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O presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, disse em depoimento à CPI da Petrobras, que a empresa vai concluir as obras da Refinaria Abreu e Lima, Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife (RMR) e está buscando parceiros internacionais para concluir o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Em Pernambuco, a obra foi paralisada após o início das investigações da Operação Lava Jato.

Segundo Bendine, a primeira fase da Abreu e Lima já está em operação e a segunda fase vai exigir investimentos de R$ 3 bilhões da empresa para ser concluída. “A primeira fase não está ainda em pleno funcionamento por questão de licença ambiental e a segunda fase já está 87% pronta”, disse nessa quarta-feira (14).

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A refinaria Abreu e Lima teve custo inicial estimado em 2,5 bilhões de dólares, valor que subiu para 18,5 bilhões de dólares ao final da construção. Os antecessores de Bendine na Petrobras, Graça Foster e José Sérgio Gabrielli, disseram que a estimativa inicial era falha e que o projeto sofreu modificações ao longo da obra.

O mesmo aconteceu com o Comperj, projetado para abrigar um pólo petroquímico, projeto que foi reduzido depois para apenas uma refinaria. Em relação ao Comperj, Bendine disse que já há três parceiros em vista para concluir o complexo.

*Com informações da Agência Câmara.

As discussões do projeto que modifica as regras de correção dos depósitos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e a votação, em segundo turno, da proposta de emenda à Constituição (PEC 171/93), que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos são os temas prioritários da semana na Câmara dos Deputados. Também constam das atividades da Casa depoimentos na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras e reuniões para apresentação e discussão de planos de trabalho de outras CPIS.

A proposta de mudança nas regras de correção dos recursos do FGTS poderá ser o primeiro item da pauta de votações, embora na terça-feira (18), antes da ordem do dia, os líderes partidários vão se reunir com o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para debater a pauta de votações da semana. Há resistência à aprovação do projeto do FGTS por parte do governo e de vários setores, porque isso poderá aumentar a taxa de financiamento de imóveis nos programas habitacionais de baixa renda.

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Em sessão extraordinária, na noite de terça-feira, o plenário da Câmara deverá votar o segundo turno da PEC que reduz a maioridade penal. O tema é polêmico e deverá levar à Casa muitos manifestantes contrários à medida para pressionar os deputados a rejeitar a PEC. Se for aprovada, a proposta será encaminhada à discussão e votação no Senado. Para a aprovação da proposta são necessários os votos favoráveis de, no mínimo, 308 deputados. A proposta permite o julgamento de infratores entre 16 e 18 anos por crimes hediondos, tais como estupro e latrocínio, homicídio doloso ou lesão corporal seguida de morte.

Outros projetos de lei também constam da pauta de votações do plenário da Câmara nesta semana, como o que concede isenção do Imposto de Renda à parte do dinheiro recebido de seguro de vida usada para o pagamento de plano ou seguro de saúde. Outro projeto que pode ser votado é o que estabelece diretrizes para os consórcios públicos de cooperação entre a União, os estados e os municípios para a compra e o uso de máquinas perfuratrizes de poços artesianos no semiárido.

A CPI da Petrobras marcou para esta semana os depoimentos de oito pessoas ligadas ao mercado de câmbio – setor que passou a ser investigado principalmente depois do depoimento da doleira Nelma Kodama. Os depoimentos estão marcados para terça e quarta-feira.

A CPI do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) marcou para as 14h de terça-feira (18) a votação de 18 requerimentos. A maioria deles é para solicitar do BNDES documentos como cópia de atas de reuniões dos conselhos de administração da instituição e cópias de documentos de informações discriminadas, relacionados ao financiamento para a construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.

Na quinta-feira (20), às 10h, a CPI do BNDES recebe o presidente da instituição, Luciano Coutinho. O depoente foi convidado e aceitou comparecer à CPI para prestar os esclarecimentos solicitados pelos deputados que integram o colegiado.  A CPI dos Fundos de Pensão reúne-se nesta terça-feira, às 14h30, para definição do roteiro de trabalho e deliberação de requerimentos.

O juiz federal Sérgio Moro impôs a alguns dos condenados por corrupção nas obras da Refinaria de Abreu e Lima (PE), da Petrobras, e da Refinaria Getúlio Vargas, no Paraná (REPAR) o pagamento de indenização de R$ 50 milhões à estatal - valor apurado da propina repassada, segundo investigação da força-tarefa do Ministério Público Federal e da Polícia Federal.

O montante deverá ser pago por danos decorrentes dos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. É a primeira sentença da Juízo Final, etapa da Operação Lava Jato que pegou o cartel de empreiteiras na estatal. O juiz aplicou penas superiores a 15 anos de prisão para Dalton Avancini e Eduardo Leite que, pelo fato de terem feito delação premiada, ganharam o benefício do regime domiciliar.

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Um terceiro executivo da empresa, João Ricardo Auler, que não fez delação, pegou nove anos e meio de reclusão. A indenização mínima não se aplica ao doleiro Alberto Youssef, a Paulo Roberto Costa - ex-diretor de Abastecimento da Petrobras -, a Dalton dos Santos Avancini e Eduardo Hermelino Leite - todos sujeitos a indenizações específicas previstas nos acordos de colaboração que firmaram com a força-tarefa da Lava Jato.

A sentença é relativa ao contrato de obras na refinaria Abreu e Lima, emblemático empreendimento da Petrobras sob suspeita de superfaturamento e desvios. Os mesmos crimes, segundo a sentença, teriam sido praticados nas obras da REPAR (Refinaria Getúlio Vargas, no Paraná).

Também foi condenado o ex-diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa, recebedor da propina - parte dela, Costa repassou a políticos, segundo a Lava Jato. Com base no artigo 387 do Código de Processo Penal, o juiz Moro fixou a indenização em R$ 50.035.912,33.

"Valor mínimo necessário para indenização dos danos decorrentes dos crimes, a serem pagos à Petrobras, o que corresponde ao montante pago em propina à Diretoria de Abastecimento e que, incluído como custo das obras no contrato, foi suportado pela Petrobras", assinalou o magistrado da Lava Jato.

O valor deverá ser corrigido monetariamente até o pagamento. A investigação da Polícia Federal e da Procuradoria da República apontou preços 18% mais caros em itens da Abreu e Lima. "É certo que os crimes também afetaram a lisura das licitações, impondo à Petrobras um prejuízo nos contratos com a Camargo Correa ainda não dimensionado, já que, em tese, com concorrência real, os valores dos contratos poderiam ficar mais próximos à estimativa de preço e não cerca de 18% mais caros", anotou Sérgio Moro.

O juiz fez uma ressalva, abrindo caminho para a própria Petrobras e a Procuradoria da República buscarem mais valores a título de indenização pelos danos sofridos. "Não vislumbro, porém, a título de indenização mínima, condições de fixar outro valor além das propinas direcionadas à Diretoria de Abastecimento, isso sem prejuízo de que a Petrobras ou o Ministério Público Federal persiga indenização adicional na esfera cível."

Do valor fixado para indenização poderão ser abatido os bens confiscados ou as indenizações dos colaboradores, caso não fiquem comprometidos também por confisco em outros processos.

Integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras visitam, nesta segunda-feira (18), as instalações da Refinaria Abreu e Lima (Renest), em Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife (RMR). Os deputados federais Kaio Maniçoba (PHS-PE), Fernando Monteiro (PP-PE), Altineu Cortês (PR-RJ) e delegado Valdir (PSDB-GO) compõem o grupo que coleta informações para embasar as próximas etapas de investigações da CPI. 

"Vamos analisar e fazer um relatório do andamento da construção do empreendimento", adiantou o deputado Altineu Cortês. O colegiado está sendo acompanhado pelo gerente geral da Renestem Vadson Moreira. A visita deve durar até o fim da tarde desta segunda.

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Denúncias apuradas pela Operação Lava Jato dão conta de superfaturamento nas obras do empreendimento petroleiro na ordem de R$ 6 bilhões. A obra da Renest está 80% concluída e não há previsões de entrega final. 

Além de negar ter recebido propinas, o ex-gerente geral da refinaria Abreu e Lima, Glauco Legatti, afirmou que não houve irregularidades nas obras da estatal em Pernambuco. “Não houve superfaturamento. Tudo o que foi contratado foi executado”, disse em depoimento à CPI da Petrobras, nesta terça-feira (31).

Ele explicou que a variação nos valores em reais se deve à variação do câmbio, já que 40% da refinaria foi contratada dólares. Segundo ele, a refinaria custou R$ 26 bilhões, bem maior que o valor inicial de US$ 2,4 bilhões. Legatti confirmou a informação dada na semana passada pela ex-presidente da Petrobras. Graça Foster, que explicou que o custo inicialmente divulgado foi baseado em um projeto básico que não estava concluído.

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O ex-gerente explicou aos deputados que a construção da refinaria foi feita por meio de 50 licitações. “Não houve erros, houve alterações nos projetos”, disse sobre os aditivos entre a Petrobras e as empresas contratadas. Para ele, as irregularidades apontadas na Operação Lava Jato ocorreram fora da estatal. “Todos os aditivos foram criteriosos e não houve interferência do Pedro Barusco [ex-gerente de serviços que admitiu ter recebido 70 milhões de dólares em propinas] nos valores a serem pagos”.

A refinaria começou a operar no final do ano passado, sob muitas denúncias de superfaturamento para alimentar cartéis e pagamentos de propina a partidos políticos. PP, PSB e PSDB são acusados de receberem o dinheiro desviado, mas as três legendas negam as acusações. Apesar de Legatti afirmar que não houve irregularidades, um parecer técnico do Ministério Público Federal (MPF) aponta um superfaturamento de R$ 613,3 milhões nas obras da refinaria.

Questionado se tinha alguma relação com o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, Legatti disse que o conhecia por ser contemporâneo de entrada na empresa, mas que nunca teve contato com ele. “Nunca trabalhei com o diretor Paulo Roberto Costa como subordinado ou em um grupo em que ele tenha sido meu chefe nesse período. Eu trabalhava na área de engenharia e ele na área de negócios”.

Com informações das agências Câmara e Brasil.

 

À CPI da Petrobras, o ex-gerente geral da refinaria Abreu e Lima, Glauco Legatti, negou que tenha recebido propinas do engenheiro Shinko Nakandakari, um dos delatores da Operação Lava Jato.  Em depoimento à Polícia Federal, Nakandakari disse que os pagamentos para o ex-dirigente da estatal "avançaram pelo ano de 2014, inclusive depois que a Operação Lava Jato foi deflagrada". Legatti disse ser inocente e não ter feito nada para ser preso.

“Nego ter recebido qualquer centavo”, afirmou Legatti aos deputados, após ser perguntado se teria embolsado os R$ 400 mil que Nakandakari diz ter pago em espécie a ele pessoalmente. O dinheiro supostamente teria sido desviado dos contratos da construtora Galvão Engenharia. O ex-gerente explicou que a empresa fechou dois contratos no total de 667 milhões para instalação de redes elétricas e de água e esgoto e para asfaltamento do complexo.

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Ele também afirmou que só soube do esquema de corrupção após deflagração da Lava Jato e afirmou não conhecer o doleiro Alberto Youssef. Aos deputados, Legatti admitiu ter sido amigo de Shinko Nakandakari, mas mas negou que os encontros com ele tivessem relação com o pagamento de propinas.

A refinaria começou a operar no final do ano passado, sob muitas denúncias de superfaturamento para alimentar cartéis e pagamentos de propina a partidos políticos. PP, PSB e PSDB são acusados de receberem o dinheiro desviado, mas todas as três legendas negam as acusações.

O orçamento inicial era de US$ 2,5 bilhões, mas chegou a US$ 18 bilhões, segundo o Ministério Público. Já Legatti disse que a refinaria custou R$ 26 bilhões sem superfaturamento.

A CPI da Petrobras ouvirá o ex-gerente de Implementação de Empreendimentos para a Refinaria Abreu e Lima (Renest), Glauco Colepicolo Legatti, nesta terça-feira (31). Os deputados querem apurar as denúncias de superfaturamento da obra para desvio de recursos e pagamento de propina.

O engenheiro Shinko Nakandakari, um dos delatores da Operação Lava Jato, afirmou ao Ministério Público Federal que pagou propinas a Legatti, afastado do cargo em novembro, por decisão interna da Petrobras.

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Na semana passada, a ex-presidente da Petrobras Graça Foster negou que tenha havido superfaturamento nas obras. Segundo ela, a “raiz do problema” foi o projeto. “Quando não tem projeto básico de qualidade, você terá problemas com aditivos. Em Abreu e Lima, a questão principal foram as mudanças sucessivas no projeto, o que causou as alterações posteriores”, avaliou. “Até as características do petróleo que seria refinado ali mudaram durante o processo”, lembrou.

 

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, divulgou uma nota, nesta terça-feira (3), em defesa do ex-governador Eduardo Campos (PSB) quanto a afirmação do doleiro Alberto Youssef, divulgada pela Folha de São Paulo, sobre um possível pagamento de propina ao pernambucano. De acordo com a reportagem, Campos teria recebido R$ 10 milhões de um contrato do Consórsio Conest para  “não criar dificuldades nas obras” da Refinaria Abreu e Lima.

No texto, o PSB diz que pretende adotar todas as medidas necessárias "para promover a defesa da memória do seu líder", caso a denúncia de Alberto Youssef seja confirmada.  Segundo eles, a conduta na sua vida pessoal e política de Eduardo Campos "sempre foi considerada por todos, irrepreensível".

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Veja a nota na íntegra:

NOTA OFICIAL

O Partido Socialista Brasileiro (PSB), surpreendido com a notícia publicada na edição desta terça-feira (3) no jornal Folha de S. Paulo, que acusa o seu ex-presidente, governador Eduardo Campos, de envolvimento no esquema de corrupção da Petrobrás, vem, de público, defender a memória do seu líder que, por não estar entre nós, não terá a possibilidade de defender-se.

O Partido, entretanto, adotará todas as medidas necessárias, se confirmada a denúncia do delator, para promover a defesa da memória do seu líder, cuja conduta na sua vida pessoal e política sempre foi considerada por todos, irrepreensível.

Brasília, 3 de março de 2015

Carlos Siqueira

Presidente Nacional do Partido Socialista Brasileiro

O deputado Betinho Gomes (PSDB) protocolou junto à Mesa Diretora da Câmara Federal um requerimento direcionado ao ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga. No documento, o parlamentar solicita ao Ministério, por intermédio da Petrobras, informações sobre a decisão de suspender por tempo indeterminado as obras da segunda etapa da Refinaria Abreu e Lima , em Ipojuca, e de “cancelar ou descontinuar” a construção das refinarias Premium I, no Maranhão, e Premium II, no Ceará.

Sobre a refinaria pernambucana, o tucano afirmou ser relevante apurar "os reais motivos" que levaram a Petrobras a decidir pela interrupção da obra da segunda etapa. “Não se justifica a paralisação de obra em tão avançado estágio de conclusão, por isso, é imperativo conhecer os fatos que levaram a Petrobras a tomar tal decisão”, ressalta Betinho. A obra em Ipojuca está com 91% de conclusão.

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No caso das outras duas refinarias, o deputado considera a existência de sucessivos erros na condução do processo, os quais geraram um prejuízo inicial para a empresa de petróleo brasileira no valor de R$ 2,7 bilhões, gastos em serviços de terraplanagem e sem que ninguém, até o presente momento, tenha sido apontado como responsável por mais esse desfalque nos cofres da Petrobras.

No requerimento enviado ao MME, entre outras informações, o parlamentar requer cópia da ata da reunião do Conselho de Administração da Petrobras na qual foi deliberada a decisão de suspender a construção das unidades Premium I e II; e solicita um relatório, no qual seja informado se, sob os enfoques comercial, técnico e contábil, foi ou não acertada a decisão de construir ambas as refinarias.

“Com data prevista para entrar em operação nos anos de 2016 e 2017, as refinarias Premium I e Premium II foram lançadas de olho nas urnas e o cancelamento dessas obras se tornou o espelho do amadorismo, da incompetência e da irresponsabilidade que caracterizam a gestão petista no parque de refino do País. E, para coroar o modus operandi petista de administrar refinarias, o Tribunal de Contas da União apontou um superfaturamento de R$ 84,9 milhões na fase de terraplanagem da Refinaria Prremium I”, critica o tucano. “Dessa forma, é imperativo que sejam apuradas as irregularidades apontadas pelo TCU e os prejuízos financeiros causados aos cofres da Petrobras”, finaliza o parlamentar. 

O deputado federal, Betinho Gomes (PSDB), criticou a decisão do Governo Federal de cancelar os investimentos da Petrobras para a finalizar a segunda unidade da Refinaria Abreu e Lima, em Ipojuca, e a construção das refinarias Premium I e Premium II, no Maranhão e Ceará, respectivamente. 

Para o tucano, a medida que atinge a plataforma pernambucana é "injustificada uma vez que 91% das obras estão concluídas".  No caso das outras refinarias, o parlamentar destacou que tais medidas estão gerando um prejuízo de R$ 2,7 bilhões aos cofres públicos. 

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"Essas medidas são fruto da incompetência do governo federal e da Petrobras. Esse prejuízo não pode ficar na conta da população brasileira. Por isso, vamos acionar o Ministério Público Federal para responsabilizar aqueles que tomara decisões administrativas erradas para que os mesmos sejam punidos", defendeu o deputado.

A Polícia Federal solicitou à presidente da Petrobras, Graça Foster, informações sobre dois contratos da estatal com Construtora Norberto Odebrecht, alvo da Operação Lava Jato, por meio de um consórcio formado para executar obras na Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.

O consórcio Conest foi formado pelas empreiteiras Odebrecht e OAS e venceu dois contratos já apontados pelo Tribunal de Contas da União (TCU), em 2013, por sobrepreço de quase R$ 150 milhões.

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O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou em sua delação premiada que recebeu US$ 23 milhões da Odebrecht. O executivo Rogério Santos do Araújo foi apontado por ele como responsável por indicar o banco na Suíça onde foi depositado o dinheiro, entre 2008 e 2009.

A Polícia Federal abriu inquérito em outubro do ano passado tendo a Odebrecht como alvo. Quatro contratos com a Petrobras são alvo dos investigadores da Lava Jato. Os dois que foram alvo de pedido de informação envolvem as obras da Abreu e Lima.

Esses contratos podem levar à Lava Jato a ligação do doleiro Alberto Youssef - alvo central das investigações - com o consórcio formado pela Odebrecht. Em depoimento prestado à Justiça Federal, o sócio-gerente das empresas Sanko Sider e Sanko Serviços, Márcio Bonilho, confessou ter pago "comissões" à Youssef por intermediação na venda dos produtos da empresa para empreiteiras.

"Eu fechei negócios com o (consórcio) CNCC, fechei negócios com o Conest, fechei negócios com a UTC, fechei negócios com Engevix, com o Estaleiro, fechei… Não recordo todos, mas fechei meia dúzia de negócios, assim, com 10 empresas distintas", respondeu Bonilho ao ser perguntado pelo juiz federal Sérgio Moro, sobre qual negócio ele conseguiu por intermédio de Youssef.

Acusado numa das ações penais da Lava Jato por ser associar a Youssef, o sócio do grupo Sanko admitiu que assinou contratos com uma empresa fantasma do doleiro e que "os contratos e notas fiscais foram produzidos fraudulentamente para justificar pagamento de 'comissões'".

Os dois contratos são das Unidades de Destilação Atmosférica - UDA (U-11 e U-12) e das Unidades de Hidrotratamento de Diesel (U-31e U-32), de Hidrotratamento de Nafta (U-33 e U-34), e de Geração de Hidrogênio - UGH (U-35 e U-36). Só um dos contratos, assinado em 2009, rendeu ao consórcio R$ 3,1 bilhões.

A Odebrecht, em nota, repudiou categoricamente as declarações do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa. A empresa afirma que não fez pagamentos ou depósitos para Costa e nem para qualquer outro executivo ou ex-diretor da estatal.

Pela segunda vez na mesma semana, trabalhadores do consórcio Coeg, atuante no Complexo de Suape, realizam uma manifestação em frente ao portão Oeste da Refinaria Abreu e Lima, em Ipojuca. O protesto está previsto para as 7h desta sexta-feira (16), quando os funcionários em greve farão um “panelaço” para exigir um posicionamento da Petrobrás e do consórcio formado pelas empresas Conduto e Egesa. 

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Pernambuco (Sintepav), cerca de 500 funcionários já foram demitidos pelo consórcio e 337 ainda não receberam a verba da rescisão do contrato. Em solidariedade aos afastados, trabalhadores ainda em exercício fizeram um protesto na terça-feira (13) e continuarão com as reivindicações nesta sexta.

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Entre as irregularidades apontadas pelos grevistas estão a ausência de depósito do 13° salário e aviso-prévio não pago aos demitidos. Sorteios de motos, carro e 32 horas de bonificação também teriam sido prometidos pela Coeg aos trabalhadores, que também questionam o não cumprimento do acordado. 

A Petrobras convocou na sexta-feira passada, dia 9, no Rio, gerentes e ex-gerentes da companhia acusados em sindicâncias internas de cometer irregularidades em obras da estatal a fim de anunciar que ainda poderá fazer "erratas" nesses relatórios, caso sejam detectadas "imprecisões" nas investigações. O comando da Petrobras aproveitou para lembrar aos gerentes que, segundo o estatuto interno da empresa, vai pagar os advogados de todos os citados em processos judiciais e administrativos.

A proteção jurídica dada pela companhia alcança os funcionários que respondem por impropriedades na construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). As auditorias sobre os dois casos foram concluídas em novembro e implicaram diversos gerentes, que estão afastados. Ao fim dos processos, eles podem ser demitidos. Os relatórios foram remetidos para a força-tarefa encarregada das investigações da Operação Lava Jato, que avalia a proposição de novas ações penais e de improbidade.

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No caso de Abreu e Lima, dez pessoas foram responsabilizadas por irregularidades que teriam contribuído para a elevação dos custos da refinaria, cujo orçamento saltou de R$ 4 bilhões para R$ 24 bilhões. No relatório do Comperj, 13 funcionários e ex-funcionários são listados como autores dos procedimentos investigados.

Nos dois relatórios, além dos gerentes, figuram como culpados pelas falhas o ex-diretor Paulo Roberto Costa (Abastecimento) e o ex-gerente executivo Pedro Barusco, que aceitaram fazer delação premiada na Operação Lava Jato. O ex-diretor Renato Duque (Serviços), suspeito de receber propina na estatal, também foi implicado.

A reunião foi conduzida pelo gerente executivo da área jurídica, Nilton Maia, e mais duas servidoras da Petrobras, uma delas assessora da presidente Graça Foster. Segundo fontes presente à reunião, os representantes da companhia justificaram que a empresa reconhecia a "colaboração" de todos e se via "no dever" de ajudá-los.

A Petrobras colocou o escritório Siqueira Castro, que presta serviços à empresa, à disposição dos ex-gerentes para apoiá-los nas defesas aos relatórios. Segundo um dos presentes, eventuais correções serão enviadas ao Ministério Público Federal (MPF).

O anúncio de que poderá haver "erratas" foi visto pelos gerentes como um "recuo" da empresa em relação aos apontamentos já feitos.

Questionamento

Ao ser avisado de que a empresa custearia sua defesa dos funcionário, um dos acusados teria questionado: "Então a Petrobras vai pagar um advogado para me defender de uma responsabilidade que ela própria me imputou?"

Apesar da convocação, o quórum na reunião de sexta-feira foi baixo. A reportagem conversou com duas pessoas que compareceram. A ex-gerente Venina Velosa da Fonseca, que foi afastada da chefia do escritório da Petrobras em Cingapura e diz ter denunciado, sem sucesso, desmandos à atual diretoria da estatal, não compareceu. Ela está licenciada.

A Petrobras não respondeu a questionamentos sobre o encontro. Em nota, informou apenas que, por intermédio de seu departamento jurídico, "realizou reunião com gestores e ex-gestores, de forma a esclarecê-los do alcance do disposto no seu Estatuto Social, que prevê a possibilidade da defesa" dos que forem "questionados em função de atos de gestão."

Segundo o estatuto interno, a estatal é obrigada a assegurar a defesa de administradores, presentes e passados, e funcionários que atuem por delegação. Além disso, diz o texto interno, a Petrobras deve manter contrato de seguro permanente para "resguardá-los das responsabilidades por atos decorrentes do exercício do cargo ou função".

O mesmo direito foi assegurado aos executivos condenados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por causar dano ao erário de US$ 792 milhões na compra da Refinaria de Pasadena, no Texas (EUA).

Funcionários da Refinaria Abreu e Lima, em Suape, estão fazendo um protesto nesta terça-feira (13) na entrada de acesso do complexo. O grupo, que está paralisado desde a última segunda-feira (12), é formado por funcionários do Consórcio Coeg, responsável pelo projeto e implantação dos dutos de expedição e recebimento de produtos da refinaria. 

Uma das reivindicações da categoria está relacionada aos ex-funcionários, demitidos no dia 4 de dezembro de 2014, segundo o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplenagem em Geral no Estado de Pernambuco (Sintepav-PE). Ainda de acordo com o sindicato, 500 trabalhadores foram demitidos, mas 337 deles ainda não receberam o valor da recisão de contrato. “A diretoria adiou para o dia 14 de dezembro, depois 28 de dezembro e 15 de janeiro, mas já disseram que não vão pagar porque a Petrobras não assinou o aditivo”, disse Leodelson Bastos, assessor de relações sindicais do Sintepav-PE.

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Os cerca de 200 funcionários que ainda permanecem contratados da Coeg também estão protestando. Segundo o Sintepav, eles ainda não receberam o salário de dezembro, a segunda parcela do 13° salário e o auxílio alimentação. 

No local de protesto há cerca de 300 pessoas. Para hoje não estão programadas passeatas ou bloqueio de vias, mas o Sintepav-PE informou que deve haver um ato de rua nos próximos dias. 

O início da terça-feira (13) promete ser de reivindicações e possíveis congestionamentos nas rodovias que levam ao Complexo de Suape. Às 7h, trabalhadores do consórcio Coeg (formado pelas empresas Conduto e Egesa) farão um ato de protesto em frente à portaria oeste (portão 02) da Refinaria Abreu e Lima, em Ipojuca. A manifestação é contra demissões que, segundo os trabalhadores, vêm sendo feitas de forma irregular. 

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Pernambuco (Sintepav), cerca de 500 funcionários já foram demitidos pelo consórcio; deste montante, 337 ainda não receberam a verba da rescisão do contrato. Em solidariedade aos colegas afastados, 1500 funcionários que ainda trabalham em Suape prometem paralisar as atividades até a resolução das pendências trabalhistas. 

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Esta é a primeira manifestação de 2015, depois de 2014 ter sido marcado por diversos protestos dos trabalhadores da Refinaria. O Sintepav afirma que ainda há embates judiciais em prol dos demitidos das empresas Engevix e Alusa, que também estão com pagamentos atrasados. 

A Petrobras informou no último sábado que a Refinaria Abreu e Lima atingiu, até 30 de dezembro, a marca de 44.500 metros cúbicos de diesel comercializado. Ao todo, a refinaria, que teve operações iniciadas no dia 6 de dezembro, recebeu 2,637 milhões de barris de petróleo, tendo processado cerca de 1,469 milhão. A estatal divulgou um comunicado em resposta à reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo" sobre o início das operações na refinaria, orçada em US$ 18,8 bilhões e investigada pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal.

Segundo a companhia, a refinaria está em "curva crescente de produção de derivados". A empresa informou que o orçamento inicial de US$ 2,4 bilhões para a refinaria se referia a um "estudo preliminar, que nunca foi validado para execução e por isso não deve ser referência para evolução de custos. Reiteramos que o projeto básico aprovado em 2009 para execução tinha orçamento de US$ 13,4 bilhões."

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A nota informa ainda que o segundo trem da refinaria, ainda em obras, está com 82% de avanço físico e que tem previsão de operação em "meados de 2015". "Todas as instalações necessárias à operação do primeiro trem são adequadas. A existência de instalações em operação paralelamente a instalações em construção e montagem é inerente ao presente projeto e comum em refinarias, assim como ocorre em qualquer obra de expansão de unidades em operação", avalia a estatal.

A Petrobras informou também que adota "todas as medidas de segurança necessárias à execução simultânea de atividades de operação e de construção". Segundo o comunicado, os procedimentos operacionais "são seguidos rigorosamente e a segurança de pessoas e instalações é prioritária em detrimento do incremento de produção".

O sindicato dos trabalhadores da Refinaria Abreu e Lima, em Suape, entrou, nesta quinta-feira (18), com um pedido na Justiça para multa e bloqueio das contas bancárias da Alumini e demais empresas consorciadas. Após a série de protestos realizados pelos profissionais, a entidade garantiu que pagaria todos os valores atrasados até a última quarta (17). De acordo com o Sintepav-PE, que representa a categoria, nem todo o valor foi depositado. 

Nos cálculos dos profissionais, as empresas pagaram pouco mais de R$ 46 milhões, o que resultaria num saldo não depositado de quase R$ 58 milhões. Além da aplicação da multa, o Sintepav exige também a antecipação das parcelas ainda por vencer. Os trabalhadores pedem o bloqueio das contas bancárias dos consórcios envolvidos, inclusive da Petrobrás. O Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região, até o momento, não se pronunciou sobre a ação do sindicato. 

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Um acordo judicial para quitação dos contratos de trabalho e pagamento dos trabalhadores da Alumini Engenharia S.A, antiga Alusa, foi fechado durante audiência realizada na quarta-feira (10), na sede do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-PE).  A conciliação prevê o depósito de R$ 98 milhões até o dia 17 de dezembro para pagamento dos salários atrasados, das rescisões trabalhistas e de outras verbas para cerca de 4,8 mil funcionários que operavam na Refinaria Abreu e Lima, no Complexo de Suape.

Para a quitação integral dos créditos trabalhistas, o cronograma ajustado prevê até o dia 19 de março para o depósito dos créditos, com nova contribuição financeira da petrolífera ou com recursos próprios das empresas prestadoras de serviço.  Funcionários como grávidas e acidentados terão suas questões trabalhistas resolvidas individualmente com a empresa na próxima semana. 

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Com o cumprimento do acordo o processo está encerrado, porém outras questões, como a responsabilidade subsidiária da Petrobras, ainda serão solucionadas de forma administrativa ou através de novas ações judiciais individuais ou coletivas. O descumprimento do acordo acarretará na aplicação de multa de 50% sobre o valor do saldo não pago nos prazos indicados.

Em meio a protestos contra salários atrasados e o escândalo da Operação Lava Jato, a Petrobrás deu início a produção de derivados de petróleo na Unidade de Destilação Atmosférica (UDA) da Refinaria Abreu e Lima (RNEST), na Região Metropolitana do Recife (RMR). Já nesse sábado (6), os produtos foram enviados para armazenamento em tanques e esferas.

Segundo a Petrobrás, a primeira carga de petróleo, após o processamento na UDA, gerou gás liquefeito de petróleo (GLP), nafta, diesel e resíduo atmosférico (RAT) - insumo para a unidade de coqueamento retardado. Também foi produzido gás combustível, que será utilizado nos processos da própria refinaria.

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Com informações da assessoria

Depois de inúmeros protestos realizados pelos trabalhadores da Alumini Engenharia, consórcio de empresas atuantes na Refinaria Abreu e Lima, um denominador comum foi encontrado na manhã desta sexta-feira (5), na Procuradoria do Trabalho, no Recife. As empresas terão até o dia 19 de dezembro para depositar os valores de rescisão indireta dos contratos e dos salários atrasados do mês de outubro, além da multa de 40% do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Segundo as informações divulgadas pelo Sintepav, sindicato dos trabalhadores de Suape, o pagamento dos salários de outubro ultrapassam os R$ 12 milhões e a multa de 40% do FGTS é superior a R$ 86 milhões. Em relação às férias em atraso, a Alumini reconhece a dívida de pouco mais de R$ 414 mil aos trabalhadores e garante o pagamento do valor até 19 de fevereiro de 2015. Há uma multa relacionada a esta questão de mais de R$ 11 milhões (que será paga no dia 19 de março do próximo ano).

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Após a reunião desta sexta, as empresas ainda garantiram que será realizada a baixa nas carteiras de trabalho dos empregados que tiveram o contrato encerrado no dia 12 de novembro e para os trabalhadores demitidos pela empresa antes desta data, no prazo de até 15 dias, contados a partir da homologação do acordo. Caso a Alumini não cumpra o acordo dentro dos prazos, estará sujeita a multar de 50% sobre o valor do saldo. 

Garantias aos funcionários e contas bloqueadas

De acordo com o sindicato da categoria, as funcionárias gestantes terão todos os direitos garantidos, com os casos analisados individualmente. Profissionais que retornaram do benefício previdenciário também terão os direitos assegurados, caso seja necessária análise. 

Os valores bloqueados da Construtora Barbosa Mello permanecem bloqueados até o pagamento devido aos trabalhadores, no dia 19 de dezembro. Todos os valores da Alumini, Consórcios e Construtora Barbosa Mello com a Petrobras, de contratos não relativos à Refinaria, permanecerão bloqueados caso não haja a quitação dos valores devidos no dia 19 de dezembro.

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