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A lei que cria a Política Nacional de Conscientização e Incentivo à Doação e Transplante de Órgãos e Tecidos foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Sila e está publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (9). Além do aumento no número de doadores e do crescimento da quantidade de transplantes, a nova legislação, que entra em vigor em fevereiro de 2024, tem como metas promover a discussão, o esclarecimento científico e enfrentar a desinformação sobre o tema.

Desde o início do ano, o governo federal vem adotando ações para o fortalecimento do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), que resultaram em crescimento de 106% dos serviços ofertados. Atualmente o Brasil mantém um total de 1.198 serviços de transplante oferecidos por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

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O número de potenciais doadores também aumentou de 62,6 por milhão de pessoas, em 2022, para 67,6 por milhão de pessoas neste ano. Houve crescimento ainda de doadores efetivos que já somam 19 por milhão de pessoas, enquanto no ano passado eram 16,5 por milhão de pessoas.

Entre as medidas previstas na nova lei, a serem adotadas pela União, estados, Distrito Federal e municípios, estão a realização de campanhas de divulgação e conscientização, atividades educativas nas escolas, desenvolvimento profissional e capacitação de gestores e profissionais da saúde e da educação

Também está prevista a intensificação de campanhas sobre incentivo da doação e transplante de órgãos e tecidos na última semana do mês de setembro de cada ano.

Enquanto tramitou no Congresso Nacional, o texto ficou conhecido como proposta da Lei Tatiane, em homenagem à Tatiane Penhalosa que perdeu a vida, aos 32 anos, por não conseguir um transplante de coração.

Segundo o Ministério da Saúde, até agosto deste ano foram realizados 5.914 transplantes de órgãos, o que representa mais do que o dobro dos 2.435 mil procedimentos desse tipo realizados no mesmo período de 2022. Quando considerados os transplantes de córnea e medula óssea, até agosto deste ano foram feitos 18.461 procedimentos, enquanto no mesmo período do ano passado o total registrado foi de 16.848.

Fausto Silva concedeu sua primeira entrevista na televisão após passar pela cirurgia de transplante de coração. O apresentador bateu um papo com o Domingo Espetacular para falar sobre a experiência de passar pela cirurgia e ainda rebater os rumores de que havia furado a fila.

- A gente sabe que a internet abriu espaço para todos os imbecis do mundo, você tem que conviver [com esse tipo de fake news]. O cara que me conhece [sabe que eu não faria isso]. Quem pensa o mal é gente do mal, tem muita gente que só pensa no mal e esse tipo tem em todo lugar.

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Silva ainda completou dizendo estar vivendo uma nova experiência de vida:

- Quem recebe uma benção como essa tem que pensar muito. Fui agraciado de continuar vivendo com minha família, com meus amigos, então tem que repensar muita coisa. A gente perde tempo com besteira, se irrita com bobagens. Você imagina, depois de ter trabalhado 60 anos, passado por transplante, você acha que um cara com o mínimo de caráter, sensibilidade, pode ter mágoa, rancor? Não cabe mais isso, a vida passa muito rápido, você tem que estar preparado para ter essa consciência.

Faustão ainda relembrou o processo com a doença e conta que não teve vícios que poderiam ter levado a condição:

- Na verdade, já sabia que um dia teria que fazer cirurgia do coração, não sabia que seria transplante. Uma questão de genética, [sou] um cara que nunca fumou, bebeu, usou drogas. Talvez seja pela genética do lado do meu avô paterno, pode ter sido isso, mas, enfim, tive que enfrenta.

E continua:

- Aí falaram, chegou a hora. A grande sorte minha foi o tipo de sangue, e a partir desse momento já tinha resolvido minha vida, ao mesmo tempo, falei tem que ser, vamos embora. Sou pragmático, tenho muita fé, falava que quem decide é o lá de cima. Você tem que rezar e esperar o melhor.

O apresentador ainda conta que sentiu diferença logo ao acordar da cirurgia:

- A cirurgia é o de menos. Instalou, coração já começou a funcionar, o problema é a pele seca, ficar 45 dias em cama de hospital, musculatura [precisar] refazer tudo, reabilitação com fisioterapia, muita disciplina. Eu acordei um dia depois e já me sentia um carro velho com motor novo, tem que consertar o resto do carro. Agora fico animado. É impressionante porque você sente a diferença na hora, no dia depois eu sinto que o coração é outro.

De janeiro a setembro de 2023, o Brasil registrou 6.622 transplantes de órgãos sólidos, como coração, rim, pulmão e fígado, por exemplo, segundo o Sistema Nacional de Transplantes (SNT) do Ministério da Saúde. Desses, 360 foram realizados em Pernambuco.

Como continuidade às ações de fortalecimento do SUS e melhoria da assistência à população brasileira, a pasta mais que dobrou a autorização de novos serviços de transplante, que passaram de 31 em 2022 para 64 em 2023 - aumento de 106%. Ao todo, o Brasil tem 1.198 serviços credenciados para transplantes.

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Quando incluídos os transplantes de córnea e medula óssea, o país avançou 9,5% nos procedimentos realizados entre janeiro e agosto, quando comparado com o mesmo período de 2022. Até agosto deste ano, foram feitos 18.461 transplantes em todo o Brasil, sendo que ano passado o total registrado foi de 16.848 cirurgias.

O Ministério da Saúde também divulgou número recorde de doadores efetivos no primeiro semestre de 2023, com 1,9 mil doadores, o que possibilitou a realização de 4.377 transplantes de órgãos sólidos, número 16,2% maior do que em 2022. Quando somados os meses de julho e agosto de 2023, o total de doadores efetivos salta para 2.435. Com a tendência de aumento já observada até agora, a expectativa é fechar 2023 com um recorde inédito.

Em campanha durante o mês de setembro, com o tema “Doe uma segunda chance, doe órgãos”, a pasta reforça a importância da conscientização sobre o ato de doar. De acordo com o SNT, inúmeras pessoas podem ser beneficiadas com os órgãos e tecidos provenientes de um mesmo doador. Na maioria das vezes, o transplante pode ser a única esperança de vida ou a oportunidade de um recomeço para quem precisa da doação. Atualmente, 40.567 mil pessoas aguardam por um transplante de órgão no Brasil. Dessas, 1.803 estão em Pernambuco.

O Brasil possui o maior sistema público de transplantes do mundo. Em números absolutos, é o segundo maior transplantador do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. A rede pública de saúde fornece aos pacientes assistência integral e gratuita, incluindo exames preparatórios, cirurgia, acompanhamento e medicamentos pós-transplante. Para doação de órgãos, é fundamental que a pessoa interessada deixe clara para a família a sua vontade de doar, pois somente com a autorização dos familiares a doação pode ser efetivada.

Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

Luciana Cardoso, esposa de Fausto Silva, usou as redes sociais na última quarta-feira (28) para comemorar o Dia da Conscientização da Doação de Órgãos e Tecidos. Como você deve saber, a família do apresentador passou pela experiência de estar na fila do transplante de coração.

Na legenda da publicação, Luciana escreveu: "Hoje faz um mês que a nossa família recebeu uma segunda chance. Obrigada a todas as famílias doadoras por esse ato de amor e solidariedade".

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Faustão se recupera bem do transplante. Na última semana, ele foi internado para realizar exames, mas já recebeu alta e segue se recuperando em casa.

Um homem de 58 anos se tornou esta semana o segundo paciente do mundo a receber o transplante de um coração de porco geneticamente modificado, o último feito de um campo que vem crescendo na pesquisa médica.

Transplantar órgãos de animais em humanos, o que é conhecido como xenotransplante, pode ser uma solução para a escassez crônica de doações de órgãos humanos. Apenas nos Estados Unidos, mais 100.000 pessoas esperam por um doador na lista de transplantes.

Tanto o primeiro transplante envolvendo um coração de porco como o atual foram realizados por especialistas da Escola de Medicina da Universidade de Maryland.

No primeiro procedimento, realizado no ano passado, o paciente acabou morrendo dois meses depois da cirurgia devido "a uma multiplicidade de fatores, incluindo seu pobre estado de saúde" antes da operação, informou a universidade em comunicado nesta sexta-feira.

O segundo transplante ocorreu na última quarta-feira (20), com o paciente Lawrence Faucette, impedido de receber uma doação humana por conta de uma doença vascular pré-existente e complicações hemorrágicas internas.

Sem o transplante experimental, este pai de dois filhos e veterano da Marinha enfrentaria um quadro de insuficiência cardíaca.

"Minha última esperança era o coração de porco, o xenotransplante", disse Faucette antes de passar pelo procedimento. "Pelo menos agora eu tenho uma esperança e uma chance", acrescentou.

Após o procedimento, Faucette respirava sem a ajuda de aparelhos e novo coração funcionava bem, "sem qualquer assistência externa", informou a universidade.

Ele estava recebendo medicamentos convencionais antirrejeição, bem como uma nova terapia com anticorpos para evitar que seu corpo danificasse ou rejeitasse o novo órgão.

Os xenotransplantes são complicados porque o sistema imunológico do paciente vai atacar o órgão estranho. Os cientistas têm tentado contornar esse problema através do uso de órgãos de porcos modificados geneticamente.

Em anos recentes, médicos transplantaram rins de porcos modificados geneticamente em pacientes com morte cerebral.

O Instituto de Transplante do hospital universitário NYU Langone em Nova York anunciou este mês que um rim de porco transplantado em um paciente com morte cerebral funcionou pelo recorde de 61 dias.

As primeiras pesquisas sobre xenotransplante tinham como foco órgãos de primatas. Em 1984, um coração de babuíno foi transplantado para uma recém-nascida conhecida como "Baby Fae", mas ela sobreviveu por apenas 20 dias.

Atualmente, as pesquisas têm se concentrado em órgãos de porcos, que são considerados doadores ideais para os humanos devido ao tamanho de seus órgãos, por seu crescimento rápido e grandes ninhadas, e pelo fato de já serem criados como fonte de alimento.

Zezé Di Camargo participou do The Noite com Danilo Gentili na última quinta-feira, dia 31. Durante a conversa, o cantor sertanejo acabou comentando o assunto do momento - o transplante de coração de Faustão.

Zezé aproveitou para dizer que acha errado a quantidade de críticas que o apresentador tem recebido devido ao boato infundado de que teria furado a fila do transplante.

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- Vi muita gente comentando na internet, achando que o Faustão furou a fila. Nada a ver. As pessoas têm que estudar mais como que é feito, como que é escolhido os pacientes. Não sou advogado dele.

Zezé ainda continuou elogiando a trajetória do amigo apresentador:

- As pessoas têm uma imagem dele, por ser um cara muito positivo e que fala o que pensa na televisão. Ele é uma das pessoas mais generosas que já conheci na minha vida. Sei de vários artistas que, em final de carreira, o Faustão, do bolso dele, sustentou e tratou. Ele nunca quis mostrar.

E continua:

- O coração daquele homem sempre brincava, dizendo que era do tamanho dele. É um cara que ganhou muito dinheiro, com muito trabalho, mas que fez muito pelas pessoas. O que estão fazendo na internet, de dizer que ele furou a fila por ser o Faustão, esquece isso, pelo amor de Deus. Pensa no ser humano, na vida.

Ana Maria Braga aproveitou que estava no ao vivo no Mais Você nesta segunda-feira, dia 28, e mandou um recado especial para Faustão, que passou por um transplante de coração no último domingo, dia 27.

Ana estava de férias, viajando por Israel, e confessou que ficou bastante preocupado com o estado de saúde do amigo e ex-colega de emissora.

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- Fiquei preocupada com meu amigo durante boa parte dessa viagem. Orei por ele, pela Preta Gil. Meu amigo Faustão, que é o assunto do momento, o transplante de coração de Fausto Silva. Eu queria deixar meu abraço pra ele e a torcida pra que tudo continue bem. Sei que tá tudo bem. Um beijo grande no coração, viu, Faustão. Novo coração. O Brasil todo tá na torcida pra que tudo evolua bem

E continua:

Ele está internado desde o começo do mês com um quadro agudo de insuficiência cardíaca, entrou na fila de transplante, finalmente passou pelo procedimento ontem. A cirurgia durou cerca de duas horas e meia, e o hospital informou que a cirurgia foi um sucesso. Ele permanece na UTI para acompanhamento da adaptação do órgão. A gente manda nossas boas energias, nossas orações, pra que ele se recupere.

Melhoras pra Faustão, né?

O apresentador Fausto Silva, o Faustão, passou por uma cirurgia de transplante de coração neste domingo (27) no Hospital Albert Einstein, após ter sido "priorizado na fila de espera em razão de seu estado muito grave de saúde". Internado desde o dia 5 para tratar insuficiência cardíaca, sua equipe médica passou a indicar a cirurgia no dia 20. O prazo total entre a internação e o transplante foi de 22 dias. Em São Paulo, o tempo de espera por um transplante oficialmente é de 1 a 3 meses - mas pode ser reduzido por urgência.

Houve, porém, reações nas redes sociais, criticando a rapidez no processo. João Silva, filho do apresentador, usou o Instagram para se manifestar, republicando um story postado pelo amigo Enzo Celulari, em que se destacava "Informem-se antes de julgar" e o link para uma série de tuítes de um médico de Minas, pedindo para que "não façam ilações ou acusações irresponsáveis de 'furação' de filas ou interesses escusos".

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Segundo o Ministério da Saúde, entre 19 e 26 de agosto foram realizados 13 transplantes de coração no País, sendo 7 em São Paulo. "Ele (Faustão) recebeu um coração após constatada a compatibilidade necessária para o procedimento, assim como os outros sete transplantados", diz a nota oficial.

ACEITE, APÓS RECUSA

De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, na madrugada deste domingo a Central de Transplantes teve a oferta de um coração. "O sistema informatizado de gerenciamento de transplantes trouxe 12 pacientes que atendiam aos requisitos. Desses, quatro estavam priorizados, sendo que o paciente (Faustão) ocupava a segunda posição nesta seleção. A equipe transplantadora do paciente que ocupava a primeira posição decidiu pela recusa do órgão e, desta forma, a oferta seguiu para o segundo paciente da seleção."

De acordo com o boletim médico divulgado pelo Albert Einstein, a cirurgia ocorreu no início da tarde de ontem e durou 2h30. O procedimento foi realizado com sucesso. Faustão continuará na UTI para o acompanhamento da adaptação do órgão e para controle da rejeição.

VISÃO DO ESPECIALISTA

Um prazo menor de 30 dias para um transplante de coração não é raro, de acordo com especialistas. "Isso com os critérios de gravidade que nós temos hoje. Neste ano, 60 pacientes no Brasil receberam o órgão com menos de um mês de fila de espera", afirma Gustavo Fernandes Ferreira, presidente da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) e diretor do programa de transplante da Santa Casa.

É a mesma visão de Paulo Pêgo Fernandes, professor de cirurgia torácica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e presidente do conselho da ABTO. (O prazo) não surpreende. Não é rotineiro, mas já tivemos casos até mais rápidos."

Existem diferentes categorias de prioridade, de acordo o estado de saúde do paciente. Aquele que precisa de auxílio mecânico para o funcionamento do coração com o aparelho conhecido como Ecmo - máquina extracorpórea que fornece suporte para o sistema cardíaco - é o primeiro da fila. Depois, vêm aqueles que precisam de balões intraórticos, que ajudam a bombear o sangue para o organismo. Em seguida, os pacientes que estão na UTI, com medicamentos intravenosos. Por fim, aqueles que recebem tratamento na enfermaria. Quando o receptor está em tratamento ambulatório domiciliar, vale a ordem cronológica da fila e a espera chega a alguns meses.

CRITÉRIOS

Para transplante de coração, são considerados critérios técnicos, como a tipagem sanguínea, compatibilidade de peso e altura e genética. O tamanho do órgão também é importante. "Em um paciente com prioridade, a média é de 40 dias, mas depende de todos esses fatores", diz Pêgo.

De acordo com o Ministério da Saúde, a lista para transplantes é única e vale tanto para os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto para os da rede privada. Quando os critérios técnicos são semelhantes, a ordem cronológica de cadastro, ou seja, a ordem de chegada, funciona como um critério de desempate. Pacientes em estado crítico são atendidos com prioridade, em razão de sua condição clínica.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O apresentador Fausto Silva, o Faustão, passou por uma cirurgia de transplante de coração neste domingo (27) no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, após ter sido "priorizado na fila de espera em razão de seu estado muito grave de saúde". A informação foi confirmada pelo Ministério da Saúde. Ainda de acordo com o órgão, entre 19 e 26 de agosto, foram realizados 13 transplantes de coração no País, sendo sete em São Paulo.

"Neste domingo (27), mais um paciente na capital paulista foi contemplado com um transplante cardíaco, neste caso, também priorizado na fila de espera em razão de seu estado muito grave de saúde - o apresentador Fausto Silva. Ele recebeu um coração após constatada a compatibilidade necessária para o procedimento, assim como os outros sete transplantados", diz a nota do Ministério da Saúde.

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O apresentador está internado desde o dia 5 de agosto após apresentar um grave quadro de insuficiência cardíaca. De acordo com o boletim médico divulgado pelo hospital, a cirurgia ocorreu no início da tarde deste domingo e durou 2h30. O procedimento foi realizado com sucesso, segundo o hospital. Faustão, agora, segue na UTI para o acompanhamento da adaptação do órgão e controle da rejeição.

A Central de Transplantes do Estado de São Paulo, que acionou o Hospital Albert Einstein sobre a disponibilidade do órgão, não informou a data exata em que Faustão entrou na fila de transplante. Boletim médico do dia 20 apontou que "houve agravamento do quadro de insuficiência cardíaca e, por isso, a cirurgia (de transplante) passou a ser indicada pela equipe que o acompanha no tratamento desde 2000".

Por outro lado, o órgão paulista informa que 12 pacientes atendiam aos requisitos para receber o coração. Desse total, quatro estavam priorizados, e Faustão ocupava a segunda posição nesta seleção.

"A equipe transplantadora do paciente que ocupava a primeira posição decidiu pela recusa do órgão e, desta forma, a oferta seguiu para o segundo paciente da seleção", diz a nota da Central de Transplantes do Estado de São Paulo.

O Estadão também solicitou informações sobre o doador do órgão, mas não obteve resposta.

Especialistas afirmam que transplante rápido não é raro

Um prazo menor de 30 dias para um transplante de coração não é raro, de acordo com especialistas ouvidos pelo Estadão. "Um prazo menor de 30 dias não é raro para um paciente ser transplantado de coração de acordo com os critérios de gravidade que nós temos hoje em dia. Neste ano, 60 pacientes no Brasil receberam o órgão com menos de um mês de fila de espera", afirma Gustavo Fernandes Ferreira , presidente da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) e diretor do programa de transplante da Santa Casa.

Essa é a mesma visão de Paulo Pêgo Fernandes, professor de cirurgia torácica da Faculdade de Medicina da USP e presidente do conselho da ABTO. (O prazo) não surpreende. Não é rotineiro, mas também não é o primeiro caso. Já tivemos casos até mais rápidos", avalia.

Existe diferentes categorias de prioridade de acordo o estado de saúde do paciente. Aquele que precisa de auxílio mecânico para o funcionamento do coração com o aparelho conhecido como ecmo, máquina extracorpórea que fornece suporte para o sistema cardíaco, é o primeiro da fila.

Depois, vêm aqueles que precisam de balões intraórticos, que ajudam a bombear o sangue. Em seguida, os pacientes que estão na UTI, com medicamentos intravenosos. Por fim, aqueles que recebem tratamento na enfermaria. Quando o receptor está em tratamento ambulatório domiciliar, vale a ordem cronológica na fila e a espera chega a alguns meses.

Para transplante de coração, são considerados critérios técnicos, como a tipagem sanguínea, compatibilidade de peso e altura, compatibilidade genética. O tamanho do órgão também é importante. "Em um paciente com prioridade, a média é de 40 dias, mas depende de todos esses fatores", diz Pego.

De acordo com o Ministério da Saúde, a lista para transplantes é única e vale tanto para os pacientes do SUS quanto para os da rede privada. e critérios de gravidade distintos para cada órgão determinam a ordem de pacientes a serem transplantados.

Quando os critérios técnicos são semelhantes, a ordem cronológica de cadastro, ou seja, a ordem de chegada, funciona como critério de desempate. Pacientes em estado crítico são atendidos com prioridade, em razão de sua condição clínica.

Luciana Cardoso, esposa de Faustão, usou as redes sociais para prestar apoio aos familiares de MC Marcinho. Assim como o apresentador, o funkeiro estava na lista de espera do transplante de coração, mas não resistiu e morreu no último sábado (26).

Ao compartilhar uma foto do marido ao lado do cantor, Luciana gentilmente escreveu:

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"Nosso carinho aos familiares do Mc Marcinho".

Fausto Silva está internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Ele foi diagnosticado com um quadro de insuficiência cardíaca e acabou entrando para a lista do transplante.

Fausto Silva anunciou no último domingo, dia 20, que precisará de um transplante no coração. Ele está internado no Hospital Albert Einstein desde o dia 5 de agosto devido a uma insuficiência cardíaca.

Carol Nakamura, que foi bailarina do Domingão quando comandado por Faustão, decidiu prestar uma homenagem ao apresentador.

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"Nem sei por onde começar, sempre que penso no Faustão meu coração se enche de gratidão, meus olhos ficam cheios de lágrimas não dá nem para explicar. Devo minha vida a esse cara, tanto profissionalmente quanto no pessoal. Minha carreira nunca teria acontecido se ele não acreditasse em mim, na verdade ele acreditou mais em mim do que eu mesma, e com muita generosidade que é uma das maiores qualidades dele, me ensinou tudo o que sei, me fez brilhar e isso mudou toda minha vida. Em 2009 eu fiquei muito doente, fiz seis cirurgias e fiquei quase um ano internada entre idas e vindas do hospital. Eu fui tão cuidada por essa família que me acolheu com muito amor, carinho e respeito. Ele realmente se importa com os seus funcionários, me indicou o melhor médico e meu caso foi resolvido em uma semana. Agora eu nem sei como ser tão incrível e brilhante como ele, me sinto muito triste por conta da situação delicada. Por isso estou aqui com todo o meu amor, respeito e carinho para pedir orações para que ele fique saudável o mais rápido possível. Você merece toda saúde, felicidade, amor e respeito do mundo. Te considero como um pai, nada do que eu escreva aqui vai expressar o que sinto e o quanto eu sou agradecida por sua vida e da sua família. Conte sempre comigo. O Brasil te ama, te admira e quer te ver bem o mais rápido possível. Obrigada por tanto!."

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Com quadro de insuficiência cardíaca, Fausto Silva entrou na lista de espera por um transplante de coração. Internado em um dos hospitais mais caros do Brasil há 16 dias, o apresentador de 73 anos será avaliado pelos mesmos critérios de um cidadão de baixa renda para receber o órgão. 

Segundo maior transplantador do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, o Brasil possui o maior sistema público de transplantes através do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), do Sistema Único de Saúde (SUS).  

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Dados do Ministério da Saúde (MS) de 2023 apontam que 11.264 transplantes de órgãos foram feitos até o dia 16 de agosto, desses, 244 de coração, em pessoas com uma situação de saúde tão delicada quanto a de Faustão, mas não com mesmo dinheiro do apresentador. 

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A rede pública está presente em todas as etapas do tratamento e fornece assistência integral aos pacientes, desde os exames preparatórios, a própria cirurgia, o acompanhamento médico e os medicamentos pós-transplante. 

O procedimento para a cirurgia começa com a equipe médica dos hospitais habilitados no SNT. Os profissionais inserem o receptor no sistema e ele recebe um número - o Registro Geral da Central de Transplantes (RGCT) - que pode ser usado para acompanhar sua situação na lista. 

O termo "fila" não traduz a forma como os transplantes são feitos no Brasil já que o tempo de espera é o último critério de prioridade. A ordem de chegada só é levada em consideração quando os receptores compatíveis estão na mesma situação clínica. 

O Brasil adota a gravidade do receptor como o principal fator na hora de destinar os órgãos doados, ou seja, um paciente com maior risco de morte acaba recebendo o órgão antes de uma pessoa que espera há mais tempo. No caso de Faustão, o tratamento por diálise indica o quadro emergencial e coloca o apresentador - e qualquer pessoa – como prioridade. 

De acordo com as informações do MS, 386 receptores estão na lista de espera para receber um coração no Brasil. Ao todo, quase 66 mil pessoas esperam por um transplante de órgão.

Internado há 16 dias para o tratamento de insuficiência cardíaca, o apresentador Fausto Silva, de 73 anos, entrou na fila de transplante de coração do Sistema Único de Saúde (SUS). A equipe do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, informou que seu quadro piorou na última semana.

Faustão já iniciou a diálise e toma remédios para ajudar o bombeamento do coração. Em nota, o hospital confirmou o tratamento: “em virtude do agravamento do quadro, há indicação para transplante cardíaco. O paciente está em diálise e necessitando de medicamentos para ajudar na força de bombeamento do coração”. 

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Incluído na lista de transplantes do SUS, ele vai esperar a escolha da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, que define o paciente que vai receber o órgão pelo tempo de espera, tipo sanguíneo e gravidade do caso. 

Nesse fim de semana, o apresentador apareceu em um vídeo publicado nas redes sociais do filho João Silva. Faustão aparece no quarto do hospital e pede orações.

“Minha família é maravilhosa, uma mulher extraordinária e, com tudo isso, quem decide é o chefe lá em cima”, disse. 

Um homem conhecido como 'o paciente de Genebra' mostra sinais de remissão do HIV a longo prazo depois de receber um trasplante de médula óssea, um caso individual que abre novas possibilidades de pesquisa.

A novidade é que a medula óssea que esse paciente recebeu não possui uma mutação já detectada por cientistas, que consegue bloquear o vírus da aids.

Seu caso foi apresentado nesta quinta-feira(20) em Brisbane, antes da Conferência da Sociedade Internacional da Aids que começa no domingo na Austrália.

Antes dele, outras cinco pessoas já foram consideradas como provavelmente curadas do vírus da aids, após ter recebido um transplante de medula óssea.

Todos os pacientes curados tinham uma situação muito particular em comum: sofriam de câncer de sangue e se beneficiaram de um transplante de células-tronco que renovaram profundamente seu sistema imunológico.

Porém, em todos esses casos, os doadores apresentavam uma rara mutação, de um gene conhecido como CCR5 delta 32, que previne a entrada do HIV nas células.

Com o "paciente de Genebra", a situação é diferente: em 2018, para tratar uma forma de leucemia especialmente agressiva, fez um transplante de células-tronco. Porém, desta vez, o transplante veio de um doador que não portava a famosa mutação CCR5.

- Sem rastro do vírus -

Vinte meses depois de ter interrompido o tratamento antirretroviral, o vírus continua sendo indetectável em seu corpo.

O paciente é acompanhado pelos Hospitais Universitários de Genebra, em colaboração com o Instituto Pasteur, o Instituto Cochin e o consórcio internacional IciStem.

Seu tratamento antirretroviral foi reduzido lentamente e suspenso em definitivo em novembro de 2021.

As equipes científicas não descartam que o vírus ainda persista, mas consideram que trata-se de uma nova remissão da infecção pelo HIV.

Dois casos anteriores, conhecidos como os "pacientes de Boston", também receberam células-tronco normais durante seus trasplantes. Porém, em ambos os casos, o HIV retornou nestes pacientes alguns meses depois de pararem de tomar antirretrovirais.

Asier Saez-Cirion, cientista espanhol do Instituto Pasteur da França, que apresentou o caso do paciente de Genebra em Brisbane, disse à AFP que se não há sinais do vírus depois de 12 meses "a probabilidade de que seja indetectável no futuro aumenta significativamente".

Há algumas possíveis explicações porque o paciente de Genebra permanece livre do HIV, disse Saez-Cirion. "Neste caso específico, talvez o trasplante eliminou todas as células infectadas sem necessidade da famosa mutação", disse. "Ou talvez seu tratamento imunossupressor, solicitado depois do transplante, teve um papel", acrescentou.

Sharon Lewin, presidente da Sociedade Internacional de Aids, que celebrou a conferência científica sobre o HIV em Brisbane, disse que o caso era "promissor".

"Porém aprendemos com os pacientes de Boston que apenas uma" partícula do vírus pode provocar um rebote do HIV, advertiu.

"Este indivíduo em particular deverá ser monitorado rigorosamente durante os próximos meses e anos", disse a especialista.

Apesar desdes casos de remissão a longo prazo gerarem esperanças de uma cura para o HIV um dia, o agressivo e arriscado procedimento de trasplante de médula óssea não é uma opção para as milhões de pessoas que vivem com o vírus em todo o mundo.

No entanto, este paciente traz esperanças de que os casos de remissão possam indicar novas vias de pesquisa, como o papel potencial dos tratamentos imunossupressores.

Saez-Cirion disse que o caso também motivou os cientistas a continuarem estudando as células imunes inatas, que atuam na linha de frente da defesa contra vários patógenos.

Já o paciente de Genebra disse que agora "pensa no futuro".

A fila de espera por um transplante de córnea no Brasil praticamente dobrou ao longo dos últimos cinco anos, passando de 12.212 em 2019 para 23.946 atualmente. O Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) alerta que o volume de procedimentos não retomou os níveis pré-pandemia de Covid-19 – o total de intervenções realizadas no Sistema Único de Saúde (SUS) em 2022 é menor do que o que era executado no início da década passada. 

Os dados constam no Observatório CBO, plataforma criada pela entidade de acesso público e gratuito, que agrupa informações sobre consultas, exames, cirurgias e transplantes realizados. De acordo com o levantamento, o número de transplantes de córnea no SUS recuou ao patamar do que era executado em 2013. Em 2020, auge da pandemia, a série histórica registrou o seu pior desempenho na década: 4.374 cirurgias. 

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Regiões

Os números mostram que, entre 2012 e 2022, a rede pública realizou cerca de 86 mil transplantes de córnea no Brasil. As cirurgias estão concentradas no Sudeste, que responde por 46% do total de procedimentos. Na sequência, aparecem Nordeste, com 25%; Sul (13%); Centro-Oeste (9%); e Norte (5%).

Estados

O estado de São Paulo contabiliza nove unidades de transplante e responde por um terço das cirurgias desse tipo no período analisado: 29,9 mil intervenções entre 2012 e 2022. Nas posições subsequentes aparecem Pernambuco (5.770), Minas Gerais (5.696), Paraná (4.946) e Ceará (4.727).
Na outra extremidade do ranking estão Tocantins (145), Acre (237), Rondônia (569), Alagoas (625) e Paraíba (1.115). Em todo o país, 24 estados possuem pelo menos um banco de tecidos oculares na rede pública, exceto Acre, Amapá e Roraima. 

Perfil

Ainda de acordo com o levantamento, o volume de transplantes no Brasil é dividido praticamente ao meio entre homens (50,7%) e mulheres (49,3%). Porém, nas regiões geográficas, essa proporcionalidade muda. Os homens são maioria entre os beneficiados no Norte (59%), Centro-Oeste (56%), Sul (53%) e Nordeste (51%). Apenas no Sudeste, a população feminina apresenta percentual ligeiramente maior, com 51% dos casos. 

Outro ponto destacado é o volume significativo de intervenções nas faixas etárias de 40 a 69 anos (39,2%) e de 20 a 39 anos (27%) o que, para o CBO, demonstra o valor social desse tipo de procedimentos. Outros grupos também são favorecidos, como idosos com mais de 70 anos (25% dos casos) e crianças e adolescentes (8,4%).

Espera

Números do Sistema Nacional de Transplantes (SNT) revelam que, atualmente, há 24.319 pacientes à espera de algum procedimento nas córneas. Em 2020, esse total já era de 16.337 e, em 2021, de 20.134. Os dados se referem a atendimentos feitos no SUS e nas redes privada e suplementar. 
O tempo de espera por um transplante de córnea, segundo o CBO, é de 13,2 meses, em média. O índice, entretanto, varia de acordo com o estado: no Pará, 26,2 meses; no Maranhão, 22,6; no Rio de Janeiro, 21,4; no Rio Grande do Norte, 18,4; e em Alagoas, 17,7. 

Por outro lado, a demora registrada é menor no Ceará (1,2 mês), no Amazonas (2,2), em Santa Catarina (4,9), no Mato Grosso (6,1) e no Paraná (6,5). Para o CBO, o volume de transplantes e a celeridade no atendimento das demandas está diretamente vinculada à existência de uma rede ativa de captação de córneas em cada localidade.

A Agência Brasil pediu posicionamento do Ministério da Saúde sobre o tema e aguarda resposta.

40 minutos. Esse foi o tempo que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) levaram para transportar um coração de helicóptero, do Hospital de Emergência e Traumas Senador Humberto Lucena, em João Pessoa/PB, até Recife/PE. O órgão, que foi captado de um paciente internado no hospital no sábado (13), deve bater agora no corpo de uma outra pessoa que aguardava pelo novo coração na fila de transplante. 

No início da tarde, as equipes da PRF e SAMU foram acionadas para realizar o transporte do órgão entre as capitais. Após a conclusão do procedimento de retirada do coração, o helicóptero saiu de João Pessoas às 16h24 e chegou ao campo do Derby às 17h04.

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De lá, o órgão e a equipe de captação seguiram de ambulância até o IMIP, no bairro dos Coelhos, na região central da capital. O coração chegou preservado para ser transplantado e dar vida nova ao paciente.

Da assessoria

Uma paciente de 46 anos, que aguardava na fila de transplante, recebeu um coração nesse domingo (26), no Recife. O órgão saiu de helicóptero de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, e chegou à capital através da ação conjunta entre o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF). 

Foram 35 minutos para fazer o caminho que levaria cerca de 2h pela estrada. Dois médicos acompanharam todo o procedimento para garantir a conservação do órgão doado por um homem de 39 anos.

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A decolagem ocorreu por volta das 17h35 e o pouso ocorreu no campo do Derby, na área Central da capital. Uma ambulância realizou o translado até o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip).  

 

 

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) anunciou nessa sexta-feira, 30, a incorporação de seis novos itens no rol de coberturas obrigatórias para planos de saúde. As mudanças devem entrar em vigor na segunda-feira, 3, quando serão publicadas no Diário Oficial da União. Passam a ser obrigatoriamente cobertos pelos planos de saúde o transplante de fígado e cinco medicamentos, para o tratamento de câncer colorretal e infecções hospitalares fúngicas.

Os pacientes com doença hepática e plano de saúde que forem contemplados com a disponibilização do órgão pela fila única do Sistema Único de Saúde (SUS) terão o transplante custeado pelo plano. Para assegurar a cobertura da cirurgia conforme a situação do paciente na fila e com os processos definidos pelo Sistema Nacional de Transplantes, foram realizados ajustes no Anexo I do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde.

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As alterações preveem o acompanhamento clínico-ambulatorial, período de internação necessário e testes PCR para detecção do citomegalovírus (CMV) e do vírus Epstein Barr (EBV), infecções virais comuns em pessoas recém transplantadas que precisam ser monitoradas nesses pacientes.

Atualmente, cerca de 37 mil pacientes aguardam na fila por transplante e 2.030 delas esperam um fígado. O transplante desse órgão é o segundo na lista, depois do de rim, que é uma necessidade para 33.990 brasileiros. Conforme o Ministério da Saúde, o Brasil conta com o maior programa público de transplante de órgãos, tecidos e células do mundo, já que cerca de 88% dos transplantes no país são financiados pelo SUS.

Além do transplante de fígado, a Diretoria Colegiada da ANS também aprovou a inclusão no rol do medicamento Regorafenibe, usado no tratamento de pacientes com câncer colorretal avançado ou metastático. Segundo a ANS, as inclusões cumpriram os requisitos previstos em norma e passaram por análise após terem sido apresentadas pelo processo de avaliação continuado da agência, o FormRol.

Elas também foram discutidas em reuniões do Comitê Permanente de Regulação da Atenção à Saúde (Cosaude) realizadas entre os meses de junho e setembro e foram tema de consulta pública em agosto.

Profissionais cuidam de paciente na UTI do Hospital Emílio Ribas, em São Paulo

Planos de saúde: veja o que muda com a lei que derruba rol e obriga cobertura fora da lista da ANS

Outros quatro medicamentos foram incorporados ao rol da ANS, com o embasamento da lei que determina a inclusão de tecnologias recomendadas pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) e que tenham portarias de incorporação ao SUS publicadas pelo Ministério da Saúde.

Trata-se de antifúngicos injetáveis que, segundo a agência, possibilitam a desospitalização de pacientes em um contexto de aumento de micoses profundas graves resultantes da pandemia de covid-19.

Os quatro itens são o Voriconazol, para pacientes com aspergilose invasiva; Anfotericina B lipossomal, para tratamento da mucormicose na forma rino-órbito-cerebral; Isavuconazol, para tratamento em pacientes com mucormicose; e Anidulafungina, para o tratamento de candidemia e outras formas de candidíase invasiva.

A ANS informou que essa é a 13ª atualização do rol em 2022. Até o momento, foram incorporadas a cobertura obrigatória de 12 procedimentos e 25 medicamentos, além de ampliações para pacientes com transtornos de desenvolvimento global, como o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Os limites para consultas e sessões de psicologia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e fisioterapia foram suspensos, desde que tenham indicação médica.

O Hospital São Luiz, da Rede D'Or, em São Paulo, fez nesta semana uma cirurgia inovadora, que começa a ganhar espaço em unidades de referência no Brasil: um transplante renal entre duas pessoas vivas (pai e filha) executado parcialmente por um robô. O responsável pela cirurgia foi o médico Rodrigo Vianna, da Universidade de Miami, que veio ao País para o procedimento. Com o uso do equipamento, o procedimento antes complexo se torna cada vez mais simples e bem menos invasivo.

O robô foi usado para retirar o órgão da doadora. Como a intervenção é bem menos invasiva do que o procedimento realizado por humanos, ela sentiu pouca dor, praticamente não sangrou e teve alta no mesmo dia, algumas horas depois do procedimento. O receptor teve alta nesta quarta. A previsão dos especialistas é realizar nos próximos 30 dias um transplante semelhante. Mas, desta vez, será executado inteiramente pelo robô - tanto a retirada do órgão quanto o transplante.

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Num futuro não muito distante, com a estabilidade da rede 5G, o procedimento poderá até mesmo ser feito a distância. No caso de Rodrigo Vianna, por exemplo, ele poderia continuar operando pacientes no Brasil sem sair de Miami. No procedimento com o robô Da Vinci, o médico não se aproxima do paciente. Ele está na mesma sala de cirurgia operando uma espécie de joystick que passa as instruções ao robô. O médico acompanha a cirurgia por vídeo.

O Da Vinci melhora o desempenho do cirurgião, porque proporciona movimentos mais amplos. Chega a 360 graus de rotação e possibilita uma atuação mais precisa. As imagens em 3D com aumento de até dez vezes permitem ao médico visualizar melhor a anatomia dos vasos e estruturas do órgão.

No procedimento realizado esta semana, o robô fez uma pequena incisão na paciente pela qual retirou o rim saudável com pinças. Segundo especialistas, as intervenções feitas pelo robô são muito mais precisas do que quando feitas pelas mãos humanas. É o caso da cirurgia tradicional e também da laparoscopia.

Em seguida, o rim foi transplantado para o pai da paciente, que estava no mesmo centro cirúrgico, mas por meio de um procedimento cirúrgico tradicional.

Em conversa na noite de segunda-feira, pouco antes de ir para casa, Patrícia Tamada, de 34 anos, relatou estar feliz com o resultado da cirurgia, que terminara algumas horas antes. "Eu saí do centro cirúrgico não tem nem dez horas, já fiz três refeições. Não estou sentindo dor, estou andando e já estou pronta para ir para casa", contou a consultora de TI.

Desde 2018, transplantes renais com o robô Da Vinci já foram feitos no Hospital Pedro Ernesto, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), no CopaStar, da própria Rede D’Or, e no Hospital São Lucas. Os três ficam no Rio.

O robô também já foi usado no Hospital Brasília, no Distrito Federal, e no Hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte. "Devido ao custo e à complexidade, não é uma cirurgia muito praticada", explica Rodrigo Vianna. "Mas no caso dos transplantes, ela traz muitas vantagens. O braço do robô, além de propiciar um corte muito mais preciso (faz movimentos que a mão humana não faz), ele não exerce pressão. Com isso, o paciente sente menos dor e consegue ter alta precocemente", afirma.

Em 90% dos casos, segundo ele, o doador consegue ter alta em menos de 24 horas, sem sentir dor na incisão e já caminhando. "No procedimento tradicional, ele fica internado de dois a três dias. Isso é um grande incentivo para a doação de órgãos", acrescenta o especialista. Como o rim é extraído pelo robô com cortes muito precisos e praticamente sem manipulação, o transplante (mesmo com o método cirúrgico tradicional) é também menos traumático. No caso da cirurgia desta semana, o paciente teve alta na quarta-feira, apenas 48 horas depois do procedimento.

"Nunca achei que fosse possível ver uma doação assim, do jeito que eu vi hoje. Queremos mostrar que esta técnica já existe e está disponível no Brasil", afirmou o nefrologista Bráulio Martins, médico de Patrícia e de seu pai, Mário Tamada, de 61 anos, que sofria de insuficiência renal crônica. "Os próprios convênios podem pagar, é um direito do paciente. A medicina deve ser para todos, não privilegiar os ricos, então estamos mostrando que essa técnica é uma opção."

PREÇO

O hospital não informou o custo do procedimento com o robô, mas ele ainda é mais caro do que a cirurgia convencional. Entretanto, com a redução significativa do tempo de internação do doador e do receptor e a consequente redução do risco de infecção hospitalar, o procedimento deve ficar mais acessível em pouco tempo.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um drone realizou voos de teste em Antuérpia, no leste da Bélgica, para transportar tecidos humanos de um hospital para outro, uma experiência inédita na Europa que pode economizar um tempo precioso em operações.

O dispositivo, pilotado pela empresa flamenga Helicus, decolou na terça-feira de um edifício da rede hospitalar ZNA e pousou quatro minutos depois no telhado do edifício Sint-Agustinus dos hospitais GZA, a 800 metros de distância.

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Dentro de um tubo preso ao drone havia um recipiente com tecido humano potencialmente cancerígeno que precisava ser analisado no laboratório do segundo centro.

Esse voo de teste, seguido por outros três ao longo do dia, é inédito em solo europeu: por enquanto, a Helicus é a única empresa que recebeu autorização de Bruxelas para voar drones para fins médicos sobre uma cidade e pilotado remotamente, fora do campo de visão do operador.

Os testes, realizados com um dispositivo da fabricante belga SABCA, não esperaram a aprovação de um novo regulamento europeu que deverá chegar em 2023 para generalizar este meio de transporte de tecidos humanos.

A Helicus aposta em seu desenvolvimento comercial e com a realização de voos regulares a partir de 2024.

"A grande vantagem dos drones é que combinam velocidade, reduzindo o tempo médio de transporte, e regularidade, pois garantem confiabilidade logística", explica Mikael Shamim, presidente da Helicus, à AFP.

Os dirigentes dos grupos hospitalares ZNA e GZA preparam-se para a entrada em vigor da nova lei.

"Os tempos de entrega são vitais e a ausência de tráfego aéreo garante uma duração de voo confiável", diz Els van Doesburg, presidente da ZNA, observando que os tempos de viagem podem ser reduzidos pela metade.

Os quatro laboratórios das duas redes hospitalares realizam 1.200 exames por ano durante operações médicas que devem ser analisadas com urgência para detectar células cancerígenas e assim determinar como a intervenção continua.

"Os resultados devem ficar prontos em 30 minutos no máximo", especifica a patologista dos hospitais da GZA, Sabine Declercq.

Por enquanto, apenas o transporte de amostras para análise está na mesa, mas a Helicus já cogita a possibilidade de transportar sangue e até órgãos para transplantes.

Embora isso possa levar anos: com mais volume, elementos de refrigeração teriam que ser adicionados ao aparelho, lembra Shamim.

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