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Pelo menos três dos cinco pré-candidatos do PT à Prefeitura de São Paulo terão destaque na propaganda estadual partidária em novembro. Dos dias 7 a 21 do próximo mês, o ministro da Educação, Fernando Haddad, e os senadores Eduardo e Marta Suplicy defenderão seus feitos antes das prévias, marcadas para o final de novembro. Além das estrelas regionais, o PT estadual espera contar com a participação da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Embora o diretório municipal tenha recomendado que os cinco pré-candidatos aparecessem de alguma forma numa das 60 inserções, o diretório estadual teme que a exposição dos pré-candidatos seja alvo do Ministério Público Eleitoral. "Não tem como ser o critério pré-candidatura. É muito arriscado, o Ministério Público pode entrar com ação (por propaganda eleitoral antecipada)", explicou o presidente do diretório estadual do partido, deputado Edinho Silva.

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Para o diretório municipal, a inserção dos pré-candidatos seria a oportunidade ideal para expor todos os concorrentes, incluindo os deputados federais Jilmar Tatto e Carlos Zarattini. "Fizemos a sugestão ao diretório estadual para que os cinco aparecessem. Acho que eles devem falar em nome do partido agora", defendeu o presidente do diretório municipal, vereador Antonio Donato.

Cada inserção terá 30 segundos e deve abordar as ações dos governos petistas e das lideranças paulistas. Devem participar dos programas os prefeitos da Grande São Paulo, entre eles os de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, Osasco, Emídio de Souza, além do ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante.

Dezessete dias depois de a presidente Dilma Rousseff dizer, em Nova York, que conta com a "positiva ação vigilante da imprensa brasileira, não submetida a qualquer constrangimento governamental", a direção do PT anunciou que promoverá um seminário na última semana de novembro, em São Paulo, para tratar da democratização dos meios de comunicação. O partido de Dilma nega que defenda o controle da mídia, mas age para pressionar o governo a enviar ao Congresso o projeto de lei que trata do marco regulatório do setor.

"Queremos ter sintonia com o governo, mas o nosso foco é a sociedade", afirmou o deputado André Vargas (PR), secretário de Comunicação do PT. Discutido hoje na reunião da Executiva Nacional do PT, o assunto é tratado como prioridade na seara petista, embora o governo esteja preocupado em esclarecer que "ninguém vai bisbilhotar a mídia", como disse o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.

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O governo ainda faz a revisão do projeto que enviará ao Congresso para estabelecer o marco regulatório da comunicação eletrônica. O texto tem passado pelo crivo de consultas públicas e a ideia é desbastar pontos polêmicos. Para o Palácio do Planalto, esse é um tema muito sensível, que, se tratado de forma atabalhoada, pode criar ruído com a classe média. Não foi à toa que Dilma destacou a "ação vigilante" da imprensa ao participar de um encontro sobre transparência, na véspera da abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

"O processo de consulta pública do governo (sobre o marco regulatório da comunicação) deve ser divulgado no final de novembro e começo de dezembro. É nesse contexto que vamos organizar um seminário em São Paulo com todas as entidades, organismos e parlamentares interessados na democratização dos meios de comunicação", comentou o presidente do PT, deputado Rui Falcão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A minha tese era: João Paulo fora do PT é um candidato competitivo para vencer a eleição do Recife. A minha outra tese era: João Paulo candidato pelo PT a prefeito do Recife perde competitividade. A tese que prevaleceu, após a desistência de João Paulo de sair do PT, foi a primeira. Em razão disto, afirmo: a oposição (PMDB, DEM, PSDB e PPS)ganhou competitividade após a decisão de João Paulo.

João Paulo, caso seja candidato a prefeito precisa considerar o seguinte cenário: explicar ao eleitor a razão de ter escolhido João da Costa. Vejam que se João Paulo for candidato, João da Costa não se esforçará para recuperar a sua gestão (Cenário plausível), a qual é mal avaliada. Portanto, João Paulo disputará a eleição em circunstâncias não adequadas. E terá que explicar, caso seja provocado pela oposição, a administração de João da Costa.

Diversos atores estão raciocinando da seguinte forma: o peso de João Paulo possibilitará a reeleição de João da Costa. Eles, ingenuamente, estão somando a intenção de voto de João da Costa com a de João Paulo. Recomendo cautela! Pois a matemática carece de exatidão na dinâmica eleitoral, pois as emoções dos eleitores importam.

João Paulo, ao subir no palanque de João da Costa, dirá o quê? Se a oposição for sábia, e esquecer os números, e procurar identificar os sentimentos/emoções dos eleitores, criará o seguinte gatilho emocional: João Paulo “brigou” com João da Costa e o Recife foi esquecido. Gatilho emocional, vale salientar, não suficiente para garantir o sucesso eleitoral da oposição.

Mas se João Paulo for candidato pelo PT a prefeito? Outro gatilho emocional poderá ser utilizado pela oposição: Por que João Paulo, após indicar João da Costa, volta a ser candidato a prefeito no lugar de João da Costa? O que João Paulo e o PT dirão? O PT terá que contratar sábios estrategistas e investir em pesquisas qualitativas.

A oposição ganha com a permanência de João Paulo no PT, pois o petista poderá perder capital eleitoral. Hoje, vários cadeados prendem João Paulo, quais sejam: Eduardo Campos, Humberto Costa e Lula. Estes cadeados poderão possibilitar o enfraquecimento do capital eleitoral de João Paulo (Cenário).

Atores políticos precisam considerar cenários, antes de tomar decisões. O melhor cenário para João Paulo era a saída do PT. Mas isto não significa que ele não será mais prefeito ou governador. Cisnes Negros (O inesperado) surgem. Portanto, neste instante, João Paulo precisa torcer para que Cisnes Negros apareçam, pois ele fez a pior escolha. Enquanto isto, neste instante, a oposição pode comemorar!

Aproveito para lembrar outra tese: João da Costa é o melhor candidato do PT neste instante.

Depois de meses de mistério e muita negociação, o deputado federal e ex-prefeito do Recife João Paulo (PT) decidiu permanecer no Partido dos Trabalhadores. Rompido politicamente com o atual prefeito, João da Costa (PT), o parlamentar avaliava a possibilidade de mudar de partido e lançar-se candidato na sucessão municipal, em 2012. Porém, agora há pouco, o petista anunciou sua decisão, em seu perfil no Twitter. "Acabo de conversar com a pres Dilma e atendendo ao seu apelo e do ex-pres Lula e companheiros decidi ficar no PT! (sic)", escreveu.

João Paulo havia sido cortejado por vários partidos, como PV, PCdoB, PTB e PDT, que viam no seu capital eleitoral uma chance de chegar à administração municipal no ano que vem. No começo de setembro, havia ganhado força a hipótese de que o petista aportaria nas hostes verdes. Caso quisesse ser candidato por outra sigla no pleito de 2012, João Paulo teria que se filiar até o dia 5 de outubro.

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 “Eu estou doido para fazer um debate”, afirmou o prefeito João da Costa (PT) durante a de apresentação do balanço do inverno 2011, ato que marcou o fim do Estado de Alerta no Recife, realizado na manhã desta quinta-feira (29), no Centro de Formação de Educadores Professor Paulo Freire, na Madalena.

No discurso, o prefeito exaltou as suas qualidades em quanto gestor e destacou as obras que estão em andamento e as que serão implantadas. “A gente está tirando gente da lama e colocando nos habitacionais. São mais de 100 obras em andamento, mas de 100 abras concluídas, nos morros. São R$ 400 milhões em obras”, disse.

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Na questão dos empregos Costa citou o número de postos de trabalho para o período de festas de final de ano e novos empreendimentos que a cidade está recebendo. “A CDL diz que teremos 16 mil vagas de trabalho temporário para este ano. A construção do shopping Rio Mar empregou quatro mil operários da construção civil e quando for inaugurado dará emprego a mais sete mil pessoas. Serão abertos 15 novos hotéis no Recife”, garantiu.

Costa ainda pediu para que sua equipe não se incomodasse com os opositores. “Vocês devem fechar os ouvidos a quem fala mal das coisas que fazemos. Essa gente nós temos que enfrentar na política, no debate”, provocou.  O prefeito não poupou críticas a gestões passadas. “Agora vamos falar em mobilidade. O grande problema não é a mobilidade, o trânsito. Quando se falava em vi a Mangue, em 2000, se falava de uma via Verde, que ia passa no meio do parque dos Manguezais. Iriam destruir 50 hectares de mangue para você andar nessa via e você ainda ia pagar pedágio. Era essa a grande ideia”, ironizou.

Quando perguntado se o discurso adotado já mirava as próximas eleições de 2014, o prefeito sorriu e disse que ainda há muito por ser feito no tempo que lhe resta de gestão.

Seguindo o pensamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a coordenação da corrente petista Construindo um Novo Brasil (CNB) decidiu ontem apoiar a pré-candidatura do ministro Fernando Haddad (Educação) à prefeitura paulistana. Com isso, em eventuais prévias, o nome preferido de Lula subiria dos 6,5% que sua corrente, Mensagem ao Partido, obteve na última eleição do diretório municipal para mais de 30%.

Cerca de 60 dirigentes da CNB participaram da reunião que fechou questão em torno da pré-candidatura de Haddad. Estavam lá deputados como o ex-presidente nacional do PT Ricardo Berzoini e o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha, réu no processo do mensalão.

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No início do encontro, Haddad pediu pessoalmente apoio dos dirigentes da CNB e, a exemplo de Lula, defendeu seu nome como uma novidade na política com reais condições de vencer em 2012. Além do ministro, disputam a candidatura os deputados Jilmar Tatto e Carlos Zarattini e os senadores Eduardo Suplicy e Marta Suplicy, que lidera as pesquisas eleitorais.

Pré-candidato à Prefeitura de Osasco, João Paulo foi um dos poucos presentes a se opor à declaração de apoio a Haddad neste momento - o parlamentar defendia postergar a decisão. "Mas todos os presentes garantiram que vão acatar a decisão da maioria e trabalhar pela candidatura do ministro", afirmou um dos participantes.

Embora majoritária no âmbito nacional, a corrente de Lula era a terceira força na capital, mas ganhou a adesão de dois vereadores - Alfredinho e Francisco Chagas -, do ex-vereador Paulo Fiorilo e do deputado estadual José Zico Prado. Como o jornal O Estado de S. Paulo revelou, o fortalecimento da CNB faz parte de uma tática para vencer as prévias, caso não seja possível obter consenso, como defende o ex-presidente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em janeiro deste ano, em artigo no Jornal do Commercio e no blog do IPMN (As opções de João Paulo – 22/01/2011), mostrei que a escolha ótima de João Paulo era a sua saída do PT. Naquela época, eu já vislumbrava o óbvio: João Paulo não teria espaço no PT para ser candidato a prefeito do Recife. E se não saísse do PT, ele não disputaria eleições majoritárias imediatas, e, por consequência, perderia capital eleitoral.

Noticias recentes dão conta de que João Paulo poderá ir para o PV ou o PC do B. A opção pelo PC do B, conforme frisei em 22/01/2011, é péssima. A opção pelo PV é ótima. O PV é uma legenda charmosa para os que a conhece. O PV está na base de Dilma Rousseff, mas poderá caminhar com o PSDB em 2014. A direção nacional do PV entregará o controle do partido a João Paulo. E João Paulo fortalecerá o PV eleitoralmente e politicamente.

A ida de João Paulo para o PV causará estragos ao PT e a João da Costa. O PT perderá capital eleitoral. João da Costa será, em algum momento da campanha, confrontado pelo seu criador. E, talvez (Isto depende do seu estrategista!), João da Costa não encontre estratégia eficiente para enfrentar João Paulo.

O rompimento entre João Paulo e João da Costa virá à tona em 2012. E, desconfio, que João Paulo alegará que foi traído pelo PT e por João da Costa. Saliento, ainda, que a saída de João Paulo enfraquece a candidatura de Humberto Costa ao governo do estado em 2014.

A oposição ficará, em parte, enfraquecida. Pois, neste instante, João Paulo aparece como favorito a vencer a disputa em Recife. Entretanto, se a oposição for sábia, e esquecer a intenção de votos, pensará estrategicamente e criará estratégias que visem enfraquecer a candidatura de João Paulo. Estratégias existem para tal!

Eduardo Campos, inicialmente, será um aliado de João Paulo. Friso, inicialmente. Mas caso João Paulo conquiste a prefeitura do Recife e as conjunturas econômica e política não favoreçam a reeleição de Dilma, as peças do xadrez poderão se movimentar radicalmente em 2013 e em 2014.

João Paulo, como prefeito do Recife, atrairá Armando Monteiro e atores do PMDB e PSDB. E ele poderá vir a ser candidato ao governo do estado em 2014 com o apoio de Marina Silva. Esta, inclusive, liderando um novo partido.

E se João Paulo perder a eleição para prefeito do Recife? O ator que for eleito prefeito do Recife se transformará automaticamente em uma nova e forte liderança em Pernambuco.

No comando de uma base com 17 partidos e problemas de sobra, a presidente Dilma Rousseff decidiu ficar longe das querelas da montagem das chapas que vão disputar as prefeituras nas eleições do ano que vem. A articulação partidária ficará a cargo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que será uma espécie de "ministro extraordinário para assuntos eleitorais".

O cargo, claro, é fictício. Mas no Palácio do Planalto Lula é tratado assim. Quando alguém fala em articulação partidária e política, a presidente costuma lembrar que a função é de seu antecessor. Desse modo, o ex-presidente acaba sendo visto como "40º ministro" de Dilma. Hoje, são 38 ministérios. O das Pequenas e Médias Empresas está sendo criado pelo Congresso. Será o de número 39.

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Apesar da agenda interna e das articulações políticas, Lula não desarma a agenda internacional. Na próxima sexta-feira, dia 23, ele vai para Washington. Em seguida, para Paris e Gdansk (Polônia), onde em 1980 nasceu o Solidariedade, o único sindicato independente do antigo Leste Europeu. Termina seu périplo internacional em Londres. No início de outubro, volta ao País.

No Brasil, de acordo com informações da assessoria de Lula, ele já esteve reunido com líderes do PT de Belo Horizonte, Salvador, Rio, Goiânia e Recife. A todos, pediu que busquem manter coligações com os partidos da base aliada, evitem disputas internas e procurem candidatos que representem renovação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A sinalização do ex-prefeito e deputado federal, João Paulo (PT), em mudar de legenda e se concorrer à prefeitura nas próximas eleições não é motivo de preocupação para o prefeito João da Costa, segundo ele revelou nesta quarta-feira (7). “Nesse momento eu não estou pensando nas eleições ainda. A gente sabe que os resultados são colhidos em quatro anos e a gente está trabalhando para isso”, garantiu.

“Eu estou preocupado em governar bem a cidade, eu tenho dois anos e meio no governo, tenho um ano e meio de gestão. Eu não posso estar com minha cabeça focada em eleição agora. A gente tem que responder os desafios da cidade, desafios grandes, novos”, assegurou o prefeito durante o desfile da Independência.

João da Costa destacou que o PT é unidade em constante uma construção. Ele afirmou que há possibilidade de disputa e que isso acontece não só em Pernambuco, mas também em São Paulo, Belo Horizonte e Fortaleza. “Isso é a riqueza do partido, que tem correntes, posições que pensam e debatem suas idéias, mas a gente tem amadurecido muito. O resultado do nosso quarto congresso foi muito positivo e o PT já aprendeu que quando ele constrói politicamente a sua unidade sempre tem grandes possibilidades de sair vitorioso (o partido)”, ponderou.

A definição de João Paulo pela mudança de partido ocorrerá até 6 de outubro, prazo determinado pela Justiça Eleitoral, para que possa sair como candidato nas próximas eleições.

Se não existisse a liberdade de expressão, talvez o lulismo não existisse. Foi através da imprensa que Lula pôde publicizar os seus atos e mostrar o seu carisma, recheado de emoção, para os eleitores. Lula é produto, em parte, do exercício da liberdade de expressão da imprensa.

O PT é também produto da imprensa. O PT ao nascer precisou da imprensa. Através dela, o PT pôde apresentar as suas propostas para a opinião pública. O PT, em razão de Lula, conquistou, por três vezes, a presidência da República. Os méritos e escândalos do PT no exercício da presidência foram divulgados.

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O PT é hoje o partido mais admirado ou citado do Brasil em variadas pesquisas de opinião pública. A admiração, a citação e também a rejeição são provenientes do exercício da liberdade de expressão da imprensa. Então, indago: por que o PT quer regulamentar a imprensa?

Em razão dos méritos do governo FHC e da humildade não declarada do ex-presidente Lula, as transformações socioeconômicas iniciadas por FHC foram continuadas por Lula quando este assumiu a presidência. Em razão de Lula e FHC, o Brasil avançou nos indicadores sociais e econômicos. Hoje, inclusive, são mais pessoas que concluíram o ensino médio e estão no ensino superior.

Os novos indivíduos que melhoraram o seu nível de instrução podem desejar informações sobre a República. Se a imprensa não divulga a informação, já que ela poderá ser controlada, eles irão reclamar. Surveys sobre comportamento revelam que o brasileiro acredita na educação como instrumento de mobilidade social. Portanto, suponho que eles valorizam a liberdade de informação.

O PT cometeu erros com a República. Lula falhou ao não apresentar para os brasileiros um projeto de longo prazo para o Brasil. Por outro lado, reconheço que ambos ampliaram o Bolsa Família, criaram o PROUNI e instituíram instrumentos para o aumento da oferta de crédito. Portanto, o PT e Lula contribuíram para o desenvolvimento do Brasil.

Neste instante, diante de uma presidenta que mostra seriedade com a coisa pública (Com dificuldades) e tenta construir, lentamente, um projeto para o País, o PT não pode ir contra a agenda da opinião pública. Garanto ao PT que a opinião pública deseja liberdade e desenvolvimento socioeconômico.

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse não ter visto nenhum problema na moção aprovada pelo 4.º Congresso do PT, pregando a regulamentação da mídia. Mesmo assim, afirmou que as posições do partido e do governo não se confundem. Para Bernardo, a discussão sobre o assunto está muito "apaixonada" e é preciso esclarecer que nem o governo nem o PT querem controlar o conteúdo da imprensa. "Ninguém vai bisbilhotar a mídia", insistiu.

"A resolução do PT não fala nada de controle da mídia. Não há ali nenhum tipo de atentado à liberdade de expressão jornalística. O que há é uma polêmica com meios de comunicação. Assim como a mídia pode criticar o PT, o PT pode criticar a mídia."

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O governo ainda não tem data para enviar o projeto de lei sobre o assunto ao Congresso, mas Bernardo já prevê mais polêmica à vista. "Vamos mandar a proposta para consulta pública e deixar, entre aspas, o pau quebrar", disse o ministro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) criticou hoje, na tribuna do Senado, a iniciativa aprovada pelo 4º Congresso Nacional do PT de ressuscitar o marco regulatório da mídia. Para ele, "é o nome pomposo para um verdadeiro tribunal da inquisição da comunicação que os petistas querem implantar no Brasil". Jarbas falou para um plenário que tinha um quórum de apenas cinco senadores, antecipando o recesso branco na Casa, na semana do feriado de 7 de setembro.

O senador disse "toda vez que algum malfeito petista aparece nas páginas dos jornais e das revistas", a cúpula do PT se apressa em defender a regulamentação da mídia. O senador fazia referência a uma reportagem da revista Veja que mostra ex-ministro da Casa Civil José Dirceu recebendo atuais ministros e parlamentares em um quarto de hotel em Brasília. "O ex-ministro ficou indignado e acusou a revista de espionagem. O fato é que José Dirceu prefere agir - com sempre fez - nas sombras, incógnito, disfarçado, quase um personagem de filmes de espionagem ou de gângsteres, e agora exercendo o papel bem remunerado de consultor-geral da República", afirmou.

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Para Jarbas, esse tipo de comportamento não combina mais com o Brasil dos tempos atuais. Ele citou levantamento da Associação Nacional dos Jornais (ANJ) mostrando o aumento no número de assassinatos de jornalistas no Brasil. "De agosto de 2010 para agosto deste ano, foram registradas cinco mortes em que há indício de ligação com a atividade profissional. No relatório anterior da entidade, que abrangeu um período de dois anos, foi registrado apenas um homicídio, e por motivos não relacionados à profissão", citou.

Outra questão grave, no entender do senador, é a expansão das censuras impostas a veículos de comunicação. "Nos últimos 12 meses, foram 12 casos, contra 19 nos dois anos anteriores", informou. Citou como exemplo mais grave a censura imposta ao jornal O Estado de S.Paulo, que há 766 dias foi proibido por um desembargador da Justiça Federal de São Paulo de publicar qualquer informação sobre o envolvimento do empresário Fernando Sarney em acusações de tráfico de influência no âmbito do governo federal. O envolvimento do filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), foi investigado pela Polícia Federal na "Operação Faktor".

Para o senador, se situações como essas acontecem agora, "há de se imaginar os riscos que corremos, caso o tal marco regulatório do PT seja aprovado. Teremos um Brasil no qual os aliados do governo serão tratados de forma diferenciada, pois não são pessoas comuns, para usar a expressão de Lula sobre o senador José Sarney", ironizou o senador.

Depois de dois dias de debates, o PT aprovou neste domingo (4) uma diretriz para as eleições municipais de 2012 que abre brecha para alianças com partidos de oposição e mira o PSD do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. Embora a resolução do 4.º Congresso do PT diga que o PSDB, o DEM e o PPS são "adversários" com os quais os petistas não formarão chapa, o partido da presidente Dilma Rousseff barrou uma tentativa de última hora de proibir, com todas as letras, o apoio dos rivais.

Com o aval do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do PT de Minas, deputado Reginaldo Lopes, subiu à tribuna para pregar que as siglas de oposição não fossem expulsas dos palanques. "Nós vamos negar receber apoio?", perguntou ele. "Isso é hipocrisia."

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Em Minas, há uma articulação em curso para que o PT avalize a reeleição do prefeito Márcio Lacerda (PSB), com o apoio do PSDB. O vice-prefeito de Belo Horizonte, Roberto de Carvalho (PT), brigou com Lacerda e prega candidatura própria. Lacerda e o senador Aécio Neves (PSDB), por sua vez, querem a reedição da parceria com o PT, vista com bons olhos por Lula. A polêmica rachou o PT em 2008.

Na tentativa de conter duas alas do partido que queriam vetar coligações com o PMDB, o presidente nacional da legenda, deputado Rui Falcão, afirmou que os petistas não podem "impor" hegemonia. Um grupo de Santa Catarina apresentou proposta para excluir o PSD de Kassab das coligações. A votação sobre o assunto foi empurrada para o Diretório Nacional, mas ficou evidente que a cúpula petista é favorável a acordo com o PSD. Na Bahia e em Sergipe, por exemplo, o PT infla o partido de Kassab. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O PT desistiu de aprovar uma moção em desagravo ao ex-ministro e deputado federal cassado José Dirceu. Integrantes do partido desejavam apresentar um documento formal em favor de Dirceu, mas foram demovidos da ideia e o 4º Congresso do PT terminou sem um apoio formal.

Para o presidente petista, Rui Falcão, a aprovação de uma moção não era necessária porque, na abertura do Congresso, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a militância já tinham feito uma homenagem ao dirigente petista.

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"Houve uma grande saudação por parte do presidente Lula na abertura do Congresso. Até o momento não se apresentou nenhuma moção nesse sentido por se entender que as manifestações do primeiro dia eram mais que uma moção", disse Falcão. Dirceu é réu no processo do mensalão, que deve ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) até o próximo ano.

O PT decidiu hoje, em congresso realizado em Brasília, permitir aos diretórios nacional, estaduais e municipais impedir a realização de prévias para a definição de candidatos a cargos majoritários. Atualmente, sempre que há dois candidatos, o PT era obrigado a realizar a consulta aos filiados. O partido também decidiu acabar com prévias para candidatos a vice-prefeito e vice-governador.

A decisão foi mais tímida do que o desejo inicial de parcela do partido de acabar com a utilização do instrumento ou restringi-lo ainda mais. Pelo texto aprovado, se dois terços do diretório decidirem pela não realização de prévias, a definição do candidato ao cargo majoritário será feita por encontro de delegados. Essa nova regra vale para os cargos de presidente, governador, senador e prefeito.

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O secretário de comunicação do PT, André Vargas (PR), afirma que a intenção é evitar que o desejo pessoal de um filiado atrapalhe o projeto do partido. "O objetivo nosso é impedir que um filiado possa parar o partido. A prévia passa a ser direito da instância partidária e não mais do filiado."

Outra alteração feita no estatuto do partido determina uma paridade entre homens e mulheres na composição das instâncias do PT e na definição de chapas para a disputa de eleições proporcionais. Haverá ainda uma cota de 20% para jovens e 20% para negros. O partido também aumentou de três para quatro anos o mandato dos presidentes da legenda em todas as instâncias permitindo a realização de recall - nova avaliação pelos filiados, por meio de votação - na metade dos mandatos.

O PT mudou ainda a forma de cobrança do dízimo de seus filiados que não exercem cargo eletivo ou comissionado. A cobrança deixa de ser anual e passa a ser semestral. Os diretórios poderão ainda realizar eventos para pagar coletivamente a contribuição de seus filiados.

O partido fez também mudanças na relação com os novos filiados. Os diretórios municipais terão agora de realizar anualmente quatro encontros para apresentar o partido aos novos filiados. Quem entrar no PT terá de participar de, pelo menos, um destes encontros. O objetivo é evitar filiações em massa apenas com o objetivo de votar nas eleições internas do PT.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizou, durante o 4º Congresso Nacional do PT, que apoiará a candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff em 2014. "Oito meses de governo é muito pouco para quem vai governar esse País por oito anos", afirmou, dizendo-se "muito orgulhoso" de sua sucessora e pedindo à população tempo para que apareçam as realizações do governo Dilma.

Sobre os confrontos com aliados - que levou à saída do PR da base de apoio do governo - Lula citou as lideranças presentes de outros partidos, como o presidente do PCdoB, Renato Rabelo, e o vice-presidente do PSB, Roberto Amaral. E avisou a Dilma que ela não estará sozinha, apesar dos desentendimentos com alguns aliados: "Tenha certeza de uma coisa, Dilma, aqui neste palanque não tem mar revolto, não tem vendaval, não tem vulcão que você não possa vencer, conte conosco". Não havia liderança do PMDB - partido do vice-presidente, Michel Temer - presente no encontro.

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Lula se declarou favorável à realização de prévias partidárias. No entanto, destacou que defende que as prévias sejam realizadas ou não, "de acordo com a realidade política de cada região". Lula trabalha para que não haja prévias em São Paulo, onde ele deseja que o ministro da Educação, Fernando Haddad, seja o candidato à prefeitura. Por fim, Lula deu, publicamente, seu aval para que o partido aprove uma moção de desagravo ao ex-ministro José Dirceu.

O Escândalo do Mensalão interferiu negativamente na avaliação do presidente Lula. No artigo "O lulismo e as suas manifestações no eleitorado" mostro isto. O ex-presidente Lula conquistou índices de confiança e de aprovação superiores ao de FHC. Lula contribuiu decisamente para o sucesso eleitoral de Dilma Rousseff.

Pesquisas do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau revelam que o PT é o partido mais admirado em Pernambuco. Outros institutos mostram resultados semelhantes no âmbito nacional.

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Qual é a imagem do PT junto à opinião pública? Casos de corrupção, como o julgamento do Mensalão pelo STF, interferirão negativamente na imagem do PT? Caso o capital eleitoral de Lula decresça, a admiração do PT no âmbito da opinião pública diminuirá?

As respostas para as indagações apresentadas não são fáceis. Pesquisas de opinião pública no âmbito nacional precisam ser realizadas. Através delas, é possível responder aos questionamentos feitos.

Entretanto, é interessante frisar que a literatura da Ciência Política brasileira mostra o desatrelamento entre os votos dados a Lula e os votos dados a outros candidatos do PT. A literatura evidencia também que os votos de Lula mudaram de local. Ou seja: os votos de Lula estão em médias e pequenas cidades.

Além disto, avaliando as variadas eleições municipais ocorridas a partir da eleição de Lula para a presidência da República, constato que Lula não dita o sucesso do PT neste tipo de disputa.

Portanto, tenho a hipótese que:

1.    O julgamento do Mensalão interferirá negativamente na imagem do PT. Em particular junto aos eleitores das classes A, B e C e que estão presentes no Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

2.     O capital eleitoral de Lula sofrerá enfraquecimento até 2014 em razão do sucesso ou do insucesso de Dilma.

3.    O enfraquecimento do capital eleitoral de Lula enfraquecerá a imagem do PT na opinião pública.

4.    Por outro lado, as ações de Dilma contra a corrupção poderá fortalecer a sua imagem desatrelada do PT.

5.    O enfraquecimento do PT fortalece a personalização da disputa eleitoral.

6.    Lula é maior do que o PT.

7.    Não vislumbro, portanto, uma forte onde vermelha nas eleições de 2012 e 2014.

Um bate-boca entre o senador tucano Mário Couto (PA) e o líder do PT, Humberto Costa (PE), quase transforma o plenário e o cafezinho do Senado num ringue. Faltou pouco para eles se atracarem. O confronto esquentou quando o líder petista afirmou que a CPI da oposição só serve para "dar palanque àqueles que não têm compromisso com o Brasil, mas apenas com o histrionismo para aparecerem na televisão defendendo coisas que nós sabemos que são absolutamente indefensáveis". Couto tinha acusado a presidente Dilma Rousseff de sugerir a seus aliados que "roubem" porque não demitirá ninguém.

"A Ideli, Brasil! Aquela Ideli, senadora que vocês viam aqui, aquela Ideli diz que o governo vai assegurar a liberação de R$ 1,7 bilhão para os deputados calarem a boca", disse Couto. E continuou: "É, Brasil grandioso e querido! Olha como caminhas. Ó Pátria querida, olha o que os teus filhos fazem contigo, pátria, te abandonaram; pátria, dizem para ti: te lixa! Ninguém assina a CPI da Corrupção, ó pátria amada!".

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Humberto Costa retrucou, do meio do plenário, que a Mesa Diretora precisa tomar uma posição. "Aqui, nosso partido já foi chamado de partido de bandidos, de vagabundos e a Mesa não faz nada porque dizem: 'Não, trata-se de um louco, de um débil mental'. E a quantidade de agressões que são feitas aqui? O Regimento precisa ser atualizado, modernizado, para impedir que todos os dias se repitam aqui as agressões a pessoas, a partidos. E muitos não querem comentar porque acham que se trata de discursos folclóricos. Estou apresentando neste momento uma solicitação ao presidente, ao corregedor da Casa."

A ida do líder petista para o cafezinho transferiu a troca de insultos para lá. Humberto Costa dava entrevista quando Couto chegou e tocando-o no ombro, retrucou: "Débil mental, não". Ao que Costa respondeu: "Débil mental, sim, você deve aprender a respeitar as pessoas". "Moleque", acrescentou. "Você é um safado", contra atacou Couto. "Safado é você". Os assessores de Humberto Costa tentaram contê-lo, enquanto Mário Couto deixava o cafezinho gritando: "Corrupto tem de acabar no pau, mesmo. Não pode dar trégua. Você acorda e vê, é corrupto a toda hora, tem de acabar."

Isolada pelas principais lideranças do PT, a senadora Marta Suplicy (SP) faltou a dois encontros com pré-candidatos à Prefeitura paulistana, ontem e anteontem. As ausências deram força a rumores de que a ex-prefeita abrirá mão da disputa, apesar de assessores negarem a desistência. Marta tem reunião marcada para amanhã com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que reservou o dia para também conversar com os deputados federais Jilmar Tatto e Carlos Zarattini, ambos pré-candidatos. No encontro, Lula deve expor seus argumentos favoráveis à candidatura do ministro Fernando Haddad (Educação).

Ontem à tarde, no encontro do PT em Pirituba, zona norte, a ausência de Marta surpreendeu tanto os militantes quanto os dirigentes do partido. Coube ao presidente municipal do PT, vereador Antonio Donato, anunciar de forma constrangida que a senadora não iria ao encontro. Ao lado, Zarattini se mostrou surpreso com a nova ausência de Marta - na sexta-feira, ela havia alegado razões pessoais para faltar à reunião na Lapa. "Ainda estou processando a informação", disse o pré-candidato.

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No encontro do diretório de Pirituba, petistas lembraram que a senadora esteve com a presidente Dilma Rousseff na semana passada. "Ela percebeu que está sem saída", disse um deputado, que pediu anonimato. Procurados, aliados de Marta preferiram não comentar ontem as duas ausências da senadora. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A "faxina" no governo da presidente Dilma Rousseff, que já derrubou quatro ministros em dois meses e doze dias, causa extremo desconforto no PT. Dirigentes do partido, senadores, deputados e até ministros temem que, com a escalada de escândalos revelados nos últimos meses - especialmente nas pastas dos Transportes, do Turismo e da Agricultura -, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva acabe carimbado como corrupto. Todos os abatidos na Esplanada foram herdados de Lula.

Em conversas a portas fechadas, petistas criticam o estilo de Dilma, a "descoordenação" na seara política e o que chamam de "jeito duro" da presidente. Uma das frases mais ouvidas nessas rodas é: "Temos de defender o nosso projeto e o Lula." Mesmo os que não pregam abertamente a volta de Lula na eleição de 2014 dizem que Dilma está comprando brigas em todas as frentes - do Congresso ao movimento sindical -, sem perceber que, com sua atitude, alimenta o "insaciável leão" do noticiário e incentiva o tiroteio entre aliados.

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Na avaliação de petistas, o poderoso PMDB - que na quarta-feira perdeu o ministro da Agricultura, Wagner Rossi - não é confiável e acabará dando o troco a qualquer momento.

Dilma chamou ministros e dirigentes do PT para uma conversa no domingo à noite, no Alvorada. A presidente pediu o encontro para ouvir a avaliação de auxiliares sobre a crise na base.

Ela contou ali sobre a reunião com Lula na semana anterior, admitiu a necessidade de se reaproximar dos partidos que compõem a coligação e avisou que teria um tête-à-tête no dia seguinte com o vice-presidente Michel Temer e com os líderes do PMDB na Câmara e no Senado. Àquela altura, a situação de Rossi era considerada complicada, mas ainda não havia sido divulgada a notícia do uso do jatinho de uma empresa que tem negócios com o governo pelo então ministro, afilhado de Temer.

Com receio da reação de Dilma - conhecida pelo temperamento explosivo -, alguns ministros pontuaram, com todo o cuidado, os problemas de relacionamento no Congresso após as demissões e citaram o PMDB e o PR. As alianças para as eleições municipais de 2012 também entraram na conversa. Diante de Dilma, no entanto, ninguém rasgou o verbo e muito menos criticou o estilo adotado por ela. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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