Tópicos | Nelson Barbosa

O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, confirmou, nesta sexta-feira (12), o nome do economista Otávio Ladeira para assumir o comando da secretaria do Tesouro Nacional. Ladeira já está no comando da pasta interinamente desde dezembro. 

Mestre em economia pela Universidade de Brasília (UnB), o novo secretário é funcionário de carreira do Tesouro, ele é analista de finanças e controle.

##RECOMENDA##

Na Secretaria do Tesouro, Otávio Ladeira ocupou vários cargos, dentre eles o de coordenador da Coordenação-Geral de Planejamento Estratégico da Dívida Pública (COGEP) e coordenador de Administração da Dívida Pública (Codip). Foi chefe da Divisão de Análise e Planejamento da Dívida Pública (Didip) e presidiu o Conselho Fiscal do Banco do Brasil.

*Com a Agência Brasil

Em reunião com líderes da base aliada nesta terça-feira (2), o ministro Nelson Barbosa afirmou que enviará, nas próximas semanas, após o Carnaval, novas medidas da reforma fiscal ao Congresso Nacional. Entre as propostas, estão a que impõe limites e metas para o gasto público.

Segundo líderes ouvidos pelo Broadcast Político (serviço de notícias em tempo real da Agência Estado), outro tema que Barbosa prometeu enviar com prioridade ao Congresso é a reforma do PIS/Cofins. O ministro disse, porém, que a equipe econômica ainda não tem uma proposta fechada para o assunto.

##RECOMENDA##

Previdência

Sobre a Previdência Social, o ministro afirmou que o governo se reunirá dia 19 de fevereiro para conversar sobre o tema. Na reunião, Barbosa distribuiu aos líderes documento com a apresentação que fez durante a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão, na semana passada.

No encontro, Barbosa pediu ainda aos líderes que priorizem a aprovação da CPMF, da DRU e a reforma da Previdência Social, temas que serão tratados como "centrais" pelo governo, de acordo com os deputados da base aliada.

De acordo com um integrante da reunião, o clima era "ótimo". Contaram que o ministro da Fazenda riu quando um participante falou que o ex-ministro, Joaquim Levy, "foi mal e foi promovido para o Banco Mundial e que ele (Nelson) se for bem, o céu é o limite".

Apesar de não constar na agenda oficial divulgada pelo Ministério da Fazenda, o PSD informou na manhã desta terça-feira (26) que o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa irá, irá se reunir às 11 horas com o líder do partido na Câmara, Rogério Rosso (DF), o presidente da sigla, Guilherme Campos, e parlamentares da bancada.

O encontro, segundo o PSD, vai ocorrer no Ministério da Fazenda. De acordo com o partido, o objetivo da reunião com o ministro é a entrega de um documento com sugestões de ações para aquecer a economia do Brasil.

##RECOMENDA##

O pagamento das pedaladas fiscais pelo governo Dilma Rousseff não foi suficiente para afastar o fantasma das manobras em 2016. O novo foco de preocupação do Palácio do Planalto no Tribunal de Contas da União é o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa.

Até março, o TCU vai realizar a última parte do julgamento do caso e definir, portanto, a atribuição de responsabilidade para cada uma das 17 autoridades do governo arroladas no processo.

##RECOMENDA##

Entre as penas que o tribunal pode atribuir estão desde multas até a inabilitação para o serviço público, o que exigiria a demissão imediata dos condenados. Barbosa é considerado fundamental para o plano do governo de recuperar credibilidade na área econômica neste início de ano e o Palácio do Planalto já trabalha por sua preservação no caso das pedaladas.

Uma eventual condenação do novo titular do Ministério da Fazenda jogaria, na avaliação do governo, mais insegurança e incerteza no mercado.

Segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo, Nelson Barbosa deve usar a seu favor o ofício assinado pelo procurador Júlio Marcelo de Oliveira, do Ministério Público de Contas, que isentou o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), de responsabilidade na edição de decretos com a liberação de gastos.

Conforme o procurador, Temer não pode ser culpado por ter assinado decretos idênticos aos de Dilma e que estão citados no processo de impeachment na Câmara dos Deputados, uma vez que ele apenas seguiu a diretriz estabelecida pela presidente. O vice alega que a política econômica é definida pela chefe de Estado. Foi a mesma lógica apontada pelo procurador, destacando que Temer assinou como presidente interino.

Os dois pontos - a edição desses decretos e as pedaladas fiscais - fazem parte do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff aberto na Câmara dos Deputados e que será analisado a partir do mês que vem.

Lista

Também são alvo dos processos os presidentes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, do Banco Central, Alexandre Tombini, e da Petrobrás, Aldemir Bendine (ex-presidente do Banco do Brasil), além do ex-presidente da Caixa, Jorge Hereda, hoje secretário de Desenvolvimento Econômico na gestão do governador petista Rui Costa, na Bahia. Estão citados ainda a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campelo, e o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi.

O procurador Júlio Marcelo de Oliveira é, também, o responsável pelo processo das pedaladas. Ele será o encarregado pelo pedido de punições. Caberá ao relator do processo, ministro José Múcio, definir se seguirá ou não os pedidos de Oliveira, que devem ser apresentados até o fim de fevereiro.

Múcio apresentará seu voto em plenário e os demais ministros da corte podem seguir ou não. Será a última parte do julgamento, que começou em abril do ano passado, quando os ministros condenaram as pedaladas de forma unânime.

O governo vai fazer uma força-tarefa junto a Múcio para evitar uma condenação grave de seus ministros, o que envolveria um constrangimento para a equipe econômica e poderia dificultar ainda mais as negociações com o Congresso para medidas do ajuste fiscal. Para a Advocacia-Geral da União, os atos não eram considerados ilegais quando praticados, entre 2013 e 2014, no primeiro mandato de Dilma. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Terminou nesta segunda, 28, a reunião da presidente Dilma Rousseff com os ministros Jaques Wagner (Casa Civil), Nelson Barbosa (Fazenda), Valdir Simão (Planejamento) e Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo). Foi o primeiro encontro de Dilma com os membros da junta orçamentária depois da saída de Joaquim Levy do Ministério da Fazenda. O encontro durou quase três horas.

A reunião serviu, para entre outros temas, discutir o fechamento das contas da União deste ano. Nesta tarde, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, publicou um texto pedindo uma "nova e ousada" política econômica para 2016, no qual pede o fim da "altas de juros e cortes de investimentos" e cobra a adoção de medidas para a retomada do crescimento em 2016.

##RECOMENDA##

Falcão disse confiar na nova equipe econômica. "Sabemos da competência, habilidade e capacidade de diálogo dos novos ministros Nelson Barbosa e Valdir Simão. Confiamos em que eles deem conta da tarefa, mudando com responsabilidade e ousadia a política econômica." Com o texto, o presidente do PT junta-se ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e grupos sociais e sindicais que cobram a adoção de medidas concretas para acompanhar a entrada do novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa.

Pedaladas

Enquanto Dilma estava com os ministros, o secretário interino do Tesouro Nacional, Otávio Ladeira, informou que governo decidiu pagar ainda em 2015 todas as dívidas com bancos públicos e fundos apontadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) - as chamadas pedaladas fiscais. Segundo Ladeira, a intenção é quitar os passivos com recursos do caixa do Tesouro, do colchão (reserva) para pagamento da dívida pública e uma pequena fatia com a emissão de novos títulos.

Governadores

Um pouco antes do início da reunião, o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, esteve no Palácio da Alvorada para cumprimentar a presidente e desejar "feliz ano novo". Ele negou que tenha ido entregar a lista de reivindicações elaborada em reunião hoje com outros governadores.

Mais cedo, Pezão fez cobranças para que o governo federal publique os novos indexadores que serão utilizados no cálculo da dívida dos Estados e dos municípios como medida para aliviar a crise enfrentada por todas as unidades da Federação. Ele também cobra uma revisão dos valores repassados pela União para a área de saúde. Doze governadores reúnem-se nesta tarde em Brasília para discutir pontos de consenso e elaborar a lista de reivindicações para apresentar ao Palácio do Planalto.

Antes de Pezão, também esteve no Alvorada o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, que cuida da defesa da presidente Dilma no processo de impeachment.

Na solenidade de posse dos ministros Nelson Barbosa (Fazenda) e Valdir Simão (Planejamento) no Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o equilíbrio fiscal e o crescimento podem andar juntos. Dilma disse que não haverá mudança na política econômica no curto prazo e destacou ser necessário equilibrar as finanças, reduzir a inflação, eliminar as incertezas e retomar o crescimento da economia brasileira.

"Experiência e competência são atributos que ambos têm de sobra", disse Dilma, ao citar que os dois novos ministros da área econômica conhecem o serviço público e os programas prioritários do governo.

##RECOMENDA##

Em sua introdução, Dilma agradeceu ao ministro Joaquim Levy, a quem chamou de "meu caro". Ela disse que o ex-ministro da Fazenda foi uma presença "imprescindível" para fazer o ajuste fiscal, mesmo em ambiente de crise política. Ela frisou a grande capacidade de agir e inteligência do ex-ministro, mesmo sob intensa pressão.

"Levy superou desafios e muito contribuiu para a estabilidade e que jamais deixarei de reconhecer", disse a presidente, sob aplausos.

Depois da polêmica saída de Joaquim Levy do Ministério da Fazenda, a presidente Dilma Rousseff empossou nesta segunda-feira (21) como titular da pasta Nelson Barbosa, que até então comandava o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Valdir Simão é quem assumiu o MPOG.

A cerimônia foi breve e a presidente iniciou o discurso elogiando o trabalho de Levy. “Sua presença à frente do Ministério da Fazenda foi decisiva para que fizéssemos ajustes imprescindíveis. Sua dedicação, assim como o seu trabalho, ajudaram na aprovação da legislação fiscal, mesmo em um ambiente de crise política”,sustentou. “Em um momento conturbado na economia e na política, o ministro Joaquim Levy superou difíceis desafios e muito contribuiu para a estabilidade e governabilidade”.

##RECOMENDA##

A presidente também enfatizou ter confiança nos novos ministros da Fazenda e do Planejamento, considerando que eles têm “experiência e competência de sobra” e “estão prontos para ser a equipe do reequilíbrio fiscal e retomada de crescimento”.

“A mudança da equipe econômica não altera nossos objetivos de curto prazo, que são restabelecer o equilíbrio fiscal, reduzir a inflação, eliminar a incerteza e retomar com urgência o crescimento”. Para a presidente, caberá aos ministros Nelson Barbosa e Valdir Simão “contagiar a sociedade brasileira com a crença de que equilíbrio fiscal e crescimento econômico podem e dever seguir juntos”.

"Três orientações imediatas eu levo aos ministros da área econômica: trabalhar com metas realistas e factíveis, para construir credibilidade, atuar para reduzir consistentemente a dívida pública e fazer o que for preciso para retomar o crescimento, sem guinadas nem mudanças bruscas, atuando em ambiente de estabilidade, previsibilidade e flexibilidade”.

Dilma também defendeu os esforços econômicos e fiscais feitos pelo governo ao longo de 2015. “Promovemos um extraordinário esforço fiscal. Reduzimos despesas, revimos desonerações e recompusemos tarifas, produzindo uma economia de gastos da ordem de R$ 134 bilhões, o equivalente a 2,3% do PIB. É verdade que frente a forte queda das receias, terminaremos o ano com déficit fiscal. A nossa taxa de crescimento foi afetada por fatores internos e externos”. “Perseguimos em 2015 uma estratégia de estabilização fiscal que continuará nos guiando nos próximos anos, com metas realistas e transparentes”.

Ela também lembrou que o Congresso Nacional está analisando a proposta de recriação da CPMF, assim como outras medidas oriundas do governo. “Há medidas imprescindíveis a aprovar, sem as quais o reequilíbrio não será mantido e a retomada do crescimento será muito dificultada”, defendeu. “Precisamos aprovar reformas, como aquela na área de Previdência, cujo objetivo é assegurar a sustentabilidade o médio e no longo prazo do patrimônio dos trabalhadores”.

Mais cedo, em conferência com investidores, Barbosa tentou acalmar os ânimos do mercado e transmitir a continuidade do compromisso do governo com a meta fiscal de 2016. Segundo ele, a redução da inflação e o ajuste fiscal continuam recebendo a atenção da gestão do país. Para o próximo ano, as reformas da Previdência Social e tributária serão prioridades. "Esperamos consolidar e terminar a proposta no início de 2016", afirmou. Para o novo ministro, essa mudança é essencial para o equilíbrio das contas públicas.

Otimista, o agora ministro da Fazenda garantiu que o governo irá manter os programas sociais em execução. "Estamos fazendo programas sociais compatíveis com a situação fiscal. Criamos nova linha do Minha Casa Minha Vida reduzindo os custos fiscais do programa", frisou.

Apesar dos embates ao longo de 2015 com Joaquim Levy, Barbosa manteve o tom ameno e elogiou o trabalho do antecessor. "Por conta das mudanças sob a liderança de Levy, eu acho que começo numa base mais favorável e vou me beneficiar do trabalho que já foi feito", considerou.

A presidente Dilma Rousseff evitou responder a perguntas de jornalistas brasileiros em Assunção, no Paraguai, onde participa da 49ª Cúpula do Mercosul, se estava feliz com a saída de Joaquim Levy do cargo de ministro da Fazenda.

Dilma chegou sorridente na manhã desta segunda-feira, 21, à reunião com os chefes de Estado dos países membros do bloco (Argentina, Paraguai, Uruguai) e de nações associadas (Chile, Peru, Colômbia, Equador, Guiana e Suriname). Ao ser questionada, a presidente franziu o cenho e continuou andando.

##RECOMENDA##

##RECOMENDA##

Antes de dar posse a Nelson Barbosa como substituto de Levy, marcada para hoje, às 17 horas de Brasília, a presidente cumprirá uma agenda de quatro horas no Paraguai na reunião de cúpula.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, não participa da reunião. Ele desistiu na noite deste domingo depois que os chanceleres discutiram incluir duas medidas relacionadas à proteção dos direitos humanos, impulsionadas pelo Paraguai.

Em busca de confiança do mercado financeiro para garantir investimentos no Brasil em 2016, o ministro indicado da Fazenda, Nelson Barbosa, fará uma conferência nesta segunda-feira (21) a investidores estrangeiros e nacionais para apresentar a sua estratégia de política econômica. É o primeiro contato do ministro com o mercado depois que a presidente Dilma Rousseff o indicou para substituir Joaquim Levy no comando da Fazenda. A conferência está marcada para as 12h, no horário de Brasília.

O mercado reagiu de forma negativa à troca na equipe econômica na última sexta-feira, com alta do dólar e queda da Bolsa. Na conversa com investidores, Barbosa vai esclarecer dúvidas sobre investimentos e falar sobre o seu plano para fazer a economia voltar crescer.

##RECOMENDA##

##RECOMENDA##

O ministro, que passou o fim de semana em reuniões para definir sua equipe, será empossado hoje, às 17h. O ex-Joaquim Levy participará da cerimônia no Palácio do Planalto. Ambos deverão fazer discursos institucionais e não deverão ser anunciadas novas medidas. O atual secretário executivo do Ministério do Planejamento, Dyogo Oliveira, fará parte do time.

A mudança no principal ministério de Dilma foi vista por analistas como um indício de que o governo pode voltar com a chamada "nova matriz macroeconômica", implementada por Guido Mantega, titular da Fazenda no primeiro mandato de Dilma. Barbosa integrou o time de Mantega até 2013, mas deixou o cargo por divergências na condução da política fiscal.

Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, o ministro antecipou que vai "aperfeiçoar a política econômica para fazer o Brasil crescer mais rápido". Ele se comprometeu com a diminuição dos subsídios do Tesouro Nacional, com o realismo tarifário e o cumprimento da meta fiscal de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2016, sem abatimentos.

Em Brasília, avalia-se que, com Barbosa, a Fazenda voltará a ser parte integrante do governo. Levy estava isolado e polarizando as principais decisões com Barbosa. "Teremos agora uma voz uníssona", disse uma das fontes. No entanto, é preciso tirar o "fantasma" da nova matriz econômica do caminho . "Não há mais espaço para isso", diz outra fonte.

O ministro tenta se dissociar da fracassada política econômica de Mantega, marcada por juros baixos, câmbio competitivo e política fiscal com desonerações. Na época, a intenção era mexer em dois preços da economia, os juros e o câmbio, para dar mais competitividade e garantir o crescimento do País.

Depois que deixou a equipe de Mantega, Barbosa preparou o estudo "Os 12 trabalhos Fiscais", na Fundação Getúlio Vargas (FGV), que pode ser considerado ainda bastante atual sobre o seu pensamento de estratégia a ser adotada. Entre os 12 trabalhos, estão a necessidade de diminuição da perda fiscal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Diário Oficial da União traz nesta segunda-feira, 21, os decretos de nomeação dos novos ministros da Fazenda, Nelson Barbosa, e do Planejamento, Valdir Simão. Também está publicada a exoneração, a pedido, do titular da Fazenda, Joaquim Levy. A troca ministerial foi anunciada na última sexta-feira e nesta segunda, às 17h, os ministros tomam posse no cargo, em cerimônia no Palácio do Planalto.

A agenda desta segunda-feira de Nelson Barbosa prevê ainda uma reunião com o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, às 9h30; e uma conferência por telefone com investidores nacionais e estrangeiros, às 12h.

##RECOMENDA##

##RECOMENDA##

Na contramão do discurso oposicionista, o vice-líder do colegiado na Câmara dos Deputados, Raul Jungmann (PPS), aprovou a indicação do ministro Nelson Barbosa para o comando da pasta da Fazenda. Para Jungmann, é mais benéfico para o país alguém que administre a questão financeira em consonância com a presidente Dilma Rousseff (PT) do que com paradigmas e defesas divergentes. Nelson Barbosa foi anunciado para substituir Joaquim Levy nessa sexta-feira (18). 

“Nelson Barbosa é a expressão, digamos assim, na área da Fazenda do que pensa a presidente. O cargo é uma espécie de primeiro ministro no Brasil. Prefiro alguém alinhado ao faz-de-conta de ter um ministro da Fazenda que não conta com o beneplácito, nem o apoio ou a afinidade da presidente”, argumentou o vice-líder, neste sábado (19), minutos antes de uma reunião de avaliação do PPS de Pernambuco, em Olinda, na Região Metropolitana do Recife.

##RECOMENDA##

##RECOMENDA##

Apesar da colocação favorável, Raul Jungmann pontuou reprovar ações passadas de Barbosa e disse que será necessário deixá-lo agir para ampliar seus argumentos quanto à administração da pasta da Fazenda.  “Isso [aprovar a indicação] não quer dizer que eu concorde com o que ele fez no passado. Nelson Barbosa é culpado por boa parte do que aí está [a crise econômica]. Para o bem ou para o mal, precisamos deixá-lo mostrar o que vai fazer, se ele acertar, aplausos, se não, críticas”, observou.

Nelson Barbosa se apresenta como um nome conciliador e de maior agrado para os movimentos sociais e setores do Partido dos Trabalhadores. Ele ocupava o Ministério do Planejamento e substitui Levy após uma série de embates entre o ex-ministro e a presidente, diante dos cortes de gastos e do ajuste fiscal.  

Outra ótica da oposição

Assim que foi anunciado o novo nome, o líder da oposição na Câmara, Bruno Araújo (PSDB), chegou a dizer que era “no mínimo preocupante” a nomeação de Barbosa para a Fazenda. Para ele, com a mudança ministerial “a crise de confiança cresce”. 

“Trata-se de um dos principais responsáveis pelo duplo rebaixamento do Brasil pelas agências internacionais de risco - por ter desprezado, seguidamente, as metas de superávit. O risco é de aumento da turbulência financeira, e de aprofundamento da recessão”, disparou.

Corroborando, o deputado federal Mendonça Filho (DEM) pontuou que a mudança significava “a volta política econômica que quebrou o Brasil”. “É a política do Guido Mantega que levou o Brasil a situação caótica que se encontra, com inflação em dois dígitos, desemprego atingindo os 7,5%, na maior recessão desde 1901”, justificou.

A escolha do nome de Nelson Barbosa para o Ministério da Fazenda foi bem recebida tanto pelo PT quanto pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que enxergam no novo ministro a possibilidade de mudanças na política econômica do governo.

"Trata-se de um ministro experiente, com reconhecidas qualidades técnicas, habilidade política e sempre aberto ao diálogo. Minha expectativa é de que, sob a orientação da presidente Dilma, ele sinalize para a população e para o empresariado medidas para a retomada do crescimento econômico com inclusão social, geração de empregos e sustentabilidade, investimentos em infraestrutura e inflação sob controle", disse o presidente nacional do PT, Rui Falcão.

##RECOMENDA##

##RECOMENDA##

##RECOMENDA##

Já o presidente do diretório estadual do partido em São Paulo, Emidio de Souza, lembrou que embora Barbosa seja mais alinhado ao PT do que o antecessor, Joaquim Levy, vai enfrentar dificuldades pelo estado de deterioração da economia nacional. "Não tem milagre na crise econômica brasileira, mas ele encarna uma ideia de economia que representa melhor o que o PT pensa", avalia o dirigente.

Lula

No Instituto Lula, a escolha foi bem vista. Embora tenha avalizado o nome de Levy, Lula vinha pedindo mudanças no rumo da economia desde agosto, principalmente por motivos políticos. Lula avalia que a forma como o ajuste fiscal foi executado afastou Dilma da base que a elegeu em 2014.

Segundo interlocutores do ex-presidente, há anos Lula prepara o novo ministro para o cargo. Depois de deixar o governo, em 2010, Lula levou o economista para o Instituto Lula, estimulou Barbosa a se reaproximar da comunidade acadêmica e carregava o colaborador em encontros com grandes empresários e representantes do mercado financeiro. Tudo com o objetivo de tirar de Barbosa o "ranço sindical" - ele foi assessor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) - e torná-lo mais palatável ao andar de cima.

Ainda segundo interlocutores de Lula, foi o ex-presidente quem aconselhou Barbosa a manter a discrição e não entrar em disputas públicas.

A nomeação foi saudada ontem no Instituto Lula. "É uma ótima pessoa. Tem experiência em administração pública, sabe da responsabilidade de colocar o País em equilíbrio fiscal, mas tem sensibilidade para fazer a política de desenvolvimento e geração de empregos", disse Paulo Okamotto, presidente do instituto.

Unidade

No PT, a escolha de Barbosa provocou o raro fenômeno de agradar, praticamente, à totalidade das forças políticas do partido, incluindo as correntes de esquerda.

"Apoiamos integralmente a decisão da presidente Dilma de fazer a substituição do ministro Levy e a escolha de Barbosa. Espero que o eixo da economia agora seja a orientação do programa de governo eleito em 2014, ainda que se possa discutir quais os passos para chegar lá", disse Carlos Henrique Árabe, secretário de Formação do PT e da corrente Mensagem, a segunda maior do partido.

O deputado Renato Simões (PT-SP), da minoritária Militância Socialista, comemorou nas redes sociais. "Nelson Barbosa é expectativa de diálogo com movimentos sociais que cobram o programa econômico vitorioso nas urnas em outubro passado. Golaço da presidente Dilma para fechar uma semana vitoriosa."

O nome de Barbosa também agradou, com ressalvas, aos movimentos sociais que foram às ruas na quarta-feira para protestar contra o impeachment. "Preferia o Marcio Pochmann (Unicamp), mas o Nelson Barbosa tem todas as condições de tirar o Brasil dessa armadilha", disse Raimundo Bonfim, da Central de Movimentos Populares. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo

Num sinal de que não haverá trégua em relação ao ministro da Fazenda, diferentemente do que ocorria no caso de Joaquim Levy, lideranças de oposição criticaram ontem a escolha do titular do Planejamento, Nelson Barbosa, para o cargo. O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), acusou Barbosa de ser o mentor das "pedaladas fiscais".

Os oposicionistas sustentam que ele pode aprofundar ainda mais a crise em razão da desconfiança em relação ao seu nome, mas destacaram que o problema está com a presidente Dilma Rousseff, a condutora da política econômica. Para os oposicionistas, a mudança na equipe econômica tem potencial de aumentar o desemprego, a queda nos investimentos e a perspectiva negativa sobre o futuro.

##RECOMENDA##

"Na época, ele (Barbosa) estava na Secretaria de Política Econômica e era secretário executivo do Ministério da Fazenda. Assinou portarias que autorizaram as pedaladas no BNDES", disse Caiado, ao citar o fato de o ministro estar arrolado em um processo no Tribunal de Contas da União (TCU). "O temor agora é em relação às ilusões e mágicas que ele irá desenvolver, a exemplo das pedaladas, o que pode aprofundar ainda mais a crise", disse Caiado.

Rebaixamento

Ele lembrou também que a saída de Levy acontece dias após o rebaixamento do País pela agência de classificação de risco Fitch. "A saída de Levy demonstra o fracasso da tentativa do governo de ludibriar o mercado colocando um nome de respeito como fachada da política econômica, quando, na realidade, não estava interessado em mudar nada. Usaram o Levy como forma de tirar a atenção. Todos os equívocos na máquina pública que trouxeram o País a esta crise permanecem", afirmou.

O líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), disse que a escolha de Barbosa pode aprofundar a recessão com todos os efeitos desemprego, queda nos investimentos e incertezas sobre o futuro. "É uma indicação ruim, de que a presidente Dilma continuará interferindo na política econômica e reforça também a manutenção do modelo que mergulhou o país nesta crise sem precedentes", criticou Sampaio, ao destacar que Barbosa responde pelas pedaladas comprovadas pelo TCU e que seriam base para o impeachment de Dilma Rousseff.

Para o tucano, a ida de Barbosa para a Fazenda revela também que a presidente não tem "peças de reposição", já que ninguém quer fazer parte de um governo que está com os dias contados com a presidente prestes a sofrer um impeachment.

O líder do PSDB do Senado, Cássio Cunha Lima (PB), disse que não adianta trocar "Joaquim por José nem por Antônio muito menos por Nelson". "O problema não está no nome de quem vai ocupar o ministério, mas na política econômica equivocada patrocinada pelo desgoverno da presidente Dilma." As informações são do jornal O Estado de S.Paulo

Para o economista Nelson Barbosa, o ministério dos sonhos só chegou um ano e 21 dias depois da pomposa cerimônia no Palácio do Planalto, que marcou o anúncio da nova equipe econômica para o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, após a vitória nas eleições do ano passado.

Nenhum dos prognósticos otimistas alardeados naquele momento histórico, em 27 de novembro de 2014, se confirmou - pelo contrário, a economia afundou numa recessão. Exceto as previsões de que o fiscalista Joaquim Levy não passaria mais de um ano no comando da Fazenda e seria substituído, mais cedo ou mais tarde, pelo desenvolvimentista Barbosa, o escolhido para comandar o Ministério do Planejamento. Um cargo que não era o mais desejado por ele, presença recorrente nas listas de apostas de candidatos para a Fazenda.

##RECOMENDA##

Considerado um economista "brilhante" por seus auxiliares mais próximos, que o acompanham há anos, Barbosa retorna agora ao prédio do Ministério da Fazenda, onde já foi o número dois na gestão de Guido Mantega. Tem pela frente a tarefa de buscar uma "luz no fim do túnel" para a retomada do crescimento. A frase que melhor resume o seu pensamento é de que sem crescimento não há como garantir o equilíbrio sustentável das contas públicas. Primeiro é preciso crescer.

Antiajuste

Na cadeira de Levy, ele precisará, no entanto, afastar a desconfiança do mercado financeiro e a pecha que ganhou de ministro do "antiajuste" das contas públicas. A fama de gastador foi alimentanda ao longo do ano por sua defesa, vitoriosa com a presidente, de enviar ao Congresso Nacional um orçamento com déficit primário e de redução da meta fiscal. Medida em defesa do "realismo fiscal", que custou a perda do grau de investimento do Brasil pela agência de classificação de risco e piora na confiança dos investidores.

Assessores refutam essa imagem e alegam que ele fez o maior ajuste fiscal em 2015 desde que a Lei de Responsabilidade Fiscal foi criada. Um corte de R$ 134 bilhões, o equivalente a 2,31% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano. "Barbosa não é antiajuste. Ele tem planejado um ajuste no mesmo montante para 2016. O mercado está tentando desconstruir ele ao dizer isso", reclama um dos seus auxiliares próximos.

A ideia de que foi o construtor da nova matriz econômica - política adotada pela presidente no primeiro mandato e apontada como responsável pela crise econômica atual - também é contestada. Teria sido obra de Márcio Holland, ex-secretário do time de Guido Mantega.

Fla-Flu

Sem a polarização com Levy, que fez da Esplanada dos Ministérios ao longo do ano um verdadeiro "Fla-Flu" entre os ministros da equipe econômica, Barbosa deve conseguir agora implementar, mesmo que não de imediato, um sistema de "bandas" para as metas fiscais para garantir maior flexibilidade da gestão da política fiscal em momentos de choque econômico, como o de hoje.

O risco de que ele faça uma "guinada" na política econômica é hoje a maior preocupação dos investidores. Não se deve esperar, no entanto, uma reviravolta ou giro de 360 graus. Embora em campos muitas vezes opostos, a estratégia de Levy e Barbosa para o ajuste da economia traçado no segundo mandato não era lá muito diferente.

As divergências foram muito mais em torno da velocidade do ajuste e do processo de cortes de gastos do governo. Mas foram se alargando, nos últimos meses, com a disputa pelo poder na gestão da política fiscal e de medidas econômicas.

Os dois concordam que era preciso cortar gastos obrigatórios e uma reforma estrutural nas despesas do governo, principalmente com uma Reforma da Previdência. A diferença entre Levy e Barbosa estava na velocidade e no ritmo que esse processo de mudança deve ser encaminhado para não prejudicar os investimentos.

A falta de unidade, entrosamento e desconfiança mútua, no entanto, aliado ao temperamento forte e teimoso dos dois, acabou os distanciando ainda mais, com prejuízos para a condução da política econômica. Depois do fim da divisão de comando, com Barbosa na Fazenda, a principal missão agora é garantir a CPMF e os recursos necessários para dar fôlego no curto prazo às contas do governo. Sem dinheiro no caixa, seu espaço de atuação será menor. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo

No dia 27 de novembro de 2014, quando foi apresentado o futuro ministro da Fazenda do segundo governo Dilma Rousseff, Joaquim Levy adentrou o salão leste do Palácio do Planalto com um sorriso confiante de quem tinha o apoio irrestrito do mercado financeiro.

Falou naquele dia ao lado de Nelson Barbosa, que havia sido preterido para a Fazenda e indicado ao Planejamento. O "Chicago boy" de formação ortodoxa era naquele momento tido como o fiador da política econômica. Levy era a esperança do mercado de dias melhores na economia depois de um processo eleitoral difícil, contas públicas maquiadas e déficit fiscal.

##RECOMENDA##

Assumiu o ministério com um duro discurso criticando fortemente o patrimonialismo e as políticas setoriais. "O patrimonialismo, como se sabe, é a pior privatização da coisa pública. Ele se desenvolve em um ambiente onde a burocracia se organiza mais por mecanismos de lealdade do que especialização ou capacidade técnica, e os limites do Estado são imprecisos", afirmou.

Levy e Nelson travaram nos bastidores uma guerra em que discordavam nos principais pontos da política econômica. Levy começou ganhando batalhas. Anunciou medidas duras de endurecimento nas regras para o seguro-desemprego e pensões e aumentou impostos sobre gasolina e bebidas. Cortou subsídios nos financiamentos dos bancos públicos. Acabou com a desoneração sobre a folha de pagamentos.

Workaholic, trabalhou arduamente para ver seu ajuste fiscal aprovado. Ficava até as 2h da manhã no ministério rotineiramente. Exigente com sua equipe, trocava de assessores com frequência. Fazia o corpo a corpo com deputados e senadores.

Mas, à medida em que a crise política se aprofundava, a arrecadação se retraia, a inflação se aproximava de dois dígitos e o desemprego começava a crescer, as vitórias de Levy foram minguando.

E ministro passou a ser alvo de críticas cada vez mais vorazes, principalmente do PT, capitaneadas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Levy insistia que o ajuste fiscal precisava ser aprovado para que a economia voltasse a crescer. E era atacado por só falar em ajuste fiscal. Com o rebaixamento seu destino estava selado. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo

Como fora ventilado nos últimos dias, Nelson Barbosa substituirá Joaquim Levy no Ministério da Fazenda. O anúncio foi feito pela presidente Dilma Rousseff, na tarde desta sexta-feira (18). Barbosa, tem 46 anos e era o então ministro do Planejamento. 

Após série de embates entre Dilma e Levy em relação aos cortes de gastos e metas fiscais, Nelson Barbosa se apresenta como um nome mais “ameno” e de maior agrado a setores do Partido dos Trabalhadores. O novo ministro é formado em economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e tem pós-doutorado na New School for Social Research, de Nova York. 

##RECOMENDA##

Mais cedo, Levy revelou que estava “um pouco decepcionado” sobre as especulações em relação à saída da pasta. Durante café da manhã com jornalistas, Joaquim Levy explicou que tinha conversado com Dilma sobre a questão, mas não quis adiantar para “não causar constrangimento para o governo”. 

O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, sempre foi favorável a metas flexíveis para o Orçamento. "É preciso dispor de espaço para acomodar oscilações não previstas de despesas e, sobretudo, de receitas", explicou Barbosa em entrevista exclusiva no dia 4 de dezembro, em São Paulo.

Na trajetória das contas públicas em 2015 estaria, segundo o ministro, o exemplo mais eloquente da necessidade de flexibilizar metas. "O gasto previsto está sendo cumprido, mas as receitas ficaram muito aquém das estimativas", diz ele, apontando para um gráfico em meio a uma série de outros que carrega numa pasta de plástico transparente.

##RECOMENDA##

O gráfico e as tabelas que o acompanham mostram que, em 2015, até setembro, o contingenciamento de despesas não obrigatórias significou uma redução nominal de R$ 20 bilhões sobre o volume de gastos de 2014, o primeiro recuo desde a promulgação da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), há mais de 15 anos. No total, foram contingenciados R$ 80 bilhões do considerado na Lei Orçamentária Anual (LOA), equivalentes a 1,4% do PIB.

"Na vigência da LRF, tanto em volume como em relação ao PIB, nunca houve corte maior", afirma Barbosa. Com a forte frustração de receitas, reflexo do agravamento da recessão, no entanto, o esforço de contenção das despesas não impedirá um déficit primário de 1% do PIB, em 2015, que dobraria de tamanho se as pedaladas fiscais dos anos anteriores forem absorvidas neste ano.

A adoção de metas fiscais dentro de um intervalo com limites para piso e teto, semelhante à do sistema de metas de inflação, é parte de um conjunto de ideias para orientar uma revisão mais completa das regras fiscais. "O principal é a fixação de um limite global para o gasto público", diz Barbosa.

Barbosa lembra que a sua proposta é uma entre as muitas em circulação. "Existem hoje pelo menos quatro outras propostas de reforma fiscal já apresentadas ao debate", enumera, sem querer entrar no mérito de cada uma delas. "O único consenso é que a Previdência deve ser reformada, com a fixação de uma idade mínima para a concessão do benefício", afirma o ministro, observando que, ao representar quase 50% do gasto primário, a Previdência é o fator mais crítico do problema fiscal.

"É preciso deixar claro que defender mais flexibilidade nas metas fiscais não significa desistir de cortar e rearranjar as despesas", diz Barbosa, chamando a atenção para o fato de que 85% dos gastos, de uma forma ou de outra, são vinculados ao salário mínimo e pelo menos 70% deles são corrigidos por ele.

"Mas também não se pode cortar o gasto e contrair o crédito indefinidamente, sob o risco de derrubar as receitas num circulo deficitário vicioso", conclui o ministro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidente Dilma Rousseff está reunida na tarde desta segunda-feira, 7, com os ministros da Casa Civil, Jaques Wagner, e do Planejamento, Nelson Barbosa. O encontro substituiu a reunião de coordenação que estava marcada para as 15 horas.

Antes de se encontrar com Dilma, Wagner esteve com o ministro demissionário Eliseu Padilha (Aviação Civil). A expectativa é que o peemedebista, que é um dos aliados mais próximos ao vice-presidente, comunique oficialmente a sua saída do governo. Padilha, inclusive, já agendou uma entrevista coletiva, às 17 horas, na sede do PMDB.

##RECOMENDA##

Mais cedo, questionada sobre a saída de Padilha, a presidente voltou a dizer que ainda não havia sido informada por ele e evitou dimensionar o peso que a demissão de um dos principais aliados do vice pode ter para o seu governo.

Agenda

Dilma esteve com o ministro da Justiça, e um grupo de 30 juristas que defendem que não há fundamento para afastar Dilma do cargo. Às 19h, Dilma ainda participa da abertura da 10ª Conferência Nacional de Assistência Social, que acontece no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília.

O governo federal publicou no Diário Oficial da União (DOU) destas sexta-feira (30) a exoneração do ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, da função de membro do Conselho de Administração do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Segundo o decreto publicado, Barbosa deixa o colegiado "a pedido".

Para a vaga de Barbosa foi nomeado o secretário de Gestão Pública do Ministério do Planejamento, Genildo Lins de Albuquerque Neto. Ainda entrou para compor o mesmo conselho o ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto. As nomeações de Albuquerque e de Rossetto também estão publicadas na edição de hoje do Diário Oficial.

##RECOMENDA##

A presidenta Dilma Rousseff convocou hoje (12) ministros para mais uma reunião no Palácio da Alvorada em um fim de semana. Participam do encontro os titulares da Fazenda, Joaquim Levy; do Planejamento, Nelson Barbosa; da Casa Civil, Aloizio Mercadante – que formam a Junta Orçamentária –, e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

Os secretários do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive; e da Receita Federal, Jorge Rachid, também estão na residência oficial da presidenta. A reunião não estava prevista na agenda oficial de Dilma. 

##RECOMENDA##

O governo discute o anúncio de medidas para mostrar compromisso com o corte de gastos desde o rebaixamento da nota de crédito do Brasil pela agência de classificação de risco Standard&Poor’s (S&P),  na última quinta-feira (9).

Após o rebaixamento, os ministros Levy e Barbosa deram entrevistas reafirmando a estratégia do governo de reduzir despesas e estudar a criação de receitas e o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral, disse que anúncio de novas medidas seria feito na sexta-feira, o que não aconteceu.

O primeiro anúncio, segundo Delcídio, será a redução de custeio dos ministérios, que serão reestruturados e terão contratos de prestação de serviço revistos para cortar gastos. A medida faz parte da reforma administrativa que vai cortar dez dos 39 ministérios do governo Dilma e deve ser anunciada até o fim de setembro.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando