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Depois da vereadora Marília Arraes (PT) anunciar o apoio do Avante à sua pré-candidatura ao Governo de Pernambuco, inclusive com a indicação do deputado federal Silvio Costa para ocupar uma das vagas ao Senado pela eventual chapa que concorrerá, o presidente estadual do PT, Bruno Ribeiro, disse que “jamais” foi apresentada ou debatida a hipótese de coligação com o partido para a direção local petista e ponderou que as decisões partidárias devem ser tomadas apenas nas convenções, marcadas para acontecer entre os dias 27 e 29 de julho. 

Até o dia 27 de julho, Bruno disse que segue o direcionamento da Executiva Nacional de construir alianças com PSB e PCdoB, classificados como “prioritários” pela resolução divulgada no dia 9 de junho.   

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“A decisão sobre as candidaturas majoritárias em Pernambuco serão tomadas, com estreito entrosamento, pelas instâncias nacional e estadual, tendo como eixo central o fortalecimento da vitoriosa candidatura Lula Presidente e da retomada de um modelo de desenvolvimento popular e democrático, no interesse do povo brasileiro e do País”, declara o presidente estadual na nota.

A postura de Bruno põe em questionamento os argumentos apresentados por Marília Arraes durante a coletiva, nesta terça-feira (19), afirmando ter conversado com o presidente sobre o passo que tomaria sua pré-candidatura. 

"Todas as instâncias partidárias serão cumpridas. Isso [o anúncio] é em consonância com a base do partido. Conversei com Bruno [Ribeiro], falei da intenção de Silvio Costa de declarar apoio ao nosso projeto, mas ele tem mantido a postura de imparcialidade bastante condizente para a melhor condição do partido. Nossos passos são sempre informados ao presidente do PT e faz parte da nossa caminhada. É importante dizer que esse trabalho é para fortalecer o PT, não estamos isolados. Estamos com a aliança com o povo de Pernambuco e recebendo o apoio de Silvio Costa”, disse a vereadora na ocasião. 

Veja a nota de Bruno Ribeiro na íntegra:

NOTA

Sobre os assuntos tratados na coletiva convocada pela vereadora e pré-candidata Marília Arraes, registramos:

1- Que a hipótese de coligação com o Avante ou o eventual apoio à postulação do deputado Silvio Costa, jamais foi apresentada ou debatida na Direção Estadual do PT-PE, a cujas instâncias (Diretório e Encontro de Delegados) cabem, exclusivamente, a decisão sobre as candidaturas do nosso partido ao Governo do Estado e ao Senado;

2- Que, como é de público conhecimento, essas decisões partidárias, no PT em todo o Brasil, somente serão tomadas entre os dias 27 a 29 de julho, se não houver nova alteração nesse calendário;

3- Até lá, seguem as articulações da Direção Nacional objetivando construir alianças com os partidos declarados prioritários pela resolução da Executiva Nacional, datada de 09 de junho passado, o PSB e o PCdoB;

4- Que a decisão sobre as candidaturas majoritárias em Pernambuco serão tomadas, com estreito entrosamento, pelas instâncias nacional e estadual, tendo como eixo central o fortalecimento da vitoriosa candidatura Lula Presidente e da retomada de um modelo de desenvolvimento popular e democrático, no interesse do povo brasileiro e do País.

Recife, 19 de junho de 2018.

BRUNO RIBEIRO

Presidente do PT-PE

O julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em segunda instância, por crimes investigados pela Lava Jato, tem movimentado o mundo político e definirá os rumos da legenda para as eleições no país. Presidente do PT em Pernambuco, Bruno Ribeiro disse que acredita na absolvição do líder-mor petista e reforçou a condenação ao que chamou que “desejo de fazer política do Judiciário”.

“Estamos nas ruas fazendo a defesa do direito da constituição e pedindo a absolvição de um cidadão inocente. Não se apresentou uma prova e não há crime. Isso foi uma manipulação de uma parte do Judiciário que quer fazer política, mais precisamente o juiz Moro e o Deltan Dallagnol que apresentam convicções ideológicas como os fatos”, salientou Ribeiro. 

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Sob a ótica do petista, “para fazer política o juiz e procurador tem que ir para política”. “Estamos exigindo e nos mobilizaremos para cobrar que a justiça seja feita”, disparou o dirigente.  

Na próxima quarta-feira (24), o TRF4 vai apreciar o recurso de Lula contra a sentença do juiz Sérgio Moro que o condenou a cumprir 9 anos e 6 meses de prisão, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

O ex-presidente vai ser julgado, em segunda instância, pelo processo da Lava Jato referente ao pagamento de propina da empresa OAS, a partir de um triplex no Guarujá, litoral de São Paulo. Além da detenção, a sentença de Moro também o proíbe de exercer cargos públicos por 7 anos e a pagar uma multa de R$ 669,7 mil.

Segundo Bruno Ribeiro, “após o dia 24, qualquer que seja o resultado, eu quero registrar, no dia 25, absolvendo ou condenando, a direção nacional do PT, se reunirá e vai pronunciar oficialmente que Lula é candidato. Lula é candidato não só do PT e dos petistas, mas também Lula é candidato do povo brasileiro. Lula é candidato de um país”.

A Petrobras quer que a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) seja condenada a devolver, com seu marido, o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo, o valor de R$ 1 milhão aos cofres da empresa. O empresário Ernesto Klueger também é alvo da cobrança.

O pedido foi encaminhado ao ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), na ação penal em que a senadora foi denunciada por corrupção e lavagem de dinheiro.

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Nas alegações finais sobre o caso, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu que os três réus, além de condenados, fossem obrigados a pagar R$ 4 milhões em indenização aos cofres públicos, quatro vezes mais do que o R$ 1 milhão que teriam sido desviados da Petrobras para irrigar a campanha de Gleisi ao Senado em 2010.

Segundo a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), Paulo Bernardo teria solicitado a quantia ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que teria providenciado o pagamento por meio do doleiro Alberto Yousseff.

Na condição de auxiliar de acusação, a Petrobras pediu que, a partir dessa indenização, seja ressarcida em, ao menos, R$ 1 milhão, valor “inequivocamente, desviado dos cofres da requerente [Petrobras], através de estratagemas acuradamente analisados e reconhecidos pela acusação em suas considerações finais”.

No requerimento, a Petrobras volta a afirmar ter sido a maior vítima dos esquemas de corrupção revelado pela Operação Lava Jato desde 2014.

Até a publicação da reportagem, a Agência Brasil não conseguiu contato com os acusados. A senadora Gleisi Hoffmann e o ex-ministro Paulo Bernardo sempre negaram qualquer irregularidade.

“A requerida [senadora] jamais praticou qualquer ato que pudesse ser caracterizado como ato ilícito, especialmente no bojo do pleito eleitoral ao Senado Federal no ano de 2010, na medida em que todas as suas contas de campanha foram declaradas e integralmente aprovadas pela Justiça Eleitoral”, afirmou a defesa de Gleisi Hoffmann no curso da ação penal.

As articulações para a disputa pelo comando do Palácio do Campo das Princesas, hoje ocupado pelo governador Paulo Câmara (PSB), tem tomado força entre os partidos. Das legendas que pretendem concorrer à majoritária, está o Partido dos Trabalhadores (PT) que em 2014 optou por não disputar o cargo e aparar arestas internas deixadas por eleições anteriores. 

Em conversa com o LeiaJá nesta terça-feira (4), o presidente do PT em Pernambuco, Bruno Ribeiro, afirmou que o estado “merece um governo melhor” e a legenda petista “vai encontrar este caminho” para apresentar a população durante a campanha de 2018. 

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A argumentação de Ribeiro foi exposta após ser indagado sobre a eventual candidatura da vereadora Marília Arraes (PT). Ela encontrou, nessa segunda-feira (3), com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em São Paulo, para “bater um papo sobre o futuro de Pernambuco e do Brasil”, segundo descreveu o senador Humberto Costa (PT), que também participou da reunião e disse ter sido uma conversa “muuuuuito [sic] animadora”.   

O presidente estadual do PT confirmou que o debate no partido para a disputa pelo governo foram iniciadas, mas negou que os nomes dos postulantes já tenham sido escolhidos. “Lula habitualmente tem suas conversas, é natural. Conversa sempre sobre a situação do país e muito mais sobre Pernambuco, que é o estado dele. O encontro [de Marília, Humberto e Lula] não é vinculante a 2018. Estamos iniciando no partido este debate e quem vai coordenar o debate sobre 21018 é a comissão executiva”, declarou.  

Já sobre quem seria o candidato, Ribeiro ressaltou que “esta discussão não começa por nomes, mas é mediada por um projeto”. “Antes [ de escolher o candidato] a Executiva vai coordenar debates em todo o estado para encontrar saídas para os grandes retrocessos e no percurso surgirão, naturalmente, quadros históricos e jovens para esta tarefa. Nomes temos muitos e de qualidade”, reforçou.  

Hora de voltar à disputa 

Segundo Bruno Ribeiro, o retorno do PT na disputa pelo governo estadual é uma das diretrizes fechadas durante o Congresso que aconteceu recentemente. “Pernambuco saiu de um patamar que vinha de muitas décadas para um novo patamar a partir do PT de Lula e Dilma. O PT já deu muitas contribuições a Pernambuco e temos toda legitimidade para apresentar uma proposta de governo e fazer o estado voltar ao ciclo de crescimento”, observou. 

O dirigente petista também não poupou críticas ao governador Paulo Câmara. “Pernambuco merece um governo melhor e o PT vai encontrar este caminho”, alfinetou, lembrando de índices de violência, falta de água e outros pontos críticos da gestão atual.  

Aliança com Armando Monteiro 

Indagado ainda se o PT, com a disputa majoritária já havia conversado com o senador Armando Monteiro (PTB), que contava com a aliança petista para a corrida por 2018, Ribeiro esclareceu que “cada um constrói sua estratégia”.  

“Isso não interdita diálogo. Temos eleições de dois turnos. Caso nós passemos para a etapa seguinte esperamos contar com outras forças da sociedade e se for eles tenho certeza que também vão querer contar conosco”, frisou. 

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, conclamou os militantes do partido e defensores do governo Dilma Rousseff a continuarem vigilantes, mobilizados e dialogando com a população para que não prospere o processo de impeachment da presidente da República. O pedido foi feito em vídeo que postou há pouco na rede social Twitter.

Falcão destacou que mais de um milhão de pessoas saíram às ruas ontem em diversas cidades pelo País, o que foi um "esforço de mobilização, compromisso com a democracia, com o nosso governo, nosso projeto e defesa do presidente Lula." Segundo ele, não foram somente petistas que foram às manifestações. "Todos aqueles que têm compromissos com a democracia, contra o golpe, também deram uma demonstração de solidariedade, de resistência e de luta."

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De acordo com o presidente do PT, não há estabilidade no País "com a tentativa de deposição do nosso governo." E acrescentou: "A estabilidade se dá com o fim do golpe, com o fim do impeachment e com as mudanças da política econômica que temos apontado."

Falcão pediu para que os militantes fiquem atentos aos comunicados do partido, sobretudo na página do PT no Facebook, o que é importante inclusive para evitar a propagação de boatos. Segundo ele, no próximo dia 31 há uma mobilização programada e a Frente Brasil Popular discute a manutenção dessa data e a realização de novos eventos. Em sua despedida, Falcão foi enfático: "Um grande abraço. Vamos à luta e à resistência."

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