Tópicos | Nikolas Ferreira

O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu para a Procuradoria-Geral da República (PGR) dizer se vê elementos para investigar o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) por transfobia.

A bancada do PSOL na Câmara dos Deputados acionou o STF depois que Nikolas Ferreira usou a tribuna para atacar mulheres transgênero no Dia das Mulheres. A notícia-crime foi articulada pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP).

##RECOMENDA##

É praxe que os ministros aguardem o parecer da PGR antes de bater o martelo sobre o pedido de investigação.

Em seu discurso, Nikolas Ferreira afirmou que as 'mulheres estão perdendo espaço para homens que se sentem mulheres'. Também vestiu uma peruca e ironizou: "Hoje me sinto mulher, deputada Nicole."

"Estou defendendo a sua liberdade. A liberdade por exemplo, de um pai recusar de um homem de dois metros de altura, um marmanjo, entrar no banheiro da sua filha sem você ser considerado um transfóbico. Liberdade das mulheres, por exemplo, que estão perdendo seu espaço nos esportes, estão perdendo os seus espaços até mesmo em concurso de beleza, meus senhores. E pensa só isso: uma pessoa que se sente simplesmente algo impõe isso pra você", disse.

O PSOL afirma que o deputado tentou 'humilhar e constranger toda a população transexual' e que as declarações aumentam o risco de violência contra pessoas trans.

O STF equiparou a transfobia ao crime de racismo em 2019. Com a decisão, quem discriminar pessoas transgênero pode ser condenado a até cinco anos de reclusão.

Nikolas Ferreira já responde a um processo por dizer que só chamaria a também deputada Duda Salabert (PDT-MG) de 'ele'. "Ele é homem. É isso o que está na certidão dele, independentemente do que ele acha que é", afirmou em uma entrevista concedida em dezembro de 2020, quando ambos eram vereadores em Belo Horizonte.

O deputado também foi denunciado pelo Ministério Público de Minas Gerais depois de defender o boicote a um colégio particular de Belo Horizonte que permite o uso dos banheiros de acordo com a identidade de gênero dos alunos. Ainda não há decisão sobre a denúncia.

A deputada federal Duda Salabert (PDT-MG) rebateu uma declaração do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) sobre a anulação dos votos da chapa do PRTB, partido pelo qual foi eleito vereador de Belo Horizonte nas eleições de 2020.

Na última segunda-feira (3), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou uma medida na qual reconhece como fraude à cota de gênero do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro nas eleições da capital mineira. Quando Nikolas assumiu o mandato como deputado federal, o seu suplente na época, Uner Augusto (PRTB-MG), assumiu sua cadeira na casa legislativa do município. Uner perderá o mandato.

##RECOMENDA##

Entre as circunstâncias que motivaram a decisão do TSE está o fato de que algumas mulheres tiveram votação zerada, o que significa dizer que nem a própria candidata votou em si mesma. Também não foram comprovados os gastos eleitorais e nenhuma realização de campanha eleitoral por parte das candidatas. Além disso, ficou constatado que elas mesmas pediram votos para candidatos homens da sigla.

Em publicação no Twitter, o deputado bolsonarista, tentou se isentar da responsabilidade e afirmou que não precisou dos votos da chapa do seu partido anterior e que fez sua “própria cadeira”.  Salabert se manifestou em suas redes sociais, rebatendo a publicação do deputado. Ela classificou como mentira a declaração de Nikolas, afirmando que “mentir é pecado”.

“Você não teve votos suficiente para se eleger vereador sem precisar do partido. Deixe de ser mentiroso e reconheça que, sem a fraude, você não se elegeria vereador pelo PRTB”, escreveu.

A deputada também lembrou o resultado que oficializou ela como vereadora de Belo Horizonte em 2020, na qual foi a parlamentar mais votada na história da cidade, recebendo 37.613 mil votos.  “Só uma pessoa não precisou da votação do partido para se eleger naquele ano: eu”, afirmou.

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) se defendeu, nesta terça-feira (4), da ação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que reconheceu fraude à cota de gênero do PRTB nas eleições de 2020, e disse não ter nenhuma culpa, pois não fez parte da formação da chapa de vereadores e “é responsabilidade do partido”. 

O TSE anulou os votos recebidos pelo partido e fez com que o vereador Uner Augusto (PRTB), que ocupou a vaga de Ferreira como suplente, deixe a vaga que ocupa na Câmara de Vereadores de Belo Horizonte, medida divulgada na segunda-feira (3). A decisão do TSE aconteceu por unanimidade.

##RECOMENDA##

A votação trata-se de um recurso do PSOL que reverte o entendimento do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG). As candidatas fantasmas também foram consideradas inelegíveis pelo TSE e todos os candidatos a vereador vinculados ao Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários (DRAP) foram cassados. Segundo o TSE,  a decisão deve ser cumprida imediatamente.

O deputado criticou a decisão do TSE, comandado pelo ministro Alexandre de Moraes. “Não fiz parte da formação da chapa de vereadores, isso é responsabilidade do partido. Portanto, não tenho nenhuma culpa. E nem inelegível eu ficaria. Inclusive o tribunal tem o mesmo entendimento, gênios. Não precisei de nenhum voto da minha chapa, graças a Deus, fiz minha própria cadeia. Ganhamos por unanimidade no TRE e perdemos no… TSE. Coincidências da vida. O que passar disso é narrativa e choro”, ironizou o bolsonarista. 

[@#video#@] 

 

 

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) disse, nesta quarta-feira (29), que o PL vai acionar o Conselho de Ética da Câmara contra o também parlamentar André Janones (Avante-MG). Janones chamou o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) de 'chupetinha' durante uma sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) nessa terça-feira (28). A fala foi considerada homofóbica. 

"Telefonei de manhã para o presidente Valdemar do PL, legitimado a representar no conselho de ética, e ficou acertado que o PL ingressará contra o dep. Janones no conselho de ética. Outras medidas estão sendo estudadas também", escreveu Eduardo no Twitter. Outros parlamentares também se solidarizaram com Nikolas após a fala de Janones. 

##RECOMENDA##

O deputado mineiro do Avante admitiu ter ofendido Nikolas, mas negou que a fala teria sido homofóbica. Segundo Janones, o termo é usado para se referir ao deputado em Minas. 

"Venho de Minas Gerais, assim como o deputado Nikolas Ferreira. Lá em Minas, Nikolas Ferreira é tratado como chupeta, esse é o apelido. E não tem nada a ver com homofobia, não vamos transformar um problema sério como é a homofobia no nosso país em que milhares de homossexuais são assassinados e são vítimas de ódio com apelido”, disse. 

Figuras políticas da direita saíram em defesa do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) nas redes sociais, nesta quarta-feira (29), após registros da última sessão da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara viralizarem na internet. O mineiro, deputado mais bem votado do país nas últimas eleições, foi alvo de comentários em tom homofóbico por parte de seus opositores. Nikolas, que é conservador, também é famoso por usar a tribuna da Casa para o mesmo tipo de discurso.

Ferreira foi chamado de "Chupetinha", nessa terça-feira (28), na CCJ, durante a ida do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. Enquanto fazia uma pergunta ao ministro, o congressista mineiro foi interrompido por gritos de “olha a peruca”, “deixa a Nikole falar” e “vai chupetinha”. Nikolas definiu o comportamento dos deputados como “molecagem”. 

##RECOMENDA##

Em um primeiro momento, foi divulgada a informação de que o autor da fala homofóbica teria sido o deputado federal Rui Falcão (PT-SP), presidente da comissão. O parlamentar divulgou uma nota em que repudia a acusação.  

 Nas redes, políticos como o senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ), publicaram mensagens em apoio ao deputado. Confira a repercussão:

[@#video#@]

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) foi chamado de “chupetinha” durante audiência da CCJ no Congresso Nacional, nesta terça-feira (28). A audiência foi marcada por provocações entre os parlamentares e o ministro da Justiça Flávio Dino. 

O parlamentar pediu a palavra em meio ao debate da CCJ com Dino e apontou que o ministro estaria tratando os deputados com “deboche” e que ali não tinha “palhaço”. Então, outros parlamentares começaram a provocar Ferreira o chamando de “chupeta”, além do “vai, peruca”, e “Nikole”, em referência ao discurso e ataque transfóbico feito por ele na sessão do Dia das Mulheres, na Câmara dos Deputados. 

##RECOMENDA##

Nikolas pediu que o presidente da comissão Rui Falcão garantisse seu tempo de fala e, enquanto o microfone de Rui estava desligado, alguém gritou “vai chupetinha” novamente. Ele disse não ter entendido a provocação, e Rui diz “eu disse pode continuar”. 

Nikolas Ferreira (PL-MG) assumiu a presidência do diretório do Partido Liberal na cidade de Belo Horizonte. Deputado federal mais votado do País nas eleições de 2022, com 1,47 milhão de votos, o parlamentar é cotado como possível candidato à prefeitura da capital mineira no ano que vem.

A nomeação de Nikolas para comandar o PL em Belo Horizonte ocorre em meio às repercussões do seu discurso no último dia 8 na Câmara dos Deputados, no Dia Internacional da Mulher, quando usou uma peruca loura e se apresentou na tribuna como "deputada Nikole". O parlamentar mineiro afirmou que o feminismo "exalta mulheres que não fizeram nada pelas mulheres".

##RECOMENDA##

O deputado defendeu ainda que as mulheres tenham outra postura. "Mulheres, retomem a sua feminilidade, tenham filhos, amem a maternidade. Formem a sua família, porque dessa forma vocês colocarão luz no mundo e serão, com certeza, mulheres valorosas", afirmou. Nikolas disse também que o lugar das mulheres está sendo roubado por homens que se sentem mulheres.

Após discursar na tribuna da Câmara, o deputado se tornou alvo de três notícias-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) por transfobia.

Especialistas ouvidos pelos Estadão afirmam que Nikolas infringiu a Lei 7.716/1989, que dispõe sobre crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor. Há dois anos, a mesma legislação vale para casos de homofobia e transfobia após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o artigo 20 do documento, é crime "praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional".

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes pediu hoje (20) a manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre o pedido da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) para suspender as redes sociais do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG).

A parlamentar pediu a suspensão de acesso após discurso do deputado no Dia Internacional da Mulher, quando Nikolas vestiu uma peruca amarela e disse que “se sentia uma mulher” e afirmou ainda que “as mulheres estão perdendo seu espaço para homens que se sentem mulheres”. Para a comunidade LGBTQIA+, o parlamentar cometeu crime de transfobia no discurso.

##RECOMENDA##

“Abra-se vista dos autos à Procuradoria-Geral da República, para manifestação quanto ao requerimento apresentado pela deputada federal Érika Hilton, para imposição de medidas cautelares em desfavor do deputado federal Nikolas Ferreira no prazo de 5 cinco dias”, despachou Moraes.

Após o episódio, pelas redes sociais, Nikolas Ferreira negou qualquer ofensa. “Defendi o direito das mulheres de não perderem seu espaço nos esportes para trans - visto a diferença biológica - e de não ter um homem no banheiro feminino. Não há transfobia em minha fala. Elucidei o exemplo com uma peruca. O que passar disso é histeria e narrativa”, afirmou. 

A deputada federal bolsonarista Clarissa Tércio (PP-PE) e o deputado federal bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG) irão compor a comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial da Câmara dos Deputados, em Brasília. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (15), por Tércio, no Instagram.

Além deste grupo, ela também fará parte da comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Mulher e também da comissão da Previdência, Assistência Social, Infância e Família.

##RECOMENDA##

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) defendeu nesta sexta-feira, 10, o discurso que fez contra o feminismo e mulheres trans na tribuna da Câmara. No Dia Internacional da Mulher, o parlamentar vestiu uma peruca loira para ironizar "homens que se sentem mulheres", o que motivou um abaixo-assinado pedindo sua cassação. O parlamentar disse que, se perder o mandato, "eu levanto 10 mil Nikolas no Brasil inteiro". "A minha vida não acaba com a cassação", afirmou ele.

O deputado disse ainda que não se importa em ser preso ou até em perder a vida. Em outra postagem, ele voltou a atacar mulheres trans. "O que eu acho estranho é que qualquer um pode se sentir mulher, menos eu", escreveu no Twitter.

##RECOMENDA##

Nikolas se tornou alvo de três notícias-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) por transfobia. Especialistas ouvidos pelo Estadão afirmam que o deputado infringiu a Lei 7.716/1989, que dispõe sobre crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor. Há dois anos, a mesma legislação vale para casos de homofobia e transfobia. Caso seja condenado, ele pode perder o mandato. Um abaixo-assinado com mais de 270 mil adesões pede a cassação do deputado.

Além da Lei 7.716/1989, Nikolas também pode ter infringido o Código de Ética da Câmara dos Deputados, no que diz respeito a respeitar a Constituição, as leis e as normas internas da Casa e do Congresso Nacional, e sobre exercer o mandato com dignidade e respeito à coisa pública e à vontade popular.

Natural de Minas Gerais, Nikolas Ferreira se tornou o deputado federal mais votado do País nas últimas eleições. Filiado ao PL, o jovem que recebeu quase 1,5 milhão de votos é apoiador de Bolsonaro e próximo dos filhos do ex-presidente.

Em meio às ameaças de cassação do mandato do deputado Nikolas Ferreira (PL), Carla Zambelli disse que o colega de partido apenas defendeu as mulheres em seu discurso. No Dia Internacional da Mulher, celebrado nessa quarta (8), o parlamentar usou seu tempo no plenário para sintetizar ataques aos direitos da pessoa trans. 

A publicação feita pela deputada bolsonarista nesta sexta-feira (10) indicou que o movimento trans força a barra contra os direitos das mulheres e que o parlamentar apenas defendeu as conquistas femininas. 

##RECOMENDA##

"Nikolas não fez discurso homofóbico, pelo contrário, estava defendendo nós mulheres. Ninguém está proibindo homens de serem gays ou trans, mas forçar a barra contra o direito das mulheres? Não podemos admitir que as mulheres percam seus direitos e espaços pela imposição autoritária de pessoas que ignoram estes direitos", afirmou Zambelli.

[@#video#@]

LeiaJá também:

---> Nikolas nega transfobia e diz que criticas são 'histeria'

---> Mendonça será relator de notícias-crime contra Nikolas

---> Carla Zambelli aponta arma para homem em São Paulo

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) é alvo de três notícias-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) por transfobia após o seu discurso na tribuna da Câmara dos Deputados no Dia Internacional da Mulher (8 de março). Utilizando uma peruca loura, o parlamentar se apresentou como "deputada Nikole" para dizer que o lugar das mulheres está sendo "roubado" por "homens que se sentem mulheres". Ele também ironizou o movimento por igualdade de direitos das mulheres e defendeu que elas "retomem sua feminilidade concebendo filhos e casando".

Até o momento, duas das três notícias-crime terão o ministro André Mendonça como relator. A primeira petição, da bancada do PSOL, foi distribuída de forma comum (por sorteio); a segunda - assinada pela Aliança Nacional LGBTI e a Associação Brasileira de Família Homoafetivas (ABRAFH) -, entretanto, foi direcionada à Mendonça por prevenção. Isso acontece quando mais de um pedido tem algum tipo de conexão.

##RECOMENDA##

Mendonça foi indicado à Corte Suprema pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que tem relação de proximidade com Nikolas Ferreira. Após o discurso, o parlamentar mineiro recebeu apoio dos filhos de Bolsonaro. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que o discurso foi "excelente" e ainda afirmou "nem todo mundo fica à vontade de bater foto quando tem um trans no meio e dizer que aquela foto é só de mulheres". O filho "04", Jair Renan, classificou a fala de Nikolas como "incrível".

Durante o discurso, Nikolas Ferreira infringiu a Lei 7.716/1989, que dispõe sobre crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor. Há dois anos, a mesma legislação vale para casos de homofobia e transfobia após decisão do STF. Segundo o artigo 20 do documento, é crime "praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional".

Como mostrou o Estadão, o julgamento do caso no Supremo Tribunal Federal pode resultar na perda de mandato do parlamentar. "Dependendo da pena aplicada pelo STF, ele pode, inclusive, ter a perda de mandato determinado como efeito da condenação", afirma o advogado criminalista Rodrigo Faucz. Isso se dá pelo fato de que, segundo o Artigo 92 do Código Penal, a perda de cargo, função pública ou mandato eletivo pode ocorrer quando "aplicada pena privativa de liberdade por tempo superior a quatro anos".

Natural de Minas Gerais, Nikolas Ferreira se tornou o deputado federal mais votado do País nas últimas eleições. Filiado ao PL, o jovem que recebeu quase 1,5 milhão de votos é apoiador de Bolsonaro e próximo dos filhos do ex-presidente. Essa aproximação, no entanto, não se restringe apenas à amizade. Durante a pandemia, o parlamentar seguiu a mesma linha do ex-chefe de Estado e tentou revogar a lei que obrigava o uso de máscaras em espaços públicos em Belo Horizonte.

A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) anunciou nesta quinta-feira (9), em suas redes oficiais, que entrou com notícia-crime contra o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) devido ao discurso feito por ele na plenária da última quarta-feira (8). Na ocasião do Dia Internacional da Mulher, a sessão especial tinha o intuito de homenagear as mulheres. Ferreira subiu ao palanque com uma peruca loura, se apresentou como “deputada Nicole”, e atacou as mulheres trans ao dizer que “mulheres estão perdendo espaço para homens que se sentem mulheres”.

“Vamos acionar todos os meios legais para dar um BASTA. Transfobia é CRIME! Tá na lei. Enquanto não formos intolerantes contra o ódio, nosso país seguirá sendo o que mais mata pessoas trans no mundo.”, afirmou Amaral em suas contas nas redes sociais.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

Na noite de ontem ela já havia entrado com pedido de cassação do deputado pelos ideais defendidos em seu discurso. Além dela, outras bancadas entraram com ações contra Nikolas Ferreira. O presidente da câmara, Arthur Lira (PP-AL), também se manifestou contra o parlamentar.

Dos 513 deputados federais eleitos no Brasil, cerca de 10% são mulheres, e apenas duas são mulheres trans. Segundo o ranking anual Transgender Europe (TGEU), o Brasil é, há 14 anos, o país que mais mata pessoas trans no mundo.

O discurso do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) na Câmara dos Deputados viralizou na internet na tarde desta quarta-feira, 8, e isso ocorreu após ele ironizar o feminismo e dizer que o lugar das mulheres está sendo "roubado" por "homens que se sentem mulheres". O mineiro de 26 anos colocou uma peruca loura para ter o seu "lugar de fala" respeitado no Dia das Mulheres. O ato abriu debate sobre a possibilidade de Nikolas ter praticado transfobia e ter infringido o decoro parlamentar.

Natural de Minas Gerais, Nikolas Ferreira se tornou o deputado federal mais votado do País nas últimas eleições. Filiado ao PL, o jovem que recebeu quase 1,5 milhão de votos é apoiador de Bolsonaro e próximo dos filhos do ex-presidente. Essa aproximação, no entanto, não se restringe apenas à amizade. Durante a pandemia, o parlamentar seguiu a mesma linha do ex-chefe de estado e tentou revogar a lei que obrigava o uso de máscaras em espaços públicos em Belo Horizonte.

##RECOMENDA##

Nikolas é bacharel em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas) e se descreve nas redes sociais como "cristão, conservador e defensor da família". Nas redes sociais, o deputado já acumula quase nove milhões de seguidores. No ambiente virtual, tornou-se conhecido por falas polêmicas e de grande repercussão. Durante as eleições de outubro do ano passado, por exemplo, o parlamentar convocou jejuns e vigílias na tentativa de convencer fiéis indecisos ou eleitores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a votarem em Bolsonaro.

Sua atuação na Câmara, até o momento, se restringe ao discurso voltado à família, religião e liberdade econômica. Antes de conquistar a cadeira no parlamento, o deputado já pleiteou uma vaga na prefeitura de Belo Horizonte e recebeu cerca de 30 mil votos para vereador. Durante seu mandato de vereador, Ferreira apresentou 13 projetos de lei, dentre eles, um contra a adoção da linguagem neutra.

Nesta quarta, 8, a bancada do PSOL na Câmara, em conjunto com parlamentares de outros partidos, entraram com uma representação no Conselho de Ética da Casa contra o deputado. Uma notícia-crime ao Supremo Tribunal Federal (STF), dizendo que o parlamentar cometeu crime de transfobia, também foi realizada.

Além dessa acusação, o deputado já acumula outras denúncias, uma na 5ª Vara Criminal da Comarca de Belo Horizonte, por injúria racial contra a deputada Duda Salabert (PDT-MG), e outra no Ministério Público de Minas Gerais por expor vídeo de uma aluna trans no banheiro de uma escola do estado. Ambos os casos estão em andamento.

Após vestir peruca no plenário da Camara para criticar a abertura da mulher trans na sociedade, o deputado Nikolas Ferreira (PL) negou que seu discurso foi transfóbico. Em pleno Dia Internacional da Mulher, nessa quarta-feira (8), o parlamentar bolsonarista reforçou estereótipos em sua fala e, em tom pejorativo, disse que se chamava "Nicole" para poder discutir sobre a temática. 

Diante da cobrança de parlamentares pela cassação do seu mandato e da notícia-crime protocolada pelo PSOL, na madrugada desta quinta (9), Nikolas usou as redes sociais para classificar a resposta à sua fala como "histeria e narrativa". 

##RECOMENDA##

"Não há transfobia em minha fala. Elucidei o exemplo com uma peruca (chocante). O que passar disso é histeria e narrativa", escreveu em seu perfil. Ele ainda disse que defendeu o espaço das mulheres nos esportes e de não ter um "homem" no banheiro feminino. 

Nikolas ainda foi repreendido pelo presidente Arthur Lira. O Ministério Público Federal acionou a Câmara para que seja apurada a existência de 'violação ética'. 

A bancada do PSOL na Câmara acaba de entrar com uma notícia-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG). Ele é acusado de transfobia.

O deputado usou a tribuna nesta quarta-feira (8), Dia Internacional da Mulher, para atacar mulheres transgênero. Ele afirmou que as 'mulheres estão perdendo espaço para homens que se sentem mulheres'. Também vestiu uma peruca e ironizou: "Hoje me sinto mulher, deputada Nicole."

##RECOMENDA##

"Estou defendendo a sua liberdade. A liberdade por exemplo, de um pai recusar de um homem de dois metros de altura, um marmanjo, entrar no banheiro da sua filha sem você ser considerado um transfóbico. Liberdade das mulheres, por exemplo, que estão perdendo seu espaço nos esportes, estão perdendo os seus espaços até mesmo em concurso de beleza, meus senhores. E pensa só isso: uma pessoa que se sente simplesmente algo impõe isso pra você", afirmou em seu discurso.

A iniciativa do PSOL é liderada por Erika Hilton (SP), primeira deputada transgênero da história, ao lado de Duda Salabert (PDT-MG). Ambas foram eleitas no ano passado.

A notícia-crime afirma que Nikolas Ferreira tentou 'humilhar e constranger toda a população transexual' e que as declarações do deputado aumentam o risco de violência contra pessoas trans.

Os parlamentares também afirmam que o discurso é "ofensivo", "criminoso" e "vulnerabiliza ainda mais as minorias de gênero". "Direcionado a manifestar discriminação e ridicularizar pessoas transexuais e travestis", diz o documento.

Nikolas Ferreira já responde a um processo por dizer que só chamaria a deputada Duda Salabert de 'ele'. "Ele é homem. É isso o que está na certidão dele, independentemente do que ele acha que é", afirmou em uma entrevista concedida em dezembro de 2020, quando ambos eram vereadores em Belo Horizonte.

Em 2019, o STF equiparou a transfobia ao crime de racismo. Com a decisão, quem discriminar pessoas transgênero pode ser condenado a até cinco anos de reclusão.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), repreendeu o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), que, no Dia Internacional da Mulher, fez uma pregação contra o feminismo usando uma peruca loura e se apresentando como "deputada Nikole".

"O plenário da Câmara dos Deputados não é palco para exibicionismo e muito menos discursos preconceituosos. Não admitirei o desrespeito contra ninguém", escreveu Lira em sua rede social.

##RECOMENDA##

Deputado mais votado do País, com 1,47 milhão de votos, Nikolas, debochou do movimento de direitos das mulheres e defendeu que elas retomem a feminilidade concebendo filhos e casando.

Como mostrou o Estadão, o nível de ofensas na Casa levou Lira a pedir aos colegas o controle verbal e ameaçar com processo no Conselho de Ética aos que não se controlarem.

A deputada Tabata Amaral (PSB-SP) disse que vai entrar com pedido de cassação do deputado pela fala transfóbica. "Estamos falando de um homem, que no dia internacional das mulheres, tirou o nosso tempo de fala para trazer uma fala preconceituosa, criminosa, absurda e nojenta. A transfobia ultrapassa a liberdade de discurso que é garantida pela imunidade parlamentar. Transfobia é crime no Brasil", afirmou. Nikolas retrucou: "Não precisa ter mais diálogo. Tudo agora é cassação".

Ao final do discurso do parlamentar mineiro, Maria do Rosário, presidente da sessão desta quarta-feira, evitou citar nominalmente Nikolas e pediu aos colegas uma "sessão respeitosa" por conta da data especial para as mulheres.

"Eu peço licença aos senhores, eu não concederei o microfone de aparte neste momento. Porque eu não quero este plenário no dia 8 de Março com dificuldades. Eu quero que vossas excelências respeitem essa presidência. Eu concederei o microfone de apartes exclusivamente, para as mulheres. Porque o objetivo dessa sessão, é que elas usem da palavra", afirmou durante a sessão.

A sessão da Câmara nesta semana teve destaque para pautas voltadas às mulheres. Nesta quarta-feira, a sessão foi presidida interinamente por deputadas. A Casa, que tem quase 200 anos de existência, nunca elegeu uma mulher à Presidência.

O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) voltou a gerar polêmica. Nesta quarta-feira (8), em Brasília, o parlamentar fez um discurso transfóbico. Apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, Nikolas disse que "as mulheres estão perdendo seu espaço para homens que se sentem mulheres".

Após o discurso preconceituoso, o político recebeu uma enxurrada de críticas nas redes sociais. A ex-BBB Juliette também levantou coro. No Twitter, a cantora paraibana detonou a atitude de Nikolas Ferreira. Sem citá-lo, ela escreveu: "Como é que um parlamentar, em pleno Dia das Mulheres, usa a sua voz para ridicularizá-las?!".

##RECOMENDA##

"O que vimos hoje ultrapassa qualquer limite do bom senso, do respeito, da sanidade… Espero, de todo coração, que o deputado responda pelos seus atos. Transfobia é crime", completou. A mensagem compartilhada por Juliette reuniu comentários de seguidores que também ficaram revoltados com a fala do deputado.

[@#video#@]

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) teve vários pedidos de cassação de mandato neste Dia Internacional da Mulher, celebrado hoje, 8 de março, depois de ter feito um discurso transfóbico na Câmara dos Deputados, em Brasília. Até a publicação desta matéria, o PSOL e PSB já haviam solicitado a cassação do mandato do parlamentar ao Conselho de Ética e ao Supremo Tribunal Federal. 

A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-DF) informou que o Partido Socialismo e Liberdade representado na Câmara dos Deputados entrou com uma notícia-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) contra Nikolas Ferreira. “Em 2019, o STF considerou como crime a LGBTfobia no País contra o deputado que, infelizmente, foi à tribuna no Dia Internacional de luta das mulheres para tentar dizer o que é a pauta feminina. Nada mais típico de que um machista desocupado fazer isso no dia 8 de março. Tentou fazer numa situação que não tem graça, porque a estimativa de vida da população trans é de 27 anos. Vamos acionar, inclusive, o Conselho de Ética, porque quem está no parlamento merece responder por isso”, detalhou.

##RECOMENDA##

Por sua vez, a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) informou que a bancada do Partido Socialista Brasileiro, junto com outros parlamentares, fez o pedido de cassação do mandato de Nikolas Ferreira. “Estamos falando de um homem que, no Dia Internacional da Mulher, tirou o nosso tempo de fala para trazer uma fala preconceituosa, criminosa, absurda e nojenta. A transfobia ultrapassa a liberdade de discurso garantida pela liberdade parlamentar. Transfobia é crime no Brasil, e é importante dizer que eu, ao lado da bancada do PSB, junto com outros parlamentares, estamos pedindo a cassação do mandato de Nikolas Ferreira”, exaltou. 

“Para vocês terem ideia do perigo que tudo isso é, elas estão querendo colocar uma imposição de realidade que não é a realidade. Eu, por exemplo, posso ir para a cadeia caso seja condenado por transfobia, não porque eu xinguei ou pedi para matar, mas porque, há dois anos, parabenizei as mulheres XX. Ou seja, é uma imposição. Ou você concorda com o que eles estão dizendo, ou você é transfóbico, homofóbico e preconceituoso”, afirmou o bolsonarista. 

De acordo com Nikolas, ele estaria defendendo a liberdade para as mulheres e para a sociedade. “Por exemplo, um pai poder recusar por um marmanjo de dois metros de altura entrar no banheiro da sua filha sem ser considerado transfóbico. Liberdade para as mulheres que estão perdendo o seu espaço nos esportes, até mesmo em concurso de beleza. E pensa só isso, uma pessoa que se sente simplesmente algo impõe isso para você. A apple, por exemplo, hoje está homenageando um homem que se sente mulher e que é, inclusive, ativista da obesidade”, disse, ao insinuar gordofobia. 

Em seguida, ele tira a peruca e diz voltar a ser o Nikolas por ser “gênero fluído”. “Mulheres, vocês não devem nada ao feminismo, pelo contrário, o feminismo que exalta mulheres que nada fizeram para as mulheres. Simone de Beauvoir que, por exemplo, em 77, assinou uma frente pela legalização da pedofilia e a esquerda esconde isso. Ser corajoso não cabe apenas ao feminismo. Mulheres, retomem a sua feminilidade, tenham filhos, amem a sua família”, proferiu o parlamentar.  

[@#video#@] 

 

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) defendeu, nesta quarta-feira (15), em plenária da Câmara, as mulheres encarceradas na Penitenciária Feminina do Distrito Federal, conhecida como "Colmeia", que participaram dos atos golpistas na Praça dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro. Em sua fala, ele justifica que existem informações que precisam ser apuradas pela justiça.

“Eu não estou dizendo somente porque é 'o nosso lado'”, disse o parlamentar em plenária. Ele relatou que algumas detentas estão há mais de um mês sem ter contato com os familiares, entre outras situações. No final de sua fala, Ferreira ainda pede apoio de partidos da esquera para conseguir “ajuda humanitária”, e comenta da falta de posicionamento em relação às presas, “porque, ‘direita’ também é gente.”.

##RECOMENDA##

No momento de réplica, a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) destacou que o parlamentar prestou solidariedade às encarceradas apenas por serem de direita. “Me estranha muito que os deputados da extrema direita apenas se preocupam com essa situação quando se trata de invasores golpistas”, rebateu a parlamentar.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando