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A cápsula da SpaceX que levou dois astronautas norte-americanos à Estação Espacial Internacional no fim de maio retornou à Terra na tarde deste domingo, 2, após pouco mais de dois meses em órbita. O trajeto de volta que trouxe os tripulantes Bob Behnken e Doug Hurley durou cerca de 19 horas e o pouso ocorreu no Golfo do México, na costa de Pensacola, na Flórida.

No dia 30 de maio, o foguete Falcon 9 deixou o solo americano pontualmente às 16h22 (horário de Brasília) e chegou à estação no dia seguinte, às 11h16. Após o lançamento, os astronautas fizeram uma viagem de 19 horas a bordo da cápsula Crew Dragon até atingir o destino.

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O lançamento foi um marco histórico: pela primeira vez desde 2011 a Nasa realiza uma missão espacial tripulada saindo dos Estados Unidos. É também a primeira vez que uma empresa privada lança astronautas em órbita - até então, apenas as espaçonaves governamentais chegavam a tais alturas. Além disso, foi um voo simbólico: o foguete saiu da mesma plataforma de lançamento do Centro Espacial Kennedy, na Florida, que içou a tripulação da Apollo 11 à Lua.

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Os dois astronautas que tripulam a cápsula da SpaceX, que em maio viajou para a Estação Espacial Internacional (ISS), chegarão à Terra em 2 de agosto, anunciou o diretor da Agência Espacial dos Estados Unidos (NASA), nesta sexta-feira (17).

"Estabelecemos 1o de agosto para a partida da cápsula Dragon Endeavour da SpaceX da Estação Espacial", tuitou Jim Bridenstine.

"O pouso está previsto para 2 de agosto. A data exata dependerá do clima", acrescentou.

Será o primeiro retorno tripulado da SpaceX à Terra, que no ano passado conseguiu trazer, sem incidentes, a cápsula vazia.

O retorno testará a resistência do escudo térmico da nave, que diminuirá a velocidade de descida com enormes paraquedas, usando o mesmo método das cápsulas Apolo nos anos 60 e 70.

Bob Behken e Doug Hurley partiram em 30 de maio de Cabo Canaveral, Flórida, na cápsula da SpaceX, na primeira viagem tripulada de uma empresa privada à ISS, devido a um contrato com a NASA.

Foi também o primeiro voo espacial americano tripulado desde 2011, quando o programa de ônibus espaciais foi encerrado. Desde então, os astronautas americanos viajavam para a ISS nos foguetes Soyuz russos.

Espera-se que a cápsula Dragon faça uma ponte com a ISS, transportando regularmente quatro astronautas da NASA e de agências associadas (do Canadá, Japão, Europa e possivelmente Rússia).

Atualmente, o francês Thomas Pesquet está treinando nos Estados Unidos para viajar para a ISS em uma Dragon em 2021.

O foguete da SpaceX chegou à Estação Espacial Internacional neste domingo, 31, às 11h16 (horário de Brasília). Depois do lançamento neste sábado a partir do Centro Espacial Kennedy, na Florida, os astronautas Bob Behnken e Doug Hurley fizeram uma viagem de 19 horas a bordo da cápsula Crew Dragon até atingir o destino.

A cápsula atracou cerca de 15 minutos antes do previsto, sem ocorrência de problemas. Porém, a missão será apenas considerada um sucesso quando os astronautas retornarem em segurança para a Terra. A expectativa é de que eles fiquem na estação por pelo menos um mês, e no máximo por quatro meses.

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A viagem foi histórica: pela primeira vez desde 2011 a Nasa realiza uma missão espacial tripulada saindo dos Estados Unidos. É também a primeira vez que uma empresa privada lança astronautas em órbita - até então, apenas as espaçonaves governamentais chegavam a tais alturas.

Na manhã deste domingo, os astronautas Behnken e Hurley disseram em uma transmissão ao vivo que a viagem foi tranquila e que eles dormiram boas horas de sono. Nesta manhã, eles foram acordados com a música "Planet Caravan", do Black Sabbath.

Ainda que sem relação direta, a primeira missão tripulada ao espaço desde 2011, fruto de uma parceria entre uma empresa privada que tem o empreendedor Elon Musk à frente e a Nasa, representou neste sábado um breve momento de alegria e inspiração diante de uma pandemia que já vitimou mais de 5,9 milhões de pessoas em todo o mundo. Se é possível levar o homem ao espaço - e fomos todos lembrados disso ontem, a partir de transmissão ao vivo pela internet da Flórida, nos Estados Unidos, é possível vencer uma pandemia, um inimigo silencioso que matou mais de 365 mil pessoas.

O foguete Falcon 9 deixou o solo norte-americano pontualmente às 16h22 (horário de Brasília) com os astronautas Bob Behnken e Doug Hurley em direção à Estação Espacial Internacional. É a primeira vez que uma empresa privada realiza um lançamento à órbita da Terra; até então apenas as espaçonaves governamentais chegavam a tais alturas. O lançamento ocorreu na segunda tentativa: ele inicialmente estava previsto para a última quarta-feira, 27, mas houve adiamento por causa do mau tempo na Flórida, onde fica o Centro Espacial Kennedy.

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Desta vez o clima local ajudou e o foguete foi lançado sob os olhares de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, que acompanhou tudo de perto. A viagem dos astronautas até a Estação Espacial Internacional deverá durar 19 horas. Partes do foguete usado para o lançamento dos astronautas ao espaço foram recuperadas minutos após a decolagem, em imagens também transmitidas ao vivo pela internet.

A agência espacial americana pretende, em parceria com a empresa aeronáutica Boeing e à Space X - para a qual concedeu US$ 3,1 bilhões com o objetivo de desenvolver cápsulas especiais -, estimular o mercado comercial de viagens para fora da Terra.

O lançamento deste sábado marca a primeira vez em que uma empresa privada participa de um lançamento espacial em território norte-americano. Desde 2011, é a Rússia quem tem transportado os astronautas da Nasa ao espaço, por meio da espaçonave Soyuz. A agência espacial americana decidiu aposentar os ônibus espaciais em 2011, decisão tomada após acidente com a nave Columbia oito anos antes.

A SpaceX testou com sucesso a Crew Dragon sem astronautas no ano passado, na sua primeira missão à estação espacial. O veículo, entretanto, acabou destruído no mês seguinte durante teste em solo quando uma das válvulas do sistema de emergência explodiu. O caso levou a uma investigação que se estendeu por nove meses e foi encerrada em janeiro.

Recentemente, ao chegar ao centro espacial Kennedy, Behnken, 49 anos, comparou o trabalho que levou ao lançamento de ontem a uma maratona. Ele rememorou à agencia Reuters, entretanto, que é isso que se pode esperar no desenvolvimento de um veículo capaz de transportar humanos ao espaço. Um dos objetivos do projeto é desenvolver veículos reutilizáveis e que, dessa forma, possam reduzir os custos de uma viagem espacial. Vida longa e próspera.

Projeto ousado

A Space Exploration Technologies, SpaceX, é vista nos Estados Unidos como uma improvável história de sucesso no empreendedorismo. Elon Musk contrariou alertas de pessoas próximas, que falavam sobre a falta de experiência dele na área, e investiu US$ 100 milhões na sua ideia. Dezoito anos depois, a empresa tem 7 mil funcionários e enfrenta o seu maior teste.

Antes de chegar ao patamar de formar uma parceria com a Nasa, a SpaceX enfrentou dificuldades nos seus primeiros anos. Três lançamentos consecutivos não chegaram à órbita, impondo prejuízo financeiro significativo a Musk. Quando o quarto lançamento, em 2008, conseguiu colocar um satélite de mentira no espaço, a empresa se aproximou rapidamente da agência americana, para quem passou a transportar suprimentos para a estação espacial internacional.

Parte do sucesso da empresa pode ser atribuído à mentalidade de reaproveitamento de partes de foguetes, que antes eram descartadas após um único uso. Agora, depois do lançamento, eles voltam a pousar, gerando economia significativa para a SpaceX. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em discurso no Centro Espacial Kennedy, na Flórida, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, informou que o foguete Falcon 9, da SpaceX, atingiu a órbita baixa da Terra e que os dois astronautas americanos estão "sãos e salvos". A companhia de Elon Musk e a Nasa lançaram com sucesso neste sábado uma missão espacial tripulada. "Agora, uma nova era de ambição americana começou", comemorou o republicano.

Antes de falar sobre o lançamento da missão espacial, Trump comentou sobre os protestos que se espalharam pelo país após a morte de George Floyd, um homem negro que foi asfixiado por um policial branco. "A morte de George Floyd nas ruas de Minneapolis foi uma grave tragédia. Nunca deveria ter acontecido", disse o líder da Casa Branca.

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O presidente americano, no entanto, condenou os protestos. "Meu governo interromperá a violência das multidões", declarou. Trump disse que apoia o direito de manifestantes pacíficos, mas que o movimento "não tem nada a ver com justiça ou paz".

Trump afirmou, também, que o Departamento de Justiça dos EUA está em contato com os Estados para tomar providências em relação aos protestos. "Não haverá anarquia", declarou.

Lançamento foi adiado para este sábado devido às previsões de melhores condições climáticas. (GREGG NEWTON / AFP)

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 Os Estados Unidos celebraram o lançamento bem-sucedido do foguete SpaceX, realizado na Flórida, às 16h35 (horário de Brasília) deste sábado (30). O evento histórico é o primeiro lançamento tripulado norte-americano em nove anos. A bordo, os astronautas Douglas Hurley e Robert Behnken, que têm como destino a Estação Espacial Internacional.

O presidente e o vice-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump e Mike Pence, acompanharam o lançamento no local. Para muitos, o foguete não foi construído nem operado pela Nasa, mas pela SpaceX, fundada pelo bilionário norte-americano Elon Musk, que declara sonhar com o envio de colonos para Marte. A operação é considerada histórica por ser a primeira iniciativa nesse sentido.

É a primeira vez que a SpaceX leva pessoas para o espaço. Chamada de Crew Dragon, a cápsula em que os astronautas foram acomodados, que oferece condições para a viagem de sete tripulantes, é uma versão atualizada daquela que era utilizada pela empresa para transportar cargas.

A SpaceX está avançando, de acordo com o planejado, neste sábado para o lançamento de seu primeiro voo espacial tripulado com dois astronautas da Nasa rumo à Estação Espacial Internacional (ISS), embora exista a possibilidade de um novo cancelamento devido ao mau tempo.

A informação foi divulgada pela empresa fundada por Elon Musk e pela Nasa. "Estamos avançando com o lançamento hoje (sábado). Os desafios climáticos continuam, com 50% de possibilidades de cancelamento", tuitou o administrador da NASA, Jim Bridenstine.

O lançamento do foguete Falcon com a cápsula Crew Dragon da SpaceX está programado para as 15h22 locais (16h22 de Brasília) do Centro Espacial Kennedy na Flórida. A presença do presidente Donald Trump é aguardada.

O clima forçou na quarta-feira o adiamento do que teria sido o primeiro lançamento de astronautas em território americano em quase uma década, e o primeiro tripulado de uma empresa comercial.

"Procedendo com a contagem regressiva hoje", anunciou Musk, fundador de SpaceX.

Caso não aconteça, a próxima janela de lançamento, que é determinada pelas posições relativas do local de lançamento à Estação Espacial, é domingo às 15H00 (16H00 de Brasília), quando a previsão é de tempo bom.

Os astronautas da NASA Bob Behnken, 49 anos, e Douglas Hurley, 53, ex-pilotos militares que entraram para a agência espacial em 2000, decolarão rumo à ISS a partir da histórica plataforma de lançamento 39A, como a Apollo 11.

A missão acontece em meio às restrições impostas para conter a pandemia do novo coronavírus, o que obrigou os tripulantes a permanecer em quarentena durante mais de duas semanas.

Desta vez não não haverá espectadores à distância para observar o lançamento como é habitual.

A Nasa pediu ao público que permaneça afastado de Cocoa Beach, o tradicional ponto de observação, mas a solicitação não foi suficiente para os fãs da exploração espacial, que se reuniram no local na quarta-feira passada durante a primeira tentativa.

O dia 27 de maio de 2020 deve marcar o início de uma nova era espacial com o envio por parte da empresa SpaceX de dois astronautas da Nasa ao espaço, uma capacidade que durante décadas simbolizou o poder de alguns países e da qual os Estados Unidos permaneceram privados nos últimos nove anos.

Se o tempo permitir, às 16h33 (17h33 de Brasília), da plataforma de lançamento 39A do Centro Espacial Kennedy, de onde decolaram Neil Armstrong e seus companheiros da missão Apollo 11, um foguete SpaceX com a nova cápsula Crew Dragon acoplada decolará rumo à Estação Espacial Internacional (ISS).

Bob Behnken e Doug Hurley, os dois homens escolhidos pela Nasa para a missão de demonstração, permaneceram em quarentena durante duas semanas.

Fundada em 2002 por Elon Musk, um empresário obcecado com Marte e com a determinação de mudar as regras do jogo da indústria aeroespacial, a Space Exploration Technologies Corp. conquistou a confiança da maior agência espacial do mundo.

A SpaceX se tornou em 2012 a primeira empresa privada a acoplar uma cápsula de carga à ISS. Dois anos depois, a Nasa pediu que a empresa adaptasse a cápsula Crew Dragon para poder transportar astronautas.

"A SpaceX não estaria aqui sem a Nasa", disse Musk no ano passado, após um teste geral da viagem à ISS sem tripulação.

A agência espacial pagou mais de 3 bilhões de dólares à SpaceX para projetar, construir, testar e operar sua cápsula e fazer seis viagens espaciais de ida e volta.

O desenvolvimento enfrentou atrasos, explosões, problemas de paraquedas, mas a SpaceX venceu a gigante Boeing, que também recebeu um pagamento da Nasa para construir uma cápsula, a Starliner, que ainda não está pronta.

O investimento, decidido durante as presidências de George W. Bush (envio de carga) e Barack Obama (envio de astronautas), é considerado frutífero em comparação com as dezenas de bilhões de dólares gastos nos sistemas anteriores desenvolvidos pela Nasa.

"Alguns afirmaram que é inviável, ou imprudente, trabalhar com o setor privado desta maneira. Não concordo", disse Obama em 2010.

A decisão do ex-presidente enfrentou a hostilidade do Congresso e da Nasa.

Dez anos depois, outro presidente, Donald Trump, comparecerá ao Centro Kennedy para o lançamento. O republicano tenta reafirmar o domínio americano do espaço e ordenou o retorno à Lua em 2024.

Se a NASA conseguir confiar ao setor privado as missões mais próximas da Terra, dentro da "órbita baixa", isto permitiria destinar orçamento para as missões mais distantes.

"Imaginamos um futuro, no qual a órbita baixa da Terra estará completamente privatizada, onde a Nasa será apenas um cliente entre outros", disse Jim Bridenstine, administrador da agência.

Em caso contrário, "nunca iremos à Lua, nem a Marte".

A chuva caiu com força nos últimos dias na Flórida, e as previsões apontam 40% de possibilidade de chuvas nesta quarta-feira no Cabo Canaveral. Em caso de tempestades, o voo será adiado para sábado.

A Crew Dragon é uma cápsula como a Apollo, mas do século XXI. As telas sensíveis ao toque substituíram os botões e joysticks. O interior é dominado pelo branco com uma iluminação mais sutil, sem qualquer relação com os ônibus espaciais que foram usados entre 1981 e 2011.

A princípio, o ceticismo era grande. Mas a SpaceX de Elon Musk desafiou as expectativas e, na quarta-feira (27), espera fazer história transportando dois astronautas da NASA ao espaço, no primeiro voo tripulado partindo de solo americano em nove anos.

O presidente Donald Trump estará entre os espectadores no Centro Espacial Kennedy, na Flórida, para assistir ao lançamento, que recebeu autorização apesar dos meses de confinamento devido à pandemia de coronavírus.

Em razão das restrições impostas pela pandemia de Covid-19, o público em geral foi convidado a acompanhar a transmissão ao vivo do lançamento da Crew Dragon por um foguete Falcon 9 rumo a Estação Espacial Internacional (ISS).

Destinado a desenvolver naves espaciais privadas para transportar astronautas americanos ao espaço, o programa de tripulação comercial da NASA começou sob o governo de Barack Obama.

Seu sucessor o vê como símbolo de sua estratégia para reafirmar o domínio americano do espaço, tanto militar, com a criação da Força Espacial, quanto civil.

Trump ordenou que a NASA retorne à Lua em 2024, um cronograma difícil de cumprir, mas que deu impulso à famosa agência espacial.

Nos 22 anos desde o lançamento dos primeiros componentes da ISS, apenas naves espaciais desenvolvidas pela NASA e pela agência espacial russa levaram equipes para essa estação.

A NASA utilizou o famoso programa de ônibus espaciais: naves espaciais enormes e extremamente complexas que levaram dezenas de astronautas ao espaço por três décadas.

Seu custo impressionante - US$ 200 bilhões para 135 voos - e dois acidentes fatais acabaram por encerrar o programa. O último ônibus espacial, Atlantis, viajou em 21 de julho de 2011.

Depois, os astronautas da NASA tiveram de aprender russo e viajar para a ISS no foguete russo Soyuz, que decolou do Cazaquistão, em uma parceria que sobreviveu às tensões políticas entre Washington e Moscou.

Os Estados Unidos pretendiam, no entanto, que este fosse um acordo temporário.

A NASA confiou a duas empresas privadas, a gigante da aviação Boeing e a SpaceX, a tarefa de projetar e construir cápsulas que substituiriam os ônibus espaciais.

Nove anos depois, a SpaceX, fundada por Musk, o empresário sul-africano que também criou o PayPal e a Tesla, está pronta para o lançamento.

- "Uma história de sucesso" -

Às 16h33 (17h33 de Brasília) de quarta-feira, um foguete SpaceX Falcon 9 decolará da plataforma de lançamento 39A com a cápsula Crew Dragon no topo.

A NASA concedeu à SpaceX mais de US$ 3 bilhões em contratos desde 2011 para construir a espaçonave.

A cápsula será tripulada por Robert Behnken, de 49 anos, e Douglas Hurley, de 53, ambos com uma longa história de viagens espaciais: Hurley pilotou o Atlantis em sua última viagem. Cerca de 19 horas depois, vão atracar na ISS, onde dois russos e um americano esperam por eles.

A previsão do tempo permanece desfavorável, com uma probabilidade de 60% de condições adversas, segundo os meteorologistas de Cabo Canaveral. A próxima janela de lançamento é sábado, 30 de maio.

A operação levou cinco anos a mais do que o planejado, mas, mesmo com os atrasos, a SpaceX derrotou a Boeing. O voo de teste da Boeing de seu Starliner fracassou, devido a sérios problemas de software, e terá de ser refeito.

"Tem sido uma história de sucesso", disse à AFP Scott Hubbard, ex-diretor do Centro Ames da NASA no Vale do Silício, que agora leciona em Stanford.

"Houve um grande ceticismo", lembrou Hubbard, que conheceu Musk antes da criação da SpaceX e também preside um painel consultivo de segurança da SpaceX.

"Os líderes da Lockheed, da Boeing, me disseram em uma conferência que os caras da SpaceX não sabiam o que estavam fazendo", contou à AFP.

A SpaceX finalmente chegou ao topo com seu foguete Falcon 9. Desde 2012, a empresa reabastece a ISS para a NASA, graças à versão de carga da cápsula Dragon.

A missão tripulada, chamada Demo-2, é de fundamental importância para Washington por duas razões. A primeira é quebrar a dependência da NASA em relação à Rússia. E a segunda é catalisar um mercado privado de "órbita terrestre baixa", aberta a turistas e empresas.

"Prevemos um dia, no futuro, que teremos uma dúzia de estações espaciais na órbita terrestre baixa. Todas operadas pela indústria comercial", disse o diretor da NASA, Jim Bridenstine.

Musk mira mais alto: está construindo um enorme foguete, o Starship, para circunavegar a Lua, ou até viajar para Marte e, finalmente, tornar a humanidade uma "espécie que habite vários planetas".

SpaceX anunciou nesta terça-feira (18) uma nova sociedade para enviar quatro turistas à órbita mais distante já alcançada por um cidadão comum, em uma missão que poderá acontecer em 2022, com custo de US$ 100 milhões.

A empresa fechou um acordo com a Space Adventures, que tem sede em Washington e serviu como intermediária para enviar oito turistas à Estação Espacial Internacional (ISS) por meio das naves espaciais russas Soyuz.

O primeiro deles foi Dennis Tito, que pagou US$ 20 milhões por uma permanência de oito horas na ISS, em 2001. O último a fazer essa viagem foi Guy Laliberte, fundador do Cirque du Soleil, em 2009.

Segundo a proposta, os novos turistas viajariam na cápsula Crew Dragon, da SpaceX, que foi desenvolvida para transportar astronautas da NASA e que deve fazer o seu primeiro voo tripulado nos próximos meses.

"Nossa meta é tentarmos chegar a uma, duas ou três vezes da altura da estação", disse Tom Shelley, presidente da Space Adventure, à AFP.

A ISS orbita a 400 quilômetros sobre a superfície da Terra, mas a altitude exata da missão Space Adventures definiria a SpaceX, acrescentou Shelley.

À princípio, poderia acontecer no final de 2021, ainda que "o mais provável é que ocorra em algum momento de 2022", informou.

A cápsula foi desenvolvida para levar astronautas da superfície da Terra a ISS. Com um espaço de apenas nove metros quadrados, não há áreas privadas para dormir, tomar banho ou usar o banheiro.

A duração da missão dependerá do que os passageiros quiserem, acrescentou Shelley.

- Semanas de trenamento -

Questionado sobre o preço, Shelley ressaltou: "Não é barato".

O custo para o lançamento de um foguete Falcon 9 é de US$ 62 milhões, de acordo com os números públicos, além da fabricação de uma nova cápsula Dragon. Poderia ultrapassar os US$ 100 milhões?

"Sua estimativa é correta, não posso comentar os números específicos, mas sim, esses são os componentes que estarão no custo total", ressaltou.

Diferentemente da viagem turística à estação, que precisou de seis meses de treinamento dos participantes em Moscou, essa missão precisará de quatro semanas de treinamento nos EUA.

Depois de 12 anos, Space Adventures também quer enviar mais dois turistas em um foguete russo a ISS, em 2021.

Em 2005, a empresa anunciou que enviaria dois turistas ao redor da lua, mas Shelley depois confirmou que essa missão foi cancelada.

Outras empresas relacionadas ao turismo espacial é a Virgin Galactic, de Richard Branson, e a Blue Origin, de Jeff Bezos.

As duas estão desenvolvendo naves espaciais para enviar turistas para depois da linha do espaço, situada a cerca de 80 a 100 quilômetros da atmosfera terrestre. As passagens para viajar com a Virgin Galactic têm preços a partir de US$ 250 mil.

A oferta da SpaceX é muito mais ambiciosa e será impulsionada pelo foguete Falcon 9, que colocou satélites no espaço e enviou astronautas a ISS.

Ao mesmo tempo, a Boeing está construindo uma cápsula tripulada chamada Starliner, que também tem a intenção de levar astronautas americanos a plataforma ISS.

A SpaceX conseguiu simular com sucesso neste domingo (19) a expulsão de emergência de astronautas de um foguete momentos após o lançamento, segundo transmissão ao vivo do teste, o último antes do envio previsto para alguns meses de uma equipe da Nasa à Estação Espacial Internacional (ISS).

O lançamento de testes, sem tripulação, foi iniciado às 10h30 locais (12h30 de Brasília) no Centro Espacial Kennedy, na Flórida, com a decolagem de um foguete Falcon 9, no qual foi acoplado na parte superior a nova cápsula da SpaceX, Crew Dragon.

Um minuto e 24 segundos depois da decolagem, a uma altitude de aproximadamente 19 quilômetros sobre o Atlântico e enquanto o foguete viajava a 1.500 km/h, ativou-se uma sequência de abandono para simular uma anomalia. A cápsula ligou seus potentes propulsores SuperDraco para expulsar os astronautas do foguete e afastar-se dele o mais rapidamente possível.

Em uma missão tripulada, a manobra salvaria os astronautas dentro do Dragon, caso o foguete viesse a ter algum problema ou seguisse uma trajetória errada.

Pouco após o brusco desacoplamento, o foguete se desintegrou em uma bola de fogo, o que a SpaceX havia advertido que poderia acontecer.

A Crew Dragon continuou sozinha seu curso a 40 km de altitude, antes de cair naturalmente no Oceano Atlântico.

Em seguida, os quatro grandes para-quedas da cápsula se abriram para frear a queda e amerizar no Atlântico, onde equipes de resgate tinham sido previamente posicionadas. Nove minutos depois da decolagem, a Crew Dragon pousou no oceano, aparentemente sem danos.

A análise da cápsula e os dados de voo confirmarão se tudo saiu bem e se o veículo é considerado confiável para transportar astronautas.

No entanto, o diretor da SpaceX, Elon Musk, antecipou em coletiva de imprensa que os dados iniciais indicaram que o teste havia sido perfeito. Acrescentou que o próximo voo da cápsula Crew Dragon será seu primeiro com astronautas a bordo e que poderia ser realizado no segundo trimestre deste ano.

"Isto representa o retorno dos astronautas americanos ao espaço a bordo de foguetes americanos a partir do território americano", disse na mesma coletiva de imprensa o administrador da Nasa, Jim Bridenstine.

O desenvolvimento aparentemente normal deste perigoso teste é uma excelente notícia para a SpaceX e a Nasa, que precisa certificar urgentemente um veículo para levar seus astronautas à ISS este ano.

Desde 2011, os Estados Unidos se viram obrigados a enviar seus astronautas em foguetes russos Soyuz, os únicos que têm a capacidade de transportar tripulantes, desde a aposentadoria dos ônibus espaciais americanos.

A SpaceX conseguiu simular com sucesso neste domingo (19) a expulsão de emergência de astronautas de um foguete momentos após o lançamento, segundo transmissão ao vivo do teste, o último antes do envio previsto para alguns meses de uma equipe da Nasa à Estação Espacial Internacional (ISS).

O lançamento de testes, sem tripulação, foi iniciado às 10H30 locais (12H30 de Brasília) no Centro Espacial Kennedy, na Flórida, com a decolagem de um foguete Falcon 9, no qual foi acoplado na parte superior a nova cápsula da SpaceX, Crew Dragon.

Um minuto e 24 segundos depois da decolagem, a uma altitude de aproximadamente 19 quilômetros sobre o Atlântico e enquanto o foguete viajava a 1.500 km/h, ativou-se uma sequência de abandono para simular uma anomalia. A cápsula ligou seus potentes propulsores SuperDraco para expulsar os astronautas do foguete e afastar-se dele o mais rapidamente possível.

Em uma missão tripulada, a manobra salvaria os astronautas dentro do Dragon, caso o foguete viesse a ter algum problema ou seguisse uma trajetória errada.

Pouco após o brusco desacoplamento, o foguete se desintegrou em uma bola de fogo, o que a SpaceX havia advertido que poderia acontecer.

A Crew Dragon continuou sozinha seu curso a 40 km de altitude, antes de cair naturalmente no Oceano Atlântico.

Em seguida, os quatro grandes para-quedas da cápsula se abriram para frear a queda e amerizar no Atlântico, onde equipes de resgate tinham sido previamente posicionadas. Nove minutos depois da decolagem, a Crew Dragon pousou no oceano, aparentemente sem danos.

A análise da cápsula e os dados de voo confirmarão se tudo saiu bem e se o veículo é considerado confiável para transportar astronautas.

No entanto, o diretor da SpaceX, Elon Musk, antecipou em coletiva de imprensa que os dados iniciais indicaram que o teste havia sido perfeito. Acrescentou que o próximo voo da cápsula Crew Dragon será seu primeiro com astronautas a bordo e que poderia ser realizado no segundo trimestre deste ano.

"Isto representa o retorno dos astronautas americanos ao espaço a bordo de foguetes americanos a partir do território americano", disse na mesma coletiva de imprensa o administrador da Nasa, Jim Bridenstine.

O desenvolvimento aparentemente normal deste perigoso teste é uma excelente notícia para a SpaceX e a Nasa, que precisa certificar urgentemente um veículo para levar seus astronautas à ISS este ano.

Desde 2011, os Estados Unidos se viram obrigados a enviar seus astronautas em foguetes russos Soyuz, os únicos que têm a capacidade de transportar tripulantes, desde a aposentadoria dos ônibus espaciais americanos.

Parecia uma cena de um filme de ficção científica: na Holanda, um astrônomo registrou, no último fim de semana, uma imagem noturna de uma fileira de satélites da SpaceX, que com seu brilho deslumbraram os amantes do espaço no mundo.

Mas a novidade também provocou o lamento de astrônomos que dizem que a constelação, até agora de 60, mas que aspira a chegar a 12.000 satélites para prover internet, poderia ameaçar a visão do cosmos e complicar a exploração científica.

O lançamento foi acompanhado no mundo todo e em pouco tempo ficou claro que os satélites eram fáceis de observar a olho nu. Ou em outras palavras, que são uma nova dor de cabeça para os pesquisadores, que já têm que encontrar soluções para lidar com os objetos que saturam suas imagens do espaço profundo.

"As pessoas estavam fazendo extrapolações de que se estes satélites nestas novas mega constelações tinham esse brilho estável, em 20 anos ou menos, por uma boa parte da noite o olho humano veria mais satélites que estrelas em qualquer lugar do mundo", disse Bill Keel, astrônomo da Universidade do Alabama, à AFP.

O brilho dos satélites diminuiu desde então, dado que seu rumo se estabilizou e continuaram a subida até a posição final, a uma altura de 550 quilômetros.

Mas isso não dissipou totalmente as preocupações dos cientistas sobre o que virá depois.

A SpaceX, de Elon Musk, é só uma das muitas companhias que buscam entrar no negócio da provisão de internet a partir do espaço.

Atualmente há 2.100 satélites ativos orbitando nosso planeta, segundo a Associação da Indústria de Satélites.

Se forem somados 12.000 só por parte da SpaceX, logo "serão centenas sobre o horizonte", disse Jonathan McDowell, do Centro de Astrofísica Harvard Smithsonian, que acrescentou que o problema se potencializará em certos momentos do ano.

"Portanto, certamente será espetacular no céu noturno se você está longe da cidade e têm uma área agradável e escura; e definitivamente causará problemas para alguns tipos de observação astronômica profissional", apontou.

- Respostas contraditórias -

Musk respondeu ao debate no Twitter com mensagens contraditórias, prometendo que vai buscar formas de reduzir o brilho dos satélites, mas garantindo também que teriam "0% de impacto nos avanços da astronomia" e que os telescópios deveriam se mover no espaço de todos os modos.

Também disse que o trabalho de dar a "bilhões de pessoas economicamente desfavorecidas" acesso a internet de alta velocidade através de sua rede "é o maior benefício".

Keel considerou positivo que Musk tenha se oferecido para buscar formas de reduzir a reflexibilidade dos futuros satélites, mas questionou que ele não tenha antecipado o problema.

Se os astrônomos ópticos estão preocupados, seus colegas de radioastronomia, que dependem das ondas eletromagnéticas emitidas pelos objetos celestes para examinar fenômenos como a primeira imagem do buraco negro revelada no mês passado, estão "quase desesperados", acrescentou.

Os operadores de satélites são conhecidos por não fazer o suficiente para proteger suas "emissões laterais", que podem interferir com as faixas de observação que os radioastrônomos estão buscando.

"Há muitas razões para se unir a nossos colegas de radioastronomia para pedir uma resposta 'antes'", disse Keel. "Não é só salvaguardar nossos interesses profissionais mas, na medida do possível, proteger o céu noturno para a humanidade".

A SpaceX adiou o lançamento de 60 satélites na órbita baixa da Terra que estava programado para a noite desta quinta-feira (16), possivelmente até a próxima semana, devido à necessidade de atualizações do software.

O lançamento do foguete Falcon 9 da SpaceX, a partir de Cabo Cañaveral, seria o primeiro de muitos do projeto Starlink, que busca oferecer Internet de banda larga para todo o planeta.

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"Adiamos para atualizar o software e vamos revisar tudo novamente", declarou a SpaceX no Twitter. "Sempre queremos fazer todo o possível para maximizar o sucesso da missão. A próxima janela de lançamento é em aproximadamente uma semana".

Cada satélite pesa apenas 227 quilos e foi construído em Redmond, na região de Seattle.

A empresa do magnata Elon Musk, que lidera a corrida espacial privada no que diz respeito ao lançamento de foguetes, está tratando agora de conquistar um naco no futuro mercado espacial de Internet.

Musk espera captar entre 3% e 5% do futuro mercado global, o que poderá render à SpaceX 30 bilhões de dólares ao ano, dez vezes mais do que arrecada com o lançamento de foguetes.

SpaceX obteve aprovação do governo dos Estados Unidos para lançar até 12 mil satélites, em diferentes níveis de órbita, mas Musk avaliou na véspera que mil serão suficientes para que o sistema seja "economicamente viável".

Starlink começará a funcionar assim que forem ativados 800 satélites, o que exigirá uma dúzia de lançamentos.

"Acredito que dentro de um ano e meio, talvez dois, se as coisas forem bem, é provável que SpaceX tenha mais satélites em órbita que todos os demais satélites combinados", disse Musk.

Atualmente, há cerca de 2.100 satélites ativos orbitando nosso planeta, além de milhares já inativos.

Para receber o sinal de Internet da SpaceX os usuários precisarão de uma antena que "basicamente se parece com uma pizza média", revelou Musk.

Para reduzir o risco de acidente com outros satélites, cada equipamento da Starlink contará com tecnologia contra colisão, segundo SpaceX.

A companhia espacial SpaceX realizou nesta quinta-feira (11) o primeiro lançamento comercial de seu foguete pesado Falcon Heavy para colocar um satélite saudita em órbita e conseguiu recuperar pela primeira vez os três propulsores da aeronave na Terra.

"O Falcon Heavy vai rumo ao espaço", disse um comentarista da SpaceX durante a transmissão do lançamento ao vivo na internet, pouco depois da decolagem. "A trajetória parece boa".

O Falcon Heavy, lançado de Cabo Cañaveral (Flórida) às 18H36 locais (19H36 de Brasília), colocou o satélite Arabsat-6A, de seis toneladas, em órbita geoestacionária, a 36.000 km da Terra, 34 minutos depois da decolagem.

O outro objetivo da companhia era recuperar os três propulsores do foguete. Dois deles posaram em terra firme oito minutos depois da decolagem e o terceiro em uma plataforma flutuante no oceano Atlântico, chamada "Of course I still love you" ("Claro que ainda te amo"), quase dez minutos após o lançamento.

A SpaceX tem dois foguetes operacionais: o Falcon 9, que realiza a maioria dos lançamentos e domina o mercado americano (21 missões em 2018), e o Falcon Heavy, utilizado para transportar cargas muito mais pesadas até órbitas mais distantes.

O lançamento desta quinta é o segundo de um Falcon Heavy. Em fevereiro de 2018, a companhia fez um primeiro voo bem sucedido sem clientes, mas não conseguiu recuperar o propulsor na plataforma marítima.

A SpaceX recupera estas partes do foguete para reutilizá-las, o que reduz muito o custo dos lançamentos.

A companhia americana SpaceX adiou para a quinta-feira o primeiro lançamento comercial do foguete Falcon Heavy devido aos ventos fortes que varrem o estado da Flórida.

"Adiamento da tentativa de lançamento do Falcon Heavy de hoje; próxima janela amanhã, 11 de abril", tuitou a SpaceX.

Mais cedo, o diretor-executivo da empresa, Elon Musk, havia reportado que os ventos atmosféricos eram muito fortes e que o lançamento seria adiado se as condições meteorológicas não melhorassem.

Este é o primeiro lançamento comercial do foguete, que carrega o satélite saudita Arabsat. Um ano antes, um foguete Falcon Heavy conseguiu transportar um foguete da empresa até o espaço em modo de teste.

O foguete colocará o Arabsat-6A de seis toneladas em órbita geoestacionária, a 36.000 km da Terra.

A SpaceX tem dois foguetes operacionais: o Falcon 9, que realiza a maior parte dos lançamentos e domina o mercado americano (21 missões em 2018), e o Falcon Heavy, utilizado para transportar cargas muito mais pesadas para órbitas mais distantes.

O Falcon Heavy é composto do equivalente a três foguetes Falcon 9, montados juntos para triplicar o empurrão na decolagem. A SpaceX tentará fazer os três propulsores do artefato pousarem.

Este será o segundo lançamento de um Falcon Heavy. No primeiro, em fevereiro de 2018, a carga era o Tesla conversível do CEO da SpaceX, o bilionário Elon Musk, com um manequim instalado.

Desde então, o exército americano e clientes privados assinaram contratos para lançamentos do Falcon Heavy, e a Nasa citou a possibilidade de confiar à empresa missões de seu programa de retorno à Lua.

A nova cápsula Crew Dragon da SpaceX foi capaz, neste domingo (3), de se acoplar automaticamente à Estação Espacial Internacional (ISS), confirmaram a NASA e a SpaceX durante uma transmissão ao vivo da operação.

"Acoplagem suave confirmada", anunciou a NASA, que acrescentou minutos depois: "Podemos confirmar que a captura total foi finalizada". O anúncio foi recebido com aplausos no Centro Espacial Johnson em Houston, nos Estados Unidos.

O contato ocorreu às 10h51 GMT (07h51 de Brasília), mais de 400 km acima da superfície da Terra, ao norte da Nova Zelândia, 27 horas após o lançamento da Dragon por um foguete SpaceX do Centro Espacial Kennedy.

A cápsula se aproximou progressivamente da estação, sincronizando sua velocidade e sua trajetória. Esta é uma primeira missão de demonstração, sem astronauta, antes de uma primeira missão tripulada prevista para este ano.

Com sua ponta aberta, em meio à escuridão do espaço, a cápsula se acoplou automaticamente à Estadção, onde estão atualmente a americana Anne McClain, o russo Oleg Kononenko e o canadense David Saint-Jacques.

Na imagem, o contato pareceu acontecer muito lentamente, enquanto a ISS e a cápsula avançavam paralelas a mais de 27.000 km/h na órbita da Terra.

"Outro passo que nos aproxima de nosso voo", reagiu o astronauta Bob Behnken, um dos escolhidos pela NASA para a primeira missão tripulada da Dragon.

Dragon transporta apenas um boneco, Ripley. A missão de teste, que está três anos atrasada em relação ao cronograma original, é um ensaio das condições reais para o próximo voo, que terá dois astronautas a bordo. A data oficial é julho, mas pode ser adiada.

Os engenheiros da SpaceX e da NASA querem garantir que o veículo seja confiável e seguro para os seres humanos. Eles também querem verificar se os quatro paraquedas, já testados muitas vezes, retardarão a queda no Atlântico.

Os sensores ligados a Ripley, nomeado em homenagem à heroína dos filmes Alien, vão medir as forças exercidas sobre os futuros passageiros.

A abertura da comporta pela tripulação da ISS está programada para 13H30 GMT (10h30 de Brasília).

Dragon permanecerá acoplada à ISS até sexta-feira, quando retornará à Terra para pousar no Atlântico, uma das etapas mais perigosas da missão.

Desde 2010, a NASA pagou mais de US$ 3 bilhões em contratos com a SpaceX para desenvolver este serviço de táxi, e US$ 4,8 bilhões para o grupo Boeing, que está desenvolvendo sua própria cápsula, a Starliner (teste programado para abril).

Cada uma terá que fazer seis viagens de ida e volta à ISS, sem contar os testes. Os grandes contratos são de 2014.

A SpaceX ocupa, desde 2014, a lendária plataforma de lançamento No. 39A do Kennedy Center, de onde partiram as missões Apollo para a Lua, e numerosos ônibus espaciais durante seus trinta anos de serviço.

Desde 2011, os astronautas vão para a ISS a bordo dos foguetes russos Soyuz. Eles devem aprender russo e treinar na Rússia.

Para a SpaceX, que tem garantido o abastecimento da Estação Espacial desde 2012, conseguir enviar astronautas à órbita seria uma consagração.

Mas, por precaução, no caso de nem a SpaceX nem a Boeing estarem prontas antes do final do ano, a NASA já reservou dois assentos na Soyuz para garantir o acesso à ISS até 2020.

A SpaceX lançou seu foguete Falcon 9 nesta segunda-feira (3), enviando uma carga incomum ao espaço - 64 satélites ao mesmo tempo, um recorde dos EUA.

A empresa chefiada pelo bilionário americano Elon Musk registrou mais um marco em sua tentativa de tornar os foguetes mais reutilizáveis, como os aviões: o lançamento usou um propulsor reciclado pela terceira vez.

A SpaceX, sediada na Califórnia, pousou mais de 30 desses propulsores na Terra e começou a reutilizá-los em missões subsequentes.

No passado, as empresas normalmente deixavam que partes de foguetes que custavam milhões de dólares caíssem como sucata no oceano.

O pouso desta segunda-feira do primeiro estágio foi impecável, como muitos antes dele.

Minutos após o lançamento, a parte alta e branca do foguete - conhecida formalmente como o primeiro estágio - se separou do segundo estágio.

O propulsor então disparou seus motores e fez um pouso controlado e vertical em uma plataforma no Oceano Pacífico, segundo um vídeo ao vivo da SpaceX.

Enquanto isso, o segundo estágio avançou mais fundo no espaço, carregando 15 microssatélites e 49 CubeSats pertencentes a 34 clientes diferentes, incluindo fontes públicas, privadas e universitárias de 17 países diferentes, entre eles Coreia do Sul, França e Cazaquistão.

O lançamento foi organizado pela coordenadora de lançamentos Spaceflight, especializada em colocar vários satélites no mesmo foguete.

Os satélites serão colocados em órbita nas próximas horas.

Nem todos os clientes têm missões científicas. O Museu de Arte de Nevada enviou uma escultura chamada "Orbital Reflector" do artista Trevor Paglen.

A escultura inflável e refletiva foi projetada para ejetar de seu satélite e orbitar a Terra "por várias semanas antes de se desintegrar ao reentrar na atmosfera" do planeta, disse o museu.

A organização israelense responsável pelo primeiro programa de exploração lunar do país anunciou nesta quarta-feira que o lançamento de um foguete com uma sonda, originalmente planejado para dezembro, foi adiado para o início do próximo ano.

A SpaceIL disse que foi informada de uma "nova data" pela empresa privada americana SpaceX, de Elon Musk, que fornecerá o foguete para transportar a sonda para o espaço, atrasando o lançamento para o início de 2019.

O atraso deve-se às decisões da SpaceX, informou a SpaceIL em um comunicado, observando que os últimos testes da sonda (em forma de cápsula e pesando cerca de 585 kg) foram bem sucedidos.

A alunissagem estava originalmente programada para 13 de fevereiro de 2019, com a missão de realizar pesquisas em seu campo magnético e plantar uma bandeira israelense.

Não foram informadas as novas datas para o lançamento e pouso.

A primeira missão tripulada da SpaceX à Estação Espacial Internacional (ISS) será realizada em abril de 2019 como previsto, apostou a presidente da empresa, Gwynne Shotwell.

"Prever datas de lançamentos pode transformar os melhores de nós em mentirosos, espero não ser prova disso. Estamos apontando para novembro para a Demo 1 e abril para a Demo 2", disse Shotwell em uma conferência de imprensa junto com os quatro astronautas que farão parte dessa missão.

A SpaceX - propriedade do empresário Elon Musk - tem planejado que o primeiro voo será não tripulado, de demonstração, e o de abril já com a tripulação, composta por Bob Behnken, Doug Hurley, Victor Glover e Mike Hopkins.

Um relatório emitido em julho passado por um auditor do governo dos Estados Unidos disse que era improvável que a Boeing e a SpaceX fossem capazes de enviar astronautas à ISS em 2019, o que daria lugar a uma possível ausência dos Estados Unidos no laboratório orbital.

"Não vamos voar até estarmos prontos para levar esses meninos de forma segura", indicou Shotwell.

"Queremos nos assegurar não só de recuperar e trazer de volta estes garotos de forma segura, mas também de que será uma missão confiável", acrescentou. "Temos que demonstrar que este veículo é capaz de levar astronautas do solo americano com a frequência que a Nasa nos permitir fazê-lo".

A Agência Espacial americana (Nasa) se tornou dependente do setor privado e tem contratos com a SpaceX e a Boeing para enviar astronautas ao espaço assim que suas naves tripuladas estiveram prontas.

Uma falha descoberta durante um teste de lançamento da nave espacial Starliner da Boeing provocou um atraso em seu primeiro voo de teste tripulado.

A Nasa não pode enviar astronautas por conta própria ao espaço desde 2011, quando encerrou seu programa de ônibus espaciais, após 30 anos.

Agora tem que pagar 80 milhões de dólares por assento à Rússia para enviar americanos à ISS em uma cápsula Soyuz.

"Poder conduzir o primeiro voo de um veículo como piloto de teste é uma oportunidade única em uma geração, de modo que obviamente estou muito grato por isso", disse Hurley. "Mas também devo dizer que ainda temos muito trabalho pela frente".

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