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O embaixador da Venezuela na Itália, Isaías Rodríguez, demitiu-se do seu cargo, alegando que, apesar de continuar apoiando o regime de Nicolás Maduro, não há condições financeiras para exercer as funções devido às sanções financeiras. Em uma longa carta publicada nas redes sociais, o embaixador de 77 anos, que foi constituinte em 1999, vice-presidente executivo da República e procurador-geral da Venezuela, ressaltou que Maduro não deveria "acolher ou rejeitar" sua demissão, porque "é definitiva".

"A sua causa é minha. Com fé absoluta me aferro ao chavismo, como uma prancha neste oceano de contradições que cerca seu governo", escreveu Rodríguez, referindo-se sempre a Maduro. O embaixador disse que, além do impacto das sanções financeiras dos Estados Unidos, apoiadas pelo sistema bancário italiano, quer se afastar do cargo para se dedicar à função familiar de avô. "Deixo o cargo sem rancor e sem dinheiro. Minha mulher vendeu os vestidos que a presenteei para poder sobreviver diante do embargo norte-americano. Estou tentando vender o carro que comprei quando cheguei à embaixada e, como o senhor [Maduro] sabe, não tenho conta bancária porque os 'gringos' me sancionaram e os bancos italianos fecharam as portas a mim", confessou.

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Rodríguez tinha denunciado em 7 de maio, durante uma entrevista coletiva, os graves problemas econômicos da embaixada, com dívidas que chegam a 9 milhões de euros. A demissão, anunciada ontem (20), veio no mesmo dia em que Maduro comemorou um ano da sua contestada reeleição à Presidência, considerada ilegítima pela oposição e por parte da comunidade internacional.

Em discurso oficial, Maduro propôs antecipar as eleições para a Assembleia Nacional, casa do Poder Legislativo controlada pela oposição. As eleições para a Assembleia Nacional, em princípio, estão previstas para 2020. A Casa é presidida pelo deputado opositor Juan Guaidó, que se autodeclarou presidente da Venezuela e é atualmente o maior adversário de Maduro.

Da Ansa

Pela primeira vez desde que Juan Guaidó se proclamou presidente interino da Venezuela, em janeiro, opositores e chavistas deram os primeiros passos para negociar um acordo. Aliados do presidente Nicolás Maduro e membros da oposição se reuniram nos últimos dias com a chancelaria da Noruega, em Oslo.

Sem negar os encontros, Guaidó tentou minimizá-los, com um tuíte em que afirma que as conversas não são a única iniciativa em curso para o fim da crise. "Grupo de Contato, Canadá, Reino Unido, Noruega, Grupo de Lima, além de outras iniciativas, nos apoiam para chegar a uma solução da crise. Para os venezuelanos, a rota é clara, e nós a mantemos: fim da usurpação (do poder), governo de transição e eleições livres", escreveu Guaidó.

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O representante do chavismo na ONU também confirmou as negociações. "Sim, está havendo conversas entre governo e setores democráticos da oposição", disse Jorge Valero, embaixador da Venezuela na ONU, em Genebra. "Infelizmente, há uma oposição que é belicista, terrorista e fascista, simples marionetes do império dos EUA."

Nos últimos dias, representantes de Maduro viajaram a Oslo, entre eles o ministro das Comunicações, Jorge Rodríguez, e o governador do Estado de Miranda, Héctor Rodríguez, para encontrar delegados de Guaidó, como o ex-deputado Gerardo Blyde e Fernando Martínez Mottola, ex-ministro de Carlos Andrés Pérez, aos quais se juntou o deputado e vice-presidente da Assembleia Nacional, Stalin González.

Três fontes relataram à Reuters como ocorreram as conversas. Segundo eles, os enviados exploraram possíveis caminhos para avançar em uma agenda de temas e uma metodologia de trabalho. As mesmas fontes asseguram que as negociações foram feitas separadamente com representantes do Ministério das Relações Exteriores da Noruega e negam que tenha sido estabelecida uma mesa de diálogo.

Segundo fontes ligadas às negociações, as reuniões sob a mediação da Noruega não surgiram subitamente, mas são resultado de reuniões realizadas separadamente, durante meses. Os contatos começaram em Cuba e várias reuniões foram realizadas em local secreto em Oslo, mediadas pela chancelaria da Noruega. As duas delegações voltaram ontem a Caracas.

As reuniões surpreenderam alguns dirigentes opositores, como Julio Borges, ex-presidente da Assembleia Nacional, exilado em Bogotá. Pelo Twitter, ele assegurou que, tanto ele quanto seu partido, o Primero Justicia, souberam da iniciativa pela imprensa. "Soubemos desta iniciativa uma vez que já era pública", escreveu Borges. "Não avaliamos nenhum tipo de diálogo com a ditadura."

Muitos opositores estão céticos quanto às negociações, já que outras tentativas falharam, dividiram a oposição e deram tempo a Maduro para que ele consolidasse seu poder.

Ao contrário de outros países europeus, a Noruega - que não faz parte da União Europeia - não reconheceu Guaidó, líder da Assembleia Nacional, como presidente interino, mas mostrou seu apoio e pediu a retomada do diálogo e novas eleições. (Com agências internacionais)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A crise na Venezuela tem pautado constantemente o discurso de parlamentares brasileiros. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) afirmou, nesta segunda-feira (6), que o presidente do país vizinho, Nicolás Maduro, tornou-se um “traficante de drogas”. A gestão de Maduro é considerada ditatorial pelo deputado.

“Maduro não é mais presidente da Venezuela, ele é um traficante de drogas que se apossou do povo venezuelano”, disparou o filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), em publicação no Twitter. “Traficantes entendem argumentos racionais de discursos? Qual linguagem eles entendem?”, indagou complementando.

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Eduardo defende que Maduro deixe o governo e já disse apoiar, assim como o pai, o autodeclarado presidente da Venezuela, Juan Guaidó. A crise no país se agravou nas últimas semanas. Na última terça (30), duas pessoas morreram e 187 ficaram feridas na Venezuela por causa da disputa de poder entre Maduro e Guaidó.

Nesse domingo (5), Nicolás Maduro apareceu no Twitter para agradecer a atuação das Forças Armadas venezuelanas em seu apoio e ponderar que o país está preparado para confrontos. Ele também se disse orgulhoso da Guarda Nacional Bolivariana, que chegou a atropelar manifestantes com carros blindados no dia 30.

“Não somos um país fraco ou indefeso, temos um poder militar que garante a paz e a defesa nacional. Fiéis sempre, traidores nunca!”, ressaltou o presidente.

Convocadas pelo autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, centenas de pessoas se reuniram em Caracas com velas nas mãos em vigília para homenagear as vítimas da repressão militar que estavam nos protestos contra o governo de Nicolás Maduro. Esperado, Guaidó não compareceu à atividade.

Acompanhado pela mulher, Carolina, as filhas Sara e Sofia, e a sobrinha Nazaré, o comerciante Paulo Matías disse que ainda há muita gente com medo da repressão do regime de Nicolás Maduro. "Não tem mais gente porque as pessoas estão com medo do que aconteceu outro dia em Altamira", afirmou o empresário, carregando a filha menor nos ombros.

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O Deputado Richard Blanco disse que "o ato foi também por 47 pessoas que morreram nestes anos de repressão, 937 pessoas presas, segundo relatório de Direitos Humanos, e pela saída de Nicolás Maduro, que é um presidente inconstitucional".

O padre Wilfredo Corniel, que já viveu no Brasil, celebrou parte do ato religioso. Ele disse ao 'Estado' que todos foram convocados pelo autodeclarado presidente interino Juan Gaudó "para rezar pelas pessoas que faleceram nos protestos, para que cesse a violência de Estado contra os manifestantes". Também "contra a usurpação, pela paz e por um governo de transição".

Para o religioso, o Estado venezuelano não pode apoiar grupos paramilitares para que matem manifestantes. "Chega de derramamento de sangue pelo governo." Ele trabalha na paróquia São Miguel Arcanjo, numa das favelas de Caracas, com cerca de 120 mil pessoas. "É uma favela muito perigosa", disse./COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A deputada federal pelo PSL de São Paulo Carla Zambelli utilizou sua sua conta oficial no Twitter nesta quinta-feira (2) para repercutir a situação de caos político vivido na Venezuela.

A parlamentar anunciou a morte de uma mulher e cobrou respostas do Partido dos Trabalhadores. “Acaba de morrer mais uma venezuelana: Jurubith Rausseo, com 27 anos, ferida de bala pelo exército de Nicolás Maduro”, descreveu Zambelli.

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Zambelli, que tem na sua biografia do Twitter a seguinte frase: “se a esquerda fosse boa, Jesus não sentaria à direita do Pai”, é bastante crítica às colocações de grupos mais alinhados à esquerda.

Pelo fato do contestado governo de Maduro na Venezuela ser de esquerda, a deputada cobrou posicionamento do PT quanto ao assunto. “Meus sentimentos e orações. E aí, PT, vão se posicionar de que forma?”, questionou.

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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) criticou, nesta quinta-feira (2), uma declaração do ex-presidente do Uruguai José Alberto Mujica, mais conhecido como Pepe Mujica, em defesa da Guarda Nacional Bolivariana, leal ao presidente da Venezuela Nicolás Maduro, que atropelou manifestantes com veículos blindados durante atos violentos na última terça (30).

Ao ser questionado nessa quarta (1º) sobre como avaliava o uso das tanquetas e o episódio do atropelamento, Mujica defendeu os militares pró-Maduro: "[Os manifestantes] não deveriam ficar na frente das tanquetas".

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A postura repercutiu negativamente no Brasil e Mujica é considerado um dos ídolos internacionais de partidos de esquerda como o PT, o que insuflou ainda mais o debate. O nome dele, inclusive, está entre os assuntos mais comentados no Twitter no país.

Ao expor uma reportagem que estampa a afirmativa de Mujica, o filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse que o ex-presidente fez o que é típico da esquerda “colocar a culpa nos outros” e pontuou que para os que defendem Maduro vale até matar pela causa.

“Ex-presidente do Uruguai, Pepe Mujica, como todo bom esquerdista bota a culpa nos outros. Assumir responsabilidades não é com os esquerdistas do Foro de São Paulo”, alfinetou Eduardo Bolsonaro. “E tudo vale em nome da causa, até matar”, completou o deputado.

Na última terça duas pessoas morreram e 187 ficaram feridas na Venezuela por causa da disputa de poder entre Maduro e o autodeclarado presidente do país, Juan Guaidó. Mujica apoia o governo de Nicolás Maduro enquanto Jair Bolsonaro e seus filhos já declararam o alinhamento a Guaidó.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nessa quarta-feira (1º) que a Justiça está em busca dos responsáveis pela revolta militar que foi contida na terça-feira (30) pelo governo, e que eles, "mais cedo ou mais tarde", pagarão com a prisão pelo crime de traição.

"Estão fugindo de embaixada em embaixada", disse Maduro diante de milhares de simpatizantes, que se reuniram nos arredores do Palácio Presidencial de Miraflores para celebrar o 1º de Maio, em referência ao líder oposicionista Leopoldo López, a quem não mencionou diretamente.

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"A Justiça está em busca dos responsáveis e, mais cedo ou mais tarde, eles pagarão com prisão por sua traição e seus crimes", acrescentou o presidente. "Aqui não são as balas nem os fuzis que vão impor um presidente marionete em Miraflores, é absolutamente inviável", afirmou Maduro. "Nos próximos dias, mostrarei todas as provas de quem conspirou e como conspirou para que o povo saiba quem são os traidores e que a Justiça faça a sua parte".

López burlou a pena de quase 14 anos que cumpria em seu domicílio. Ele acompanhou o presidente do Parlamento venezuelano, Juan Guaidó, que é reconhecido por mais de 50 países como presidente interino da Venezuela, em seu discurso aos militares, no qual pediu que se voltassem contra Maduro.

Durante a manhã dessa quarta-feira, o opositor compareceu a várias concentrações da oposição no leste de Caracas e depois se refugiou na residência do embaixador da Espanha em Caracas, Jesús Silva. As palavras de Maduro também faziam alusão a Guaidó, que liderou as manifestações da oposição em Caracas.

A Justiça venezuelana já tem duas linhas de investigação contra o líder do Parlamento: uma por ter proclamado um governo interino e outra pelos apagões que deixaram quase todo o país paralisado e às escuras em março passado.

Maduro também acusou o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, de ter conduzido pessoalmente a revolta de uns 20 militares, que classificou de "escaramuça golpista". "Assim denuncio e peço que se averigue nos Estados Unidos as ações ilegais e golpistas de John Bolton contra a democracia venezuelana", disse.

Governo interino

Juan Guaidó afirmou que continuará libertando os presos políticos, depois que intercedeu pela libertação de López. "Vamos seguir libertando os presos políticos, (como) Juan Requesens, Gilber Caro", disse o líder oposicionista diante de centenas de simpatizantes, no leste de Caracas, próximo a Petare, a maior favela do país.

"Estamos mais fortes, mais determinados", insistiu o deputado, que recebeu apoio nas ruas depois de uma revolta militar fracassada que liderou na terça-feira.

Guaidó afirmou que López, que cumpria em casa uma pena de quase 14 anos de prisão, foi libertado por funcionários do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin) que cumpriram sua ordem de presidente interino, depois que ofereceu a eles "anistia e garantia de indultos".

Em discurso aos seus seguidores, Guaidó anunciou que os trabalhadores públicos venezuelanos iniciam a partir de hoje uma greve escalonada, até chegar a uma paralisação geral no país. "Amanhã [quinta-feira], vamos acompanhar a proposta que nos fizeram de greves progressivas, até conseguir uma greve geral. Todos os setores vão se integrar nesse processo".

Crise

A Venezuela vive enorme tensão política desde janeiro deste ano, quando Maduro tomou posse de um novo mandato que não é reconhecido pela oposição e por parte da comunidade internacional. Guaidó se autoproclamou presidente de um governo interino que conta com o apoio de mais de 50 países.

Paralelamente,, o país sul-americano vive a pior crise econômica de sua história, o que gera protestos diários para denunciar a escassez severa de alimentos e remédios e a péssima prestação de serviços públicos.

*Com informações da Deutsche Welle (agência pública da Alemanha)

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou, nesta terça-feira (30), que se solidariza com o povo da Venezuela e apoia a liberdade do país para que seja instalada uma “verdadeira democracia”. Mais cedo, o presidente autodeclarado do país Juan Guaidó anunciou que tem o apoio dos militares para, segundo ele, conseguir "o fim definitivo da usurpação" do governo de Nicolás Maduro.

“O Brasil se solidariza com o sofrido povo venezuelano escravizado por um ditador apoiado pelo PT, PSOL e alinhados ideológicos”, alfinetou Bolsonaro, em publicação no Twitter. “Apoiamos a liberdade desta nação irmã para que finalmente vivam uma verdadeira democracia”, completou.

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Bolsonaro defendeu uma transição democrática de poder. “O Brasil acompanha com bastante atenção a situação na Venezuela e reafirma o seu apoio na transição democrática que se processa no país vizinho. O Brasil está ao lado do povo da Venezuela, do presidente Juan Guaidó e da liberdade dos venezuelanos”, declarou.

Guaidó convocou os venezuelanos para ir às ruas para exigir a saída de Maduro. O autodeclarado já foi reconhecido pelo governo brasileiro como legítimo presidente venezuelano.

Bolsonaro se reúne, no início da tarde desta terça, para tratar do assunto com o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) e os ministros das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, da Defesa, Fernando Azevedo, e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno.

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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta terça-feira (30) que conta com a "lealdade total" da liderança militar, depois que um grupo de soldados se rebelou em apoio ao líder da oposição Juan Guaidó.

"Nervos de Aço!" Falei com os Comandantes de todos os REDI e ZODI do País, que manifestaram total lealdade ao Povo, à Constituição e à Pátria. Apelo à máxima mobilização popular para garantir a vitória da Paz. Nós vamos ganhar!", afirmou Maduro no Twitter em sua primeira reação à rebelião.

Um grupo de soldados venezuelanos se revoltou nesta terça-feira contra Maduro e em apoio a Guaidó, que pediu a todas as Forças Armadas para se juntarem a este movimento que o governo denunciou como um golpe de Estado.

O governo venezuelano denunciou o incidente como uma "tentativa de golpe de Estado" e afirmou que a situação está sob controle.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta terça-feira que, para frustração dos Estados Unidos e de seus adversários regionais, segue no comando do governo e exerce na plenitude suas competências, inclusive o controle das Forças Armadas, três meses após o oposicionista Juan Guaidó se autoproclamar presidente interino. "Esse ensaio de golpe de Estado fracassado passará à história como uma comédia", afirmou.

Guaidó é o presidente da Assembleia Nacional, controlada pela oposição, e se declarou presidente interino em 23 de janeiro, após considerar fraudulenta a eleição de maio de 2018 que deu a Maduro um segundo mandato. Guaidó é reconhecido por mais de 50 países e busca pressionar o rival para que deixe o poder. Maduro, por sua vez, diz que o oposicionista integra um complô comandado por Washington para derrubá-lo.

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"Temos o controle do governo, a condução da Força Armada Nacional Bolivariana, o controle do território nacional e como presidente estou governando todos os dias e cumprindo meus preceitos constitucionais", afirmou Maduro, que qualificou como uma "palhaçada" a tentativa de retirá-lo do poder. Apesar de sanções internacionais e da grave crise econômica e social, Maduro continua com o apoio das Forças Armadas, fiel da balança nas disputas políticas no país. Fonte: Associated Press.

Os Estados Unidos deveriam começar a considerar o uso da força militar para leva ajuda à Venezuela, disse nesta quinta-feira o senador americano Rick Scott, ex-governador da Flórida, invocando um fantasma que "ninguém quer mencionar".

"Resta apenas uma opção para trazer ajuda ao povo da Venezuela, e é algo que ninguém quer mencionar, está ficando claro que teremos que considerar o uso de recursos militares dos EUA para trazer ajuda", disse Scott em discurso em Washington.

O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó - reconhecido como presidente interino por Washington e 50 países - tentou em 23 de fevereiro entrar com a ajuda humanitária, mas fracassou devido ao bloqueio do presidente Nicolás Maduro, que classificou a operação como interferência estrangeira.

Nesta mesma quinta-feira, a Venezuela anunciou que espera a chegada de novas missões militares russas, após a chegada em março de dois aviões enviados por Moscou com 99 militares e 35 toneladas de materiais.

"Maduro e seus capangas não nos deixam alternativa", disse Scott. "Não devemos parecer fracos diante da determinação dos chineses, dos russos e dos cubanos em apoiar Maduro".

"Nossos adversários vão questionar nossas intenções e nossa determinação. Em resumo, eles não acham que estamos falando sério".

O Supremo Tribunal de Justiça venezuelano (TSJ, pelas siglas em espanhol) pediu nesta segunda-feira (1º) à governista Assembleia Constituinte a suspensão da imunidade do líder do Parlamento, Juan Guaidó, segundo comunicado emitido pela corte, que com este ato abre a possibilidade de submeter à Justiça comum o principal opositor do governo de Nicolás Maduro.

"Ordena-se remeter cópia certificada da presente decisão ao presidente da Assembleia Nacional Constituinte (Diosdado Cabello), com o objetivo de suspender a imunidade parlamentar" de Guaidó, informa o pedido da corte, acusada pela oposição de servir aos interesses de Maduro.

O tribunal tomou a decisão ao considerar que o deputado - autoproclamado presidente interino da Venezuela e reconhecido no cargo por mais de 50 países - "infringiu" uma proibição de saída do país que tinha sido imposta a ele em 29 de janeiro.

Nesse dia, o TSJ abriu uma investigação contra ele por "usurpar" as funções do presidente venezuelano, Nicolás Maduro.

Guaidó saiu clandestinamente do país em fevereiro e retornou no dia 4 de março procedente da Colômbia, através do aeroporto internacional de Maiquetía, na região de Caracas.

Nessa viagem, o congressista visitou vários países da região, após o fracasso, em 23 de fevereiro, de sua tentativa de fazer entrar doações de alimentos e medicamentos enviados pelos Estados Unidos.

O TSJ ratificou a proibição de saída da Venezuela, assim como o bloqueio das contas bancárias de Guaidó e o impedimento para alienar e taxar bens de sua propriedade, segundo a sentença, lida pelo presidente da corte, Maikel Moreno.

A medida abre o caminho para um eventual julgamento comum de Guaidó, acusado por Maduro de planejar um atentado contra ele.

Soma-se, ainda, à inabilitação imposta contra ele pela Controladoria para exercer cargos públicos durante 15 anos. Guaidó não reconheceu a decisão por considerar que o controlador foi designado pela Constituinte, a qual considera ilegítima.

A decisão do tribunal ocorre em um momento de caos pelos apagões que paralisam o país desde o início de março e que mantém milhões sem luz e água. Além disso, em meio a luta pelo poder com Maduro, Guaidó planeja uma mobilização nacional em direção ao palácio presidencial de Miraflores - em data não estabelecida -, como parte de uma estratégia que batizou "operação liberdade".

Maduro acusa o opositor de ser um "fantoche" do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para organizar uma invasão e entregar a Washington o controle da maior reserva petroleira do mundo.

Em meio ao caos pelos apagões, os venezuelanos ainda enfrentam o colapso dos serviços, incluindo comunicações e transporte, o que levou a protestos espontâneos, sem ligações com movimentos políticos, no domingo. Mas várias manifestações foram reprimidas por coletivos, como são chamados os grupos civis ligados ao governo. Pelo menos duas pessoas ficaram feridas, segundo manifestantes.

Ainda no domingo, diante da gravidade da crise energética, Maduro confirmou racionamento de luz pelos próximos 30 dias e manteve a redução da jornada de trabalho de 8 para 6 horas diárias. Já as aulas, que estavam suspensas desde 26 de março, voltam ao normal na próxima quarta-feira.

Um novo apagão afeta, nesta segunda-feira, várias regiões da Venezuela, incluindo Caracas, quase 20 dias depois de um episódio similar que paralisou o país por uma semana, constatou a AFP e informaram usuários do Twitter.

A eletricidade acabou às 13H20 (14H20 de Brasília) em boa parte de Caracas e, segundo vários usuários do Twitter, o apagão também afeta grandes cidades do oeste, como Barquisimeto e Barinas.

Em Maracaibo, capital do petroleiro Zulia, os internautas informaram que o serviço se encontra "instável" e que a luz "vem e vai".

Em Caracas, os sinais de trânsito não funcionam e as redes telefônicas estão em colapso, assim como o serviço de internet.

Os venezuelanos usaram a tag "#SinLuz" para relatar os cortes no Twitter.

O país superou um apagão generalizado há alguns dias, de 7 a 14 de março, o que complicou as comunicações, a distribuição de água e combustível, bem como o fornecimento de alimentos.

Também teria causado, segundo relatos, a morte de mais de uma dúzia de pacientes em hospitais.

O governo de Nicolas Maduro, em seguida, acusou os Estados Unidos de ter feito "ataques cibernéticos" contra a principal usina hidrelétrica do país, com o apoio da oposição, liderada pelo líder parlamentar Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino da Venezuela por Washington e 50 governos.

A oposição atribui a crise da eletricidade ao abandono da infraestrutura e da corrupção.

O autodeclarado presidente da Venezuela, Juan Guaidó, reuniu-se hoje (18) com integrantes da sociedade civil do país que estão dispostos a organizar comitês denominados de Ajuda e Liberdade em favor de seu eventual governo e crítico da gestão de Nicolás Maduro.

“Hoje seguimos dando passos importantes para ativar a organização dos comitês de Ajuda e Liberdade, que estarão na vanguarda para levar adiante a grande Operação Liberdade”, disse Guaidó na sua conta no Twitter.

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Guaidó se reuniu com trabalhadores de Corpoelec, uma corporação estatal que engloba dez empresas do setor elétrico. O encontro ocorre após um prolongado período de apagão que atingiu 22 dos 23 estados venezuelanos.

Segundo o autodeclarado presidente, durante o encontro, na Assembleia Nacional da Venezuela, os trabalhadores expressaram que “apesar da perseguição e ameaças” estão dispostos a seguir adiante “nossa luta”.

Exteriores

O interino comemorou o fato de três militares e diplomatas, designados por ele, terem assumido hoje seus cargos nos Estados Unidos: dois estão em sedes militares em Washington e um no consulado em Nova York.

Guaidó destacou ainda o fato da embaixadora Fabiola Zavarce assumir a representação diplomática venezuelana no Panamá. A embaixadora María Teresa Belandría foi designada para o Brasil no começo do ano e manteve várias reuniões com autoridades brasileiras.

O interino é reconhecido como presidente legítimo por cerca de 50 nações, incluindo Brasil, Estados Unidos, Argentina, Chile, Paraguai e outros.  Maduro conta com apoio de Rússia, Cuba e China entre outros.  

Após o apagão de quase uma semana na Venezuela, o presidente Nicolás Maduro anunciou a reestruturação do seu gabinete. Ele pediu que todos os ministros coloquem os cargos à disposição. O vice-presidente da República, Delcy Rodríguez, comunicou a decisão.

"O presidente Nicolás Maduro pediu a todo o gabinete executivo para colocar seus encargos, com o fim dos efeitos de uma profunda reestruturação dos métodos e funcionamento do governo bolivariano para proteger a pátria de Bolívar e [Hugo] Chávez  [presidente já morto da Venezuela] de qualquer ameaça", disse Rodriguez em sua conta no Twitter.

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Há dois dias, Maduro anunciou a intenção de mudanças para “otimizar a gestão do governo e proteger o país contra novas ameaças”. "É uma luta moral e espiritual de um país inteiro pela honestidade, pela eficiência e pelos bons serviços", afirmou.

A iniciativa ocorre no momento em que há um impasse na Venezuela entre Maduro e Juan Guaidó, presidente autodeclarado. Mais de 50 países, incluindo o Brasil, apoiam Guaidó, enquanto China, Rússia e Turquia estão ao lado de Maduro. Há protestos constantes, de ambos os lados, nas principais cidades venezuelanas.   

*Com informações da Telesur, emissora multiestatal de televisão com sede na Venezuela

A polícia venezuelana utilizou gás lacrimogêneo para dispersar a manifestação convocada para este sábado (9), em Caracas, pelo líder da oposição e autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó.

Os manifestantes recuaram, mas optaram por permanecer nas imediações do local marcado para a realização da concentração, na Avenida Victoria.

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Anteriormente, a equipe de Guaidó havia denunciado que não tiveram permissão para instalar um palanque na área, e que três pessoas que transportavam as estruturas foram detidas e o material confiscado.

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Guaidó reagiu no Twitter afirmando que o governo de Nicolás Maduro terá "uma surpresa", já que os opositores continuarão na rua.

"Pretendem gerar desgaste, mas já não têm como conter um povo que está decidido a acabar com a usurpação. E hoje o vamos demonstrar nas ruas", acrescentou o opositor no Twitter.

A manifestação, convocada em todo o país, faz parte da pressão cada vez maior para forçar Maduro a deixar o poder, que ocupa desde 2013. Além disso, ela acontece depois de um apagão que deixou a maioria dos venezuelanos sem luz.

A eletricidade foi restabelecida na madrugada deste sábado em algumas áreas de Caracas, porém, alguns bairros da capital venezuelana e mais de metade do país continuam sem energia há mais de 40 horas.

Governo

Maduro também convocou para este sábado uma concentração na capital venezuelana. Vários apoiadores do presidente em exercício ocuparam as ruas de Caracas, vestidos de vermelho, cor associada à revolução. 

A crise política na Venezuela agravou-se em 23 de janeiro, quando o opositor e presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, se autoproclamou presidente interino e declarou que assumiria os poderes executivos de Nicolás Maduro.

Guaidó contou de imediato com o apoio dos Estados Unidos, prometeu formar um governo de transição e organizar eleições livres. Cerca de 50 países, incluindo o Brasil e a maioria dos países da União Europeia, reconheceram Guaidó como presidente interino encarregado de organizar eleições livres e transparentes.

União Europeia

O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Heiko Maas, afirmou neste sábado que a União Europeia (UE) está disposta, caso necessário, a endurecer as sanções contra o governo de Nicolás Maduro.

"Na União Europeia estamos dispostos a impor sanções adicionais se for necessário", disse o ministro em entrevista ao jornal berlinense Tagesspiegel.

Maas acrescentou que "é importante que a pressão internacional se mantenha elevada" e afirmou que a UE não participará da tática dilatória usada por Maduro. O apoio da UE ao líder da Assembleia Nacional venezuelana, Juan Guaidó, é "irrefutável", assegurou.

Guaidó havia exigido um endurecimento das sanções contra Maduro, depois que este declarou "persona non grata" o embaixador da Alemanha na Venezuela, Daniel Kriener.

O governo e a oposição da Venezuela foram às ruas neste sábado, 9, em todo o país, que está saindo do mais longo apagão em décadas, embora ainda haja algumas zonas sem luz.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e o opositor Juan Guaidó incentivaram os seus apoiadores a irem para as ruas, em uma nova escalada de tensões.

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Maduro, que convocou os seus seguidores para uma marcha "anti-imperialista", quando completam quatro anos desde que os Estados Unidos declararam que a Venezuela era uma ameaça para a sua segurança, atribuiu o apagão a uma "guerra elétrica" promovida pelo "imperialismo norte-americano".

"Seguimos em batalha e vitória frente a permanente e brutal agressão contra o nosso povo. Hoje, mais do que nunca, somos anti-imperialistas. Jamais nos renderemos!", escreveu neste sábado no Twitter. O presidente não fez nenhuma aparição pública durante o apagão, mas é esperado que compareça à manifestação chavista no centro de Caracas.

Venezuela

"Convoco todo o povo venezuelano a nos expressarmos maciçamente nas ruas contra o regime usurpador, corrupto e incapaz que deixou o nosso país às escuras", disse, em uma mensagem pelo Twitter, na sexta-feira, o presidente do Parlamento, Juan Guaidó.

Guaidó se autoproclamou presidente interino do país em 23 de janeiro, invocando artigos da Constituição, e foi reconhecido pelos Estados Unidos, Brasil e dezenas de países, que acusam o presidente Nicolás Maduro de ganhar a reeleição em eleições fraudulentas.

Confrontos

Opositores ao regime de Maduro e a polícia venezuelana entraram em confronto na manhã deste sábado. Muitos manifestantes tentaram andar por uma avenida em Caracas, mas foram removidos para a calçada pela polícia em uma tentativa de evitar o motim. De acordo com uma emissora local, uma mulher foi atingida por spray de pimenta.

"A polícia é abusiva mesmo que eles também sofram da mesma calamidade que a gente", disse a comerciante Lilia Trocel, de 58 anos. "Eu ainda não tenho energia e perdi parte da minha comida", declarou em referência à comida que estragou durante o apagão.

"Queremos marchar", gritava um grupo de seguidores de Guaidó a um contingente policial que bloqueava o acesso à Avenida Victoria, no leste de Caracas.

Deputados de oposição denunciaram em suas contas no Twitter que três motoristas que ajudavam, na madrugada de sábado, a instalar um palco onde Guaidó apareceria foram detidos pela polícia, que os obrigou a desmontar os andaimes.

Na sede da estatal telefônica, por outro lado, já era possível identificar um dos palcos do governo, que também fechou uma das principais avenidas de Caracas, onde há a previsão de uma atividade. Não foi confirmada a presença de Maduro.

Agentes do serviço de inteligência rondavam a zona. "Não há água, não há luz, não há comida. Já não aguentamos", disse Jorge Lugo, venezuelano que levava uma bandeira no pescoço.

Apagão

Depois de mais de 20 horas sem energia elétrica, o serviço foi retomado parcialmente em algumas áreas de Caracas e do interior do país, mas outras cidades, como Maracaibo e Barinas, completavam 40 horas sem fornecimento, segundo a Reuters.

O apagão da Venezuela, que começou na tarde de quinta-feira, afetou inclusive o Estado de Roraima, que precisou recorrer às suas cinco termoelétricas para suprir a energia normalmente procedente da principal hidroelétrica venezuelana de Guri.

A extensa interrupção ocorre em um momento em que o país é sacudido por instabilidade política, hiperinflação e recessão econômica.

Organizações não governamentais denunciaram que a falta de fornecimento de energia e o mal funcionamento, ou a falta de geradores de emergência em hospitais públicos, provocaram, na sexta-feira, as mortes de um recém-nascido e de um adolescente de 15 anos em Caracas.(AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

O governo da Venezuela decidiu suspender o dia de trabalho e as aulas nesta sexta-feira (8) em consequência do apagão de quase 16 horas que afeta a maior parte do país e que o governo de Nicolás Maduro denuncia como um ato de "sabotagem".

O presidente Maduro tomou a decisão "com o objetivo de facilitar os esforços para a recuperação do serviço de energia elétrica no país, vítima da guerra elétrica imperial", tuitou a vice-presidente venezuelana, Delcy Rodríguez.

O líder opositor venezuelano Juan Guaidó advertiu nesta terça-feira (5) que a pressão contra o governo de Nicolás Maduro está "só começando" e anunciou uma greve "escalonada" de funcionários públicos, um dia depois de seu desafiador retorno ao país, após ter burlado uma proibição de saída.

Reconhecido como presidente interino por mais de 50 países, Guaidó se reuniu com dirigentes sindicais apostando que os funcionários públicos apoiem os seus esforços para retirar Maduro do poder.

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"Achavam que a pressão máxima havia chegado. Saibam claramente que a pressão está só começando", lançou Guaidó após o encontro em Caracas.

O também chefe do Parlamento conseguiu reativar os protestos e estreitar o cerco diplomático contra Maduro.

"Aqui está o presidente interino da Venezuela dando a cara aos trabalhadores, ao trabalho com dignidade, sem que lhe deem nada em troca", acrescentou Guaidó, que promove um "governo de transição e eleições livres".

Como parte da pressão com o presidente socialista, o legislador de 35 anos busca agora arrebatar-lhe o controle da burocracia estatal, que considera "sequestrada pelas chantagens e perseguições".

Segundo Guaidó, os representantes dos trabalhadores lhe propuseram avançar para uma "greve escalonada na administração pública", embora não tenha dado detalhes.

Durante a era chavista, o setor público chegou a ter entre 4 e 4,5 milhões de funcionários, mas essa cifra pode ter sido reduzida devido à grave crise econômica, que inclui uma contração do PIB de 50% desde 2014, hiperinflação e escassez de bens básicos.

- 'Mergulhados em contradições' -

Com o tom desafiador após a sua multitudinária recepção na segunda-feira em sua chegada a Caracas, Guaidó disse que o silêncio oficial diante do seu retorno mostra as contradições no círculo do "ditador", como se refere a Maduro.

"Estão mergulhados em contradições. Não sabem como responder ao povo da Venezuela", disse Guaidó a jornalistas ao ser questionado sobre como explica não haver qualquer reação por parte do governo de Maduro ao seu retorno.

Antes da sua volta a Caracas, Maduro havia declarado que Guaidó teria que encarar a Justiça por ter evadido a proibição de saída do país.

O governo participa nesta terça de uma homenagem pelo aniversário da morte de seu antecessor, Hugo Chávez (1999-2013).

"Comandante Chávez (...), obrigado pelos seus ensinamentos e, com seu exemplo, hoje continuamos em permanente luta contra os inimigos que tentaram apagar a sua voz tantas vezes. Viverás para sempre em cada vitória!", escreveu Maduro no Twitter.

- Setor público paralisado -

Guaidó quer elevar a pressão interna para retirar Maduro, depois que o Grupo de Lima - composto pelo Canadá e por uma dúzia de países latino-americanos - descartou o seu apoio a uma intervenção militar, alternativa que o governo de Donald Trump mantém sobre a mesa.

Para isso, pretende virar ao seu favor os funcionários públicos. Contudo, o governo conserva a sua influência em boa parte da cúpula sindical.

"A greve escalonada é uma proposta dos trabalhadores públicos para que nunca mais trabalhem para a ditadura", sustentou em entrevista coletiva, na qual anunciou uma lei para proteger os funcionários de eventuais demissões.

Da reunião nesta terça participaram sindicalistas petroleiros, das indústrias básicas, governações, prefeituras, hospitais e a banca pública, entre outros, disse à AFP a dirigente Ana Yánez.

Os sindicatos ainda não anunciaram quando ou quais setores farão essas greves e acordaram se reunir nos dias seguintes com o Parlamento.

"A administração pública está praticamente paralisada. Nas prefeituras vão trabalhar somente três vezes por semana e apenas meio período", comentou Yánez.

O salário mínimo na Venezuela é de 18.000 bolívares por mês (cerca de seis dólares), que apenas dá para dois quilos de carne, devido à hiperinflação que o FMI projetou em 10.000.000% para 2019.

Sem mencionar o retorno de seu opositor Juan Guaidó, autodeclarado presidente interino da Venezuela, o presidente Nicolás Maduro sinalizou, nas redes sociais, que se manterá no poder. Ele criticou indiretamente o apoio ao opositor, informando que a Venezuela é alvo de agressões.

“O mundo é testemunha excepcional de uma Venezuela que enfrenta as agressões imperiais e segue em frente com dignidade. Continuaremos a manter a bandeira dos povos livres que levantam suas vozes contra a interferência imperial”, disse Maduro, em sua conta pessoal do Twitter.

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Guaidó retornou nessa segunda-feira (4) à Venezuela, depois de visitar cinco países da América do Sul – Colômbia, Brasil, Paraguai, Argentina e Equador. Ameaçado de prisão e sanções, o interino liderou uma manifestação contra Maduro.

O governo Maduro lembra nesta terça-feira (5) o aniversário de seis anos de morte do presidente Hugo Chávez. O local onde está enterrado o corpo dele será aberto à visitação pública, em Caracas. Haverá homenagens, com exibição de vídeos e atividades musicais e esportivas.

Chávez  assumiu a Presidência da Venezuela em fevereiro de 1999, governando o país por 14 anos até sua morte em 2013. O líder morreu em conseqüência de um câncer. Maduro foi seu último vice-presidente. As propostas e ideias de Chávez foram compiladas em  livros e documentários.

*Com informações da Telesur, emissora multiestatal de televisão com sede em Caracas

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