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O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, considera o ajuste fiscal fundamental para restabelecer a confiança dos agentes econômicos, cuja acentuada queda está por trás da retração dos investimentos e da contração do PIB. Ele descarta a ideia de que a economia brasileira possa ser relançada por estímulos à demanda, num momento em que a sustentabilidade fiscal atravessa um momento tão delicado.

A questão fundamental, para Barbosa, é achar o receituário ideal que combine ajuste fiscal de curto prazo e estrutural para resgatar a confiança neste momento difícil. Ele diz que a reflexão na equipe econômica, no tocante a medidas fiscais de curto prazo, como aumento de impostos e mais enxugamento de despesas, é sobre o trade-off (quanto se ganha, quanto se perde) entre ganho adicional de confiança, de um lado, e impulso fiscal negativo adicional, de outro, num momento em que a economia já está bastante combalida. "Não há nenhuma discussão sobre impulso fiscal positivo, a discussão é sobre a intensidade do impulso fiscal negativo", diz Barbosa.

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Ele observa que medidas de ajuste estrutural têm a vantagem de reunir efeitos possivelmente ainda maiores de confiança com quase nenhum impacto negativo adicional na demanda. "Medidas conjunturais tendem a ser soluções temporárias, enquanto medidas estruturais têm efeitos mais duradouros e permanentes", acrescenta o ministro, que, porém, não descarta, a princípio, diferentes combinações entre as duas vertentes de esforço fiscal.

Para o ministro, o envio do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) 2016 com previsão de um déficit de R$ 30,5 bilhões do governo federal, equivalente a 0,5% do PIB, não significa nenhum abrandamento da disposição de restabelecer a solidez das contas públicas. Isso, por sua vez, é um pilar indispensável para recolocar a economia numa trajetória de crescimento sustentável de médio e longo prazo.

Segundo Barbosa, ninguém está satisfeito ou confortável com o déficit. "Continuamos a trabalhar para melhorar a situação fiscal do Brasil, o que envolve também ações sobre o gasto obrigatório, que consistem em mudanças legais ou na Constituição e não são automáticas, têm de ser estudadas e enviadas ao Congresso".

Barbosa diz ainda que "o PLOA não é um documento final; vai ser analisado pelo Congresso e é natural que, ao longo desta tramitação, seja atualizado de acordo com a evolução das previsões sobre a economia e a adoção de novas medidas por parte do governo".

Simultâneos

Ele nota que há vários ajustes ocorrendo simultaneamente na economia brasileira, e que todos eles são extremamente duros e foram endossados e conduzidos com grande firmeza pela nova equipe econômica da presidente Dilma.

Assim, preços administrados foram corrigidos, subsídios cortados, programas reduzidos ou enxugados em relação à previsão original de expansão e os juros foram fortemente aumentados. Mudança estruturais restritivas foram introduzidas no seguro-desemprego, pensões por morte, abono salarial e auxílio-doença. Com a reforma de benefícios do FAT (abono e seguro-desemprego), a economia fiscal é estimada em R$ 15,7 bilhões em 2015 e R$ 15 bilhões em 2016, equivalente em média a 0,2% do PIB ao ano.

Um acordo está sendo fechado com o funcionalismo, com ajuste médio baseado na inflação esperada, e não na inflação passada. As despesas discricionárias estão previstas no Projeto de Lei Orçamentária para atingirem R$ 250 bilhões em 2016, o que é inferior em termos reais ao gasto equivalente em 2012.

Barbosa diz que a diretriz por trás dos gastos discricionários é a de "pagar os restos a pagar, completar o que está em andamento nos programas e não começar mais nada se não tiver dinheiro". Segundo Barbosa, as despesas já foram reduzidas ao mínimo necessário para cumprir os compromissos do governo e garantir a continuação dos principais programas, mesmo numa escala menor.

Em relação à CPMF, ele aponta que é uma alternativa técnica já discutida no Congresso e em outros círculos, até mesmo fora do Executivo. A equipe econômica analisou a questão e acabou resolvendo não propor a CPMF no PLOA por razões tanto políticas quanto econômicas. Mas continuam sendo analisadas alternativas para melhorar a situação fiscal mais a curto prazo, sejam novas fontes de receita - como mencionado pela própria presidente Dilma Rousseff -, seja no processo permanente de busca de economias fiscais e melhoras no controle e no gerenciamento do gasto.

Barbosa nota que aproximadamente dois terços do gasto federal é com Previdência (cerca de 45%, incluindo a Lei Orgânica da Assistência Social - LOAS) e funcionalismo (em torno de 21%). Aí reside, portanto, o cerne da questão estrutural. Na Previdência, o que se pretende é apresentar proposta para adequar as aposentadorias por tempo de contribuição e por idade à nova realidade demográfica. Na seara do funcionalismo, a ideia é adotar medidas para controlar a evolução da folha de pagamentos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro do planejamento , Nelson Barbosa, disse nesta terça-feira (25) que a discussão sobre quais os dez ministérios atingidos pelo corte anunciado na segunda (24) ocorrerá somente depois de um amplo debate com a sociedade. Segundo Barbosa, a diretriz para reduzir dez ministérios está clara. "Só que existem várias maneiras e combinações possíveis. A discussão tem de ser aberta".

De acordo com o ministro, por isso o governo tomou a iniciativa de apresentar a diretriz para abrir o debate com os ministros, a sociedade, o Parlamento e com os especialistas em gestão pública. "O melhor é que a discussão seja feita de foma aberta e transparente”, adiantou Nelson Barbosa, após uma reunião com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para discutir pontos da Agenda Brasil.

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Sobre a expectativa de economia com a reforma administrativa, Barbosa não adiantou números. Disse apenas que serão centenas de milhões de reais. O ministro disse ainda que o maior ganho do governo virá com o aperfeiçoamento na gestão do patrimônio da União.

“A venda de imóveis que não são prioritários, a regularização e a oferta de pagamento antecipado de áreas de domínio da União são as iniciativas que geram mais recursos a curto e longo prazos”, afirmou Barbosa ao ser perguntado sobre a economia que será gerada com o corte de mil servidores comissionados.

“Temos um mês para construir a proposta e para ouvir todos. Todas as considerações serão levadas à presidenta. Nosso prazo é o fim de setembro”, disse o ministro

China

Nelson Barbosa  informou que o Ministério da Fazenda está avaliando alternativas de elevação de receitas e se pronunciará a respeito quando necessário.

O ministro do Planejamento também comentou a economia chinesa. Ressaltou que, como segunda economia no mundo, o que ocorre na China afeta o mundo inteiro, inclusive o Brasil.

“Temos visto nas últimas semanas uma desaceleração, princialmente uma queda no mercado acionário. O governo chinês está tomando as medidas que acha necessário. Vamos aguardar o impacto. O que ocorre na China afeta o mundo e o Brasil. Só que o Brasil tem uma posição macroeconômica capaz de suportar essas flutuações sem perder a estabilidade fiscal e mantendo a rota de recuperação do crescimento", acrescentou Babosa.

O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, afirmou nesta segunda-feira (24) que o governo deve enviar ao Congresso o projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2016 "muito provavelmente" no dia 31 de agosto, prazo final para apresentação da proposta. Barbosa disse que o texto trará medidas de redução de despesas e de recuperação de receitas. "Estamos no processo de finalização da proposta", disse.

De acordo com Barbosa, também será apresentado o Plano Plurianual (PPA) de 2016 a 2019. O texto traz metas e prioridades a serem seguidas pelo governo, com previsões quantitativas de programas, como o Minha Casa Minha Vida e o Pronatec.

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"A construção do PPA envolveu diálogo dentro do governo. Detectamos que há vários programas de ministérios diferentes atuando no mesmo sentido. É possível continuar com os programas, com estruturas mais enxutas", ressaltou o ministro.

Câmbio

Barbosa também disse que o Brasil está preparado para enfrentar a volatilidade cambial, em referência ao temor com a desaceleração da China, que gerou desvalorização do real nesta segunda-feira. "Câmbio flutuante faz com que a taxa câmbio flutue, às vezes excessivamente, nessas situações", comentou.

Segundo o ministro, o País tem um elevado estoque de reservas internacionais e agenda fiscal de curto, médio e longo prazo, o que traz segurança. "(Isso) garante a consistência da nossa política fiscal e a estabilidade da divida publica a médio prazo", afirmou. "O mais importante é que o Brasil está preparado para enfrentar esse tipo de volatilidade."

Depois de se reunir com a presidente Dilma Rousseff neste sábado, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, deixou o Palácio da Alvorada sem dar entrevista. Apesar do encontro, a agenda das duas autoridades não informava compromissos hoje. O foco da reunião foi a Lei Orçamentária de 2016. O projeto precisa ser enviado ao Congresso até o fim deste mês.

Segundo apurou o Broadcast no início da semana, a proposta de orçamento de 2016 deve trazer cortes de despesa, além de novas projeções com expectativas de aumento de arrecadação com a venda de ativos e aumento de impostos.

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A presidente Dilma Rousseff está reunida no Palácio da Alvorada, sua residência oficial, com o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa. O principal tema do encontro é a Lei Orçamentária de 2016. O projeto precisa ser enviado ao Congresso até o fim deste mês. O encontro se dá apesar de as agendas das duas autoridades não informarem nenhum compromisso oficial neste sábado.

Conforme informou o Broadcast no início da semana, a proposta de orçamento de 2016 deve vir acompanhada de um aprofundamento do corte das despesas com programas considerados caros para ministros da presidente Dilma. Do lado das receitas, serão apresentadas novas projeções com expectativas de aumento de arrecadação com a venda de ativos e aumento de impostos. Caso contrário, a conta para elevar o superávit primário das contas do setor público na direção da meta de 0,7% do PIB não fecha.

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Na semana passada, o relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2016, deputado Ricardo Teobaldo (PTB-PE), apresentou parecer do texto, colocando a meta para o ano que vem em linha com o que o governo havia anunciado quando alterou parâmetros econômicos para o País. A meta foi reduzida em 65%, sendo estabelecida em 0,7% do PIB. A LDO serve de base para orientar a elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA).

O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, disse nesta quarta-feira (22) que a meta de superávit fiscal do setor público consolidado em 2015 foi reduzida de R$ 66,3 bilhões para R$ 8,7 bilhões. Sobre os componentes do número, Barbosa informou que R$ 5,8 bilhões dizem respeito à União e R$ 2,9 bilhões para Estados e Municípios. "É uma meta que consideramos adequada para o atual cenário econômico do Brasil", afirmou.

Segundo ele, as estimativas de receita primária líquida do governo foram reduzidas em R$ 46,7 bilhões. Por outro lado, as estimativas de despesas obrigatórias foram elevadas em R$ 11,4 bilhões. De acordo com o ministro, o que o governo esperava gastar com o abono salarial e seguro-desemprego não foi concretizado e houve um aumento de R$ 3,4 bilhões, com mais despesas especialmente com seguro defeso. "Estamos cortando mais os gastos, não estamos aumentando", disse.

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Além de reduzir a meta de superávit fiscal, o governo flexibilizou as regras para execução da política fiscal brasileira. O ministro disse que, no mesmo projeto que será enviado ao Congresso para rever a meta fiscal de 2015, será incluída uma cláusula de abatimentos da meta, que poderão ser utilizados se houver frustração na arrecadação de receitas.

De acordo com Barbosa, o governo poderá abater até R$ 26,4 bilhões da meta em três situações. A primeira possibilidade é a recuperação de débitos em atraso, com expectativa de incremento aos cofres da União em R$ 10 bilhões. Outra permissão é dada para a regularização de ativos no exterior, a chamada repatriação de recursos, com possibilidade de trazer mais R$ 11,4 bilhões. Por fim, um esforço para continuar o processo de concessões, com possível incremento de R$ 5 bilhões neste ano.

Segundo o ministro, a flexibilização da meta permitirá, na prática, que o governo termine o ano com déficit primário.

O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, disse nesta segunda-feira, 20, ao final da primeira reunião da coordenação política do governo depois do fim do semestre Legislativo, que o governo deve enviar no segundo semestre ao Congresso um projeto de reforma do PIS/Cofins com implantação gradual. Segundo ele, a Receita tem feito consultas com setores empresariais sobre a proposta.

Segundo Barbosa, o governo também está avaliando o projeto, em discussão da Câmara, de aumentar a correção do FGTS. Ele disse que a iniciativa, se aprovada, iria diminuir a capacidade do Estado de financiar programas de habitação e que hoje o fundo pode ser usado na retomada do crescimento econômico. "É uma iniciativa do Legislativo que respeitamos, mas temos que responder", disse.

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Ao falar novamente sobre o projeto que revisa a política de desonerações, o titular do Planejamento disse que há uma vontade dos parlamentares de aprovarem a proposta. A discussão atual, destacou, é sobre o método e a modulação dessa política. A apreciação da recomposição das alíquotas sobre a folha de pagamento ficou para depois do recesso parlamentar.

Barbosa afirmou que a proposta de repatriação de recursos no exterior e a reforma do ICMS são temas em discussão há muito tempo no País. A proposta de repatriação, destacou, poderia gerar receitas para o governo no curto prazo.

Inflação

O ministro afirmou também que o governo tem feito esforço para garantir o equilíbrio macroeconômico e controlar a inflação para que ela possa retornar para o centro da meta, de 4,5%.

"As expectativas de inflação mostram que, apesar do aumento este ano, (haverá) redução substancial no ano que vem", disse Barbosa. Segundo a pesquisa Focus do Banco Central divulgada hoje, a projeção para a inflação neste ano está em 9,15%. Para 2016, a expectativa está em 5,40%.

Também em entrevista coletiva, o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha (PMDB-RS), afirmou que o governo teve "muito sucesso" com as votações de propostas do ajuste fiscal no Congresso. Padilha ressalvou, entretanto, que é do processo democrático que o Legislativo tenha feito algumas mudanças que não correspondiam à expectativa do governo.

Em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, e o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, defenderam as contas do governo e negaram irregularidades. Segundo eles, o governo usou as mesmas metodologias utilizadas nos anos anteriores, quando as contas foram aprovadas.

O Tribunal de Constas da União (TCU) acusa o governo de ter atrasado o repasse de recursos à Caixa Econômica Federal para pagamento de benefícios sociais como os programas Bolsa Família, seguro-desemprego e abono social. O relator do caso Aroldo Cedraz entende que houve operação financeira do governo para melhorar as contas públicas no atraso do repasse de recursos Tesouro Nacional a bancos e que e isso fere a Lei de Responsabilidade Fiscal.

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Adams rebateu. “A dinâmica de trabalho que orientou a administração pública foi a observância objetiva de lei, que vem sendo interpretada pelos órgãos de controle, em particular, mas pela administração pública como um todo. Essa jurisprudência se conforma em uma prática administrativa recorrente e que é exercida por esse conforto legislativo e jurisprudencial”, frisou.

O ministro pontuou ainda que o governo não se opõe ao “aperfeiçoamento” das regras, mas que isso não pode gerar punições retroativas. “Para nós, [a metodologia] é algo altamente normal, correto, recorrente, não causa de punição, mas causa de aperfeiçoamento”, ponderou. “Temos dito ao TCU, e quero retomar isso, que não temos, no governo, nenhuma dificuldade em relação a mudanças de jurisprudência que aperfeiçoem o sistema de contas, fiscal, que melhore essa realidade. Isso faz parte do aperfeiçoamento institucional do país”, acrescentou.

Evitando sempre o termo pedaladas fiscais, Nelson Barbosa defendeu a decisão do governo de não fazer o contingenciamento de R$ 28 bilhões no final do ano passado. Para ele, a atitude foi a mais prudente naquele momento. O ministro destacou que, no relatório, o governo condicionou a avaliação feita das contas públicas à mudança da meta fiscal pelo Congresso Nacional. Segundo ele, o relatório foi feito de forma transparente e não houve tentativa de influenciar o Congresso de forma errada. Para ele, foi uma atitude "conservadora".

Ao apresentou dados econômicos para sustentar a defesa do governo de que a situação macroeconômica mudou rapidamente no final de 2014 e início de 2015, o ministro avaliou que usar no relatório efeito de medidas que estavam em tramitação no Congresso não era indicado. "Não era recomendável contingenciar R$ 28 bilhões faltando um mês e 10 dias para o final do ano", argumentou.

Com informações de agências.

 

O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, sinalizou nesta segunda (13) que o governo estuda novas medidas de aumento de receita, o que pode representar elevação de tributos. A indicação foi feita após reunião do Conselho Político, ao afirmar que o governo não discute revisão da meta fiscal. "A equipe fiscal está avaliando todos os cenários, medidas de aumento de receita, medidas de gasto e isso vai ser divulgado na semana que vem", afirmou.

Questionado sobre a possibilidade de uma alteração na meta ou na criação de uma banda flexível para o cumprimento, Barbosa respondeu que "não foi discutido nessa reunião". O ministro ponderou, entretanto, que o governo tem obrigação de atualizar os dados e expectativas relativas ao cenário fiscal. "A receita vem sendo menor do que se esperava", disse Barbosa. "O governo vai atualizar o cenário fiscal", completou, ressaltando que de dois em dois meses é elaborado o relatório de programação fiscal com novos parâmetros. "Estamos sempre avaliando o cenário fiscal, temos por obrigação analisar, revisar".

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Sobre o projeto que reduz a desoneração da folha de pagamentos, Barbosa afirmou que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, está empenhado para tentar fazer com que seja aprovado no Congresso ainda neste mês.

Participaram da reunião com a presidente o vice-presidente e articulador político Michel Temer, os ministros da Casa Civil, Aloizio Mercadante; da Fazenda, Joaquim Levy; do Planejamento, Nelson Barbosa; dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues; do Desenvolvimento, Armando Monteiro; da Previdência Social, Carlos Gabas; da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva; de Minas e Energia, Eduardo Braga; da Aviação Civil, Eliseu Padilha; das Cidades, Gilberto Kassab; da Integração Nacional, Gilberto Occhi; da Defesa, Jaques Wagner; da Justiça, José Eduardo Cardozo; da Agricultura, Kátia Abreu; da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto; das Comunicações, Ricardo Berzoini; além dos líderes do governo no Congresso, José Pimentel; no Senado, Delcídio Amaral; e na Câmara, José Guimarães.

Um dia após almoçar com líderes do PT, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, se reuniu nesta quarta-feira, 8, com os parlamentares do PCdoB para explicar a versão do governo sobre as pedaladas fiscais. "Ele explicou tecnicamente que não tem fundamento a tese das pedaladas", contou o vice-líder do governo, Orlando Silva (PCdoB-SP).

Segundo o deputado, Barbosa informou que o governo já está preparando sua defesa para ser apresentada ao Tribunal de Contas da União (TCU). Para o vice-líder, o ministro conseguiu transmitir segurança aos deputados. "Não houve nenhum tipo de manipulação (das contas)", afirmou Silva.

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Os parlamentares fizeram questão de enfatizar ao ministro que o momento da relação entre o Palácio do Planalto e a Câmara é delicado, que existe um mal humor com o governo, mas que isso poderia ser resolvido se o governo atendesse às demandas parlamentares. "O governo tem de ter sensibilidade política nesta hora", observou o vice-líder.

Os deputados manifestaram preocupação com a votação das chamadas "bombas fiscais" e ponderaram que, se matérias do gênero forem à plenário, o governo tem grandes chances de ser derrotado.

A bancada do PCdoB questionou o ministro sobre a programação do governo após a aprovação das medidas do ajuste fiscal. "Temos de sair da agenda do ajuste", apelou o deputado. De acordo com Silva, os deputados também criticaram a alta taxa de juros que, na avaliação deles, "chegou ao limite". "Ele disse que isso era um tema do Banco Central e que o BC tem autonomia para discutir isso", relatou.

O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, disse que o governo quer que o reajuste do Ministério Público da União, assim como o do Judiciário, seja negociado dentro da atual realidade econômica, como está sendo com os servidores do Executivo. Está na pauta do Senado um reajuste de até 78% para os servidores do MPU.

Segundo Barbosa, o governo espera conseguir um acordo com os servidores para um cronograma de reajuste até o fim do mês. Ele voltou a dizer que o aumento aprovado pelo Senado na semana passada para o Judiciário não é compatível com a situação atual da economia. "É um reajuste que não é justo do ponto de vista social", completou.

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Ao deixar almoço com líderes do PT, mais cedo, Barbosa disse ainda que o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) terá recursos para custear o Plano de Proteção ao Emprego, lançado nesta segunda-feira, 06, pelo governo federal e que cobre parte dos salários dos trabalhadores em empresas em crise. O fundo vem tendo resultados deficitários que têm que ser cobertos pelo governo.

"O FAT já custeia os seguro-desemprego com recursos próprios e do Tesouro Nacional e gradualmente vai melhorar sua situação financeira", completou.

Pouco antes de participar da reunião do conselho político com a presidente Dilma Rousseff, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, saiu nesta segunda-feira, 6, em defesa das "pedaladas fiscais" e disse que todos os procedimentos adotados pela equipe econômica no ano passado estão de "acordo com a lei". O ministro também garantiu o comprometimento do governo no pagamento de emendas parlamentares, constante alvo de insatisfação no Legislativo.

"Vamos falar de várias coisas (na reunião do conselho político). Não vou convencer as pessoas. Vou simplesmente apresentar a verdade: todas as operações que foram feitas estão de acordo com a lei e já foram objeto até de aprovação pelo TCU em exercícios anteriores", comentou Barbosa, depois de participar de coletiva de imprensa em que o Planalto anunciou o encaminhamento ao Congresso Nacional da medida provisória que institui o Programa de Proteção ao Emprego (PPE).

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A presidente Dilma Rousseff convocou Barbosa e o ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), Luís Inácio Adams, para a reunião com presidentes de partidos e líderes da base aliada.

Uma das principais preocupações de auxiliares da presidente é que uma eventual reprovação das contas dê munição à oposição para a abertura de um processo de impeachment no Congresso Nacional. O Planalto tem até o dia 22 de julho para apresentar os esclarecimentos solicitados pelo TCU.

Emendas

Questionado sobre a crise política e a liberação das emendas parlamentares, Barbosa afirmou que há a previsão do pagamento impositivo de R$ 5 bilhões e que o governo ainda discute a situação dos novos parlamentares. "Este ano vamos pagar pelo menos os R$ 5 bilhões do orçamento impositivo como manda a lei", disse. "Faz parte da boa execução do orçamento garantir a execução da emenda."

O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, afirmou a jornalistas nesta quinta-feira (2) que a Petrobras "tem toda a liberdade corporativa para tomar decisões", incluindo o reajuste de preços dos combustíveis. O presidente da petroleira, Aldemir Bendine, declarou que não descarta uma reajuste este ano.

"O preço dos combustíveis é uma decisão corporativa da Petrobras. O governo indicou representantes do setor privado para representá-lo no Conselho de Administração da Petrobras, que tem toda a liberdade corporativa para tomar decisões", disse o ministro. "Sobre eventuais impactos dessas decisões que ainda não ocorreram eu obviamente ainda não tenho o que dizer", completou.

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Barbosa frisou no final da entrevista que a economia brasileira está se movendo na direção certa, "mas essas coisas levam tempo", sobretudo em um país grande e com economia diversificada como o Brasil. O ministro frisou, ainda, que acredita que a visão geral do Congresso é de que as medidas de ajuste na política econômica precisam ser adotadas. "No final desse processo, a economia fica mais forte", afirmou.

O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, antecipou que a presidente Dilma Rousseff vetará o projeto de lei aprovado nesta terça, 30, que reajusta entre 56% e 78% os salários dos servidores do Judiciário. Dos Estados Unidos, por telefone, o ministro manifestou enorme preocupação com o risco de o projeto ter impacto explosivo nos gastos de pessoal não só da União, mas de todo o Estado brasileiro por causa do seu efeito de pressão em "cascata".

"Não podemos e não iremos sancionar esse projeto de Lei. Ele coloca em risco a estabilidade fiscal", disse Barbosa. O projeto foi aprovado ontem pelo plenário do Senado Federal. Em um discurso duro e ao mesmo de alerta geral, o ministro afirmou que esse projeto, para sociedade brasileira, é incompatível com a atual situação econômica do País. O ministro disse que é uma proposta inaceitável do ponto de vista fiscal e injusta do ponto de vista social.

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"No momento em que várias empresas e trabalhadores enfrentam dificuldade com aumento de desemprego, não é adequado e nem defensável propor aumento de 56% a 78% do Judiciário. Isso pode gerar gasto explosivo de pessoal não só Judiciário mas de todo o Estado brasileiro. Cria efeito em cascata para outras carreiras", advertiu.

O ministro afirmou ainda que num momento de transição e de reequilíbrio fiscal na economia brasileira, não é razoável pedir à sociedade brasileira que aumente a parcela da sua renda dedicada a pagar os servidores públicos.

Barbosa destacou que a aprovação do projeto não muda em nada as negociações em curso para o reajuste dos servidores do Executivo. "Já estamos em processo de negociação do reajuste de servidores do Executivo desde o final de março", disse. Segundo ele, o governo já apresentou a proposta, que prevê uma aumento escalonado de 21,3%, dividido em parcelas de 5,5% em 2016, 5,0% em 2017, 4,8% em 2018 e 4,5% em 2019.

Na avaliação do ministro, essa é uma proposta razoável do ponto de vista fiscal, porque mantém o gasto da União estável em relação ao PIB ao longo de quatro anos. Barbosa acrescentou ainda que proposta é também responsável do ponto de vista social porque preserva o poder de compra dos servidores públicos, mesmo em momento de ajuste fiscal. "O que foi aprovado ontem não muda em nada o objetivo do governo em promover um grande acordo com os servidores do Executivo", afirmou Barbosa.

Em seu discurso para investidores brasileiros e americanos em Nova York, nesta segunda-feira (29), durante seminário sobre infraestrutura, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, voltou a defender os projetos de concessões de infraestrutura feitos nos últimos anos. Barbosa ponderou que é necessário a qualquer governo fazer autocríticas, mas ressaltou que é preciso também reconhecer o que já foi feito. E, de acordo com ele, muito se fez nos últimos oito anos.

"Gostaria de enfatizar que houve grandes avanços nos últimos anos. É preciso autocríticas, mas é preciso reconhecer o que já foi feito", disse o ministro. Segundo ele, quando se fala em ferrovias, já foram feitos mais de mil quilômetros no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff. "É muito mais do que foi feito nos últimos oito anos", disse.

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Barbosa destacou também as seis concessões bem sucedidas de aeroportos no primeiro mandato de Dilma, com investimentos de US$ 9 bilhões. "Mas há muito o que ser feito", falou, citando o Programa de Investimentos em Logística (PIL), anunciado recentemente pelo governo. Ele detalhou o programa e mostrou para os empresários as várias oportunidades de investimento nas quatro áreas: rodovias, ferrovias, portos e aeroportos.

Barbosa disse que o PIL exigirá investimentos da ordem de US$ 64 bilhões em um prazo mais longo, e determinou que o País precisará de US$ 23 bilhões até 2018. "A maior parte (dos investimentos) será nas concessões de estradas", afirmou. Ele explicou aos investidores que o governo está trabalhando em novas concessões e também nas já existentes. "Estes investimentos poderão começar no segundo semestre deste ano. As de ferrovias começarão após 2018, mas os projetos começarão a ser analisados agora", reiterou.

O ministro disse também que o governo está tentando diminuir a dicotomia entre créditos públicos e privados. Explicou que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, está trabalhando na reforma tributária para enviar ao Congresso no segundo semestre deste ano. Para ele, as medidas fazem parte de um conjunto de decisões que permitirão ao investidor privado participar desde a fase de captação até a execução dos projetos.

Barbosa teve de responder também perguntas sobre as grandes empresas brasileiras que poderiam participar do PIL e que estão enfrentando dificuldades por estarem envolvidas na Operação Lava Jato, da Polícia Federal. "Temos grandes playes no Brasil passando por dificuldades, mas isso é uma questão interna e estas empresas vão se recuperar", antecipou aos investidores, acrescentando que o Brasil tem mais de 200 milhões de habitantes, é uma economia aberta e diversificada e tem um grande número de outros players. "Essa situação não coloca em risco os investimentos em infraestrutura ou a recuperação da economia", garantiu.

Por fim, Barbosa disse que o País tem como objetivo a melhoria da produtividade e que, por isso, tem investido na educação e qualificação de seus profissionais. Disse que o País dobrou o tempo de permanência dos alunos nas escolas.

O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, disse nesta quinta-feira (11) que o reajuste solicitado pelo poder Judiciário e que está sendo votado no Congresso não cabe dentro dos cofres do governo. "O reajuste pedido pelo Judiciário não é compatível com o orçamento brasileiro neste momento", disse Barbosa. Segundo o ministro, se o reajuste for aprovado no formato em que está, geraria um aumento de custos de R$ 25 bilhões ao final.

O dirigente do Planejamento disse que o governo entregará uma proposta para reajuste do funcionalismo federal nas próximas duas semanas, mas que ela ficará distante do que está sendo pedido. "A proposta para o funcionalismo federal não é nem de perto o que foi considerado no PL do Judiciário", disse o ministro.

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Barbosa aproveitou para fazer um apelo ao Judiciário: "Pedimos ao Judiciário que reconsidere essa proposta, e que adote um porcentual distribuído nos próximos anos compatível com a manutenção da estabilidade fiscal". O ministro reiterou o pedido do governo ao Congresso para não votar a proposta antes da apresentação do texto por parte do executivo. "Com a proposta, vamos dar uma referência para o País de que o governo brasileiro pode pagar aos funcionários". Barbosa disse ainda que a metodologia utilizada na proposta que será apresentada poderá ser usada por outros poderes.

O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, disse nesta quarta-feira, 10, durante audiência pública das comissões de Infraestrutura e Meio Ambiente, que os planos do governo têm que superar quatro anos. "Não é porque temos um mandato de quatro anos que vou me limitar a fazer projetos de quatro anos", afirmou Barbosa.

O comandante do ministério do Planejamento ressaltou que esse é o caso da ferrovia bioceânica, que contará com a participação peruana e chinesa, após responder pergunta do senador Blairo Maggi (PR/MT), que apoiou o projeto anunciado ontem.

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Barbosa garantiu que há investidores estrangeiros e brasileiros interessados na ferrovia linha norte-sul, que também está no programa de concessões e para a qual o governo estima um investimento de R$ 7,8 bilhões para o trecho entre Goiás, Tocantins, Maranhão e Pará, com uma extensão de 1.430 quilômetros. Para outro trecho da mesma ferrovia que abrange Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Mato Grosso, com extensão de 895 quilômetros, os recursos necessários, de acordo com o anúncio de ontem, somariam de R$ 4,9 bilhões.

Ao ser questionado por parlamentares sobre a concessão do aeroporto de Salvador, o ministro afirmou que concorda em priorizar o projeto. "Concordo com a urgência e prioridade do aeroporto de Salvador", afirmou o ministro. Durante a fala, Barbosa também ressaltou que o governo federal está disposto a estudar concessões regionais.

PIS/Cofins

Barbosa afirmou ainda aos senadores que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, deverá apresentar proposta para simplificação do PIS/Cofins. Segundo ele, o governo está trabalhando para simplificar o sistema tributário e os problemas burocráticos do País. "Além de melhorar educação e infraestrutura, temos uma terceira via que não custa dinheiro, mas que é difícil, que é a melhoria do sistema tributário do Brasil", disse.

'Quebrado'

Após questionamentos de senadores, o ministro rejeitou a ideia de que o País esteja "quebrado". "Eu não acho que o Brasil está quebrado nem numa situação fora do controle", afirmou. E reiterou que a chave do crescimento é o aumento da produtividade. E para isso, segundo o ministro, o governo tem várias iniciativas, como o plano plurianual. "O governo avançou bastante, mesmo com alguns números um pouco abaixo do que apresentamos inicialmente", finalizou o ministro depois de quase 4 horas de audiência pública.

Um  dia após o anuncio da nova etapa do Programa de Investimento em Logística (PIL) do governo federal, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, negou que concessão seja uma forma disfarçada de privatização. Conforme o ministro, os modelos adotados pelo governo atendem às necessidades concretas e não a “posições ideológicas”.

Durante reunião conjunta das comissões de Infraestrutura e de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle do Senado, Barbosa disse que o desafio é transformar a demanda que existe em projetos de execução viável. O ministro avaliou que a taxa de investimento no Brasil em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) – hoje em 20% - está na média de outros países, mas ponderou que para crescer mais rápido o país precisa elevar o índice, aumentando a competitividade. O programa anunciado pelo governo ontem (9) prevê investimentos de R$ 198,4 bilhões nos próximos anos. 

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O ministro destacou que a prioridade em ferrovias – com investimentos previstos da ordem de R$ 86,4 bilhões – visa a melhorar o escoamento da safra agrícola do Centro-Oeste, com ligações de saída pelo corredor norte. Questionado sobre a falta de recursos do governo, ele reconheceu que o desembolso para os investimentos previstos será grande, mas será escalonado ao longo do tempo.

No caso das rodovias, as novas licitações terão os estudos concluídos até o início de 2016 e devem começar a sair do papel no segundo semestre do ano que vem. Ao fazer um resumo das ações anunciadas, Barbosa disse que o volume de concessões cresceu significativamente nos últimos 12 anos, ainda que esteja abaixo das metas iniciais, assim como as execuções do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A nova fase do programa de investimentos, afirmou, prevê metas realistas de execução.

Nelson Barbosa ouviu críticas da oposição pelo anúncio de um novo pacote de investimentos sem que todos os recursos anunciados nas etapas do PAC tenham sido aplicados. Para o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), o programa de investimentos do governo é “ilusionismo” para desviar o foco de problemas como “inflação galopante, desemprego ascendente e caos na segurança pública”.

Já a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), da base aliada, destacou melhorias na infraestrutura do país a partir das concessões, como nos aeroportos. “Não saem mais notícias negativas sobre aeroportos. Dificilmente ocorrem atrasos nas viagens aéreas”, ressaltou.

O modelo de concessão das ferrovias será aperfeiçoado na nova etapa do Programa de Investimento em Logística, informou o Ministério do Planejamento. De acordo com a pasta, a definição do modelo será baseada nas características particulares de cada projeto. O governo poderá realizar leilões por maior valor de outorga, menor tarifa ou compartilhamento de investimento.

O governo prevê investimentos de R$ 7,8 bilhões na Ferrovia Norte-Sul, nos trechos de Palmas (TO) - Anápolis (GO) e Barcarena (PA) - Açailândia (MA); e R$ 4,9 bilhões entre Anápolis (GO), Estrela D'Oeste (SP) e Três Lagoas (MS).

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O Ministério do Planejamento prevê que a concessão da ferrovia entre Lucas do Rio Verde (MT) e Miritituba (PA) representará um investimento de R$ 9,9 bilhões. A ferrovia que ligará o Rio de Janeiro (RJ) a Vitória (ES), por sua vez, deverá significar um investimento de R$ 7,8 bilhões.

Oceano Pacífico

Segundo o Ministério do Planejamento, a Ferrovia Bioceânica, que deverá fazer a interligação do Centro-Oeste e do Norte do Brasil com o Peru, prevê investimento de R$ 40 bilhões para o trecho brasileiro. O objetivo dessa ferrovia é escoar a produção agrícola nacional para os mercados asiáticos.

O governo federal terá programas contínuos de concessões em infraestrutura, afirmou o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa. Em entrevista concedida nessa quinta-feira (28) ao jornal O Estado de S. Paulo em seu gabinete, Barbosa disse que o objetivo do governo é manter leilões sistemáticos de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, à semelhança do que é feito hoje nas licitações de blocos de exploração de petróleo e de fornecimento de energia elétrica para o mercado regulado.

"Estamos trabalhando para que isso seja uma atividade contínua no Brasil. Vamos fazer isso agora em 2015 e no ano que vem, e a ideia é fazer continuamente até chegar um momento em que estará tudo concedido, e aí será somente uma questão de gerir as renovações", disse Barbosa.

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O ministro não negou os desentendimentos com o colega da Fazenda, Joaquim Levy, mas disse que foram divergências normais e pontuais em um processo de política econômica. "Os diretores do Banco Central também divergem nas reuniões do Copom (Comitê de Política Monetária)", comparou.

Mesmo com a aprovação das medidas provisórias do ajuste fiscal, Barbosa destacou outros pontos que ainda considera importantes, como o projeto de lei que revisa a desoneração da folha de pagamentos. "A aprovação dele no Congresso é indispensável para o reequilíbrio fiscal. Se for aprovado agora em junho, já contribui neste ano e ainda mais para o ano que vem. Essa fase do ajuste fiscal inicial ainda não acabou", disse.

O ministro também fez comentários sobre o fator previdenciário, outro tema caro para o governo, e evitou falar sobre um eventual veto da presidente Dilma Rousseff nas mudanças aprovadas pelo Congresso. "Não estamos falando de veto ou não ainda. Vamos avaliar. Indicamos o voto contra o fim do fator previdenciário quando foi apresentado na Câmara. Antes disso, já nos dispusemos a criar um fórum para discussão específica sobre isso. O fórum será criado na semana que vem e, lá, vamos elaborar propostas de consenso para enviar ao Congresso", afirmou.

PIB

Questionado sobre a revisão para baixo do Produto Interno Bruto (PIB) de 2016, Barbosa admitiu que retomada econômica será mais lenta do que o governo inicialmente imaginava.

Ressaltou, porém, que o próprio mercado projeta que a economia voltará a crescer no último trimestre deste ano. "Estamos fazendo o possível para antecipar isso, fazendo isso começar já no terceiro trimestre. Mas, mesmo com essa recuperação no fim do ano e melhorando ao longo de 2016, o PIB do ano que vem ainda será relativamente baixo. O importante é ter projeções consistentes com as melhores práticas", avaliou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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