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Operações da Polícia Federal (PF) resgataram nove trabalhadores em condições análogas à escravidão, nesta última terça-feira (29), na cidade de Marabá, sudeste do estado do Pará. A ação de resgate das vítimas também contou com o apoio da Força Nacional de Segurança Pública, Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia, Ibama e ICMBio.

A PF conseguiu prender dois suspeitos em flagrante por crime ambiental e extração ilegal de recursos minerais. Além disso, dezenas de equipamentos foram apreendidos e inutilizados em garimpos e locais de beneficiamento de ouro, cobre e manganês, nos municípios de Curionópolis, Canaã dos Carajás, Marabá e Parauapebas.

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Ações da PF

Segundo a PF, as operações Farra do Manganês, Sete Nove 25, Vila Nova Jerusalém e Serra Leste, mobilizaram mais de 100 agentes e cumpriram 20 mandados de busca e apreensão.

"Foram inutilizadas 17 escavadeiras e tratores, quatro britadores, quatro geradores, dois veículos e vários outros equipamentos como esteiras, motores-bomba e motores estacionários. Uma pistola e duas escavadeiras foram apreendidas – essas, entregues a depositários fiéis", informou a polícia.

Os nove trabalhadores foram encontrados no garimpo Nova Jerusalém. No local, foram queimados 11 guinchos eixos de suspensão e 11 estruturas de extração de cobre. Além disso, a PF apreendeu 25 quilos de explosivos, 50 espoletas de detonação e 50 metros de cabos detonadores.

Também foram implodidos todos os postes que levavam energia elétrica até a região do garimpo.

Impactos

Devido as atividades ilegais não estarem alinhadas com uma forma de meio sustentável, a corporação reiterou a ocorrência de danos a natureza.

"Deve ser destacado que os bens minerais pertencem à União, que deixa de arrecadar bilhões de reais com as atividades clandestinas de extração, transporte e exportação de minério. Nestas operações, foi feito o bloqueio de bens avaliados em R$ 361 milhões", informou a corporação.

A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (29), a Operação Comboio, para apurar crimes que teriam sido praticados por organização criminosa composta por servidores ligados à Secretaria de Segurança Pública do Estado de Amazonas.

As investigações tiveram início no Ministério Público do Estado do Amazonas, após informações de que um grupo de pessoas ligado à pasta teria se estruturado de forma ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem mediante a prática de infrações penais.

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Há indícios de que os crimes teriam ocorrido no âmbito do núcleo especializado em operações de trânsito da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas.

Policiais federais cumprem 17 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas, nas cidades de Manaus/AM, Apuí/AM e São Caetano do Sul/SP.

A Polícia Federal investiga as seguintes condutas: organização criminosa, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e peculato.

Um dos alvos da operação foi o secretário de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), Carlos Alberto Mansur. O Procurador Geral de Justiça (PGJ), Alberto Rodrigues, confirmou a informação durante coletiva de imprensa, na manhã desta terça-feira (29), na sede do MP, em Manaus.

O nome da operação “Comboio” faz alusão a maneira como o grupo investigado atuava. Via de regra, partiam em direção aos locais onde seria praticado o ilícito utilizando veículos oficiais, transitando de maneira organizada, sob a guarda de uma escolta.

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tenta negociar uma confissão parcial à Polícia Federal (PF), por meio de sua defesa. O objetivo é tentar uma redução da pena que ele virá a ter após uma possível condenação. A informação é da jornalista Andréia Sadi, do G1. 

Cid foi chamado para depor na sede da PF, em Brasília, na última segunda-feira (28), onde falou por mais de 10 horas sobre a invasão feita pelo hacker Walter Delgatti Neto ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), na tentativa de obstruir as vias judiciais do país. 

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Ele ainda é investigado por ter envolvimento em diversos esquemas, como a falsificação de certificados de vacinação, interceptação e venda de joias dadas como presente ao então presidente Bolsonaro, entre outros crimes.  

A família de Cid defende a ideia de uma delação, que pode ajudar as situações de se pai, Mauro Cesar Lourena Cid, e de sua esposa, Gabriela Cid. Eles são apontados como suspeitos de envolvimento na venda de objetos da União e no caso das vacinas, respectivamente. No entanto, o advogado do militar, Cezar Bittencourt, avalia que a confissão seria mais benéfica para seu cliente. 

 

 

Na manhã desta terça (29), a Polícia Federal cumpriu dois mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao deputado estadual Amauri Ribeiro (UNIÃO), em Goiás. A atuação é referente a 15ª fase da Operação Lesa Pátria, que apura os envolvidos nos ataques à Praça dos Três Poderes em 8 de janeiro.

O deputado admitiu que doou dinheiro e mantimentos à acampamentos antidemocráticos em Brasília e que teria chegado a acampar no local. "Mandem me prender, eu sou um bandido, um terrorista, um canalha, na visão de vocês", afirmou na tribuna da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).

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Ao g1, o advogado Demóstenes Torres informou que as ordens judiciais foram cumpridas em Goiânia e Piracanjuba e que celular de Amauri foi apreendido.

"A defesa pedirá acesso aos autos que originaram a medida cautelar de busca e apreensão", disse.

Em nota, a Polícia Federal resumiu o objeto da investigação: “Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido e crimes da lei de terrorismo”.

A Polícia Federal prendeu nesse sábado (26) um homem acusado de abusar sexualmente de seus três enteados – duas crianças e um adolescente, na Operação “Kaleu 23”. Foi cumprido um mandado de prisão preventiva e um de busca e apreensão, expedidos pela 3ª Vara Criminal Federal da Seção Judiciária do Pará, em Belém/PA, contra o suspeito dos crimes.

As investigações se iniciaram após a comunicação da polícia australiana sobre vídeos em que um brasileiro aparece abusando sexualmente de uma criança, publicados em fóruns da Darkweb - sites que requerem programas, configurações ou autorizações específicas para serem acessados e, por isso, não aparecem em sistemas de busca.

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A partir dessas informações, a Polícia Federal entrou em ação por meio da Força Tarefa de Identificação de Vítimas, coordenada pela Coordenação de Repressão a Crimes Cibernéticos relacionados ao Abuso Sexual Infantojuvenil, em Brasília/DF. Utilizando-se de modernas técnicas de investigação cibernética e tecnologia, conseguiu identificar os suspeitos, moradores do distrito de Mosqueiro, a cerca de 70 quilômetros de Belém.

Com base nisso, a ação foi desencadeada pela PF, que confirmou a identidade e idade das vítimas, além de ter apreendido o aparelho celular e notebook que o investigado utilizava para compartilhar os arquivos na DarkWeb.

No cumprimento do mandado de busca e apreensão, foram encontradas roupas que aparecem nas filmagens criminosas. Na análise preliminar em sua residência, os policiais encontraram arquivos com links de acesso aos fóruns e as senhas salvas, no notebook apreendido. Os itens apreendidos serão submetidos a perícia técnica para extração do conteúdo.

Outras vítimas podem ser identificadas durante as investigações, bem como a participação de outras pessoas nos crimes.

Os crimes investigados são de estupro de vulnerável, satisfação da lascívia mediante presença de criança ou adolescente, divulgação de cena de estupro de vulnerável, além de produção, armazenamento e compartilhamento de materiais relacionados ao abuso sexual infantojuvenil.

O nome da operação, “Kaleu23”, é uma referência à denominação empregada pelo alvo nos fóruns em que compartilhava o conteúdo na DarkWeb.

Da assessoria

O tenente-coronel André Luis Cruz Correia, ex-segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), estava em um grupo de WhatsApp com militares da ativa que defendiam um golpe de Estado, faziam ameaças ao ministro do Supremo Alexandre de Moraes, e que apoiaram as invasões do 8 de Janeiro. No grupo estava também o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid.

O militar foi demitido do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República no último dia 10 de agosto, após suspeitas de que ele integrava o grupo. A informação foi adiantada pelo portal Metrópoles à época. Correia era assessor militar na Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial e chegou a viajar ao lado do mandatário. 

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A orientação para demiti-lo saiu da Polícia Federal (PF), que teria apresentado as evidências em um relatório enviado ao Planalto, de acordo com a colunista Andréia Sadi. A PF, que costumava fazer a segurança de Lula, deixou a atividade após o presidente optar por elencar de volta o GSI, evitando um desgaste junto aos militares.  

 O ministro do GSI, general Marcos, diz que desconhecia a participação de Correia no grupo. 

 

Com as atualizações do caso das joias sauditas recebidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados, muitos brasileiros ainda têm dúvidas sobre o que diz a legislação em relação ao recebimento e vendas de objetos por autoridades políticas. Sendo assim, o LeiaJá conversou com o doutor em ciência política Rodolfo Marques para esclarecer como as leis tratam o assunto e como está o andamento das investigações envolvendo o ex-chefe do Executivo.

"Essa confusão que Bolsonaro gerou entre público e privado ajuda, entre aspas, a gerar mais desconforto ou mais dissonância em relação ao tema", afirma o cientista político ao abordar a suposta venda ilegal de presentes recebidos em viagens oficiais feitas pelo ex-mandatário e a sua equipe durante a gestão federal.

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Presentes milionários

O caso veio à tona em outubro de 2021, quando a Polícia Federal (PF) apreendeu no Aeroporto Internacional de Guarulhos, no estado de São Paulo, um conjunto de joias avaliado em R$ 16,5 milhões que seria um presente do governo da Arábia Saudita à então primeira-dama, Michelle Bolsonaro (PL). O kit era composto por itens da marca suíça Chopard que incluía: um anel, um relógio, um par de abotoaduras, um rosário islâmico e uma caneta.

Na época, o conjunto milionário foi encontrado na mala de um assessor do então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e não foi declarado à Receita como item pessoal, o que obrigaria o pagamento de imposto. No entanto, os objetos só poderiam ter entrado no país sem a necessidade do pagamento de impostos, caso fossem declarados como presente para o Estado brasileiro, mas, neste caso, ficariam com a União, não com a ex-primeira-dama.

Rodolfo Marques acredita que devido as joias terem vindo do governo da Arábia Saudita, isso já atrai algumas complicações para a imagem de Bolsonaro.

"O governo saudita é muito controverso em relação aos processos democráticos dentro do próprio país. Há constantes ataques a jornalistas e a grupos minoritários, e isso é extremamente complicado. Então, a praxe nesse caso seria não aceitar o presente, ou, caso aceite, que esse presente fosse incorporado ou que esses presentes fossem incorporados ao Estado brasileiro", pontua.

Foto: Lula Marques/Agência Brasil

Desde o momento em que foi iniciada essa operação da PF, outras situações envolvendo joias milionárias foram divulgadas. Sendo assim, Bolsonaro e o seu entorno são foco das investigações que apuram um suposto esquema de negociação ilegal de objetos dados por delegações estrangeiras à Presidência da República.

O que de fato diz a lei?

A partir do início dos anos 90, uma série de resoluções, leis e decisões da Justiça criaram várias regras sobre o tratamento que deve ser dado a documentos de acervo e a presentes trocados por figuras políticas. As regras que também são válidas para servidores públicos, existem para evitar que objetos caros, como os do kit da Chopard, sejam usados para corromper e favorecer interesses.

As leis obrigam que quaisquer itens recebidos em cerimônias de trocas de presentes entre autoridades, audiências com autoridades estrangeiras ou viagens oficiais sejam declarados de interesse público e passem a integrar o patrimônio cultural brasileiro. Sendo assim, todos os presentes recebidos são catalogados pela Diretoria de Documentação Histórica da Presidência da República, que fica encarregada de preservar o acervo durante o mandato do presidente que recebeu os itens. Depois de deixar a Presidência, o ex-chefe do Executivo, com o auxílio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), passa a ser responsável pela conservação dos objetos.

Itens não podem ser vendidos

Em 2016, o Tribunal de Contas da União (TCU) determinou que independentemente de os objetos serem entregues em evento oficial, eles devem ficar em acervo da União, sendo assim, não podem ser considerados patrimônio particular do presidente após o fim da sua gestão.

A ordem também determinou que fosse realizada uma auditoria para localizar presentes dados por lideranças estrangeiras a parlamentares a partir de 2002, quando o decreto foi editado. Com esse novo entendimento, por exemplo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a ex-presidenta Dilma Roussef (PT) tiveram que devolver presentes recebidos durante seus mandatos. Os objetos que não foram devolvidos, tiveram que ser pagos.

Em março deste ano, o TCU reiterou que os itens de uso pessoal de alto valor devem ser registrados como patrimônio da Presidência. A tentativa de vendê-los é ilegal.

Os ex-chefes do Executivo, como é o caso de Jair Bolsonaro, só podem usufruir em caráter pessoal daqueles itens considerados de "natureza personalíssima", como medalhas personalizadas, ou de "consumo direto", tais como gravatas, bonés, camisetas, perfumes, chinelos e alimentos.

A regra também vale para prefeitos e governadores

O cientista político Rodolfo Marques afirma que a regra também fiscaliza os prefeitos, dos mais de 5.500 municípios, e os 27 governadores brasileiros.

"Prefeitos e governadores em menor escala também têm que se submeter à legislação. Eu digo menor escala pela monta, são mais de 5 .500 municípios no Brasil, são 27 unidades federativas, portanto temos 27 governadores e eles, por vezes, são expostos a essas situações de presentes, de honrarias e de condecorações", explica Rodolfo.

"Honrarias condecorações, embora estejam ligados ao exercício do cargo, eles acabam sendo personalizados ou personificados. Mas em casos de presentes, deve ter muito cuidado, exatamente para essa questão da discricionariedade e da separação daquilo que é público e privado", detalha.

A Polícia Federal (PF) atuou, de 15 a 22 de agosto, na deflagração da Operação Polígono IV, na região conhecida como “polígono da maconha”, no serão de Pernambuco. A operação, realizada por meio da Delegacia da PF em Salgueiro, resultou na destruição de cerca de 230 mil pés de maconha, além da apreensão de 28 kg da planta pronta para consumo. 

Ao todo foram acionados cerca de 90 agentes de segurança, entre policiais federais, civis, militares e bombeiros do estado. A ação durou oito dias, e atingiu 45 plantios que acumulavam cerca de 5.300 mudas de maconha, localizadas no continente e nas ilhas do Rio São Francisco. Os integrantes da ação realizaram incursões aéreas, terrestres e fluviais, com o emprego de uma aeronave do Grupamento Tático Aéreo, da Secretaria de Defesa Social de PE, viaturas policiais e botes infláveis. 

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A estimativa da PF é de ter “evitado a produção de aproximadamente 77 toneladas da droga, caso os 230 mil pés de maconha fossem colhidos e colocados no mercado consumidor”. 

 

Chegaram a público, nesta terça-feira (22), uma série de gravações das conversas trocadas, de forma privada, entre o hacker Walter Delgatti Netto e outros investigados em uma operação para fraudar o sistema eleitoral e, assim, promover dúvidas infundadas sobre as urnas eletrônicas. 

Os áudios foram entregues à Polícia Federal na última sexta-feira (18) e recém-divulgados à imprensa, tendo a primeira divulgação no portal Metrópoles. Nos registros, o preso cita o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a deputada federal Carla Zambelli (PL), no contexto de simulação de fraude que tem sido apurado pelas autoridades. 

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O programador cita, por exemplo, que Bolsonaro fez questão de encontrá-lo, mesmo recebendo contraindicações quanto à proximidade com Delgatti. O hacker também afirma ter se aproximado da família de Zambelli. 

A história do código-fonte 

Em 9 de agosto de 2022, Delgatti foi gravado citando uma reunião na sede do Partido Liberal, em Brasília. Trata-se da reunião de 10 de agosto, supostamente com o presidente do partido, Waldemar Costa Neto, e outros aliados, menos de 24h após a gravação.  

“Eles vão configurar o código-fonte para dar o resultado que eles querem. Eles vão pegar agora uma urna. Eles mesmo vão fazer isso”, afirmou Walter Delgatti. Na ocasião, explicou que o objetivo do ataque ao sistema eleitoral era induzir o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a autorizar militares a fazer uma “fiscalização” nas urnas, de modo a facilitar possíveis contestações a uma eventual vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que ainda era candidato. 

Nesse mesmo dia, Delgatti foi filmado dentro do hotel Phenícia, em Brasília, conversando com um funcionário no balcão da recepção. Lá, um motorista que dirigia um carro com uma placa “fria” passou para buscá-lo e levou o hacker ao encontro de Bolsonaro no Palácio da Alvorada, como revelou a revista Veja em agosto do ano passado. 

"Quem manda aqui sou eu" 

No mês seguinte, no dia 22 de setembro, dez dias antes do primeiro turno, o programador contou detalhes do que seria um protagonismo do ex-presidente Bolsonaro na empreitada, dando a entender que os dois teriam se encontrado várias vezes. “O Bolsonaro, ele tá fazendo questão que eu vá lá. Aí, teve alguém da equipe que falou: “Irmão, é bom ele não vir aqui porque pode queimar”. Ele (Bolsonaro) falou: “Quem manda aqui sou eu, e ele vai vir”. 

Proximidade com a família Zambelli 

Na sessão da CPMI dos Atos Golpistas, Delgatti foi questionado sobre a proximidade com a deputada Carla Zambelli, investigada por ter recrutado o programador. Segundo a defesa da parlamentar, a proximidade seria por conta de um projeto de trabalho que envolvia o cuidado com as redes sociais da política. Segundo a gravação obtida pelo Metrópoles, no entanto, o programador e Zambelli tinham uma relação quase familiar, segundo relato do hacker. 

“Eles estenderam a mão para mim, cara. A Carla me tratou hoje como se fosse um filho, coisa que nunca aconteceu na minha vida”, disse Delgatti. “A ponto da mãe dela me servir leite com Nescau, na mesa, e acompanhado com ela”, contou o programador, revelando que jogou até vídeo-game com o filho de Zambelli. 

 

O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, pediu à Polícia Federal (PF) informações sobre eventuais reuniões que o hacker Walter Delgatti disse ter tido com militares. Um ofício foi enviado pela pasta na última sexta-feira (18) e elaborado com base nas alegações do hacker da Vaza Jato. A solicitação foi reiterada nesta segunda-feira (21) e deve acelerar as investigações. 

Segundo o advogado de Delgatti, Ariovaldo Moreira, houve encontros entre o preso e militares; entre eles, o general do Exército Paulo Sérgio Nogueira, o coronel do Exército Eduardo Gomes da Silva, e um grupo de servidores. 

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À Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), Walter afirmou que visitou o Ministério da Defesa em cinco ocasiões, por indicação do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, que supostamente queria dar ao hacker maior acesso técnico às urnas e, assim, buscar formas de violar ou descredibilizar as eleições. 

No sábado (19), Múcio e os comandantes das três Forças Armadas se reuniram com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PL). Na reunião, os chefes da Marinha, Exército e Força Aérea disseram ao presidente que desejam que militares que estejam envolvidos em atos golpistas sejam investigados e punidos, caso seja constatada culpa. 

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A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quinta-feira (17), a Operação Segurança Legal VII, que deverá encerrar atividades de empresas que prestam serviços de segurança privada de forma clandestina, em todo o país. 502 agentes federais fazem parte da operação, que prevê a fiscalização de 449 endereços. 

A PF atua no caso desde 2017, sob a coordenação da Divisão de Controle e Fiscalização de Segurança Privada (DICOF-CGCSP-DPA-PF). A operação foi deflagrada pelas Delegacias de Controle de Segurança Privada (DELESP) nas capitais e pelas Unidades de Controle e Vistoria, nas delegacias descentralizadas. 

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Em Pernambuco, participaram da ação 25 policiais federais, que fiscalizaram dez estabelecimentos, na capital e interior, em inspeções simultâneas para detectar atividades irregulares de segurança privada. Segundo a PF, nove autos de encerramento de atividade não autorizada, ou clandestina, foram lavrados no estado. 

No Brasil, somente empresas de segurança privada autorizadas pela Polícia Federal podem prestar serviços e contratar vigilantes. Segundo a instituição, as empresas clandestinas não observam os requisitos mínimos de funcionamento previstos na legislação. A assessoria da PF ainda ressalta que a contratação de serviços clandestinos de segurança privada coloca em risco a integridade física de pessoas e o patrimônio dos contratantes, já que os “seguranças” clandestinos não se submetem ao controle da Polícia Federal quanto aos seus antecedentes criminais, formação, aptidão física e psicológica. 

*Com informações da assessoria de comunicação.

 

A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quinta-feira (17), a nova fase da operação Lesa Pátria, que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro e busca identificar e prender os financiadores da mobilização criminosa. Na nova investida, os agentes cumprem 16 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de prisão preventiva. Segundo a PF, há mandados em Goiás, Paraíba, Paraná, Santa Catarina, Bahia e no Distrito Federal. As ações foram autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. 

No começo da manhã desta quinta-feira, oito dos 10 alvos de prisão preventiva já tinham sido detidos – dois no Distrito Federal, dois em Goiás, dois em Santa Catarina, um na Paraíba e um no Paraná. Os nomes dos alvos não foram sido divulgados. De acordo com a TV Globo, um dos presos é o pastor Dirlei Paiz, natural de Blumenau, em Santa Catarina. Em uma foto antes publicada no Instagram, ele aparece em fotos ao lado de Jair Renan, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e com placas pedindo "intervenção federal". 

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"Polícia Federal executando hoje mais mandados judiciais relativos às investigações sobre os atos golpistas perpetrados em 8 de janeiro. Justiça necessária para que atuem as funções repressivas e preventivas que o Direito Penal exerce", escreveu o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), em uma rede social. 

Festa da Selma 

Segundo a Polícia Federal, o grupo alvo dos mandados desta quinta é suspeito de ter fomentado o movimento violento chamado "Festa da Selma" – um codinome usado pelos golpistas para se referir aos atos terroristas. 

"O termo 'Festa da Selma' utilizado para convidar e organizar transporte para as invasões, além de compartilhar coordenadas e instruções detalhadas para a invasão aos prédios públicos", diz a PF.  

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Nesta quarta-feira (16), em Brasília, a Polícia Federal (PF) deve interrogar o hacker Walter Delgatti Neto, conhecido como "hacker da Vaza Jato". A informação é do blog de Andréia Sadi, do G1, e cita também que o depoimento foi agendado para às 13h, na sede da instituição. Delgatti foi preso no começo de agosto em São Paulo e deve ser transferido para a capital federal.  

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A defesa de Walter ainda está avaliando se ele responderá às perguntas da PF, mas existe a expectativa e que, sob depoimento, o preso apresente elementos que sustentem uma delação premiada sobre a participação dele em possíveis crimes do Governo Bolsonaro e de seus aliados. 

O hacker é investigado por participar da invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça para a inclusão de um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e membro da Suprema Corte. O documento falso teria sido feito pela deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), aliada do hacker. 

Em junho, ele disse à PF que teve um encontro com Zambelli em setembro de 2022, às vésperas da eleição, em um posto de gasolina. Segundo o hacker, ela pediu que ele invadisse a urna eletrônica ou qualquer sistema da Justiça brasileira. 

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Por oito votos a dois, o Supremo Tribunal Federal declarou inconstitucional ato da Polícia Federal em 2021, em meio ao governo Jair Bolsonaro, para restringir o acesso a todos os procedimentos cadastrados nos sistemas da corporação.

O caso levou a Corte a fixar a tese de que a restrição de publicidade a um ato de qualquer dos Poderes deve ser motivada 'objetiva, específica e formalmente'. "São nulos os atos públicos que imponha, genericamente e sem fundamentação válida e específica, impeditivo do direito fundamental à informação."

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Sete ministros acompanharam o voto da relatora, Cármen Lúcia. "A República não admite catacumbas. A democracia não se compadece com segredos", afirmou a ministra, repetindo ponderação feita quando o Supremo declarou inconstitucional a produção de dossiês sobre cidadãos 'antifascistas'.

Seguiram tal entendimento os ministros Dias Toffoli, Luiz Fux, Edson Fachin, Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Cristiano Zanin, Luís Roberto Barroso e Rosa Weber. Restaram vencidos os ministros ministro André Mendonça e Kassio Nunes Marques.

O voto divergente no caso foi apresentado por Mendonça - ex-ministro da Justiça de Bolsonaro alçado ao cargo no STF um dia depois da edição do ato contestado na ação.

Mendonça defendeu que pode ser imposto sigilo como 'regra geral' no Sistema Eletrônico de Informações (SEI) da Polícia Federal por 'veicular informações relacionadas à atividade de inteligência, cuja divulgação ou acesso irrestrito possa comprometer investigação ou fiscalização em andamento'.

O ministro argumentou que o SEI é de uso interno e que a restrição 'não obstaculiza o acesso à informação, por qualquer interessado, quando, no caso concreto, se constate a ausência de sensibilidade ou prejudicialidade à atividade finalística exercida pela Polícia Federal'.

O STF analisou uma ação em que o PSOL questionava ofício enviado em julho de 2021 pelo então presidente da Comissão Nacional do Sistema Eletrônico de Informações da Polícia Federal - órgão do Ministério da Justiça. O documento prevê que todas as informações e documentos na plataforma sejam restritos ou sigilosos.

A legenda evocou os princípios da transparência e da publicidade, apontando desvio de finalidade na edição do ato. O PSOL considera que a justificativa para a medida, de 'compartimentação de informações sensíveis e possibilidade de lançamentos equivocados', é 'lacônica e genérica para uma restrição de direito fundamental'.

Em seu voto, Cármen Lúcia destacou que prevalece em uma República o princípio da publicidade e do acesso aos documentos públicos de todos os poderes, 'sendo o segredo exceção somente legítima se devida e suficientemente justificada'.

Segundo a ministra, 'a excepcionalidade de imposição do sigilo deve ser objetiva, formal e especificamente justificada'.

Ela frisou que informações referentes à administração pública, 'compreendida por ações institucionais e pela atuação dos agentes estatais, são sempre de interesse público'. "O Estado põe-se a serviço dos cidadãos - e somente por isso se justifica -, e como tal deve satisfação de seus atos", afirmou a ministra.

Cármen Lúcia rebateu posicionamento do Ministério da Justiça de que a restrição seria possível enquanto 'perdurasse a condição de documento preparatório dos expedientes ou informações neles contidas'.

"O controle de legalidade e finalidade dos atos administrativos somente se faz possível com transparência na gestão pública. Esse controle não se restringe ao ato perfeito e acabado, abrangendo o processo administrativo que o precede e os motivos apontados como determinantes para adoção de determinada conduta pela administração pública", alerta a ministra.

A Polícia Federal prendeu, no sábado (12), uma passageira que tentou embarcar em voo para a França com cocaína dentro do estômago, na forma de cápsulas, em Guarulhos, São Paulo. A passageira, nacional de Angola, transportava a droga introduzida no corpo e engolida.

A mulher, que possui Registro Nacional de Migrante (RNM), já havia sido presa pelo mesmo crime no ano de 2008. Em razão do risco de morte ela foi conduzida ao hospital público, para que possa expelir com segurança as cápsulas com droga que foram engolidas.

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Com informações da assessoria

A Polícia Federal (PF) resgatou oito trabalhadores em condições análogas à escravidão em fazendas localizadas no Acre. A Operação Claver ocorreu entre a última segunda-feira (7) e esta sexta-feira (11) e foi realizada em conjunto com o Ministério Público do Trabalho (MPT) em Rondônia e no Acre e pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Os órgãos receberam denúncias sobre a situação vivida pelos trabalhadores nas propriedades, que passam pelos municípios de Sena Madureira e Manoel Urbano. Segundo a PF, os trabalhadores foram encontrados sem equipamentos, primeiros socorros e sem água potável. A comida e a moradia eram precárias, com jornadas exaustivas e sem formalização de documentos trabalhistas.

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Os proprietários das terras foram autuados pelo descumprimento de normas trabalhistas. A pena prevista para o crime de redução à condição análoga à de escravo é de oito anos de reclusão e multa, além da pena correspondente à violência.

De acordo com a PF, a operação foi batizada em alusão a S. Pedro Claver, missionário espanhol protetor dos escravos e que viveu no século 16.

Um dos nomes em maior evidência na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do 8 de Janeiro é o do tenente-coronel Mauro Cid, peça-chave do Governo Bolsonaro e antigo ajudante de ordem do ex-presidente da República. A aproximação dos dois aconteceu através do general Mauro Cesar Lourena Cid, pai do tenente-coronel e também colega de turma de Jair durante desde a década de 70.

Junto ao filho, Lourena se tornou, nesta sexta-feira (11), alvo de um mandado de busca e apreensão obtido pela Polícia Federal (PF). O objetivo é encontrar provas no caso de desvio dos bens patrimoniais do Brasil, em um esquema montado por aliados de Jair Bolsonaro (PL) e encabeçado pelos Cid. Na façanha, o general seria responsável por encontrar clientes e negociar as joias nos Estados Unidos, onde atuava.

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Entenda quem são os Mauro Cid - pai e filho - e a participação deles em supostos crimes investigados durante o último governo. 

Mauro Cesar Lourena Cid, o pai e general

O general Lourena é um oficial do Exército Brasileiro, formado na Academia Militar dos Agulhas Negras (Aman). Foi na academia que ele conheceu Jair Bolsonaro, ainda na década de 70, e eles se tornaram amigos de turma. Atualmente, Lourena é general da reserva, mas atuou no Governo Bolsonaro. Após a indicação do ex-presidente, assumiu a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), nos Estados Unidos, entre 2019 e 2023. 

Em 2015, assumiu o posto de Comandante Militar do Sudeste, comando enquadrante da 2ª Região Militar e da 2ª Divisão de Exército, até 2017. Depois, o general fez parte do Departamento de Educação do Exército. O pai de Lourena Cid, Antônio Carlos Cid, chegou a trabalhar na Casa Militar de José Sarney, onde fica a ajudância de ordens.

General está no cerne de escândalo de corrupção

Lourena e o filho Mauro Cid são alvos de uma operação da Polícia Federal que investiga a tentativa de vender, de forma ilegal, presentes entregues ao ex-presidente Jair Bolsonaro por delegações estrangeiras. Pai e filho tiveram mais de R$ 5,6 milhões em “transações atípicas” em um pouco mais de um ano, segundo o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

Nesta sexta-feira (11), a PF cumpriu mandados de busca e apreensão no endereço dos investigados, sendo adicionado ao grupo de suspeitos, também, Frederick Wassef, ex-advogado da Família Bolsonaro.

O filho e tenente-coronel, Mauro Cid

Mauro Cesar Barbosa Cid é natural de Niterói, no Rio de Janeiro, tem 44 anos e integra o Exército Brasileiro desde 1996. Ele é filho do coronel Mauro (Lourena) Cid, que está nas Forças Armadas há cinco décadas. Já integrou o Comando de Operações Terrestres do Exército Brasileiro (Coter) e foi coordenador da ajudância de ordens do Governo Bolsonaro, entre 2018 e 2022. Em quatro anos, Cid fez 144 viagens a serviço da Presidência, segundo o Portal da Transparência do governo federal. 

Outras investigações contra o tenente-coronel

1. Fraude ao Conecte SUS 

Cid foi preso preventivamente pela PF no dia 3 de maio por suspeita de fraude em cartões de vacinação contra a covid-19. A polícia aponta que ele adulterou os registros de imunização de Laura e Jair Bolsonaro para uma viagem aos Estados Unidos, que exige a vacinação para ingressar no país. Os dados do cartão vacinal de Cid e de sua esposa, Gabriela Ribeiro, também foram fraudados. 

Gabriela viajou três vezes aos EUA com o cartão de vacinação fraudado. A PF cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa de Mauro Cid, onde foram apreendidos US$ 35 mil e R$ 16 mil em dinheiro vivo. Além disso, seu celular foi periciado e foram encontradas movimentações bancárias em uma conta nos Estados Unidos. 

Além disso, Mauro Cid foi apontado como integrante das milícias digitais em investigação da Polícia Federal sobre a live de Bolsonaro, onde o presidente relacionou as vacinas contra COVID-19 com o HIV. Ele também seria o responsável pela divulgação de dados sobre o ataque hacker ao Supremo Tribunal Federal. 

2. Tentativa de golpe de Estado 

Cid é suspeito de articular uma intervenção militar contra o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) após as eleições de 2022. Uma perícia da PF encontrou no celular de Cid trocas de mensagens com outros militares, entre abril e maio, tratando de ações que configurariam um golpe de Estado. As mensagens foram reveladas pela imprensa e depois tornadas públicas pela Justiça. Entre os documentos obtidos pela polícia, está uma minuta de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e tratativas para a decretação de um Estado de Defesa. 

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Sem citar nomes, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), comentou, em suas redes sociais, sobre a investigação contra o ex-integrante do Governo Bolsonaro Mauro Cid e seu pai, alvos de uma investigação da Polícia Federal sobre a venda de joias que pertenceriam ao patrimônio nacional. O titular da pasta disse que a compra e a venda de joias são caminhos clássicos de corrupção e lavagem de dinheiro. 

“Há muitos estudos que mostram que compra e venda de joias é um caminho clássico de corrupção e lavagem de dinheiro. Muitos veem como um crime “seguro”, que ficará escondido para sempre. Por isso, é essencial sempre investigar o assunto, quando há indícios de ilegalidades”, escreveu. 

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Na manhã desta sexta-feira (11), a Polícia Federal (PF) cumpre mandados de busca e apreensão contra o general Mauro César Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), em Brasília. O militar e outros integrantes da Gestão Bolsonaro são suspeitos de utilizar do cargo para desviar bens de alto valor patrimonial, entregues de presente por autoridades estrangeiras em missões oficiais a representantes do Estado brasileiro, por meio da venda desses itens em países do exterior. 

Os valores obtidos pelas transações ilegais ainda não foram revelados, mas a investigação aponta que tudo foi convertido em dinheiro em espécie, que posteriormente foi transferido para o patrimônio pessoal dos suspeitos. Um dos conjuntos no rol de joias vendidas, da grife Chopard, foi avaliado em R$ 5,6 milhões. 

Na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do 8 de Janeiro, parlamentares revelaram documentos que transcrevem e-mails de Mauro Cid. As mensagens revelam que a Ajudância de Ordens da Presidência da República teve acesso aos certificados de joias entregues pelo governo da Arábia Saudita ao Brasil. Os registros revelam também as tentativas de retirada do primeiro conjunto de joias, apreendido pela Receita Federal no Aeroporto de Guarulhos. 

Um vigilante de 38 anos foi preso pela Polícia Federal, em Fortaleza, capital do Ceará, após receber uma cobra jiboia em uma encomenda dos Correios. Durante a prisão, na manhã desta quinta-feira (10), o homem confessou que comprou o animal por meio de um perfil nas redes sociais.

O suspeito, de identidade não revelada pela Polícia Federal, mora no bairro de Quintino Cunha. Foi formalizado um Termo Circunstanciado de Ocorrências (TCO) contra ele, no entanto, a PF garantiu que a investigação continua para identificação dos demais envolvidos no crime flagrado.

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O vigilante poderá responder por crimes ambientais de aquisição ilegal e por maus-tratos de animal silvestre, conforme dispositivos da Lei 9.605/98. A pena pode chegar a dois anos de prisão.

 

A Polícia Federal iniciou na manhã desta quarta-feira (9) a Operação Fake Mail para combater crimes de fraude eletrônica, que causaram prejuízo à Caixa Econômica Federal. Cinco pessoas foram presas até agora e devem responder por associação criminosa e fraude eletrônica, com penas que podem chegar a 11 anos de prisão e multa.

As investigações apontam que os suspeitos enviavam mensagens eletrônicas fraudulentas à Caixa Econômica Federal com documentos oficiais falsificados. Esses documentos autorizavam a transferência de valores para contas bancárias de diversas pessoas e os valores passavam por múltiplas camadas de contas bancárias, com o objetivo de dificultar o rastreamento.

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Segundo a PF informou em nota, as investigações ainda estão em andamento e estão sendo cumpridos seis mandados de prisão preventiva e outros seis de busca e apreensão. Todos os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Federal Criminal de Belo Horizonte, em Minas Gerais.

Os agentes atuam nas cidades de Domingos Martins, Marechal Floriano, Vila Velha e Cariacica, no Espírito Santo, além da cidade de Betim, em Minas Gerais. Durante a operação também foram apreendidos cartões bancários e carros de luxo.

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