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Quarenta satélites destinados à internet de alta velocidade lançados pela SpaceX foram desviados de sua órbita devido a uma tempestade geomagnética, pouco depois do seu lançamento. Como eles se desintegram na atmosfera, não representam uma ameaça à Terra, assinalou a empresa.

Os 49 satélites mais recentes da rede Starlink, lançados do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, no último dia 3, acolheram com sucesso sua órbita inicial, onde a empresa os posicionou para verificar as medidas de segurança, antes de enviá-los para mais longe no espaço.

Em 4 de fevereiro, no entanto, os satélites foram atingidos pelo fenômeno climático, informou ontem a empresa de Elon Musk. "Essas tempestades causam o aquecimento da atmosfera e densidade atmosférica em nossas baixas altitudes de decolagem. Os sistemas de GPS a bordo sugerem que a escalada de velocidade e severidade da tempestade causaram um arraste atmosférico até 50% maior do que em lançamentos anteriores", explicou em comunicado.

A Agência Espacial do Reino Unido concordou que não há risco em terra, uma vez que os satélites foram construídos sem metais densos e sua estrutura deve queimar completamente. Já a Nasa não comentou o ocorrido.

A Starlink é uma "constelação" de mais de 2.000 satélites que provê cobertura em quase todo o planeta. O primeiro lote foi lançado em maio de 2019 e a SpaceX conta com aprovação regulatória para o envio de 12.000, com planos de expansão.

Astrônomos expressaram preocupação com o impacto desses satélites no trabalho astronômico em campo, uma vez que esses equipamentos adicionam um espectro congestionado na órbita terrestre baixa.

Existem cerca de 4.000 satélites ativos nessa região, que se estende por até 1.900 km sobre a superfície. Também são contabilizados cerca de 15.000 pedaços de detritos de objetos, como chassis de foguetes e sondas desativadas.

Um foguete Soyuz decolou nesta quinta-feira (25) da base russa de Vostochny, no extremo oriente do país, e começou a colocar em órbita 36 satélites da operadora britânica Oneweb, que pretende proporcionar internet de alta velocidade em todo o mundo.

"Às 5h47 de Moscou (23h47 de Brasília, quarta-feira) foi lançado um foguete Soyuz-2.1b com 36 satélites da empresa Oneweb", anunciou a agência espacial russa Roskosmos.

"O lançamento e a separação do bloco superior da terceira fase aconteceram com normalidade", acrescentou a agência.

"Podemos confirmar que a sexta separação terminou. Mais da metade de nossos satélites saíram", informou a Oneweb no Twitter.

No total serão necessárias nove separações para instalar toda a frota.

A Oneweb, que pertence ao governo britânico em sociedade com a empresa indiana Bharti, prevê uma internet mundial operacional no fim de 2022 com 650 satélites em órbita. O lançamento anterior de 36 aparelhos aconteceu em dezembro de 2020, também a partir de Vostochny.

De acordo com um contrato com a europeia Arianespace confirmado em setembro do ano passado, entre dezembro de 2020 e o fim de 2022 estão previstos 16 lançamentos da Soyuz para completar a rede Oneweb.

Vários projetos estão em prática para colocar satélites em órbita e proporcionar uma internet global a partir do espaço.

O bilionário americano Elon Musk, fundador da SpaceX, já colocou em órbita quase mil satélites para criar a rede Starlink.

O fundador da Amazon, Jeff Bezos, tem um projeto similar chamado Kuiper.

O lançamento desta quinta-feira aconteceu no cosmódromo de Vostochny, cuja construção foi marcada por escândalos de corrupção e atrasos na Rússia.

Situada no extremo oriente do país, perto da fronteira com a China, esta base de lançamento deve, a longo prazo, substituir a de Baikonur, que Moscou aluga do Cazaquistão desde o fim da União Soviética em 1991.

A SpaceX adiou o lançamento de 60 satélites na órbita baixa da Terra que estava programado para a noite desta quinta-feira (16), possivelmente até a próxima semana, devido à necessidade de atualizações do software.

O lançamento do foguete Falcon 9 da SpaceX, a partir de Cabo Cañaveral, seria o primeiro de muitos do projeto Starlink, que busca oferecer Internet de banda larga para todo o planeta.

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"Adiamos para atualizar o software e vamos revisar tudo novamente", declarou a SpaceX no Twitter. "Sempre queremos fazer todo o possível para maximizar o sucesso da missão. A próxima janela de lançamento é em aproximadamente uma semana".

Cada satélite pesa apenas 227 quilos e foi construído em Redmond, na região de Seattle.

A empresa do magnata Elon Musk, que lidera a corrida espacial privada no que diz respeito ao lançamento de foguetes, está tratando agora de conquistar um naco no futuro mercado espacial de Internet.

Musk espera captar entre 3% e 5% do futuro mercado global, o que poderá render à SpaceX 30 bilhões de dólares ao ano, dez vezes mais do que arrecada com o lançamento de foguetes.

SpaceX obteve aprovação do governo dos Estados Unidos para lançar até 12 mil satélites, em diferentes níveis de órbita, mas Musk avaliou na véspera que mil serão suficientes para que o sistema seja "economicamente viável".

Starlink começará a funcionar assim que forem ativados 800 satélites, o que exigirá uma dúzia de lançamentos.

"Acredito que dentro de um ano e meio, talvez dois, se as coisas forem bem, é provável que SpaceX tenha mais satélites em órbita que todos os demais satélites combinados", disse Musk.

Atualmente, há cerca de 2.100 satélites ativos orbitando nosso planeta, além de milhares já inativos.

Para receber o sinal de Internet da SpaceX os usuários precisarão de uma antena que "basicamente se parece com uma pizza média", revelou Musk.

Para reduzir o risco de acidente com outros satélites, cada equipamento da Starlink contará com tecnologia contra colisão, segundo SpaceX.

Os Estados Unidos advertiram, nesta quinta-feira (3), o Irã a não levar adiante seus planos de lançar três veículos espaciais, porque considera que a ação violaria uma resolução da ONU sobre o programa nuclear de Teerã.

O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, disse que a tecnologia utilizada pelos foguetes para o lançamento de satélites é "virtualmente idêntica" à dos mísseis balísticos, entre os quais se inclui aqueles que poderiam alcançar território americano.

"Os Estados Unidos não vão ficar esperando para ver como as destrutivas políticas do regime iraniano colocam em risco a estabilidade e segurança internacionais", apontou Pompeo em um comunicado.

"Recomendamos ao regime que reconsidere estes lançamentos provocadores e ponha fim a todas as atividades relacionadas com mísseis balísticos para evitar um maior isolamento econômico e diplomático", afirmou.

O governo iraniano anunciou em novembro que lançaria três satélites ao espaço "nos próximos meses".

O Irã apostou no desenvolvimento de um programa de satélites que poderia lhe fornecer os rendimentos que necessita diante da difícil situação econômica. As autoridades de inteligência americanas, no entanto, consideram que a tecnologia poderia ser facilmente aplicada a mísseis de longo alcance.

Segundo Pompeo, o lançamento iraniano vai contra uma resolução do Conselho de Segurança da ONU de 2015, que apoia o acordo assinado com a comunidade internacional para pôr fim ao programa nuclear de Teerã e que pede a interrupção do lançamento de mísseis balísticos.

No ano passado, o presidente americano, Donald Trump, saiu unilateralmente do acordo, que tinha sido negociado por seu antecessor Barack Obama, e restabeleceu as sanções contra o Irã.

As potências europeias ainda apoiam o acordo, porque consideram que o Irã está cumprindo o que foi pactado, embora compartilhem da preocupação dos Estados Unidos com o lançamento de mísseis.

A SpaceX lançou seu foguete Falcon 9 nesta segunda-feira (3), enviando uma carga incomum ao espaço - 64 satélites ao mesmo tempo, um recorde dos EUA.

A empresa chefiada pelo bilionário americano Elon Musk registrou mais um marco em sua tentativa de tornar os foguetes mais reutilizáveis, como os aviões: o lançamento usou um propulsor reciclado pela terceira vez.

A SpaceX, sediada na Califórnia, pousou mais de 30 desses propulsores na Terra e começou a reutilizá-los em missões subsequentes.

No passado, as empresas normalmente deixavam que partes de foguetes que custavam milhões de dólares caíssem como sucata no oceano.

O pouso desta segunda-feira do primeiro estágio foi impecável, como muitos antes dele.

Minutos após o lançamento, a parte alta e branca do foguete - conhecida formalmente como o primeiro estágio - se separou do segundo estágio.

O propulsor então disparou seus motores e fez um pouso controlado e vertical em uma plataforma no Oceano Pacífico, segundo um vídeo ao vivo da SpaceX.

Enquanto isso, o segundo estágio avançou mais fundo no espaço, carregando 15 microssatélites e 49 CubeSats pertencentes a 34 clientes diferentes, incluindo fontes públicas, privadas e universitárias de 17 países diferentes, entre eles Coreia do Sul, França e Cazaquistão.

O lançamento foi organizado pela coordenadora de lançamentos Spaceflight, especializada em colocar vários satélites no mesmo foguete.

Os satélites serão colocados em órbita nas próximas horas.

Nem todos os clientes têm missões científicas. O Museu de Arte de Nevada enviou uma escultura chamada "Orbital Reflector" do artista Trevor Paglen.

A escultura inflável e refletiva foi projetada para ejetar de seu satélite e orbitar a Terra "por várias semanas antes de se desintegrar ao reentrar na atmosfera" do planeta, disse o museu.

Um foguete Ariane 5 colocou em uma órbita equivocada os dois satélites com os quais decolou na quinta-feira (26) da Guiana Francesa, após uma "anomalia" no lançamento, informou a empresa Arianespace.

A empresa indicou que espera colocar os dois satélites no local correto graças ao sistema de propulsão. "As últimas notícias são tranquilizadoras após grandes preocupações", informou a empresa.

O presidente executivo da Arianespace, Stéphane Israël, afirmou algumas horas antes que uma "anomalia" havia sido registrada no lançamento e que o centro espacial de Kourou havia perdido o contato com o foguete durante a missão.

"Poucos segundos depois de acionar a fase superior, a segunda estação de monitoramento, situada em Natal, no Brasil, não obteve a telemetria do lançador, mas os dois satélites estão em órbita e a missão continua", explicou a Arianespace.

Na grande sala de integração de satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), um grupo de engenheiros brasileiros e chineses se aglomera ao redor do corpo metálico e ainda nu do novo Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres, o CBERS 4A. Vestindo jaleco, touca e sapatos especiais, eles examinam e testam cada um dos equipamentos que planejam enviar ao espaço.

Previsto para ser lançado em dezembro de 2018, mas já adiado para meados de 2019, o CBERS 4A é uma das vítimas mais ilustres da crise de recursos humanos e financeiros que ameaça paralisar projetos e serviços essenciais do Inpe. Entre eles, o monitoramento da Amazônia e as "previsões numéricas" do tempo, que são a base de toda a meteorologia nacional.

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"A situação é terrível", diz o diretor do instituto, Ricardo Galvão. O orçamento real do Inpe encolheu quase 70% nos últimos sete anos, de R$ 326 milhões, em 2010, para R$ 108 milhões, em 2017, segundo dados obtidos pelo jornal O Estado de S. Paulo e corrigidos pela inflação. Já o quadro de funcionários encolheu quase 25% em dez anos.

Para 2018, a tendência é piorar. A proposta do governo é cortar 39% do orçamento de todos os institutos e autarquias ligadas ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, incluindo o Inpe e a Agência Espacial Brasileira. "Esse corte certamente implicará a descontinuidade de alguns programas de grande relevância no instituto", alerta Galvão. "Tenho sérias dúvidas se vamos conseguir renovar essa colaboração com a China."

O CBERS 4A (pronunciado "cibers", na sigla em inglês) é o sexto satélite produzido em parceria pelos dois países. Dotados de câmeras que escaneiam continuamente a superfície terrestre, eles produzem imagens essenciais para o planejamento e monitoramento de safras, gestão de recursos hídricos, planejamento urbano, controle do desmatamento e outras aplicações. As imagens são distribuídas gratuitamente online para milhares de usuários, principalmente do setor agrícola.

Cegueira espacial - Já existe a intenção de renovar a parceria para a construção de mais dois satélites, mas o CBERS 4, que é o único ainda operacional em órbita, dificilmente viverá o suficiente para isso - sua expectativa de vida útil se encerra agora, em dezembro. A partir daí, ele pode parar de funcionar a qualquer momento, deixando o Brasil "cego" no espaço.

"O CBERS 4A foi concebido para preencher essa lacuna entre o fim da vida do CBERS 4 e a concepção da próxima geração de satélites", diz o coordenador do Segmento Espacial do programa, Antonio Carlos Pereira Junior. O projeto do 4A é quase idêntico ao dos CBERS 3 e 4, aproveitando peças sobressalentes para encurtar ao máximo o tempo necessário para colocá-lo em órbita. Ainda assim, os entraves burocráticos, jurídicos e financeiros são muitos, diz Pereira Junior.

Para voar em dezembro de 2018, diz ele, o contrato de lançamento deveria ter sido assinado em junho - com 18 meses de antecedência, pelo menos, por causa de todos os preparativos necessários. A dúvida agora é se haverá recursos suficientes nas contas do ano que vem para lançá-lo em 2019. "Corremos o risco de ter o satélite pronto e não conseguir lançá-lo."

O orçamento aprovado para o programa CBERS neste ano foi de R$ 70 milhões. Em meio a cortes e contingenciamentos, porém, o Inpe recebeu menos da metade disso: R$ 31,5 milhões. O custo do lançamento é de US$ 15 milhões para cada país (cerca de R$ 50 milhões, pela cotação do dólar).

Impactos - Outro projeto ameaçado pelo aperto fiscal é o do Amazonia 1, primeiro satélite de observação da Terra 100% brasileiro, que está em construção no Laboratório de Integração e Testes (LIT) do Inpe.

A meta é ter o satélite pronto em janeiro de 2019, mas contratos e licitações que precisam ser feitos com antecedência estão caindo em atraso. Dos R$ 58 milhões previstos no orçamento deste ano, o projeto recebeu só R$ 15 milhões.

Tanto o CBERS quanto o Amazonia são considerados essenciais para que o Brasil não dependa exclusivamente de satélites estrangeiros para monitorar seu território. O Inpe gasta US$ 250 mil por ano comprando imagens dos satélites Landsat (americano) e Resourcesat (indiano), indispensáveis para o monitoramento do desmatamento na Amazônia - complementadas pelo CBERS 4.

Mas até para isso o Inpe está sem recursos, afirma Galvão. "Não paguei o contrato do Landsat este ano, e não sei como vou pagar no ano que vem." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um grupo de cientistas alertou nesta terça-feira (18) sobre o perigo crescente relacionado ao lixo espacial acumulado durante seis décadas de exploração do cosmos, seja por meio de satélites ou em missões com astronautas.

Em menos de um quarto do século, o número de detritos com tamanho o suficiente para destruir uma nave espacial duplicou, de acordo com informações dos participantes de uma conferência da Agência Espacial Europeia (ESA) em Darmstadt, na Alemanha.

"Estamos muito preocupados", declarou Rolf Densing, diretor de operações da ESA, que espera por uma conscientização diante de um problema que julga poder ser resolvido apenas globalmente.

O risco de colisões com lixo espacial é estatisticamente baixo. Porém, ele aumentou com as sucessivas missões espaciais iniciadas em 1957, com o lançamento do Sputnik 1, o primeiro satélite artificial, pela União Soviética.

Destroços dos foguetes, satélites fora de serviço, ferramentas perdidas por astronautas: todos esses objetos se multiplicam cada vez mais sob efeito das dispersões e colisões em cadeia.

Esses resíduos são capazes de alcançar 28.000 quilômetros por hora, velocidade essa na qual até mesmo um pequeno objeto pode ser suficiente para causar enormes danos.

Em 1993, alguns radares terrestres localizaram 8.000 objetos que tinham dimensão de mais de 10 centímetros. "Hoje em dia, temos cerca de 5.000 objetos com mais de um metro de comprimento, 20.000 objetos de mais de 10 cm... e 750.000 "partículas de 1 cm" provenientes da colisão desse lixo, especificou Holger Krag, responsável pelo departamento de resíduos espaciais da ESA.

A Agência Espacial Europeia afirma receber um alerta por colisão a cada semana, relacionado apenas aos seus 10 satélites situados na baixa órbita terrestre. Esses devem efetuar manobras entre uma a duas vezes ao ano para evitar acidentes.

O astronauta francês Thomas Pesquet explicou em um vídeo que a Estação Espacial Internacional (ISS), na qual vive atualmente, é capaz de resistir ao impacto de objetos de até 1 centímetro de diâmetro.

"A estação deve realizar manobras com frequência para evitar (a colisão com) os objetos, mas precisa de 24 horas para poder ser novamente acionada", contou Pesquet diretamente da ISS. Caso a tripulação não tenha tempo de evitar que o impacto aconteça, deve "ir a seu refúgio, a nave espacial Soyuz, para poder abandonar a estação em caso de colisão", ressaltou. "Isso ocorreu quatro vezes na história da ISS", salientou.

A Índia colocou em órbita nesta quarta-feira (15) 104 satélites com um único foguete, anunciou a agência espacial do país, um novo recorde mundial. 

Às 09h28 (01h58 de Brasília), um lançador orbital PSLV (Polar Satellite Launch Vehicle) deixou a plataforma de Sriharikota (sudeste da Índia) transportando um satélite indiano de observação da Terra de 714 quilos e 103 nano-satélites, em sua maioria de países estrangeiros, de um peso total de 664 quilos.

Após meia hora de ascensão a 27.000 km/h, a Organização de Investigação Espacial indiana (ISRO) anunciou que a missão foi um sucesso. "A missão PSLV-C37/Cartosat-2 Series lançou com êxito os 104 satélites", tuitou a ISRO.

"Minhas mais sinceras felicitações às equipes da IRO", declarou, por sua vez, o diretor da agência espacial indiana, Kiran Kumar. O recorde anterior de lançamentos simultâneos estava nas mãos da Rússia, que em junho de 2014 havia colocado em órbita 39 satélites.

É um "êxito excepcional", declarou o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, que busca que o país se torne uma verdadeira potência espacial. Este lançamento "é um novo momento de orgulho para nossa comunidade científica espacial e para a nação", tuitou o primeiro-ministro nacionalista.

Administrar simultaneamente uma quantidade tão grande de satélites - por mais leves que sejam - exige uma precisão extrema, afirmam os especialistas.

"Lançar tantos satélites ao espaço de uma só vez é um desafio técnico porque eles não têm a mesma trajetória", indicou Mathieu J Weiss, representante do Centro Nacional de Estudos Espaciais (CNES) francês na Índia.

"Além disso, é preciso evitar que se toquem no momento do lançamento", acrescentou Weiss.

O mercado do lançamento de satélites comerciais não para de crescer, em um contexto no qual a telefonia, a internet e as empresas precisam cada vez mais de meios de comunicação.

A Índia, cujo programa espacial é conhecido pela otimização dos gastos, compete diretamente neste setor com outros atores internacionais.

Em particular, enfrenta a emergência de sociedades privadas especializadas, o chamado movimento de empreendedores do "new space" (novo espaço), como SpaceX ou Blue Origin.

Desde o início do programa de lançamento de satélites comerciais, em 1999, a ISRO havia colocado em órbita até hoje 79 satélites estrangeiros.

A Índia soube combinar confiabilidade e redução de custos para "assumir um lugar no mercado espacial mundial", opinou Ajay Lele, do Instituto de Estudos e Análises de Defesa de Nova Déli.

Em 39 missões, o lançador PSLV sofreu apenas um acidente, em seu primeiro lançamento, em 1993.

O programa espacial indiano, lançado nos anos sessenta, chamou a atenção do mundo em 2014, quando conseguiu colocar uma sonda em órbita em torno do planeta Marte.

O projeto custou apenas 73 milhões de dólares, menos que o filme "Gravidade" e apenas 10% do que a Nasa pagou por uma missão similar.

Símbolo da conquista indiana do espaço, Mangalyann, como os indianos chamam popularmente a sonda cujo nome oficial é MOM (Mars Orbiter Mission), aparece nas novas notas de 2.000 rúpias colocadas em circulação pelo governo.

Após dois adiamentos, a Nasa lançou com sucesso nesta quinta-feira uma frota de oito microssatélites para prever e medir melhor a potência das tempestades tropicais e dos furacões, segundo as imagens ao vivo da televisão da agência espacial americana.

O foguete Pegasus de três etapas, de 22,6 toneladas e 17 metros de comprimento, da empresa Orbital ATK, que transporta os satélites do programa CYGNSS (Cyclone Global Navigation Satellite System Mission), foi lançado às 13h38 GMT (11h38 de Brasília) do avião trijet L-1011 Stargazer, ao que estava anexado, a 12.000 metros de altitude sobre o oceano Atlântico.

"Nossa capacidade de antecipar a potência dos furacões quando estes vão tocar terra vai ser enormemente melhorada com os satélites CYGNSS", disse antes do lançamento Christopher Ruf, da Universidade de Michigan, responsável científico desta missão.

A ignição do motor da primeira etapa do Pegasus ocorreu cinco segundos depois de que se soltou do foguete.

O avião trijet L-1011 Stargazer, uma antiga aeronave de transporte civil modificada, tinha decolado mais cedo na quinta-feira da base da Força Aérea dos Estados Unidos em Cabo Canaveral, na Flórida.

Pouco menos de 15 minutos depois, os micro-satélites entraram na órbita terrestre a 500 km de altitude acima do Equador, onde se formam a maioria das tempestades tropicais e furacões.

Com um custo de 157 milhões de dólares, a missão CYGNSS medirá a velocidade do vento sobre os oceanos melhorando a capacidade dos cientistas em entender e prever os furacões.

Os satélites, que pesam cada um 64 kg e que com os painéis solares desacoplados têm o tamanho de um cisne adulto, obterão seus dados provenientes de sinais de quatro outros satélites a partir da rede de GPS.

Essa informação é importante para ajudar os meteorologistas a determinar se as tempestades tropicais ganham ou perdem força, o que é difícil estimar com os instrumentos dos satélites atualmente desacoplados.

Esses últimos não podem penetrar em fortes chuvas e os aviões "caçadores de furacões" podem voar apenas sobre algumas partes específicas das tempestades, e não com frequência suficiente para perceber sua evolução.

O Escritório das Nações Unidas para Assuntos do Espaço Sideral (UNOOSA) e o Governo do Japão estão selecionando estudantes para o programa de bolsas de tecnologias de nano satélites. O estudo irá fornecer oportunidades de investigação para o desenvolvimento de sistemas, utilizando instalações disponíveis no Instituto de Tecnologia de Kyushu (Kyutech), no Japão.

Entre os candidatos qualificados, até dois alunos serão escolhidos para um programa de mestrado com duração de dois anos e até quatro alunos vão para o programa de doutorado, com duração de três anos de duração. Os candidatos selecionados receberão uma subvenção para cobrir mensalidades do programa e custos básicos.

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Os nano satélites são de baixo custo e utilizam tecnologias acessíveis que estão se tornando cada vez mais capazes de realizar missões científicas. O programa foi criado para promover engenharia espacial e ajudar a construir capacidades científicas nos países em desenvolvimento e nas nações que ainda não trabalham com o tema.

As candidaturas para o programa estão até o dia 22 de janeiro por meio do site United Nations Office for Outer Space Affairs. Estudantes universitários de qualquer área do conhecimento podem participar da seleção.  

Um foguete russo Soyuz colocou em órbita dois satélites na noite desta segunda-feira (25), um de observação da Terra e outro de física fundamental, informou a empresa Arianespace. O comunicado foi divulgado horas após o lançamento do foguete Soyuz do centro espacial de Kurdo, na Guiana Francesa

O voo Soyuz VS14 - o primeiro de 2016 - colocou em órbita o satélite Sentinel-1B, do programa Copernicus da Comissão Europeia, que visa obter informação operacional sobre terras submersas, oceanos e a atmosfera terrestre com o objetivo de "determinar as políticas em matéria de meio ambiente e segurança", informou a Arianespace.

Com o Copernicus, "em menos de seis dias qualquer ponto da Terra" pode ser localizado, destacou a Arianespace. O Sentinel-1B é o terceiro satélite lançado para o programa Copernicus, após o Sentinel-1A, em abril de 2014, e o Sentinel-2A, em junho de 2015.

O Soyuz também colocou em órbita o satélite Microscope (micro-satélite de resistência aerodinâmica compensada para a observação do princípio de equivalência), encarregado de comprovar, com uma precisão 100 vezes maior que na Terra, o princípio da equivalência entre massa inercial e massa gravitacional descrito por Albert Einstein.

O Soyuz também colocou em órbita três "Cube-Sats", nano-satélites em forma de cubo criados por estudantes europeus com base no programa "Fly Your Satellite", da agência espacial europeia, cujo objetivo é promover os talentos científicos.

O foguete europeu Ariane 5 lançou nesta quarta-feira na Guiana Francesa o satélite de teledifusão DirecTV-15 e o satélite SKY Mexico-1 - segundo uma transmissão feita pelo site da empresa francesa Arianespace.

O lançamento, o número 65 com sucesso de Ariane 5, ocorreu às 18h16 (horário de Brasília), em Kourou.

O satélite DirectTV-15 fornecerá serviços de televisão digital a 20 milhões de usuários da DirectTV nos Estados Unidos e cobrirá todo o território do país.

Trata-se do satélite de teledifusão "mais poderoso dos Estados Unidos", garantiu Airbus Defense & Space, que o construiu. É o 100º satélite de telecomunicação geoestacionário produzido pelo grupo.

DirecTV-15 tem uma massa no lançamento de 6.200 quilos e tem mais de 150 amplificadores de potência de rádio.

Seu companheiro de voo, SKY México-1 de teledifusão por satélite, foi construído pela empresa americana Orbital ATK para o serviço de televisão pago mexicano SKY. Ele é de propriedade do grupo mexicano Televisa e do grupo americano DirectTV.

O Google e a Fidelity Investments investiram cerca de US$ 1 bilhão na empresa de transporte espacial SpaceX. A informação foi confirmada nesta terça-feira (20), pelo fundador da companhia de criação de foguetes e aeronaves, Elon Musk.

Ele, que possui um projeto ambicioso para lançar uma internet espacial, abastecida por satélites, deverá ter o Google e a Fidelity como principais parceiros na empreitada.

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O custo total estimado do projeto é de US$ 10 bilhões e os primeiros resultados devem aparecer em cinco anos, segundo o empresário. Assim como a SpaceX, o Google também possui um projeto para levar internet a áreas remotas, o Projeto Loon. 

O Google concordou nesta terça-feira (10) em comprar a empresa de satélites Skybox Imaging por US$ 500 milhões em dinheiro. O negócio foi assinado depois de semanas de negociação. O Google disse que comprará a Skybox principalmente por causa das suas capacidades de imagem, pelo menos inicialmente. Entretanto, a empresa também está tentando cobrir o maior território possível com acesso rápido à internet usando balões, aviões e satélites. O objetivo é facilitar o acesso à rede em todo mundo, o que provavelmente aumentaria o número de pesquisas no Google e as receitas de publicidade da empresa, incentivando, ao mesmo tempo, o uso de outros serviços do Google, como Gmail e Maps.

"Os satélites vão ajudar a manter nossos mapas precisos com imagens atualizadas", disse um porta-voz do Google. "Com o tempo, esperamos também que a equipe e a tecnologia da Skybox serão capazes de ajudar a melhorar o acesso à internet e o auxílio em situações de emergência - áreas nas quais o Google está interessado há muito tempo."

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O preço de compra está "sujeito a ajustes", assinalou o Google, sem detalhar. A transação ainda precisa ser concluída e necessita de aprovações regulatórias nos Estados Unidos, acrescentou a empresa. Fonte: Dow Jones Newswires.

O Google planeja gastar mais de US$ 1 bilhão em uma frota de satélites para ampliar o acesso à Internet, afirmaram pessoas com conhecimento do projeto. Segundo as fontes, o projeto prevê inicialmente que 180 pequenos satélites orbitem a terra a altitudes mais baixas do que os satélites tradicionais. Em uma segunda fase, o projeto irá expandir.

A iniciativa é liderada por Greg Wyler, fundador da startup focada em comunicações por satélites O3b Networks. Wyler não estava disponível para comentar a reportagem.

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O preço projetado varia de cerca de US$ 1 bilhão a mais de US$ 3 bilhões, afirmaram as pessoas com conhecimento do assunto. Elas explicaram que o valor pode variar dependendo da estrutura final da rede e de uma fase posterior, que pode dobrar o número de satélites.

Uma porta-voz do Google disse que a empresa está focada em atrair centenas de milhões de novos usuários online. "A conexão da internet significativamente melhora as vidas das pessoas. Ainda assim, dois terços do mundo não têm nenhum acesso", disse. Ela não quis comentar além.

Jamie Goldstein, um diretor da O3b, disse que não pode comentar sobre o que Wyler está trabalhando, citando um acordo de confidencialidade com o Google. Uma porta-voz da O3b não respondeu aos pedidos para comentários. Fonte: Dow Jones Newswires.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) informa que os interessados na licitação de satélites devem entregar documentos na manhã do dia 29 de abril, na sede da agência, em Brasília. A data está fixada em aviso publicado no Diário Oficial da União desta quarta-feira (23). Trata-se de procedimento relativo à Licitação nº 1/2014 da Anatel, para conferir "direito de exploração de satélite brasileiro".

Poderão ser credenciados até três representantes legais ou procuradores por proponente. No momento do credenciamento, deverá ser apresentada a comprovação de depósito da garantia de manutenção da proposta.

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O governo brasileiro pretende lançar, nos próximos 13 anos, três satélites geoestacionários para uso militar e de comunicação estratégica. O primeiro satélite, que já está em negociação, deverá entrar em operação em meados de 2016. O presidente da Telebras, Caio Bonilha, e o assessor do Ministério da Defesa Edwin  da Costa informaram que a meta é lançar um novo equipamento a cada cinco anos.

Como o satélite tem vida útil de 15 anos, um quarto equipamento será lançado para substituir o primeiro, que deverá ficar em órbita até 2031. “A intenção é manter os satélites e fazer as substituições [conforme os equipamentos forem ficando obsoletos], explicou Bonilha.

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Atualmente, os militares usam dois satélites da Embratel. Quando os três satélites geoestacionários estiverem em órbita, apenas estes serão usados.

O primeiro satélite geoestacionário será construído pela Thales Alenia e lançado pela Arianespace, ambas empresas estrangeiras. Tanto a construção quanto o lançamento serão gerenciados pela empresa nacional Visiona, uma joint venture entre a Embraer (que detém 51%) e a estatal Telebras (com 49%).

A Telebras deve assinar, ainda neste mês, com a Visiona, o contrato da aquisição do satélite. Depois, a Visiona assinará o contrato com a Thales Alenia e a Arianespace. Depois de lançado, o satélite será operado pela Telebras, que ficará encarregada do sistema civil (em Banda Ka), e o Ministério da Defesa, que será o responsável pelo sistema militar (em Banda X).

Para aumentar a segurança da operação do satélite, as duas estações de controle do equipamento, a principal e a reserva, ficarão localizada dentro de instalações militares no Brasil. De acordo com Edwin da Costa, além de melhorar a qualidade e a segurança das informações, o novo satélite vai ampliar a cobertura das comunicações militares.

Segundo ele, o novo satélite terá três faixas de cobertura: uma nacional, outra regional (que vai cobrir praticamente todo o Oceano Atlântico, parte do Oceano Pacífico e as Américas do Sul e Central) e uma terceira móvel.

O espaço sideral nunca esteve tão perto das salas de aula brasileiras. Alunos de escolas públicas e particulares estão monitorando satélites lançados pela Nasa pela internet, sem precisar sair da escola. A agência espacial americana, contudo, quer ir além: pretende estabelecer uma parceria entre estudantes da Califórnia e brasileiros para que juntos desenvolvam um satélite.

Enquanto isso, colégios daqui constroem os próprios microssatélites, de cerca de 10cm², para depois submetê-los a voos suborbitais (que não entram em órbita) e fazer imagens da superfície terrestre. Também monitoram imagens do primeiro satélite do projeto, o ArduSat, que tem cerca de 30 sensores diferentes. Lançado no dia 4, ele foi projetado por uma startup americana, a NanoSatisfi, que desenvolve os programas que possibilitarão que alunos brasileiros tenham acesso às informações coletadas no espaço.

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Com a tecnologia desenvolvida pela empresa, é possível que os satélites sejam locados temporariamente pelos brasileiros e configurados remotamente com todos os sensores. Dessa mesma forma, qualquer outra pessoa pode locar um satélite e obter informações sobre radiação, campos magnéticos ou até frequências de luz. "O ArduSat foi desenvolvido especialmente para que seja explorado democraticamente por estudantes, professores e adoradores em todo o mundo. Só foi possível com financiamento coletivo e com uma rede de parceiros. O nosso objetivo é tornar o espaço disponível para mais de 500 mil alunos em 5 anos", afirma Chris Wake, vice-presidente de negócios da NanoSatisfi.

Ao mesmo tempo em que monitoram esses dados, escolas como a Graded School Morumbi e a Referência Silva Jardim, um colégio público modelo do Recife, constroem os próprios satélites com a tecnologia da plataforma Arduíno, que funciona como uma espécie de "Lego eletrônico".

É o que fez o estudante Bruno Riguzzi, de 14 anos, da Graded. Nas últimas férias, ele foi aos EUA visitar centros de pesquisas da Nasa com a escola para aprender como gerenciar satélites no Brasil. "A gente viu como funcionam os satélites e foguetes da Nasa lá primeiro, para depois fazer os nossos. Estamos esperando que ainda neste mês possamos começar a baixar informações do que já está em órbita", diz. "Isso é muito novo no Brasil e eu nunca imaginei que fosse lidar com uma tecnologia como essa na escola, porque não sabia que era simples."

A ideia do projeto é que os satélites criados pelos alunos sejam lançados em pouco tempo e que os estudantes possam desenvolver as próprias tecnologias para decodificar as informações. "Queremos encorajar os alunos brasileiros a construir pequenos satélites e submetê-los ao nosso programa de voos suborbitais para que possam testá-los nas mesmas condições que existem no espaço", afirma Dougal Maclise, gerente de Tecnologia do Centro de Pesquisa Ames da Nasa.

Ele explica que uma das principais dificuldades na montagem das tecnologias espaciais é lidar com a gravidade zero. Para isso, a Nasa realiza voos curtos, de 10 segundos a 4 minutos, para que pesquisadores ou estudantes simulem suas tecnologias como se estivessem na Estação Espacial Internacional. Nesses voos é que serão testados os satélites dos alunos brasileiros.

O projeto chegou ao Brasil por meio do professor de Física Manoel Belem, que fundou a empresa SpaceTrip4Us. Ele ensina alunos e professores brasileiros a construírem os microssatélites e a monitorarem as informações.

"Faltava no Brasil uma plataforma móvel de aprendizagem simples que não sobrecarregasse o professor e permitisse curadoria de qualquer conteúdo com mobilidade. Monitorando o espaço, os alunos descobrem na prática que aprender Física é simples", afirma Belem.

Custo. O pacote todo, contudo, ainda não é barato. Contando com aulas, treinamento de professores e a construção do satélite, pode chegar a até R$ 10 mil para a escola. No Recife, a EREM Silva Jardim tenta comprar todo o serviço por meio de financiamento coletivo. "O que eu mais quero é tornar esse conteúdo disponível a escolas públicas, principalmente por financiamento coletivo", afirma Belém.

Já escolas como o Dante Alighieri e o Centro Paula Souza, ambos em São Paulo, optaram por pacotes mais baratos: formam os professores para dar aulas de Robótica, Física e Matemática de forma mais interativa, mostrando aos alunos as experiências da agência espacial americana. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

 

Um foguete russo Proton-M que transportava três satélites do sistema de localização Glonass explodiu nesta terça-feira, pouco depois do lançamento, da base de Baikonur, no Cazaquistão, e provocou uma grande nuvem tóxica.

O foguete, cujo lançamento foi transmitido ao vivo pela Agência Espacial russa (Roskosmos) e pela rede de televisão pública Rossia 24, mudou de trajetória 16 segundos após o lançamento, às 02h38 GMT, porque "seus motores deixaram de funcionar", segundo um comunicado da Roskosmos. O foguete explodiu quase imediatamente, caindo a 2,5 km do local de lançamento, segundo a mesma fonte.

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De acordo com uma fonte do cosmódromo citada pela agência Interfax, foi formada uma cratera de entre 150 e 200 metros de diâmetro no local onde o foguete caiu. "Parece que este lançamento terminará em catástrofe", comentou o apresentador do Rossia 24, pouco antes de o foguete explodir.

"Segundo as primeiras informações, o acidente não deixou vítimas ou danos", ressaltou a Roskosmos. No entanto, "provocou um vazamento de combustível", indicou a agência espacial do Cazaquistão (Kazkosmos).

O lançador transportava 600 toneladas de combustível, segundo o chefe da Kazkosmos, Talgat Musabaiev, citado pela Interfax, que provocaram "uma nuvem de fumaça provocada pela combustão". Funcionários cazaques indicaram que a fumaça poderia ser um risco para a população local.

Os moradores de várias cidades nos arredores do cosmódromo receberam instruções de permanecer em suas casas e de não abrir as janelas, indicou à AFP uma porta-voz do ministério cazaque de Situações de Urgência, Kristina Mokhamed.

Alguns funcionários da base de Baikonur foram retirados devido a esta "nuvem tóxica", afirmou uma fonte do cosmódromo, citada pela Interfax. O diretor do centro Khrunitchev, que projetou os foguetes Proton, minimizou os riscos de contaminação tóxica provocada por este acidente.

"Chovia quando a explosão ocorreu. Isso vai reduzir consideravelmente a zona de contaminação. Atualmente (...) a nuvem quase se dispersou", disse Alexandre Seliverstov, que assistiu ao lançamento em Baikonur, segundo a agência pública russa Ria Novosti.

Uma comissão especial liderada pelo chefe da Roskosmos, Alexandre Lopatin, foi criada para investigar o acidente. O porta-voz do Kremlin indicou que o presidente Vladimir Putin foi informado do acidente, mas que era muito cedo para tirar conclusões. O ministro cazaque de Situações de Urgência, Vladimir Bojko, declarou em um conselho de ministros que, segundo as primeiras informações, o acidente foi provocado por problemas em um motor do foguete.

Nos últimos anos, a Rússia registrou vários problemas nos lançamentos de satélites e de veículos de transporte para a Estação Espacial Internacional (ISS). Em dezembro de 2010, três satélites Glonass lançados com um foguete Proton caíram no Pacífico em consequência do excesso de combustível no lançador. O Glonass é um sistema de localização que pretende competir com o GPS americano e com o futuro sistema europeu Galileo.

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