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A coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) faz uma espécie de aquecimento na Praça da República na tarde desta terça-feira, dia 24, para depois seguir em marcha na direção da Câmara Municipal, no Viaduto Jacareí, região central. A entrada principal do prédio já está fechada e policiais militares da Tropa de Choque estão no local.

Ao protesto do MTST, devem se unir integrantes da Federação Pró Moradia do Brasil, que já estão em frente à Câmara. A reivindicação de ambos os grupos é a mesma: a aprovação do novo Plano Diretor de São Paulo. Com ele, parte das áreas hoje invadidas na cidade serão regularizadas.

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Mais cedo, o prefeito Fernando Haddad (PT) afirmou que esteve reunido com parte dos vereadores para discutir a votação do Plano Diretor. "Acho que o projeto está maduro para a deliberação dos vereadores, talvez com um retoque ou outro. Temos um grau de amadurecimento importante. A hora agora é de tomar uma decisão para o futuro da cidade", disse.

Sobre a pressão do MTST, e as ameaças de novas invasões e ocupações enquanto o texto não for aprovado, Haddad afirmou que respeita as "reivindicações" legítimas, mas que a Prefeitura sempre se colocou contra "qualquer tipo de violência e quebra de ordem". Ainda de acordo com Haddad novas áreas ocupadas podem ser destinadas para habitação popular apenas por meio da Lei de Uso e Ocupação do Solo.

O Plano Diretor está na pauta da Câmara nesta terça, mas não há garantias de que o projeto será levado à votação em plenário. Além dele, o MTST ainda exige a aprovação de outro projeto que classifica o terreno onde foi organizada a Ocupação Copa do Povo, na zona leste da cidade, como uma área de interesse para construção de moradias populares.

Após ocupar mais um terreno na capital e ameaçar invadir uma área nova por semana, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) promete levar 10 mil pessoas nesta terça-feira à Câmara Municipal. Mais uma vez, o protesto tem por objetivo pressionar os vereadores a votar o novo Plano Diretor, que beneficia quatro ocupações do grupo. O impasse, porém, deve prosseguir. Nesta segunda-feira, 23, integrantes da oposição avisaram que não vão agir mediante chantagem.

"Não vamos legitimar o que é ilegítimo. Essa pressão toda mais atrapalha do que ajuda. É preciso que se compreenda que o Plano Diretor ainda não está pronto para ser votado. Muitos vereadores, até da base do prefeito Fernando Haddad, têm demandas, emendas que querem discutir", disse Andrea Matarazzo (PSDB), presidente da Comissão de Política Urbana.

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Segundo a coordenação do MTST, os parlamentares não cumpriram nenhuma das datas acertadas com o grupo para a aprovação do plano - o texto já entrou na pauta diversas vezes, mas não foi à votação. Alguns líderes partidários também haviam combinado com o movimento que classificariam o terreno da Ocupação Copa do Povo, na zona leste, como uma Zona de Interesse Social (Zeis). Mas a proposta, apresentada pelo vereador Alfredinho (PT), ainda não foi lida em plenário.

Pressão

De acordo com José Afonso, da Secretaria Nacional do MTST, cerca de 5 mil moradores de diferentes ocupações da capital estão dispostos a permanecer na frente da Câmara até que o projeto que reordena o crescimento da cidade nos próximos 16 anos seja votado. "É a forma que temos para chamar a atenção", disse.

Nesta segunda, a construtora Even, dona do terreno invadido no sábado pelo MTST e nomeado de "Portal do Povo", informou que já entrou com pedido de reintegração de posse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

"A cada semana de atraso na votação do Plano Diretor, uma nova ocupação nascerá na cidade", afirmou o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) em nota enviada à imprensa na tarde deste domingo (22). Na madrugada de sexta-feira (20), o movimento invadiu um terreno particular no Morumbi, na zona sul da cidade, como forma de protesto contra a demora da votação do projeto que reordena o crescimento de São Paulo pelos próximos 16 anos. Em menos de 12 horas, cerca de 600 barracos foram erguidos na área que pertence a construtora Even na Rua Doutor Luís Migliano.

Segundo José Afonso, da Secretaria Nacional do MTST, as ocupações não são apenas uma forma de pressão, mas também uma necessidade. "O movimento cumpriu a sua parte, falta o governo cumprir a dele. Há vários terrenos na cidade simplesmente reservados para especulação imobiliária, sem interesse nenhum para construir", disse Afonso.

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O aviso de que uma ocupação "nascerá" a cada semana também foi publicado na página do movimento no Facebook: "Recado do MTST aos Vereadores de São Paulo: a cada semana de atraso na votação do Plano Diretor, uma nova ocupação nascerá na cidade. Ontem foi no Morumbi... A luta é pra valer!", afirmaram. A construtora Even, dona do terreno ocupado neste final de semana, afirmou, por meio de nota, que ficou indignada com a invasão e que tomará as medidas legais necessárias para a reintegração de posse da área.

A empresa disse ainda que a construção de um empreendimento no terreno depende da aprovação do projeto por parte da Prefeitura. "O terreno é propriedade privada, adquirido há quase 3 anos, e o projeto para a construção de um empreendimento residencial foi protocolado na Prefeitura de São Paulo imediatamente após sua aquisição.O lançamento será feito após sua aprovação", diz a nota.

Segundo a Prefeitura, a aprovação de um projeto de construção depende do atendimento das legislações municipais pelo interessado. A Secretaria Municipal de Licenciamento afirmou, entretanto, que vai levantar na segunda-feira, 23, o andamento da documentação do empreendimento em questão.

Após tentar sem sucesso contemplar as reivindicações do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) com projetos emprestados dos vereadores Laércio Benko (PHS), José Police Neto (PSD) e Eduardo Tuma (PSDB), a bancada do PT na Câmara Municipal definiu na noite desta segunda-feira (16) que vai elaborar às pressas uma nova proposta de lei.

Segundo o líder do partido, Alfredinho, o texto deve ser apresentado hoje e com a possibilidade de citar não apenas o terreno onde está a Copa do Povo, em Itaquera, mas também outras áreas da zona leste que possam ser usadas para viabilizar moradias populares.

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A expectativa do PT é votar o projeto em primeira discussão ainda nesta semana, em um período de 48 horas. A pressa é explicada pela necessidade de se cumprir o acordo feito com o líder Guilherme Boulos. A base aliada do prefeito Fernando Haddad (PT) assegurou que a mudança no zoneamento do terreno seria feita com a votação do Plano Diretor. Em tempos de Copa do Mundo, essa é uma das condições para se evitar novos protestos na cidade.

As bancadas do PSDB e do PSD já avisaram que votarão contra. Ambos os partidos consideram que qualquer projeto que atenda apenas aos interesses do MTST provocará uma distorção na fila por habitação. "Vamos passar na frente de centenas de milhares de pessoas que estão esperando nas filas da Cohab e da CDHU e passar na frente um grupo que ocupou um terreno que não era para isso (habitação popular). Isso não é razoável e, pior, vai estimular novas ocupações", disse Floriano Pesaro (PSDB). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os artigos do Plano Diretor do Recife que tratam dos empreendimentos de impacto estão sendo debatidos neste momento por vereadores, representantes da Prefeitura do Recife, empresários e arquitetos, no Plenarinho da Câmara Municipal do Recife. A reunião pública desta quarta-feira (14) é organizada pelo líder da bancada de oposição, vereador Raul Jungmann (PPS).

O objetivo do debate que pode ser assistido através da internet é retomar as discussões sobre a necessidade de revisão do Plano Diretor e da Lei de Uso e Ocupação do Solo (LUOS), iniciadas em março, quando ocorreu uma audiência pública para tratar do tema.

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Propostas feitas por empresas especializadas em planejamento, desenvolvimento e expansão urbana serão analisadas pelo Conselho da Cidade de Caruaru, no Agreste pernambucano, para compor o novo Plano Diretor do Município. A medida foi definida na noite desta quarta-feira (9), em reunião do Conselho, realizada na Associação Comercial e Empresarial de Caruaru (ACIC).

A meta do novo Plano Diretor será o desenvolvimento municipal para o período de 10 à 15 anos. Também está prevista a criação de dois comitês formados por conselheiros para acompanhar as propostas de revisão do Plano Diretor e para analisar o plano de mobilidade e ordenação urbana e rural do município.

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É através do Plano Diretor que são normatizadas as ações desenvolvidas nas zonas urbana e rural. PD define limites de instalação de indústrias, empresas e construção de conjuntos residenciais, devendo ser revisado a cada 10 anos. O Conselho se reúne sempre na segunda quarta-feira de cada mês, na ACIC, às 17h.

Apesar da complexidade das discussões do novo Plano Diretor, a gestão Fernando Haddad pretende votar o projeto em definitivo até o início de maio. Nesta quarta-feira, 26, porém, os vereadores Nabil Bonduki (PT) e José Police Neto (PSD) demonstraram preocupação em relação à pressa do governo.

Há um cronograma de audiências públicas para debater a proposta com a população. As primeiras ocorrem nos dias 5 e 6 de abril, no Auditório do Anhembi, na zona norte. São esperadas cerca de 3 mil pessoas no evento. Para virar lei, o novo Plano Diretor precisa do apoio de 33 dos 55 vereadores.

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Um dos pontos que deve chamar a atenção nas audiências públicas é o planejamento local. Sobre a altura das novas edificações, o plano estipula um total de oito andares, além do térreo, no miolo dos bairros. Essa quantidade, no entanto, poderá ser ampliada em locais já totalmente verticalizados. As regras, nesse caso, serão definidas posteriormente, durante a revisão da Lei de Uso e Ocupação do Solo.

Diferentemente da lei atual, o novo planejamento urbanístico não estipula estoques construtivos por bairros. Não há, dessa forma, limites para a verticalização da cidade, o que já alerta parte dos vereadores. José Police Neto (PSD) afirma que o fim dos estoques permite, na teoria, a liberação de espigões em áreas que não possuem a infraestrutura necessária para receber mais moradores ou que já estão totalmente verticalizados, como Moema, na zona sul, e Perdizes, na zona oeste. "Vamos atravessar um dilema agora para sabermos como construir um cidade sem estoques e ao mesmo tempo inteligente, equilibrada, que não estoure todos os bairros."

O prefeito Fernando Haddad (PT) afirmou nesta quinta-feira, 20, que espera ver o novo Plano Diretor da cidade aprovado dentro de 60 dias. Ao defender o projeto, Haddad disse que os bairros devem ser preservados porque ninguém aguenta mais bairros como o Itaim-Bibi, com ruas estreitas e prédios de 25 andares. "Não queremos novos Itaim-Bibi. As pessoas não conseguem nem sair de suas garagens." O prefeito participou da primeira reunião do Conselho da Cidade, no centro.

Pelo projeto, novos edifícios no meio dos bairros poderão ter oito andares no máximo, além do térreo. Já prédios previstos nos chamados eixos de transporte, onde estão corredores de ônibus e estações de metrô, a verticalização será liberada e incentivada. "Sabemos o quanto é difícil aprovar um plano diretor, mas esse não é plano que contém só uma carta de intenções, mas instrumentos para aplicá-lo", defendeu Haddad. O texto final do projeto de lei será apresentado aos vereadores na próxima quarta, dia 26.

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O vereador Raul Jungmann (PPS) pedirá à presidência da Câmara do Recife, Vicente André Gomes (PSB), a criação de uma comissão permanente para discutir a revisão do Plano Diretor e da Lei de Uso e Ocupação do Solo (LUOS). Essa foi uma das decisões tomadas na audiência pública realizada nesta terça-feira (18), no Plenarinho da Casa de José Mariano, quando se debateu a necessidade de alteração dessas normativas.

O indicativo para abertura da comissão teve o aval dos vereadores Jurandir Liberal (PT) e Isabela de Roldão (PDT), que participaram da audiência. Raul Jungmann ainda sugeriu a realização de uma reunião pública nos próximos 30 dias e a montagem de uma mesa de diálogo informal para que haja uma continuidade na discussão sobre o tema. “Esta audiência é apenas um processo inicial. Não devemos e nem vamos deixar parar”, frisou.

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“A Lei de Uso e Ocupação do Solo, por exemplo, teve sua última revisão há 18 anos. As diretrizes estão superadas. Hoje, a cidade é outra. Muitas coisas mudaram nesse período”, acrescentou Raul Jungmann. “Temos que abrir o debate para sociedade de maneira que ela colabore com a revisão, juntamente com o poder público e setores imobiliários, tornando Recife em um local mais agradável para se viver. A nossa prioridade será a busca pelo bem-estar das pessoas”, acrescentou.

Também participaram da audiência o secretário de Desenvolvimento e Planejamento Urbano do Recife, Antônio Alexandre, o arquiteto e urbanista César Barros, a representante do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco, Ângela Carneiro, o presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco (Ademi), Eduardo Fernandes de Moura, o integrante do grupo Direitos Urbanos, Leonardo Cisneiros, o representante da ONG Habitat, Ronaldo Coelho e a diretora-presidente do Instituto da Cidade do Recife Pelópidas Silveira (ICPS), Evelyne Labanca.

A pressão sobre terrenos vazios ou subutilizados em São Paulo deve ficar ainda maior com o novo Plano Diretor da capital. A proposta que será apresentada nesta terça-feira (11), na Câmara Municipal pretende cobrar Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) progressivo sobre lotes que não tiverem pelo menos 50% de área construída e forem localizados nas zonas destinadas a moradias populares e nos eixos de mobilidade, como nas Marginais e nos corredores de trem, ônibus e metrô.

O texto redigido pelo vereador Nabil Bonduki (PT), relator do plano, prevê que o dono do terreno será notificado pela Prefeitura e terá um ano para apresentar um projeto para a ocupação do local. Caso contrário, o IPTU do ano seguinte terá a alíquota dobrada. A regra valerá para imóveis a partir de 500 metros quadrados e afetará, por exemplo, pátios sem construções que são usados como estacionamentos ou depósitos.

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"Isso é para forçar que um terreno não fique ocioso ou subutilizado e que o proprietário o utilize apenas para especulação imobiliária. Com isso, queremos baixar o preço dos terrenos, aumentar a produção habitacional e estimular mais a economia da cidade", disse Bonduki. A medida não estava prevista no projeto original enviado em setembro passado pelo prefeito Fernando Haddad (PT). A ideia é que o plano seja aprovado antes da Copa, em junho.

A proposta amplia o alvo do IPTU progressivo sancionado em 2010 pelo ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD). A lei atual prevê a cobrança sobre imóveis vazios nas Zonas Especiais de Interesse Social (Zeis), destinadas para moradia popular, no centro, ou terrenos a partir de 250 m² e com menos de 10% de área construída. Na época, a Prefeitura informou que a lei atingiria 420 mil imóveis da capital.

Com a inclusão das áreas no entorno dos eixos de mobilidade, o número deve aumentar significativamente. Os proprietários que apresentarem um projeto de ocupação na Prefeitura - obras de parcelamento do solo ou de novas edificações - terão cinco anos para executá-lo. Em caso de descumprimento do prazo, será aplicado o IPTU progressivo, com alta anual até o limite de 15% da alíquota.

Em Parelheiros, na zona sul da cidade de São Paulo, o biólogo Daniel Lima, de 26 anos, mora com a família em uma propriedade de dois hectares que chama atenção de quem passa pela Estrada Engenheiro Marsilac. Isso porque no local há um pequeno lago, 11 vacas, 1 minibosque, 10 pés de açaí, limão, tangerina, acerola, jabuticaba, entre outras frutas. Esse é o perfil de morador que o novo Plano Diretor de São Paulo quer replicar na região.

O cheiro de mato remete ao interior e até a temperatura é mais agradável no alto do terreno inclinado. A família mora na propriedade há cerca de seis anos e escolheu preservar o espaço que, em sua maior parte, é de grama, mas tem também um bosque. "Você pode perceber que o ar é mais puro aqui. Penso até em construir uma outra casa ao lado, mas só nesse espaço que já não tem vegetação", diz o biólogo.

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Segundo Lima, as frutas plantadas no entorno da casa são para consumo da própria família e os animais estão ali para equilibrar o ambiente. No pequeno lago, há tilápias e carás, mas a pesca é só por diversão e entre os pés de açaí, três coelhos bem peludos andam livremente ao lado de um grupo de perus.

A família tem uma loja de material de construção e uma outra de ração para animais na beira da estrada e é delas que tira o sustento. De acordo com Lima, caso houvesse ajuda do Município para quem mantivesse o ambiente preservado, eles investiriam na manutenção da propriedade. "Espaços como esse são fundamentais para o equilíbrio, o aumento da qualidade de vida da população", disse.

A alguns minutos dali, a analista ambiental, Suzana Ouro, de 28 anos, tem um sítio de 12 hectares, dos quais pelo menos 10 são de mata nativa. A vegetação predominante é o ipê, mas também tem araucária e outras árvores. Segundo Suzana, não são raras as visitas de bugios (espécie de macaco), capivaras e garças. O local é alugado para eventos como casamentos e confraternizações e o público-alvo é justamente quem valoriza espaços com bastante verde.

Para ela, que trabalha com o meio ambiente, o incentivo por parte da Prefeitura não necessariamente precisaria ser uma espécie de remuneração. "Poderia ser, por exemplo, a isenção ou diminuição de alguns impostos ou até ajudar na aquisição de mudas de espécies nativas."

Entretanto, Suzana afirma que o que precisa mudar é a educação ambiental. "Precisamos de mais educação ambiental e mais incentivo e propagandas para a conscientização da população. Muita gente sabe o que deve fazer, mas ainda acredita que não faz diferença." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE), através da promotora Gilka Miranda, recomendou ao município de Caruaru, Agreste de Pernambuco, que revise e atualize o Plano Diretor e apresente ao órgão no prazo de 180 dias.

O Plano Diretor do município foi elaborado em 2004 e, de acordo com o Art. 40, parágrafo 3º do Estatuto da Cidade, precisa de reformulação, uma vez que a cidade tem passado por um crescimento acelerado. No texto, a promotora ressalta o caráter de socialização do Plano Diretor. “O que justifica sua existência é o alcance a longo prazo de um pacto social que envolva todas as camadas sociais e todos os setores do município para construir uma cidade justa e saudável, ou seja, a construção de uma cidade sustentável e harmônica”, explica a recomendação.

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A revisão deve buscar melhorias no modelo de gestão municipal como: revitalização e ordenamento da Feira de Caruaru; expansão das áreas de esporte e lazer; regulamentação de lotes e terrenos baldios; ordenação adequada das ruas e avenidas; priorização da coleta seletiva de lixo; ampliação das calçadas para facilitar o acesso das pessoas com deficiência; regulamentar imóveis urbanos e rurais; assim como, os loteamentos irregulares e clandestinos; zoneamento urbano e rural; entre outros.

Miranda alerta ainda sobre a necessidade de ampliação da área para indústrias, no complexo industrial, de forma que evite alocação de indústrias incompatíveis com o ambiente. O Estatuto da Cidade (Lei Federal 10.257/2001) fixou as diretrizes gerais da política de desenvolvimento urbano, trazendo o conceito de Plano Diretor, especificando as diretrizes gerais da política de desenvolvimento urbano e traçando seu perfil técnico-jurídico.

Com informações da assessoria

O vereador do Recife Raul Jungmann (PPS) cobrou, nesta terça-feira (26), durante a sessão plenária na Câmara o retorno do Plano Diretor, que foi revisado pela Casa em 2008. Segundo ele o legislativo precisa respeitar o que determina para ter credibilidade diante dos recifenses. 

“Se esta Casa não cumpre o que ela determina, quem vai nos respeitar? Esta Casa tem que cumprir tudo o que determina. Temos a obrigação e o dever de cobrar do governo que faça o seu dever de casa, que mande para cá o Plano de Mobilidade”, frisou.

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O Plano de Mobilidade e a Lei do Uso e ocupação do solo (LUOS), aprovada em 1996, são alguns dos complementos do Plano Diretor, que segundo Jungmann “tomaram doril”.  

“O Plano de Mobilidade não se fala mais, se fala em BRT, VLT, faixa exclusiva e cadê o Plano de Mobilidade? Ninguém sabe... O prefeito está descumprindo os prazos, o Plano Diretor precisa voltar para esta Casa. Aqui quero dizer que se isto não acontecer, nós vamos ter que procurar outros caminhos. Nós vamos entrar na justiça para cobrar”, sentenciou o oposicionista.

 

A proposta do novo Plano Diretor Estratégico (PDE), entregue ontem pelo prefeito Fernando Haddad (PT) à Câmara Municipal, torna mais barato o adensamento (a verticalização) e blinda as Zonas Especiais de Interesse Social (Zeis), expandindo-as pelos extremos da cidade. Com isso, em relação à primeira minuta apresentada, ele cede tanto à pressão dos movimentos sociais de moradia quanto ao mercado imobiliário. A proposta será debatida e votada até o início de 2014.

O projeto muda o cálculo da chamada outorga onerosa, taxa cobrada para que empreendimentos privados construam mais do que é permitido pela Lei de Zoneamento em cada área. "O preço da outorga foi recalibrado, porque estava em um patamar que poderia encarecer os imóveis da cidade", disse o prefeito. Pelos cálculos da administração, a taxa inicialmente pensada não compensaria aos empreendedores, porque sairia mais barato comprar um novo terreno do que ter mais área construída.

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"Vamos adensar os eixos de mobilidade, onde tem transporte público, mas os miolos dos bairros serão ‘desadensados’", afirma Haddad. A ideia é que locais próximos de metrô, trem e corredores de ônibus possam ter prédios mais altos. Entre os bairros onde será possível construir mais estão Moema, Morumbi, Vila Mariana, Lapa, Tatuapé, Mooca, Freguesia do Ó, Liberdade e até o eixo da Avenida Paulista.O plano continua prevendo a regra que taxa com outorga onerosa empreendimentos em que haja mais de uma vaga na garagem, com o objetivo de desestimular os automóveis.

Um pedido dos movimentos sociais foi a retirada do mecanismo que previa que empreendimentos privados pudessem comprar terrenos demarcados para habitações de baixa renda, desde que oferecessem outros no mesmo distrito. "O que vai ser possível agora, e essa foi outra sugestão do movimento, é que áreas que não sejam contíguas podem ser aprovadas como um empreendimento só", diz Haddad. Segundo ele, isso facilita que construções sociais consigam financiamento por programas federais, como o Minha Casa Minha Vida.

A Prefeitura aumentou em 20% as Zeis. Entre as áreas que passaram a figurar nessas zonas estão bairros como Parelheiros e Brasilândia e arredores hoje degradados d a Avenida do Estado. A gestão Haddad garante que não mexeu nas zonas exclusivamente residenciais, como algumas áreas dos Jardins e do Brooklin. Essa era uma demanda de várias associações de moradores de bairros.

O vereador Andrea Matarazzo (PSDB) fez críticas à proposta. "Você criou um adensamento das vias de passagem, de mobilidade, como se os corredores estivessem vazios", afirmou. "No fundo, esse Plano Diretor consome a cidade. Criar empregos perto das moradias é você legalizar a cidade", afirma. Ele ressalta que deveria haver previsão para legalização fundiária do extremo sul.

Próximos passos

De acordo com o vereador Nabil Bonduki (PT), caberá agora à Comissão de Política Urbana realizar audiências públicas em várias subprefeituras e reuniões técnicas para debater os capítulos do PDE. "Se for possível aprovar neste ano, seria muito bom. Agora, não deverá ser aprovado sem o amplo consenso entre vereadores", diz. O desafio, segundo ele, é que o plano não seja "só uma retórica", crítica frequente ao PDE aprovado em 2002.

No mesmo dia, a Câmara Municipal aprovou em primeira votação pacote fiscal que incentiva empresas na zona leste. Adensar a região e levar empregos é uma das principais promessas de Haddad, e integra o Arco do Futuro.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Prefeitura de São Paulo pretende ampliar o limite de construção nas regiões com oferta de transporte público. A minuta do projeto de lei que criará o novo Plano Diretor da cidade deve ser divulgada nesta segunda-feira, 19. Ela estabelece que empreendimentos que investirem no entorno de linhas de trem e de corredores de ônibus, por exemplo, poderão construir até quatro vezes mais do que a área do terreno. Com isso, boa parte do centro expandido poderá se verticalizar ainda mais.

A lista de bairros que entram no planejamento da gestão Fernando Haddad (PT) inclui até áreas com potencial construtivo já saturado, como o Morumbi, na zona sul, Água Rasa, na zona oeste, e Belém, na zona leste. E outros com alta verticalização, como Moema, Vila Clementino e Pompeia. De acordo com a proposta, faixas de 400 metros em cada uma das margens dos trilhos vão delimitar o perímetro passível de receber o benefício. No caso de corredores de ônibus, a distância cairá para 200 metros de cada lado. A exceção serão os bairros com uso estritamente residencial, que não sofrerão interferências.

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Hoje, essa permissão de otimizar a metragem do terreno com prédios mais altos ou com mais unidades existe apenas em zonas especiais, como as que abrigam operações urbanas - regiões em processo de requalificação. Mas, assim como já ocorre, a licença prevista na revisão do plano diretor só sairá mediante pagamento de uma taxa, a chamada outorga onerosa. A verba arrecadada vai para um fundo municipal e deve ser empregada em melhorias urbanas.

A regra de deixar construir até quatro vezes o tamanho do terreno deve se aplicar ainda ao perímetro do Arco do Futuro, definido na minuta do plano como "macroárea de estruturação metropolitana". Ela tem como limites a Rodovia Anhanguera e a Vila Maria, na altura da Marginal do Tietê. O mesmo deve ocorrer nos territórios de operação urbana, como a Água Branca, em processo de revisão na Câmara Municipal.

Segundo o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Fernando de Mello Franco, a ideia central da proposta é casar mobilidade com desenvolvimento. "Não dá mais para pensar a cidade para o automóvel. Nossa prioridade é o transporte público", diz. Arquiteto, ele defende que regiões mais bem estruturadas da capital têm capacidade de receber mais moradias. "O adensamento maior não ocorre no centro, mas nas áreas periféricas. É isso que pretendemos reorganizar."

Franco afirma que a norma visa a atender todo tipo de déficit de moradia, mas quer privilegiar empreendimentos com baixa quantidade de vagas de garagem e maior densidade populacional. "Isso aumenta a função social da propriedade." O discurso parte da lógica de que áreas com infraestrutura devem atender ao maior número de moradores. O secretário ainda ressalta que a expansão de linhas de metrô, por exemplo, caminha para a periferia. "Não serão só os bairros mais centrais que usufruirão da regra."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os moradores dos municípios do Sertão pernambucano e outros do Nordeste estão sendo incentivados a participar do engajamento na elaboração dos planos diretores municipais. Para interação da iniciativa, equipes do Ministério da Integração Nacional estão percorrendo municípios do estado.  A ação integra o Programa de Apoio Técnico às prefeituras da área de abrangência do Projeto de Integração do Rio São Francisco.

O objetivo da ação desenvolvida pelo Ministério da Integração Nacional é contribuir para tornar cada vez mais participativo o processo de elaboração dos planos diretores municipais. Para tanto, a equipe técnica visita comunidades urbanas e rurais, convidando os moradores e instituições locais a participarem do grupo. Os participantes da ação são representantes do poder público municipal e da sociedade civil organizada. Após encontros, eles devem preparar os documentos que servirão de base para a elaboração do plano diretor municipal.

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Nessa etapa de mobilização, o Programa de Apoio Técnico às prefeituras também promove Leituras Comunitárias e os moradores podem analisar o município em suas potencialidades e dificuldades, além de discutir os problemas relacionados à saúde, educação, transporte, saneamento básico, moradia, trabalho e renda, dentre outros temas. Essas leituras vão compor o diagnóstico municipal, que subsidiará o plano diretor.

Conheça o Projeto - Os planos diretores municipais definem estratégias básicas para o desenvolvimento das localidades, em áreas como expansão urbana, abastecimento de água, coleta de lixo, segurança, educação, saúde e geração de emprego. Conforme estabelecido pelo Estatuto das Cidades (lei nº 10.257/2001), a elaboração dos planos diretores serão aprovados por lei municipal e deve contar com a participação efetiva da população local. 

Oficinas e Audiências – Após esse primeiro momento de mobilização e leituras comunitárias, são realizadas oficinas de capacitação e audiências públicas para a sistematização final do diagnóstico participativo. As audiências públicas em Mirandiba (PE) e Uiraúna (PB) já estão marcadas para os dias 4 e 9 de julho, respectivamente.

O Programa de Apoio Técnico às Prefeituras está elaborando Planos Diretores Municipais Participativos em 47 municípios dos estados de Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte.

Para conciliar desenvolvimento econômico e uso sustentável dos recursos naturais, o Ministério da Integração Nacional promove uma série de ações socioambientais dentro do Programa de Integração do Rio São Francisco. Ao todo, os recursos para ações de compensação ambiental somam R$ 1 bilhão e vão trazer benefícios econômicos, sociais e ecológicos para as localidades na área de abrangência do empreendimento.

Neste mês de maio, a mobilização foi iniciada nos municípios de Uiraúna (PB) e Mirandiba (PE). Em julho, a programação prevê oficinas e audiências públicas.

 

A prefeitura de Itatiaia e o ICMBio discordam quanto ao valor necessário para indenizar todos os moradores. Para o secretário municipal de Planejamento, Ruy Saldanha, serão necessários, "no mínimo", de R$ 300 milhões a R$ 400 milhões. Já o responsável pela regularização fundiária e ex-diretor do parque, Walter Behr, analista do ICMBio, estima que o valor fique entre R$ 30 milhões e R$ 50 milhões (sem incluir o gasto para recuperar as áreas danificadas). Para Saldanha, o objetivo do ICMBio é desvalorizar as propriedades. "É quase um Estado nazi-fascista verde. Estão desrespeitando o direito de propriedade e o direito de ir e vir", afirmou.

Behr diz que o critério para avaliação dos terrenos e benfeitorias tem como base o valor de mercado. Segundo ele, a proibição da entrada de material de construção, questionada pelo secretário, foi uma medida para evitar ampliações e novas construções.

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O processo de regularização fundiária só começou em 2009. Até agora foram compradas quatro propriedades, entre elas um sítio de 37 hectares que abriga a Cachoeira do Escorrega, em Visconde de Mauá, por R$ 1,1 milhão.

Mais quatro negociações estão fechadas, faltando apenas a assinatura do presidente do ICMBio para a escritura. Outras 14 foram iniciadas, diz Behr.

"Em mais de 70 anos, nada foi feito. Hoje, é realista a possibilidade de termos o passivo fundiário resolvido no prazo de 10 a 15 anos", diz Behr. "Começamos com a parte mais fácil." As negociações com donos dos três hotéis em funcionamento e de um desativado ainda não começaram. Dono do Hotel Ypê, o prefeito de Itatiaia disse que aceitaria um acordo para sair, caso seja oferecido um "valor justo". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) modificou as regras de aprovação do Plano Diretor Aeroportuário (PDIR), documento obrigatório exigido de aeroportos que recebem voos regulares de passageiros e cargas no País. As alterações foram feitas por meio de resolução publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (11).

O novo texto estabelece que, caso o operador do aeroporto ainda não tenha o PDIR aprovado pela Anac, deve apresentar o documento dentro de prazos específicos: até 21 de junho de 2013, aeródromos que tiveram movimento de passageiros embarcados e desembarcados igual ou superior a 1 milhão no ano de 2009; até 21 de dezembro de 2013, aeródromos com movimento de passageiros embarcados e desembarcados entre 400 mil e 999.999 no ano de 2009; e até 21 de junho de 2014: aeródromos com passageiros embarcados e desembarcados inferior a 400 mil no ano de 2009.

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Nos terminais em que as operações de empresas aéreas de transporte aéreo regular de passageiros ou carga tiveram início após 21 de junho de 2012, com a continuidade dessas operações, o operador deverá submeter o PDIR à aprovação da Anac no prazo de dois anos, a contar do início das operações, explica o texto.

A resolução ainda estabelece que o plano diretor dos aeroportos poderá ser aprovado com restrições, mas com a determinação para a correção das inconformidades identificadas e para a reapresentação do documento no prazo de seis meses, sob pena de não ser concedida ao operador do terminal a autorização prévia de modificação de suas características.

O Conselho de Administração da Eletrobras aprovou, em reunião na quarta-feira (27), o Plano Diretor de Negócios e Gestão para o período de 2013 a 2017. Nos negócios de geração e transmissão, para o horizonte do plano, a participação da Eletrobras alavancará cerca 23.700 Megawatts (MW) de potência e 12 mil quilômetros de linhas de transmissão que serão incorporados ao Sistema Interligado Nacional.

Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa explica que o plano contempla o realinhamento estratégico da Eletrobras, estabelecendo condicionantes para a gestão e a obtenção de receitas a partir da otimização dos gastos com custeio, captura de sinergias inerentes a atuação integrada das empresas Eletrobras, reestruturação societária e organizacional, melhorias nos processos de gestão e um enfoque exigente sobre a expansão, que garanta investimentos e melhor desempenho para a companhia.

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No que diz respeito à expansão e à melhoria dos sistemas elétricos, estão previstos para o período de 2013 a 2017 investimentos da ordem de R$ 52,4 bilhões nos negócios de geração, transmissão e distribuição. Do total, R$ 32,1 bilhões estão comprometidos com empreendimentos já contratados e R$ 20,3 bilhões com novos projetos.

Segundo a empresa, o plano diretor esta estruturado em três eixos: expansão sustentável, melhoria de eficiência operacional, com ênfase na qualidade dos sistemas elétricos e na otimização dos gastos com custeio; e reestruturação do modelo de negócios, governança e gestão.

"Os eixos se constituem em orientações estratégicas com desdobramento em uma carteira de projetos críticos, de curto e médio prazo, voltados para os negócios e a gestão das empresas Eletrobras", informa a estatal.

O atual Plano Diretor do Recife será objeto de revisão na gestão de Humberto Costa (PT). O assunto foi tratado na tarde desta terça-feira (21), durante encontro do candidato com empresários do mercado imobiliário, na sede da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco (Ademi-PE), localizada no bairro no Espinheiro, Zona Norte do Recife.

Na conversa, Humberto apresentou as propostas ligadas ao setor. “Quero fazer uma revisão do Plano Diretor, com a participação de todos os segmentos que direta ou indiretamente sejam atingidos pelas mudanças que eventualmente aconteçam. Meu compromisso é regulamentar tudo o que já foi objeto de análise na revisão de 2008 e fazer um debate sobre o Plano Diretor, já que nós temos que pensar, em termos de futuro, o desenvolvimento da nossa cidade”, explicou.

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A proposta de Humberto Costa de colocar as calçadas da cidade como responsabilidade exclusiva da prefeitura, com a possibilidade de parcerias com a iniciativa privada para recuperá-las, foi muito bem aceita pelos empresários. A política de habitação da prefeitura, que teve início em 2001, quando o PT assumiu a gestão municipal, também foi bastante elogiada durante o encontro.

Por exigência constitucional nos municípios com mais de 20 mil habitantes, o plano diretor é um instrumento que tem a finalidade de orientar a atuação do poder público e a iniciativa privada na construção de espaços urbanos e rurais - e na oferta de serviços. Ele parte da iniciativa do prefeito que debate com a população e apresenta na câmara projetos e diretrizes que serão transformados em Lei.

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