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O deputado e pré-candidato a prefeitura do Recife, Daniel Coelho (PSDB), afirma que o PT se atrapalhou e provocou desgaste para o pleito na capital pernambucana. As declarações do tucano foram feitas durante o lançamento do livro Eleições e Pesquisas Eleitorais – Desvendando a Caixa-Preta, na noite desta segunda-feira (12), no restaurante Manoel Bandeira, localizado no bairro das Graças.  

“Essa discussão sem explicação entre João da Costa e João Paulo terá peso nas eleições municipais. A briga será colocada, inevitavelmente, pelos candidatos durante o processo eleitoral, independente de quem for o escolhido como candidato (do PT)”, disparou o pré-candidato do PSDB.

Daniel Coelho acredita que o candidato do PT tem mais chance na corrida eleitoral, por ter a máquina pública nas mãos. Entretanto, o tucano diz que a briga interna do PT ajuda a oposição na disputa pelo pleito. De olho nas eleições, Daniel Coelho tem incluído em sua agenda política visitas aos bairros do Recife. Ele tem ido ouvir as queixas e demandas da população mais de perto.

A executiva estadual do PT se reuniu no final da tarde desta segunda-feira (12) para debater as eleições municipais em Pernambuco. Apesar de ter entrado na pauta do encontro, as eleições da capital pernambucana ainda não terá, este mês, a confirmação ou negativa do nome de João da Costa na disputa.

Segundo o senador Humberto Costa, principal líder da sigla no Estado, as plenárias que estão sendo realizadas em Pernambuco têm como objetivo dar visibilidade a gestão.  Para o senador uma coisa são as plenárias para a divulgação da gestão. "Outra coisa é o diretório municipal chamar para conversar. Para ouvir João Paulo, as correntes, as lideranças, as zonais. Isso não foi feito. Pelo menos, não fui convidado para nenhuma reunião dessa. Até gostaria de ser”, provocou .

O PT tem até o dia 30 deste de março para definir como qual instância será usada para definir o nome escolhido. O senador reforça que os interessados em participar da disputa terão de 1° a 30 de abril para inscrever seu nome na lista da legenda.

Enquanto as definições não acontecem o prefeito João  da Costa afirma que é o único pré-candidato da legenda.

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A crise na base aliada que o governo federal enfrenta no Congresso passou a respingar na campanha do pré-candidato petista Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo. Depois do PDT e do PR, agora o PC do B, o mais tradicional aliado do PT nas disputas paulistanas, ameaça fechar uma aliança com o PMDB, do deputado Gabriel Chalita.

Líderes do PC do B foram procurados há cerca de 10 dias pelo vice-presidente Michel Temer, principal articulador da pré-candidatura de Chalita, para conversar sobre a sucessão. Temer se encontrou recentemente com o presidente nacional do PC do B, Renato Rabelo, e com o ex-ministro do Esporte Orlando Silva.

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"Até duas semanas atrás era um namorico, agora está virando namoro sério", diz um comunista, elevando a pressão sobre o PT, num momento em que a costura das alianças em favor de Haddad patina com a ausência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva das articulações - o petista postergou a volta ao cenário político após diagnóstico de pneumonia semana passada.

Assim como os demais partidos da base aliada de Dilma Rousseff, o PC do B reclama do tratamento dado pelo PT. Afirma não conseguir emplacar indicados em cargos na Esplanada e diz não ver contrapartida na relação com a sigla aliada, já que lançará candidatos em 10 capitais, mas não tem garantia de que terá o apoio do PT em nenhuma delas. Além disso, a sigla ainda guarda a mágoa da demissão de Orlando Silva do ministério por suspeitas de fraudes e desvios de recursos a ONGs conveniadas à pasta.

O flerte do PC do B com o PMDB agrava a situação na campanha de Haddad, que assiste a uma rebelião dos potenciais aliados que podem garantir ao petista tempo de TV na propaganda eleitoral gratuita. Oficialmente, o PC do B mantém a pré-candidatura do vereador Netinho de Paula à Prefeitura paulistana.

Cotado para indicar o vice do petista, o PR se recusa a fechar o apoio até que o governo troque o titular do Ministério dos Transportes. O PDT também quer emplacar novo nome na pasta do Trabalho e, assim como o PSB, ameaça ir para a órbita do PSDB.

Sinais

Enquanto os comunistas veem falta de "jogo de cintura" do PT em negociações eleitorais pelo País, Temer deu sinais de que o PMDB pode apoiar a candidatura do senador Inácio Arruda (PC do B-CE) em Fortaleza e, mais importante para o PC do B, desistir de se aliar à reeleição de José Fortunati (PDT) em Porto Alegre. Lançaria Ibsen Pinheiro como candidato, beneficiando, assim, a candidatura da deputada Manuela D’Ávila (PC do B-RS).

A direção comunista hoje avalia que, a se concretizar a sinalização feita pelo vice-presidente, o apoio à candidatura de Chalita seria mais provável do que à de Haddad. "Não é possível que o PT não possa apoiar uma candidatura nossa nem em Macapá", esbraveja um dirigente.

Apesar da aproximação do PC do B com o PMDB, os petistas dizem que haverá solução para o impasse com o aliado, que desde 1988 apoia o PT em São Paulo. O PT sinaliza ceder em pelo menos uma capital: Florianópolis.

Além de Netinho, Inácio Arruda e Manuela D’Ávila, o PC do B tem outras sete candidaturas colocadas em capitais. Por decisão da direção nacional, elas serão mantidas até o fim deste mês, quando o partido fará uma reavaliação do quadro eleitoral.

"O PC do B tem uma resolução que diz que até o fim de março mantém 10 candidaturas nas capitais. Não adianta fazer nada agora", diz o presidente do PT paulistano, vereador Antonio Donato. "Mas não tem canal obstruído." Procurado, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, disse que não poderia atender. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O empresário Carlos Augusto Ramos continua a assustar o PT. Nos últimos dias começaram a circular dois vídeos em que o empresário oferece R$ 100 mil para o deputado Rubens Otoni (PT-GO). Os vídeos foram divulgados na página da revista Veja na internet. Neles, Otoni é orientado a não declarar o recebimento do dinheiro.

Carlinhos Cachoeira, como é conhecido o empresário, foi preso pela Polícia Federal no início do mês, depois de uma investigação sobre a exploração de máquinas caça-níqueis. De acordo com a Operação Monte Carlo da PF, Cachoeira mantinha contato com políticos goianos e tinha a seu serviço policiais militares e civis, além de um policial rodoviário federal.

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Em 2004, a divulgação de um vídeo em que Cachoeira aparecia negociando propinas com o petista Valdomiro Diniz, então assessor do ministro José Dirceu (Casa Civil), arrasou com a festa de 24 anos do PT, comemorada na mesma semana em que o escândalo foi revelado. No início deste mês Valdomiro foi condenado a 12 anos de prisão pela Justiça do Rio de Janeiro, por envolvimento em irregularidades quando presidia a Loterj, a loteria do Rio.

Otoni disse que a conversa com Cachoeira ocorreu em 2004. Na época, era candidato a prefeito de Anápolis, cidade que fica a 45 quilômetros de Goiânia. Disse que fora procurado por políticos e empresários para ajudar Cachoeira a reerguer uma empresa de produtos farmacêuticos, a Vitapan. Otoni disse ainda que não ajudou Cachoeira, tornou-se seu desafeto e desde então é chantageado com a possibilidade de divulgação do vídeo.

Os contatos com o empresário têm feito mal aos políticos goianos. Na operação da PF, descobriu-se que Cachoeira e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) trocaram quase 300 telefonemas. Em discurso no Senado, nesta semana, Demóstenes reconheceu que ganhou uma cozinha de cerca de R$ 30 mil de Cachoeira, mas disse que não tem negócios com ele. Demóstenes pediu para ser investigado. Como tem foro privilegiado, as investigações só podem ser abertas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O deputado federal petista Fernando Ferro, receberá na noite desta sexta-feira (9) o título de cidadão Cabense. A homenagem será durante sessão solene na Câmara Municipal do Cabo de Santo Agostinho.  A proposição foi apresentada pelo vereador e presidente da Câmara, Gessé Valério (PSB) desde o final de 2011.

O título "em reconhecimento aos serviços prestados à cidade" pode vir em boa hora para Ferro, já que ele vem demonstrando interesse em sair na disputa pela gestão municipal do Cabo.

A comissão executiva do PT Pernambuco promove neste sábado (10) mais uma plenária regional organizativa, que terá como foco as eleições municipais de 2012. A assembleia será realizada no município de Serra Talhada, às 9h, no Hotel São Cristóvão.

Temas como avaliação da conjuntura nacional e estadual serão abordados no início do debate. E, após as ponderações no âmbito do cenário municipal, o diálogo segue sobre o quadro eleitoral para 2012. Entre os petistas que participarão da plenária estão o senador Humberto Costa, o presidente do diretório estadual do PT Pernambuco, Pedro Eugênio, lideranças da região, prefeitos (as), vice-prefeitos e dirigentes municipais. Além de deputados federais, estaduais, vereadores (as) e membros da Executiva do PT Pernambuco.

A plenária regional, organizada pelo diretório estadual do PT Pernambuco, envolve os municípios de Serra Talhada, Cedro, Mirandiba, Parnamirim, Salgueiro, São José do Belmonte, Serrita, Terra Nova, Verdejante, Arcoverde, Betânia, Custódia, Ibimirim, Inajá, Manari, Sertânia, Afogados da Ingazeira, Brejinho, Calumbi, Carnaíba, Flores, Iguaracy, Ingazeira, Itapetim, Quixaba, Santa Cruz da Baixa Verde, Santa Terezinha, São José do Egito, Solidão, Tabira, Tuparetama e Triunfo.

Serviço:

Plenária Regional do PT Pernambuco
Hotel São Cristóvão: Avenida João Gomes de Lucena, 3478, Serra Talhada PE
Fone: (87) 3831-9400

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Integrantes do PT na Assembleia Legislativa e dirigentes do partido temem que a disputa pela liderança da bancada no Legislativo paulista, já deflagrada, possa trazer problemas aos petistas nas eleições municipais.

A preocupação reside em uma candidatura que vem ganhando adesões e é vista com bons olhos por deputados que consideram que a Primeira Secretaria da Casa, desde 1995 sob os cuidados do PT - e hoje comandada pelo deputado Rui Falcão, presidente da legenda -, fez vistas grossas a supostas irregularidades na Casa, parte delas atualmente investigada pelo Ministério Público.

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A postulação que gera desconforto é a do deputado Geraldo Cruz. Ele comanda um movimento apreciado por deputados tidos como independentes. Além dele, anunciaram intenção de concorrer os deputados Luiz Cláudio Marcolino, Alencar Santana e Donizete Braga.

Segundo petistas ouvidos pela reportagem, Cruz surge como uma espécie de candidato de oposição, com discurso moralizante. Discretamente sinaliza que quer analisar com mais vagar alguns problemas que, embora não tenham tido grande publicidade, ainda atormentam deputados petistas.

O caso mais emblemático é o da TV Assembleia, que veio à tona no segundo semestre do ano passado. Na época, deputados acusaram a direção da televisão de usá-los como "laranjas" para desviar dinheiro de um contrato firmado pela Fundação Padre Anchieta, que operava a TV Alesp até fevereiro de 2011. Quatro deputados, dois da base e dois da oposição, acionaram o Ministério Público em setembro para que investigasse o caso. Nenhum deles do PT, que tem 24 dos 28 deputados da oposição. Seis meses depois, os procuradores ainda não deram nenhuma resposta aos parlamentares.

A TV também veio à tona em 2011 quando a Policia Federal deflagrou uma operação que visava acabar com fraudes em convênios do Ministério do Turismo no Amapá. A PF prendeu na ocasião um ex-diretor da TV e o dono de uma empresa de fachada que recebeu R$ 8,7 milhões para alugar equipamentos ao canal.

Embora esteja subordinado oficialmente à Mesa Diretora, por um acordo político o departamento de comunicação da Assembleia fica sob responsabilidade da Primeira Secretaria, hoje comandado por Rui Falcão. Mesmo tendo herdado a tarefa de presidir o PT nacional e de percorrer todo o País, Falcão não abriu mão do cargo de secretário, que iria para outro partido se ele o dispensasse.

Em público, Geraldo Cruz nega que pretenda mexer com temas que incomodam seu partido. "Não tenho conhecimento de qualquer irregularidade. Quero apenas dar continuidade a um trabalho muito bom que vem sendo feito na bancada do PT", diz. "Houve esse problema com a TV, mas a 1ª-secretaria tomou todas as providências e fez tudo o que pôde fazer."

A assessoria de Rui Falcão disse que ele não podia comentar o caso ontem porque já havia assumido outros compromissos. O novo líder da bancada deve ser eleito na próxima terça-feira. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, rebateu hoje as críticas do vice-presidente Michel Temer (PMDB) sobre a suposta pressão do PT para que o PMDB desista da pré-candidatura do deputado federal Gabriel Chalita (PMDB-SP) na Capital. "Sinceramente, não existe pressão da nossa parte. Efetivamente não há isso", disse Haddad, após assinatura de carta-compromisso com o desenvolvimento sustentável do programa da Rede Nossa São Paulo.

Haddad destacou que tem uma boa amizade com o deputado peemedebista e que considera legítima a sua candidatura. "O clima entre nós sempre foi bom e é o melhor possível", atestou. Para o ex-ministro da Educação, a estratégia do PMDB em manter uma candidatura em São Paulo "é respeitável".

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Questionado sobre a relação entre PT e PSB e a política de aliança envolvendo São Paulo e Belo Horizonte, Haddad negou que a negociação com os pessebistas na Capital esteja vinculada à desistência do PT na corrida pela prefeitura de Belo Horizonte.

O petista afirmou que tem mantido conversas frequentes com o presidente do partido, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e que em nenhum momento foi discutida a vinculação da eventual aliança em São Paulo com alguma outra cidade. "Nunca tratamos da situação de aliança PT/PSB em nenhuma outra cidade que não São Paulo", garantiu.

O prefeito do Recife, João da Costa (PT), de olho nas eleições e querendo fortalecer seu nome para o pleito, começou a semana com a agenda cheia em Brasília. Durante toda esta terça-feira (6) o gestor se reunirá com ministros, secretários e representantes de bancos e outras instituições financeiras. Nos encontros serão tratados assuntos relativos às obras do PAC 2012.

A agenda do petista começa às 10h. João da Costa terá uma reunião com diretor do Banco Mundial, Makhtar Diop; além do coordenador geral de Operações no Brasil, Boris Utria; Magnus Lindelow, coordenador de Operações em Desenvolvimento Humano e Daniela Pena de Lima, eficial senior de Operações para tratar de financiamento para o Programa de Desenvolvimento da Educação e da Gestão Pública no Município do Recife. O programa tem como objetivo ampliar e melhorar a qualidade do Ensino Básico na cidade e melhorar o desempenho da gestão pública municipal, com ênfase nas áreas de Educação, Finanças, Administração, Mobilidade Urbana e Gerenciamento das Políticas Públicas.

À tarde, o gestor se reúne com a ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, na Esplanada dos Ministérios. O assunto a ser tratado é a liberação de terrenos na área da Rádio Pina para implantação do Parque dos Manguezais e início das obras de um trecho da Via Mangue. Às 17h, João da Costa terá uma reunião com o subsecretário de Relações Financeiras Intergovernamentais da Secretaria do Tesouro Nacional, Eduardo Coutinho, também na Esplanada dos Ministérios-Ministério da Fazenda. Novamente será discutido o financiamento do SWAp – Recife, além de tratar do Programa de Reabilitação de Áreas Urbanas Centrais do Recife – Procidades-Recife.

A agenda do gestor em Brasília nesta terça-feira encerra com uma audiência com o ministro das Cidades, Aguinaldo Velloso Borges, às 18h30. A viabilização dos projetos do PAC – Mobilidade estará em pauta.

Já na quarta-feira (7), João da Costa participará da apresentação do balanço do PAC 2011.

Em meio à crise estabelecida na base aliada ao Planalto esta semana será repleta de votações polêmicas na Câmara. Além das seis medidas provisórias que trancam a pauta, o Código Florestal aguarda análise dos parlamentares. Enquanto isso, o PMDB – maior partido aliado ao governo – formula um manifesto exigindo protagonismo da legenda no governo da presidente Dilma. Na última semana, a petista chorou ao defender uma gestão de coalizão.

Na fila de votação, está a MP 547/11, que deixou de ser apreciada na última quarta-feira (29) por falta de acordo. A proposta cria o cadastro nacional de municípios com áreas sujeitas a escorregamentos geológicos nas encostas, sob responsabilidade do executivo federal. O parecer do deputado Glauber Braga (PSB-RJ), que reformulou o Sistema Nacional de Defesa Civil (Sindec) e instituiu uma política pública de prevenção, não agradou a base governista. O líder do governo, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), afirmou que não apoiará várias mudanças feitas por Braga. O líder do PSDB na Câmara, Bruno Araújo (PE), demonstrou insatisfação com o adiamento. Para ele, o relator transformou o texto em um “instrumento do bem”.

A análise da versão do Senado para o projeto que altera o Código Florestal (PL 1876/99) também está prevista para os próximos dias. O tema será definido em reunião de líderes nessa terça-feira (6), às 10h. Há intenso debate em relação às áreas consolidadas – regiões produtivas em locais de preservação ambiental. O texto foi aprovado em maio pelos deputados e revisado pelos senadores em dezembro.

Do lado de fora do Congresso, na Esplanada dos Ministérios, a presidente chorou por coalizão no governo. Durante a cerimônia de posse do novo ministro da Pesca, Marcelo Crivella, na última sexta-feira (2), ela se desculpou pela saída de Luiz Sérgio e justificou a troca como uma aliança entre partidos. Na contramão do apelo presidencial, o PMDB deve entregar amanhã (6) documento exigindo maior protagonismo do partido. O material deve ser recebido por Michel Temer por conta da viagem de Dilma à Alemanha.

O impasse do comando das comissões permanentes da Casa também deve ser definido nessa quarta-feira (6). Em reunião dos líderes partidários na semana passada, o PT pediu mais tempo para decidir os grupos que pretende comandar este ano.

O pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, aproveitou hoje a gafe cometida pelo adversário e pré-candidato do PSDB, José Serra, que referiu-se ao Brasil como 'Estados Unidos do Brasil' quando o correto é 'República Federativa do Brasil', para defender a presidente Dilma Rousseff (PT) das críticas do tucano."Talvez estejamos falando dos Estados Unidos do Brasil e não da República Federativa do Brasil. É algum outro País na cabeça do candidato José Serra e não o Brasil", ironizou Haddad, em resposta à Serra que avaliou que o governo da petista ainda não deslanchou e que não se sabe bem qual é o rumo da atual administração federal.

Haddad, que participa na tarde de hoje de visita ao distrito de Ermelino Matarazzo, na zona leste da Capital, disse que o que está em jogo nessa disputa eleitoral é a cidade de São Paulo e é a cidade que deve ser discutida. No seu entender, é preciso manter o foco nas questões relacionadas à cidade e seu adversário (o tucano José Serra) deveria manter a mesma postura. "Eu estou me dispondo a concorrer", provocou.

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Na defesa que fez do governo Dilma Rousseff, Haddad alegou que a presidente ainda está no início de seu segundo ano de mandato e que ela faz parte de um projeto iniciado no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Um governo que terminou com 85% de aprovação popular", emendou, indagando, em seguida: "Vai negar este fato?"

O pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, disse hoje que não vê relação entre a troca de ministros no governo Dilma Rousseff - para a acomodação de partidos da base aliada - com a disputa eleitoral na capital paulista. "Não tenho visto reflexo federal no plano municipal", afirmou o petista, durante visita ao distrito de Ermelino Matarazzo, na zona leste da capital. "Em nenhum momento, considerações de ordem federal estão sendo colocadas como condição, até porque seria impossível para nós equacionarmos", acrescentou. Segundo ele, apesar de o PT manter a estratégia de aproximação com as siglas da base de apoio da presidente Dilma Rousseff, vai haver respeito às candidaturas em São Paulo, dos aliados no plano federal.

A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta semana o nome do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), também bispo da Igreja Universal, como o novo ministro da Pesca. Com a indicação, o Palácio do Planalto estaria tentando blindar o pré-candidato do PT de ataques religiosos, bem como viabilizar uma aliança entre PT e PRB na sucessão à Prefeitura de São Paulo, com a eventual desistência da pré-candidatura do ex-deputado federal Celso Russomanno. O pré-candidato do PT negou que a nomeação de Marcelo Crivella para o Ministério da Pesca tenha ligação com a sua pré-candidatura em São Paulo, sobretudo no episódio da divulgação dos kit anti-homofobia do Ministério da Educação. "Primeiro, que o Crivella não é da cidade, ele é uma grande liderança do seu partido e um senador respeitado", respondeu.

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Haddad disse que não acredita na possibilidade do novo ministro interferir junto à bancada evangélica e, assim, poupá-lo de críticas sobre o kit. Segundo ele, ele vem mantendo uma boa relação com os evangélicos e que, em nenhum momento, a bancada sustentou essas críticas pessoalmente. "As críticas aparecem como uma futrica no jornal, nunca foram uma conversa frente a frente", afirmou. Para o ex-ministro da Educação, há um exagero na publicidade do assunto e isso vem produzindo efeitos ruins para a sociedade. "A sociedade começa a aparecer como mais intolerante do que realmente é", afirmou.

O pré-candidato do PT argumentou que vê nas candidaturas do PMDB e PRB uma estratégia local dos partidos, e não uma forma de pressão por espaço no governo da presidente Dilma Rousseff. "A provável candidatura do PMDB na cidade de São Paulo não tem nada a ver com o que se passa em Brasília, é uma estratégia local do vice-presidente da República, Michel Temer, de aumentar a presença do PMDB na cidade e no Estado de São Paulo. É uma estratégia que independe das boas ou não tão boas relações momentâneas de um determinado período", considerou. O petista revelou ainda que falou recentemente com o pré-candidato do PMDB, deputado federal Gabriel Chalita, e que marcaram uma conversa sobre o cenário em São Paulo. "Você tem o primeiro turno, provavelmente um segundo turno, e um governo depois. Então, nesse jogo de xadrez, você tem de antecipar movimentos", disse.

O pré-candidato do PT disse que não descarta a possibilidade de composição com o pré-candidato do PMDB, mas que "não é elegante incidir sobre uma candidatura que tem uma base de legitimidade". Na opinião do petista, o PRB também tem a sua estratégia local e que, possivelmente, manterá a pré-candidatura de Celso Russomanno.

O deputado João Paulo (PT) participou de uma reunião da Comissão de Acompanhamento Eleitoral do PT, nessa segunda-feira (27), em São Paulo. João Paulo e o deputado federal José Guimarães (CE) são os responsáveis pelo Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE) no Nordeste. O presidente nacional do partido, Rui Falcão, também participou do encontro.

De acordo com o deputado João Paulo, apesar de não ter sido definido quais os candidatos participarão da corrida eleitoral municipal deste ano, a reunião não foi proveitosa no sentido de preparação para o Seminário Nacional do Programa de Governo do PT. O evento acontecerá nos dias 17 e 18 de maio, em Porto Alegre, que tem como expectativa receber 500 pessoas.

Segundo o deputado, as capitais em que ainda não há maior impasse sobre os candidatos são Recife, Belo Horizonte e Fortaleza.  “Há postulações, mas ainda não há consenso em torno dos nomes, pois os candidatos têm dificuldades em se acertar com os partidos da frente (coligação)”. João Paulo ressaltou que, apesar dos impasses também acontecerem em várias cidades de pequeno porte, a avaliação do partido é positiva em todo o país.

O deputado disse que o limite para a escolha dos nomes que representarão a sigla no próximo pleito municipal é a definida pelo calendário eleitoral. Porém, ele contou que o partido pretende acelerar a escolha dos candidatos, mas sem estipular uma data.

Em relação à visita da presidente Dilma Rousseff (PT) a capital pernambucana, João Paulo afirmou que já havia sido combinado, entre governo do Estado e Federal, de não ser feita nenhuma colocação por parte da presidente. “Ela não se pronunciará sobre as eleições, isso já tinha sido combinado. E esta é uma agenda do Governo Federal, não política”, reforçou.

O ex-prefeito do Recife lembrou que os Habitacionais Via Mangue I e II, que foram entregues na manhã desta terça-feira (28) pela presidente e pelo prefeito do Recife fazem parte das obras da Via Mangue que começaram na sua gestão. “Essa é uma importante obra, a Via Mangue, pois está devolvendo o mangue para essa área, onde era habitada indevidamente por muitas pessoas”, completou.

Agenda - João Paulo está em Brasília e à tarde participará da votação da PEC da aposentadoria dos servidores públicos. Na próxima sexta-feira (2), ele retorna ao Recife.

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Na tarde desta segunda-feira (27), o prefeito do Recife, João da Costa (PT) concederá uma entrevista coletiva para tratar da agenda da presidenta Dilma Rousseff (PT), na terça-feira (28), na capital pernambucana. A presidente inaugura os habitacionais Via Mangue I e Via Mangue II, ambos no Pina, Zona Sul do Recife. Acompaham também Dilma, o superintendente Regional da Caixa no Recife, Paulo Nery e a gerente de projetos do Departamento de Urbanização do Ministério das Cidades, Alessandra D’Ávila Vieira.

Durante a visita da presidente, serão entregues 480 apartamentos de uma só vez, todos relacionados às obras da Via Mangue. As unidades habitacionais contam com espaços para lazer e integração social, beneficiando famílias que viviam em condições precárias, às margens do Rio Capibaribe. Os dois habitacionais contam com investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na soma de R$ 34,2 milhões.

O Habitacional Via Mangue I, fica situado na rua Jamil Asfora, 160 (Pina), onde serão alocadas famílias das comunidades Combinado, Beira-Rio e Pantanal. No total, o conjunto conta com 10 blocos, divididos em 32 apartamentos de 40 m² cada. Desses, já foram entregues 160 habitações. O espaço ainda conta com 10 boxes comerciais, guarita, centro comunitário, campo de futebol, ruas e calçadas internas e um estacionamento com 78 vagas.

O habitacional II, fica no Pina, na Rua Amador Bueno, 170. Serão atendidas as comunidades removidas de ocupações na Xuxa, Paraíso e Deus nos Acuda. Neste conjunto serão inaugurados 320 apartamentos de 40m² divididos em 10 blocos. Ainda foram construídos um estacionamento com 89 vagas, 12 boxes comerciais, guarita, centro comunitário, campo de futebol, ruas e calçadas.

De acordo com o prefeito da cidade esta “é uma obra de impacto social muito grande, pois são cerca de mil famílias que moravam em condições impróprias e agora ganharão moradias dignas. A vinda da presidenta é também uma demonstração de que os recursos do PAC estão usados de forma eficiente e dentro do prazo estipulado".

A previsão é que a presidente chegue ainda nesta segunda-feira a capital pernambucana e jante na casa do governador Eduardo Campos (PSB).

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O pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, aproveitou hoje a sinalização feita pelo tucano José Serra, que disse ontem (23) ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) avaliar a possibilidade de entrar na disputa pela sucessão do prefeito Gilberto Kassab, para tranquilizar a senadora Marta Suplicy (PT-SP) com relação a uma eventual aliança de sua legenda com o PSD de Kassab.

Na ocasião em que as conversas entre PT e PSD estavam adiantadas, Marta disse que temia acordar de mãos dadas com Kassab no palanque e que isso, para ela, seria um pesadelo. "Ela (Marta) vai acordar de mãos dadas comigo", disse o ex-ministro da Educação.

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Em visita à região do M'Boi Mirim, no Jardim Angela, extremo sul da capital, Haddad disse que não tem dúvida da participação de Marta Suplicy em sua campanha e que no momento certo ela estará presente em suas incursões pela cidade. O petista chegou à região do M'Boi Mirim por volta das 5 horas da manhã de hoje, onde visitou uma unidade básica de saúde, uma creche, as obras do PAC e um terminal de ônibus.

Na próxima terça-feira (28) a presidente Dilma Rousseff desembarcará na capital pernambucana. O motivo de sua visita é a inauguraração do Conjunto Habitacional Via Mangue, construído no bairro do Pina, na Zona Sul da cidade. As 480 moradias tiveram investimento vindo do Programade Aceleração do Crescimento (PAC) da Copa 2014.

A presença da presidente foi solicitada pelo prefeito do Recife João da Costa (PT).  Porém,de acordo com o gestor, a visita de Dilma Rousseff não tem relação com sua candidatura a reeleição do Recife.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, pretende se reunir com o ex-governador de São Paulo José Serra, neste feriado de carnaval, para saber se ele pretende mesmo disputar a sucessão da Prefeitura de São Paulo. No encontro, que deve ser realizado no Palácio dos Bandeirantes, Alckmin pretende arrancar do seu antecessor um indicativo de que ele pretende ingressar na disputa municipal e, assim, buscar, em conjunto, uma saída honrosa para a decisão de realizar prévias para a escolha do candidato tucano em São Paulo. "O governador só pretende iniciar uma discussão dentro do PSDB, a respeito da candidatura, após ouvir o ex-governador, o que deve ocorrer neste feriado de carnaval", informou um aliado próximo do governador de São Paulo.

Em conversas privadas, aliados de Geraldo Alckmin avaliam dois meios de viabilizar uma eventual candidatura de José Serra à Prefeitura de São Paulo. Um deles, considerado pouco provável, é de que, por meio de uma brecha jurídica, o ex-governador de São Paulo fosse inscrito na prévia do partido para a escolha do candidato tucano, marcada para março. A segunda alternativa, tida como a mais provável, é a negociação de uma "saída honrosa" para o vencedor das prévias, que abriria mão da disputa municipal em nome da candidatura de José Serra. O fim da disputa interna, um terceiro caminho possível, já teria sido descartado pelo governador de São Paulo, que teme criar uma saia-justa com a militância tucana favorável ao processo de escolha partidário.

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Nos bastidores, aliados do governador de São Paulo estudavam compensações aos quatro pré-candidatos do PSDB para que abrissem mão do processo, criando condições para o ex-governador entrar na disputa. Em razão da reação dos pré-candidatos, bem como da militância, o partido recuou e manteve, por enquanto, o processo de escolha, evitando assim um custo político maior. Ontem, em evento na capital paulista, o governador garantiu que as prévias estão mantidas e que, se o ex-governador decidir entrar na disputa eleitoral, o partido vai discutir a questão.

Traduzida em números, a faxina no governo revela que a intervenção da presidente Dilma Rousseff na Esplanada se aproxima de uma coleta seletiva: recicla mais os quadros ligados ao PMDB, PR, PC do B e PP, conforme levantamento feito nas edições do Diário Oficial da União de 8 de junho - data da substituição do ministro Antonio Palocci (Casa Civil) por Gleisi Hoffmann - até ontem.

Da área de influência do PR, a faxina da presidente atingiu 30 pessoas, sendo 7 filiados à sigla; do PMDB, 19, sendo 11 da legenda. Os não filiados foram contabilizados porque estão nas órbitas dos partidos. Do PT, só foram afastados Palocci e Hideraldo Luiz Caron, que ocupava um cargo na diretoria do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte Terrestre (Dnit).

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Ontem, o PMDB teve mais uma baixa. O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Francisco Sérgio Jardim, foi afastado de suas funções por ato da ministra Gleisi. Jardim era um dos últimos remanescentes da equipe do ex-ministro Wagner Rossi, que deixou o ministério por suspeita de envolvimento em irregularidades.

A queda de Jardim já vinha sendo anunciada pelo governo, embora o PMDB fizesse pressão para evitar que ele fosse tirado do cargo. Outro nome ligado ao PMDB que pode deixar a função que ocupa é Fábio Cleto, hoje diretor de Fundos de Governo e Loterias da Caixa Econômica Federal. De acordo com informações de bastidores do governo, o afastamento dele já foi decidido por Dilma e só não foi concretizado porque a presidente quer evitar uma revolta maior do PMDB na véspera da votação do projeto que cria o Fundo de Previdência Complementar dos Servidores Públicos (Funpresp). A proposta deverá ser votada depois do Carnaval.

No PMDB, os comentários de bastidores são de que o partido terminou o ano com raiva do governo e iniciou 2012 com ódio. Daí, a grande preocupação do governo com a votação do projeto que cria o fundo de previdência do servidor. O PMDB, partido do vice-presidente da República, Michel Temer, já perdeu dois ministros no rastro das denúncias: Wagner Rossi (Agricultura) e Pedro Novais (Turismo). Este, do grupo do presidente do Senado, José Sarney (AP); aquele, um forte aliado de Temer.

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A maior faxina da presidente Dilma ocorreu no setor de transportes. Atingiu tanto o ministério quanto as autarquias a ele ligadas - Dnit e Valec, a estatal que toca as ferrovias. A limpeza atingiu 30 dirigentes e assessores do setor, entre eles Alfredo Nascimento, que era ministro; Luiz Antonio Pagot (diretor-geral do Dnit); e José Francisco das Neves, presidente da Valec. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

No momento em que a cúpula tucana se mobiliza para emplacar a candidatura do ex-governador José Serra à prefeitura de São Paulo e evitar a união entre PSD e PT, o prefeito Gilberto Kassab desembarcou hoje em Brasília para uma audiência privada com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto. Foi o segundo encontro dos dois em menos de uma semana - Kassab e Dilma estiveram juntos na festa dos 32 anos do PT, na sexta-feira passada, quando o prefeito foi vaiado.

Questionado pela imprensa sobre as sucessivas conversas com lideranças petistas, Kassab negou que esteja fazendo jogo duplo na sucessão paulistana. "Todos sabem que não. Todos entendem que a nossa gestão é do Serra e do Kassab, e isso não impede o PT de ter conosco alianças, onde existem as circunstâncias", afirmou, destacando que em cidades como Salvador e Aracaju já estão definidas alianças entre PT e PSD. "Cada circunstância dita a conduta do partido nas eleições municipais."

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Oficialmente, Kassab disse que tratou com a presidente sobre a dívida da prefeitura com o governo federal (na casa dos R$ 40 bilhões) e da candidatura da cidade para sediar o evento Expo Mundial em 2020. O encontro dos dois não havia sido previamente divulgado nem pela assessoria do prefeito nem pela da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, só sendo confirmado depois que o prefeito já tinha deixado o Palácio do Planalto.

"Não foi tratada (de política), seria até uma desconsideração com a presidenta, vim como prefeito, não como líder partidário", afirmou Kassab. Indagado se a sua prioridade era o apoio ao PSDB, que tenta convencer Serra à concorrer à prefeitura, ou o pré-candidato do PT, Fernando Haddad, Kassab limitou-se a dizer que as "circunstâncias vão mostrar o melhor projeto para a cidade de São Paulo".

Para ele, o processo de discussão de alianças em São Paulo ainda está se iniciando. "Todos sabem a relação que existe entre o PSD e o PT e todos sabem da nossa posição como prefeito da cidade de São Paulo, portanto, há um interesse muito especial em fazer o encaminhamento da sucessão da forma mais correta", disse.

Na avaliação do prefeito, a relação do PSD com o PT tem sido muito respeitosa. "As declarações do candidato Haddad têm sido muito adequadas", comentou. "O melhor projeto é evidente que vem acompanhado de ideias, de equipe, de partidos, estamos no início desse processo e, portanto, vamos com bastante cuidado conduzir essa questão."

Kassab disse ainda que convidou Dilma para assistir ao desfile das escolas de samba no Anhembi, mas, segundo ele, Dilma muito provavelmente não irá. A presidente deve passar o carnaval na base naval de Aratu, na Bahia, longe de qualquer sinal de folia.

As pressões internas do PSDB para que o ex-governador José Serra entre na disputa pela Prefeitura de São Paulo, intensificadas nos últimos dias diante dos passos cada vez mais ousados do prefeito Gilberto Kassab (PSD) em direção ao PT na capital, provocam forte reação dos quatro pré-candidatos tucanos que temem uma ação da cúpula da sigla para engavetar as prévias, marcadas para 4 de março.

O prazo para inscrição nas prévias terminou ontem. Serra não se apresentou como pré-candidato. Diante da pressão dos tucanos, especialmente dos gestos do governador Geraldo Alckmin, líderes do PSDB avaliam que Serra, antes totalmente refratário à ideia, estaria mais aberto em relação à entrada na disputa, embora não haja ainda nenhuma decisão.

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O cenário, porém, mostra um PSDB fragmentado em função da indefinição de José Serra. Três dos quatro pré-candidatos - os secretários Andrea Matarazzo (Cultura) e José Aníbal (Energia) e o deputado Ricardo Tripoli - disseram ao Estado que continuam na disputa. O secretário Bruno Covas (Meio Ambiente) não se manifestou.

"As prévias são irreversíveis, estão aí, e sou pré-candidato. Espero ganhar. (O Serra) se inscreve e segue o procedimento", declarou Aníbal. "O procedimento decidido pelo partido para a escolha do candidato foram as prévias. Faz seis meses que nós adotamos as prévias. Os pré-candidatos se reúnem e conversam. Quem quiser ser candidato pelo PSDB tem de se inscrever e ir para as prévias", completou.

Tripoli também disse não ter recebido nenhum sinal pedindo para que recue da decisão de disputar. "Vou até o fim", afirmou.

Matarazzo declarou que continua trabalhando em favor de se disputar a eleição interna. "Quantas vezes ela (a possibilidade de Serra se candidatar) não surgiu no decorrer dos últimos seis meses? É um processo natural", disse. "Ele tem dito que não é candidato, mas as coisas não são fixas. Precisa ver o que ele decide, o que o governador decide e o que o partido decide." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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