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Presidente do PT em Pernambuco, Bruno Ribeiro acredita que os senadores Fernando Bezerra Coelho (PMDB) e Armando Monteiro (PTB), além dos ministros Bruno Araújo (PSDB), Mendonça Filho (DEM) e Fernando Filho (ainda no PSB), estão organizando um “arranjo eleitoral” e “fingindo” fazer oposição ao governador Paulo Câmara (PSB). Sob a ótica do petista, os cinco políticos compõem um palanque “em torno de uma mesma ideia” já pregada pelos pessebistas. 

“As forças em Pernambuco que articularam o golpe agora estão divididas. Estão se realinhando. Há uma nova direita que se agrupa com Fernando Bezerra, Bruno Araújo, Mendonça e Armando Monteiro. São os que representam este modelo de país que Temer e o PSDB impuseram com o golpe parlamentar de um lado e o PSB que também apoiou a fraude do impeachment do outro”, frisou, ao comentar o anúncio do PMDB de que vai concorrer ao Palácio do Campo das Princesas em 2018.

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“Na verdade são arranjos eleitoreiros, acomodações para disputar o poder em torno de uma mesma ideia. Todos eles representam o Brasil de Temer, que eles forçaram e impuseram ao povo brasileiro… Essas pessoas estão no mesmo arranjo eleitoral e fingindo que estão na oposição”, acrescentou o dirigente. 

Bruno Ribeiro afirmou que o PT segue firme na articulação pela candidatura própria. “É uma decisão que uniu todo o partido. Temos uma unanimidade no diretório estadual. Apresentar uma candidatura própria não é só uma candidatura, a esquerda tem uma missão de propor ao povo pernambucano uma saída para este retrocesso que essas forças que impuseram ao estado”, salientou. 

O dirigente, entretanto, desconversou ao ser indagado sobre se a vereadora do Recife Marília Arraes seria realmente a candidata. “É um dos grandes nomes que temos no PT, um quadro querido, mas ainda não estamos na fase de discutir nomes. Marília é uma das possibilidade, temos outras”, disse. Nos bastidores, Marília vem sendo apontada como única opção mais viável da legenda. 

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O advogado Antônio Campos anunciou que irá se filiar, no próximo sábado (1º), ao Podemos, nova roupagem do PTN, e no domingo (2) já participa da primeira Convenção Nacional da nova legenda, que acontecerá em São Paulo. Na ocasião ele será eleito membro do diretório nacional. A filiação de Campos no novo partido acontece após ele deixar o PSB, com críticas diretas a falta de apoio da sigla à sua candidatura pelo comando da prefeitura de Olinda, em outubro de 2016. 

As articulações do advogado com o Podemos iniciaram há cerca de um mês. A confirmação do ingresso foi divulgada durante a festa de aniversário dele, no último sábado (24), em Gravatá, na presença da ministra do Tribunal de Contas da União e mãe de Antônio e do ex-governador Eduardo Campos, Ana Arraes (PSB); além de nomes de oposição direta ao governador Paulo Câmara e o PSB, como o senador Armando Monteiro (PTB), o ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), o deputado federal Ricardo Teobaldo (PTN) e o deputado estadual e líder da oposição na Alepe, Silvio Costa Filho (PRB).  

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Ao lado do grupo, Antônio reforçou o discurso de oposição ao atual governo e disse que pretende disputar uma cadeira na Câmara dos Deputados em 2018. Cargo que o sobrinho e atual chefe de gabinete do governador, João Campos (PSB), também deve concorrer. 

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Uma das consequências do afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT) do cargo é a reversão das bancadas no Congresso Nacional. Diante disso, o deputado federal Silvio Costa (PTdoB), até então vice-líder do governo, afirmou, em coletiva concedida à imprensa nesta sexta-feira (13), que o principal foco da “nova oposição” agora é reverter o voto de, no mínimo, seis senadores. 

“Quem votou a favor da admissibilidade não necessariamente concorda com o mérito do processo. Essa equação de que eles tiveram 55 votos e esses mesmos vão votar pelo mérito, não é assim. Eles dizem que o jogo já está jogado, mas não é assim que a banda toca”, observou. “A palavra da gente é mobilização e a primeira delas é no Senado”, acrescentou.

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De acordo com o pernambucano, a estratégia é trabalhar tendo em vista um presidencialismo de coalizão. “Vamos fazer um presidencialismo de coalizão mais amplo. Vamos conversar com os senadores e lutar dentro dos princípios constitucionais. Será que todos estão satisfeitos com esta equipe que Michel montou?”, indagou.

“Por que que nós quando estávamos com o processo na Câmara, dialogando, éramos chamados de shopping center? Veja Temer, colocou uma mercearia no Jaburu com cinco balconistas: Eliseu Padilha, Romero Jucá, Henrique Eduardo Alves, Moreira Franco e Gedel Viera Lima. O deputado chegava lá e dizia eu quero isso, o balconista despachava”, acrescentou, comparando.  

Analisando o cenário, o parlamentar pontuou que “está tudo mal” e deixou claro como será a postura da “nova oposição” a partir deste momento. Apesar de se colocar favorável “a maioria das ideias” do novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, Costa disse que pretende trabalhar para que a gestão fruto, segundo ele, “do desrespeito a vontade soberana de 54 milhões de brasileiros”, não seja legitimada. 

“Não vou ter o comportamento desta oposição. Não vou ser irresponsável como esses caras foram, passaram dois anos trabalhando contra esse país. O meu debate é a democracia”, cravou o parlamentar que está em articulação para ser o líder da minoria da Câmara Federal.  

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Reforçando que a postura dele não será contra o país, Silvio Costa disse que Temer terá dificuldades em aprovar projetos no Congresso. “Michel Temer não está em céu de brigadeiro. Esses movimentos construíram efeitos colaterais”, destrinchou, contando que esta semana encontrou com o ex-governador de Minas, Nilton Carneiro, reunido com a bancada do PMDB em um restaurante de Brasília para comemorar a indicação do filho para o Ministério da Defesa, quando ao final quem ocupou o cargo foi o deputado federal Raul Jungmann (PPS).  

“Você acha que a bancada do PMDB de Minas está satisfeita? Essa coisa de Michel Temer dizer 367 votos a gente tem uma base é falácia. Quero ver um Arnaldo Faria de Sá e um Paulinho da Força, que também está insatisfeito, votar a favor da reforma da previdência”, acrescentou, dizendo estar curioso para ver como a nova base governista vai se posicionar diante de propostas como a volta da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e das políticas de desonerações.

Erros de Dilma

Apesar do processo de impeachment ser baseado nas pedaladas fiscais e na edição dos decretos, os parlamentares pontuam diversos erros da presidente entre as justificativas dos que votaram pela admissibilidade, inclusive, a própria Dilma reconheceu ter cometido erros. Indagado sobre quais foram os principais, Silvio Costa lembrou as desonerações do início do governo e as mudanças constantes nos ministros de articulação política. 

“Dilma fez uma política de desoneração de carro, folha e linha branca. Com isso o país deixou que arrecadar R$ 400 bilhões. Ela reconhece que houve um exagero de [Guido] Mantega na desoneração. E o Brasil ficou com fluxo de caixa”, frisou, contando que Paulo Skaff fazia lobby na Câmara para aprovação de Medidas Provisórias.

Reconhecendo também a falta de articulação política, Silvio Costa revelou que apesar de ser vice-líder do governo há dois anos só estreitou as relações com a petista há seis meses. “Quando um time de futebol fica mudando de treinador é porque as coisas vão mal. Quantos ministros de articulação nós não tivemos? Michel Temer foi preparar o golpe lá na articulação. As derrotas ensinam muito, tenho certeza que quando voltarmos ela não fará a mesma coisa”, cravou. 

Novos ministros

Questionado sobre como avaliava a participação dos deputados federais de Pernambuco nos ministérios da Educação e Cultura, Minas e Energia, Cidades e Defesa, Silvio Costa foi conciso. “Quero que os ministros de Pernambuco se dêem bem. Cada um construiu, ao seu modo, a chegada aos cargos. Se depender de mim esses ministros serão sazonais. Dilma vai voltar”, sentenciou. 

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