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O fechamento de uma represa no município de José Boiteux, no território indígena do Vale do Itajaí, em Santa Catarina, gerou conflitos entre a Polícia Militar e integrantes do Povo Xokleng na manhã deste domingo (8). Segundo o Corpo de Bombeiros, três indígenas foram baleados e precisaram de atendimento pré-hospitalar no local.

Construída na Terra Indígena Ibirama Laklanõ Xokeng em 1970, a Barragem Norte é a principal contenção de cheias do Estado e impacta diretamente no nível das águas do Rio Itajaí-Açu, na região de Blumenau. Na véspera, o governador Jorginho Mello (PL) anunciou o fechamento da barragem garantido por decisão judicial para amenizar o impacto das chuvas, que poderiam causar enchentes de até 14 metros de altura na região.

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"Tem sempre demandas e negociações com os indígenas, que nós os respeitamos e consideramos. Eles pediram algumas solicitações e a gente vai atender, sem dúvidas, mas a Polícia Militar está indo lá agora para dar segurança para que a equipe possa fazer o fechamento das duas barragens", disse o governador.

Em nota, o Ministério dos Povos Indígenas (MPI) alega que o fechamento da Barragem Norte estava acordado com o Povo Xokleng e seria executado neste domingo, mediante "a disponibilização de botes e outras medidas de segurança para que a comunidade indígena pudesse se proteger". A pasta afirma ainda que o fechamento não teria "laudo técnico calculado sobre as reais consequências".

Na mesma coletiva de imprensa realizada na noite do sábado, 7, Jorginho Mello afirmou: "(Vamos) simplesmente fechar (as barragens). Depois o conserto, para ver, para abrir e fechar. Isso é depois."

Segundo o Ministério dos Povos Indígenas, as medidas de segurança exigidas pelos indígenas "não foram cumpridas" pelo governo de Santa Catarina, o que "deixaria a terra indígena completamente desassistida, representando um risco de vida para o Povo Xokleng, o que motivou os protestos que foram reprimidos pela polícia".

O confronto resultou em três indígenas baleados, um com perfuração no abdômen, um com perfuração na perna e outro com perfuração na coxa. Eles foram encaminhados para o atendimento hospitalar, mas ainda não há atualizações sobre seus estados de saúde.

Na tarde deste domingo, Jorginho Mello publicou um vídeo nas redes sociais no qual comemora o fechamento das duas barragens de José Boiteux, que diminuiria em dois metros o nível das enchentes na região. "Desde ontem à noite estamos lutando lá. Tivemos de enfrentar uma série de barreiras humanas, madeira nas estradas, os índios não deixando a gente avançar, mas a gente conseguiu chegar", disse.

"Mandamos soldar onde foi o acesso, para ninguém mais poder ir lá fazer nenhum tipo de vandalismo. E a polícia vai manter vigilância lá para cuidar que elas continuem fechadas", continuou. Em outra publicação, ele afirmou que o governo "só toma decisões técnicas, embasadas e debatidas com os especialistas em cada área".

Em nota ao Estadão, a Secretaria de Estado da Segurança Pública de Santa Catarina afirma que o confronto foi "pontual, com um grupo pequeno de indígenas". Em um vídeo também enviado pela pasta à reportagem, o coronel Aurélio José Pelozato da Rosa, comandante-geral da Polícia Militar do Estado, diz que o conflito começou quando um grupo que ocupava a casa de máquinas da Barragem Norte se recusou a sair e um dos membros tentou retirar a arma dos policiais.

"Os pedidos foram todos atendidos e cumpridos. Hoje, pela manhã, a represa estava sendo desocupada pacificamente", afirma o coronel, dizendo que a casa das máquinas da Barragem Norte é o "ponto-chave" da operação. "É lá que precisamos entrar para que o equipamento danificado e vandalizado fosse consertado. E, pouco após, esse grupo se encontra com um pequeno grupo dos nossos policiais que cuidava das viaturas e atacam nossos policiais, tentando tirar as armas deles."

Ainda segundo Rosa, o cacique do Povo Xokleng teria apontado os responsáveis pelo confronto e dito que iria puni-los.

Em nota, o Ministério dos Povos Indígenas disse que "lamenta a violência contra os parentes" e que mobilizou a Polícia Federal e a Funai para garantir a segurança da comunidade.

A pasta também afirma que enviou representantes próprios e da Advocacia Geral da União (AGU) para acompanhar de perto os desdobramentos e garantir a resolução do conflito sem novos confrontos.

Pelo menos 16 pessoas morreram e 31 continuam desaparecidas por causa das inundações provocadas após a destruição da represa de Kakhovka, no sul da Ucrânia, no início de junho, segundo um novo balanço das autoridades de Kiev divulgado neste sábado (17).

"Dezesseis pessoas morreram: 14 na província de Kherson e duas na de Mykolaiv. Trinta e uma pessoas seguem desaparecidas", informou o Ministério do Interior ucraniano.

Momentos antes, a Rússia anunciou que o balanço havia aumentado para 29 mortos nas regiões ucranianas sob o seu controle.

A barragem hidrelétrica de Kakhovka, situada no rio Dnieper em uma área controlada pela Rússia, foi destruída em 6 de junho, o que causou inundações que destruíram extensas áreas de plantações e obrigaram a evacuação de milhares de pessoas de cidades e vilarejos cobertos pelas águas.

A Ucrânia acusa a Rússia de ter colocado minas e dinamitado a represa com o objetivo de fechar a passagem das forças ucranianas que realizam uma contraofensiva na região.

A Rússia, em contrapartida, garante que a instalação cedeu após bombardeios ucranianos.

A destruição da barragem também causou preocupação pela situação da usina nuclear ucraniana de Zaporizhzhia, que utiliza as águas do Dnieper para resfriar seus reatores.

O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o argentino Rafael Grossi, visitou a usina esta semana e admitiu que a situação era "grave", mas que estava "se estabilizando".

Uma menina de 12 anos morreu nesta quarta-feira (21) devido ao um afogamento na Represa Guarapiranga, na Zona Sul de São Paulo, no último domingo (18), segundo a Secretaria Estadual da Saúde. Outras cinco pessoas morreram em represas da capital nos últimos dias.

A adolescente, Ana Paula Gomes, estava internada em estado grave no Hospital do Grajaú, na Zona Sul da capital. Duas amigas e a irmã da vítima também morreram afogadas na represa.

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Além disso, dois homens também morreram afogados na Represa Billings, e um adolescente foi resgatado em estado grave.

 

 

O rompimento de uma represa em Mianmar, devido às intensas chuvas de monções, deixou quatro mortos e três desaparecidos - aponta o primeiro balanço divulgado pelas autoridades nesta sexta-feira (31), dois dias depois da tragédia.

"Quatro pessoas morreram, e três estão desaparecidas após as inundações", declarou à AFP Phyu Lei Lei Tun, do Ministério de Assuntos Sociais.

Os socorristas birmaneses seguiam, nesta sexta, no atendimento às últimas pessoas presas em suas casas, ainda cercadas pelas águas.

De acordo com as autoridades locais, a causa do rompimento de uma ampla seção da represa Swar Chaung na manhã de quarta-feira foi o fato de o sistema de evacuação ter sido danificado pelas chuvas. Isso provocou inundações em amplos setores da região central de Bago.

"Mais de 36.000 pessoas já estão distribuídas em 68 acampamentos", relatou o Ministério de Assuntos Sociais.

No total, mais de 65.000 pessoas se viram afetadas pelo desastre, mas muitas delas encontraram soluções de alojamento alternativas, principalmente em mosteiros budistas.

Há apenas uma semana, as inundações provocadas pelas chuvas de monções forçaram 150.000 pessoas a fugirem de suas casas em Mianmar.

No Sudeste Asiático, a temporada anual de monção vai, em geral, de junho a novembro.

A ruptura nesta quarta-feira (29) de uma represa em Mianmar obrigou milhares de pessoas a fugirem de suas casas, inundadas, e bloqueou a principal estrada do país - informaram as autoridades.

"A água chegou a localidades com mais de 50.000 habitantes", anunciou à AFP Phyu Lae Lae Tun, alto funcionário do Ministério birmanês para Assuntos Sociais.

No total, 14.000 casas de quase 100 vilarejos da região de Bago, 70 km ao norte de Yangun, foram afetadas. As autoridades não divulgaram informações sobre mortos, ou feridos.

A represa de Swar Chaung rompeu, devido à pressão das chuvas torrenciais, causando um fluxo súbito e abundante de água, que inundou as planícies rurais da região.

"Há mais de 14 mil casas e cerca de 63 mil pessoas afetadas pelas enchentes", indicou Phyu Lae Tun.

Até o momento, não foram notificadas mortes, mas 12.600 pessoas buscaram refúgio nos 30 abrigos temporários preparados para receber os deslocados, segundo o governo.

Os habitantes, alguns com água chegando à altura do peito, esforçaram-se ao máximo para alcançar áreas mais elevadas e se refugiar, de acordo com jornalistas da AFP presentes na aldeia de Kayin.

Muitos outros ficaram presos em suas casas parcialmente submersas, esperando pelo resgate dos socorristas que tentavam evacuar as zonas afetadas enquanto a noite caia.

As águas também causaram o colapso de boa parte de uma ponte localizada na estrada Yangun-Mandalay, as duas maiores cidades de Mianmar.

Além disso, o vice-ministro da Construção, Kyaw Linn, disse a repórteres que os pilares da ponte estavam afundando.

"Vamos enviar mergulhadores para verificar quando o nível da água cair", explicou ele.

Atualmente com uma imagem deteriorada no cenário internacional por causa das acusações da ONU de "limpeza étnica" infligida contra a minoria muçulmana rohingya, o comandante-em-chefe do Exército, Min Aung Hlaing, rapidamente se dirigiu à região afetada nesta quarta-feira.

A ruptura da represa ocorreu semanas após as fortes chuvas de monções terem forçado 150 mil birmaneses a fugirem de suas casas.

No Sudeste Asiático, a temporada anual das monções geralmente se estende de junho a novembro.

Laos, país vizinho de Mianmar, também sofreu com as fortes chuvas no mês passado, que também causaram a ruptura de uma barragem, deixando pelo menos 35 mortos, muitas pessoas declaradas desaparecidas e milhares de refugiados em abrigos temporários.

A água da represa hidrelétrica que se rompeu no Laos na última segunda-feira (23) e submergiu várias localidades, deixando 26 mortos e 131 desaparecidos, alcançou nesta quinta (26) o país vizinho Camboja, onde provocou inundações em 17 povoados e o deslocamento de milhares de pessoas.

De acordo com o porta-voz da província de Stung Streng, Men Kong, "17 aldeias foram inundadas por causa do colapso da represa do Laos".

"Evacuamos 5.600 moradores, porque suas casas estavam submersas", disse essa mesma fonte à AFP, sem citar mortos, ou desaparecidos.

As autoridades do Camboja, que estão organizando as eleições legislativas de domingo, esperam um aumento dos níveis das águas e novas evacuações.

Ao todo, 131 pessoas estão desaparecidas no Laos, declarou ontem o primeiro-ministro Thonglun Sisulith, em um primeiro balanço da catástrofe.

O isolamento da região, devido às torrenciais chuvas de monção, complicou as tarefas de resgate.

Os sobreviventes ouvidos pela AFP no Laos lamentam que não tenham sido advertidos sobre os riscos de colapso da represa com mais tempo. Alguns trabalhadores revelaram que a infraestrutura começou a apresentar danos pelas chuvas vários dias antes.

China, Vietnã e Tailândia enviaram equipes de resgate para o Laos nesta quinta.

O cônsul tailandês no Laos, Chana Miencharoen, que visitou o local do acidente, disse nesta quinta que foram recuperados 26 corpos. Segundo ele, nas aldeias próximas à represa a água chegava ao teto das casas.

A ONG International Hydropower Association (IHA) relata que existem mais de 50 projetos hidroelétricos no Laos. Várias organizações de defesa do meio ambiente advertiram para o impacto dessas represas no rio Mekong, em sua flora e fauna, assim como nas populações rurais.

Centenas de pessoas estão desaparecidas e 6,6 mil ficaram desabrigadas após o rompimento de uma represa hidrelétrica localizada no Sul do Laos, em uma região sujoita a grandes inundações, conforme informações de autoridades locais ouvidas nesta terça-feira (24) pela agência de notícias laosiana.

A Represa Xe Pian Xe Nam Noi, localizada a 550 quilômetros da capital, Vientiane, rompeu-se ontem. Segundo a Agência. EFE, a água inundou seis aldeias.

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Brasil expressa pesar

Em nota divulgada nesta terça-feira (24) pelo Itamaraty, o governo brasileiro manifestou pesar pelo rompimento da represa no Sul do Laos, que provocou mortes e afetou diversas localidades do país asiático.

"O governo brasileiro tomou conhecimento, com pesar, do rompimento de represa de usina hidrelétrica em construção na província de Attapeu, no Sul do Laos, na noite de 23 de julho. O acidente afetou diversas localidades na região, com vítimas fatais", diz a nota.

Na mensagem, o governo brasileiro expressa ainda condolências aos parentes e amigos das vítimas e estende sua solidariedade ao povo e ao governo do Laos.

*Com informações da Agência EFE

As chuvas dos últimos dias colaboraram para melhorar o nível de algumas barragens em Pernambuco. Um dos mananciais que está em pré-colapso no estado, a Barragem do Prata, no município de Bonito, elevou de 9,83% para 11,72%, entre a última quarta-feira (24) e hoje (26). Com o aumento, ainda tímido, o Prata registra agora 4.939.384 metros cúbicos de água acumulados, o que já garante prorrogar o uso da água da barragem até o mês de agosto deste ano. A Barragem do Prata é responsável pelo abastecimento de água de Caruaru e das cidades de Agrestina, Santa Cruz do Capibaribe, Ibirajuba, Altinho e Cachoeirinha.

Em março deste ano, a Compesa precisou adotar a medida de redução da exploração do Prata para 200 litros de água por segundo. Desde então, o abastecimento das seis cidades do Agreste está recebendo o complemento pelo Sistema Adutor do Pirangi, que incrementa o Sistema Prata com mais 500 litros de água por segundo. "A melhoria do nível do Prata é uma boa notícia, pois ainda estamos no meio da quadra chuvosa, e a nossa expectativa que a barragem acumule mais água no período das chuvas, assim como outros mananciais do estado", observa o diretor Regional do Interior da Compesa, Marconi de Azevedo.

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Em Garanhuns, as três barragens que fornecem água para a cidade elevaram o volume de reservação com as chuvas dos últimos dez dias. A Barragem do Cajueiro aumentou o nível de acumulação de 43% para 48% (6,9 milhões de m³ de água), Mundaú subiu de 23% para 35% (696 mil m³), enquanto Inhumas, que estava em colapso, com 5% da sua capacidade total, agora subiu para 27% (1,8 milhão m³). "Com essa melhora dos níveis das barragens, conseguimos garantir a continuidade do fornecimento de água para a cidade até fevereiro de 2018. E se as chuvas continuarem regulares e com esse volume até o final do mês de junho, a cidade poderá até sair do rodízio ainda em julho deste ano", informa o diretor.

Ainda no Agreste, a Barragem do Rio Correntes, que fornece água para a cidade de Correntes, está vertendo. A Compesa inclusive, concluiu um serviço para limpeza dessa barragem, neste mês, o que contribuiu para melhorar a acumulação de água no manancial e retirar a cidade do rodízio. Lagoa do Ouro também teve o calendário reduzido pelas chuvas, passou para um dia com água e um dia sem, depois que regularizou a vazão do Riacho da Palha. A população de Bom Conselho já sente as melhorias no abastecimento, após as barragens de Bulandim, Mata Verde e Caboge voltarem a acumular água. A companhia retornou com a captação nos mananciais, e estabeleceu um novo calendário de três dias com água e seis dias sem para a cidade - antes era de cinco dias com água e dez dias sem.

Na região Metropolitana do Recife, o maior aumento de volume aconteceu na Barragem de Pirapama, no Cabo de Santo Agostinho, que subiu, de ontem para hoje, de 46,06% para 54,12%. As outras quatro principais barragens da RMR não sofreram alterações significativas dos níveis: a Barragem de Várzea do Una está 35,84% da sua capacidade total; Tapacurá com 32,07%; Duas Unas apresenta 27,82% do seu volume de reservação; e Botafogo registra 13,47%.

Zona da Mata

Na Zona da Mata Norte, as cidades de Ferreiros e Camutanga são atendidas pelo mesmo sistema de abastecimento e cujas fontes de água, duas barragens de nível, tiveram a vazão regularizada com as chuvas. A Compesa passou a fazer a captação 24 horas, por dia, na Barragem de Mucambo, e voltou a retirar água da Barragem Vundinha. A população de Ferreiros e Camutanga - juntas, somam 16,5 mil pessoas - que antes eram abastecidas com o rodízio de dois dias com água e vinte dias sem, agora são atendidas com um calendário de dois dias com água e oito dias sem.

Com as últimas chuvas que caíram em Chã Grande, na Mata Sul, a Compesa voltou a captar água na Barragem dos Macacos, que está vertendo. Com a retirada de 15 litros de água por segundo deste manancial, somados a mais 15 l/s que são captados na Barragem de Siriquita, em breve, será divulgado um novo calendário de abastecimento para cidade, que hoje é de dois dias com água para 12 dias sem. A Barragem de Banho da Negra que abastece Pombos, também está vertendo, o que possibilitou reduzir o rodízio da cidade de dois dias com água e 28 dias sem, para dois dias com água e cinco dias sem.

As barragens de Água Fria de Cima e Água Fria de Baixo, que atendem Sirinhaém, também atingiram a capacidade máxima de reservação e estão vertendo. Na cidade é realizado o rodízio de 24 horas com água e 48 horas sem. Em Escada, as chuvas regularizaram o nível do Rio Sapocagy, principal manancial que atende a cidade e que estava em pré-colapso. A Compesa voltou a captar água no manancial 24 horas por dia, o que permitiu adotar o novo calendário de abastecimento em Escada, que é de um dia com água e um dia sem.

Da assessoria da Compesa

Autoridades suspenderam nesta terça-feira (15) a ordem de evacuação sob risco por danos em uma represa no norte da Califórnia, e as cerca de 200 mil pessoas afetadas poderão voltar para casa.

O departamento do xerife do condado de Butte anunciou ter rebaixado a "ordem de evacuação" a "advertência de evacuação" pelo incidente da represa de Oroville.

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"Esta redução permite às pessoas voltar às suas casas, retomar seus negócios, mas têm que estar vigilantes", disse o xerife Kory Honea em coletiva de imprensa.

Quando a ordem de retirada foi anunciada no domingo (12), as autoridades alertaram os moradores que a área próxima da represa poderia entrar em colapso em uma hora. Agora a situação é considerada estável, mas o estado permanece em emergência.

O presidente Donald Trump "autorizou a Agência Federal para a Administração de Emergências (FEMA) e o Departamento de Segurança Interna a coordenar todos os esforços de assistência a desastres que buscam aliviar a adversidade e o sofrimento causado pela emergência" na Califórnia, afirma um comunicado divulgado pela Casa Branca.

Moradora da região, Patricia teve menos de uma hora para recolher alguns pertences e deixar a sua casa, localizada na zona evacuada do norte da Califórnia onde há risco de inundações devido a danos em uma represa.

Assim como ela, cerca de 200.000 pessoas foram parar em abrigos improvisados em escolas, ginásios e bases militares, enquanto as autoridades tentam reduzir o nível do reservatório da represa de Oroville através de vertedouros comprometidos.

O risco não é pela represa em si, mas pelo transbordamento do reservatório de emergência que canaliza o excesso de água. Um enorme buraco se abriu no reservatório principal da represa na semana passada, o que obrigou as autoridades a ativarem pela primeira vez o reservatório de emergência no sábado.

Mas o mesmo começou a sofrer um desgaste, ameaçando romper e desviar a água para as cidades do vale. "Só tivemos uma hora ou menos de aviso, pegamos qualquer coisa e saímos de casa. Sei que vão resolver a situação, mas não sei quanto tempo vão precisar", disse Patricia à AFP.

Na segunda-feira, as autoridades afirmaram que o nível da represa, que havia aumentado após várias semanas de fortes chuvas, tinha diminuído, e que os riscos haviam reduzido. No entanto, estima-se um período de pelo menos duas semanas para que a situação seja normalizada, e espera-se um novo ciclo de tempestades a partir de quinta-feira.

Na terça-feira, as autoridades continuavam drenando cerca de 3.000 metros cúbicos de água por segundo através do reservatório principal. As áreas desgastadas do reservatório de emergência estão sendo cobertas com pedras, antes das chuvas previstas para quarta e quinta-feira, que podem voltar a encher a represa. Patricia está refugiada em um centro de eventos do condado Placer, que tem capacidade para 500 pessoas. 

Voluntários recebiam doações enquanto os afetados eram alojados em um espaço aberto com colchões infláveis, segundo um jornalista da AFP no local. "Oferecemos mantas e travesseiros, mas também comida, e há banheiros atrás. Muitas dessas pessoas têm baixos recursos e não podem pagar um hotel", explicou o oficial de polícia Merv Screeton.

O governador da Califórnia, Jerry Brown, pediu na segunda-feira ao presidente Donald Trump que "emita uma Declaração de Emergência para Assistência Federal Direta" aos condados afetados.

"O incidente é de tal severidade e magnitude que uma capacidade de resposta efetiva e contínua escapa das capacidades do estado e dos governos locais afetados", acrescentou.

"Estamos fazendo tudo o que podemos para consertar a represa e que [os evacuados] possam voltar às suas vidas de forma segura e sem medo", indicou Brown em uma coletiva de imprensa.

A cidade de Vinhedo, no interior de São Paulo, foi cenário de uma violência contra uma criança de seis anos em uma represa imprópria para banho. O menino foi jogado sem justificativa nas águas e segue desaparecida. 

Na tarde deste sábado (14), o garoto estava acompanhado da mãe, sentado à beira da represa quando um homem desconhecido surgiu e perguntou se a mulher sabia nadar. As informações do G1 Campinas e região constam que, ao responder "sim", ele fez a mesma pergunta direcionada à criança. Quando recebeu a resposta negativa, pegou o menino e o arremessou na água.

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O suspeito tem 34 anos, mas a identidade não foi revelada. Ele foi detido no local. As buscas pela criança continuam com os bombeiros e defesa civil. 

 

Morador há 30 anos do Parque Cocaia, no extremo sul da capital, o pintor Raimundo Barbosa, de 38 anos, aponta para a Represa Billings e lamenta a degradação. "É uma injustiça não poder beber a água por causa da poluição. É uma pena não usar toda essa água nessa época de crise", afirma, sem saber que o manancial, com capacidade superior a todo o Sistema Cantareira, poderia ajudar a afastar o risco de desabastecimento.

Da represa que banha São Paulo, Diadema, São Bernardo do Campo, Santo André, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, 7,7 mil litros de água por segundo são destinados hoje para o consumo da população - em potência máxima, o Cantareira produz 33 mil litros por segundo. Outros 6 mil litros seguem para a Baixada Santista, onde geram energia e vão para o mar.

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A subutilização do manancial como fonte de abastecimento, porém, não é explicada apenas pela quantidade de água destinada para a Usina Hidrelétrica Henry Borden, em Cubatão. Poluição, ocupação irregular das margens e assoreamento do corpo da represa compõem a lista. "O esgoto é jogado no córrego (que deságua na represa) até pelas casas que têm relógio de água (onde a coleta de esgoto é regularizada)", diz Barbosa.

No bairro Pedreira, na margem oposta onde vive o pintor, a população viu a degeneração da Billings a partir dos anos 1990, com o bombeamento das águas do Rio Pinheiros, em dias de temporal. "Quando eu cheguei aqui, em 1987, a represa tinha pássaros, macacos e área verde. Depois que começaram a puxar a água do rio ficou degradado", diz o líder comunitário Ricardo Prieto, de 46 anos.

A combinação de ocupação irregular às margens da Billings com a poluição do manancial já fez a represa perder 20% de sua capacidade de armazenamento, ou 240 milhões de litros de água. Segundo estudo feito pelo Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental (Proam), o impacto no espelho d'água equivale a 2 mil campos de futebol.

O presidente da entidade, o ambientalista Carlos Bocuhy, afirma que a Billings não recebe atenção, mesmo na crise. "O governo fala em tratar o esgoto do Rio Pinheiros, mas não em despoluir a Billings. Por que, em seca histórica, tiramos 6 mil litros por segundo da população para energia elétrica?"

Para a especialista em Saneamento Ambiental da Universidade Federal do ABC (UFABC) Tatiane Araújo de Jesus, é preciso tirar o esgoto da represa não só para aumentar a vazão destinada ao abastecimento, mas para proteger a população. "O esgoto cria um ambiente mais propício para bactérias, que, por sua vez, produzem toxinas que causam problemas para a saúde", diz. Segundo ela, uma alternativa seria tratar o esgoto para produzir água de reúso.

Concepção. A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) ressaltou que a Billings foi concebida para a geração de energia elétrica. "Por esse motivo, e não por questões ligadas à qualidade da água, é que ela não é usada em maior escala para o abastecimento", informou a empresa, em nota.

Além disso, a companhia informou que a água destinada à Henry Borden acaba sendo usada para o abastecimento via Rio Cubatão.

Responsável pela usina, a Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae) afirmou que precisa de 6 mil litros por segundo para fazê-la funcionar. A Henry Borden produz 889 megawatts, energia suficiente para abastecer 2 milhões de pessoas. Seu foco principal, porém, são as indústrias da Baixada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A queda rápida do nível da Represa Cachoeira, crucial para transferir a água do volume morto entre os maiores reservatórios do Sistema Cantareira, pode colocar em xeque o abastecimento para 12 milhões de pessoas das regiões metropolitanas de São Paulo e Campinas que ainda dependem do manancial em crise.

Localizado em Piracaia, a 90 quilômetros da capital, o reservatório Cachoeira perdeu 67% da capacidade em um mês e ficou com o nível de armazenamento pouco mais de um metro acima do limite mínimo do túnel que transfere a água por gravidade para a próxima represa do sistema, a Atibainha, em Nazaré Paulista.

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Abaixo do túnel, a água é considerada volume morto e só pode ser transferida para o reservatório seguinte por meio de bombeamento, como a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) tem feito desde maio nas Represas Jaguari-Jacareí, em Joanópolis, e, desde agosto, na Atibainha.

A empresa, porém, está com dificuldades de retirar água do volume morto da Jaguari-Jacareí porque o trecho próximo das bombas de captação virou um córrego raso. Na última sexta-feira, apenas três das 12 bombas estavam em operação. Cada uma capta até 2 mil litros por segundo. Técnicos da área acreditam que, se todas funcionassem juntas, acabariam puxando o lodo do fundo da represa e seriam danificadas.

Atibainha. O problema acabou provocando um efeito cascata. Sem conseguir bombear água da Jaguari-Jacareí, que tem 65% do volume morto que será utilizado, a Sabesp foi obrigada a aumentar a retirada da Represa Cachoeira para a Atibainha. No mesmo período, foi obrigada a aumentar de 1 mil para 2,5 mil litros por segundo a liberação de água para o Rio Atibaia, que abastece a região de Campinas.

As duas medidas, somadas à falta de chuvas, minou a estratégia da companhia. Em seu último plano de operação do Cantareira, enviado no início de outubro à Agência Nacional de Águas (ANA), a Sabesp disse que manteria o nível do reservatório em Piracaia na cota 815 metros. Anteontem, contudo, o nível do manancial já estava na cota 812,9 metros, que corresponde a 9% da capacidade.

Caso o nível chegue a 811,72 metros, a Sabesp não conseguirá mais passar água das represas Jaguari-Jacareí e Cachoeira para o Atibainha, a não ser por bombeamento. A empresa, no entanto, não fez obras para usar o volume morto em Piracaia.

Desta forma, o abastecimento de 6,5 milhões de pessoas que recebem água do Sistema Cantareira na Grande São Paulo ficaria dependente do reservatório Atibainha, que já está operando dentro da segunda cota do volume morto.

"A transferência de água do Jaguari-Jacareí está praticamente parada. Por isso, o Cacheira está esvaziando. Eles (Sabesp) estão fazendo um barramento no meio da Jacareí para usar a segunda parcela do volume morto, mas isso ainda deve levar uns 15 dias para ser concluído", explicou o engenheiro Antonio Carlos Zuffo, professor de Hidrologia da Unicamp. "Se o Atibainha continuar baixando, chegará uma hora em que não terá mais água para mandar para Campinas. Só restará a água do Cachoeira, que já está próximo de entrar no volume morto."

Para Francisco Lahoz, secretário executivo do Consórcio PCJ, a iminente seca da Represa Cachoeira evidencia o "colapso" do Cantareira. "É um somatório de situações, que passa pela estiagem, o aumento das temperaturas e a administração do recurso disponível. Cada gota de água tem de ser gerenciada", explicou. Lahoz acompanha o sistema desde 1992 e é alarmista em relação ao futuro. "A partir de agora, será possível ver o sistema entrando em falência. Corremos o risco de cair em um ponto sem volta, ameaçando a economia do País."

Limites normais. Em nota, a Sabesp descarta instalar bombas na Represa Cachoeira para captar um possível volume morto. A companhia informou que está operando "dentro dos limites normais" de operação do reservatório em Piracaia, que é o terceiro do sistema em capacidade.

A companhia disse que o volume do manancial faz parte de tudo que há disponível no Cantareira e "dentro do seu regime de operação, a transferência de água entre as represas é absolutamente normal, havendo naturais flutuações em seus níveis". De acordo com a Sabesp, não há prejuízo na vazão para o PCJ. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Militantes sunitas do Estado Islâmico (antigo Estado Islâmico do Iraque e do Levante) capturaram nesta quinta-feira a maior represa iraquiana, o que lhes garante o controle sobre grandes quantidades de água e energia. Autoridades internacionais temem que os insurgentes utilizem a barragem como arma de guerra, já que a abertura das comportas poderia inundar as regiões próximas e até a capital Bagdá.

Após uma semana de tentativas, o grupo de extremistas islâmicos finalmente conseguiu apoderar-se da represa de Mosul e obrigou o Exército curdo a recuar, disseram moradores da área próxima. O Estado Islâmico publicou uma nota confirmando que havia tomado a barragem e afirmou que vai continuar a "marchar em todas as direções". No depoimento, os militantes disseram que não vão "desistir do grande projeto do Califado".

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O porta-voz do grupo nacionalista curdo Peshmerga, Halgurd Hekmat, afirmou, no entanto, que o conflito em torno da barragem continua e que ele não sabe quem controla o dique no momento.

Os insurgentes, ligados à al-Qaeda, querem instituir o estabelecimento de um Estado islâmico nos territórios do Iraque e da Síria, impondo sua interpretação da lei do Islã. As forças armadas iraquianas e o Exército curdo, aliados a milicianos de tribos sunitas, têm lutado para expulsar os militantes do grupo extremista e seus aliados sunitas.

A represa de Mosul, antigamente conhecida como represa Saddam, está localizada ao norte da cidade de Mosul, a segunda maior do Iraque, dominada pelos insurgentes desde junho. O conflito na região se intensificou neste domingo após as cidades próximas de Zumar e Sinjar caírem nas mãos dos militantes.

A segunda maior barragem iraquiana, em Haditha, também corre o risco de ser tomada pelo Estado Islâmico. A dominação dos diques permite que o grupo use a água e a energia produzida para abastecer as cidades próximas sobre as quais eles têm controle. Eles poderiam ainda vender os recursos para angariar receita.

O governo francês solicitou nesta quinta-feira que o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) se reúna em caráter de emergência para discutir o avanços dos militantes islâmicos e "os abusos intoleráveis cometidos". A França pediu que a comunidade internacional se mobilize contra a ameaça. Fonte: Associated Press.

Serão retomadas, na manhã desta quinta-feira (12) na represa do Rio Jaguari, no trecho localizado na altura do quilômetro 63,5 da Rodovia Prefeito Joaquim Simão (SP-56), em Santa Isabel, Região Metropolitana de São Paulo, buscas por eventuais ocupantes de um Fiat Strada branco que, por volta das 21h15 de quarta-feira (11) saiu da pista, desceu o barranco e afundou nas águas.

Ao escutar um barulho e testemunhar o veículo invadindo a represa, um pescador ligou para a Polícia Rodoviária Estadual (PRE), que acionou os bombeiros. Foram para o local quatro equipes - três de Guarulhos e uma de Santa Isabel. O carro, que está em nome de uma agente de telemarketing, de 31 anos, foi localizado pelos bombeiros, mas nele e no entorno do local onde o Fiat caiu, junto à ponte que passa sobre a represa, nenhuma pessoa foi encontrada.

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No carro, os policiais encontraram uma mochila e objetos em geral, entre eles um fone de ouvido com microfone, igual aos que são utilizados por quem trabalha no setor de telemarketing. Documentos da proprietária do carro e do marido dela, de 35 anos, um crachá da empresa onde a atendente trabalha, R$ 460,00, livros e outros objetos também estavam dentro do carro, parte na mochila.

Até as 4h30 desta quinta-feira (12) a Polícia Civil de Santa Isabel, não tratava oficialmente o caso como desaparecimento, pois familiares do casal, que mora na mesma cidade, ainda não estão convictos de que a atendente e o marido dela realmente estavam no carro naquele momento.

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