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O senador Renan Calheiros (MDB-AL) vai iniciar neste fim de semana uma campanha pedindo que os correligionários do MDB votem contra a candidatura de Henrique Meirelles à Presidência da República nas eleições 2018 na convenção do partido, marcada para 2 de agosto. Candidato a novo mandato, Renan propõe que o MDB não apresente chapa própria ao Palácio do Planalto e libere os diretórios para os arranjos regionais.

Aliado do PT em Alagoas, o senador divulgou nesta sexta-feira, 13, um vídeo nas redes sociais defendendo liberdade para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato ao Planalto e condenado e preso pela Operação Lava Jato. "Inacreditáveis os caminhos tomados no caso do presidente Lula: quando as provas inocentam, prende-se. Quando as provas condenam, absolve-se. São os sinais trocados de uma época bipolar", provocou Renan.

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Pelas contas da cúpula do MDB, Meirelles já tem o apoio de 443 dos 629 delegados que participarão da convenção do partido, em Brasília. O cálculo foi feito pelo ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, vice-presidente do MDB e conhecido por suas planilhas certeiras.

As resistências ao lançamento do ex-ministro da Fazenda diminuíram e estão mais concentradas nos diretórios do MDB de Alagoas, Ceará, Sergipe, Paraná e Pernambuco. Renan, porém, disse que intensificará a campanha "Não ao Meirelles", telefonando para convencionais e mandando mensagens pelo WhatsApp. Além disso, no dia da convenção do MDB, combinou com colegas a estratégia do "não voto".

A ideia é que o senador, adversário do presidente Michel Temer, registre ali uma proposta para "disputar" com Meirelles, prevendo que o MDB não tenha candidato ao Planalto.

"O importante é que o MDB é um partido de presença nacional e que acolhe a diversidade de opiniões", disse Meirelles à reportagem. "Mas nós já temos ampla maioria no partido, teremos uma vitória consagradora na convenção e vamos ganhar as eleições em outubro."

O presidente do MDB, senador Romero Jucá (RR), afirmou que a sigla não retirará Meirelles do páreo. "Não tem sentido o maior partido do Brasil ficar no banco de reserva", argumentou Jucá, que é líder do governo no Senado. Pesquisas de intenção de voto indicam que Meirelles tem, hoje, de 1% a 3% das preferências.

O MDB marcou para 4 de agosto a convenção nacional que deve homologar a candidatura do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles à Presidência. Embora Meirelles ainda esteja com 1% das intenções de voto, levantamento feito pela cúpula do partido indica que o apoio dos diretórios estaduais ao nome dele cresceu.

Em reunião realizada nesta segunda-feira, 9, em Brasília, os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha; de Minas e Energia, Moreira Franco, e o presidente do MDB, senador Romero Jucá, disseram a Meirelles que, agora, ele precisa fazer movimentos externos para ganhar a confiança do eleitor.

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Padilha apresentou ali uma planilha indicando que, se a convenção do MDB fosse hoje, a candidatura do ex-ministro seria aprovada por cerca de 70,4% dos presentes. Pelas contas do titular da Casa Civil, que também é vice-presidente do MDB, Meirelles tem aval de 443 dos 629 delegados. Ainda há, porém, resistências ao lançamento do ex-chefe da equipe econômica nos diretórios do MDB de Alagoas, Ceará, Sergipe, Paraná e Pernambuco.

Jucá afirmou que o MDB não retirará Meirelles do páreo. "Não tem sentido o maior partido do Brasil ficar no banco de reserva", disse o senador ao Estado. "Temos de jogar para a frente, mesmo porque o momento que vivemos não é de se eximir do debate. A sociedade cobra firmeza e coerência."

Sob forte desgaste, o presidente Michel Temer não entrará na campanha. Recente pesquisa Ibope, em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostrou que o governo Temer é reprovado por 79% da população. Nesse cenário, a companhia do presidente no palanque é considerada tóxica até mesmo por aliados.

Até agora, o MDB não fechou aliança com nenhum partido para ocupar o posto de vice e pode até apresentar uma chapa puro sangue. "Não tem problema. Nós temos o maior tempo de TV e, por enquanto, estamos tratando de reforçar nosso candidato", insistiu Jucá.

Na tentativa de se apresentar como alternativa entre os "extremos", Meirelles vai reforçar o discurso da pacificação. Em novo vídeo da campanha para as redes sociais, dois grupos -- um vestido de vermelho e outro, de azul -- medem forças e protagonizam acirrada queda de braço, puxando uma retorcida bandeira do Brasil.

O filme entra no ar na esteira da guerra de decisões sobre a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A batalha deste domingo para tirar Lula da cadeia jogou os holofotes para a disputa dentro do Judiciário e movimentou a corrida eleitoral.

Ancorada pelo mote #ChamaOMeirelles, a propaganda do ex-ministro da Fazenda mostra dois pólos de força, com homens e mulheres tentando "conquistar" a bandeira. "De um lado, dizem que tudo não passou de um golpe. Do outro, dizem que a solução para o País são ideias radicais e perigosas, que não deram certo nem no século passado", observa um locutor em off. "Em meio a tudo isso, a maioria silenciosa dos brasileiros, que não está nem de um lado e nem do outro, sofre com toda essa tensão."

O vídeo do "estica e puxa" termina com uma mensagem de otimismo, depois que a bandeira aparece, sã e salva, aberta. Ao lado dela, eleitores de todas as colorações estão juntos e sorridentes. "Você e o nosso país merecem muito mais do que isso. Merecem ter de volta um Brasil que cresça de verdade para todos. Com paz, diálogo e trabalho", diz o filme.

O MDB decidiu deixar sem reserva de recursos públicos do fundo eleitoral as campanhas do pré-candidato à Presidência da República, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, e de 14 pré-candidatos a governador do partido nas eleições 2018.

A executiva nacional do partido vai repassar R$ 234 milhões - parcela a que tem direito do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) - apenas para deputados federais (R$ 1,5 milhão cada) e senadores (R$ 2 milhões) em busca de reeleição e aos diretórios estaduais, além dos 30% a candidatas mulheres, uma obrigação legal.

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Com a decisão, os candidatos a governador, inclusive quem busca a reeleição, terão de pleitear recursos públicos do fundo eleitoral por escrito junto aos diretórios regionais. Serão distribuídos R$ 54 milhões aos diretórios. Houve protesto por parte de dirigentes de Estados em que o MDB disputará o governo.

O presidente do partido, senador Romero Jucá (MDB-RR), disse que faltam recursos para os candidatos a governador. O Fundo Eleitoral distribui R$ 1,7 bilhão aos partidos, com base no tamanho das bancadas na Câmara. O senador argumenta que em 2014 foram declarados gastos de R$ 9 bilhões à Justiça Eleitoral.

"Os governadores terão um pouco de recursos direcionados aos Estados, mas não há como carimbar recursos do Fundo Eleitoral porque não existem esses recursos. Fui uma das poucas vozes quando se discutiu o Fundo Eleitoral (no Congresso Nacional) que disse que R$ 1,7 bilhão não daria para fazer campanha. Era um faz de conta", disse o senador.

Jucá negou que, ao deixar Meirelles sem recursos públicos, o partido indique falta de apoio à candidatura do ex-ministro da Fazenda. A campanha presidencial tem limite de gastos e arrecadação de R$ 70 milhões no primeiro turno. "Ao contrário, é um sinal de que a gente acredita na candidatura do Meirelles, porque ele tem condições de bancar sua própria candidatura. Nós vamos discutir com ele a forma de disputar a eleição com recursos próprios que ele dispõe. Felizmente ele tem essa condição, o que desafoga o aperto dos partidos", disse Jucá, admitindo que a capacidade de bancar a própria campanha favorece Meirelles na convenção nacional do MDB. "A prioridade do partido é eleger deputados federais e senadores. E a prioridade do Fundo Eleitoral e do Fundo Partidário é financiar essas candidaturas."

Jucá afirmou que a convenção nacional do partido decidirá por voto se Meirelles será ou não candidato. O evento deve ser realizado na última semana de julho, mas ainda não houve data agendada. Jucá disse que o ex-titular da Fazenda é o ideal para agregar uma imagem nova ao processo eleitoral. "Meirelles é um outsider da política, um vencedor. Ele deu conta do recado no governo do Lula, no governo do Michel Temer. Tenho ouvido da maioria esmagadora dos diretórios que a candidatura própria é algo bem-vindo para a disputa das eleições", afirmou o senador.

Ele nega que o partido discuta retirar o nome de Meirelles, atualmente com 1% das intenções de voto, para indicá-lo como vice em outra chapa presidencial. O MDB busca, segundo Jucá, em outros partidos de centro um nome para compor a vice do ex-ministro da Fazenda. "O cenário das pesquisas continua congelado. Esperamos que após a Copa haja um degelo e que o Meirelles tenha um indicador de crescimento", disse.

Diretórios

Os valores administrados pelos dirigentes estaduais variam entre R$ 1 milhão, caso do Amapá, a R$ 4,5 milhões, caso de São Paulo. Os mesmos valores poderão ser divididos ainda entre candidatos a deputado estadual e distrital e aos que disputam a Câmara ou o Senado, mas não exercem mandato atualmente.

O rateio dos recursos entre os diretórios estaduais seguiu a divisão aplicada em outra fonte de recursos públicos recebida do Tesouro, o Fundo Partidário, destinado à manutenção das estruturas ao longo do ano, mas que também pode custear campanhas. Cada diretório tem direito a uma parcela igual de R$ 600 mil, mais três parcelas referentes ao número de eleitores e à quantidade de deputados estaduais e federais.

A líder do partido no Senado, senadora Simone Tebet (MS), afirmou que os R$ 70 milhões reservados para campanhas femininas serão administrados e distribuídos pela cúpula do partido, mas ouvindo sugestões do MDB Mulher.

"Qualquer R$ 1 milhão de candidatura a presidente tira (dinheiro) de uma série de possíveis candidatos a deputado estadual e não vai surtir efeito. O que vai surtir efeito para um candidato a presidente é meio de comunicação, tempo de televisão, rede social e os principais cabos eleitorais, que são os candidatos à reeleição de deputado federal, senador, governador", disse. "Em vez de colocar a distribuição (do dinheiro) na mão de um candidato a presidente, o que não é tão democrático, optamos por um critério em que o próprio partido faça essa distribuição."

O pré-candidato do MDB à Presidência, Henrique Meirelles, decidiu adotar tom mais agressivo contra os adversários Jair Bolsonaro (PSL) e Ciro Gomes (PDT), na tentativa de conquistar principalmente o público feminino. Um vídeo da campanha de Meirelles que será postado nesta quinta-feira, 28, nas redes sociais, exibe cenas de violência verbal de Bolsonaro contra mulheres, além do destempero retórico de Ciro.

A estratégia foi desenhada para expor fragilidades e polêmicas dos dois rivais de Meirelles, com o objetivo de mostrar os riscos de o eleitorado apostar naquilo que a campanha do MDB chama de "aventura" nas eleições de outubro.

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O vídeo recupera um episódio de 2013, quando Bolsonaro xingou a deputada Maria do Rosário (PT-RS) de "vagabunda", no Salão Verde da Câmara. Líder nas pesquisas de intenção de voto, o deputado é réu por incitação ao crime de estupro. Foi denunciado pelo Ministério Público por dizer à petista, em 2014, que ela não merecia ser estuprada porque era "muito feia".

Em outra cena do filme, Bolsonaro aparece irritado em uma entrevista coletiva. "Você é uma idiota. Você é uma analfabeta", diz ele a uma jornalista.

Ciro, por sua vez, é apresentado como um político de temperamento explosivo e incontrolável. "O Lula é um merda", afirma o pré-candidato do PDT na gravação, em referência ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de quem foi ministro.

Mais confronto

Com apenas 1% das intenções de voto, Meirelles faz agora um movimento de ataque para se diferenciar na corrida eleitoral. No Palácio do Planalto, auxiliares do presidente Michel Temer avaliam que o ex-titular da Fazenda precisa vestir o figurino de candidato, subir o tom e mostrar não ter medo do confronto.

Em conversas reservadas, dirigentes do MDB afirmam que Meirelles tem prazo até meados de julho para crescer. A candidatura do ex-chefe da equipe econômica ainda precisa passar pelo crivo da convenção do MDB, que ocorrerá no fim de julho ou início de agosto.

Pesquisas encomendadas pela campanha emedebista revelam que, a menos de quatro meses da eleição, as mulheres são as mais indecisas sobre o voto e têm mais resistência a Bolsonaro. As sondagens também mostram que Ciro, muitas vezes, é associado à imagem de machista.

A equipe de Meirelles pretende explorar esses pontos dos adversários e, ao mesmo tempo, exibir o ex-ministro da Fazenda como um homem de diálogo e "experiência". O vídeo faz questão de "humanizar" o pré-candidato do MDB, que aparece na companhia da família, de amigos e dos seus cachorros.

"Este ano tem eleição para presidente. Em qual tempo está o candidato em que você está pensando em votar?", pergunta um locutor em off, no filme que traz a hashtag #ChamaOMeirelles. Em seguida surgem outras indagações, entremeadas por cenas constrangedoras para Bolsonaro e para Ciro. "No tempo do preconceito? No tempo de quem acha que ainda se ganha no grito?", provoca o narrador.

Ameaçado de não ser confirmado pelo MDB como candidato à Presidência da República no mês que vem, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles passou a defender abertamente a gestão de Michel Temer - da qual fez parte até abril. "O governo Temer é extremamente bem-sucedido, tirou o País da maior recessão da história", afirmou Meirelles, em entrevista ao programa Band Eleições, transmitido pela Band na madrugada desta terça-feira (19). "(A gestão Temer) é um projeto do qual participei e terei orgulho de mostrar o histórico e os resultados para a população."

Nas últimas semanas, Meirelles vinha fazendo movimentos para tentar descolar sua imagem da de Temer - o presidente mais impopular da história, com 82% de desaprovação, segundo pesquisa Datafolha realizada no início deste mês. O ex-ministro chegou a dizer que não era o candidato do governo e, em entrevista ao Roda Viva, há uma semana, irritou o Palácio do Planalto ao não esboçar qualquer defesa da atual gestão.

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Além de defender Temer abertamente nesta terça-feira, Meirelles ainda enviou mensagens de paz para o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Marun, que tornou-se um dos principais críticos de sua candidatura dentro do MDB. "O Marun é uma pessoa muito espontânea", disse, ao ser questionado sobre o fato de o ministro ter dito que Meirelles não teria nada a perder ao se associar à gestão Temer, já que não teria votos - no Datafolha de junho, o emedebista aparece com 0% a 1% dos votos, a depender do cenário. Marun também já afirmou que Meirelles e os demais candidatos que se associam ao centro do espectro político deveriam abrir mão de disputar em nome de um projeto conjunto. "Até o ministro Marun estará conosco (na candidatura)", disse o pré-candidato.

Meirelles garantiu que tem o apoio da "grande maioria" do partido para que seu nome seja confirmado como candidato na convenção de julho - embora lideranças importantes da legenda, como o senador Renan Calheiros (AL), se oponham ao seu lançamento. O ex-ministro também disse que sua candidatura, entre as de centro, é a com "maior potencial" para ir para o segundo turno e vencer as eleições. "Temos medido isso", disse Meirelles. O presidenciável também afirmou estar confiante de que sua candidatura será beneficiada com a recuperação da economia, embora tenha reconhecido que o ritmo da retomada tenha diminuído no mês passado "por causa da ameaça dos extremos" nas eleições, segundo ele.

Em relação ao questionamento ético que atinge o MDB e o governo Temer, Meirelles tratou de personalizar a questão - "Eu não tenho processo nenhum" -, mas esquivou-se de responder diretamente se cogita indicar Temer para alguma cargo de primeiro escalão que mantenha o foro privilegiado do presidente a partir de 2019. "Ainda não pensei em equipe, é muito prematuro."

Meirelles ainda tentou apresentar-se como o responsável pela sensação de bem-estar econômico vivida por boa parte da população durante a gestão Lula (2003-2010), quando foi presidente do Banco Central. "Um grande número de brasileiros entrou na classe média, se lembra da época em que podia comprar uma televisão, viajar. Não tenho dúvida que no momento em que fiquem sabendo quem foi o responsável pelo sucesso da economia naquele momento, acho que um grande número vai votar em nós."

O economista José Márcio Camargo será o coordenador econômico da pré-campanha à Presidência do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles (MDB). O acerto para o ingresso de Camargo ao time de campanha de Meirelles foi fechado nesta quinta-feira, 14.

Sócio da Opus Gestão de Recursos, Camargo trabalhou na elaboração do programa do MDB Ponte Para o Futuro. Mercado de trabalho e salário estão entre as especialidades do economista. Meirelles afirmou ao Estadão/Broadcast que o plano econômico de sua campanha dará prioridade a medidas para a geração de emprego e aumento da renda dos trabalhadores.

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O presidenciável disse ainda que o plano vai reforçar as medidas de reformas fiscais, entre elas a da Previdência. Segundo o ex-ministro, Camargo vai traçar também medidas para o aumento de investimentos nas áreas de saúde, educação e infraestrutura.

Ao defender a manutenção do teto de gastos (o limitador das despesas à variação da inflação), Camargo disse à reportagem que o problema do déficit fiscal elevado precisa ser resolvido para impedir uma trajetória insustentável de aumento da divida pública. Segundo ele, é preciso dar maior flexibilidade aos gastos para diminuir as despesas obrigatórias. Na sua avaliação, a reforma trabalhista está surtindo efeito e tem ajudado a reduzir a inflação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pré-candidato à Presidência da República pelo MDB, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles afirmou nesta quarta-feira, 6, em sabatina promovida pelo jornal Correio Braziliense, que o fato de ter participado do governo do presidente Michel Temer (MDB) não atrapalha sua candidatura. Isso porque, segundo ele, os eleitores estão olhando a trajetória e o histórico dos candidatos.

"Absolutamente (não atrapalha). O que importa é a trajetória de sucesso. Fizemos um trabalho que gerou uma recuperação enorme do País, saímos de uma recessão enorme e o País voltou a crescer.", afirmou o emedebista, que foi lançado como pré-candidato do partido pelo próprio Temer, que desistiu de tentar reeleição.

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Meirelles afirmou que a população tem consciência de que ele, como ministro da Fazenda de Temer, teve um "papel central" no processo das reformas tocadas pelo governo e na condução da economia. "Diferente de alguém que estava fora e tem outras questões e outros focos de trabalho", declarou.

'Tirando o rótulo'

Em entrevista ao Estadão/Broadcast publicada no último domingo, 3, Meirelles havia afirmado que queria "tirar o rótulo" de candidato do governo e do mercado à Presidência da República. Ele disse que sua candidatura não "representa especificamente" o governo Temer e, sim, seu currículo pessoal e sua atuação na iniciativa privada e no setor público.

"Estou tirando o rótulo. Por exemplo, não sou o candidato do mercado, não sou o candidato do governo, não sou o candidato de Brasília. A minha proposta é a proposta do meu histórico", afirmou Meirelles. "Não estou tentando tirar um rótulo. Estou tentando tirar qualquer rótulo que não seja a minha proposta, meu histórico."

O ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Marun, reagiu com ironia à tentativa do ex-ministro da Fazenda e pré-candidato à Presidência Henrique Meirelles (MDB) de se distanciar da gestão Michel Temer. "Vejo gente preocupada em perder voto por estar do lado do governo. Mas que voto? Quantos votos tem o Meirelles?", questionou Marun, em entrevista ao programa Canal Livre, exibido na madrugada desta segunda-feira (4), pela Band. Na pesquisa CNT/MDA de maio, o ex-ministro tem entre 0,3% e 1,4% das intenções de voto, dependendo do cenário.

Em entrevista ao Broadcast Político no sábado (2), Meirelles disse não querer ser visto como o representante da gestão Temer nas eleições. "Estou tirando o rótulo. Por exemplo, não sou o candidato do mercado, não sou o candidato do governo, não sou o candidato de Brasília."

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Em resposta, Marun disse ainda que Meirelles e todos os demais presidenciáveis identificados com o "centro" político deveriam retirar suas candidaturas e discutir um projeto comum, para então escolher um candidato. "É a única possibilidade de vitória (do centro)", disse o ministro, que teme uma eleição disputada entre o que chamou de extremos - Jair Bolsonaro (PSL) pela direita e o candidato petista pela esquerda. "No centro, que é o bom senso, ninguém tem voto. Essas candidaturas não vão a lugar nenhum."

Marun foi além e disse que todos os atuais postulantes à Presidência são "ruins". "Não são pessoas ruins, hoje são candidatos ruins." A "única coisa boa" do atual processo eleitoral, segundo ele, é a expectativa de que os líderes da pesquisa - Lula, Bolsonaro e Marina Silva (Rede) - "vão perder". "Sobra o centro, que não se organiza."

Durante a entrevista ao Canal Livre, Marun ainda fez sua habitual defesa enfática do governo Temer. Para ele, a gestão do emedebista é "o melhor governo da história por hora de mandato", mas que não consegue obter popularidade por causa de uma "conspiração asquerosa" que une setores da imprensa e do Judiciário.

A paralisação dos caminhoneiros e os prejuízos que ela causou à economia e à população como um todo mostram que o País precisa de um plano de ação para os próximos anos que leve a economia a uma menor dependência do modal rodoviário para o transporte, disse em entrevista ao Estadão/Broadcast o ex-ministro da Fazenda e pré-candidato à Presidência da República pelo MDB, Henrique Meirelles.

"Em primeiro lugar, nós não precisamos ter uma dependência tão grande de rodovias, de caminhoneiros e, principalmente, das empresas transportadoras", disse o ex-ministro. Para isso, continuou, é preciso diversificar os transportes em ferrovias que garantam o abastecimento, em transporte fluvial e também com transporte de cabotagem.

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"É muito importante que nós reforcemos a estrutura de transportes no País. Para isso é necessário investimento em infraestrutura, onde o Brasil conta com a vantagem de haver uma demanda firme para isso.

Segundo Meirelles, se de um lado há demanda por infraestrutura no Brasil, por outro há uma oferta criada pela grande disponibilidade de capitais internacionais que estão dispostos a investir no Brasil "desde que haja um governo que gere confiança de que as regras serão mantidas nos próximos anos".

Para Meirelles, a confiança é um vetor fundamental porque é o que permite ao investidor fazer a programação de seu retorno ao longo do prazo da concessão. De acordo com o pré-candidato, é importante que se olhe o que está acontecendo agora no Brasil por uma perspectiva estrutural de longo prazo. "Existem momentos em que o petróleo cai. Em momentos em que o preço está subindo, como agora, há impressão que o preço do petróleo sobe sempre", ponderou.

Fundo de Estabilização

O ex-ministro defendeu a criação de um fundo de estabilização que, em momentos em que o preço do petróleo caia substancialmente, faça uma arrecadação de tributos que capitalize esse fundo como os fundos soberanos de alguns países que têm grande dependência de commodities.

O fundo seria usado, de acordo com Meirelles, para amortizar os efeitos decorrentes de elevações muito rápidas dos preços das commodities. "Existem mecanismos, sim, que podem ser usados dentro desse processo", disse ministro.

De acordo com ele, a cobrança de tributos para o fundo de estabilização não significa, necessariamente, aumento de impostos. Isso porque a cobrança de tributos seria conjugada com as reformas estruturais que levarão à queda das despesas públicas e ao alinhamento do Brasil aos demais países. "Criaríamos tributos flexíveis, de acordo com a variação dos preços do petróleo. Assim a Petrobras poderia manter a sua política de preço corretamente e manteria a sua saúde financeira", afirmou.

O Brasil, de acordo com o ex-ministro, precisa conviver com a flutuação de preços importantes e das commodities como fazem muitos outros países e como faz o próprio País que tem uma grande reserva internacionais de dólares para fazer frente às variações do câmbio.

Ex-ministro da Fazenda, o pré-candidato à Presidência da República Henrique Meirelles levantou dúvidas, nesta terça-feira, 15, sobre a pré-candidatura do deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ) ao Palácio do Planalto. Após participar de evento sobre os dois anos do governo Michel Temer, no qual o emedebista elencou uma série de resultados da gestão, Meirelles disse que o "histórico" de votações do militar gera "insegurança" no mercado.

"O problema do Bolsonaro é o histórico de votação dele, isso também preocupa o mercado. Hoje falei com gestores dos maiores fundo de investimento do Brasil e tem preocupação. O histórico de votações dele no Congresso. É difícil. O mercado é cético de uma mudança radical, tudo que ele pensa", disse.

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Meirelles também fez a mesma a avaliação das pré-candidaturas de Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede Sustentabilidade). "Ciro, por exemplo, quer acabar com a reforma trabalhista e mais outras coisas. Tudo isso é um sinal que gera insegurança", afirmou.

Por fim, o emedebista disse que o partido tem feito pesquisas internas e defendeu com base nisso que o "potencial de crescimento" de seu nome nas pesquisas de intenção de voto "é enorme". "Essas pesquisas (internas) mostram que o potencial de crescimento do meu nome é muito grande, quando se conhece meu histórico, todo o trabalho que eu fiz, o resultado que está acontecendo", disse. Caso eu seja mesmo o candidato, eu terei condições de desenvolver uma campanha muito forte. Mostrando nos programas de televisão o que estamos mostrando nas pesquisas qualitativas, o resultado será similar", afirmou.

O pré-candidato a presidente do Brasil, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, aparece com cerca de 2% de intenções de votos nas últimas pesquisas eleitorais, mas se mostrou bastante otimista quanto a ser tornar o próximo presidente do país. Durante evento o 96° aniversário de Aparecida de Goiânia, nesta sexta-feira (11), Meirelles foi categórico: “O povo de Goiás vai ter o orgulho de ter o primeiro presidente goiano do Brasil”, declarou. 

Meirelles, durante entrevista aos jornalistas, disse acreditar que esse baixo percentual vai mudar após a confirmação de sua candidatura pelo MDB em um momento oportuno. “Depois, nos programas de rádio e televisão e na campanha eleitoral, nossa história será reconhecida e melhoraremos os índices de intenção de votos até a eleição”, disse com esperança. 

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O ex-ministro também falou sobre a possibilidade não descartada do presidente Michel Temer (MDB) decidir concorrer à reeleição, o que tiraria Meirelles da corrida. Ele não negou que o emedebista possa disputar a presidência novamente. “Se avaliarmos que ele não tem condições de ser candidato, então eu serei o candidato”. 

Henrique Meirelles rejeitou totalmente a possibilidade de um “plano B” optando pelo Senado Federal. “Minha candidatura será apenas para presidente da República”. Ele ainda salientou que, na área da segurança pública, vai propor “investimentos no treinamento e armamento das polícias nos estados brasileiros e reforçaremos a vigilância das nossas fronteiras”.

 

 

 

 

 

O ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, pré-candidato do MDB à Presidência, ficou isolado na defesa do governo, nesta quinta-feira, 10, em um debate que reuniu no mesmo palco em Gramado (RS), cinco presidenciáveis: Guilherme Boulos (PSOL), Manuela Dávila (PCdoB), Ciro Gomes (PDT) e Alvaro Dias (Podemos).

O emedebista, que viajou em jato fretado, chegou atrasado ao local do evento e foi acomodado ao lado de Boulos, líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto). Os dois se cumprimentaram, mas não se falaram até o fim do debate.

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Na outra ponta, Manuela e Ciro mostraram afinidade e trocaram olhares cúmplices e comentários no intervalo das falas dos adversários. Quando a deputada do PCdoB pediu água durante sua fala, Ciro prontamente se levantou e levou seu copo até ela. Foi recompensado com um elogio. "É um cavalheiro. Por isso é meu amigo".

Enquanto aguardava sua vez de falar ao microfone sobre os temas do debate, Meirelles ouviu calado os petardos. "As famílias Setúbal e Moreira Sales acabaram de botar no bolso R$ 9 bilhões de dividendo sem pagar um centavo, enquanto a classe média morre com 27% na fonte", disse Ciro citando duas famílias que controlam bancos.

Na saída do evento, Meirelles estava atrás de Ciro, aguardando sua vez falar com a imprensa, quando o pedetista citou seu nome. "A ideologia no Brasil tem passado do limite a ponto de impedir a racionalidade. Veja o Meirelles: é um bom amigo, mas parece que está em outro país. Para ele está tudo bem e tal", disse.

"São coisas malucas que o filtro ideológico não permite ver. Esse 1% que o Brasil teve de crescimento nominal em 2017 foi puxado pelo agronegócio por dois fatores: estação climática perfeita e uma recuperação de preço no estrangeiro", completou.

Meirelles, por sua vez, esforçou-se para defender Temer. "Acredito na educação. Estudei em escola pública. Concordamos que é preciso investimento em educação, mas o discurso vazio não resolve a realidade".

Ex-tucano, Álvaro Dias também mirou o Planalto. "O governo arrecada demais, mas aplica mal". Boulos disse que, se eleito, vai revogar a PEC do teto dos gastos e Manuela criticou o governo por reduzir os gastos para fazer ajuste fiscal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles reforçou que mantém sua intenção em ser candidato a presidente da República pelo MDB e não considera a hipótese de ser vice em uma chapa encabeçada por outro presidenciável. Afirmando que um candidato de centro estará no segundo turno, Meirelles avalia que outros nomes do mesmo campo não tem um potencial de crescimento de votos maior do que ele.

"A minha candidatura é a de presidente. Não estou considerando a hipótese de ser vice-presidente porque não estou convencido de que outros candidatos do que eu chamo do centro democrático têm um potencial de votos realmente maior do que o nosso", declarou o ex-ministro, durante debate promovido pela Insper Jr. Consulting, consultoria gerida por alunos de graduação do Insper,

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Figurando com 1% nas intenções de voto em pesquisas eleitorais, Meirelles repetiu que a crença em seu potencial de crescimento está ancorada em quatro características demandadas por eleitoras que ele julga ter: competência, experiência, seriedade e honestidade.

Para o ex-ministro, a "sensação de bem-estar" com o crescimento da economia vai beneficiar candidatos reformistas e evitar que candidatos "populistas" vençam o pleito.

Ele comentou que a saída do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa (PSB) do cenário muda o quadro eleitoral. Para o ex-ministro, haverá uma dispersão até o período das convenções partidárias, entre final de julho e agosto, e uma dispersão menor até setembro, antes do primeiro turno.

Meirelles disse ainda esperar que o "fracasso" do governo de Dilma Rousseff (PT) tenha sido tão "profundo" que sirva de lição para o eleitor escolher seu candidato.

Enquanto o presidente Michel Temer estabelece conversas com o PSDB, que lançou o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin como pré-candidato, Meirelles disse que não acredita em "acordo de bastidor" e que o critério para definir candidatos em aliança deve ser o potencial eleitoral. "Outros poderão tomar a mesma decisão de desistir, acredito que essa consolidação será natural porque eu não acredito muito em acordo de bastidor", declarou. "Só o potencial eleitoral, de fato, é que vai definir isso."

O presidente Michel Temer e o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles participam nesta segunda-feira, 7, da abertura da Apas Show, feira do setor supermercadista na capital paulista.

Em seu discurso, Meirelles, cotado para concorrer ao Palácio do Planalto, defendeu as ações do governo e declarou que o País não pode "voltar ao populismo". Ainda segundo o ex-ministro, o País precisa continuar na direção da política adotada pelo atual governo. Temer, segundo ele, "está fazendo uma revolução no Brasil".

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Meirelles repetiu que o País deve criar mais de 2 milhões de novos empregos este ano e que a retomada do crescimento econômico fez com que pessoas voltassem a procurar emprego, o que manteve a taxa de desemprego medida pelo IBGE.

Citando que as pessoas ainda não sentem o crescimento da economia, Meirelles disse que a "é inevitável" que essa sensação positiva venha a ocorrer. Ele classificou a Reforma da Previdência como "um dos projetos fundamentais para o País."

"O Brasil tem que continuar nessa direção, não pode voltar atrás, não pode voltar ao populismo, à taxa de juros elevada, aos gastos públicos sem controle", declarou Meirelles.

O presidente Michel Temer (MDB) e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, pré-candidato do PSDB, voltaram a se aproximar e negociam um acordo que reunifique o centro político. Na proposta apresentada pelo Planalto, essa chapa presidencial seria encabeçada pelo tucano com o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles (MDB) como candidato a vice. Alckmin analisa a ideia e, neste momento, seus aliados avaliam existirem muitos obstáculos para o acordo.

Embora ainda se apresente como pré-candidato à reeleição, Temer admitiu a pelo menos dois interlocutores - um do MDB e outro do PSDB - que não deve concorrer a mais um mandato. O presidente avalia que a nova formação pode unir o centro político e evitar o isolamento do seu partido e de sua gestão no processo eleitoral.

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A proposta de um palanque unificado ganhou corpo após a mais recente pesquisa Datafolha mostrar Temer, que pode ser alvo de uma terceira denúncia da Procuradoria-Geral da República, estacionado com 1% das intenções de voto. O bom desempenho do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa (PSB), que registrou até 10%, também preocupa tucanos e emedebistas. Eles temem que Barbosa ocupe o espaço do centro e avance sobre a centro-esquerda.

A aliança ampliaria o tempo de Alckmin nos programas eleitorais de rádio e TV e seus palanques regionais. Por ora, MDB e PSDB fazem planos de lançar, cada um, candidatos a governo em 12 Estados. Em contrapartida, o tucano incorporaria a seu discurso de campanha a defesa de programas do governo Temer. A possibilidade de uma dobradinha entre Alckmin e Meirelles foi noticiada, ainda no início de março, pela colunista do jornal O Estado de S. Paulo Eliane Cantanhêde.

A proposta sofre resistência em parte do MDB: a ideia não foi bem recebida pelo ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, e pelo marqueteiro Elsinho Mouco. A cúpula do PSDB deu aval às negociações que, segundo interlocutores de Alckmin, partiram de Temer.

A proposta foi levada ao ex-governador pelo ex-prefeito João Doria, que se reuniu com o presidente no sábado. Alckmin viu a tese "com bons olhos" e pediu ao comando de sua pré-campanha que inclua o nome de Meirelles nas pesquisas internas sobre potenciais candidatos a vice. Além do ex-ministro, estão nesta lista Mendonça Filho (DEM-PE) e Álvaro Dias (Podemos-PR). Tucanos querem agora que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o chanceler Aloysio Nunes Ferreira entrem nas negociações.

Impasse

Em pré-campanha, Meirelles não admite, por ora, a possibilidade de ser vice (mais informações nesta página). Segundo auxiliares, o ex-ministro preferiria ficar fora da disputa se não encabeçar a chapa.

A articulação enfrenta outro impasse: o cenário em São Paulo. Temer gostaria de replicar a aliança nacional no Estado, mas emedebistas e tucanos se opõem. Doria e o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, lideram as pesquisas de intenção de voto.

Duas foram as opções colocadas à mesa: que Skaf desista do governo para disputar o Senado na chapa encabeçada por Doria, ou que o tucano abra mão em troca de ocupar uma pasta de Temer, o Ministério da Indústria, Desenvolvimento e Comércio. Nesse cenário, o médico David Uip seria o indicado do PSDB para ser o vice de Skaf. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, informou nesta sexta-feira, 6, ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, que decidiu "sair agora" do cargo. O anúncio será feito logo mais em entrevista coletiva. Na reta final, o ministro manifestou muitas dúvidas em deixar o comando da economia para buscar uma candidatura nas próximas eleições. Hoje cedo, a percepção no Palácio do Planalto era a de que ele ficaria no cargo.

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Eduardo Guardia, será o novo ministro. Meirelles teve hoje duas reuniões com o presidente Michel Temer. Pela manhã, os dois se reuniram, mas Meirelles saiu do encontro sem uma decisão tomada a respeito da saída da pasta em razão do prazo de desincompatibilização eleitoral.

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O jingle feito para marcar a filiação do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, ao MDB nesta terça-feira, 3, virou piadas nas redes sociais. A expressão "M de Michel", que faz parte da letra da música, está entre os assuntos mais citados por internautas brasileiros no Twitter.

A maior parte dos internautas ironiza o jingle e faz comentários em tom crítico ao governo do presidente Michel Temer. Por outro lado, aliados do governo exaltam a filiação de Meirelles ao MDB.

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Um dos vídeos compartilhados exibe uma edição de notícias com o episódio do ex-deputado e ex-assessor de Temer Rodrigo Rocha Loures sendo flagrado correndo com uma mala de dinheiro. "M de Michel, M de Meirelles, M de MDB, M de Mala", escreveu o deputado Enio Verri (PT-PR), ao compartilhar o vídeo.

Outros internautas acrescentavam ao jingle expressões como "M de Misericórdia senhor deste país", em referência à fala do ex-deputado Eduardo Cunha (MDB-RJ) ao votar pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, e "M de Manter isso aí", fazendo alusão à frase dita por Temer ao empresário Joesley Batista.

Líderes do MDB, por sua vez, exaltaram a filiação do ministro, que tenta viabilizar uma candidatura à Presidência da República. "Acabamos de filiar ao MDB o ministro Henrique Meirelles, que estará à disposição do partido com sua competência e legado deixado na economia do País", escreveu no Twitter o presidente nacional da legenda, senador Romero Jucá (RR).

Já o deputado Darcisio Perondi (MDB-RS), vice-líder do governo na Câmara, disse no Facebook que agora o partido tem dois nomes fortes para a eleição presidencial. "O País precisa continuar avançando, são dois nomes fortes para a candidatura à Presidência da República", comentou o parlamentar, em vídeo.

Em sua última semana como governador de São Paulo, Geraldo Alckmin explicou que considera "natural" que haja um leque amplo de candidatos de Centro ao Palácio do Planalto nas eleições presidenciais deste ano. "É natural que, num País que tem tantos partidos políticos, com um quadro multipartidário, haja um número elevado de candidatos", afirmou Alckmin a jornalistas, após participar de solenidade na região central da capital paulista.

Questionado pela reportagem sobre a filiação do atual ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, ao MDB e os possíveis desdobramentos caso Meirelles ingresse na disputa presidencial, o governador se mostrou despreocupado. "É legítima e natural uma candidatura do MDB. É bom que ocorra", declarou. O governador voltou a defender uma reforma política para "reduzir o número de partidos e torná-los mais programáticos".

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Habeas Corpus de Lula

Em relação ao julgamento, nesta quarta-feira, 4, do pedido de habeas corpus impetrado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para que o ex-mandatário responda em liberdade até que sejam esgotados os recursos, Geraldo Alckmin pregou harmonia e respeito entre os poderes. "Temos que aguardar e respeitar o Poder Judiciário", disse. "Os poderes são independentes, o judiciário existe justamente para garantir o cumprimento da lei e da Constituição. Vamos aguardar."

Empreendedorismo

Nesta manhã, Alckmin participou do lançamento do Centro Nacional de Referência em Empreendedorismo, Tecnologia e Economia Criativa, que será sediado no Palácio dos Campos Elísios, antiga sede do governo estadual. A administração do Centro será de responsabilidade do Sebrae-SP.

"Está no DNA de São Paulo estar na vanguarda do desenvolvimento. Nada mais natural do que criar um espaço como esse, um centro nacional voltado à inovação", declarou o tucano durante sua fala.

O presidente do Sebrae Nacional, Guilherme Afif Domingos, informou que a entidade já buscava um prédio na capital paulista para receber um centro voltado à tecnologia e inovação. "Na cidade de São Paulo está 70% da decisão de investimento do Brasil. Um centro nacional nos permite trazer talentos da inovação, no Brasil inteiro, para dar uma contrapartida de acesso ao mercado", comentou.

A decisão de utilizar o Palácio dos Campos Elísios, comentou Afif, vai ao encontro da procura do Sebrae por um espaço adequado, assim como contribui com o governo estadual, já que transferiu integralmente para a entidade os custos de manutenção do prédio histórico. "É muito interessante para nós. Estamos usando um prédio antigo e histórico para projetar o futuro", afirmou Afif.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que se filiou nesta terça-feira, 3, ao MDB, disse que deixará a pasta "até sexta-feira", mesmo sem a garantia de que será o candidato à Presidência pelo partido. "Estamos, no momento, entrando no partido e coloco meu nome à disposição do partido para discutirmos os próximos passos", disse, em coletiva de imprensa após o evento na sede do MDB, em Brasília, que contou com a participação de caciques do partido, incluindo o presidente Michel Temer.

Sobre sua saída da Fazenda, mesmo sem garantia, Meirelles disse inicialmente que essa seria uma decisão a ser tomada nos "próximos dois dias", mas depois, diante a insistência dos repórteres, admitiu: "devo ficar até a sexta-feira, essa é a data definida".

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Meirelles reiterou que tem "um projeto de candidatura à Presidência", mas que a composição da chapa que concorrerá pelo partido ainda será discutida e levará em conta pesquisas. "Vamos aguardar", afirmou, completando que considera essa decisão "um pouco cedo dentro do processo eleitoral". "Agora entrando no partido, vamos discutir quais os próximos passos e evidentemente qual a melhor composição partidária", destacou. "É importante que isso (candidatura) tenha sucesso eleitoral."

Operação Skala

Questionado se a Operação Skala, que chegou a prender pessoas próximas a Temer, seria um ponto a seu favor para ser o cabeça de chapa no lugar do presidente, Meirelles afirmou que "isso não está sendo objeto de discussão neste momento". "Na medida em que a definição dos candidatos de partido vai ocorrer na convenção, no mês de agosto, quando estiver se aproximando teremos essa definição", disse Meirelles.

Reconhecimento

Tentando se esquivar de respostas mais assertivas sobre a candidatura do MDB, Meirelles disse que o importante é que "se reconheça o que aconteceu no País, na economia" e afirmou que esse legado tem que ser defendido. Na avaliação do ministro, ainda é um pouco cedo dentro do processo eleitoral para que a população reconheça o crescimento dessa "sensação de bem-estar".

"É muito importante que aguardemos para que aconteça o inevitável, que o crescimento econômico e da renda aumente cada vez mais a sensação de bem-estar da sociedade e isso vai se refletir nos índices (eleitorais)", avaliou.

Meirelles disse que sua meta é "poder contribuir com o País". "O importante é isso: o meu compromisso de fato de servir ao País. Já o fiz em outras posições", destacou lembrando, por exemplo, sua passagem pelo Banco Central. Meirelles foi presidente da autoridade monetária durante todo o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

Durante seu discurso no ato de filiação, o ministro, inclusive, usou uma frase que era bastante utilizada pelo ex-presidente petista de que o país só seria justo "quando o filho do operário tiver as mesmas oportunidades de um filho de um médico". "E igualdade de oportunidades não é uma bandeira da esquerda ou da direita", alfinetou.

Por meio de nota, o MDB confirmou que a filiação do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, ocorrerá nesta terça-feira, 3, em Brasília, na sede da legenda, a partir das 11 horas. Na reunião da Executiva, também ocorrerá a filiação do deputado Beto Mansur (SP). Segundo o texto divulgado pela presidência da legenda, está prevista a participação do presidente Michel Temer, porém a confirmação ainda será feita oficialmente pelo Palácio do Planalto.

Temer e Meirelles embarcaram para São Paulo hoje para participar do Fórum Econômico Brasil-Países Árabes. Depois, o presidente segue para Santos, no litoral paulista, e participa da cerimônia de abertura do 62º Congresso Estadual de Municípios.

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