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Nesta segunda-feira (29), por meio do Diário Oficial da União, o Ministério da Educação (MEC) anunciou que irá acelerar os métodos adotados por agências bancárias para a contratação do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). De acordo com a portaria, está dispensada a entrega física, na agência bancária mencionada pelo estudante, da documentação despachada pelas instituições de ensino.

A partir desta decisão, não será mais exigida do aluno a apresentação de configuração física dos comprovantes como Documento de Regularidade de Inscrição (DRI), Documento de Regularidade de Matrícula (DRM), Documento de Regularidade de Matrícula Suspensão, Documento de Regularidade de Transferência (DRT) e Documento de Regularidade de Dilatação (DRD). O método vale para a primeira contratação como também para acréscimos do contrato financeiro.

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Embora a obrigatoriedade da emissão de cada documento permaneça, as informações fundamentais para a efetivação dos procedimentos de conferência irão continuar sob o acesso dos agentes financeiros, sempre por meio dos sistemas eletrônicos do Fies. Indicadas pelo estudante no ato da atualização da inscrição, as informações serão reconhecidas por meio da esfera da agência da Caixa Econômica Federal.

Com isso, a Portaria nº 535, de 12 de junho de 2020, fica modificada para que a dispensa física dos documentos se torne ainda mais transparente. Cerca de 93 mil vagas são ofertadas para o Fieis, em 2021. Dessas, 40 mil vagas já foram liberadas para 24.844 cursos de graduação. O Fies é um financiamento que possibilita o acesso dos estudantes ao ensino superior privado.

A tecnologia vai salvar o mundo de uma segunda onda de coronavírus? Esta é a esperança de muitos países, que adotaram ou desenvolveram aplicativos de rastreamento de contatos para smartphones.

O objetivo é simples: alertar um usuário que um de seus contatos está infectado. Mas o sistema gera debate, tanto por sua eficácia como pela suposta violação da vida privada.

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BLUETOOTH VS GEOLOCALIZAÇÃO

Existem dois métodos distintos: a tecnologia de comunicação "Bluetooth" entre aparelhos eletrônicos próximos ou a geolocalização, que permite obter dados sobre deslocamentos de um indivíduo.

A União Europeia (UE) não recomenda esta última, por considerar que "representaria importantes problemas de segurança e respeito à vida privada".

Esta é uma das críticas feitas ao aplicativo pan-europeu (PEPP-PT), desenvolvido por 130 cientistas de oito países. A princípio, deveria armazenar os dados em um servidor central, mas isto provocou o temor de que os governos poderiam utilizar as informações com fins de vigilância.

Além disso, muitos apontam que é complicado evitar Apple e Google, proprietários dos dois grandes sistemas operacionais em vigor (iOS e Android). É necessário que as empresas estabeleçam um acordo para que os celulares dos dois sistemas se comuniquem.

Esta semana, os dois gigantes da tecnologia apresentaram às autoridades de saúde de todo o mundo sua solução para construir um aplicativo de monitoramento de contatos através do Bluetooth. Vinte e dois países de cinco continentes pediram acesso à interface de programação.

SINGAPURA, PIONEIRA

O governo apresentou o aplicativo "TraceTogether", que utiliza Bluetooth, em 20 de março, mas apenas 1,5 milhão de pessoas (25% da população) fizeram o download, o que significa que não é eficaz.

As autoridades também utilizam outro sistema, "SafeEntry", que pede às pessoas que utilizem um código QR com informações pessoais quando entram em locais públicos, como os centros comerciais.

SEM UNIÃO NA EUROPA

Na Europa, cada país adotou iniciativas diferentes.

A França se prepara para lançar o aplicativo por Bluetooth "StopCovid", que poderá ser usado de maneira voluntária.

O país é um dos poucos que decidiu armazenar os dados em um servidor central, o que gerou controvérsia.

O Reino Unido também pretende adotar um sistema centralizado com um aplicativo que ainda está sendo testado.

Muitos países, no entanto, optaram por um dispositivo descentralizado, como a Itália. Neste país será lançado o "Immuni", aplicativo Bluetooth que funcionará em algumas regiões a partir desta semana. Em junho, talvez, seja utilizado em todo o país.

Para que o aplicativo seja eficaz, no entanto, deve ser baixado por 60% dos italianos, ou seja, praticamente todos os proprietários de celulares do país, advertiu Francesco Paolo Micozzi, especialista na área digital da Universidade de Perugia.

Algo parecido acontece na República Tcheca, onde apenas 210.000 pessoas (dos 10,7 milhões de habitantes do país) baixaram um aplicativo de rastreamento.

A Espanha não desenvolveu nenhum aplicativo do tipo e as autoridades afirmaram que pretendem seguir "as medidas adotadas dentro da UE".

A Bélgica está utilizando um sistema de rastreamento "físico", por telefone desde 11 de maio. Os pacientes recebem ligações para averiguar com quais pessoas estiveram em contato recentemente.

MEDIDAS NA ÁSIA

Na China existem vários aplicativos para indicar o "nível de risco" de uma pessoa, em função dos lugares que ela visitou e de seus encontros com indivíduos potencialmente infectados.

Os aplicativos foram desenvolvidos com os gigantes da internet Alibaba e Tencent e informam, com um código de cores, se a pessoa pode ou não reservar uma passagem de avião ou entrar em um local público.

Sua eficácia se baseia em uma ampla coleta de dados e no uso da geolocalização.

Na Coreia do Sul, as pessoas que apresentaram resultado positivo e as confinadas devem baixar um aplicativo oficial que permite às autoridades controlar seus deslocamentos em tempo real. Na semana passada, uma pessoa que não cumpriu as normas foi condenada a quatro meses de prisão.

Hong Kong recorreu a pulseiras para seguir os movimentos das pessoas que retornam do exterior, que devem permanecer 14 dias em quarentena.

Em Taiwan, os recém-chegados devem informar regularmente às autoridades sobre seus deslocamentos, algo que as delegacias podem verificar por meio de um sistema de ligações telefônicas.

O Paquistão optou por ferramentas de geolocalização utilizadas na luta antiterrorista para monitorar os pacientes de COVID-19 que tentam escapar dos centros de quarentena ou evitar as medidas de isolamento.

DEBATE EM ISRAEL

Em Israel, onde 10% da população trabalha na área de tecnologia, vários aplicativos foram desenvolvidos.

Mas a questão do rastreamento provocou uma grande polêmica quando o governo autorizou o Shin Bet, agência de inteligência, a vigiar os telefones dos cidadãos para combater a pandemia.

Os defensores dos direitos humanos denunciaram a medida e a justiça anulou a autorização em abril, mas deixou uma porta aberta: se o método fosse aprovado por uma lei, poderia ser utilizado, algo que o Parlamento se apressou a fazer em maio.

UM POUCO DE TUDO NOS ESTADOS UNIDOS

Nos Estados Unidos, onde existe um forte apego pelas liberdades individuais, os métodos mudam de acordo com os estados.

Califórnia e Nova York optaram por contratar milhares de pesquisadores de saúde pública para que liguem para as pessoas com casos confirmados de COVID-19 e estabeleçam listas de todas as pessoas com as quais estiveram por mais de 15 minutos a menos de dois metros. Depois, precisam ligar para estes contatos e pedir que obedeçam a quarentena.

Alabama, Dakota do Norte e Carolina do Sul adotaram a tecnologia Bluetooth da Apple e Google.

ENTUSIASMO NA AUSTRÁLIA

Na Austrália, mais de seis milhões de pessoas (de um total de 25 milhões de habitantes) baixaram o aplicativo "COVIDSafe", inspirado no modelo de Singapura, que não permitirá a geolocalização, segundo o governo.

burx-pid/jg/jvb/es/fp

O Instituto Butantan iniciou a pesquisa de um medicamento para tratar pessoas infectadas com o vírus Zika. Transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, a infecção pelo Zika pode provocar microcefalia em bebês quando a mãe, ainda gestante, entra em contato com o vírus.

A pesquisa do Butantan vai adotar como métodos o reposicionamento de fármacos e a triagem de alto conteúdo. Essas tecnologias permitem que coleções de compostos químicos sejam triadas contra o vírus em células humanas infectadas.

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Segundo o instituto, esse processo é mais rápido porque dispensa a necessidade de validar previamente o alvo molecular, o que poderia levar vários anos.

Estudo precursor

Os pesquisadores envolvidos no estudo fizeram trabalho semelhante no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais, em Campinas, com 725 medicamentos aprovados nos Estados Unidos, e encontraram 29 substâncias com ação sobre o vírus.

Na pesquisa, a célula humana, infectada com o vírus Zika por 72 horas, é exposta à ação dos fármacos para tentar inibir a infecção.

Esse procedimento é chamado de atividade antiviral, utilizando um vírus isolado. Os cientistas avaliaram a atividade dos fármacos na distribuição e metabolização do organismo. Entre os compostos descobertos nesse estudo, o mais promissor foi palonosetron, usado atualmente no tratamento de náusea induzida por quimioterapia de câncer. O composto apresentou alta eficácia contra a infecção pelo vírus Zika.

Um tribunal chinês está examinando pela primeira vez os controvertidos tratamentos de 'cura' da homossexualidade, em um processo que os defensores da causa LGBT esperam conseguir uma mudança de mentalidade no país.

Os juízes chineses analisam a queixa apresentada por Xiao Zhen, que afirma ter sido traumatizado pelos tratamentos sofridos em uma clínica de Chongqing para "corrigir sua orientação sexual". Na sessão de tratamento, o pessoal da clínica pediu que ele pensasse em cenas eróticas homossexuais enquanto administravam eletrochoques.

Apesar de em 2001 as autoridades chinesas retirarem oficialmente a homossexualidade de sua lista de doenças mentais, os gays, lésbicas e bissexuais chineses continuam submetidos a uma forte pressão familiar e social, que os obriga a se submeter a tratamentos de cura ou casar com o sexo oposto.

Para os militantes chineses da causa homossexual, este processo representa uma etapa simbólica em sua luta.

As "terapias de conversão sexual" começaram a ser aplicadas no mundo a partir do início do século XX, mas agora as autoridades sanitárias em sua maioria as consideram não científicas, ineficazes e, inclusive, perigosas.

No entanto, é uma indústria lucrativa e mantida em países como Cingapura, Reino Unido e Estados Unidos.

Em busca de jovens com idade entre 13 e 18 anos que tenham métodos científicos capazes de solucionar algum problema global, a nova edição da Google Science Fair está com inscrições abertas. Os participantes têm que criar contas no Google e enviar projetos, que poderão ser inscritos em 13 idiomas.

De acordo com informações do site Universia, no mês de junho deste ano serão selecionados 90 finalistas - 30 das Américas, 30 da Ásia e do Pacífico e 30 da Europa, Oriente Médio e África.  Já em setembro, no dia 23, os 15 melhores projetos serão levados para a sede da Google, nos Estados Unidos. Lá, os trabalhos passarão por um painel de juízes, e, na ocasião, haverá a escolha dos vencedores.

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Ainda segundo o site, o candidato que tiver desenvolvido o melhor projeto será beneficiado com uma bolsa no valor de 50 mil dólares, além de uma viagem, entre outros prêmios. Os interessados em participar da ação podem se inscrever até o dia 30 de abril, através da internet. Na mesma página virtual também é possível encontrar outras informações sobre a Google Science Fair.

Com informações do Universia

Pesquisas, números, gráficos, estudos, análises, resultados, soluções. São inúmeras as atividades desenvolvidas por um profissional de estatística. Diferentemente do que muita gente imagina, a área não apenas “avalia dados” para a realização de algum gráfico, mas realiza um trabalho conjunto com outras áreas de estudo e, nesse caso, sim, promove informações que contribuem para a sociedade como um todo, inclusive para a estimativa de vida de um ser humano.

A estatística é uma profissão extremamente interdisciplinar e faz prevenção de vários acontecimentos, como epidemias e catástrofes naturais. De acordo com o professor do curso de estatística da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Gauss Cordeiro, “a estatística é uma área de estudo e trabalho que entra em todas as áreas - Sociologia, industria, medicina, informática, política, enfim, vários setores”. Ele também explica que o trabalho de um estatístico – nomenclatura que se dá ao profissional da área – é feito através de métodos que descobrem e representam dados que podem solucionar algum problema social.

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Como é uma profissão que trabalha com vários setores, o professor exemplifica um caso. “O estatístico pode estudar a quantidade de doenças que acontece com certo número de pessoas em um determinado lugar. Após o levantamento, os dados podem servir para que médicos e outros profissionais de saúde possam controlar a quantidade de enfermidades e já prevenir novos casos.”, descreve Cordeiro. As atividades de coletas e divulgação de dados e resultados são feitas por meio de trabalho de campo, através de pesquisas, e também, recebem o auxílio da informática.

Respirando ciências exatas

A graduação de estatística é bastante ligada a números e a informática. “O bacharelado em estatística é um curso da área de exatas, com forte embasamento em matemática, e ciências da computação”. Quem afirma é a coordenadora da graduação na UFPE, Audrey Cysneiros.

A coordenadora da graduação comenta sobre alguns componentes curriculçares do ciclo básico durante os dois primeiros anos do curso."Cálculo 1, álgebra linear, probabilidade 1, estruturas de algoritmos são alguns dos componentes", comenta Audrey.

A profissão em muitas profissões

O mercado de trabalho para profissionais de estatística é bastante amplo. Economia, administração, tecnologia, ciências sociais, saúde informática, e várias outras áreas tem ações em parceria com estatísticos. Dentro desses setores, a coleta de dados feita por um estatístico resulta num resultado que prevê ou resolve algum problema. Dentro desse contexto, desde o ano de 2009 o estatístico Vinícios Souto Maior atuou em várias empresas. “Quando eu terminei o curso eu encontrei portas abertas em vários locais”, diz Vinícios.

Na área política o profissional sua maior atuação, principalmente no setor de gestão pública.  “Trabalhei com monitoramento de políticas sociais, fazendo coleta de dados e elaborando relatórios e gráficos. Esse trabalho servia para orientar o gestor sobre a sua forma de gestão”.

De acordo com o chefe de Departamento de Estatística da UFPE, Raydonal Ospina, algumas empresas ainda não dão importância para o trabalho de estatística. Entretanto, em Pernambuco, com o desenvolvimento de Suape e a chegada de novos empreendimentos, as oportunidades de trabalho aumentarão cada vez mais, mas, ele salienta que os estatísticos não ficam sem trabalho. “Tem trabalho para todos. O curso de estatística ainda não é tão conhecido no Nordeste e nós precisamos divulgá-lo. O mercado sofre escassez de profissionais”, fala Ospina.

Segundo informações da coordenação do curso da UFPE, a remuneração salarial de um estatístico gira em torno de R$ 3.500. Do ano de 1971 a 2010, 554 pessoas se formaram em estatística em Pernambuco, segundo a coordenação. Nos últimos dez anos, apenas 76 se formaram.

Raydonal Ospina diz qual é a essência do profissional de estatística. “Para mim o estatístico é o profissional que lida com incertezas. Tentamos entender as incertezas. Trabalhamos com métodos científicos para acharmos soluções e informações para todas as áreas”, define.   

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