, nove delegacias oferecem atendimento especial para uma população de mais de 5 milhões de mulheres. No Estado inteiro, são 132 Delegacias de Defesa da Mulher. Nenhuma delas funciona 24 horas ou aos finais de semana.

A Lei Maria da Penha completa dez anos no domingo (7). Essa lei foi sancionada em 2006 após 23 anos de luta de Maria da Penha Maia Fernandes, vítima de violência doméstica. Ela chegou a sofrer duas tentativas de assassinato pelo próprio esposo, uma por arma de fogo, que a deixou paraplégica, e em outra ocasião tentou eletrocutá-la durante o banho. Desde então, registrou queixas e passou a lutar para que o crime do marido não prescrevesse e ela pudesse ver o agressor condenado pelas agressões contra ela e as filhas. Com a lei em vigor, em 2014, a Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República realizou uma pesquisa e levantou que 98% da população já tinha ouvido falar sobre a lei e 70% consideravam que a mulher é mais agredida em ambiente doméstico do que em locais públicos.

Os dados do IBGE mostram que a violência contra a mulher se dá, em sua maior parte, no ambiente doméstico. Os números da pesquisa PNAD/IBGE de 2009 mostraram que 48% das mulheres agredidas no Brasil declararam terem sido vítimas dentro de casa e mais de 82% tinha relação afetiva com o agressor. Entre os homens, 56% declararam que já cometeram algum tipo de agressão (incluindo agressão verbal, empurrões, tapas, socos, cárcere privado e sexo sem consentimento). Dos casos analisados, 77% das mulheres relataram que as agressões são diárias ou semanais.

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Outro dado importante mostra que três em cada cinco mulheres jovens já sofreram violência em relacionamentos, segundo pesquisa do Instituto Avon. Foram entrevistados 2.046 jovens com idade entre 16 e 24 anos, das cinco regiões do país, no mês de novembro de 2014. Outros números mostram que 96% dos jovens aprovam a Lei Maria da Penha e o mesmo número diz que o machismo é perceptível na sociedade. Apesar disso, os padrões tidos como machistas pela pesquisa ainda são aprovados por grande parte desses jovens, tais como o número de parceiros de uma mulher deve ser pequeno e a liberdade sexual feminina deve ser vigiada. Dos jovens perguntados, 25% acreditam que a mulher que usa roupas decotadas está se oferecendo para os homens e 80% consideram inaceitável uma mulher ir para bares ou festas e fazer uso de bebida alcoólica.

Nove anos após a aprovação da Lei 11.340, conhecida como Maria da Penha, a violência contra a mulher foi tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Maria da Penha Maia Fernandes, de 70 anos, cuja história inspirou a legislação, considera a prova uma oportunidade para medir a percepção dos estudantes sobre o assunto.

Ela sofreu duas tentativas de homicídio, praticadas pelo ex-marido - ferida por um disparo, ficou em cadeira de rodas. Por anos, lutou pela prisão do agressor. Sua batalha originou a Lei Maria da Penha, que estabelece penas mais duras para a violência em casos de violência doméstica. A legislação foi parte do material de apoio na redação do Enem, prova realizada no domingo, 25.

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"As pessoas precisam cada vez mais se conscientizar sobre a importância da lei na vida das mulheres", disse Maria da Penha em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. "Nós sabemos que a violência está muito presente na vida do jovem. Quer eles vivam com o pai agressor, quer vivam agredindo suas namoradas, porque aprenderam em casa", afirmou, ao ressaltar a importância do tema proposto na redação do Enem.

Questionada sobre o que seria necessário para a violência de gênero diminuir no Brasil, Maria da Penha apontou a falta de uma grande política pública sobre o tema. "Fazer com que a Lei Maria da Penha seja devidamente implementada é o caminho para diminuir essas injustiças", finalizou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), assina, nesta quarta-feira (8), o decreto municipal que regulamenta a ação "Maria da Penha vai à Escola - Construindo a Igualdade". A iniciativa, segundo o gestor, visa à promoção de uma educação básica com a erradicação da desigualdade de gêneros nas escolas municipais.

Neste ano, as atividades da ação "Maria da Penha vai à Escola" tiveram início no dia 2 de março. De acordo com um balanço da Prefeitura, mais de 22 escolas já foram alcançadas e 46 turmas contempladas. Com isso foram realizadas 132 oficinas que alcançaram 1062 estudantes. 

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A medida deve reforçar a política municipal no enfrentamento à violência de gênero, na busca de uma cultura de respeito e defesa das pessoas do sexo feminino, como já vem fazendo a campanha educativa que tem, entre outras atividades, oficinas lúdico-pedagógicas para professores e alunos, circuitos de diálogos, reuniões avaliativas e oficinas temáticas com os professores, a gestão escolar e o pessoal de apoio. 

O PSDB Mulher - Pernambuco se manifestou por meio de nota oficial em relação aos recentes casos de violência contra a mulher no Estado. Dentre as agressões mais chocantes o segmento citou o da jovem Maria Alice Seabra, 19 anos, assassinada pelo padrasto e o da doméstica Aldenize Firmino, 38, cujo corpo foi achado de cabeça para baixo dentro de um balde. 

Expressando solidariedade às famílias das vítimas, o colegiado, presidido pela ex-deputada Terezinha Nunes, entende que o combate ao problema da violência contra a mulher não se restringe ao aparelho policial. “A sociedade precisa se conscientizar e contribuir com organizações voltadas para a defesa da mulher”, acredita o segmento.

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Confira a nota na íntegra: 

A violência contra a mulher que havia sido reduzida no Brasil após a aprovação da lei Maria da Penha, voltou a se manifestar de forma cruel nos últimos dias, sem que ainda se tenha uma explicação para isso.  O Nordeste, em particular, vem sendo palco de crimes que têm causado estarrecimento. O problema não é próprio de um estado e nem de um partido político que por ventura esteja no poder. Tem atingido a toda a região.

Em Pernambuco, o Pacto pela Vida vem conseguindo reduzir o problema ao longo dos anos mas, só nos últimos 15 dias, nove mulheres foram mortas, sendo os casos mais chocantes o da jovem Alice Seabra, de 19 anos, assassinada pelo padrasto e que teve uma mão decepada e da doméstica Aldenize Firmino, 38 anos, cujo corpo foi achado de cabeça para baixo dentro de um balde.

O PSDB Mulher vem expressar às famílias das vítimas sua solidariedade e conclama todas as mulheres a darem as mãos para tentar dar um basta a este estado de coisas. Está claro que apenas o aparelho policial não é suficiente para coibir os abusos. É necessário que a sociedade se conscientize e se una a todos que, no Governo ou fora dele, podem dar sua contribuição ou já estão engajados em organizações voltadas para a defesa da mulher.

O ódio que caracteriza os casos acima demonstra que o problema da violência contra a mulher pode estar se agudizando e é necessário buscar saídas. As Igrejas, a OAB, o Movimento de Mulheres, as diversas secretariais e órgãos de defesa da mulher no estado podem dar grande contribuição ao debate sobre o tema e fazer ecoar um grito de indignação que atinja a toda a sociedade. Antes que mais vítimas sejam acrescidas à estatística nefasta que nos atinge.

A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei 8032/14, da deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), que estende a pessoas transexuais e transgêneros que se identifiquem como mulheres a proteção da Lei Maria da Penha (11.340/06).

Atualmente, a lei protege mulheres, independente de orientação sexual, de violência doméstica e familiar que cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial.

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“A lei, um instrumento de combate à violência doméstica contra a mulher, deve se aplicar a todos os casos envolvendo mulheres em situação de violência, abrangendo transexuais e transgêneros também”, disse Feghali. Segundo a deputada, estender a proteção da lei a essas pessoas é algo “natural e necessário”.

Dentre outras medidas, a Lei Maria da Penha tipifica as situações de violência doméstica, proíbe pena de multa aos agressores, amplia a punição de um para até três anos de prisão e determina o encaminhamento das vítimas, assim como de seus dependentes, a programas de proteção e de assistência social.

*Com informações da Agência Câmara

A juíza Aline Luciane Quinto utilizou a Lei Maria da Penha para conceder medidas de proteção a um rapaz que foi agredido por seu ex-companheiro na cidade de Primavera do Leste, a 231 quilômetros o sul de Cuiabá (MT). Com a decisão, o agressor está proibido de se aproximar do rapaz "ou de qualquer lugar onde ele esteja, devendo manter distância mínima de 200 metros". O réu também está proibido de ter contato com a vítima por qualquer meio de comunicação.

Segundo a decisão judicial, a vítima conviveu por quatro anos com o agressor. Eles se separaram há um mês. Com o fim do relacionamento, o rapaz alegou que "vem sofrendo ameaças de morte e está sendo perseguido em seu trabalho e na instituição de ensino que frequenta". Ele afirmou ainda que o réu é "extremamente agressivo, possessivo e de comportamento instável".

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Ao analisar o caso, a magistrada entendeu que as providências de proteção previstas na Lei Maria da Penha "podem ser aplicadas aos participantes de relações homoafetivas que, em face de espécie de violência doméstica, estejam vulneráveis".

A juíza Aline Quinto afirma ainda que as medidas previstas na Lei Maria da Penha podem ser aplicadas em favor de qualquer pessoa vítima de violência em âmbito doméstico, familiar ou de relacionamento íntimo - não podendo falar em vedação de analogia prevista em Direito Penal.

Com o objetivo de reduzir o número de mulheres assassinadas no Estado, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) criou um software para verificar os possíveis entraves na apuração e julgamento dos delitos de gênero. O programa irá possibilitar o órgão a levantar dados estatísticos sobre o problema e a partir daí, planejar ações e sugerir políticas públicas, a fim de diminuir os índices de violência contra o sexo feminino.

Também através do software, o Núcleo de Apoio à Mulher (NAM), com base na Lei Maria da Penha (art. 26, III), iniciará uma pesquisa sobre a qualidade do atendimento às mulheres vítimas de violência abrangendo todo o Sistema de Justiça especializado no Recife.

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Além disso, o software ainda permitirá definir o perfil do agressor e da vítima, classe social, religião, qual o dia da semana em que acontece a violência, período do dia, renda, entre outros dados.

“O melhor é que o diagnóstico poderá ser feito sem interromper o trabalho diário da Promotoria de Justiça, aproveitando a presença da vítima e do agressor no momento da audiência de instrução e julgamento. À medida que formos preenchendo os questionários, vamos alimentando esses dados estatísticos sem precisar de uma compilação posterior”, ressalta  o coordenador do NAM, promotor de Justiça João Maria Rodrigues.

Depois de concluído o diagnóstico, as informações serão entregues ao Instituto Maria da Penha (IMP), que terá o papel de consolidá-las em um estudo científico.

 Segundo o MPPE, de 2006 a 2012 houve uma redução no índice de violência contra a mulher de 40%. No entanto, de 2012 a 2013, houve um aumento de 24%. No ranking dos estados, Pernambuco é o 5º mais violento e o Recife é a 6ª capital mais violenta.

Desde 2006 que as mulheres brasileiras podem, de fato, se sentir seguras. A lei Maria da Penha completou sete anos em agosto e tem sede fixa na cidade de Fortaleza, no Ceará. O Instituto Maria da Penha – IMP – fundado em 2009, vem ganhando força e alcançando mais lugares no país. No Recife, quem coordena as atividades é a vice-presidente Regina Célia, que teve a ideia para o almoço de adesão, que teve o propósito de conquistar mais parceiros nas ações de combate à violência contra a mulher. “O instituto Maria da Penha nasceu de uma conversa. Alí tinha uma confusão de ideias. Em 2008 saiu o projeto do instituto até 2020 e a gente já tá estendendo até 2024”, comentou a vice-presidente, emocionada com a conquista.

Para o Grupo Plexos, empresa dos sócios Hugo Barros e Marcela Laranjeiras que também é parceira na realização do almoço, trabalhar com o IMP, com a tradição e a forte atuação na sociedade que ele tem, é excelente e firma um propósito de alcançar mais e mais conquistas na causa. “Maria da Penha é um marco histórico. A história de vida dela é algo que nos dá muita gratidão em poder estar trabalhando com alguém que marca a legislação de proteção à mulher”, comentou Marcela.

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Outro parceiro presente foi Jayme Asfora, padrinho da instituição, que participou do início de tudo e tem uma ligação muito forte com Penha. “É uma obrigação civilizatória e espiritual. Primeiro, ajudar todo mundo, ser tolerante, compassivo e solidário a todo mundo. Segundo que é obrigação. Embora eu me sinta muito a vontade, porque sempre fui a favor da igualdade de direitos entre gêneros diferentes. Entre as diferentes orientações sexuais e diferentes raças. Luta pela liberdade e pela igualdade é algo que me encantou desde cedo, quando comecei a estudar direito”, falou Asfora sobre a sensação de ser padrinho da instituição.

Se engana quem acha que a violência acontece apenas dentro das famílias de baixa renda. 63% das mulheres brasileiras apanham em casa e a cada 15 segundos uma sofre algum tipo de violência. Apesar da lei visar proteger, o maior medo das mulheres é de denunciar. Pensando nisso, o STJ decidiu que mesmo que a mulher desista da denúncia, o processo continua até o final. “É exatamente a criação das políticas públicas que possam estar presentes em todos os municípios, para que a sociedade saiba onde buscar ajuda no momento em que a violência doméstica acontecer em casa, ou na casa de vizinho”, afirmou Maria da Penha sobre o que ainda precisa mudar na lei.

A proposta do almoço é ser anual, sempre no mês de novembro, para relembrar da importância de parceiros e apoio no projeto. Para quem pensa que a ajuda pode ser apenas financeira, muito se engana. Ideias, ações e tempo também são muito bem vindas no trabalho. Aqui em Pernambuco, o IMP ainda não tem sede, mas existe esse projeto de trazer uma filial para o Recife.

 

A cearense Maria da Penha, figura importante na luta à violência contra a mulher no país, participa de uma mesa redonda para discutir políticas públicas voltadas ao segmento feminino da cidade. O evento é em comemoração aos sete da Lei Maria da Penha – 11.340/2006 e acontece nesta quarta-feira (6), às 11h, no auditório do Ministério Público de Pernambuco, em Paulista, Região Metropolitana do Recife (RMR).

Durante o evento, serão apresentadas as ações desenvolvidas pela gestão municipal para reduzir a violência doméstica e familiar contra a mulher, entre elas, a campanha “Maria da Penha vai às Escolas”, realizada nas instituições da rede municipal como forma de conscientizar os alunos acerca de valores importantes para a formação de uma sociedade mais justa e igualitária.

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SERVIÇO:

Mesa redonda com Maria da Penha para discutir políticas públicas voltadas às mulheres

Quando: Nesta quarta (6), às 11

Onde: Auditório do MPPE (sede Paulista) – Av. Senador Salgado Filho, s/n, Centro. Próximo ao Fórum do município.

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Para comemorar os sete anos da Lei Maria da Penha, a Polícia Civil  promoveu um mutirão, durante o mês de setembro, de inquéritos relacionados à violência contra a mulher. Ao todo, 650 inquéritos foram entregues ao Ministério Público. Desse total, 300 foram no Recife, 200 em Jaboatão dos Guararapes e 150 em Caruaru, no Agreste; totalizando 2.500 depoimentos, de acordo com a apresentação oficial, realizada na manhã desta quarta-feira (25), Sede Operacional da Polícia Civil, no bairro da Boa Vista.

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A ação, que foi realizada com a parceria dos policiais das Delegacias da Mulher, teve a finalidade de reduzir os casos de violência e, em especialmente, os homicídios contra a mulher no Estado. Os principais crimes identificados são de lesão corporal, ameaças, injúrias e sexuais.

Em 2006, quando a Lei foi instituída, os casos de homicídio contra mulher, em Pernambuco, somavam 321. Seis anos depois, em 2012, esse número caiu para 207, o que representa uma redução de 34%.

De acordo com a diretora do Departamento de Polícia da Mulher (Depemul), Lenise Valentin, a ideia é comemorar os sete anos da lei prestando serviços à sociedade. "Retiramos dos arquivos das delegacias casos que ainda não estavam concluídos, que ja vem de vários períodos. Nosso principal objetivo foi prestar um serviço excessivo à sociedade dando uma resposta aos sete anos da Leia Maria da Penha com muito trabalho", comenta.

Com isso, os inquéritos que, em sua maioria, são de ameaças à mulher foram encaminhados ao Ministério Público que dará prosseguimento às ações. Outra medida que será tomada, a partir de agora, é que todas as delegacias da polícia civil no Estado terão disponíveis uma cartilha da Lei Maria da Penha, independente da unidade ter atendimento ao público.

Com informações de Débora Míriam

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