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Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) confirma que metade das cidades do Brasil está com a ocupação de leitos de UTI gerais e destinados à Covid-19 acima de 90%.

Já 15% afirmaram estar acima de 80%; 14% entre 60% e 80%; 8% abaixo de 60% de ocupação. O levantamento ocorreu entre os dias 21 e 24 de junho e ouviu 2.747 gestores municipais - o que corresponde a 49% dos 5.568.

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A CNM aponta ainda que o Sul e o Sudeste são as regiões com a situação mais crítica. O Estado do Mato Grosso do Sul, no entanto, no Centro-Oeste, é o que apresenta maior percentual de municípios com ocupação acima de 95%.

Em relação ao número de novos casos de Covid-19, 28% dos municípios apontaram aumento nesta semana; 39% afirmaram que se manteve estável; 30% queda; e 2% destacaram que não houve novos casos confirmados.

Quanto ao óbito pela doença, 1.043 Municípios (38%) afirmaram não ter ocorrido nenhum caso. Já 20% apontaram aumento; 29% estabilidade; e 12% queda. Medidas restritivas de circulação de pessoas ou de atividades econômicas se mantêm em 76% das cidades.

A taxa de ocupação de UTIs em Pernambuco atingiu a marca de 79% nesta quinta-feira (24), registrando o menor índice desde 24 de novembro de 2020. No momento, há 368 leitos de terapia intensiva disponíveis para pacientes de Covid-19 em todo o Estado, o que significa que não há mais fila de espera por vagas. O Estado tem, atualmente, 1.812 leitos ativos de UTI, sendo a sexta maior rede do país e a maior de todos os Estados das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

“A caminhada foi longa até aqui e ainda temos muito o que avançar. Só que é fundamental destacar esse momento porque ele é fruto de muito trabalho e dedicação, sobretudo dos nossos profissionais de saúde e de todos que têm feito a sua parte, usando máscara, evitando aglomerações e mantendo as mãos higienizadas”, disse o governador Paulo Câmara, em pronunciamento divulgado nesta quinta.

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O Governo de Pernambuco destaca que o estado tem a segunda menor taxa de mortalidade em decorrência do novo coronavírus no Brasil em 2021, ficando atrás apenas do Maranhão. O ranking é publicado semanalmente pela Organização Panamericana da Saúde (OPAS), entidade ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS).

Vacinas

O governador também ressaltou, no pronunciamento, a chegada de mais vacinas a Pernambuco. Estão programadas para esta quinta as entregas de 117 mil doses da Coronavac, 94 mil doses da Pfizer e 62 mil doses da Janssen, que chega pela primeira vez ao Estado. Por ser um imunizante de dose única, a vacina será distribuída em cidades estratégicas – Recife, Caruaru, Garanhuns, Arcoverde, Serra Talhada e Afogados da Ingazeira – onde há mais contaminação.

Com informações da assessoria.

O secretário estadual de Saúde, André Longo, anunciou durante coletiva online nesta quarta-feira (23), que Pernambuco teve uma redução de 15% no número de solicitações de leitos de UTI. Segundo ele, com isso, pela primeira vez em sete meses - desde novembro do ano passado -, a taxa de ocupação dos leitos de terapia intensiva atingiu o patamar de 80%. 

Até na 3ª Macrorregião, que engloba parte do Sertão e tem como sedes as cidades de Arcoverde, Afogados da Ingazeira e Serra Talhada, Sertão de Pernambuco, a mais preocupante, também houve queda nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). A redução foi de 21% em uma semana e 23% em 15 dias.

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Apesar da tendência de queda nos indicadores, André Longo ressaltou que a população precisa ficar atenta para evitar um novo recrudescimento da doença e alertou para os cuidados durante os festejos juninos.

“Apesar de animadores, os indicadores não significam que vencemos a pandemia. O vírus continua entre nós e, neste momento, 1.750 pessoas estão internadas, lutando pela vida em leitos de UTI das redes pública e privada", disse.

O secretário alertou sobre a falta de cuidado durante o período junino. Assim como já vimos em outros momentos, o comportamento negligente no São João poderá cobrar seu preço. Comemore com segurança, porque só protegendo a vida poderemos superar a pandemia e seguir em frente”, completou Longo.

O Governo de Pernambuco inaugurou nesta sexta-feira (18), 10 novos leitos de UTI no Hospital Regional Inácio de Sá, no município de Salgueiro, Sertão do Estado. Dos leitos inaugurados, sete são neonatais e três pediátricos.

As vagas são destinadas para o atendimento de pacientes que apresentam a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), incluindo a Covid-19. O poder estadual afirma que o suporte intensivo para esta faixa etária é o primeiro da região.

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"Os leitos de terapia intensiva já começam a ser disponibilizados para transferência e admissão de pacientes na noite desta sexta-feira (18), pela Central Estadual de Regulação de Leitos, setor responsável pela distribuição das vagas nas unidades de saúde vinculadas ao SUS. Com essa estrutura, esperamos proporcionar as condições necessárias para a internação dos bebês e crianças mais graves", afirma a secretária-executiva de Atenção à Saúde da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), Cristina Mota.

No início da semana a Secretaria Estadual de Saúde realizou a instalação de um novo tanque de oxigênio, proporcionando que o armazenamento do gás medicinal passasse de 3.960 m³ para 9.780³. A Secretaria aponta que a unidade também foi equipada com 10 novos respiradores, 10 monitores multiparâmetro de sinais vitais, 40 bombas de infusão hospitalares e 7 incubadoras e 3 camas pediátricas.

Com esta inauguração, o Hospital Regional Inácio de Sá passa de 122 leitos para 135 leitos, sendo 5 de UCI Neonatal; 20 UTI SRAG adulto; 10 UTI Neonatal e pediátrica. Atualmente, são cerca de 2,5 mil vagas de UTI em todo o Estado, somando os leitos dedicados para a Covid-19 e os destinados às demais enfermidades.

Nesta quinta-feira (17), o governador Paulo Câmara (PSB) anunciou que Pernambuco zerou a fila de espera por vagas de UTI. Esse resultado foi alcançado pela primeira vez em quatro meses. O governador garante que a ocupação dos leitos de UTI ficou em 87%.

Câmara diz que isso só foi possível por conta das medidas restritivas intensificadas no Estado a partir do dia 7 de dezembro de 2020, além do avanço da vacinação e da expansão da rede de UTIs.

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Mesmo zerando a fila de espera por leitos, Paulo Câmara pede que a população continue usando máscara e evite aglomerações. Ele também fez um alerta para a necessidade da imunização. 

“É muito importante observar o calendário e tomar a segunda dose da vacina. Vamos fazer um grande esforço, em parceria com os municípios, para completar a imunização de quem só recebeu a primeira dose”, finalizou.

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LeiaJá também

-> Pernambuco ultrapassa 17 mil mortes pela Covid-19

O ex-goleiro Aranha, de 40 anos de idade, foi internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), nesta quarta-feira (9), com Covid-19. De acordo com informações do UOL, o ex-atleta está no Hospital das Clinicas, em Pouso Alegre, Minas Gerais, em uma situação considerada complicada, com 50% dos pulmões comprometidos.

Aranha passou por diversos clubes do futebol brasileiro. O último deles foi o Avaí, em 2018, quando pendurou ‘as luvas’. Durante sua carreira, jogou a maioria do tempo na Ponte Preta, também defendeu Santos, Palmeiras, Atlético-MG e outros.

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Ele também é lembrado pelo simbolismo na luta por igualdade social, por ter sido atacado no estádio por uma torcedora do Grêmio, sendo chamado de macaco, quando defendia o Santos em 2014. O jogo na Arena em Porto Alegre era válido pela Copa do Brasil.

Pela primeira vez depois de ter conseguido reduzir os números da pandemia com o fechamento total das atividades, a cidade de Araraquara, no interior de São Paulo, voltou a atingir nesta terça-feira (8) índice de Covid-19 suficiente para a decretação de um novo lockdown.

De 563 amostras analisadas, 21,13% deram positivo para o coronavírus. Se o índice acima de 20% for mantido por mais dois dias, o fechamento das atividades será automático, segundo decreto municipal. É também a primeira vez nos últimos 90 dias que a cidade volta a ter pacientes à espera de leitos de UTI.

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Araraquara decretou lockdown de dez dias em fevereiro deste ano e conseguiu uma grande redução nos casos da doença. Agora, volta a viver um novo pico da pandemia e está em situação de alerta máximo, segundo o prefeito Edinho Silva (PT).

"Nossa situação, infelizmente, é gravíssima. Hoje (terça-feira, 8), Araraquara alcançou pela primeira vez o índice que estabelece o fechamento das atividades em nossa cidade. Se ficar assim por mais dois dias, haverá o fechamento automático. É hora de termos consciência, pois ainda dá para evitar", disse.

De acordo com o decreto municipal, também fecham as atividades, inclusive as essenciais, se os testes positivos em indivíduos sintomáticos ultrapassarem 30% por três dias consecutivos ou cinco dias alternados durante uma semana. Esse índice chegou a 28,32%, muito próximo do limite.

O fechamento será de no mínimo sete dias. A cidade contabiliza 197 pacientes internados, sendo 93 em UTI. "Pela primeira vez em 90 dias estamos com pacientes na UPA da Vila Xavier, inclusive dois intubados, aguardando leitos e não temos leitos para oferecer a eles", disse o prefeito.

Segundo a prefeitura, do total de doentes internados, 89 são pacientes de outros municípios e foram transferidos para hospitais da cidade, sendo que 46 estão em UTI. Apesar de não ter registrado óbitos nas últimas 24 horas, Araraquara já soma 457 mortes decorrentes de covid-19.

"Essa situação vai significar em questão de dias uma pressão absurda sobre nossos leitos e principalmente sobre a ocupação de UTI", disse. Silva voltou a fazer apelo para que a população se previna. "Água e sabão, não aglomerar e usar máscara são medidas simples que podem evitar que Araraquara feche."

A cidade foi a primeira a adotar um lockdown rigoroso para controlar a pandemia, quando o sistema de saúde entrava em colapso, em fevereiro deste ano. Na época, já havia sido detectada a circulação da variante P1 de Manaus no município.

O fechamento, que incluiu a suspensão do transporte público e toque de recolher, trouxe alívio na lotação hospitalar. Semanas depois, tinha acontecido queda de 58% na média móvel diária de pessoas contaminadas, de 31% nas internações e de 40% nas mortes. A cidade passou a ser apontada como exemplo de lockdown que deu certo.

MP recomenda lockdown em Presidente Prudente

Em Presidente Prudente, também no interior paulista, o Ministério Público Estadual recomendou que a prefeitura decrete lockdown de 15 dias para frear o avanço da pandemia.

De acordo com o promotor de justiça Marcelo Creste, que assina o documento, a região apresenta taxa de ocupação de UTI acima de 96% há várias semanas e a disseminação do vírus está aumentando. Segundo ele, alguns hospitais de Presidente Prudente têm ocupação de até 120% e, na região, 27 pacientes aguardam transferência para UTI, cinco em estado gravíssimo.

A prefeitura informou que o prefeito Ed Thomas (PSB) se reuniu nesta terça-feira, 8, com prefeitos que integram a União dos Municípios do Pontal do Paranapanema (Unipontal) e houve decisão unânime para o reforço nas medidas restritivas, mas sem lockdown.

"O que a gente solicita ao Ministério Público e ao DRS-11 (departamento regional de saúde do governo estadual) é ajuda para testagem, medicamentos, hospital de campanha e recursos para nossa cidade, que foi a mais fechada desde o ano passado. Buscamos para Prudente uma proteção contra o vírus e uma proteção para nossa economia", disse.

O cantor Jhean Marcell, do grupo Br'oz, deixou da UTI do hospital onde está internado, em Uberlândia, Minas Gerais, em decorrência das complicações da Covid-19.

No Instagram, ele confirmou a notícia, afirmando que está no quarto do hospital e ainda deu detalhes sobre a recuperação:

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"Queridos amigos, o que seria da minha vida sem vocês e Deus. Quero agradecer as orações e que não parem. Já estou no quarto com oxigênio a 3%, com a saturação entre 94% e 97%. Qualquer movimento, como um simples xixi é extremamente desgastante", escreveu ele.

O artista ainda falou qual a lição que tira do momento delicado que está vivendo:

"E o que eu estou aprendendo com tudo isso? Deem valor em cada passo, cada gesto. Deem valor ao oxigênio, deem valor aos momentos com seus filhos e amigos, deem valor ao amor puro. O resto é resto. Amo vocês do fundo do meu coração", finalizou.

O extrato de própolis se tornou base para mais um estudo científico, desta vez, como substância capaz de reduzir a internação de pacientes com Covid-19. O trabalho publicado no periódico acadêmico Biomedicine & Pharmacotherapy, comparou o desempenho do anti-inflamatório em 124 pessoas hospitalizadas com a doença, um terço recebendo o tratamento-padrão, o restante recebendo a mais um extrato de própolis. Segundo o artigo, os resultados foram positivos, apesar do número de pacientes avaliados ainda ser reduzido em comparação aos testes de outras terapias de suporte.

A pesquisa é uma parceria entre a Apis Flora, empresa brasileira do segmento de própolis, mel e extratos de plantas medicinais, o Idor (Instituto D'Or de Pesquisa e Ensino), o Hospital São Rafael, de Salvador, e o departamento de genética da Universidade de São Paulo (USP). Na sua primeira versão, publicada na plataforma MedRxiv, no dia 9 de janeiro, o artigo ainda não tinha passado por revisão, mas o texto atual foi enviado, revisado e aceito pelo Science Direct ainda em março.

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Segundo o estudo, os 124 pacientes hospitalizados Covid-19 foram randomizados em três grupos. Foram fornecidos 400 ou 800 mg de própolis verde brasileira padronizada por dia, ao que o tratamento adjuvante com própolis previa a alta hospitalar em cinco a seis dias. A dose de 800 mg de própolis reduziu os danos renais associados à Covid e assim, o própolis se mostrou seguro e eficaz como tratamento adjuvante.

“O desfecho primário foi o tempo até a melhora clínica, definido como o tempo de internação hospitalar ou a duração da dependência da oxigenoterapia. Os desfechos secundários incluíram lesão renal aguda e necessidade de terapia intensiva ou drogas vasoativas. Os pacientes foram acompanhados por 28 dias após a admissão”, explica o artigo.

No entanto, comentários dentro da comunidade científica apontam limitações na pesquisa. Para o infectologista José Neto, da Universidade de Pernambuco (UPE/Oswaldo Cruz), a análise da Apis Flora junto às instituições de ensino foi pequena e se trata de uma amostra isolada no Brasil. Outras observações indicam que a inexistência do uso de placebo em algum dos grupos acompanhados também influencia nos resultados da amostra. Além disso, os médicos sabiam quem recebia o adicional de própolis, o que aumenta o risco de vieses.

“Por enquanto, cientificamente validado como terapia de suporte para Covid-19 é a corticoterapia para doentes com necessidade de oxigênio. Outra droga parcialmente validada (pois há algumas controvérsias) é o tocilizumabe, um imunomodulador que regula a fase inflamatória grave da doença em pacientes internados também. Própolis não consta nas nossas discussões e prática diárias”, explica o especialista, em entrevista ao LeiaJá, falando da sua experiência atual como plantonista em UTI de Covid-19 em um hospital particular no Grande Recife.

Ainda segundo o médico, a corticoterapia utilizada pelo período de 10 dias reduz mortalidade em pacientes internados com a Covid e que necessitam de oxigênio suplementar. No começo da pandemia, a corticoterapia foi considerada controversa na comunidade científica, tendo sido até rejeitada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e recebido artigos contrários em cadernos importantes como o Lancet.

Posteriormente, os estudos com corticoides foram ganhando maior espaço e se tornando positivos sob parte das lentes científicas. Em junho de 2020, um ensaio clínico randomizado importante, realizado pelo grupo RECOVERY, comparou os efeitos do uso de doses baixas de dexametasona (6 mg por via oral ou parenteral) por 10 dias em 2.104 pacientes com Covid-19 em múltiplos centros hospitalares do Reino Unido.

O ensaio revelou que o uso de dexametasona diminuiu a mortalidade em um terço dos doentes sob ventilação mecânica, e em um quinto entre pacientes sob oxigenioterapia não invasiva. Não houve diferença entre os pacientes que não necessitaram de suporte ventilatório.

Já o uso do tocilizumabe, um anti-inflamatório moderno, apresenta vantagens e desvantagens niveladas, o que inflama as opiniões de especialistas. O infectologista José Neto explica que o uso é feito sob ressalvas.

“O uso de tocilizumabe é controverso, ainda não existe consenso. Deve ser avaliado caso a caso. É uma droga imunomoduladora que age inibindo a ação de alguns fatores inflamatórios. É utilizado em pacientes com aumento progressivo da demanda por oxigênio suplementar, com risco de intubação, mas não deve ser usado em doentes com infecção bacteriana associada, pelo risco de piora infecciosa”, concluiu o plantonista.

Funcionalidades do própolis, potencial terapia de suporte no combate à Covid

Apesar das inconsistências, o estudo brasileiro com o própolis avança e passa por atualizações no caderno científico. O resultado positivo é considerado promissor e deve influenciar outras pesquisas no mesmo âmbito. O que se sabe até agora é que o extrato de própolis continua a ser utilizado, tendo destaque para as suas propriedades naturais, que já são famosas pelas ações no sistema imunológico e pelo combate às inflamações. Porém, o própolis não é eficaz contra a Covid-19 em casos moderados ou graves, e também não combate nenhuma outra doença inflamatória nesses níveis de gravidade.

Assim como no estudo, ele deve ser visto como um tratamento adjuvante, que ocorre em paralelo ao tratamento principal. Tratamentos de suporte não são tratamentos essenciais, modificadores de mortalidade, mas podem ajudar no controle de sintomas e melhora do desfecho clínico.

Até hoje, são notificadas três variedades de própolis, a verde — utilizada no estudo brasileiro — sendo a mais estudada. Para ela, já foram descobertas ações anti-inflamatórias e de controle da glicemia no diabetes, sempre como coadjuvante. A marrom, rica em flavonoides (compostos vantajosos à saúde), foi capaz de eliminar bactérias em testes com células isoladas. A vermelha é mais recente, encontrada em 2006 no literal nordestino e ainda passa por estudos aprofundados.

Utilizado há séculos pelos povos antigos, o própolis possui diversas propriedades medicinais. O extrato deste hormônio vegetal é naturalmente produzido pelas abelhas para proteger as colmeias de fungos e bactérias, fazendo um papel similar com o que os anticorpos desempenham em nosso organismo.

A substância tem a capacidade de regular e estimular o sistema imunológico, provocando uma "limpeza" no corpo. Além das funções mais conhecidas, ele pode ser um potente anticancerígeno. O professor do curso de biomedicina do Centro Universitário Maurício de Nassau (Uninassau), Jorge Belém, resume as funcionalidades do extrato, que atua em diversas áreas da medicina, como insumo principal ou de suporte.

"O própolis é rico em polifenóis, que atuam como antioxidantes, mas também possui outras propriedades, como antimicrobiana, anti-inflamatória e ajuda a tratar pele, saúde bucal, auxiliando positivamente no combate a diversos cânceres, por exemplo", afirmou Belém.

Nos últimos anos, estudos comprovaram a sabedoria popular antiga e atestaram suas múltiplas atividades biológicas, como sua ação anti-inflamatória e imunoestimulante. Com a crise sanitária causada pela pandemia do Covid-19, a busca por uma alimentação mais saudável e a importância de manter o sistema imunológico fortalecido fez com que o consumo deste produto aumentasse consideravelmente.

O menino Eitan, único sobrevivente da queda de um teleférico no norte da Itália na semana passada, recebeu alta da UTI nesta terça-feira (1º) e foi transferido para um leito de enfermeira.

Com cinco anos de idade, Eitan teve sua família dizimada pela tragédia de 23 de maio. Entre os 14 mortos no acidente estão os pais do menino, Amit Biran e Tal Peleg; seu irmão mais novo, Tom, de dois anos; e seus bisavós maternos, Itshak Cohen e Barbara Konisky.

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O menino é acompanhado por sua tia Aya, que deve assumir sua guarda. A família de Eitan é de origem israelense, mas vivia na Itália havia vários anos.

A tragédia do teleférico de Stresa-Mottarone aconteceu no dia 23 de maio, quando o cabo de tração se rompeu e fez a cabine recuar em alta velocidade até se chocar contra um pilar.

Em seguida, ela caiu de uma altura de 20 metros e deslizou montanha abaixo até parar em um bosque. Três responsáveis pelo teleférico chegaram a ser presos preventivamente, mas dois deles, Enrico Perocchi e Luigi Nerini, foram soltos no último sábado (29), enquanto o terceiro, Gabriele Tadini, foi colocado em detenção domiciliar.

Já se sabe que um sistema que impedia o acionamento dos freios de emergência tinha sido deixado no teleférico de propósito para evitar seu fechamento devido a problemas técnicos presentes havia vários dias.

No entanto, os investigadores ainda tentam descobrir o que causou o rompimento do cabo de tração.

Da Ansa

O mês de maio tem registrado os índices mais preocupantes relacionados à infecção e internação por Covid-19 em Pernambuco desde o início da pandemia. Com ocupação dos leitos de UTI acima dos 90% e uma nova alta que superlota as unidades de saúde no Agreste, o Estado chegou a um novo recorde na terceira semana de maio, tendo registrado 3.969 novos casos em 24h, no último dia 21. Apesar de, nos dias consecutivos, os registros terem ficado na casa dos dois mil casos, foi nesta sexta-feira (28) que houve a primeira queda significativa nas nofiticações diárias após semanas: 736 novos contaminados, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE). Esse quadro compõe os quase 60.400 casos ativos da Covid, notificados pela SES-PE.

No total, são 15.657 mortos pela Covid-19 em Pernambuco. A fila de espera e internações em leitos de UTI também registraram novos recordes na última terça-feira (25). Eram 2.054 pacientes, sendo 1.686 internados e 357 na fila de espera. De acordo com a última atualização da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag-PE), ontem (27), eram 414 pacientes esperando por um leito, sendo 100 para a enfermaria e 314 para a UTI. No mesmo mês, em 2020, o Estado bateu recorde de 275 pessoas na fila de espera por um leito de UTI e, no dia 11 de maio, as autoridades sanitárias do Governo decretaram lockdown na capital, região metropolitana e cidades do interior e Agreste.

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Desde a quarta (26) até o próximo dia 6, as regiões administrativas de Pernambuco passam por um novo período de aplicação mais rígida das medidas restritivas, para tentar conter o avanço da Covid-19. As medidas mais severas são válidas para 65 municípios do Agreste, enquanto cidades do Sertão, Recife e RMR passam por normas mais brandas.

Para o médico infectologista e mestrando em Saúde Pública da Fiocruz, Bruno Ishigami, as atuais medidas restritivas têm se mostrado paliativas e pouco eficazes para conter o vírus em Pernambuco. O especialista que trabalha na linha de frente, atuando também no Hospital Oswaldo Cruz, emite alertas diariamente em suas redes sociais e, em entrevista ao LeiaJá, expõs suas preocupações enquanto profissional de saúde.

“Precisamos de medidas mais rígidas. Não vi grandes estudos sobre essa forma de restrição, que parte importante do Brasil tem adotado, que é restringir o funcionamento noturno e aos fins de semana. Claro que tem impacto, pois diminui a circulação das pessoas. Economicamente é ruim, porque acaba se prolongando por muito tempo medidas restritivas nocivas à economia. Os estudos que saem sobre isolamento social falam em lockdown mesmo, fechar tudo e deixar somente os serviços essenciais. Assim se consegue fazer uma restrição um pouco mais curta, mas com impacto populacional maior, onde se conseguiria diminuir a cadeia de transmissão do vírus”, pontua o médico.

Até a segunda semana de novembro de 2020, eram 9.380 casos ativos em Pernambuco, e desde então, não houve quedas significativas. Em 8 de janeiro deste ano, já eram mais de 23 mil. Um mês depois, chegavam a 30 mil. Durante todo o mês de abril, o número de pacientes com a doença em curso manteve uma média de 45 mil. Na primeira quinzena de maio, 50 mil, e agora, dez dias depois, mais de 60 mil casos.

Para Ishigami, fechar estabelecimentos, centros comerciais e áreas públicas compartilhadas de lazer à noite e aos fins de semana não é suficiente, pois durante a semana a população tem acesso a todos esses espaços, além de precisar conviver com o transporte público lotado diariamente.

“Defendo que as medidas atuais não têm sido suficientes. Desde fevereiro usamos essas medidas e desde fevereiro mantemos a taxa de ocupação de UTIs acima de 90%, com crescente na média móvel de casos. As medidas não conseguem conter os danos da pandemia no Estado de forma satisfatória. Ainda tem muita gente se contaminando e muita gente precisando de internação”, continua, no mesmo tópico.

O infectologista também chama a atenção para o recorde de risco de contaminação, registrado pelo diagrama de risco do Instituto para Redução de Riscos e Desastres em Pernambuco (IIRD). Segundo a organização, que atualizou o gráfico de sete dias na última terça (25), o Estado já ocupa a zona vermelha, que representa alto grau de infecção, há semanas.

Bruno também destaca que as informações sobre a Covid-19 em Pernambuco foram enviadas em relatório de sintomas para a iniciativa de pesquisa do Facebook em parceria com a universidade de Maryland, nos Estados Unidos. Segundo as organizações, é possível prever piora nos internamentos com antecedência de aproximadamente 15 dias e no último boletim lançado o Estado bateu recorde de sintomas relatados. O especialista teme que essa fase vermelha ainda possa apresentar uma piora.

“Minha grande preocupação são as variantes novas. A partir do momento que a gente tem uma taxa de transmissão tão alta e uma pequena parcela da população vacinada, se favorece o surgimento de variantes, na teoria, resistentes à vacina. Como no Brasil a gente não tem uma análise genômica dos vírus circulantes de forma satisfatória, se surgir uma variante nova, a gente vai demorar muito a descobrir. Quanto mais vírus circulante, maior a multiplicação viral, maior a possibilidade de mutação e maior a possibilidade de variantes mais resistentes”, elucida Bruno Ishigami.

Já mapeando a presença de diversas variantes, o Brasil acompanha em maior evidência três variantes com casos confirmados em território nacional. São elas a P1, cujo primeiro caso aconteceu o Japão; a P4, registrada no interior de São Paulo; e uma nova cepa, mais letal e mais preocupante, conhecida como a variante indiana, que já possui oito casos ativos mapeados e confirmados pelo Ministério da Saúde nesta quinta-feira (27).

Para o mestrando, também não tem sido possível confiar no ritmo de vacinação, que é lento no Estado. “Não dá para contar com a vacinação como a principal estratégia para conter a pandemia, pois vacinamos pouco. Pernambuco vacinou com as duas doses menos de 10% da população e isso não é suficiente”, comenta. Até a quinta (27), Pernambuco aplicou 2.656.224 doses da vacina contra a Covid-19, das quais 1.751.942 foram primeiras doses. Em relação à segunda dose, são 904.282 pessoas que já finalizaram a imunização necessária.

Quanto à chamada terceira onda de casos, divergente dentro da comunidade médica, Ishigami não se mostra adepto ao termo, pois acredita que ainda vivemos o primeiro momento da pandemia.

“Falar em terceira onda é um tanto polêmico. Observando a curva de casos e ocupação de leitos de UTI no Estado, nunca saímos da primeira onda. A gente deu uma diminuída no meio do ano passado, mas desde outubro os casos estão crescendo, assim como a ocupação de leitos. Aqui no Brasil não dá para falar em ondas, pois em momento algum conseguimos diminuir a quantidade de novos casos de forma significativa como foi na Europa”, completou.

Por último, o infectologista recomenda cuidado e seriedade ao considerar o assunto.  “Usem máscara de qualidade (PFF2), priorizem ambientes abertos e bem ventilados, evitem contato com pessoas que não são do seu convívio e só saiam de casa apenas para o que for essencial”, apela.

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A pandemia de covid-19 afetou vários setores da saúde. Um desses, o odontológico e de franquias odontológicas, foi bastante prejudicado, principalmente pelo fato de haver contato direto entre os especialistas e os pacientes, por meio até de saliva e sangue. Apesar de não ficarem completamente paralisados, os dentistas tiveram que buscar caminhos para manter suas receitas.

“Nós tivemos que nos adaptar às novas regras para atender os pacientes; não têm  diferenças entre os atendimentos de conveniados e os de particulares. A diferença entre agora e antes da pandemia é que os conveniados precisavam de uma perícia presencial, para autorização de certos procedimentos, além de haver a necessidade de um tempo maior entre as consultas. O consultório é higienizado e desinfetado, para que haja maior segurança aos pacientes e profissionais e para evitar a contaminação e a infecção de quem estiver presente", afirma Santana Miranda, odontóloga e especialista em Periodontia e Implantodontia.

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Segundo a odontóloga, as principais mudanças no atendimento em consultório estão no uso de EPIs (equipamentos de proteção individual, como as máscaras N-95 e os face-shields) para proteção e no tempo entre consultas, que deve garantir segurança na sala de procedimentos e distanciamento na sala de espera. 

A especialista afirma que é importante manter uma rotina de autolimpeza bucal e destaca a necessidade das visitas ao dentista, pela relação que a boca e os dentes têm com a doença causada pelo novo coronavírus. “Além das técnicas de escovação, a pessoa necessita visitar o cirurgião dentista, pois é o melhor profissional para orientar sobre a melhor técnica de escovação, melhor uso do fio dental, utilização de soluções bucais, além de orientar sobre a presença de lesões bucais e patologias", assinala.

As visitas para acompanhamento devem ocorrer de seis em seis meses (no caso de quem possui as chamadas comorbidades, o tempo diminui), para fazer profilaxia, limpeza e remoção dos cálculos salivares: "Principalmente agora, na pandemia, quando foi alertado sobre a presença do Sars-CoV-2 nas gengivas - para manter a área saudável, com a correta higiene bucal, para ajudar a prevenir as complicações da doença”.

Nas UTIs, protocolos operacionais de higiene oral também sofreram alteração. O Conselho Federal de Odontologia (CFO) elaborou um manual para orientar os profissionais. "Foi demonstrado aos dentistas como aplicar os processos nos pacientes intubados, para diminuir a chance de pneumonias associadas à ventilação mecânica. Após essa implementação dos protocolos, foi observado um menor índice de pneumonias associadas à ventilação mecânica. Com isso, os pacientes ficavam menos tempo internados, ocupando leitos, e os custos de tratamento diminuíram, além de oferecer mais conforto para o paciente, já que a área bucal faz parte de um sistema de saúde", informa Santana. 

Os atendimentos odontológicos no SUS (Sistema Único de Saúde) também exigem cuidados. "As principais diferenças que ocorreram foram o número de pacientes (que foi reduzido, para higienização do consultório) e a paramentação e desparamentação (utilização dos equipamentos de proteção individuais, como a máscara N95, a touca, o face-shield, a proteção ocular e o capote cirúrgico)", informa.

A desparamentação, retirada dos equipamentos após uma consulta, deve ser realizada em uma sala fechada, com os itens sendo colocados em um recipiente fechado, para não contaminar outros pacientes.

O professor Theodorico Netto, odontólogo e coordenador da Clínica de Odontologia da UNAMA - Universidade da Amazônia, reforça a necessidade de se procurar ajuda profissional na pandemia, para não deixar de lado a rotina de higienização bucal e limpeza dental. “Se nós mantivermos o hábito de escovação após cada refeição, de bochechos com flúor após cada escovação, o hábito de uso de fio dental (pelo menos uma vez ao dia, de preferência na escovação noturna), e também não exagerar nos alimentos açucarados durante as refeições, estaremos seguindo um bom caminho, sem esquecer do uso da máscara, pois ela salva vidas”, destaca.

Em relação à imunização e ao combate ao novo coronavírus, o professor analisa o papel dos EPIs utilizados pelos especialistas, antes e durante a pandemia: “Os profissionais de odontologia, pela própria natureza da ocupação, sempre trabalharam extremamente protegidos com os EPIs (máscara, gorro, luvas, óculos de proteção, face-shield, capote cirúrgico, que é o avental). Os procedimentos é que mudaram um pouquinho a sua característica. Agora, os procedimentos eletivos, ou seja, aqueles que são os menos urgentes, estão voltando a fazer parte do rol de atendimentos na odontologia, quando a gente enfim enxerga a esperança de que um novo normal surja, claro, sempre tomando todos os devidos cuidados de prevenção à covid-19”.

Theodorico também justifica a restrição aos atendimentos de urgência nas clínicas e nos hospitais do SUS, reprimindo uma demanda que vai voltando à medida que a vacinação da população avança: “Pelo fato de os cirurgiões dentistas e outras especialidades médicas, como os otorrinolaringologistas, os endoscopistas, precisarem pedir ao paciente para retirar a máscara, ao invés de pedir para colocar, como habitualmente vemos, a odontologia esteve durante algum tempo, nesta pandemia, restrita ao atendimento de casos graves e urgentes, apenas. Então, nesse momento em que enxergamos a esperança de que as coisas, ainda que lentamente, voltem e caminhem para o novo normal, estamos percebendo um aumento no número de atendimentos, pois temos uma demanda que ficou reprimida".

Por Vinícius Santos.

Na última terça-feira (25), foi informado que o sambista Nelson Sargento foi internado por complicações da Covid-19 no Instituto Nacional de Câncer, localizado no Rio de Janeiro. Nessa ocasião, as informações fornecidas pela equipe do artista em suas redes sociais era que seu quadro clínico era estável.

Já na noite da última quarta-feira (26), a assessoria de imprensa do sambista publicou novas informações, revelando que Nelson estava internado desde o último dia 20 e que seu quadro clínico havia evoluído negativamente. A publicação ainda informa que Sargento foi transferido para a UTI no último sábado (22).

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"O Instituto Nacional de Câncer (INCA) informa que o paciente Nelson Matos, 96 anos, está em estado grave e inspira cuidados na Unidade de Terapia Intensiva. O paciente foi transferido para a UTI, apresentando piora do padrão ventilatório e hipertensão, assim respirando com auxílio de máscara de oxigênio. O Instituto ainda esclarece que o paciente foi internado no último dia 20, com quadro de desidratação, anorexia e significativa queda do estado geral. Ao chegar na unidade, foi realizado o teste de Covid-19, que apontou positivo", diz o comunicado.

O post esclarece que o sambista é matriculado na instituição médica desde 2005, época em que foi diagnosticado com câncer de próstata - mas que já foi tratado. A equipe do presidente de honra da escola de samba Estação Primeira de Mangueira pede, ainda, orações pela melhora do artista.

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) divulgou, neste sábado (22), a abertura de novos 15 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para adultos, visando tratar casos de Covid-19. Pernambuco conta com 1.710 leitos de UTI na rede pública sendo que, no momento, 97% estão ocupados. Neste sábado, foram mais 3.589 casos confirmados da doença no Estado, além de 67 mortes. É a segunda maior quantidade de casos confirmados em um único dia, desde o início da pandemia.

As novas vagas de terapia intensiva estão disponíveis no Hospital Maria Vitória, em São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife (RMR). 

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Em comunicado, o secretário de Saúde, André Longo disse que o Estado está trabalhando para ampliar o número de leitos. “Desde março, já foram quase 700 novas vagas de UTI e continuamos nossos esforços para prestar a assistência necessária aos pernambucanos, porque a maior oferta de leitos possibilita que pacientes menos graves recebam, precocemente, a assistência intensiva e isto tem impactado na taxa de mortalidade do Estado, que é uma das menores do país”, frisou o secretário.

Além dos leitos, o governo continua chamando a atenção da população para que as medidas preventivas continuem fazendo parte da rotina diária da população. “Sozinhos, os esforços do poder público não serão suficientes para superarmos este momento. Só com cada um fazendo a sua parte, será possível salvar mais vidas”, concluiu André Longo.

Hoje, a rede de assistência à Covid-19 conta com 2.968 leitos, sendo 1.710 de UTI e 1.258 de enfermaria, espalhados por todas as regiões do Estado. Segundo a gestão, Pernambuco possui o 6º maior quantitativo de leitos de UTI para a Covid-19 entre os estados brasileiros e o maior do Norte/Nordeste.

Um vírus primitivo, presente nos humanos há milhares de anos, pode estar sendo ativado pelo coronavírus e provocando aumento de mortes em pacientes graves. A hipótese faz parte de um estudo coordenado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) que pode ajudar a compreender por que alguns pacientes graves submetidos à ventilação mecânica conseguem deixar a UTI, enquanto outros não sobrevivem à covid-19.

A pesquisa indica que a presença do retrovírus endógeno humano da família K (HERV-K) está associada não só ao agravamento da doença como também à mortalidade precoce. De março a dezembro de 2020, o estudo “Ativação do Retrovírus Endógeno Humano K no Trato Respiratório Inferior de Pacientes com Covid-19 Grave Associada à Mortalidade Precoce” acompanhou 25 pessoas em estado crítico que necessitaram de ventilação mecânica. Com idade média de 57 anos, elas estavam internadas no Instituto D’Or e no Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer.

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“A progressão de casos brandos para graves vinha sendo associada à hipoxia, inflamação descontrolada e coagulopatia. No entanto, os mecanismos envolvidos com a mortalidade em casos muito graves ainda não são bem conhecidos. Para isso, o estudo buscou compreender o viroma do aspirado traqueal de indivíduos em ventilação mecânica — isto é, os vírus presentes na amostra. Os testes mostraram níveis altos de HERV-K, em comparação com exames de pacientes com casos brandos e de não infectados”, explicou a Fiocruz.

O coordenador do estudo foi Thiago Moreno, do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz). “Verificamos o viroma de uma população com uma altíssima gravidade, em que a taxa de mortalidade chega a 80% para ver se algum outro vírus estava coinfectando esse paciente que está debilitado, imunossuprimido. A nossa surpresa foi encontrar esses altos níveis de retrovírus endógeno K. É o tipo de pesquisa que parte de uma abordagem completa não enviesada. Isso dá muita força, muita credibilidade ao achado”, explicou o cientista.

Ancestral

Segundo o estudo, o HERV-K é um retrovírus endógeno, um vírus ancestral que infectou o genoma humano quando humanos e chimpanzés estavam se dissociando na escala evolutiva. Alguns desses elementos genéticos estão presentes nos nossos cromossomos. Muitos ficam silenciosos durante a maior parte da vida, mas parece que, de alguma forma, o Sars-CoV-2 pode ter reativado esse retrovírus ancestral. O índice de morte em pacientes graves de covid-19 chega a 50% entre os que apresentam altos níveis de HERV-K.

O estudo estabeleceu ainda uma ligação direta: ao infectar em laboratório uma célula de uma pessoa saudável com o Sars-CoV-2, houve um aumento nos níveis do HERV-K. “A gente estabeleceu, de fato, que o Sars-CoV-2 é o gatilho para o aumento desses retrovírus endógenos, para despertar os genes silenciosos”, disse Moreno.

Junto com o aumento dos níveis do HERV-K nos pacientes, os pesquisadores perceberam que fatores de coagulação foram mais consumidos, que ocorreram mais processos inflamatórios e que diminuíram os números de fatores necessários para a sobrevivência de células do sistema imune. Conforme os níveis de HERV-K aumentaram, os números de monócitos inflamados ativados também cresceram. “Esses níveis de HERV-K se correlacionaram com o que se chamou de mortalidade precoce, como menos de 28 dias de internação”, conta Thiago.

Genes silenciosos

A pesquisa é ainda a primeira evidência da presença desse retrovírus no trato respiratório e no plasma de pacientes graves de covid-19. A presença do HERV-K, que ocorre também em outras doenças, como câncer e esclerose múltipla, pode ser usada como um biomarcador associado à gravidade em casos de covid-19. Sua detecção precoce poderia reforçar o uso de determinadas estratégias, como o uso de anticoagulantes e anti-inflamatórios.

Mas ainda é difícil saber por que isso ocorre em algumas pessoas e não em outras. “Esse despertar de genes silenciosos é o que pode fazer a diferença das evoluções. Talvez o sinal para o silenciamento de determinados retrovírus endógenos seja mais forte em algumas pessoas do que em outras. Parece estar associada à gravidade essa capacidade do novo coronavírus de mudar o perfil epigenético da célula do hospedeiro, ativando inclusive vírus ancestrais, alguns deles que deveriam estar adormecidos no nosso genoma”, comentou o coordenador do estudo.

Além da Fiocruz, fazem parte da pesquisa cientistas da Universidade Federal de Juiz de Fora, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, do Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer e da empresa MGI Tech.

* Com informações da Agência Fiocruz de Notícias

 

As notificações por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) aumentaram, informa o Boletim Observatório Covid-19, divulgado nesta sexta-feira (21) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Os casos de SRAG são responsáveis por incidências graves de doenças respiratórias, que demandam hospitalização ou levam a óbito. São atualmente, em grande parte, devido a infecções por Sars-CoV-2.

Conforme o boletim, outro dado preocupante é que, pela primeira vez no Brasil, a mediana da idade de internações em unidades de terapia intensiva (UTIs) de todo o país ficou abaixo de 60 anos.

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O ano de 2021 vem, a cada semana, apresentando rejuvenescimento da pandemia, alertam os pesquisadores. “Diferentemente das últimas semanas, mais da metade dos casos de internação hospitalar e internação em UTI ocorreram entre pessoas não idosas. Em relação aos óbitos, embora a mediana ainda seja superior a 60 anos, ao longo deste ano, houve queda num patamar de 10 anos. Os valores de mediana de idade dos óbitos foram, respectivamente, 73 e 63 anos”, diz o boletim.

A análise comparou a Semana Epidemiológica 1 (3 a 9 de janeiro) e a 18 (2 a 8 de maio) de 2021 e verificou que a mediana da idade das internações hospitalares (idade que delimita a concentração de 50% dos casos) foi de 66 anos na SE 1 para 55 anos na SE 18. Já a mediana de idade de internações em UTI foi de 68 anos na SE 1 para 58 anos na SE 18.

Casos de SRAG aumentam

Os estados  da Região Sul, que tiveram redução da doença nas semanas anteriores, apresentaram tendência de reversão, ou mesmo um aumento no número de casos de SRAG na Semana Epidemiológica 18.

De acordo com os pesquisadores, mesmo nos estados que mostram redução ou estabilidade, o número de casos ainda permanecia muito alto, demonstrando a forte pressão sobre o sistema de saúde. “É fundamental que haja redução sustentada de número de casos para a recomposição do sistema de saúde, inclusive [para] reduzir [a] taxa de ocupação de leitos”, avaliaram.

A comparação da incidência das semanas epidemiológicas 8 e 9 e 18 e 19 mostra que poucos estados estão em patamar significativamente menor, como: Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima e Amapá, sendo que Mato Grosso, Paraná e as capitais dos estados da região Sul apresentam sinais de aumento. 

Segundo os pesquisadores da Fiocruz, os demais estados estão em níveis próximos ao observado em meados de março, ou mesmo acima, como é o caso de Mato Grosso do Sul, Maranhão, Pernambuco, do Rio de Janeiro e Espírito Santo. “O aumento ou estabilidade em níveis muito altos e com taxas altas de ocupação são cenários altamente indesejados”, destacaram.

Leitos de UTI

De acordo com os pesquisadores do Observatório Covid-19, as taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no Sistema Único de Saúde (SUS) no dia 17 de maio de 2021 sinalizaram quebra na expectativa que vinha sendo desenhada de melhoria do indicador no país nas últimas semanas.

A análise reforça que é preciso ficar atento a este momento da pandemia. “Caso não seja mantida uma queda sustentável, a pandemia poderá retomar a sua expansão”. 

As taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no SUS, que vinham mantendo tendência de queda lenta, mas relativamente consistente em grande parte do país, apresentaram entre os dias 10 e 17 de maio pequenas elevações em muitos estados e capitais, interrompendo a impressão de melhoria do quadro geral.

Redução da mortalidade

Durante as duas últimas semanas epidemiológicas, houve uma ligeira redução das taxas de mortalidade no Brasil. No entanto, as taxas de incidência, que refletem os casos novos de covid-19, permanecem em um platô alto.

Segundo o estudo, esse novo padrão epidemiológico pode ser resultado de uma conjunção de fatores como a vacinação de populações de maior risco, uma pequena redução da ocupação de leitos hospitalares, bem como do processo de rejuvenescimento da pandemia.

Os pesquisadores analisaram que “combinados, estes novos fatores podem estar contribuindo para a diminuição da letalidade da doença, sem, no entanto, reduzir a transmissão da doença, que permanece intensa, como demonstrado pela alta taxa de positividade dos testes de diagnóstico realizados nas últimas semanas”.

Novas variantes

Para os pesquisadores, um dado considerado preocupante nesse novo cenário epidemiológico, quando considerado o ritmo ainda lento de vacinação no país, é a possibilidade de introdução de novas variantes do vírus Sars-CoV-2 no Brasil.

Além disso, enfatizam os pesquisadores do Boletim Covid-19, “a flexibilização precoce de medidas de isolamento pode causar uma retomada na transmissão, com a geração de casos graves e óbitos nas próximas semanas, pressionando os serviços de saúde ainda sobrecarregados e com limitações para reposição de estoques de medicamentos e insumos".

 

Bárbara Bruno sairá da UTI nesta sexta-feira (14), informou a irmã dela, a atriz Beth Goulart. Emocionada, a filha de Nicette Bruno contou que falou com a irmã no telefone.

"Estou muito emocionada porque acabei de falar com a minha irmã no telefone. Graças a Deus ela está melhorando, se recuperando. Deve ir para o quarto amanhã, vai sair do CTI. Vai vencer essa doença, graças a Deus", disse ela.

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Bárbara está internada em decorrência da Covid-19. Ela chegou a ficar intubada, mas respondeu bem ao tratamento e foi extubada, conseguindo respirar sem ajuda de ventilação mecânica.

Assim como fez pela mãe, Nicette Bruno, Beth Goulart tem realizado corrente de orações em nome de Bárbara. Ela ainda mantém os fãs constantemente atualizados sobre o estado de saúde da atriz.

Nicette Bruno morreu aos 87 anos de idade vítima da mesma doença, em dezembro de 2020.

Na última semana, o LeiaJá denunciou que ao menos nove bebês com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) aguardavam por uma vaga de UTI no Hospital Barão de Lucena, Zona Oeste do Recife, por conta da superlotação da rede pediátrica. Nesta quinta-feira (13), o secretário de saúde, André Longo, afirmou que nunca houve uma oferta tão grande de leitos para a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) pediátrica no Estado, como está tendo atualmente. 

"É fato que em alguns momentos, a demanda supera a oferta, como a gente viu nesta semana. Nós estamos atentos a isso", explica. Além disso, Longo reforça que na população usuária do SUS, as aulas que retornaram não impactaram os leitos de terapia intensiva pediátrica e pré-natal. 

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O secretário acentua que, na rede pública de Pernambuco, apenas o ensino médio está funcionando, com meninos acima dos 14 anos, que não estão na faixa que interna nos leitos pediátricos. 

"No funcionamento do ensino privado, normalmente as pessoas têm plano de saúde e vão para as UTIs pediátricas do setor privado. Nós não temos como evidência que o impacto (da superlotação das UTIs pediátricas) estejam relacionadas às aulas, nem está diretamente direcionada a Covid", assegura André.

Ele avalia que esta superlotação das UTIs pediátricas se dá, além do novo coronavírus, por conta de outros vírus que estão circulando - inclusive a influenza - que está com a campanha de imunização em funcionamento no Estado e com procura baixa.

Na tentativa de desafogar um pouco a superlotação da rede pediátrica e neonatal, o Governo de Pernambuco afirma que o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP) vai abrir 10 novos leitos de UTI, voltados para o público infantil e neonatal.

Já na próxima segunda-feira (17), a UTI pediátrica do Hospital Santa Maria, em Araripina, Sertão de Pernambuco, deve ter novos 10 leitos inaugurados. 

Além disso, 34 novos leitos na Unidade Pernambucana de Atenção Especializada (UPAE) de Goiânia, sendo 10 leitos de UTI, serão inaugurados pela Secretaria Estadual de Saúde. No Hospital Regional de Ouricuri, Sertão pernambucano, terá o novo serviço de hemodiálise inaugurado também na próxima semana.

Na análise do cenário epidemiológico desta semana, o Secretário de Saúde de Pernambuco afirmou que o Estado se mantém em uma estabilidade nos números dos casos da Covid-19, que atualmente estão em alta. Segundo o secretário André Longo, a pandemia em Pernambuco tem os números fortemente impactados pela sazonalidade. 

"Essa é uma situação que não tem como se reverter e essa condição sazonal deve persistir até a primeira quinzena de junho. Não se espera reduções expressivas de indicadores neste período", explica Longo.

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Além disso, Pernambuco registrou um aumento de 69 solicitações de UTI nas duas últimas semanas. O secretário analisa que esse aumento nas solicitações foram impactados pela situação da segunda macrorregião de saúde, no Agreste do Estado, que é a região que mais está preocupando o Governo de Pernambuco. 

"Nas duas últimas semanas, nós tivemos um aumento de 9,3%, quando comparamos as semanas, e de 44,5% em 15 dias na região, enquanto o crescimento na média do Estado, foi de 6,1%", detalha André Longo. Nos últimos 15 dias, Pernambuco teve um aumento médio no número de solicitações de leitos de UTI de 13,8%.

Na tentativa de frear esses números, o Governo de Pernambuco vai se reunir nesta sexta-feira (13), com a Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) e os prefeitos das IV e V Gerência Regional de Saúde, para debater medidas mais restritivas para o combate ao novo coronavírus.  

Internada em um hospital de São Paulo desde o dia 15 de abril, Eva Wilma foi diagnosticada com câncer de ovário. A atriz de 87 anos está em uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), consciente, e, segundo os boletins médicos, responde bem ao tratamento. 

O diagnóstico de Eva foi divulgado na noite da última sexta (7), através de boletim assinado pela equipe médica que a acompanha. A atriz foi internada no Hospital Israelita Albert Einstein, no início do mês de abril, para tratar problemas cardíacos e renais e, segundo os médicos, seu quadro de saúde vem evoluindo bem. O tratamento oncológico também já foi iniciado com boa resposta da paciente.

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Em entrevista ao jornal O Globo, o filho da atriz, Johnny Herbert, falou com otimismo sobre o novo desafio da mãe. “A situação é delicada, mas está tudo caminhando bem. Estamos todos confiantes nesse tratamento. Ela está respondendo muito bem, muito consciente sempre. Há uma previsão de duas semanas para o tratamento, mas isso pode variar. Vamos em frente”.

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