Tópicos | Plano Plurianual

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, sem vetos, o Plano Plurianual (PPA) da União para o período de 2024 a 2027. O PPA foi aprovado pelo Congresso em dezembro do ano passado e, agora transformado na Lei 14.802, publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira, 11.

Em nota divulgada na manhã desta quinta, o Ministério do Planejamento e Orçamento destaca que o PPA está ancorado em seis prioridades e traz 88 programas. "O Plano Plurianual 2024-2027 foi resultado de um amplo processo de reconstrução do planejamento público governamental, que envolveu intensamente os órgãos e entidades da administração pública federal, por meio de oficinas de elaboração de programas, bem como a sociedade, por meio da plataforma Brasil Participativo e de plenárias presenciais em todos os Estados do País e no Distrito Federal", ressalta na nota a equipe da Secretaria Nacional do Planejamento (Seplan).

##RECOMENDA##

Deputados e senadores apresentaram 279 emendas projeto de lei do Poder Executivo que institui o Plano Plurianual 2024-2027 (PLN 28/23). A maioria das emendas (112) são investimentos não previstos no projeto original. Pelo cronograma atual, a votação do relatório final na Comissão Mista de Orçamento deverá ocorrer até o dia 7 de dezembro. As emendas serão analisadas pelo relator, deputado Bohn Gass (PT-RS).  O Plano Plurianual tem 88 programas finalísticos do governo divididos em três eixos: institucional, econômico e social.

O objetivo é fazer um planejamento para os próximos quatro anos para orientar a elaboração dos orçamentos anuais.  As emendas de investimento buscam incluir novas ações nos programas, como a emenda apresentada pelo deputado Luiz Couto (PT-PB), que determina a implantação do Instituto Federal da Paraíba ao custo de R$ 75 milhões até 2027.  Em segundo lugar, vêm as emendas que buscam criar ou modificar programas, como a apresentada pelo deputado Afonso Hamm (PP-RS) para fortalecimento da pesquisa e da inovação agropecuária ao custo de R$ 3 bilhões até 2027.

##RECOMENDA##

O total no projeto é de R$ 819,5 milhões. “A proposta de ampliação do orçamento, embora não envolva alteração das metas estabelecidas no Plano Plurianual, tem como propósito assegurar que a Embrapa possa contar com os recursos necessários para enfrentar os desafios inerentes à sustentabilidade da agropecuária brasileira”, justifica o deputado. 

Objetivos e metas

Os parlamentares também apresentaram emendas que alteram objetivos e metas do PPA. O deputado Chico Alencar (Psol-RJ) propôs emenda para reestruturar 80 unidades de ensino superior até 2027. “Os sucessivos cortes orçamentários enfrentados pelas instituições federais de ensino superior culminaram em uma degradação exponencial das estruturas físicas das unidades”, afirma o deputado.

  Também foram apresentadas emendas que alteram o texto do projeto como a da deputada Gisela Simona (União-MT). A deputada propôs que o Executivo divulgue em portal eletrônico as ações que estão ligadas ao alcance de cada meta do PPA. Segundo ela, o plano vincula as ações aos programas, mas não a objetivos específicos. Essa ligação seria necessária para estabelecer um elo entre a lei orçamentária e o PPA.

*Da Agência Câmara de Notícias

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, assinou e entregou nesta quarta-feira, 30, ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o projeto de lei do Plano Plurianual (PPA) 2024-2027. O PPA é um instrumento de planejamento orçamentário do governo federal, que estabelece diretrizes e objetivos da administração pública para os quatro anos seguintes.

O projeto foi entregue a Pacheco durante o Fórum Interconselhos, que reúne representações da sociedade, em cerimônia no Palácio do Planalto.

##RECOMENDA##

Em discurso no evento, Lula afirmou que o foco do PPA é combater a fome e as desigualdades.

"O combate à fome e à redução das desigualdades são algumas das prioridades deste PPA, assim como a educação básica e atenção primária na área da saúde", destacou Lula.

O presidente da República disse também que o plano leva em conta temas como transição demográfica, mudanças climáticas e digitalização da economia para garantir o "crescimento sustentável" e a geração de emprego.

"É preciso ampliar a competitividade e a inserção do Brasil na nova economia global. Descarbonizar e digitalizar a economia, avançar na transição energética e preservar nossa biodiversidade. O planeta Terra está em transformação, e o Brasil não está imune a essas mudanças", afirmou Lula.

O presidente destacou a participação popular na construção do PPA. Segundo o governo federal, foram realizadas 27 plenárias regionais com presença de mais de 34 mil pessoas para ouvir demandas a serem incluídas no plano.

Além disso, uma plataforma online recebeu mais de 1,5 milhão de votos e colheu 8.254 propostas da sociedade. "Fizemos o maior PPA participativo da história do País. Participativo e diverso, gente de todos os cantos do País. Esse PPA traz duas conquistas extraordinárias. A primeira, é que o Estado brasileiro retomou sua capacidade de planejamento, sem deixar de lado o que é urgente, o que é preciso fazer para resolver os muitos problemas que não podem esperar. A segunda conquista é que a sociedade voltou a ter papel fundamental nas decisões estratégicas do nosso País."

Lula ainda pediu que a ministra do Planejamento, Simone Tebet, e o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macedo, façam reuniões com bancadas no Congresso Nacional para explicar o PPA. O projeto tem que ser aprovado por deputados e senadores até 31 de dezembro.

Ninguém melhor que a sociedade para identificar as próprias necessidades e indicar quais políticas públicas e ações governamentais devem ser priorizadas. Partindo dessa premissa, o governo federal abriu, no âmbito do Plano Plurianual (PPA) – o principal instrumento de planejamento orçamentário de médio prazo do Executivo –, alguns canais de consulta pública, na busca por sugestões da sociedade civil e dos cidadãos.

Por meio do chamado PPA Participativo é possível, a todos, indicar onde o governo deve gastar parte dos recursos públicos previstos no Orçamento. O procedimento é bem simples e pode ser feito de forma presencial ou online, em poucos minutos, por meio da plataforma digital Brasil Participativo.

##RECOMENDA##

“Democracia vai além de eleições. É participação e engajamento. Esses canais participativos são um convite à população, para que exerça a sua cidadania. Cidadania não é só o voto. É opinar. E por meio dela a gente pode influenciar os destinos da nação, indicando o que a população entende ser prioridade para o governo”, disse à Agência Brasil a secretária nacional de Planejamento, Leany Lemos.

O que é PPA

A Constituição brasileira coloca o PPA como uma ferramenta que norteia a elaboração da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e da Lei Orçamentária Anual (LOA). Assim sendo, define diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal. Além disso, planos e programas nacionais, regionais e setoriais devem ser elaborados em consonância com o PPA.

Sua vigência é de quatro anos, contados a partir do segundo ano de mandato de um presidente – e se prolongando até o final do primeiro ano do mandato de seu sucessor. De acordo com o Ministério do Planejamento e Orçamento, a elaboração do PPA começa a partir de um projeto de lei, que é submetido à avaliação do Congresso Nacional até quatro meses antes do encerramento do primeiro ano de mandato do presidente.

“O PPA que está sendo preparado pelo atual governo traz um modelo lógico e uma metodologia forte que foi muito discutida, inclusive com o TCU [Tribunal de Contas da União] e com especialistas externos. Tenho muita segurança para dizer isso. Além disso, ele é muito transparente, mostrando todo o caminho a ser adotado para que cada ação resolva o desafio proposto”, explicou a secretária.

Leany Lemos acrescenta que o PPA do governo atual apresenta muitas diferenças em relação ao apresentado pela gestão anterior, uma vez que apresenta diagnóstico dos problemas e define uma visão de futuro. “A nossa visão é de um país democrático, justo, inclusivo, próspero e com garantia de direitos, onde há crescimento econômico e sustentável, que é, ao mesmo tempo, social e ambientalmente sustentável”, destacou.

“Tem também sustentabilidade fiscal, porque se a gente não tiver equilíbrio a gente também não tem credibilidade, nem melhora na nossa arrecadação para fazer essas políticas. Busca, ainda, a excelência na gestão, por exemplo, com diretrizes que promovem uma gestão pública inovadora efetiva com transformação digital”, acrescentou.

PPA Participativo

Já o PPA participativo é uma iniciativa do governo federal que busca trazer a sociedade para a elaboração do PPA, seja por meio direto (cidadão), ou por meio de conselhos, associações, sindicatos, grupos, movimentos ou organizações não governamentais (ONGs), por exemplo.

Na etapa inicial de consultas participativas (sobre dimensão estratégica, visão de futuro, valores, diretrizes e eixos temáticos), cerca de 3,2 mil representantes da sociedade civil e de diversos conselhos – ligados a todos os ministérios e entidades vinculadas – organizaram fóruns que, em meio a 120 oficinas temáticas, desenharam os 88 programas que existem no âmbito do PPA.

>> Conheça os 88 programas do PPA

Na sequência, iniciou-se a segunda forma de consulta, que abrange plenárias nas 27 unidades federativas. A primeira delas, em 11 de maio, foi na Bahia. A última será em 10 de julho, em São Paulo. Nelas, são apresentados os programas; a dimensão estratégica; e a plataforma digital Brasil Participativo.

Veja abaixo o calendário das plenárias:

As inscrições para participação nas plenárias são feitas pela internet. Para acessar a página, clique aqui.

Plataforma

A terceira forma participativa do PPA é por meio da plataforma digital Brasil Participativo. Nela, o cidadão pode escolher até três propostas, entre 28 pré-selecionadas pelo governo, bem como registrar novas propostas de políticas públicas federais. Pode também apoiar propostas apresentadas por outras pessoas.

O Ministério do Planejamento preparou um tutorial para ajudar as pessoas a utilizarem a plataforma. Para assisti-lo, clique aqui.

Em julho e agosto, as propostas e programas mais votados na plataforma serão analisados pelo governo e por interconselhos. “A gente vai fazer um detalhamento que é até julho. A partir de então, vamos incorporar a participação social e, até 31 de agosto, entregaremos um Projeto de Lei [PL] ao Congresso Nacional”, acrescentou a secretária.

O Legislativo deverá votar a matéria ainda em 2023, para que entre em vigor a partir de 2024.

Durante a plenária de Fortaleza, dia 26 de maio, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, reiterou a determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com relação ao PPA, para que seja “o mais participativo da história”, e ressaltou que, para atingir esse objetivo, é fundamental que o governo percorra todas as capitais do país, a fim de coletar sugestões.

“Quem vai escrever a história do Planejamento vai ser o povo brasileiro. Vamos colocar no PPA o que o povo quer; e gastar onde o povo precisa. Digam o que vocês querem para o Brasil”, discursou a ministra.

“Como disse o presidente, o mais importante é colocar o pobre no Orçamento. É colocar a primeira infância, o jovem, o idoso, o negro, o indígena, as minorias. É garantir casas no Minha Casa, Minha Vida e crescimento, para a indústria gerar emprego e renda”, acrescentou.

Base de dados

Segundo a secretária Leany Lemos, as propostas – votadas ou apresentadas pelos cidadãos via plataforma – resultarão em uma base de dados bastante interessante não apenas para o poder público, mas para a comunidade acadêmica, com recortes abrangendo estado, região, perfil do cidadão e segmentos sociais.

“Com os microdados sobre as características das pessoas participantes, mas sem identificá-las, a gente vai poder cruzar informações. Temos ótimos cientistas de dados aqui pra fazermos esse cruzamento diferenciado por gênero, localização, raça, idade, por exemplo”, disse.

Além disso, muitas sugestões que não necessariamente forem usadas no PPA poderão ser aproveitadas, uma vez que este é um canal direto para identificar problemas em diversas localidades – servindo, inclusive, para orientar políticas públicas locais (municipais e estaduais), fora do âmbito federal.

“Essas sugestões e esses dados poderão também interessar deputados e senadores, na hora de elaborarem emendas parlamentares, uma vez que mostrará os problemas de suas bases eleitorais. Sou também consultora legislativa e posso dizer que haverá, ali, matéria-prima para bons projetos legislativos. Se eu fosse parlamentar, certamente colocaria minha assessoria atenta a essa plataforma”, complementou.

Até o fechamento da matéria, mais de 83 mil pessoas acessaram a plataforma Brasil Participativo, e 1.337 propostas foram apresentadas.

O presidente Jair Bolsonaro enviou ao Congresso um projeto de lei que altera o Plano Plurianual (PPA) para o período de 2020 a 2023 e inclui na legislação o programa Auxílio Brasil, futuro substituto do Bolsa Família, informou nesta terça-feira, em nota, a Secretaria-geral da Presidência. A mensagem de envio será publicada no Diário Oficial da União (DOU).

Apresentado em 30 de agosto de 2019, o Plano Plurianual estabelece as diretrizes para gastos e investimentos considerados estratégicos nos próximos quatro anos. A prioridade do PPA 2020-2023 é a "primeira infância". Como o Bolsa Família já é um programa do PPA, a mudança atualizaria o projeto para abarcar o novo formato e o novo nome.

##RECOMENDA##

"O projeto de lei também prevê a exclusão de programa finalístico referente à "Promoção da Cidadania", em razão da alteração na estrutura organizacional da administração pública federal e do fato de que o orçamento de 2021 não apresentou recursos para o financiamento desse programa", acrescenta a Secretaria-geral. "Atualmente, as ações governamentais do programa "Promoção da Cidadania" são implementadas no âmbito de outro programa finalístico previsto no PPA". (Colaborou Daniel Weterman)

Governistas defendem veto do presidente Jair Bolsonaro a artigo Plano Plurianual (PPA) que tratava das metas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável estabelecidas pela ONU. Já deputados de centro e da oposição apostam na derrubada do veto em futura análise do tema no Congresso Nacional.

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei

##RECOMENDA##

Aprovado por deputados e senadores, o PPA foi sancionado por Bolsonaro no dia 30 de dezembro, com previsão de investimentos de R$ 6,8 trilhões ao longo de 4 anos. No entanto, o presidente alegou inconstitucionalidade para vetar o atendimento das 17 metas da ONU relativas a temas como combate aos efeitos das mudanças climáticas e das desigualdades socioeconômicas em todo o planeta. Em síntese, o governo argumentou que esse artigo do PPA daria caráter obrigatório a um procedimento previsto em acordo internacional.

Vice-líder do governo, o deputado Darcísio Perondi (MDB-RS) comemorou o fato de o PPA ter sido sancionado com apenas um veto, ao contrário de anos anteriores. Perondi concordou com os argumentos governistas e afirmou que o veto não significa abandono quanto aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU.

"Esse artigo não estabelecia a correspondência orçamentária e financeira e havia colisão de regra brasileira com regra internacional. Então, fez bem o governo ao vetá-lo, mas o Itamaraty vai trabalhar esse acordo intensamente com a ONU. Esse acordo não será desfeito e nem abandonado", garantiu Perondi.

Já o deputado Marcelo Ramos (PL-AM) considerou o veto um equívoco do governo federal. Ele vê grande possibilidade de o veto ser derrubado pela ausência de fundamento. "O veto pode se dar por inconstitucionalidade – e eu não consigo enxergar a inconstitucionalidade (no tema) – ou por contrariedade ao interesse público. Mas, ao contrário, as metas estabelecidas pela ONU são metas que interessam ao país e ao mundo", destacou.

Repercussão Internacional

Coordenador da Frente Parlamentar Mista em Apoio aos Objetivos de Desenvolvimentos Sustentáveis da ONU, o deputado Nilto Tatto (PT-SP) prevê repercussão internacional negativa do veto de Bolsonaro. "É muito ruim para a imagem do Brasil na comunidade internacional", lamentou.

Tatto lembra que o Brasil contribuiu muito em todo o debate para a formulação dos 17 objetivos do desenvolvimento sustentável. "É muito ruim que isso não faça parte do orçamento. Isso mostra que o Brasil não está assumindo aquilo que aceitou como compromisso internacional no âmbito da ONU", completou.

O Plano Plurianual estabelece o planejamento de médio prazo para as ações do Executivo. O atual PPA vigora de 2020 a 2023, prevê 54 programas, 304 objetivos e 1.136 metas.

*Da Agência Câmara Notícias 

O Diário Oficial da União (DOU) publica nesta segunda-feira (30) a lei que institui o Plano Plurianual da União para o período de 2020 a 2023. O texto foi sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro com um veto. Bolsonaro deixou de fora das diretrizes traçadas no chamado PPA "a persecução das metas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas".

Depois de ouvir a Advocacia-Geral da União, o governo justificou o veto afirmando que "o dispositivo, ao inserir como diretriz do PPA 2020-2023 a persecução das metas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas, sem desconsiderar a importância diplomática e política dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas, acaba por dar-lhe, mesmo contrário a sua natureza puramente recomendatória, um grau de cogência e obrigatoriedade jurídica, em detrimento do procedimento dualista de internalização de atos internacionais, o que viola a previsão dos arts. 49, inciso I, e art. 84, inciso VIII, da Constituição Federal".

##RECOMENDA##

O PPA é o principal instrumento de planejamento de médio prazo para ações do Executivo e tem como objetivo traçar as prioridades para o período e estabelecer metas e prazos.

O projeto de lei do PPA aprovado pelo Congresso Macional no início do mês elevou em R$ 37,5 bilhões o valor destinado a projetos prioritários nos quatro anos do plano, que passou de R$ 16,5 bilhões para R$ 54 bilhões. Além disso, o PL permitiu que os investimentos prioritários sejam financiados por emendas parlamentares impositivas.

O texto também restringiu o grau de liberdade do Poder Executivo para alterar os projetos prioritários a 25% do valor total da carteira e definiu ainda que, a partir de 2021, novos projetos de grande vulto somente poderão ser iniciados se estiverem registrados em um Banco de Projetos e tiverem atestado prévio de viabilidade técnica e socioeconômica. Serão considerados de grande vulto projetos acima de R$ 50 milhões quando financiados com recursos do Orçamento da União e acima de R$ 100 milhões quando financiados pelas estatais.

A Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional aprovou nesta terça-feira, 10, o projeto que institui o Plano Plurianual (PPA) para o período de 2020-2023, com metas e diretrizes para o período.

Os parlamentares aprovaram o substitutivo apresentado pelo relator do projeto, senador Oriovisto Guimarães (Pode-PR). Entre as mudanças feitas pelo relator está a elevação em R$ 37,5 bilhões no valor destinado a projetos prioritários nos quatro anos do PPA, que passou de R$ 16,5 bilhões para R$ 54 bilhões. Isso foi feito após o senador acolher 216 emendas apresentadas com esse intuito.

##RECOMENDA##

Além disso, o relator permitiu que esses investimentos prioritários sejam financiados por emendas parlamentares impositivas. O texto também restringiu o grau de liberdade do Poder Executivo para alterar os projetos prioritários a 25% do valor total da carteira.

No envio do PPA ao Congresso Nacional, o governo, em um momento restrição fiscal, optou por estabelecer critérios rígidos para filtrar os investimentos que integram o PPA e direcionou recursos para obras que estão mais próximas da entrega.

A lista original contemplava apenas investimentos com mais de 20% do custo total executado, com previsão de conclusão até 2023 e livres de pendências.

O relator definiu ainda que, a partir de 2021, novos projetos de grande vulto somente poderão ser iniciados se estiverem registrados em um Banco de Projetos e tiverem atestado prévio de viabilidade técnica e socioeconômica.

Serão considerados de grande vulto projetos acima de R$ 50 milhões quando financiados com recursos do Orçamento da União e acima de R$ 100 milhões quando financiados pelas estatais.

A Comissão Mista de Orçamento do Congresso criticou o projeto de lei apresentado pelo governo para o Plano Plurianual do período 2020-2023. Na avaliação de técnicos da comissão, a proposta tem inconsistências, omite prazos e, em alguns casos, fixa metas que não indicam se o objetivo do programa será atingido ou não.

Principal instrumento de planejamento de médio prazo para ações do Executivo, o chamado PPA tem como objetivo traçar as prioridades para o período e estabelecer metas e prazos.

##RECOMENDA##

Em nota preparada pelas consultorias de Orçamento e Controle da Câmara e do Senado, técnicos listam entre as fragilidades da proposta a ausência de metas definidas sobre o Programa de Mudança do Clima. A proposta traz apenas um objetivo, sem prazos ou dados de referência para poder, numa segunda fase, mensurar os resultados. Os autores da nota observam que o Brasil assumiu compromissos no Acordo de Paris, e uma das métricas usadas é a redução da emissão de carbono. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O salário mínimo proposto pelo governo federal para o ano que vem é de R$ 1.039. O valor consta no Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) de 2020, que foi enviado hoje (30) para análise do Congresso Nacional, juntamente com o texto do projeto de lei que institui o Plano Plurianual (PPA) da União para o período de 2020 a 2023.

O valor previsto agora está abaixo da última projeção, anunciada em abril, que indicou um salário mínimo de R$ 1.040. A revisão para baixo está relacionada à  correção do valor do salário mínimo de 2020 ser corrigido pela inflação desse ano, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que registrou queda nos últimos meses (de 4,19% para 4,09%).

##RECOMENDA##

Cada aumento de R$ 1 no mínimo terá impacto de cerca de R$ 298,2 milhões no Orçamento de 2020. A maior parte desse efeito vem dos benefícios da Previdência Social de um salário mínimo.

Mesmo com a ligeria redução, o salário mínimo do ano que vem vai ultrapassar a faixa R$ 1 mil pela primeira vez na história. O reajuste representa uma alta de um pouco mais de 4% em relação ao valor atual (R$ 998).

 

O Plano Plurianual (PPA) 2020-2023 enviado neste mês pelo governador João Doria (PSDB) à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) exclui uma série de promessas feitas por ele nas eleições de 2018, como a construção de ambulatórios e hospitais, a conclusão de linhas de metrô e monotrilho e até projetos de privatização, principal bandeira de campanha do tucano.

O PPA é um plano previsto pela Constituição, em que os governantes se comprometem a cumprir determinadas metas no período. Os investimentos do Estado são definidos de forma a atingir essas metas. O governo argumenta que o plano "não é um documento que contenha todas as iniciativas da administração pública", "muito menos um instrumento de acompanhamento de compromissos de campanha".

##RECOMENDA##

Entre as ações prometidas aos eleitores e ficaram fora das metas planejadas por Doria está a construção da ponte ligando as cidades de Santos e Guarujá, no litoral paulista. "Vamos tirar finalmente do papel a ponte que liga Santos ao Guarujá", prometeu Doria em vídeo gravado na Baixada Santista e publicado pela campanha em setembro de 2018 -- os antecessores Geraldo Alckmin e José Serra, ambos do PSDB, também já haviam prometido obra semelhante.

Na mesma agenda de campanha no litoral, o então candidato tucano prometeu resolver, com privatização, outro problema de transporte considerado crítico na região: o sistema de travessias litorâneas com balsas. "A mesma balsa que na década de 60 eu usava quando criança está sendo utilizada até hoje. Serviço ultrapassado, porque nós vamos fazer a concessão para o setor privado", disse o tucano.

Mas nem a ponte nem a concessão das balsas foram incluídas no PPA por Doria como metas que serão integralmente executadas nos próximos quatro anos. No plano, a meta até 2023 - primeiro ano do próximo governo - é concluir 100% dos estudos prévios necessários para fazer o edital de concessão das balsas. Já a ponte Santos-Guarujá sequer é mencionada nas 477 páginas do documento enviado ao Legislativo paulista.

Por meio de nota, a gestão Doria informou que fará a ponte, embora o projeto não esteja no PPA. "O projeto da ponte está sendo apreciado na Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp). A licença ambiental tem previsão para este ano. O plano é viabilizar o projeto com a prorrogação da concessão da Ecovias, o que garantirá recursos sem onerar os cofres públicos", diz o texto. Já sobre as balsas, a nota também diz o que o projeto está em andamento. "As audiências acontecem ainda este ano e previsão de edital para o primeiro trimestre de 2020."

Da mesma forma, o PPA traz como meta para 2023 apenas a conclusão dos estudos para conceder todos os aeroportos estaduais à iniciativa privada, conforme Doria havia prometido na campanha. Já as privatizações do Porto de São Sebastião e da hidrovia Tietê-Paraná, também prometidas pelo tucano na eleição, não constam do plano.

Por nota, a equipe de Doria diz que o edital de licitação dos aeroportos sairá até fevereiro do ano que vem. Por outro lado, as promessas referentes ao Porto de São Sebastião e à Hidrovia Tietê-Paraná dependem, na verdade, do governo federal, conforme a nota: "O Porto de São Sebastião está sob administração federal e foi qualificado para ser desestatizado", diz o texto, ressaltando que o PPA prevê investimentos para melhorar o local.

Já sobre a hidrovia, a nota afirma que "o rio é regulado por uma agência Federal" e que, por isso, "o governo do Estado está elaborando um estudo para definir qual é o melhor modelo a ser adotado na desestatização em parceria com a União".

Transporte público

Há casos em que a promessa de campanha foi desidratada ou modificada no plano de metas do governo, como a Linha 6-Laranja do Metrô, que ele herdou paralisada e com os contratos rescindidos das gestões de Alckmin e Márcio França (PSB). Doria prometeu concluir a linha de 18 km e 15 estações que conecta as zonas norte, oeste e central da capital. Mas seu plano prevê executar 65% da obra até 2023.

Já a Linha 18-Bronze, o monotrilho que ligaria a capital à região do ABC paulista, teve seu escopo completamente alterado por Doria, que, após eleito, prometeu construir um BRT, corredor de ônibus rápido, no lugar. No plano, porém, não há menção específica a esse projeto, apenas a meta de construir 24,5 km de corredores do tipo BRT ou VLT, que são os veículos leves sobre trilhos.

Outra obra cuja conclusão foi prometida pelo tucano é a do Ferroanel Norte, mas o PPA estabelece como meta concluir apenas o projeto e o licenciamento do projeto em quatro anos. Já a construção do trem intercidades ligando a capital paulista até as regiões de Campinas, Sorocaba e Vale do Paraíba só deve ter um trecho (São Paulo-Campinas) 50% concluído, com duas estações, segundo o plano.

Ao comentar as metas para o transporte, a assessoria de imprensa do governo informa que, diferentemente do que o governador prometeu na campanha, "todos os aportes do governo Estadual previstos (para a obra da Linha 6-Laranja) já foram destinados e está em curso uma negociação para a retomada das obras. O governo toma todas medidas jurídicas cabíveis para acelerar a retomada das obras", sem falar em conclusão.

No caso do monotrilho do ABC, o governo informa que a meta saiu do PPA porque, depois da campanha, houve a decisão de não se fazer mais um metrô para a região. "O projeto da Linha 18 não consta do PPA porque foi substituído por projeto a ser modelado na tecnologia BRT", diz o governo.

Sobre o Ferroanel, a gestão novamente fala da necessidade de parceria com o governo federal. Sobre o trem intercidades, o Estado admite que a obra será feita por etapas, dizendo que a licitação do trecho entre a capital e Campinas será lançada no ano que vem. O texto não dá prazo para a licitação dos demais trechos.

Saúde

Já na área da Saúde, não há no plano de metas nenhuma indicação dos 20 novos hospitais regionais, dos 20 Ambulatórios Médico Especialidades (AMEs), das 15 novas unidades da Rede Hebe Camargo (combate ao câncer) e dos dez novos hospitais veterinários prometidos pelo tucano durante a campanha, conforme levantamento feito pelo Estado logo após a eleição dele, em outubro do ano passado.

O governo argumenta que, embora esses números não tenham sido colocados como metas objetivas no PPA, essas promessas de campanha constam no plano. No caso dos novos hospitais, como área construída da rede hospitalar (há indicação de construção de 540 mil metros quadrados, ante 138 mil construídos entre 2016 e 2018). O governo cita obras em andamento, planejadas pela gestão passada, como o Hospital Estadual de Serrana e o Pérola Byinton, no centro da capital, e aponta obras futuras para as regiões de Bauru, Barueri, Bertioga e Peruíbe. Esses hospitais, afirma o Estado, incluirão os atendimentos da Rede Hebe Camargo.

No caso das AMEs, o governo diz que há obras ocorrendo em Taubaté, Avaré e Campinas, e que a promessa de campanha foi incluída no PPA não na definição do número de novas unidades, mas em uma meta de ampliação do número de atendimentos.

Na mensagem enviada aos deputados estaduais junto com as metas do PPA, Doria ressalta que "as incertezas apontadas sobre a economia brasileira" à época do PPA em vigor (2016-2019) permanecem. "E os impactos da crise econômica sobre o desempenho do Estado nos últimos quatro anos são inegáveis, com prejuízos às receitas e à capacidade de investimento pública e privada. Esse cenário foi levado em consideração na elaboração deste PPA, a fim de que o Estado de São Paulo alcance rápida recuperação, tanto para atender a nossos desafios atuais, como também para proporcionar um novo padrão de crescimento econômico sustentável no longo prazo", afirmou o governador.

Nesta sexta-feira (27), o chefe do executivo Paulo Câmara realizou a primeira reunião com o secretariado, após a posse. Durante o encontro, o governador afirmou que continuará com a determinação de rigor com as contas públicas do Estado e abordou temas como o Plano Plurianual (PPA) e sobre o Programa Todos por Pernambuco, que deve ser retomado no dia 13 de março.

“Nos últimos anos, Pernambuco experimentou um ciclo virtuoso de desenvolvimento. O Estado vem crescendo mais do que o Nordeste e mais do que o Brasil. Os cenários para 2015 e 2016, anunciados pelo próprio ministro da Fazenda, obrigam os Estados a se adequarem a essa realidade. As medidas que anunciamos nas últimas semanas vão nessa direção. Nosso objetivo é trabalhar para manter a economia pernambucana crescendo. Vamos trabalhar com o dinheiro ‘azul e branco’ e esperar que ocorram as transferências voluntárias por parte do Governo Federal”, observou Paulo Câmara, segundo informações da assessoria de imprensa.

##RECOMENDA##

De forma otimista, o governador diz que o atual cenário de crise nacional não será permanente, mas perdurará por pelo menos dois anos, conforme anunciado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. “Todos os Estados devem fazer a sua parte. Adequando o planejamento para essa realidade nacional, com absoluto controle das contas públicas, mas sem deixar de lado os investimentos necessários para que a gente continue crescendo”.

O socialista ainda reafirmou que vai cumprir, durante os quatro anos do seu mandato, os compromissos assumidos no programa de governo. “Traçamos nossas metas para esse período e vamos trabalhar para fazer as entregas. Em 2014, eu disse que pretendia entregar um Estado melhor do que o que recebi. O povo pernambucano pode ter certeza que terá um governador vigilante, trabalhando dia e noite para manter o Estado no caminho certo, cuidando principalmente daqueles que mais precisam”, concluiu.

Um novo modelo de participação popular será iniciado nesta sexta-feira (30) no Recife. A Prefeitura da cidade irá ouvir a população pelos próximos três dias, em seminários do projeto Recife Participa e  as contribuições levantadas poderão ser inseridas no Plano Plurianual (PPA 2014-2017). Os seminários acontecerão no Centro de Formação Paulo Freire nas seis Regiões Político-Administrativas (RPAs). A realização será a partir desta sexta (30) até o dia 1º de setembro, sempre iniciada no período da manhã e encerrando com plenária à tarde.

Com este projeto a Prefeitura pretende melhorar o serviço prestado à população, através da inclusão da sociedade nas discussões acerca das prioridades que o Recife precisa. Segundo divulgou, o planejamento participativo é um importante instrumento na construção coletiva de políticas públicas que tenham como princípio o cidadão. 

##RECOMENDA##

 Todos os secretários da Prefeitura do Recife e suas equipes diretas estarão presentes para mediar os seminários.

Agenda: 

Dia 30/08 - RPA 6 e RPA 1

Dia 31/08 - RPA 4 e RPA 5

Dia 01/09 - RPA 2 e RPA 3  

Programação: 

Credenciamento (primeiras orientações sobre as salas temáticas) – 8h

Abertura (boas vindas, breve histórico sobre os modelos de participação social no Recife, balanço sobre as ações do primeiro semestre e orientações sobre a manhã de trabalho) – 9h

Salas temáticas (início dos trabalhos nas salas temáticas) – 9h40

Intervalo para almoço – 12h40

Plenária (apresentação das principais demandas por sala temática ao prefeito Geraldo Julio e equipe) – 14h30 

Obs: a programação seguirá os mesmos horários como descrito em todos os dias de ausculta.

Com informações da assessoria

O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão informa que o governo encaminhou ao Congresso o primeiro relatório de avaliação do Plano Plurianual (PPA) 2012-2015. O material apresenta números sobre a execução orçamentária do PPA de 2012. No total, o valor autorizado era de R$ 1,022 trilhão, com execução de R$ 851 bilhões (83,24%). O texto cita também que o Brasil enfrentou problemas diante de um cenário mundial complicado mas que, ainda assim, "na dimensão econômica, deu-se continuidade à estratégia de incentivar o crescimento com estímulos à ampliação dos investimentos, ao fortalecimento do mercado interno e à redução da vulnerabilidade externa, preservando-se a estabilidade macroeconômica".

O relatório contém uma descrição dos resultados obtidos a partir da implementação das políticas públicas no ano-base 2012. Para o envio do material, houve emissão da mensagem presidencial 213, publicada em edição extra do Diário Oficial da União da última sexta-feira, 31. Dos programas temáticos havia autorização de R$ 785,6 bilhões, mas apenas R$ 632,3 bilhões foram executados (80,49%). Dos programas de gestão, manutenção e serviços ao Estado, o volume autorizado foi de R$ 236,8 bilhões, com execução de R$ 218,7 bilhões (92,36%).

##RECOMENDA##

A introdução do "Volume I - Dimensão Estratégica" menciona, por exemplo, que "o Brasil, no ano passado, deparou-se com grandes desafios relacionados a um cenário econômico global adverso. A incerta retomada econômica nos Estados Unidos, os problemas fiscais e monetários da União Europeia e a desaceleração das economias emergentes representaram deterioração do cenário externo, conjugada à acentuação da concorrência internacional". Embora faça a ressalva, o texto destaca que, "em que pesem as dificuldades trazidas pelo quadro internacional, o País continuou a avançar em 2012, ampliando o emprego e reduzindo a pobreza". Além disso, destaca que "o crescimento do PIB abaixo do estimado em 2012 não impediu que o emprego e os salários prosseguissem suas trajetórias prévias de forte expansão".

Nas considerações finais, o documento indica que "o primeiro ano de vigência do PPA 2012-2015 foi caracterizado pela continuidade no processo de consolidação do novo padrão de desenvolvimento brasileiro, que tem na promoção do desenvolvimento social seu maior norteador". Além disso, a conclusão ressalta que "ao lado do fomento aos investimentos nas três grandes frentes de expansão que dão dinamismo à economia, ou seja, produção e consumo de massa, infraestrutura econômica e social e atividades intensivas em recursos naturais, buscou-se ampliar os benefícios sociais derivados dessas atividades, potencializando-as por avanços em educação, ciência, tecnologia e inovação e pelo fortalecimento do encadeamento produtivo", cita o texto. Lembra, ainda, que foi dado prosseguimento ao aperfeiçoamento da inserção internacional do País e ao fortalecimento da capacidade do Estado de prestar serviços públicos adequados às necessidades sociais.

Conforme explica o ministério, o PPA - uma determinação constitucional - é o documento que orienta todo o planejamento governamental, a partir de diagnósticos e estudos, com visão de longo prazo - três anos do governo em curso e mais um do seguinte. O que está em vigência atualmente foi elaborado pela Secretaria de Planejamento e Investimentos Estratégicos (SPI) do Ministério do Planejamento a partir de discussões ocorridas em 2011 com os governos dos Estados e municípios e com os ministérios executores das políticas públicas. O documento está disponível na internet.

Durante reunião da Comissão de Finanças e Orçamento nessa quarta-feira (14), os vereadores do Recife da atual legislatura decidiram aprovar um crédito suplementar de 15% ao poder executivo, na gestão de 2013. Assim, o prefeito eleito Geraldo Júlio (PSB), poderá mexer em parte do orçamento municipal sem autorização do poder legislativo.

A revisão faz parte das emendas que serão acrescentadas ao plano Plurianual (PPA) e a Lei Orçamentária Anual (LOA), o que vai gerar mais liberdade ao executivo municipal. Segundo o vereador e presidente da Comissão de Finanças, Carlos Gueiros (PTB), é preciso dar mais crédito, pois não foi o novo prefeito quem planejou o orçamento.

Durante a gestão petista, Gueiros defendeu que o índice deveria reduzir para 7%, agora o vereador argumentou que no segundo ano da gestão de Geraldo o percentual voltaria para os 10%. O aumento recebeu aval dos oito vereadores que estiveram presentes a reunião e o relatório será votado até o dia 28 de novembro, no plenário da câmara. A possibilidade de mexer no orçamento sem autorização da câmara exclui os recursos destinados à saúde e educação.

Com quase 14 milhões de brasileiros sem saber ler nem escrever um bilhete simples, a presidente Dilma Rousseff deixou de lado o compromisso de campanha de erradicar o analfabetismo no País. O objetivo não aparece no Brasil Maior, o plano plurianual com as metas detalhadas do governo até 2015, recentemente enviado pelo governo ao Congresso.

Onze meses após a presidente ter assumido o compromisso em um debate na televisão, a erradicação do analfabetismo saiu de cena. Em seu lugar, o governo se compromete agora a "reduzir a taxa de analfabetismo, especialmente entre as mulheres, a população do campo e afrodescendentes".

##RECOMENDA##

O problema não é com a palavra erradicação, que se repete com frequência nos documentos do "Brasil Maior". O plano plurianual fala em erradicar a extrema pobreza, prioridade do governo, e também se compromete com a erradicação do trabalho infantil, do trabalho escravo, do sub-registro de nascimento, de pragas vegetais, doenças animais, da mosca da carambola e até de casos de escalpelamento.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, diz que o compromisso do governo, fixado no Plano Nacional de Educação (PNE), é erradicar o analfabetismo até 2020. "É uma tarefa árdua", calcula o ministro, com base nos resultados obtidos até aqui de lenta redução do analfabetismo.

À reportagem, ele alegou que não se lembrava de ter ouvido Dilma assumir compromisso com o fim do problema, que ainda atinge quase 10% da população de jovens e adultos no País.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando