Tópicos | Rodrigo Garcia

O governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), encontrou-se com o papa Francisco, nesta quarta-feira (7), no Vaticano, em Roma. Garcia compartilhou o momento em publicação no Twitter e se disse emocionado com a ocasião. Segundo o chefe do Executivo paulista, o papa disse estar orando pela recuperação de Pelé, que está internado no Hospital Albert Einstein desde a semana passada. 

"Um momento de grande emoção. Assim posso definir meu encontro com o Santo Padre, o papa Francisco. Junto a minha família, recebemos as bênçãos. Um encontro de paz, fé e esperança no futuro. Apaixonado por futebol, o papa disse que está orando pela saúde do nosso Rei do Futebol, o Pelé", escreveu Rodrigo Garcia.

##RECOMENDA##

O governador também aproveitou para dizer que há muito tempo queria fazer a viagem e as despesas foram custeadas por recursos próprios. 

"Esta é uma viagem que queria há muito tempo fazer com minha família. Fiz com recursos próprios e sem custo algum ao Estado. Foi uma oportunidade de agradecer pela vida e pedir bênção a toda população de São Paulo e do Brasil", completou. 

[@#video#@]

O governador do Estado de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), afirmou que irá cumprir a decisão judicial do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e anunciou a aplicação de multas de R$ 100 mil por hora para cada veículo que esteja bloqueando as estradas no Estado. De acordo com o governador, caso não sejam cumpridas as medidas, será feito o uso da força pela Polícia Militar e até eventuais prisões.

Em entrevista à imprensa nesta terça-feira (1º) o governador afirmou que optou-se pelo diálogo e negociação com os manifestantes. No entanto, com a decisão de Moraes e o desrespeito às medidas, "as negociações se encerram". "Não vamos admitir obstrução de vias em São Paulo", declarou o tucano, que afirma que os pontos que se identificam bloqueios já há um acionamento da polícia.

##RECOMENDA##

Segundo o governador, havia cerca de 90 pontos de manifestação por volta das 10h30 e 40 foram desobstruídos, citando o desbloqueio da via de acesso ao Aeroporto de Guarulhos. "Até agora temos sido bem sucedidos nessa negociação com a dispersão desses distúrbios", declarou. "Vamos avançar em outras áreas importantes aqui na cidade de São Paulo e nas principais rodovias do Estado", disse.

Resultado das eleições

O governador fez um apelo para que as manifestações se encerrem. De acordo com ele, o Estado respeita o resultado das urnas e, por isso, não serão admitidos protestos contra o pleito. "As eleições acabaram, vivemos em um País democrático, São Paulo respeita o resultado das urnas e nenhuma manifestação vai fazer com que a democracia do Brasil retroceda", e emendou: "Não vai ser manifestação ou baderna que vai fazer com que a sociedade não reconheça o resultado das urnas."

Secretário de Ações Estratégicas do Governo de São Paulo, Rodrigo Maia (PSDB) anunciou o seu desligamento da pasta após o governador do Estado, Rodrigo Garcia, declarar o seu apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) na disputa de segundo turno contra o ex-presidente Lula (PT).

Maia, que é ex-presidente da Câmara dos Deputados e fazia oposição ao Bolsonaro durante a sua gestão no parlamento brasileiro, se tornou secretário ainda na gestão João Doria (PSDB), que já afirmou que não vai votar em nenhum dos candidatos no 2º turno e anulará o seu voto.

##RECOMENDA##

"Informo que na data de hoje deixo a Secretaria de Projetos e Ações Estratégicas do governo de São Paulo. Agradeço aos governadores João Doria e Rodrigo Garcia pela oportunidade", publicou Rodrigo Maia em sua conta oficial do Twitter.

Outros secretários do governo paulista também estão cogitando entregar suas pastas por conta do apoio dado publicamente por Garcia a Bolsonaro. 

Ao menos quatro secretários do governo de São Paulo podem pedir demissão nesta quarta-feira, 4, em razão do apoio do governador Rodrigo Garcia (PSDB) ao presidente Jair Bolsonaro (PL). A informação foi publicada pelo Painel do jornal Folha de S. Paulo e confirmada pelo Estadão. Os secretários Rodrigo Maia (Projetos Estratégicos), Sérgio Sá Leitão (Cultura), Laura Machado (Desenvolvimento Social) e Zeina Latif (Desenvolvimento Econômico) pediram uma reunião com Garcia nesta quarta, 5, quando consideram deixar seus postos.

O anúncio do apoio de Garcia a Bolsonaro pegou a equipe do governador de surpresa. A maioria dos secretários ficou sabendo do posicionamento de Garcia pela imprensa, com o vídeo do tucano já ao lado de Bolsonaro. A decisão também surpreendeu o diretório estadual do PSDB. O presidente do partido em São Paulo, Marco Vinholi, foi informado da decisão enquanto almoçava, pouco antes do anúncio.

##RECOMENDA##

A movimentação de Garcia causou profundo impacto no PSDB paulista, que é o berço do partido. Segundo tucanos do diretório estadual, Garcia, que está filiado há pouco tempo no partido, não respeitou os ritos e agiu como se fosse um cacique solitário. As manifestações em sentido contrário de Aloysio Nunes, José Aníbal e José Serra praticamente inviabilizaram uma relação futura de Garcia com o partido no Estado.

Procurado pela reportagem, o secretário-geral do PSDB de São Paulo, Carlos Balota, confirmou que o partido não foi procurado e disse que a legenda no Estado ainda irá se reunir para tomar uma decisão oficial sobre a posição do partido em São Paulo. A leitura entre os tucanos paulistas é que Garcia já não tem sequer o controle da máquina partidária e está agindo de forma voluntarista.

O horário do encontro de Garcia com os secretários dissidentes ainda não foi marcado. Já há uma reunião geral de secretariado agendada para às 9h da quarta-feira.

O Secretário da Fazenda, Felipe Salto, reuniu a equipe técnica e amigos nesta tarde para fazer uma avaliação do cenário após saber da notícia sobre Garcia. No domingo, 1º, dia da eleição, ele se posicionou publicamente no Twitter contra Bolsonaro e também contra Tarcísio. O secretário escreveu no Twitter que votaria em Lula contra "demônio-mor" e que São Paulo corria o risco de trazer para o Estado o "horror bolsonarista", em referência a Tarcísio.

Salto, no entanto, decidiu continuar no cargo, após avaliação de que conseguirá tocar o trabalho a despeito do posicionamento do governador. "Eu liguei para o governador para manifestar a decisão de ficar no governo, para realizar trabalho técnico com o qual me comprometi com ele em abril e também minha lealdade à equipe técnica e aos programas que estamos desenvolvendo", disse Salto ao Estadão.

Integrantes do governo estadual imaginavam que o governador pudesse apoiar Tarcísio de Freitas (Republicanos) o que, na visão de parte deles, não seria um problema. A questão foi o apoio a Bolsonaro, que adota posições que vão de encontro com parte das políticas adotadas em secretarias de Garcia, como a da Cultura.

A posição de Garcia provocou alvoroço no PSDB. Quadros históricos do partido, como Aloysio Nunes, reagiram. Nunes disse ao Estadão que o apoio a Bolsonaro causava constrangimento. "É uma vergonha, é o fim do mundo. Esse apoio do Rodrigo ao Bolsonaro me constrange. Nem sei se constrange mais o PSDB. É um absurdo o partido ficar indiferente a essa ameaça à democracia que se avizinha", completou Aloysio. O ex-ministro José Serra, também tucano, anunciou seu apoio a Lula momentos depois.

Os petistas esperam que toda a celeuma faça o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso se posicionar claramente a favor da candidatura de Lula no segundo turno, contra Bolsonaro.

O deputado federal Alexandre Frota divulgou nesta terça-feira, 4, o pedido de desfiliação do seu partido, o PSDB. "Não posso ficar em um partido que apoia o Bolsonaro e Tarcísio. Vai de encontro a tudo que fizemos até o momento", anunciou Frota, em publicação no Twitter.

O governador Rodrigo Garcia (PSDB) foi ao Aeroporto de Congonhas na tarde desta terça-feira, 4, para se encontrar com o presidente Jair Bolsonaro (PL) e anunciar seu ‘apoio incondicional’ à reeleição do atual chefe do Executivo. O encontro ocorreu após negociações para celebrar a adesão do tucano à campanha do candidato ao governo de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos), que saiu à frente nas urnas no primeiro turno.

"Esse apoio do Rodrigo é muito bem-vindo, agradeço de coração a ele. Ele já tinha um amigo e vai ter um melhor amigo ainda para propostas que ele porventura queira sugerir para o nosso governo. Porque o governo não é uma pessoa só, são várias", disse Bolsonaro.

##RECOMENDA##

Apesar da articulação intensa nos bastidores, Tarcísio disse a jornalistas nesta manhã que "não faz sentido" estar no mesmo palanque de Garcia no Estado", embora conte com o apoio do PSDB.

Auxiliares do governador disseram que Garcia ficou incomodado com a declaração de Tarcísio, feita minutos antes de Ciro Nogueira, que também é presidente do PP, chegar ao Palácio dos Bandeirantes para fazer os acertos finais do apoio do tucano ao presidente Jair Bolsonaro no 2° turno das eleições

"Vamos estar no palanque juntos? Não. Mas vamos ter adesões do PSDB porque faz sentido", afirmou Tarcísio à imprensa sobre Garcia em reunião que confirmou a adesão do PP à sua candidatura. "Eu preguei mudança o tempo todo e não faz sentido estar com eles no palanque. Mas eles têm capilaridade, têm boas políticas que tem que ser preservadas", disse.

Tarcísio afirmou, porém, que contará com adesão de tucanos em função da convergência de linhas programáticas, especialmente antiPT. "Vamos ter continuidade de boas políticas públicas e vamos dar modernidade e velocidade que o Estado requer. O Estado cansou da gestão PSDB. E a gente representa novidade", enfatizou.

Vinte e oito anos depois de chegar ao governo de São Paulo com Mário Covas em 1994, o PSDB sofreu ontem sua pior derrota desde que perdeu a Presidência da República quando Luiz Inácio Lula da Silva (PT) superou José Serra na eleição presidencial em 2002 para suceder a Fernando Henrique Cardoso. Enquanto buscam entender os motivos que levaram o governador Rodrigo Garcia a ficar de fora do segundo turno da disputa pelo Palácio dos Bandeirantes, após um conturbado processo interno que fez com que o partido ficasse de fora da eleição presidencial pela primeira vez desde a redemocratização, os tucanos já discutem o que fazer a partir deste novo cenário.

Entre a desolação e o pessimismo com o futuro, dirigentes e quadros históricos do PSDB se dividiram ao avaliar os motivos que levaram ao fim da hegemonia paulista, mas convergem na tese de que a guerra fratricida desencadeada após a ascensão de João Doria em 2018 foi determinante.

##RECOMENDA##

Depois de superar Márcio França (PSB) no 2.° turno em 2018, com uma estratégia de surfar na onda Jair Bolsonaro e diante do fiasco da candidatura de Geraldo Alckmin naquele ano, Doria tornou-se o candidato natural à Presidência em 2022 e tentou promover uma guinada à direita no PSDB.

Na concepção do político com origem no mundo empresarial, o partido deveria ficar menos social-democrata e mais liberal. Essa transição, somada a um discurso antipetista, seria a fórmula para os tucanos recuperarem o prestígio com o eleitorado que migrou para o bolsonarismo, mas se ressentia dos arroubos do presidente.

O estilo voluntarista de Doria, porém, explodiu pontes. O racha que mais tarde culminaria no processo disruptivo das prévias presidenciais começou em um jantar no ano passado no qual o entorno do governador surpreendeu o presidente da sigla, Bruno Araújo, ao defender, sem nenhuma articulação prévia, que o chefe do executivo paulista assumisse o comando partidário.

Naquela altura, Doria já havia traçado um plano de voo que previa projetar Rodrigo Garcia na administração, filiá-lo ao PSDB e lançá-lo candidato à sua sucessão. Mesmo após vencer as prévias, no entanto, Doria passou a ser atacado por adversários internos e não conseguiu se viabilizar sua candidatura presidencial.

FUTURO

O PSDB tem agora um projeto claro no horizonte: tentar liderar a oposição ao governo federal e buscar recuperar o protagonismo no campo da centro-direita. Essa estratégia esbarra na resistência interna do grupo de tucanos que prega o apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e uma eventual composição no governo do petista. A leitura na cúpula da legenda, porém, é que essa ala é minoritária e não há outra alternativa além de lutar para desalojar o bolsonarismo da linha de frente antipetista.

Já em São Paulo a narrativa é outra. "Não podemos jogar 28 anos no lixo e ir na oposição em São Paulo. A minha posição é que devemos nos posicionar no 2.° turno. Vou convocar o diretório e a bancada da capital para fazer uma consulta. Haddad e Tarcísio têm programas semelhantes ao do PSDB", disse o presidente do PSDB paulistano, Fernando Alfredo.

"Seria ruim ficarmos neutros em São Paulo. O PSDB precisa tomar uma posição no 2.° turno e apoiar quem assinar uma carta de compromisso com a sociedade", complementou Orlando Morando, prefeito de São Bernardo do Campo e membro da direção executiva tucana.

No plano nacional, todas as atenções do partido se voltam agora para o ex-governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que vai disputar o segundo turno. "Se vencer, o Eduardo Leite passa a ser uma referência. O espaço político do PSDB vai continuar existindo", avaliou o ex-senador José Aníbal.

Quadro histórico do PSDB, ele está entre os que divergem da tese de que o partido deve ir para a oposição a um eventual governo Lula. "O partido deve costurar o centro democrático e fazer a interlocução entre o governo e o parlamento", diz Aníbal.

AVALIAÇÃO

No momento de avaliar as razões da derrota de Garcia no 1.° turno mesmo tendo a retaguarda da máquina, tucanos dizem reservadamente que a campanha pela reeleição foi errática e falhou ao adotar a linha do nem esquerda, nem direita. Auxiliares de Garcia dizem que a campanha não conseguiu quebrar a polarização porque se formou uma disputa entre duas "igrejas" e avaliam que não adiantaria ter forçado a mão no antipetismo, como defenderam políticos tucanos durante o processo eleitoral.

"Filiado a pouco tempo no PSDB, Rodrigo Garcia não convenceu o eleitorado de quem representa o legado do partido desde Mário Covas", disse a cientista política Vera Chaia, professora da PUC-SP.

Integrante da executiva nacional e tesoureiro do PSDB, César Gontijo é cauteloso ao avaliar erros, mas acredita que o principal deles foi não ter candidato próprio ao Palácio do Planalto.

Sobre o futuro, ele prega que o partido se "reinvente" para liderar a oposição. "Precisamos recuperar o protagonismo no campo da centro-direita", afirmou.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Depois de declarar voto no candidato do PT à Presidência da República, Luz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-presidente do Banco Central, ex-ministro e ex-secretário da Fazenda de São Paulo Henrique Meirelles declarou voto no candidato do PSDB ao governo de São Paulo, Rodrigo Garcia. "É sério, trabalhador e conhece o Estado", disse ele, durante entrevista concedida ao programa Roda Viva, na noite desta segunda-feira (26), na TV Cultura.

"Tive uma experiência de trabalho com um governo que eu reputo extremamente positivo. Tivemos que tomar medidas difíceis. Fizemos uma reforma administrativa, que desagradou alguns setores empresariais. Também tiramos benefícios de alguns servidores públicos, aquela camada que ganhava mais", disse Meirelles sobre a experiência que teve no governo paulista. Além disso, destacou o programa com oito mil obras e elogiou a conduta do candidato tucano: "a minha experiência de trabalho com o Rodrigo Garcia foi muito boa, foi uma experiência extremamente boa."

##RECOMENDA##

Na entrevista, Meirelles explicou porque vota em Lula para presidente da República e em Rodrigo para governador de São Paulo. "Eu vou ser coerente com o tipo de opção e com as razões que eu segui para apoiar o Lula no âmbito federal. Trabalhei com ele, vi o que ele fez. Aqui em São Paulo, trabalhei com o Rodrigo, vi o que ele fez e vou apoiar o Rodrigo na eleição."

O candidato Fernando Haddad (PT) continuou disparando contra o governador Rodrigo Garcia (PSDB). Durante debate, o petista continuou associando Garcia a antigos aliados, como Gilberto Kassab (PSD). "Você quer varrer o passado quando te interessa", disse. O petista também criticou o governador por tentar se "apropriar" de projetos que não são dele.

Haddad afirmou que o adversário tenta "capturar os programas feitos por outras pessoas", mas se afastar dos problemas de gestões passadas. Haddad também destacou que Garcia é novo no ninho tucano. "Rodrigo tenta se apropriar do que não é dele, invocando 28 anos de tradição tucana da qual ele não faz parte", criticou. Garcia entrou no PSDB em 2021, após 27 anos no DEM.

##RECOMENDA##

Em mais uma tentativa de se consolidar no eleitorado de São Paulo, o governador do Estado, Rodrigo Garcia (PSDB), aposta em sua imagem como "paulista raiz". O foco em seu berço político é visto como uma crítica ao candidato do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao governo estadual, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que é do Rio de Janeiro.

"É a cara de São Paulo, paulista raiz, gestor completo, ele é o cara certo para manter São Paulo firme e forte", inicia o jingle do tucano ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo de São Paulo. O atual chefe do Executivo estadual é de Tanabi, município localizado na região metropolitana de São José do Rio Preto, São Paulo.

##RECOMENDA##

Nesta quarta-feira (17), Garcia postou um vídeo sobre seu primeiro dia de campanha eleitoral, que teve início nesta terça-feira, 16. O governador viajou até sua terra natal e contou sobre sua infância. "Nas próximas semanas, eu vou pedir pra você abrir a porta da sua casa pra mim. Nada mais justo do que eu abrir a porta da minha vida pra vocês agora", escreveu o governador, em publicação no Twitter.

Na manhã de ontem, Garcia já tinha tecido críticas a quem é "de fora". "SP é dono do seu próprio destino e ñ precisa q ninguém de fora dite seu caminho. Muito menos quem caiu de paraquedas e usa SP como palanque pra terceiros", declarou na rede social. Horas depois, no entanto, ele se retratou e disse que "quem é de fora é sempre bem-vindo em SP. Mas pega mal chegar sem respeito e humildade". Segundo ele, "quem é de fora está por fora dos problemas. Tá por fora da realidade. Tá por fora do que é ser paulista. Respeite São Paulo".

Em pesquisa Ipec divulgada na segunda-feira (15), Garcia aparece tecnicamente empatado com Tarcísio, levando em conta a margem de erro de 3 pontos do levantamento. O candidato de Bolsonaro está numericamente à frente, com 12% dos votos, enquanto o tucano tem 9%. Já o candidato do PT, Fernando Haddad, ex-prefeito da capital paulista, na liderança pelo Executivo estadual, aparece com 29% das intenções de voto.

O governador de São Paulo e candidato à reeleição, Rodrigo Garcia (PSDB), disse que o Brasil vive um momento "muito delicado" com guerra ideológica e política, ao mesmo tempo em que as contas públicas se desorganizaram.

"O desafio do Brasil será muito maior nos próximos quatro anos. Quem sentar na cadeira de presidente da República terá grande desafio nos próximos quatro anos", afirmou Garcia, em conversa com representantes da indústria do trigo e derivados de São Paulo na manhã desta segunda-feira (8).

##RECOMENDA##

Neste contexto, segundo ele, o Estado de São Paulo será "tão importante" como nunca foi na disputa eleitoral. "São Paulo precisa preservar princípios e valores para ser luz para o Brasil no caminho para trilhar no desenvolvimento. Vou brigar para que essa briga ideológica e política não venha para São Paulo", afirmou Garcia.

O governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), definiu, nesta quarta-feira (3), que o deputado federal Geninho Zuliani (União Brasil) será o candidato a vice-governador em sua chapa na disputa pela reeleição. O ex-secretário da Saúde da capital Edson Aparecido (MDB) vai concorrer ao Senado pela coligação.

O nome de Aparecido era o preferido do prefeito Ricardo Nunes (MDB) para ser o companheiro de chapa do governador, mas o União Brasil, que é dono do maior tempo de rádio e TV no horário eleitoral, exigiu a indicação da vaga. Para selar o acerto na coligação, Garcia e o União Brasil prometeram apoio à reeleição de Nunes à Prefeitura, em 2024.

##RECOMENDA##

O União Brasil anunciou, nesta quinta-feira (7), o apoio à reeleição do governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB). O partido, porém, abriu nova disputa na coligação ao pedir a indicação do vice na chapa, cargo reservado atualmente ao MDB.

O União Brasil, em nota, também constrangeu o PSDB nacional ao afirmar que Garcia vai apoiar o presidente da legenda, Luciano Bivar, na disputa ao Palácio do Planalto. O comunicado ignora o fato de os tucanos terem acerto com a senadora Simone Tebet (MDB-MS) na eleição deste ano.

##RECOMENDA##

"Após longo período de conversas, o União Brasil e o PSDB chegam a um acordo para as eleições estaduais. O União Brasil vai apoiar a reeleição de Rodrigo e discutirá o nome de vice na chapa", afirma o União Brasil, na nota.

Garcia e Bivar estarão no mesmo palco amanhã em um ato que espera reunir 3 mil pessoas em São Paulo, com a presença do casal Sérgio e Rosângela Moro, ambos filiados ao União Brasil. "O evento também vai marcar o apoio de Rodrigo Garcia a Bivar como candidato a presidente em São Paulo", diz a nota.

O presidente nacional do MDB, deputado federal Baleia Rossi (SP), foi informado por Bivar do acordo em São Paulo em reunião na terça-feira, em Brasília. O emedebista não se opôs ao acerto, mas quer que o governador também abra palanque para Simone. Bivar chegou a romper com o governador paulista após o PSDB abraçar a pré-candidatura da senadora, mas recuou.

"Se o Rodrigo Garcia apoiar dois candidatos à Presidência da República, deve haver uma compensação digna ao União Brasil, que seria a indicação do candidato a vice. A sobrevivência do PSDB nacional passa pela eleição do governo em São Paulo", disse o deputado federal Junior Bozzella (União Brasil-SP), aliado de Bivar e membro da Executiva Estadual.

Resistência

O MDB, porém, mantém o nome do ex-secretário da Saúde da capital Edson Aparecido, que deixou o PSDB, como uma indicação do prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB). Para Garcia, é importante ter o chefe do Executivo paulistano engajado no projeto estadual. Aparecido já articulou 15 encontros de Garcia com Nunes e militantes na cidade.

Agora, com o fim do impasse, Garcia tem garantido o tempo de TV do União Brasil - 1 minuto e 30 segundos em cada bloco da propaganda eleitoral gratuita -, e assim terá a hegemonia na programação diária. Ele estará à frente de Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Fernando Haddad (PT).

Na coligação tucana, o Podemos e até o ex-governador João Doria (PSDB) atuam nos bastidores para indicar o candidato ao Senado. Doria defende Henrique Meirelles (União Brasil), e o Podemos, o deputado estadual Heni Ozi Cukier.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pré-candidato à reeleição pelo PSDB, o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, de 48 anos, é cuidadoso ao falar sobre o impasse no seu partido em relação a pré-candidatura presidencial de João Doria, de quem foi vice. Ele, porém, defende a união de PSDB, MDB e Cidadania como uma chance de quebrar a polarização entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL). Nesta quarta-feira, 18, os presidentes dos três partidos indicaram a senadora Simone Tebet (MDB-MS) como candidata única ao Planalto. A decisão ainda precisa passar pelo crivo das executivas nacionais das siglas.

Na entrevista ao Estadão/Broadcast, que abre uma série com os pré-candidatos ao Palácio dos Bandeirantes, Rodrigo Garcia deixou claro que não pretende associar sua imagem à de Doria na eleição estadual. "Represento a minha história."

##RECOMENDA##

O sr. defende união do centro político na disputa presidencial. Ainda acredita nisso? Seu candidato é o João Doria?

O candidato que meu partido e eu apresentamos para a terceira via é o João Doria. Estou ao lado dele como nome do PSDB. O partido buscou outros partidos. Era um grupo maior do que é hoje. O PSDB está insistindo para que a gente consiga manter o centro democrático unido e assim ter alguma chance eleitoral. Nosso candidato vai se submeter a essa análise do centro democrático e às pesquisas que estão aí. Vamos encontrar um caminho político. Defendo uma decisão política de comum acordo para que o candidato escolhido tenha mais chance de ganhar a eleição do que uma candidatura isolada.

O deputado Aécio Neves disse que Doria sempre foi o "bode" que precisava ser retirado da sala para viabilizar a sua candidatura. Como avalia essa declaração?

Aécio sendo Aécio.

Doria ameaça judicializar o processo se não for candidato e diz que o resultado das prévias é irrevogável.

O PSDB não pode ter outro candidato próprio que não o João Doria. Se parte para uma coligação, é outra decisão do partido, mas o único candidato que o partido pode ter com o número 45 é o João Doria. Sobre isso não há contestação. Não é o caso de judicialização. A política vai achar um caminho. Se o PSDB vier agora e disser que vai colocar o Eduardo Leite ou outro nome, aí não dá. Mas como o PSDB se submete a uma coligação, é ela que vai escolher. Aí a discussão é política, não jurídica.

A candidatura de Doria, que tem alta rejeição, atrapalharia sua campanha em São Paulo? Não se vê o ex-governador nas suas redes sociais e inserções de TV...

Sou candidato da minha história. E talvez um dos mais experientes dessa eleição em quantidade de mandatos consecutivos. Represento a minha história. Sou do PSDB. Fui vice do João Doria. Um é diferente do outro. Naturalmente vou me apresentar. O meu candidato a presidente é a terceira via. Simples assim.

Se o PSDB apoiar um nome de outro partido pode perder o protagonismo?

Muitas vezes você identifica figuras que representam aquilo em que acredita não necessariamente no seu partido. É natural que o PSDB lute por uma candidatura própria, mas entende que nesse momento é preciso juntar mais forças para ter alguma viabilidade eleitoral. Eu não quero só um candidato da terceira via. Quero um candidato que tenha chances reais de vitória. Vamos trabalhar para a unidade com o MDB, que é um dos maiores partidos do Brasil.

O que acha do nome da Simone Tebet?

Foi uma grande senadora, uma grande prefeita e é uma grande mulher. Pode representar esse grupo. A pesquisa vai dar uma pista do que é melhor para a viabilidade eleitoral.

O que é mais forte em São Paulo: o antipetismo ou o antibolsonarismo?

É aquele que não quer nem o petismo nem o bolsonarismo dominando São Paulo. Mais de 40% da população busca alternativa, 85% dos paulistas não escolheram candidato a governador. Está longe de ter uma pista do que vai acontecer. Estou aqui para proteger São Paulo dessa guerra ideológica.

Nas redes sociais e discursos, o sr. é um crítico das ideologias. É contra as ideologias? Tem alguma?

Não sou contra, mas a ideologia não pode vir na frente do problema. Não sou um gestor dogmático. Sou um gestor pragmático. Estou aqui para governar para quem gosta e não gosta de mim. Respeito a ideologia de todos, mas colocá-la na frente dos problemas não resolve.

O sr. tem ideologia?

Sem dúvida.

E qual é?

Me sinto um cara de centro e liberal.

No debate sobre segurança pública, o sr. adotou uma narrativa muito identificada com a direita mais radical. Disse que bandido que levantar a arma para a polícia vai levar bala. É uma estratégia para se aproximar do eleitor mais conservador?

Essa é uma recomendação que eu dei ao cidadão de bem e ao bandido. A boa polícia diz: não reaja quando você sofre um assalto. O recado claro ao bandido foi: não reaja que você vai tomar bala. Esse é o papel da polícia. Essa frase traduz o que eu acredito.

Sobre o uso de câmeras no uniforme dos policiais, houve uma mudança de tom no seu discurso. Por quê?

Contra fatos não há argumentos. No dia 2 abril, quando dei aquela entrevista (à revista Veja), não tinha nenhum relatório ou indicador sobre câmeras de seguranças e seus resultados. Na semana seguinte, saíram vários dados que estavam sendo pesquisados no último ano mostrando que a câmera reduziu a letalidade das policiais. Ao lado disso eu ouvi muito os nossos comandantes na condição de governador, e não de vice. Falei com parte da nossa tropa e visitei muitos batalhões. Estou indo em todos, inclusive com visitas-surpresa. Estou mais do que convencido de que as câmeras corporais são impositivas para a polícia.

Inclusive nas operações especiais?

Sem dúvida. As operações especiais têm uma natureza, e a rádio patrulha tem outra.

O pacto federativo da Constituição de 1988 prejudicou São Paulo?

A Constituição de 1988 municipalizou e estadualizou serviços, mas federalizou o dinheiro. Hoje, o resultado desse pacto federativo é que os municípios e os Estados têm muitas responsabilidades, mas a União fica com a maior parte da fatia do bolo tributário. Fiz um levantamento no ano passado. Os impostos federais arrecadados em São Paulo somam R$ 750 bilhões, e voltam R$ 47 bilhões. O que é mais grave é que as transferências voluntárias também deixaram de existir para São Paulo. São Paulo é o último Estado na fila de transferência voluntária do governo federal.

Está dizendo que é uma retaliação política do governo Jair Bolsonaro?

O governo parou de ajudar com políticas públicas que muitas vezes eram feitas em parceria nos governo do FHC, Lula, Dilma e Michel (Temer). Agora isso praticamente não tem.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governador de São Paulo Rodrigo Garcia (PSDB) afirmou que o ex-secretário de saúde da capital paulista Edson Aparecido é um "político" e um "gestor" "experiente", mas que a decisão sobre o seu vice virá apenas em julho. "Essa é uma decisão que será tomada mais adiante. (...) É muito cedo para isso", afirmou ele, durante visita à exposição do pintor Candido Portinari, no Museu da Imagem e Som (MIS), em São Paulo, neste sábado (2).

"A minha primeira missão é governar são Paulo e no mês de julho, que é o mês das convenções, nós vamos com muita serenidade, conversando com os partidos aliados e o MDB é um grande aliado, dialogar qual é aquela figura que representa melhor o que São Paulo quer para o futuro, seja na candidatura à vice, seja na candidatura ao Senado", emendou, em conversa com jornalistas, mais cedo.

##RECOMENDA##

Edson Aparecido, que renunciou à secretaria de Saúde da capital paulista e se filiou ao MDB, passou a ser um dos mais cotados para ser vice de Rodrigo Garcia na disputa pelo governo de São Paulo ao fazer tal movimento. Outro nome considerado para o cargo é o do ex-ministro Henrique Meirelles (PSD), que deixou a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo. "São grandes nomes", disse o atual governador.

Ele reforçou que a sua prioridade até agosto é governar São Paulo de "maneira intensa", "acordando cedo e dormindo tarde, gastando sola de sapato". Segundo Garcia, que tomou posse, ontem, em um restaurante do Bom Prato, no bairro do Heliópolis, o Estado é rico e desenvolvido, mas ainda tem muitas desigualdades a serem enfrentadas.

Questionado sobre o atual clima do PSDB, Garcia afirmou que é natural divergências em um partido e reiterou apoio ao ex-governador João Doria na disputa pela Presidência da República. "Eu sigo tucano, no PSDB", disse.

O governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), tomou posse de forma inusitada, na inauguração de uma unidade do Bom Prato em Paraisópolis, que ele chamou de "pronto socorro da fome". Estavam presentes o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e o presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), Carlão Pignatari (PSDB).

"O Brasil vive uma guerra de narrativas. Uma briga ideológica. Isso não resolve o problema das pessoas. Disputa política não gera emprego", afirmou Garcia.

##RECOMENDA##

E declarou: "A minha primeira agenda oficial como governador. Não entrei na política para mudar a ideologia de ninguém. Mas para mudar a vida das pessoas."

A exuberante propriedade de João Doria (PSDB), em Campos do Jordão (SP), serviu neste feriado de Carnaval para uma reunião da "tropa aliada" do governador paulista. No momento em que se aproxima a data de desincompatibilização para disputar a Presidência da República, Doria recebeu na luxuosa residência o presidente do PSDB, Bruno Araújo, o vice-governador Rodrigo Garcia, pré-candidato do PSDB ao governo paulista, o apresentador José Luiz Datena e o presidente do PSDB paulista e secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi - autor da foto que ilustra este texto.

O encontro tem uma simbologia clara: é uma tentativa do governador de mandar uma mensagem de unidade e afastar as dúvidas entre os próprios partidários sobre a viabilidade de sua candidatura presidencial. Pressionado por alas do PSDB a desistir de sua pré-candidatura, Doria terá de deixar o Palácio dos Bandeirantes até o início de abril. Nesta fase, seu foco está em garantir empenho e lealdade dos aliados estratégicos.

##RECOMENDA##

Coordenador da pré-campanha do governador, o presidente do PSDB foi reconduzido ao cargo por mais um ano com apoio do grupo de Doria, mas é alvo de críticas dos "doristas" por não ter se posicionado de maneira mais enfática em defesa da candidatura do vencedor das prévias do PSDB. Já Datena é visto como o candidato natural ao Senado na chapa dos tucanos, mas tem sido assediado também por outros partidos.

Mensagem

Ao promover esse encontro no fim de semana, Doria procura enviar um recado ao mundo político de que não está isolado e conta com o apoio de Araújo - o principal operador político do PSDB nas articulações com o MDB, o União Brasil e o Cidadania por uma federação partidária -, com Garcia, que vai assumir a máquina e de quem vai precisar do apoio, e Datena, que é um "coringa" no tabuleiro eleitoral de 2022.

A ampla propriedade, que conta com um heliponto e escultura de Bia Doria - mulher do governador - na entrada, deu caráter de intimidade ao encontro político. Por lá, também passaram dois nomes do PSDB que ajudam a fazer a ponte do governador com a "velha guarda" do partido: o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio e o ex-ministro Antonio Imbassahy.

Virgílio disputou as prévias contra Doria e Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, que agora ameaça deixar a legenda e ingressar no PSD para ser candidato ao Planalto. Imbassahy integra o círculo mais próximo de Doria - foi articulador político da gestão Michel Temer e hoje é secretário especial do governo paulista e chefe do Escritório de Representação do Estado de São Paulo em Brasília.

Nascido da fusão do DEM com o PSL, o União Brasil vai formalizar em um jantar reservado nesta terça-feira, 21, o apoio à pré-candidatura do vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB) ao Palácio dos Bandeirantes em 2022. A sigla escreveu uma carta de apoio para formalizar a união que é assinada pelos três principais dirigentes nacionais da agremiação: Luciano Bivar, ACM Neto e Antônio Rueda.

"Nós, do União Brasil, apoiamos a candidatura do Vice-governador Rodrigo Garcia ao Governo do Estado de São Paulo. Rodrigo é um dos gestores públicos mais completos do Brasil. Ele traz uma soma de atributos fundamentais para a política e a gestão pública. Rodrigo é um líder de diálogo, sabe ouvir e representa o nosso pacto com os valores do povo de São Paulo, de trabalho e dedicação ao próximo", diz o texto.

##RECOMENDA##

Pelo acordo costurado entre os dois partidos, o PSDB vai apoiar a candidatura de ACM Neto ao governo baiano no ano que vem. Os tucanos esperam anunciar em breve também a adesão do MDB ao projeto de Garcia, que também negocia o apoio do Cidadania e Solidariedade.

O PSDB espera levar os apoios também para o palanque nacional de Doria.

O presidente nacional do DEM, ACM Neto, criticou nesta sexta-feira (14) a saída do vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, do DEM para ir ao PSDB. Em nota, o dirigente partidário faz duras críticas ao governador paulista João Doria (PSDB). "A postura desagregadora do governador de São Paulo amplia o seu isolamento político, e reforça a percepção do seu despreparo para liderar um projeto nacional".

Aliados em todas as eleições presidenciais, desde 1994, o PSDB e o DEM travaram nas últimas semanas uma "guerra fria" em busca de protagonismo para a disputa de 2022. O embate passa pelo palanque em São Paulo e opõe os antigos parceiros. O presidente do DEM, ACM Neto, já havia avisado o governador João Doria que, se ele insistir em filiar o vice, Rodrigo Garcia, ao PSDB, as negociações entre os dois partidos para 2022 estarão encerradas.

##RECOMENDA##

Garcia era do DEM, mas foi confirmado nesta sexta-feira, 14, a no PSDB. O movimento de Doria, que quer fazer de Garcia o candidato do PSDB ao governo de São Paulo, em 2022, contraria ACM Neto.

Como mostrou o Estadão, o projeto presidencial de Doria também enfrenta resistências de dirigentes tucanos. Além disso, de uns tempos para cá, o DEM tem indicado que não vai endossar a possível candidatura do governador à sucessão do presidente Jair Bolsonaro.

O DEM conta com dois nomes que podem entrar na briga pelo Palácio do Planalto: o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG).

LEIA A ÍNTEGRA DA NOTA DO DEMOCRATAS:

"A mudança do vice-governador Rodrigo Garcia para o PSDB é fruto de uma inexplicável imposição estabelecida pelo governador de São Paulo, João Doria, cuja inabilidade política tem lhe rendido altíssima rejeição e afastado os seus aliados.

A postura desagregadora do governador de São Paulo amplia o seu isolamento político, e reforça a percepção do seu despreparo para liderar um projeto nacional. O momento pede grandeza e compromisso dos homens públicos com o país. Não é hora de dividir, mas de agregar. O Democratas defende a união de forças, e que se deixem os interesses pessoais de lado.

Certos de que o PSDB possui lideranças e quadros nacionais que são capazes de colocar os objetivos comuns e os sonhos para o futuro do Brasil à frente de projetos pessoais, o Democratas espera preservar a longa história de parcerias construída com o partido."

No momento em que articula sua mudança do DEM para o PSDB para concorrer ao Palácio dos Bandeirantes em 2022, o vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, recebeu apoio do grupo ligado ao prefeito Bruno Covas em uma articulação que isolou o ex-governador Geraldo Alckmin no partido. Potencial candidato à Presidência da República no ano que vem, o governador João Doria também apoia o nome de seu vice. A filiação de Garcia ao PSDB está marcada para 25 de junho.

Alckmin, que tem evitado falar publicamente sobre o tema, procurou dirigentes do PSDB para manifestar seu desejo de concorrer nas prévias que vão definir o candidato do partido ao governo, marcadas para setembro. "Se Rodrigo Garcia quiser ser candidato, ele terá que disputar prévias. O candidato natural do partido é aquele que foi eleito pelo PSDB e vai disputar a reeleição, e não quem chegou aos 45 minutos do segundo tempo", disse o ex-deputado Pedro Tobias, que integra a o diretório estadual tucano.

##RECOMENDA##

O prefeito e o ex-governador trataram do assunto pessoalmente em uma conversa há três semanas. Segundo auxiliares de Covas, que detém o comando do PSDB paulistano, Alckmin foi avisado de que, se Garcia for para o partido, a candidatura dele seria o "caminho natural". A direção executiva tucana definiu que as prévias não serão necessárias em caso de reeleição, mas aliados de Alckmin contestam essa decisão e pretendem revertê-la. Procurado, Covas não quis se manifestar.

Nacional

O PSDB nacional já organiza as prévias presidenciais marcadas para outubro, o que mantém o debate no diretório estadual em compasso de espera. Além de Alckmin, a lista de pré-candidatos ao governo de São Paulo tem outros três nomes: o secretário da Casa Civil, Cauê Macris, o presidente do PSDB-SP, Marco Vinholi, e o prefeito de São Bernardo, Orlando Morando.

"Com a chegada do Rodrigo Garcia ao PSDB, muda toda a configuração. Será inevitável adiar as prévias estaduais, caso ele se torne governador em abril. Ele passaria a ser o candidato natural", disse Morando.

O PSDB ofereceu a Alckmin a candidatura ao Senado, mas ele resiste à ideia e ainda precisaria convencer José Serra a desistir de tentar a reeleição. Diante do impasse, PSL e PSB se aproximaram do ex-governador e sinalizaram que ele teria legenda para tentar um novo mandato no Palácio dos Bandeirantes.

O vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (DEM), reforçou críticas ao governo federal nesta segunda-feira, 22, classificando-o como ausente, de forma "deliberada", com relação ao fornecimento de oxigênio e de financiamento de leitos de Unidades de Tratamento Intensivo (UTI, deixando os Estados e municípios brasileiros "numa situação asfixiante".

Garcia destacou que o Ministério da Saúde está há 28 dias descumprindo a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de retomar o custeio de todos os leitos de UTI no Estado.

##RECOMENDA##

O custo mensal para custeio que deve ser retomado é estimado em R$ 245 milhões por mês.

De acordo com o vice-governador, o dinheiro enviado pela Saúde até o momento é o suficiente para cobrir o custeio de apenas 20% dos 5.800 leitos de UTI em atividade em São Paulo.

Para o vice-governador, o Ministério da Saúde "faz um grande alarde" do repasse realizado até o momento, "mas faltou informar que mais de 80% dos leitos seguem sem financiamento federal".

Garcia disse também que estamos vivendo uma "negação ao SUS", ao comentar a atuação do Ministério da Saúde nessas questões, incluindo o financiamento federal de leitos no Estado.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando