O número de malwares criados para usuários de dispositivos móveis aumentou mais de três vezes em 2015, em comparação com o ano anterior. As principais ameaças foram os ransomware, programas maliciosos que bloqueiam o aparelho e só liberam suas funções após a vítima pagar um regaste em dinheiro. Os dados são do estudo Mobile Virusology, elaborado pela empresa de segurança digital Kaspersky Lab.
Os dados da pesquisa revelam que no período de 2014 a 2015 passaram a existir três vezes mais programas maliciosos. Se em 2014 esse número era de 295.539, em 2015 cresceu para 884.774. Por outro lado, o número de vírus para internet banking em dispositivos móveis teve queda, indo de 16.586 para 7.030.
##RECOMENDA##Ainda segundo o estudo, no ano de 2015, a quantidade de usuários dos produtos da Kaspersky Lab afetados pelo ransomware aumentou de 1,1% para 3,8%. Foram registrados ataques em 156 países, sendo a Rússia, Alemanha e Cazaquistão os mais afetados.
O número de alterações nos códigos dos ransomware cresceu 3,5 vezes, denotando que os criminosos acreditam que é mais rentável extrair dinheiro dos usuários por meio de chantagem. “Em 2016, provavelmente haverá um aumento na complexidade do malware e de suas variações, com mais regiões e usuários afetados”, avalia a empresa, em nota.
Quase metade dos 20 principais trojans de 2015 exibiam publicidade invasiva em dispositivos móveis - os mais disseminados no último ano foram as famílias Fadeb, Leech, Rootnik, Gorpro e Ztorg. Entre os métodos disponíveis para propagar esses malwares estão jogos infectados e outros aplicativos publicados em lojas oficiais, como a Google Play.
“Alguns desses aplicativos conseguem obter direitos de administrador ou acesso raiz, dando aos invasores capacidade quase ilimitada de modificar as informações armazenadas no dispositivo infectado. Se a instalação for bem-sucedida, é praticamente impossível detectar o malware, mesmo após a restauração das configurações de fábrica”, diz a empresa.
“Para ficar seguro, não deixe de usar uma solução antimalware para dispositivos móveis de confiança. Lembre-se de que é melhor prevenir a ameaça do que lidar com os prejuízos após uma infecção”, adverte o analista sênior de malware da Kaspersky Lab no Brasil, Fabio Assolini.