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A boxeadora brasileira Beatriz "Bia" Ferreira passou para final da categoria peso leve (57-60kg) nos Jogos de Tóquio, nesta quinta-feira, ao derrotar a finlandesa Mira Marjut Johanna Potkonen, em decisão unânime dos árbitros (5 a 0).

Atual campeã mundial da categoria, a baiana de 28 anos dominou a luta do início ao fim e comemorou a vitória com uma pequena dança no ringue, enquanto Potkonen, de 40 anos e bronze na Rio 2016, chorava inconsolavelmente em seu canto.

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Agora, Bia vai em busca do primeiro ouro olímpico para o boxe feminino brasileiro deste domingo, contra a irlandesa Kellie Anne Harrington, que na luta anterior venceu a tailandesa Sudaporn Seesondee. Até o momento, o Brasil conquistou apenas um bronze com Adriana Araújo em Londres 2012, na estreia da categoria nas Olimpíadas.

Nesta semifinal, num confronto que reuniu duas lutadoras que já haviam se enfrentado três vezes antes (com duas vitórias para a europeia e uma para a sul-americana), Beatriz Ferreira fez um primeiro round avassalador, atacando com velocidade e deixando a adversária sem poder de reação, com os juízes marcando 5 a 0, para a brasileira.

Na etapa seguinte, Bia foi um pouco mais conservadora, investindo em contra-ataques, dando algumas oportunidades de reação à boxeadora da Finlândia, que mesmo assim chegou a perder o equilíbrio no ringue (4 a 1).

No terceiro round, apesar de dar sinais de cansaço, a lutadora da Bahia manteve-se na ofensiva e conseguiu levar o duelo até o fim, sem levar sustos, obtendo nova vitória por 5 a 0 e o direito de buscar o histórico primeiro lugar no pódio olímpico.

Caso conquiste seja campeã, Beatriz Ferreira irá repetir o feito de Robson Conceição, medalhista de ouro dos leves nos Jogos do Rio.

O Brasil, que chegou à capital japonesa com sete boxeadores, já conquistou uma medalha de bronze com Abner Teixeira, no peso pesado, e tem ainda Hebert Sousa nas semifinais do peso médio, onde enfrenta o russo Gleb Bakshi, atual campeão mundial, nesta quinta-feira.

O brasileiro Caio Bonfim terminou em 13º nos 20km de marcha atlética, primeira prova de rua dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 nesta quinta-feira (5).

O italiano Massimo Stano conquistou a medalha de ouro, em uma corrida que foi transferida para Sapporo, no norte do Japão, em busca de temperaturas mais amenas do que na capital.

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Stano terminou a prova em 1 hora, 21 minutos e 5 segundos superando dois japoneses no pódio, Koki Ikeda (1h21m14s) e o campeão mundial Toshikazu Yamanishi (1h21m28s), prata e bronze respectivamente.

O italiano de 29 anos até então não havia subido ao pódio em um grande evento internacional.

Caio Bonfim foi o quarto colocado na Rio-2016 e bronze no Mundial de 2017. Ele começou bem atrás dos primeiros colocados mas foi se recuperando.

"Nível altíssimo. Me preparei muito bem. Queria passar a linha de chegada com a sensação de que dei tudo. Foi o que fiz. Ganhei de dois campeões mundiais e medalhistas olímpicos. Não é fácil. Não consegui me manter no pelotão onde queria estar, mas encontrei um ritmo e fui crescendo, mas nessa hora não consegui mais manter. Fiquei só sobrevivendo", disse Caio à Rede Globo após a prova.

Mais dois brasileiros participaram: Matheus Correa terminou em 46º e Lucas Mazzo abandonou a prova depois de 13km.

E o skate brasileiro ganhou a terceira medalha nos Jogos de Tóquio, nesta quinta-feira (5), com a prata conquistada por Pedro Barros, na modalidade park.

Depois da prata de Kevin Hoefler e Rayssa Leal, ambos no street, foi a vez catarinense de 26 anos de dar ao Brasil a 16ª medalha nas Olimpíadas no Japão.

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Com uma pontuação de 86.14, o brasileiro ficou atrás do australiano Keegan Palmer (95.83), dono do ouro, enquanto o bronze foi para o americano Cory Juneau (84.13).

Na final no Centro de Esportes Urbanos de Ariake, o Brasil contou ainda com outros dois representantes, Luiz Francisco, que foi o quarto colocado (83.14) e Pedro Quintas, o oitavo (38.47).

Na véspera, a final feminina da modalidade teve duas brasileiras, com Dora Varella, terminando em sétimo, e Yndiara Asp, em oitavo. A outra representante do país na categoria, Isadora Pacheco não passou da eliminatória.

Já a medalha de ouro ficou com a japonesa Sakura Yosozumi, enquanto sua compatriota Kokona Hiraki foi prata e a britânica Sky Brown ganhou o bronze.

O skate é um dos cinco esportes que estreiam nesta edição dos Jogos Olímpicos, ao lado do surfe, escalada, caratê e beisebol.

O Brasil foi derrotado de virada pela equipe do Comitê Olímpico Russo (ROC, na sigla em inglês) nas semifinais do vôlei masculino dos Jogos de Tóquio, nesta quinta-feira (5), por 3 sets a 1, parciais de 18-25, 25-21, 26-24 e 25-23.

Com o resultado, a seleção brasileira vai disputar a medalha de bronze no sábado (7) contra o perdedor da segunda semifinal, que será disputada entre França e Argentina. Os russos aguardam o vencedor desta partida para conhecer o adversário da final.

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Campeã nos Jogos Rio-2016, a equipe de Bruninho, Wallace e Lucão venceu o primeiro set na Ariake Arena contra os russos com facilidade e fechou a parcial por 25-18. A equipe do ROC se recuperou no segundo set e venceu por 25-21.

O momento crucial do confronto aconteceu no terceiro set, quando o time do técnico Renan Dal Zotto vencia por 20-12, mas permitiu a recuperação dos russos, que acabaram fechando a parcial por 26-24.

No quarto set, a disputa seguiu equilibrada até o placar de 22-22, quando os russos conseguiram abrir dois pontos de vantagem e fecharam a parcial e o jogo com 25-23.

O maior pontuador da partida foi o russo Maxim Mikhaylov, com 22 pontos. O destaque brasileiro foi Leal, com 18.

Depois de disputar quatro finais consecutivas do torneio olímpico no vôlei masculino (ouro em Atenas-2004 e Rio-2016, prata em Pequim-2008 e Londres-2012), o Brasil precisa recuperar as forças para a disputa do bronze no sábado.

A ferramenta Tagger Media, usada pela Spark para realizar análises na internet, chegou à conclusão de que os brasileiros que conquistaram medalhas nos Jogos Olímpicos de Tóquio tiveram suas redes sociais impulsionadas em até 836%. Rayssa Leal, prata no skate street, e Rebeca Andrade, prata individual geral por aparelhos, e ouro no salto da ginástica artística, lideram o ranking. 

Campeã olímpica e líder em crescimento nas redes sociais, a ginasta brasileira que fez história nas Olimpíadas ganhou um acréscimo de mais de 800% de seguidores e atingiu a marca de 2.2 milhões no Instagram. Já a jovem Rayssa, de apenas 13 anos, deu um salto de 704 mil seguidores para 6.5 milhões. 

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O ranking ainda conta com Kelvin Hoefler, prata no skate street que atingiu o crescimento de 243%, além da tenista Laura Pigossi, com 215%, e o surfista campeão olímpico Ítalo Ferreira, que triplicou seus seguidores com crescimento de 180%. O estudo foi feito entre 30 de julho e 03 de agosto.

Durante a realização dos Jogos Olímpicos em Tóquio, diversas situações geraram polêmicas e passaram a ser pauta nas redes sociais entre torcedores e espectadores, desde notas questionáveis para os competidores, até decisões por parte dos árbitros da partida consideradas equivocadas, agitando a internet no Brasil.  O LeiaJá separou uma lista com os cinco momentos mais polêmicos ocorridos durante a Olimpíada Tóquio 2020. Confira:

Gabriel Medina x Kanoa Igarashi

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Na última semana, foi realizada a semifinal de surfe masculino entre o brasileiro Gabriel Medina e o japonês Kanoa Igarashi. No início da disputa, Medina conseguiu se destacar e acumulou muitos pontos, fato que pôs Igarashi em uma tarefa difícil: era necessário realizar uma manobra avaliada em 9,1 para reverter o placar. E assim aconteceu. O surfista entrou em uma onda e os juízes pontuaram-na com  9,3. Nas redes sociais, diversos brasileiros que assistiam ao evento consideraram incoerente o valor da nota e passaram a especular sobre uma possível "ajudinha" dos árbitros. Em resposta aos comentários, Igarashi declarou nas redes sociais: “Chora, chora que eu estou feliz”.

Eliminação no Judô

Na mesma semana do episódio com Medina, a atenção voltou-se para a polêmica nas oitavas de final do judô feminino, categoria 70kg. A luta era entre a brasileira Maria Portela e a russa Madina Taimazova, que chegaram a entrar na fase de prorrogação do combate. Conforme as regras do judô, caso um oponente caia parcialmente, o competidor que aplicou o golpe recebe um ponto. Caso o ocorrido aconteça na prorrogação, o golpe é a decisão final para determinar o vencedor. Assim, Portela conseguiu derrubar a oponente, mas o juiz mexicano não considerou o golpe. Após o ocorrido, Portela recebeu uma terceira punição por evitar combate e foi desclassificada.

Expulsão de Douglas Luiz

O futebol também é recheado de momentos polêmicos e passíveis de múltiplas interpretações. Em partida válida pela segunda rodada do futebol masculino, Brasil e Costa do Marfim se enfrentavam e, logo no início do primeiro tempo, em disputa de bola, o volante Douglas Luiz impediu que o jogador adversário tomasse a bola. Nesse momento, o atleta costa-marfinense caiu e Douglas Luiz recebeu cartão amarelo. Após a revisão do lance com o árbitro de vídeo, o juiz interpretou que o cartão vermelho seria a punição adequada,  o jogador brasileiro recebeu a punição e foi expulso. O lance não se tornou mais polêmico porque a partida terminou em 0 a 0.

Sensores do florete na esgrima

O brasileiro Guilherme Toldo também foi protagonista de um episódio polêmico, durante as fases decisivas da disputa florete individual da esgrima. O adversário da vez foi o japonês Toshiya Saito, que se mostrou superior em vários momentos, e até chegou a ficar próximo de marcar 15 pontos contra o brasileiro, o que desclassificaria Guilherme, caso ocorresse. Após avançar sobre o adversário japonês, o atleta brasileiro chegou a questionar o árbitro sobre um possível mal funcionamento do sensor do florete. Não houve explicação a respeito e, com o passar da disputa, Saito conseguiu se classificar e Guilherme foi eliminado.

Medalha de prata no skate

Uma das situações que mais movimentaram as redes sociais foram as conquistas da medalha de prata por Kelvin Hoefler na modalidade masculina de skate, e Rayssa Leal “A Fadinha”, na modalidade feminina. Apesar do posto de segundo colocado, diversos espectadores e torcedores abriram a discussão sobre a pontuação dos competidores que levaram à medalha de ouro, ambos japoneses, que realizaram manobras que não fizeram jus à pontuação final, segundo os torcedores. Nos pontos acumulados, a diferença entre o primeiro e segundo colocado foram mínimas e assim, a polêmica foi gerada, já que a medalha de ouro estava ao alcance dos brasileiros.  

 

 

 

As russas Svetlana Kolesnichenko e Svetlana Romashina conquistaram a medalha de ouro na prova do dueto do nado sincronizado nos Jogos Olímpicos de Tóquio.

As representantes do Comitê Olímpico Russo (ROC, na sigla em inglês) terminaram a final com 195,9079 pontos.

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As chinesas Wang Xuechen e Sun Wenyan (192,4499 pontos) ficaram com a prata e as ucranianas Marta Fiedina e Anastasiya Savchuk (189,4620 pontos) completaram o pódio.

A seleção brasileira de futebol masculino, atual campeã olímpica, vai enfrentar a Espanha na final neste sábado em Yokohama, com Daniel Alves e Richarlison querendo fazer história e repetir o ouro da Rio-2016.

Há cinco anos, com Neymar como principal destaque, o Brasil subiu ao topo do pódio após uma grande final contra a Alemanha (1-1 no tempo normal e prorrogação e 5-4 nos pênaltis) em que o craque marcou dois gols decisivos, um de cobrança de falta e outro convertendo a última penalidade, vencendo assim a disputa para o delírio da torcida no Maracanã.

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Nos Jogos Olímpicos de Tóquio, a braçadeira de capitão que Neymar usou passou para o braço de Daniel Alves, que divide a responsabilidade de liderar o Brasil em Tóquio-2020 com Richarlison, artilheiro do torneio com cinco gols.

"Ganhar o ouro é uma responsabilidade enorme, mas vivo para isso. Desafios como esse me motivam muito", confessou o veterano em entrevista para o site da Fifa, antes do início do torneio em seus primeiros Jogos Olímpicos.

Aos 38 anos, com 42 títulos que o tornam o jogador de maior sucesso da história, Daniel Alves jogou todos os minutos na campanha da seleção brasileira.

O jogador do São Paulo mostrou sua liderança no momento mais tenso das semifinais contra o México (0-0, 4-1 nos pênaltis), abrindo a série de cobranças com sucesso.

Richarlison estreou avassalador nos Jogos Olímpicos marcando três gols na vitória sobre a Alemanha (4-2). Voltou a marcar, duas vezes, contra a Arábia Saudita (3-1).

Nos jogos de mata-mata não foi decisivo com gols, mas sua presença no ataque tem sido fundamental para incomodar as defesas adversárias e criar jogadas perigosas, como a que realizou contra o Egito (1-0), nas quartas de final, dando uma assistência para o gol de Matheus Cunha.

O autor desse gol que deu a classificação é dúvida, já que ainda se recupera de uma lesão. Com isso, o Brasil do técnico André Jardine deverá repetir contra os espanhóis a mesma escalação que venceu o México.

Assim como o Brasil, que sonha com o bicampeonato olímpico, a Espanha também quer conquistar sua segunda medalha de ouro no futebol, depois daquela que conquistou em Barcelona, nos Jogos de 1992.

O Quênia dominou nesta quarta-feira a final olímpica dos 800 metros masculinos nos Jogos de Tóquio, com a medalha de ouro para Emmanuel Korir e a prata para Ferguson Rotich.

Korir completou as duas voltas na pista do Estádio Olímpico da capital japonesa com o tempo de 1 minuto, 45 segundos e 6 centésimos, contra 1:45.23 do compatriota.

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O polonês Patryk Dobek (1:45.39) levou a medalha de bronze.

A nadadora Ana Marcela Cunha venceu a medalha de ouro na maratona aquática feminina de 10 km na noite dessa terça-feira (3) e foi mais uma a chamar a atenção no lugar mais alto do pódio ao bater continência ao receber a medalha. 

É que ela faz parte do Programa de Alto Rendimento das Forças Armadas (PAAR), do Ministério da Defesa, onde atletas que integram o programa passam por treinamentos militares regulares, se tornando parte do corpo militar brasileiro, seja Marinha, Exército ou Aeronáutica e contam com benefícios como soldo, assistência médica, acompanhamento nutricional e fisioterapia, além de boas estruturas para treinamento. Ana Marcela, por exemplo, é terceiro-sargento da Marinha.

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Dos 302 atletas da delegação brasileira, 91 são militares, totalizando 30% da equipe. Outros atletas medalhistas em Tóquio, que fazem parte do programa, escolheram não bater continência, como o nadador Fernando Scheffer, o judoca Daniel Cargnin e velejadora Kahena Kouze. Alison dos Santos, bronze nos 400 metros com barreiras masculino, foi um dos atletas que bateram.

De acordo com o site do governo federal, dos 91 atletas militares: 44 são da Marinha, 25 do Exército e 22 da Aeronáutica. 

O Programa de Alto Rendimento das Forças Armadas (PAAR) foi criado em 2008, durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, pelo Ministério da Defesa em parceria com o Ministério do Esporte, e teve o objetivo de fortalecer a equipe militar brasileira em eventos esportivos de alto rendimento.

O Ministério da Defesa gasta aproximadamente R$ 38 milhões por ano com 549 atletas do PAAR, mas o montante pode oscilar dependendo do desligamento de alguns militares ou incorporação de outros ao programa. O soldo recebido pelos atletas das Forças Armadas é de cerca de R$ 4 mil e depende da patente e da organização em que o atleta se encontra.

O brasileiro Yuri Mansur foi eliminado na final do salto individual do hipismo e ficou sem chances de disputar uma medalha nessa modalidade nesta quarta-feira nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020.

Com seu cavalo Alfons, Mansur derrubou dois obstáculos no percurso da prova e com as duas faltas cometidas não conseguiu avançar ao lado dos atletas que zeraram o trajeto.

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Na terça-feira Yuri Mansur havia se classificado como um dos 25 competidores que não cometeram nenhuma falta.

O Brasil volta a competir no hipismo na sexta-feira, na prova por equipes.

Skate, surfe e escalada fizeram sua grande estreia como esportes olímpicos em Tóquio, despertando muito interesse na mídia, mas o bom desempenho e a conquista de medalhas da delegação japonesa nas modalidades não conseguiu convencer o público jovem do país.

O skate foi retomado nos Jogos nesta quarta-feira (4) depois que Yuto Horigome, de 22 anos, ganhou a primeira medalha do Japão no esporte (categoria street) em 25 de julho e Momiji Nishiya, de 13, se tornou um dia depois a medalhista olímpica mais jovem do país após sua vitória na prova feminina.

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- Brilho nas novas modalidades -

Mas para Emiya Ajisaka e seus colegas, assistir aos Jogos na TV não é uma prioridade.

"Ninguém fala sobre os Jogos Olímpicos ao meu redor", disse à AFP o adolescente de 13 anos enquanto joga futebol com seus amigos em um parque perto de algumas arenas de Tóquio-2020.

"Eu assisto mais o YouTube e jogo videogame", acrescenta.

Nos Jogos, ele se interessa apenas pelo futebol. "Mas a Copa do Mundo é muito mais divertida, não é?", pergunta aos amigos.

Antes que o Japão começasse a acumular medalhas nas novas modalidades, incluindo prata e bronze no surfe, as pesquisas de opinião mostravam que os jovens estavam menos interessados nos Jogos do que os mais velhos.

Um total de 63% das pessoas na faixa dos 20 anos declararam ter "bastante ou muito" interesse nos Jogos, contra 85% das pessoas na casa dos 60, segundo pesquisa realizada em 2019 pela rede de televisão NHK.

"Não odeio as Olimpíadas, mas elas não fazem parte das minhas prioridades e não me sinto obrigado a assistir ao vivo", disse Ryo Kawasaki, um engenheiro de rede de 24 anos, em uma sala de escalada em Tóquio.

Segundo Munehiko Harada, presidente da Universidade de Ciências da Saúde e do Esporte de Osaka, a pandemia é "um dos fatores que explicam o baixo interesse dos jovens".

A crise de saúde forçou o adiamento do evento por um ano. Além disso, os Jogos são disputados sem a presença de torcedores.

- 'Um erro' -

Kosei Fujiwara, de 13 anos, diz que a decisão de realizar os Jogos apesar da pandemia teve um efeito: "É um erro convidar um grande número de pessoas do mundo inteiro para Tóquio, onde os contágios atingem o auge".

"Sem pandemia, eu teria apoiado os Jogos", acrescenta, enquanto joga basquete com amigos.

O interesse pelo esporte continua alto entre os jovens japoneses, com necessidade de atividade física durante a crise sanitária, observa Harada.

"Mas o interesse pelos Jogos é menor principalmente devido à variedade de opções de entretenimento à disposição dos jovens", explica o professor de marketing esportivo.

Yoshifusa Ichii, professor de esporte e sociedade na Universidade Ritsumeikan em Kyoto, acredita que os mais velhos têm uma conexão emocional com os Jogos desde a edição de 1964, também em Tóquio.

"Foi um evento simbólico que lembrou às pessoas a maneira como o Japão havia se erguido", diz Ichii, sobre a recuperação após a Segunda Guerra Mundial.

Mas alguns adolescentes são atraídos pelos Jogos, especialmente pelos novos esportes.

Haru Fujirai, de 11 anos, se inspira na campeã olímpica de skate Momiji Nishiya.

"Já vi uma menina dois anos mais velha que eu ganhar uma medalha de ouro", diz ele, que começou a andar de skate no ano passado.

"Quero continuar treinando e um dia participar dos Jogos", completa.

Alison e Álvaro Filho, últimos representantes do Brasil ainda competindo no vôlei de praia nos Jogos de Tóquio, foram derrotados por Plavins e Tocs, da Letônia, por 2 sets a 0 ( 21/16 e 21/19), na manhã desta quarta-feira (noite de terça no Brasil), e acabaram eliminados nas quartas de final da competição.

A dupla europeia já havia despachado nas oitavas de final os também brasileiros Evandro e Bruno Schmidt, atuais 31º colocados no ranking mundial, por 2 sets a 0 (19/21 e 18/21).

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Agora os letões vão enfrentar na semifinal os noruegueses Anders Mors e Christian Sorum, campeões do Circuito Mundial de 2018 e 2019 e principais favoritos ao pódio.

Alison, ouro na Rio 2016, e Álvaro eram os últimos brasileiros ainda no torneio de vôlei, depois da eliminação de Bruno Schmidt e Evandro (nas oitavas de final) e Ágatha e Duda e Ana Patrícia e Rebecca (nas quartas).

O Japão emplacou duas atletas nos degraus mais altos do pódio do skate park nos Jogos de Tóquio, nesta quarta-feira (4), com Sakura Yosozumi conquistando ouro e Kokona Hiraki ficando com a prata, enquanto a britânica Sky Brown ganhou o bronze.

Já as brasileiras na final da modalidade, Dora Varella e Yndiara Asp, ficaram em sétimo e oitavo, respectivamente. A terceira representante do país na prova, Isadora Pacheco, não conseguiu passar da semifinal.

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E por pouco o primeiro pódio da história do skate park nas Olimpíadas não foi todo ocupado por japonesas, já que Yosozumi, Hiraki e Misugu Okamoto, líder do ranking mundial e que havia se classificado para a decisão em primeiro entre as oito finalistas, estavam, na ordem, à frente até a última volta de Sky Brown.

Mas a britânica, que tinha como maior nota nas duas voltas anteriores um 47.53, se superou e pontuou em 56.47, u,trapassando os 53.58 de Misugu Okamoto, conquistando assim o bronze.

Em três finais do skate nas Olimpíadas na capital japonesa, os donos da casa conquistaram até agora três medalhas de ouro, duas na modalidade street (masculino e feminino) e agora essa na park, feminino.

O skate é um dos cinco esportes que estreiam nessa edição dos Jogos Olímpicos, ao lado do surfe, escalada, caratê e beisebol.

Cinco integrantes da equipe da Grécia de nado artístico testaram positivo para Covid-19, e com este resultado pelo menos 12 pessoas da delegação foram retiradas da Vila Olímpica para ficarem em isolamento, informaram nesta quarta-feira (4)vos organizadores dos Jogos de Tóquio.

“Entre as sete pessoas cujo teste foi negativo, algumas já foram identificadas como casos de contato, enquanto outras ainda são objeto de análise. Diante dessa situação, foi proposto (ao Comitê Olímpico grego) transferi-las imediatamente (. ..) e as sete pessoas deixaram a vila olímpica (...) ontem", indicou o comunicado da organização dos Jogos Olímpicos na capital japonesa.

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Entre as atletas que foram conduzidas para uma instalação fora das imediações da Vila Olímpica estão as nadadoras inscritas na prova do dueto e por equipes que competiriam nesta semana.

Com esta medida, elas não poderão participar desta edição das Olimpíadas, anunciaram os organizadores.

O pugilista cubano Arlen López conquistou nesta quarta-feira o bicampeonato olímpico ao vencer a final da categoria meio-pesado (75-81 kg) contra o britânico Benjamin Whittaker, o segundo ouro da ilha no boxe nos Jogos Tóquio-2020.

López, campeão do peso médio nos Jogos Rio-2016, derrotou Whittaker no ringue da arena Kokugikan por 4-1 na decisão dos juízes.

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López, 28 anos, também conquistou o ouro nos Pan-Americano de Lima-2019 e no Mundial de 2015.

Cuba conquistou as duas primeiras medalhas de ouro em disputa no boxe masculino de Tóquio-2020.

As medalhas de bronze da categoria meio-pesado foram conquistadas por Loren Berto Domínguez, nascido em Cuba mas que compete pelo Azerbaijão, e pelo russo Imam Khataev.

Cuba, que na Rio-2016 conseguiu seis medalhas no boxe (três de ouro e três de bronze), já conquistou em Tóquio-2020 os ouros de López e de Roniel Iglesias (peso meio-médio), assim como o bronze de Lázaro Álvarez (peso pena).

Na sexta-feira, Julio la Cruz, ouro na Rio-2016, disputará a final do peso pesado (81-91 kg) contra o russo Muslim Gadzhimagomedov.

Andy Cruz enfrentará o australiano Harry Garside nas semifinais do peso leve (57-63 kg).

A brasileira Ingrid Oliveira não conseguiu ficar entre as 18 classificadas para a semifinal dos saltos ornamentais na plataforma de 10 metros, nesta quarta-feira (4), nos Jogos de Tóquio.

Nas eliminatórias no Centro Aquático de Tóquio, a atleta de 25 anos chegou a ficar em sétimo lugar após o segundo salto (de uma série de cinco).

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A partir das duas últimas tentativas, Ingrid não foi bem sendo superada pelas adversárias e ficando na 24ª posição geral, com 261.20 pontos, longe dos 284.90 que classificaram em 18º Pandelela Pamg, da Malásia.

Decepcionada com o resultado, a niteroiense deixou a piscina chorando.

O primeiro lugar foi para a chinesa Yuxi Chen, de 15 anos, com 390.70 pontos, seguida pela compatriota Hongchan Quan (364.45), de 14 anos.

O pugilista brasileiro Abner Teixeira ficou com a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 após perder para o cubano Julio La Cruz na semifinal da categoria peso pesado (até 91kg)

La Cruz venceu na Kokugikan Arena por 4-1, na decisão dos árbitros.

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O cubano foi medalhista de ouro na categoria meio-pesado (até 81kg) na Rio-2016 enquanto Abner fez sua estreia em Olimpíadas.

Ele vai disputar a final contra o russo Muslim Gadzhimagomedov, que na outra semifinal derrotou o neozelandês David Nyika.

A equipe brasileira tem ainda mais duas medalhas garantidas em Tóquio: Hebert Conceição e Beatriz Ferreira já estão nas semifinais em suas categorias e asseguraram ao menos o bronze.

Abner Teixeira teve sentimentos misturados após a derrota. Satisfação por conquistar uma medalha, mas uma sensação de que poderia ter ido mais longe.

"Ninguém gosta de perder. Então o que está se destacando para mim agora é o sentimento da derrota. Quase todo dia eu trabalho e treino para não acontecer isso. Infelizmente hoje aconteceu. Mas por outro lado estou bem feliz por ser medalhista. Era o que eu tinha me proposto a fazer. É a realização de um sonho. Significa muito para mim", disse Abner em entrevista à Rede Globo.

O brasileiro Darlan Romani garantiu vaga na disputa por medalhas do arremesso de peso dos Jogos Olímpicos de Tóquio, ao conseguir a marca de 21,31 metros na fase classificatória.

Para conseguir a vaga direta na final, os atletas precisavam superar a marca de 21,20 m. Darlan conseguiu na segunda tentativa.

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O catarinense de 30 anos, atual campeão pan-americano e quarto colocado na prova no Mundial de 2019, ficou em quinto lugar nos Jogos Rio-2019.

A final do arremesso de peso está programada para a manhã de quinta-feira no Estádio Olímpico de Tóquio (noite de quarta-feira no Brasil).

A seleção brasileira masculina de futebol derrotou o Mexico nos pênaltis nesta terça-feira e vai disputar a final dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Após empate sem gols na prorrogação e tempo normal numa partida amarrada, chata e com mais cartões amarelos do que lances criativos em Kashima, a equipe acertou todas as quatro penalidades que bateu e o goleiro Santos também brilhou e foi determinante para a classificação do Brasil, que se vingou da derrota na decisão para os mexicanos na Olimpíada de Londres, em 2012.

Daniel Alves, Gabriel Martinelli, Bruno Guimarães e Reinier bateram com precisão suas cobranças, enquanto que Eduardo Aguirre e Vásquez pararam em Santos e na trave, respectivamente. Tristeza dos mexicanos e festa dos brasileiros, que comemoraram efusivamente e choraram após a suada vitória no Japão.

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Com a vaga na final, o Brasil garantiu ao menos a prata e, com isso, assegurou sua sétima medalha na história do torneio de futebol masculino nos Jogos Olímpicos. Na decisão, a sua terceira seguida em Olimpíada, e a quarta no total, vai enfrentar Japão ou Espanha, que duelam também nesta terça. O jogo que vale o bicampeonato olímpico à seleção brasileira será sábado, às 8h30 (horário de Brasília), em Yokohama.

Com a garantida medalha em Tóquio, a seleção estará no pódio olímpico pela quarta vez consecutiva, feito alcançado anteriormente somente pela Iugoslávia, entre 1948 e 1960. A meta é conquistar o bicampeonato olímpico, algo que somente Grã-Bretanha, Uruguai, Hungria e Argentina conseguiram até hoje.

O Brasil foi superior ao México no primeiro tempo, mas não exerceu o domínio que fizeram em jogos anteriores. Passou mais tempo com a bola, criou três oportunidades claras, chegou a ter um pênalti a seu favor - anulado posteriormente - mas não controlou o rival.

Três arremates de Arana, Antony e Daniel Alves, este em cobrança de falta, todos defendidos por Ochoa, representarem os lances de maior perigo do time de André Jardine. Houve também um pênalti marcado em Douglas Luiz que o árbitro búlgaro Georgi Kabakov anulou depois de rever o lance no VAR. Substituto do lesionado Matheus Cunha, Paulinho mal apareceu na partida.

Os mexicanos passaram boa parte da etapa inicial correndo atrás dos brasileiros, na marcação, mas a proposta era justamente essa para, quando surgisse uma oportunidade, sair em transição rápida para o ataque. E isso aconteceu duas vezes no fim. Foram os dois principais lances de perigo dos primeiros 45 minutos.

Na primeira chance, aos 41, Romo foi acionado dentro da área e bateu de primeira, com força. Santos se esticou para espalmar e salvar a seleção brasileira. Quatro minutos depois, Claudinho errou passe de calcanhar no meio de campo e permitiu contra-ataque do México. Antuna foi lançado dentro da área, dominou e chutou em direção ao gol, mas dessa vez foi Diego Carlos que apareceu para fazer o corte providencial.

Se o primeiro tempo não foi tão bom, o segundo foi pior. O Brasil perdeu ritmo e nada fez durante 25 minutos, até que Antony tentou dar fim à passividade com um lance individual que terminou com finalização fraca em cima de Ochoa. Insatisfeito, Jardine lançou mão de Gabriel Martinelli na vaga do improdutivo Paulinho e de Reinier no lugar de Claudinho, irreconhecível nesta terça.

O que se viu em Kashima na etapa final foi um jogo picotado, truncado, repleto de faltas duras e reclamações e com ausência de bom futebol. As faltas sucessivas e o medo de um dois levar um gol impediram que a partida se desenrolasse, tanto que o tempo com a bola parada foi superior ao com a bola rolando.

Sem a criatividade para penetrar na zaga adversária, o talento de Daniel Alves e o oportunismo de Richarlison quase garantiram a vitória brasileira. Aos 36 minutos, o experiente lateral cruzou com perfeição para o atacante, artilheiro da Olimpíada, se antecipar ao zagueiro e cabecear com estilo. A bola, no entanto, tocou caprichosamente na trave esquerda e cruzou a pequena área, sem ninguém para completar para as redes. Foi a melhor chance da partida.

Na prorrogação, o roteiro foi semelhante aos minutos anteriores. A diferença foi que o Brasil voltou a ser dono das ações e passou a se arriscar em busca da vaga na final diante de um adversário que abriu mão de jogar futebol e se preocupou em fazer faltas e quebrar o andamento do confronto.

A seleção brasileira ocupou o campo ofensivo e tentou explorar os lados. Mas, sem a criatividade necessária para derrubar o bloqueio defensivo mexicano, viveu de bolas aéreas e arremates sem direção. Resultado: nenhum gol, mas mais alguns cartões amarelos em um duelo amarrado, chato, do jeito que quis o time mexicano, que fez tudo para que a partida fosse decidida nos pênaltis. Mas nas penalidades, os brasileiros tiveram 100% de aproveitamento e os mexicanos falharam. Festa do Brasil em Kashima!

FICHA TÉCNICA

MÉXICO 0 (1) X 0 (4) BRASIL

MÉXICO - Ochoa; Loroña, Montes, Vásquez, Jesús Angulo (Mora) e Romo; Esquivel (Carlos Rodríguez), Córdova (Ricardo Angulo); Antuna (Lainez), Martín (Eduardo Aguirre) e Vega (Alvarado). Técnico: Jaime Lozano.

BRASIL - Santos; Daniel Alves, Diego Carlos, Nino e Guilherme Arana; Douglas Luiz (Douglas Luiz), Bruno Guimarães e Claudinho (Reinier); Paulinho (Gabriel Martinelli), Antony (Malcom) e Richarlison. Técnico: André Jardine.

ÁRBITRO - Georgi Kabakov (Bulgária)

CARTÕES AMARELOS - Montes, Diego Carlos, Antony, Lainez, Bruno Guimarães, Loroña, Reinier, Romo, Martín, Douglas Luiz

LOCAL - Estádio de Kashima, no Japão.

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