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Apple e Google propuseram, nesta terça-feira (2), uma nova especificação técnica, que alerta os usuários quando eles estiverem sendo rastreados por pequenos dispositivos vendidos para localizar objetos pessoais.

Este é o caso dos AirTags da Apple, dispositivos do tamanho de uma moeda, equipados com tecnologia Bluetooth, que são populares entre viajantes, mas que foram usados em casos de assédio. Conectados a um aplicativo, eles permitem acompanhar em tempo real a posição geográfica do objeto a que estiverem ligados, mas também de pessoas que os estejam transportando sem saber.

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Os iPhones, por exemplo, já notificam o usuário se detectarem um AirTag próximo (ou os fones de ouvido sem fio da Apple) que não lhe pertença.

A proposta das duas gigantes tecnológicas deve servir para que os dispositivos de rastreamento com Bluetooth se tornem compatíveis com os sistemas de detecção e alerta dos sistemas operacionais iOS e Android. Samsung, Tile e outras fabricantes de dispositivos semelhantes manifestaram seu apoio ao novo padrão da indústria, segundo a declaração conjunta da Apple e do Google.

“Os dispositivos Bluetooth trazem benefícios práticos enormes para os seus usuários, mas também têm potencial de serem usados para rastrear pessoas sem o conhecimento das mesmas, um problema que a indústria têm que resolver", ressalta no comunicado Dave Burke, vice-presidente de Engenharia do Android.

Nos Estados Unidos, várias mulheres entraram com ações contra a Apple no ano passado, depois de serem rastreadas por meio de um AirTag e assediadas. No estado de Indiana, um homem de 26 anos foi morto em junho por sua namorada, que suspeitava de infidelidade e o rastreou com a ajuda de um AirTag, segundo documentos judiciais.

Robert Reeves, porta-voz da polícia de Irving, no Texas, disse à AFP em fevereiro passado que a delegacia da cidade já havia tratado de vários casos envolvendo o acessório da Apple em que a vítima e seu perseguidor se conheciam.

A China anunciou nesta segunda-feira (12) que vai desativar o principal aplicativo de controle de deslocamentos em sua política contra a Covid-19, que era utilizado para verificar se as pessoas haviam transitado por uma área afetada pelo coronavírus.

O anúncio coincide com o aumento do número de casos em uma escala difícil de avaliar porque os exames PCR deixaram de ser obrigatórios e as pessoas geralmente não informam se o autoteste apresenta resultado positivo.

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O aplicativo, conhecido como "Cartão de Itinerário", controlava os deslocamentos do cidadão a partir dos dados do smartphone e mostrava as cidades visitadas nos últimos sete dias. Com base nas informações, a pessoa poderia entrar ou não em um hotel, prédio ou centro comercial.

Se o local não era classificado como de "alto risco" (ou seja, com um número elevado de casos), o app mostrava um sinal verde, o que permitia a entrada do usuário.

O aplicativo, vinculado ao governo central, será desativado a partir de meia-noite de terça-feira, após mais de dois anos e meio em operação, segundo um comunicado oficial.

A decisão foi tomada depois que a China anunciou, na quarta-feira passada, uma flexibilização drástica das restrições, uma grande mudança na política de "covid zero" adotada desde o início da pandemia.

O governo anunciou o fim dos confinamentos em larga escala e da internação sistemática de pessoas contaminadas em centros de quarentena.

O ministério da Saúde informou nesta segunda-feira que o país registrou 8.626 novos casos positivos em 24 horas.

O número representa uma queda considerável em comparação com os últimos dias, mas não reflete a realidade da onda epidêmica.

Uma das figuras mais respeitadas da China na luta contra a covid-19, o especialista em doenças respiratórias Zhong Nanshan, afirmou no domingo a que a variante ômicron se "propaga rapidamente" pelo país.

- "O fim de uma era" -

Até a semana passada, a maioria dos chineses não conhecia ninguém que tivesse testado positivo para covid. Mas nos últimos dias, o cenário mudou de forma repentina, especialmente em Pequim.

Junto ao "Cartão de Itinerário, de alcance nacional e que já era utilizado antes da pandemia para controlar as viagens entre províncias, o país tem aplicativos locais que seguem em operação e são utilizados diariamente para permitir o acesso a restaurantes e lojas".

"Adeus, isto representa o fim de uma era", escreveu uma pessoa na rede social chinesa Weibo.

"O próximo passo é acabar com todos os aplicativos locais", afirmou outra.

Muitos questionaram o que acontecerá com a grande quantidade de dados compilados pelo aplicativo. "Espero que existam formas e maneiras de deslogar e apagar tudo", destacou um internauta.

O aplicativo, lançado no início de 2020, usava dados de três operadoras de telefonia móvel e não foi divulgado se as informações serão armazenadas ou continuarão sendo compiladas.

"O aplicativo pode desaparecer, mas os dados permanecem lá", afirmou a analista Kendra Schaefer, especialista da empresa Trivium China, com sede em Pequim.

"O governo ganha mais do que perde ao desativar o aplicativo porque o custo de manutenção de um sistema do tipo deve ser enorme", acrescentou no Twitter.

Os Correios anunciaram uma melhoria no rastreamento das encomendas: a partir de agora, o destinatário vai receber as informações sobre a entrega em tempo real no celular. 

Segundo os Correios, o destinatário só precisa informar o número de telefone no momento da postagem. Desta forma, quando o carteiro sair para a entrega, o cliente será avisado em tempo real de que a encomenda está na rota de distribuição.

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Quando o carteiro estiver próximo do endereço com o objeto o cliente vai receber um link para acompanhar as atualizações referentes à entrega e interagir diretamente com o entregador. 

A melhoria no rastreamento das entregas inclui as modalidades Sedex convencional, Sedex 10, Sedex 12 e Sedex Hoje. Para as demais modalidades, o serviço continua disponível para consulta pelo site ou aplicativo dos Correios. 

Cidades que a nova funcionalidade está disponível:

Maceió (AL)

Salvador (BA)

Belo Horizonte (MG)

Brasília (DF)

Fortaleza (CE)

Vitória (ES)

Governador Valadares (MG)

Varginha (MG)

Montes Claros (MG)

Uberlândia (MG)

Cuiabá (MT)

Belém (PA)

João Pessoa (PB)

Jaboatão dos Guararapes (PE)

Recife (PE)

Teresina (PI)

Maringá (PR)

Curitiba (PR)

Londrina (PR)

Rio de Janeiro (RJ)

Petrópolis (RJ)

Campos dos Goytacazes (RJ)

Natal (RN)

Novo Hamburgo (RS)

Caxias do Sul (RS)

Porto Alegre (RS)

Gravataí (RS)

Santa Maria (RS)

São José (SC)

Florianópolis (SC)

Itajaí (SC)

Aracaju (SE)

São José dos Campos (SP)

Jundiaí (SP)

Limeira (SP)

Franca (SP)

São José do Rio Preto (SP)

São Paulo (SP)

Barueri (SP)

Santo André (SP)

Osasco (SP)

Guarulhos (SP)

São Bernardo do Campo (SP)

Palmas (TO)

Um dos recursos mais interessantes do iOS 15, que foi anunciado na WWDC 2021 em junho, é definitivamente o rastreamento Buscar (Find My) quando o dispositivo está completamente desligado. No entanto, nem todos os dispositivos são compatíveis com esse recurso. Com o iOS 13, a Apple implementou uma nova versão de sua rede Find My que funciona offline. Ele usa a tecnologia Bluetooth para enviar a localização de um dispositivo perdido para outros dispositivos Apple próximos. Dessa forma, os usuários podem ver a localização de um iPhone, iPad, Mac ou Apple Watch mesmo quando ele não está conectado à internet. 

Agora, com o iOS 15, a Apple deu um passo adiante e finalmente permitiu que dispositivos desligados sejam rastreados por meio da rede Find My. E não apenas isso: a empresa diz que os dispositivos que executam o iOS 15 podem ser localizados mesmo após uma restauração completa. A única maneira de desativar o Find My now é removendo a conta iCloud do proprietário original do dispositivo. 

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Infelizmente, devido às limitações da tecnologia, apenas alguns modelos de iPhone podem ser localizados quando desligados. Confira a lista completa abaixo: 

- iPhone 11 

- iPhone 11 Pro 

- iPhone 11 Pro Max 

- iPhone 12 Mini 

- iPhone 12 

- iPhone 12 Pro 

- iPhone 12 Pro Max 

- iPhone 13 

- iPhone 13 Mini 

- iPhone Pro 

- iPhone Pro Max 

Este novo recurso é baseado na tecnologia Ultra Wideband (UWB), que faz parte do chip U1 da Apple. Apenas o iPhone 11 e os modelos mais recentes (exceto o iPhone SE de segunda geração) têm o chip U1, por isso apenas esses dispositivos funcionam com o Find My mesmo quando desligado. O Apple Watch Series 6 também tem o chip U1, mas o recurso é exclusivo para iPhones até agora. 

O usuário que possui um iPhone mais antigo ou até mesmo qualquer modelo de iPad, ainda poderá usar o Find My quando seu dispositivo estiver offline, mas não completamente desligado.  

De acordo com a Apple, os dispositivos compatíveis também podem ser localizados em Find My quando no modo de reserva de energia. Em outras palavras, o rastreamento funciona mesmo se a bateria do seu iPhone ficar sem bateria, assim como o Express Transit com o Apple Pay. É quase como se esse recurso transformasse seu iPhone em um AirTag. 

Como ativar o recurso de Buscar 

Confira, a seguir, como ativar a rede Buscar para rastrear um iPhone mesmo que ele esteja desligado 

Passo 1. Abra os “Ajustes” do iPhone e toque no seu nome para abrir a ID Apple. 

Passo 2. Toque em “Buscar” e vá em “Buscar iPhone”. 

Passo 3. Ative a chave “Rede do app Buscar” e habilite “Enviar Última Localização”. A partir disso, o usuário possui algumas horas para encontrar seu iPhone. 

 

O Projeto de Lei 118/21 dá permissão à Polícia Civil para que faça o rastreamento de aparelhos celulares furtados ou roubados a partir do número do IMEI do equipamento. O IMEI (International Mobile Equipment Identity), ou identidade internacional de equipamento móvel, é um código único de identificação do aparelho celular.

O aparelho só poderá ser rastreado se estiver ligado com o GPS ativo. Além disso, de acordo com a proposta, deverá conter conta do e-mail do proprietário.

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O deputado Boca Aberta (Pros-PR), autor do projeto, lembra que, com o crescente número de casos de roubo e furto de aparelhos telefônicos, o bloqueio não é a solução, já que os criminosos descobriram uma maneira de liberar o telefone para uso e posteriormente colocar à venda. "A minha proposta é criar um sistema que permita o rastreio dos aparelhos com a identificação contida em cada celular", disse.

Tramitação
O projeto será analisado em caráter conclusivo pelas comissões de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

*Da Agência Câmara de Notícias

 

Os aplicativos de combate ao coronavírus, desenvolvidos para rastrear automaticamente as pessoas que estiveram em contato com infectados e, assim, conter a pandemia, enfrentaram desafios tecnológicos e resistência dos defensores da privacidade.

Veja o panorama das iniciativas europeias e seus resultados.

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- Na Espanha, poucos downloads -

Na Espanha, um dos países mais atingidos pela pandemia e que ultrapassou meio milhão de casos confirmados de Covid-19 na segunda-feira (7), o governo lançou um aplicativo de rastreamento, chamado Radar Covid, no final de julho. Desde então, mais de 3,4 milhões de pessoas fizeram seu download.

O chefe do Governo espanhol, Pedro Sánchez, instou os 17 governos regionais, com competências na área da saúde, a fazerem uso do aplicativo e, até o momento, 10 deles o estão implementando.

De acordo com Sánchez, se mais de 20% da população espanhola (cerca de 47 milhões de pessoas) baixasse o aplicativo, reduziria o impacto da pandemia em 30%.

- Na Alemanha, acolhida positiva -

Lançado em junho, o aplicativo de rastreamento alemão "não é uma panaceia, mas uma ferramenta adicional valiosa para detectar e interromper cadeias de infecção", disse o porta-voz do governo, Steffen Seibert.

Em um país onde o respeito e o controle dos dados são fundamentais para os cidadãos, o aplicativo tem sido bem recebido, até mesmo por defensores da proteção de dados, como o Chaos Computer Club.

Até 1º de setembro, havia sido baixado 17,8 milhões de vezes (em uma população estimada de 83 milhões de pessoas). No início de julho, o aplicativo já havia relatado centenas de infecções.

- Na Islândia, turistas se inscrevem -

Os downloads do aplicativo islandês, que atingiram o pico logo após seu lançamento (cerca de 40% dos islandeses o usam, uma proporção muito alta), começaram a aumentar novamente com a chegada de turistas.

Os turistas são incentivados a baixar o aplicativo por causa da funcionalidade de rastreamento, mas também porque contém links para muitos documentos relacionados ao coronavírus e um chat online.

Ao contrário de outros aplicativos na Europa, o islandês permite reconstituir os movimentos das pessoas quando há casos de infecção ou suspeita de contágio.

- Em Portugal, o aplicativo é incompatível -

Em Portugal, o aplicativo contra o coronavírus foi lançado no início de setembro e é criticado por associações de defesa do consumidor pela "possibilidade de utilização indevida de dados pessoais" e pelo "papel central" de gigantes digitais na definição de protocolos de saúde.

Além disso, cerca de 800 mil celulares (de cerca de 10 milhões de portugueses) não conseguem instalar o app devido a incompatibilidades de software, alertaram meios de comunicação, alguns dos quais temem que seja "pouco útil".

- Na França, um fiasco -

O aplicativo StopCovid, lançado no início de junho pelo governo francês, tinha sido baixado apenas 2,3 milhões de vezes em meados de agosto (de uma população de 67 milhões). Permitiu a notificação de apenas 72 contatos de risco, apesar de 1.169 usuários se declararem positivos.

É baseado em um protocolo "centralizado" e, portanto, incompatível com a maioria dos aplicativos de rastreamento europeus, que são "descentralizados", a tecnologia preferida pelo Google e pela Apple. O StopCovid foi amplamente criticado por especialistas em TI que o consideram insuficiente devido aos riscos para a proteção de dados.

- Boa recepção na Suíça e na Itália -

O aplicativo SwissCovid foi lançado em caráter experimental em 25 de maio. Foi desenvolvido principalmente pela Escola Politécnica Federal de Lausanne, que deu origem ao protocolo descentralizado utilizado na maioria desses aplicativos.

Quase 1,6 milhão de suíços o usam ativamente, e o aplicativo foi baixado 2,3 milhões de vezes, em uma população de 8,5 milhões.

No início de setembro, uma média de 56 códigos que indicam uma infecção eram registrados diariamente por meio do aplicativo. O aplicativo não despertou hostilidade.

Na Itália, o aplicativo Immuni foi baixado 5,4 milhões de vezes, ou 14% dos usuários em potencial (excluindo menores de 14 anos e sem celular).

Um total de 155 usuários se declararam positivos entre 1º de junho e 31 de agosto, segundo dados oficiais.

- Mau começo na Noruega e no Reino Unido -

Em junho, as autoridades de saúde norueguesas suspenderam o aplicativo desenvolvido localmente após decisão do órgão nacional de proteção de dados por considerá-lo muito invasivo. Desde então, as autoridades trabalham em uma nova solução que esperam lançar antes do Natal.

O Reino Unido deu uma guinada radical em meados de junho, abandonando uma versão anterior do aplicativo, baseada em uma solução "centralizada" e considerada ineficaz.

O governo, que atribuiu o fracasso às restrições impostas pela Apple em seu telefone, decidiu adotar a abordagem "descentralizada", mas por enquanto, não há aplicativos de rastreamento disponíveis para a maior parte do país.

No entanto, a província da Irlanda do Norte tem seu próprio aplicativo, lançado em 31 de julho e baixado mais de 300.000 vezes até 26 de agosto.

De olho na reabertura de empresas e escolas, uma startup incubada no Centro de Inovação do Hospital das Clínicas, o Inova HC, desenvolveu uma plataforma que permite mapear casos do novo coronavírus e evitar surtos, a partir do cruzamento do resultado de testes e monitoramento de sintomas utilizando inteligência artificial. O modelo, que também pode ser implementado em linhas aéreas e centros médicos, deve ter custo de US$ 1 por ano por pessoa e começará a operar com dados reais no próximo mês.

CEO da empresa Blok BioScience na América Latina, Pablo Lobo explica que o projeto começou a ser pensado quando a China registrava 6 mil casos da doença - antes de ela se espalhar para outros países -, por um grupo que já trabalha há dois anos com soluções para problemas globais.

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"A parte mais importante é a testagem", diz ele, "porque precisamos identificar quem tem sintomas e quem tem imunidade ou suposta imunidade".

Ele ressalta que "não é um sistema de proibição ou segregação, mas de segurança". "Se a pessoa não é imune, tem informação." Ou seja, sintomáticos devem fazer o teste de RT-PCR, considerado padrão-ouro. Quem não tem sintomas deve ser submetido a testes sorológicos.

Além de fazer os exames, as pessoas terão acesso a um aplicativo, o Immunity Passport, que pode ser alimentado com dados sobre sintomas, como febre e tosse. "Ele começa a se comunicar, estimulando a pessoa a contar como se sente, reportar sintomas, medir a temperatura." E as notificações, ressalta, "são mais invasivas para pessoas assintomáticas".

Caso apareça um caso confirmado ou suspeito, o sistema envia alertas de risco para os gestores com orientações, relatórios de dados e pontos de infecção por geolocalização.

Para a pessoa, são enviadas orientações personalizadas. A plataforma também tem capacidade de se integrar a aplicativos de rastreamento de contatos.

A carteira de imunidade digital e o sistema de gestão dos dados, explica Lobo, promovem o autocuidado dos funcionários e estudantes "ao oferecer um sistema automatizado, compreensivo e personalizado de registro de sintomas, resultados de testes e integração com aplicativos que mapeiam possíveis contatos com pessoas infectadas". A proposta não é criar ilhas em que as pessoas saibam que os demais colegas foram testados.

O importante, argumenta, é ter uma base de dados global. Isso vai nortear volta às aulas, trânsito local. Serão feitos testes em escolas, centros médicos, aeroportos, portos e fábricas. O custo por pessoa, sem contar os testes, deve ser de US$ 1 por ano.

Plataformas

Durante a pandemia, o Inova HC trabalhou no desenvolvimento de plataformas que ajudassem na luta contra a covid, tendo o HC como centro do combate. "Criamos uma plataforma de inteligência artificial onde, em poucos minutos, recebíamos tomografia de tórax do Brasil inteiro. Mais de 50 hospitais aderiram à plataforma", adianta Lobo.

Por meio do algoritmo, ela fazia um relatório dizendo se o paciente era um caso de coronavírus ou não e qual a extensão da doença. "Ajudamos radiologistas e médicos de todo o País a fazer diagnósticos mais precisos", conta Giovanni Guido Cerri, presidente do Inova HC.

A limpeza hospitalar por robôs foi introduzida no hospital e o centro está desenvolvendo um laboratório de robótica.

Eles trabalham com monitoramento à distância, principalmente com pacientes de UTI, de modo que possam ser controlados com segurança, evitando que os profissionais de saúde se contaminem.

Cerri diz, ainda, que se aumentou a atividade de telessaúde, "que vai continuar sendo ampliada para acompanhar os pacientes após o fim da pandemia". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A tecnologia vai salvar o mundo de uma segunda onda de coronavírus? Esta é a esperança de muitos países, que adotaram ou desenvolveram aplicativos de rastreamento de contatos para smartphones.

O objetivo é simples: alertar um usuário que um de seus contatos está infectado. Mas o sistema gera debate, tanto por sua eficácia como pela suposta violação da vida privada.

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BLUETOOTH VS GEOLOCALIZAÇÃO

Existem dois métodos distintos: a tecnologia de comunicação "Bluetooth" entre aparelhos eletrônicos próximos ou a geolocalização, que permite obter dados sobre deslocamentos de um indivíduo.

A União Europeia (UE) não recomenda esta última, por considerar que "representaria importantes problemas de segurança e respeito à vida privada".

Esta é uma das críticas feitas ao aplicativo pan-europeu (PEPP-PT), desenvolvido por 130 cientistas de oito países. A princípio, deveria armazenar os dados em um servidor central, mas isto provocou o temor de que os governos poderiam utilizar as informações com fins de vigilância.

Além disso, muitos apontam que é complicado evitar Apple e Google, proprietários dos dois grandes sistemas operacionais em vigor (iOS e Android). É necessário que as empresas estabeleçam um acordo para que os celulares dos dois sistemas se comuniquem.

Esta semana, os dois gigantes da tecnologia apresentaram às autoridades de saúde de todo o mundo sua solução para construir um aplicativo de monitoramento de contatos através do Bluetooth. Vinte e dois países de cinco continentes pediram acesso à interface de programação.

SINGAPURA, PIONEIRA

O governo apresentou o aplicativo "TraceTogether", que utiliza Bluetooth, em 20 de março, mas apenas 1,5 milhão de pessoas (25% da população) fizeram o download, o que significa que não é eficaz.

As autoridades também utilizam outro sistema, "SafeEntry", que pede às pessoas que utilizem um código QR com informações pessoais quando entram em locais públicos, como os centros comerciais.

SEM UNIÃO NA EUROPA

Na Europa, cada país adotou iniciativas diferentes.

A França se prepara para lançar o aplicativo por Bluetooth "StopCovid", que poderá ser usado de maneira voluntária.

O país é um dos poucos que decidiu armazenar os dados em um servidor central, o que gerou controvérsia.

O Reino Unido também pretende adotar um sistema centralizado com um aplicativo que ainda está sendo testado.

Muitos países, no entanto, optaram por um dispositivo descentralizado, como a Itália. Neste país será lançado o "Immuni", aplicativo Bluetooth que funcionará em algumas regiões a partir desta semana. Em junho, talvez, seja utilizado em todo o país.

Para que o aplicativo seja eficaz, no entanto, deve ser baixado por 60% dos italianos, ou seja, praticamente todos os proprietários de celulares do país, advertiu Francesco Paolo Micozzi, especialista na área digital da Universidade de Perugia.

Algo parecido acontece na República Tcheca, onde apenas 210.000 pessoas (dos 10,7 milhões de habitantes do país) baixaram um aplicativo de rastreamento.

A Espanha não desenvolveu nenhum aplicativo do tipo e as autoridades afirmaram que pretendem seguir "as medidas adotadas dentro da UE".

A Bélgica está utilizando um sistema de rastreamento "físico", por telefone desde 11 de maio. Os pacientes recebem ligações para averiguar com quais pessoas estiveram em contato recentemente.

MEDIDAS NA ÁSIA

Na China existem vários aplicativos para indicar o "nível de risco" de uma pessoa, em função dos lugares que ela visitou e de seus encontros com indivíduos potencialmente infectados.

Os aplicativos foram desenvolvidos com os gigantes da internet Alibaba e Tencent e informam, com um código de cores, se a pessoa pode ou não reservar uma passagem de avião ou entrar em um local público.

Sua eficácia se baseia em uma ampla coleta de dados e no uso da geolocalização.

Na Coreia do Sul, as pessoas que apresentaram resultado positivo e as confinadas devem baixar um aplicativo oficial que permite às autoridades controlar seus deslocamentos em tempo real. Na semana passada, uma pessoa que não cumpriu as normas foi condenada a quatro meses de prisão.

Hong Kong recorreu a pulseiras para seguir os movimentos das pessoas que retornam do exterior, que devem permanecer 14 dias em quarentena.

Em Taiwan, os recém-chegados devem informar regularmente às autoridades sobre seus deslocamentos, algo que as delegacias podem verificar por meio de um sistema de ligações telefônicas.

O Paquistão optou por ferramentas de geolocalização utilizadas na luta antiterrorista para monitorar os pacientes de COVID-19 que tentam escapar dos centros de quarentena ou evitar as medidas de isolamento.

DEBATE EM ISRAEL

Em Israel, onde 10% da população trabalha na área de tecnologia, vários aplicativos foram desenvolvidos.

Mas a questão do rastreamento provocou uma grande polêmica quando o governo autorizou o Shin Bet, agência de inteligência, a vigiar os telefones dos cidadãos para combater a pandemia.

Os defensores dos direitos humanos denunciaram a medida e a justiça anulou a autorização em abril, mas deixou uma porta aberta: se o método fosse aprovado por uma lei, poderia ser utilizado, algo que o Parlamento se apressou a fazer em maio.

UM POUCO DE TUDO NOS ESTADOS UNIDOS

Nos Estados Unidos, onde existe um forte apego pelas liberdades individuais, os métodos mudam de acordo com os estados.

Califórnia e Nova York optaram por contratar milhares de pesquisadores de saúde pública para que liguem para as pessoas com casos confirmados de COVID-19 e estabeleçam listas de todas as pessoas com as quais estiveram por mais de 15 minutos a menos de dois metros. Depois, precisam ligar para estes contatos e pedir que obedeçam a quarentena.

Alabama, Dakota do Norte e Carolina do Sul adotaram a tecnologia Bluetooth da Apple e Google.

ENTUSIASMO NA AUSTRÁLIA

Na Austrália, mais de seis milhões de pessoas (de um total de 25 milhões de habitantes) baixaram o aplicativo "COVIDSafe", inspirado no modelo de Singapura, que não permitirá a geolocalização, segundo o governo.

burx-pid/jg/jvb/es/fp

O governo italiano começará a fazer os testes com o aplicativo de rastreamento de pessoas que contraíram o novo coronavírus (Sars-CoV-2) em três regiões do país entre o fim do mês de maio e o início de junho, informam fontes à ANSA.

Chamado de "Immuni", o app será liberado nas regiões da Ligúria, Púglia e Abruzzo e tem como objetivo rastrear as pessoas que foram infectadas pela Covid-19 e verificar como o vírus se espalha por esses locais.

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Em entrevista à "Radio 24", o vice-ministro da Saúde, Pierpaolo Sileri, confirmou que o aplicativo estará disponível, no máximo, nos "primeiros dias de junho" e que ele será "importantísAsimo" para uma "reorganização da medicina territorial e de prevenção".

O contrato para a criação da ferramenta foi assinado pelo governo da Itália no dia 17 de abril. A empresa de Milão, Bending Spoons, cedeu de maneira gratuita a licença do uso do software de "contact tracing" e repassou o código-fonte do app para o governo. O uso do aplicativo será voluntário e as informações ficarão disponíveis para o governo até 31 de dezembro deste ano. 

Da Ansa

O Google e a Mastercard teriam fechado um acordo secreto que permitiria à multinacional norte-americana e aos seus anunciantes rastrear as vendas "off-line" (em lojas físicas) de mais de 2 bilhões de pessoas que possuem cartões com a bandeira Mastercard. As informações foram reportadas pela Bloomberg News.

O Google teria pagado milhões de dólares para obter dados da Mastercard e, juntas, as duas sociedades teriam discutido a divisão de uma parte dos rendimentos, de acordo com fontes que trabalharam no tratado.

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Os porta-vozes das empresas não quiseram comentar, mas ainda segundo a Bloomberg, o acordo teria valido apenas Estados Unidos.

Caso a informação seja confirmada, mais de 2 bilhões de pessoas que utilizam cartões Mastercard estariam sujeitos a esse rastreamento.

Já no ano passado, o Google anunciou um serviço chamado "Store Sales Measurement", explicando que a empresa acessou "aproximadamente 70%" dos cartões de débito e crédito norte-americanos através de parceiros, mas sem mencioná-los.

De acordo com fontes locais, o Google teria comprado o banco de dados da Mastercard para que seus anunciantes pudessem acompanhar se alguma campanha on-line resultara em vendas, de modo a otimizar os anúncios e ações.

O tema reacende mais uma vez o debate sobre privacidade é levantada mais uma vez. "As pessoas não esperam que os produtos comprados em negócios físicos estejam ligados àqueles comprados online. Não são fornecidas muitas informações aos consumidores nem os direitos que esses têm", explicou Christine Bannan, do Centro de Privacidade de Informação Eletrônica (EPIC, na sigla em inglês).

Da Ansa

A Apple anunciou nesta segunda-feira (4) funções projetadas para evitar que aplicativos e sites rastreiem os usuários através de "cookies". Um dos atingidos pela nova função será a rede social Facebook, envolvida em um escândalo de dados pessoais.

"Acreditamos que seus dados privados devem continuar sendo privados", disse Craig Federighi, diretor da Apple responsável pelos sistemas operacionais, na conferência anual de desenvolvedores em San José, ao sul de San Francisco.

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"Parece que (os cookies vinculados a)o botão de "Like" (...) pode ser utilizado para te rastrear (na internet)", disse. "Assim, neste ano lhe pusemos fim", acrescentou.

Os "cookies" são pequenos blocos de informação trocadas entre o dispositivo do usuário e o site para que este último receba informação sobre sua frequência, o que permite seguir o usuário de um site para outro.

Por exemplo, se um usuário clicar no ícone "Like" do Facebook colocado abaixo de um conteúdo (notícia, anúncio) postado em um site qualquer, o Facebook recebe informação sobre o usuário que clicou.

Os novos sistemas operacionais da Apple, nos iPhones e nos computadores, tornarão mais difícil que os aplicativos e os sites recopilem a informação sobre os tipos de dispositivos utilizados pelos usuários.

"Será muito mais difícil para as empresas de dados identificar o seu dispositivo e rastreá-lo", disse Federighi.

Google, Facebook e Twitter se uniram na tentativa de remover milhões de imagens de abuso sexual infantil da internet. Em um esquema inédito, a Internet Watch Foundation (IWF) - organização não governamental que trabalha para minimizar a disponibilidade de conteúdos potencialmente criminosos na web - criou um sistema que identifica este tipo de imagem. O objetivo é remover rapidamente o conteúdo para evitar que ele seja compartilhado repetidamente.

Analistas da IWF vasculham diariamente a internet em busca de imagens de menores em situação de exploração sexual. Esse conteúdo, então, recebe uma marcação única, gerada por um algoritmo. Um sistema capaz de verificar a presença dessas marcações, que funcionam como se fossem impressões digitais, indicará exatamente onde a imagem se encontra.

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A IWF explica que há bilhões de imagens na internet e, através da criação de uma impressão digital única, é possível toná-las inascíveis para os internautas rapidamente. Como encontrar uma agulha num palheiro. A novidade também vai ajudar a evitar que as imagens de abuso sejam enviadas para a web, dando às empresas o poder de impedir as pessoas de compartilhar este tipo de conteúdo em seus serviços.

Esse sistema inicialmente será disponibilizado ao Google, Microsoft, Facebook, Twitter e Yahoo. Assim, todas as imagens que passarem pelos serviços dessas empresas serão escaneadas e, caso a marcação seja detectada, o acesso será bloqueado. Infelizmente, o conteúdo hospedado na deep web, rede de acesso restrito que esconde a identidade dos usuários, não poderá ser rastreado.

Os Correios lançaram um aplicativo para que os usuários possam rastrear suas encomendas através do smartphone ou tablet. Basta inserir o código de 13 dígitos para começar a receber notificações sempre quando houver alteração no status da entrega.

Quando uma encomenda estiver disponível para retirada em uma das agências ou centros de destruição dos Correios, o aplicativo informará o endereço completo da unidade, além de mostrar um mapa que indica o melhor trajeto para que o usuário encontre sua encomenda.

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Com o aplicativo, também é possível ter acesso a informações como o tipo de envio (PAC, Sedex ou Sedex a cobrar), bem com saber o peso da encomenda e se o pacote foi enviado com aviso de recebimento (AR) e mão própria (MP).

O aplicativo pode ser baixado gratuitamente no Google Play e funciona com smartphones e tablets com Android 3.0 ou superior. Até o final de abril, será disponibilizado nas versões para o sistema iOS e para Windows Phone.

Médicos do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas (Incor) querem rastrear quem são os 400 mil brasileiros que sofrem de hipercolesterolemia familiar. A doença, silenciosa, é resultado de uma mutação genética que causa colesterol alto desde a infância. O resultado: risco até 20 vezes maior de enfarte e derrame cerebral precoces. Nesta sexta-feira, o Incor faz campanha gratuita para detectar o mal na população. Serão distribuídas 500 senhas.

A hipercolesterolemia familiar é diagnosticada por exame genético. Com uma gota de sangue, os médicos identificam o colesterol alto. Aqueles com LDL (o colesterol ruim) acima de 210 mg/dl serão encaminhados para o teste de DNA. Os pesquisadores procuram, então, as mutações no gene responsável pela retirada do LDL da corrente sanguínea. Como esse gene não atua corretamente em quem tem a mutação, as placas de gordura se formam nas paredes de vasos e artérias desde a infância - daí, a ocorrência de doenças cardiovasculares precocemente.

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"É muito dramática essa doença, porque as pessoas ficam assintomáticas por longo tempo e, muitas vezes, o primeiro sintoma é a morte súbita. O diagnóstico genético é importante porque permite descobrir outros casos na família", diz a cardiologista do Incor Ana Paula Chacra.

O administrador Clecio Pavan, de 42 anos, tem colesterol alto desde os 11. Começou a pensar que poderia ser um problema hereditário quando a mãe dele enfartou, aos 54 anos, em 1993. Mas só neste ano descobriu a mutação. "Fui o primeiro a ser diagnosticado. Meu colesterol estava em 380." Vinte pessoas da família foram testadas - oito estão em tratamento no Incor, até as filhas dele, de 13 e 9 anos.

"Mudamos o estilo de vida. Minhas filhas treinam handebol; emagreci 10 quilos desde julho", diz Pavan, que, com a ajuda de medicamento, baixou o colesterol para 150.

Segundo Ana Paula, se uma pessoa tem o diagnóstico positivo, toda a família é testada, até crianças a partir de 2 anos - a chance de um parente ter a doença é de 50%. "Fazemos o rastreamento em cascata para saber quem é esse paciente que não sente nada, diagnosticar e tratar." O tratamento inclui medicamentos, como estatinas. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

O Conselho Nacional de Trânsito (Cotran) voltou a adiar a entrada em operação do Sistema Integrado de Monitoramento e Registro Automático de Veículos (SIMRAV), que determinava a instalação obrigatória do sistema de rastreamento e bloqueio em 20% dos automóveis e caminhões novos produzidos no país a partir de 15 de agosto. O prazo foi prorrogado para janeiro de 2013.

A Deliberação nº 128/2012, publicada no Diário Oficial da União do dia 16 de julho, estabelece um novo cronograma para que o sistema, conhecido como kit antifurto, seja implantado gradualmente nos veículos nacionais – automóveis, camionetas, utilitários, caminhões, micro-ônibus, tratores, reboques, ciclomotores, motonetas, triciclos, quadriciclos e motocicletas. A partir de meados de 2014 todos os veículos só poderão ser licenciados com a instalação obrigatória de fábrica.

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Para os automóveis e caminhões já fabricados a instalação será optativa. Ou seja, nenhum motorista será obrigado a ter o sistema, mas se tiver interesse deverá contratar uma empresa privada.

Os fabricantes ou importadoras automobilísticas deverão homologar seus modelos no Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).

A resolução movimentará toda a cadeia de valor envolvida: fabricantes de chip, montadoras, operadoras de telefonia, seguradoras e provedoras de serviços de TIV (empresas que fazem a gestão do rastreamento de automóveis). 

Polêmica

As montadoras continuam relutantes em instalar o sistema antifurto obrigatório alegando que ele elevaria o custo do veículo em cerca de R$ 600. A medida é polêmica e se arrasta desde 2007. Já foi questionada judicialmente pelo Ministério Público Federal porque os equipamentos de antifurto e rastreamento dos veículos podem ser monitorados, independentemente da autorização do proprietário. Já os órgãos de defesa do consumidor, como a Proteste, alegam que o sistema antifurto obrigatório encarecerá carro novo sem dar liberdade ao consumidor de optar pelo sistema antifurto.

Segundo os fornecedores, o sistema foi sendo aperfeiçoado ao longo do tempo. Segundo eles,  mesmo embarcado no automóvel (veículos leves, caminhões e motocicletas), o dispositivo antifurto somente será ativado na função rastreamento com a autorização do dono do veículo. E todas as informações do usuário serão protegidas por chaves de acesso. 

O chip implantado no veículo pertencerá ao Denatran, e poderá ser habilitado em qualquer operadora. Esse processo não envolverá o usuário. Ele nem mesmo saberá qual operadora estará no processo. A sua interface será sempre a seguradora. O procedimento de ativação do chip de rastreamento será feito de forma remota, sem acesso físico ao dispositivo, o que agiliza o serviço. “O equipamento antifruto só poderá ser configurado para comunicação sem fio pelo Denatran”, esclarece o órgão. E a TIV é quem ficará responsável pelo rastreamento.

A inovação no setor está nessa liberdade de a operadora poder ser substituída a qualquer momento pela seguradora (caso também seja uma TIV) ou sem que o usuário perceba ou tenha de fazer qualquer tipo de substituição no veículo, destaca Ramzi Abdine, da Cinterion, empresa da Gemalto que atua no setor módulos de comunicação celular máquina a máquina (M2M). “Hoje, o cartão das operadoras de telefonia móvel devem ser substituídos no momento da troca. Nos automóveis não. Por isso, ele é mais robusto e soldado dentro do aparelho rastreador”, explica.

Algumas seguradoras chegaram a pensar em ser uma TIV. “Em um primeiro estágio, nos habilitamos como uma TIV para fazer captura dos sinais para vender geoposição, usando a Porto Seguro Proteção e Monitoramento”, detalha José Luís F. da Silva, diretor da empresa de Proteção e Monitoramento da Porto Seguro. 

Como há muitas prorrogações do início do serviço, desde 2007, a seguradora passou a ser uma MVNO (operadora virtual) da TIM. Pela lei, afirma, uma empresa não pode atuar nas duas frentes. “Então abrimos mão de ser uma TIV”, aponta. “Hoje, fazemos a gestão de 420 mil automóveis. Se houver a possibilidade vamos atuar como monitoradora”. 

De acordo com ele, o valor do seguro poderia cair caso seja comprovada, ao longo do tempo, a eficiência do serviço no que diz à recuperação do veículo. “Seguro trabalha com base na experiência. Assim, com a eficácia, automaticamente o preço da contratação cai”, projeta.

Não é o que pensa a Proteste. Na avaliação da associação a obrigatoriedade de instalação do serviço é mais uma tentativa do Cotran em gerar gastos indevidos aos brasileiros, como no caso do "kit-socorro" que obrigou os proprietários a adquirir estojos de primeiros socorros posteriormente abandonados. Segundo a Proteste, o Contran se preocupou mais com os fabricantes do equipamento rastreador, com as empresas que oferecem esse serviço e com as seguradoras, do que com motoristas e passageiros.

E vai além. Na opinião da associação, a obrigatoriedade pode ser um dinheiro jogado fora, porque a resolução do Contran não obriga o dono do carro a ativar o sistema. E o dispositivo não impede o roubo, apenas localiza o carro depois dele ter sido levado embora.

Qual a importância do uso de cookies de rastreamento que são plantados em seu computador, depois de navegar em sites, para que ele possa acompanhar o que você está fazendo? Acontece que não somente os grandes sites gostam de usá-los, eles também empurram goela abaixo cookies de terceiros.

De acordo com a Keynote Systems, uma análise que fez rastreamento comportamental online em 269 sites raiz em quatro setores diferentes - "notícias e mídia", "serviços financeiros", "viagens e hospitalidade", e "varejo" -, 86% dos sites colocam um ou mais cookies de terceiros em seus visitantes.

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A Keynote Systems também diz que 60% desses terceiros tiveram, pelo menos, um rastreador que não prometeu cumprir com pelo menos um padrão de monitoramento comum.

A empresa afirmou que, dos 211 rastreadores terceirizados, "apenas um se comprometeu a honrar com a solicitação de um visitante para não ser rastreado pelo novo recurso 'não quero ser rastreado'." Isto dá aos consumidores uma maneira de escolher. A Keynote diz também ter verificado se houve uma "promessa de manter dados anônimos."

A Keynote descobriu que quase todos os sites das categorias "viagem e hospitalidade" e "notícias e mídia" têm cookies de rastreamento de terceiros. Os sites de "notícia e mídia" disseram "expor os visitantes do site para uma média de 14 empresas de rastreamento terceirizadas durante o curso de uma visita típica." A Keynote também acrescenta que foi "surpreendente" que três em cada quatro sites na categoria "serviços financeiros" também "expõem os visitantes a rastreamento de terceiros."

A Keynote Systems diz que o fenômeno de rastreamento é motivado pela publicidade. "A publicidade comportamental, um uso comum de dados de rastreamento de terceiros, é uma prática cada vez mais comum na rede e uma das principais maneiras com que sites financiam suas operações. Cookies de rastreamento de terceiros são colocados nos browsers dos visitantes do site para rastrear os cliques de um usuário e o caminho que ele fez na Internet. Eles também podem anotar coisas como o que o visitante compra e para onde o visitante vai, uma vez ele deixa uma página."

O diretor de serviços de privacidade da Keynote, Ray Everett, diz que tudo reflete uma "mentalidade de 'faroeste selvagem'" e que "empresas de rastreamento agressivo" poderiam colocar editores do site em uma posição difícil e, até mesmo, expô-los ao risco legal. Mas ele aponta que o "fardo de policiar rastreamento de terceiros recai sobre os ombros dos editores do site", porque eles são claramente responsáveis ​​pelo seu conteúdo e reputação da marca.

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