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O Santa Cruz saiu derrotado para o Náutico por 2 a 1 em partida válida pela sexta rodada do Campeonato Pernambucano. Porém, alguns jogadores não se conformaram com o resultado, reclamando muito da arbitragem. Foi o caso do atacante Madson, que ficou revoltado porque um lance de pênalti não foi checado pelo VAR no campo.

O clássico das emoções serviu como teste para um VAR remoto, a distância, operado do Rio de Janeiro. A ferramenta funcionou no gol do Santa Cruz, que seria invalidado por impedimento e foi corrigido.

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Mas em suposto lance de pênalti na segunda etapa, onde o juiz não marcou a infração a favor do tricolor, os tricolores reclamaram que o VAR não foi usado.

No twitter, Madson publicou vídeo do lance com o texto: “Até parece que eu ia deixar de fazer o gol, pra cavar um pênalti! Pra quê serve a P***a desse VAR?”.

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O Campeonato Pernambucano voltará a ter um jogo com a presença do VAR, quatro anos após o árbitro de vídeo ter sido usado na final de 2017, entre Sport e Salgueiro. A partida escolhida para receber o equipamento em 2021 é Náutico x Santa Cruz, domingo (18), nos Aflitos.

Segundo o portal NE45, o clássico será um teste para a implementação do VAR, a partir das quartas de finais da competição. Ainda de acordo com NE45, o VAR remoto foi testado, de forma offline, no jogo entre Santa Cruz x Vera Cruz, sem interferência no duelo. Curiosamente, nessa partida, a arbitragem não validou gol legal do Vera Cruz, em que a bola ultrapassou a linha.

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Serão 86 dias de bola rolando até o dia 23 de maio, 110 partidas disputadas, sendo 16 rodadas para os finalistas, com o uso do VAR em todos os jogos, uma premiação de R$ 5 milhões ao campeão e R$ 1,5 milhão ao vice. O calendário atípico do futebol brasileiro ainda interfere nas datas das competições. Em meio à pandemia de Covid-19, o charmoso, tradicional e imprevisível Campeonato Paulista dá a largada na temporada 2021 neste sábado, com mais de um mês de "atraso". E com jogos da primeira rodada somente até 19 horas por causa das restrições de circulação impostas pelo governo estadual no combate ao novo coronavírus. A competição também não contará com presença de torcida nas arquibancadas.

Habitualmente, no fim de fevereiro as equipes já têm o destino no Estadual bem encaminhado. Alguns se preparando para as fases finais enquanto outros mostrando preocupação com a luta contra a queda. Desta vez, em meio à largada da Copa Libertadores e a decisão da Copa do Brasil de 2020, a competição começa com jogo do atual campeão Palmeiras adiado e alguns times precisando deixar o início do torneio de lado por "metas maiores".

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Novamente com 16 equipes, quatro grupos com quatro componentes e jogos na primeira fase apenas com os rivais das outras chaves, o Paulistão mantém o regulamento de anos anteriores. Serão 12 rodadas até conhecermos os oito classificados.

Nas quartas de final teremos 1.° x 2.° de cada grupo em jogo único, assim como nas semifinais. A definição dos finalistas será com o dono da melhor campanha enfrentando o 4.° e o 2.° mais bem colocado desafiando o 3.°. A vantagem é realizar o jogo único em casa. Empate leva a decisão aos pênaltis. Apenas a final será disputada em dois confrontos.

CAMPEÃO PALMEIRAS SÓ NA RODADA 2 - O Palmeiras é o atual campeão, mas não abre a competição pelo fato de a decisão da Copa do Brasil ocorrer nos próximos dois fins de semana. O duelo com o São Caetano foi adiado para o dia 11 de março e o time só estreia na segunda rodada, logo o clássico diante do arquirrival Corinthians.

O vencedor da edição passada chega forte na busca de mais uma conquista. Manteve o elenco campeão e, agora sob a batuta do técnico português Abel Ferreira vem se destacando pela força do conjunto. Não por acaso, vem mostrando regularidade e se destacando.

Há, contudo, a possibilidade de o clube usar time alternativo em muitas rodadas após disputar o Mundial de Clubes da Fifa, as finais da Copa do Brasil e já ter nova Libertadores pela frente. O treinador já adiantou que seus comandados necessitam de descanso. Para quem tem Jailson, Mayke, Kuscevic, Empereur, Danilo, Patrick de Paula, Lucas Lima, Wesley, Willian, Zé Rafael, entre outros tantos bons suplentes, mesmo com time modificado o Palmeiras chega forte e candidato ao título.

CORINTHIANS EM XEQUE - Único dos grandes do Estado a não ir para a Libertadores, o Corinthians é quem chega mais pressionado à competição. Sem dinheiro para contratações e com muitas peças fora dos planos, o técnico Vagner Mancini terá de, mais uma vez, se reinventar no clube.

O treinador promete utilizar muitos jovens da base em 2021, mas está ciente que precisará montar um esquema e um time forte para evitar as decepções da temporada passada. Finalista por quatro edições seguidas do Estadual, o Corinthians promete se superar mais uma vez. E nunca pode ser desprezado pois é o maior campeão do Estado com 30 taças.

SÃO PAULO DIFERENTE - Sob a direção do argentino Hernán Crespo, o São Paulo tentará acabar com o jejum de nove anos sem conquistas de títulos. Depois de ficar no quase no Brasileirão, o time do Morumbi muda de comando e aposta em um técnico com estilo ousado para retomar o caminho das conquistas já no Paulistão, que não vence desde 2005 com Emerson Leão.

A base foi mantida, na mescla entre jovens e atletas mais experientes. Crespo tentará ajustar alguns erros apresentados na reta final do Brasileirão e, com esquema variante, acredita poder resgatar o futebol que encantou o País em boa parte da competição passada. A meta é armar um São Paulo bastante ofensivo.

SANTOS DE CASA - Depois de dominar o Paulistão no começo do século, conquistando sete títulos entre 2006 e 2016, o Santos viu os rivais se destacarem e agora tenta retomar esse hegemonia. Sob a direção do estudioso e surpreendente Ariel Holan, a direção acredita que o vice-campeão da Libertadores tem tudo para brigar pelo taça.

O argentino costuma confundir seus rivais com esquema de jogo e a montagem do time titular de diversas formas. Sem grandes contratações, seguirá apostando na fórmula que deu certo com o antecessor Cuca: vai confiar nas jovens crias da base santista ao lado dos experientes Marinho, Soteldo e Pará. Em todas as conquistas do Santos seus Meninos da Vila foram decisivos e o investimento será ainda mais pesado nos pratas da casa em 2021.

INTERIOR E GRANDE ABC CHEGAM FORTE - Apesar de os grandes terem erguido as últimas seis taças, mais uma vez os times de fora da capital prometem chegar forte. Todo ano um pequeno surpreende, como o Mirassol em 2020. Com alto investimento, o Red Bull Bragantino é quem mais promete dar trabalho. Ainda mais se a diretoria conseguir confirmar a permanência de Claudinho. Depois de belo Brasileirão, o time de Bragança Paulista (SP) espera repetir a grande campanha da primeira fase de 2020. De cara, tentará repetir a bela atuação de semanas atrás contra o Corinthians.

O Santo André liderou o Paulistão de 2020 até a paralisação por causa da pandemia e promete repetir a dose mais uma vez sob a direção de Paulo Roberto Lopes. A questão será: conseguirá ser forte sem torcida e mandando jogos no estádio do Canindé, em São Paulo?

Dirigido por Pintado, a Ferroviária promete dar trabalho. "É um elenco muito forte", garantiu o técnico. A Ponte Preta de Apodi e Camilo, apesar de remodelada, jamais deve ser desprezada, assim como Guarani e Mirassol. São Caetano e São Bento voltam ao Estadual dispostos a fazerem bonito. Ao menos em tradição, o Paulistão de 2021 é o que contará com os mais fortes times do interior e do ABC dos últimos anos.

Confira os grupos do Paulistão:

GRUPO A - Corinthians, Santo André, Inter de Limeira e Botafogo

GRUPO B - São Paulo, Ponte Preta, Ferroviária e São Bento

GRUPO C - Palmeiras, Red Bull Bragantino, Novorizontino e Ituano

GRUPO D - Santos, Mirassol, Guarani e São Caetano

Insatisfeito há semanas com a arbitragem, a direção do Sport veio a público nesta segunda-feira (11) para reclamar. O clube divulgou ações pedidas à CBF, depois que o pênalti marcado a favor do Leão, em cima do Palmeiras, foi anulado pelo VAR. O fato revoltou o clube que agora pede anulação da partida e a expedição do uso do Árbitro de Vídeo em jogos na Ilha do Retiro.

Na pessoa do atual presidente do clube, Carlos Frederico, o Sport afirma que ofereceu uma denúncia ao quadro de árbitros do VAR presente no jogo contra o Palmeiras. O clube também pede anulação do jogo 'em razão do descumprimento das Regras e Disposições do IFAB'. 

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Além disso, o Leão pede que nos seus jogos não seja usada a tecnologia do VAR e solicita uma perícia dos áudios e vídeos do lance que culminou na anulação da grande penalidade que valeria um importante ponto ao time caso fosse convertida.

Confira na íntegra o comunicado do clube

O Sport Club do Recife vem por meio desta nota, esclarecer os procedimentos tomados em relação aos fatos ocorridos em relação às arbitragens dos jogos do Sport, disputados no Campeonato Brasileiro de 2020/2021, em especial, no último jogo, diante do Palmeiras, no último sábado (09), na Ilha do Retiro.

Abaixo, listamos os pedidos feitos em ofício protocolado na Confederação Brasileira de Futebol (CBF):

Oferecer denúncia ao quadro de árbitros e do VAR, de acordo com o artigo 259 do CBJD;

Requer a anulação da partida em razão do descumprimento das Regras e Disposições do IFAB, conforme fundamentação anexada ao pedido;

Requer a não utilização de arbitragem de vídeo (VAR) nos jogos a serem disputados pelo Sport na Série A 2020;

Requer perícia técnica de vídeo dos lances em questão, e áudio da comunicação entre árbitros de campo de do VAR, dando ciência ao clube de todo o conteúdo;

Que fique claro que, em momento algum, o Sport solicitou e/ou mencionou a retirada ou veto de qualquer nome da Comissão Nacional de Arbitragem, como também nunca cogitou ou cogitará, qualquer ato de desobediência às regras do futebol, que deve ser jogado em campo, com honra e altivez, características natas aos que fizeram e fazem o Sport Club do Recife.

A PE CUP, competição que chega a sua terceira edição organizada pela Federação Pernambucana de Futebol 7 e considerada pela entidade a maior competição de categoria de base da modalidade do país, teve seu pontapé inicial nessa quarta-feira (16) no CT do Retrô. Novidade deste ano, além do protocolo de segurança para evitar a propagação da Covid-19, o torneio terá pela primeira vez a utilização do VAR. 

São 184 equipes de nove Estados do Brasil, maior número do torneio, divididos em nove categorias que vão do sub-09 ao sub-17. Os Estados representados são: Pernambuco, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Ceará, Paraíba, Alagoas, Maranhão e Rio Grande do Norte. 

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Outra novidade da competição, que vai até o próximo domingo (20), é o futebol 11. São 34 equipes que se somam às equipes do futebol 7. No total são 218 times. A Federação também reforça que todos os cuidados necessários para combater a Covid-19 estão sendo tomados.

A Fifa informou nesta terça-feira (17) que avalia desenvolver um VAR (árbitro de vídeo) "simplificado" e mais "acessível" para ser distribuído em todos os níveis do futebol.

Um grupo de trabalho denominado "Inovação e Excelência" apresentará em breve para a entidade e a International Board (Ifab), órgão da Fifa responsável por regular as regras do futebol, um plano de reforma do sistema do VAR.

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Segundo a federação, o objetivo é desenvolver um sistema de árbitro de vídeo mais acessível para permitir o uso da tecnologia em todos níveis do futebol mundial.

A Confederação Asiática de Futebol (AFC), a Federação Francesa de Futebol (FFF) e a Uefa forneceram ao grupo de trabalho resultados de testes com uma tecnologia mais econômica.

"Está sendo avaliado o desenvolvimento de uma tecnologia semiautomática para o impedimento, a fim de tornar o processo de análise dessas situações o mais eficiente possível", informou a Fifa.

Três fornecedores estariam interessados em participar da próxima fase de desenvolvimento do novo sistema do VAR, que teve que ser adiada em decorrência da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2). O projeto deve ser concluído em 2021.

O objetivo desta fase de desenvolvimento é melhorar ainda mais os algoritmos do sistema, com base em uma coleção de dados de centenas de casos de impedimentos diferentes.

Da Ansa

O Grêmio comunicou na manhã deste domingo que vai pedir a anulação da partida contra o São Paulo, realizada na noite de sábado, pela 17ª rodada do Campeonato Brasileiro. O clube gaúcho reclama de supostos erros de arbitragem de Rafael Traci (Fifa/SC) no empate sem gols no Morumbi e contesta a troca do árbitro responsável por operar o VAR.

"Em face à arbitragem desastrosa e danosa do jogo contra o São Paulo, ocorrida na noite de ontem, após a concessão da troca do quadro arbitral, o presidente Romildo Bolzan Jr comunica que pedirá a anulação da partida", diz o Grêmio em nota oficial divulgada neste domingo.

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O clube gaúcho também afirmou que vai solicitar "investigação da reunião realizada entre membros da CBF com a parte arbitral que motivou a mudança na escala do árbitro do VAR" e disse entender que "equívocos, descritérios, erros e a omissão do VAR em lances capitais da partida colocam a arbitragem brasileira sob suspeição".

Ainda no sábado, depois do jogo, o presidente Romildo Bolzan Jr já havia criticado com veemência a atuação do VAR, que segundo ele foi omisso, e manifestou seu descontentamento com a reunião entre dirigentes do clube paulista - Raí e Alexandre Pássaro - com membros da CBF na semana passada.

De acordo com o dirigente, o encontro influenciou a troca no árbitro responsável pelo VAR no Morumbi. Na sexta-feira, a CBF havia comunicado que Rodolpho Toski Marques (PR) seria substituído por Elmo Alves Resende Cunha (GO) na operação da ferramenta tecnológica.

"O resultado do jogo não refletiu a partida. A troca do quadro de arbitragem comprometeu o crédito da arbitragem brasileira de seus comandantes. O Grêmio foi flagrantemente prejudicado", desabafou o presidente gremista, na ocasião.

"Sem falar no VAR, novamente omisso. Deslegitimou, desacreditou a arbitragem e o crédito do futebol brasileiro pelo antecedente da influência do São Paulo na troca do quadro arbitral. Chega. Sem mais espaços para imoralidades", completou o dirigente. O ofício deve ser enviado em breve para a CBF.

Outro que disparou críticas contra a atuação de Rafael Traci foi o vice-presidente Paulo Luiz. Ele disse que a arbitragem foi "tendenciosa, calamitosa e vergonhosa" e afirmou que "houve uma vergonha nacional que coloca o campeonato sob suspeição".

O Grêmio reclamou de dois possíveis pênaltis, um em cada tempo, que suscitaram dúvidas, e pediu a expulsão de Reinaldo, envolvido nos dois lances. Depois do confronto, o atacante Pepê se queixou das decisões do juiz e o técnico Renato Gaúcho desafiou Leonardo Gaciba, chefe de arbitragem da CBF, a um debate ao vivo.

O Santa Cruz segue líder isolado da Série C. Encarando o Treze em Campina Grande, o tricolor não fez um bom jogo. Tanto que não conseguiu chutar nenhuma bola no gol no primeiro tempo. Mas o time paraibano, que vinha de três vitórias seguidas, também não estava inspirado e bastou um vacilo para a cobra picar o Galo. Lourenço fez o gol da vitória coral, desviando uma falta cobrada por Didira. O Treze ainda reclamou, com razão, de um pênalti não marcado de Jordan em Gilvan. Mas não tem VAR na terceirona.

Primeira etapa horrível

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O primeiro tempo foi sofrível. Talvez a pior atuação coral – em termos de construção ofensiva - desde a chegada de Marcelo Martellote. O Santa Cruz não conseguiu chegar com perigo nenhuma vez na etapa. Em compensação, a defesa tricolor se portou bem, anulando as principais armas do Treze, que também não conseguiu assustar o goleiro Jordan.

Gol e pênalti não marcado

Na segunda etapa, outro jogo. Mais aceso no jogo, o Santa pressionou a saída de bola dos donos da casa e criou boas jogadas de ataque. Em falta cobrada da esquerda, Didira cruzou e Lourenço subiu no segundo andar para desviar e matar o goleiro Andrey. Primeiro gol do atacante que veio do Avaí com a camisa coral.

O Treze reclamou bastante de um pênalti cometido pelo goleiro Jordan em cima do atacante Gilvan, no jogo e ao final da partida. Pelas imagens da transmissão do DAZN, ficou claro que o goleiro coral realmente toca o pé do jogador do Galo de Campina Grande.

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Com a entrada de Paulinho – voltando de contusão – o time coral conseguiu dominar as ações do meio campo. Com três volantes em campo, ele até chegou a parecer um meia, devido à liberdade dada pelo técnico Marcelo Martellote.

A Cobra Coral ainda teve uma chance clara, quando Perí foi ao fundo e cruzou na cabeça de Pipico, que desviou, mas Andrey foi buscar no ângulo. O Treze ainda tentou fazer uma pressão no fim, mas não chegou a ameaçar o gol do Santa Cruz, que saiu de campo mais líder do que nunca, com 24 pontos conquistados, cinco a mais que o segundo colocado, Vila Nova-GO, que ainda joga neste domingo (18).

Ficha do jogo

TREZE: Andrey; Gustavo (Ermínio), Ítalo, Nilson Júnior e Gilmar; Robson (Maycon), Vinícius Barba, Douglas Packer (Bruno Mota), Douglas Lima (Maycon Paixão); Gilvan e Frontini. Técnico: Márcio Fernandes.

SANTA CRUZ: Jordan; Toty, Danny Morais, Célio Santos e Perí; André, Bileu e Didira (Tinga); Leonan (Paulinho), Lourenço (Jáderson) e Pipico (Caio Mancha). Técnico: Marcelo Martelotte.

Árbitro: José Henrique de Azevedo Júnior (MA)

Assistentes: Djavan Costa da Silva e Raphael Max Borges Pereira

Cartões amarelos: Bileu, Célio Santos e Marcelo Martelotte (Santa Cruz); Murici, Maycon e Gilmar (Treze).

Cartão vermelho: Bruno Menezes (Treze)

A 15ª rodada do Brasileirão foi marcada por declarações fortes contra a arbitragem. Entre os treinadores, Mano Menezes, do Bahia, reclamou muito da atuação de José Mendonça da Silva Júnior, árbitro escalado para o duelo com o Fluminense. Renato Gaúcho, por sua vez, criticou o fato de um suposto pênalti para o Grêmio não ter passado por revisão do árbitro de vídeo na derrota para o Santos. E, entre os cartolas, o presidente do Vasco, Alexandre Campello, chegou a pedir uma "auditoria" nas decisões do VAR, além de pleitear que as conversas entre o árbitro de vídeo e o de campo sejam abertas.

Nesta segunda-feira, o presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Leonardo Gaciba, conversou com o Estadão sobre as polêmicas. Ele considerou corretas todas as decisões que suscitaram reclamações na rodada e enalteceu o VAR. "Ninguém mais fala da decisão técnica. Falam do protocolo, da forma. O índice de erros diminuiu muito, é quase zero", ressaltou.

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Para Gaciba, as reclamações ocorrem por desconhecimento - ou, pelo menos, descontentamento - com o protocolo de uso do VAR. Ele citou as críticas de Renato Gaúcho. "Ele acha que o jogo deveria parar 50 vezes se tivessem 50 situações de pênalti, para o árbitro olhar no vídeo antes de tomar decisão do campo. Mas a CBF segue um protocolo internacional, que a Fifa coloca, que prega que sempre que o árbitro de vídeo concordar com o árbitro de campo, quando não tiver uma imagem conclusiva que contradiga, que ele vai manter a decisão do campo."

Sobre a liberação dos áudios durante as revisões, pedida pelo presidente do Vasco, Gaciba informou que isso não pode ocorrer por um veto da Fifa. "Existe um documento, e os clubes receberam esse documento, explicando que não pode disponibilizar o áudio em tempo real", pontuou. "Mas nenhum clube brasileiro, desde o início do projeto, que solicitou à Comissão da CBF ver e ouvir as análises do VAR, teve o acesso negado. Todos que pediram foram atendidos."

Na avaliação de Gaciba, o VAR está sendo bem utilizado no País e isto está se refletindo no desempenho técnico dos árbitros. "Eu estou muito satisfeito com a melhora do árbitro do campo. O campo está acertando 20% a mais do que o ano passado, isso é muito bom. Tivemos duas rodadas em que o árbitro de vídeo durou muito tempo, mas há seis, sete rodadas, o impacto dele em todos os jogos tem sido de 20 minutos, o que dá mais ou menos dois minutos por jogo. É baixíssimo em relação ao resto do mundo."

O ex-árbitro também comentou as fortes reclamações de Mano Menezes, cujos impropérios contra a arbitragem foram captados pelos microfones da transmissão de TV durante a vitória do Fluminense por 1 a 0 sobre o Bahia.

"É um consenso da opinião pública: fugiu da curva", disse. "Mas não quero falar de um caso específico. No meio do futebol como um todo, nós profissionais devemos saber lidar com críticas. E uma orientação que dou a todos meus árbitros é tratar com respeito, esse é o lema. Agora, se eles respeitarem, eles também têm de ser respeitados."

ESCOLHAS - Quando assumiu a Comissão de Arbitragem da CBF, Leonardo Gaciba extinguiu o sorteio como critério para definição das equipes que trabalham em cada um dos jogos. "A gente faz uma análise técnica, vê o momento do árbitro, a qualificação técnica pro jogo, a importância na tabela de classificação. São muitos fatores. Fazer uma escala de arbitragem requer muito estudo e temos profissionais para isso. A CBF faz 2.500 escalas por ano, são muitos jogos, e a gente escolhe sempre o profissional mais adequado pro jogo", comentou.

O dirigente descartou que a comissão receba pressão de qualquer lado ou que aceite "vetos" de clubes na hora de definir os profissionais para cada jogo. "Uma das coisas que norteiam a CBF é a independência do departamento de arbitragem. É uma norma do presidente Rogério Caboclo: nós temos total liberdade para escalar, não temos nenhum tipo de influência da CBF ou dos clubes. Não existe veto."

Confira as análises de Gaciba sobre as polêmicas de arbitragem:

VASCO 1 X 2 FLAMENGO

Reclamação: gol do Vasco anulado por impedimento.

"Decisão técnica perfeita. Além da imagem que foi mostrada pela câmera 7, onde é feita a linha de impedimento, tem uma imagem invertida da jogada que mostra exatamente o que aconteceu dentro de campo de jogo. O jogador estava adiantado e o gol foi bem anulado."

FLUMINENSE 1 X 0 BAHIA

Polêmica: dois possíveis pênaltis para o clube carioca, um dos quais não assinalado.

"As decisões técnicas foram todas corretas. A marcação da penalidade - que acabou gerando o gol - foi um tranco ilegal, empurrão pelas costas, sendo detectado pelo árbitro de vídeo e a revisão correta feita. O segundo lance polêmico, da questão do toque de mão do jogador do Bahia dentro da área, análise perfeita do árbitro de vídeo de não chamar para revisão."

SANTOS 2 X 1 GRÊMIO

Polêmica: VAR aponta pênalti para o Santos, mas não é acionado em possível penalidade para os gaúchos.

"O primeiro pênalti marcado foi pelo campo, não teve auxílio do VAR. O segundo pênalti marcado foi através de uma revisão do árbitro de vídeo, que o árbitro de campo não conseguiu perceber. A respeito da mão na bola, a bola bate no braço e o braço está em posição natural. Cem por cento dos comentaristas concordaram que não era pênalti, e o árbitro de vídeo não chama quando a decisão do campo é correta. Isso é protocolo."

CEARÁ 2 X 1 CORINTHIANS

Expulsão de Eduardo.

"Movimento de gatilho, fora da disputa da bola. O jogador joga o cotovelo com força desproporcional no rosto do adversário. Pra mim se enquadra em conduta violenta. Decisão final da arbitragem de expulsão foi corretíssima."

Pênalti de Cássio.

"O Cássio, ao se levantar, calça o jogador. Contato do joelho direito na perna do jogador e derruba dentro da área. Falta por imprudência e tiro penal bem marcado."

O goleiro Gatito Fernández usou as suas redes sociais para pedir desculpas por ter chutado a cabine do VAR no Engenhão após a derrota do Botafogo por 2 a 0 para Internacional, no sábado. No duelo, o time carioca teve dois gols anulados. O jogador, no entanto, criticou os profissionais que operam a ferramenta.

"De cabeça fria, agora, é claro que me arrependo. Não é uma postura da qual me orgulho e não deveria mesmo ter feito isso", reconheceu o goleiro paraguaio, que disse ser favorável à presença do árbitro de vídeo no futebol brasileiro.

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Ele reforçou que não teve a "postura correta" ao sair de campo, mas não deixou de manifestar seu descontentamento com os profissionais responsáveis por operar a tecnologia dentro da cabine.

"Sei do meu papel, sei que devo dar exemplos. Mas tudo tem um limite e sequer temos um caminho para tentar fazer com que as coisas melhorem na arbitragem. O VAR chegou para ficar e está ajudando bastante o futebol no Brasil e em todo o mundo. O que não pode acontecer é termos profissionais completamente despreparados para usar tal ferramenta", criticou.

O Botafogo teve dois gols anulados contra o Internacional. O primeiro, marcado por Matheus Babi, foi invalidado após o árbitro de vídeo apontar posição de impedimento no lance.

A anulação do segundo gol, anotado por Bruno Nazário na etapa final, foi a que mais revoltou os botafoguenses. No lance, o VAR chamou à cabine o juiz para rever a origem da jogada. Depois ver o vídeo, o árbitro Thiago Duarte Peixoto entendeu que houve falta de Matheus Babi em Patrick no começo do lance e invalidou o tento, causando a revolta dos jogadores do Botafogo.

"De cabeça quente, e com tudo que todos viram nas decisões da arbitragem, fica quase impossível não esboçar qualquer tipo de reação", ressaltou Gatito. "Os atletas precisam ter o direito de participar desta construção de nova arbitragem no mundo. O que está acontecendo na atualidade não nos satisfaz", concluiu o goleiro.

A Federação Paulista de Futebol (FPF) anunciou nesta segunda-feira que a fase final do Campeonato Paulista terá o retorno do VAR (árbitro de vídeo) em suas partidas com uma novidade: o sistema será utilizado dentro da sede da organização em São Paulo, sendo o primeiro "centralizado" da América Latina.

Esta será a primeira competição que seguirá o modelo da Copa do Mundo da Rússia, em 2018, em que todos os jogos tiveram VAR em uma central, em Moscou. A empresa operadora será a Hawk-eye, que também foi a responsável pelo Campeonato Paulista de 2019 e pelo Mundial da Rússia.

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Apesar da novidade, a FPF informou que cada estádio também vai contar com uma sala completa de VAR para "oferecer ainda mais segurança". "A FPF contratou a GSTN Best Fibra, empresa que foi responsável pela conexão de fibras entre os estádios e a central do VAR. Haverá, para cada estádio, duas linhas de fibra (uma principal e outra de backup)".

A construção das salas na sede da entidade começou no ano passado com uma série de testes de áudio e vídeo.

O Barcelona perdeu a liderança do Campeonato Espanhol para o Real Madrid na rodada deste final de semana e sobrou questionamentos sobre a utilização do VAR nas partidas do rival. Como as dadas pelo zagueiro Gerard Piqué, que sugeriu que o time de Madri pode ser beneficiado pelo árbitro de vídeo, e as do técnico Quique Setién nesta segunda-feira (22). No domingo (21), o clube da capital foi mais uma vez alvo de contestação após a vitória diante da Real Sociedad, no País Basco.

O treinador elogiou a entrada da tecnologia do futebol, mas disse ter dúvidas sobre a sua aplicação. "O VAR é uma ferramenta que possuímos que pode nos tornar melhores. Precisamos usá-lo, pois ele fornece uma visão mais clara da realidade. É compreensível que pensemos porquê umas ações são revisadas e outras não. Em umas partidas sim e outras não, isso é que se pode pensar que não está sendo bem utilizado", afirmou em entrevista coletiva nesta segunda-feira, véspera do duelo contra o Athletic Bilbao, em Barcelona, pela 31.ª rodada.

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Diante da Real Sociedad, o Real Madrid teve um pênalti confirmado após consulta do VAR e o segundo gol confirmado após polêmica no início da jogada se a bola tinha batido no braço ou ombro do centroavante francês Karim Benzema, enquanto que os rivais tiveram um gol anulado quando a partida estava apenas 1 a 0 para o time de Madri.

Setién falou pouco sobre o jogo do Real Madrid e não quis especular. "Nós vamos nos concentrar no que podemos controlar. Existem coisas que estão fora de alcance, nós tentaremos fazer as coisas da maneira correta no campo. Algumas vezes mais contente, outras não. Sempre", afirmou o treinador. "A verdade é que eu não especulo. Eu escuto muitas opiniões e realmente estão frustrados de terem perdido um ponto sabendo que tem um rival à frente, que joga bem e não cometerá erros, e que La Liga será difícil até o fim", declarou.

A respeito de seu time, o treinador acredita que o rendimento é bom, mas ainda há o que se melhorar. "Estou bastante contente com o que estamos fazendo. Vencemos duas partidas e empatamos uma. Marcamos seis gols e não sofremos nenhum. E fora de casa contra o terceiro colocado jogamos bem. Temos que melhorar algumas coisas mas não acredito que temos problemas futebolísticos. Claro que eu gostaria de ter um pouco mais de efetividade, mas são circunstâncias do futebol", completou.

Presente no centro do debate do futebol brasileiro neste ano, o árbitro de vídeo deve passar por mudanças a partir de 2020. Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, o presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Leonardo Gaciba, fez um balanço positivo do primeiro ano do uso do VAR no Campeonato Brasileiro e comentou sobre as possíveis novidades no recurso tecnológico para a próxima temporada.

Gaciba informou que o VAR teve índice de acerto de 98,4% em situações protocolares no Brasileirão, de acordo com os estudos da CBF. Ainda segundo o chefe de arbitragem no Brasil, o número de erros capitais (pênalti, cartão vermelho, impedimento ou erro de identificação) caiu de 188 em 2018 para 36.

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"Creio que o balanço é extremamente positivo. Os números mostram a realidade. A diminuição dos erros capitais de arbitragem foi profundamente impactante", avaliou o ex-árbitro, que considera que a "precisão e a linha de intervenção bem definida são o foco" do VAR.

Apesar de a ferramenta ter sido criticada por alguns clubes ao longo do campeonato, a taxa de aceitação foi alta. A CBF realizou recentemente o "Tour do VAR", uma pesquisa que ouviu 584 pessoas, entre jogadores, membros de comissões técnicas e dirigentes de 17 clubes. A consulta concluiu que 94,1% aprovam a continuidade do árbitro de vídeo. "Tínhamos ciência de que com o tempo e prática as reclamações diminuiriam. A ferramenta foi ganhando confiança, diminuindo tempo de revisões e mostrando seu verdadeiro valor. Sinceramente, os bons resultados e a aceitação vieram de forma mais rápida do que esperávamos", disse.

A CBF fez alguns testes com a ferramenta na reta final do Nacional, indicando que deve haver novidades em 2020. Uma das inovações é a operação do árbitro de vídeo à distância, que foi experimentada no duelo entre Bahia e Vasco, em Salvador, válido pela 37.ª rodada. A ideia, a partir disso, é tirar as cabines dos estádios e criar uma central do VAR no Rio de Janeiro, inspirada na central da Fifa da Copa do Mundo da Rússia. A operação se dá por meio de uma ligação de fibra ótica entre o local da partida e a sala do vídeo.

"Foi um teste muito positivo. Trabalhamos offline do Rio de Janeiro em um jogo realizado em Salvador", analisou Gaciba, ponderando na sequência que "não queremos acelerar mudanças até que tenhamos uma confiabilidade de 100% na centralização do uso do VAR. O Brasil é um continente, gigantesco, esse é um desafio grandioso".

A CBF também estuda a implementação de um quadro com apenas árbitros de vídeo e planeja exibir todas as revisões em tempo real nos telões dos estádios a partir na próxima temporada, como ocorreu no Maracanã na partida entre Flamengo e Avaí, pela 37.ª e penúltima rodada, e como já acontece nos jogos do Campeonato Inglês.

"Foram testes que tiveram uma excelente aceitação. Veremos a viabilidade de utilizar o sistema na próxima temporada, sim. Mas teremos de alinhar bem com os clubes, já que em alguns estádios não há telão para exposição", pontuou.

A divulgação das imagens revistas no vídeo e do áudio das conversas entre o árbitro de campo e os auxiliares da cabine também é algo que está sendo estudado pelo chefe de arbitragem da CBF. Isso é um pedido recorrente da maioria dos clubes da Série A. Eles entendem que a medida, se vier mesmo, traria mais transparência ao futebol brasileiro.

Nesse sentido, a Conmebol saiu na frente e liberou em seu site áudios e vídeos do VAR nos últimos jogos da Libertadores. "Sempre que necessário e quando acharmos importante, traremos informações não só de vídeos e áudios, mas de como funciona uma sala de operação. O VAR suscita muita curiosidade", entendeu Gaciba.

Após quatro anos afastado do futebol, o francês Michel Platini, ex presidente da UEFA polemizou nesta segunda-feira (18), ao comentar sobre o uso do VAR no futebol. Platini reprovou a tecnologia além de falar brevemente sobre planos para o futuro.

Foi durante um entrevista ao programa de TV italiano 'Che tempo' que Michel fez a seguinte afirmação: "Eu sou contra o VAR , acho uma bela merda e infelizmente nunca voltaremos atrás com isso", lamentou. Michel ainda comentou sobre a demora que as decisões do VAR têm tido para se chegar a uma decisão.

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O ex-jogador, três vezes bola de ouro, ficou afastado do futebol por um período de quatro anos acusado de corrupção enquanto comandante da UEFA. De volta, ele ainda planeja um retorno. "Estou com 64 anos. Tenho tempo para uma última aventura, mas não posso cometer erros", finalizou.

O vereador carioca Antônio José Papera de Azevedo (PTB), conhecido como Zico, está querendo proibir o uso do Árbitro de Vídeo (VAR) nas partidas de futebol realizadas pela Federação de Futebol do Rio de Janeiro (FERJ) ou em qualquer outra que aconteça no município. Para isso, ele criou um projeto de lei publicado nesta quarta-feira (16), no Diário Oficial da Câmara do Rio. 

Como justificativa, Zico diz que "apesar de ser uma tecnologia muito cara, o uso do Árbitro de Vídeo não tem contribuído para a melhoria do futebol, com interrupções demoradas, fazendo com que o ritmo das partidas seja alterado". Além disso, o vereador acentua que, com o uso do VAR, "quem perde é o público que paga para assistir ao espetáculo". 

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Se aprovado o projeto de lei, o descumprimento acarretará em multa no valor de R$ 250 mil. Valor arrecadado deverá ser revertido para o Fundo Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor (FUMDC). 

A diretoria do Vasco enviou, nesta segunda-feira, um protesto para a CBF contra aqueles que considera seguidos erros de arbitragem contra o time nos jogos do Campeonato Brasileiro. No documento, o clube solicita a Leonardo Gaciba, presidente da comissão de arbitragem da confederação, os áudios das conversas entre o árbitro Ricardo Marques Ribeiro e a equipe de VAR no jogo contra o Corinthians, no último domingo, em Itaquera.

"O Vasco da Gama perdeu pontos preciosos que fazem e farão muita falta na sequência do Campeonato Brasileiro, não apenas no aspecto desportivo quanto financeiro, visto que a competição remunera os clubes pela colocação final na tabela de classificação. O prejuízo financeiro, portanto, é evidente. O prejuízo técnico, idem. Não vamos tolerar. É inadmissível que um recurso criado com o propósito de dirimir dúvidas e reduzir brutalmente os erros de arbitragem esteja produzindo o oposto como sequela", afirmou a carta assinada pelo presidente Alexandre Campello.

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Entre os lances reclamados no jogo com o Corinthians, estão o gol de Werley anulado - um chute do atacante Rossi que desviou na mão de um zagueiro -, além dos 21 minutos de acréscimos por causa da demora na análise do VAR. Também não foram esquecidas jogadas polêmicas contra Athletico-PR, CSA e Grêmio.

"Teria o VAR chegado Brasil para ser um replicador tecnológico do erro humano?", perguntou o documento, que também questionou a demora para analisar cada lance e a não revelação dos áudios das conversas nos momentos polêmicos.

O Vasco volta a jogar na quarta-feira, no Estádio Independência, em Belo Horizonte, às 19h15, contra o Atlético-MG, em duelo adiado da 21.ª rodada do Brasileirão.

Confira o documento enviado pelo Vasco:

Após o primeiro turno de utilização do VAR (árbitro de vídeo) no Campeonato Brasileiro, mais da metade dos clubes da Série A defende mudanças. O pedido principal é a liberação das imagens revistas no vídeo e do áudio das conversas entre o árbitro de campo e os auxiliares da cabine. Os cartolas também querem que os torcedores no estádio saibam o que está sendo analisado. Para eles, a tecnologia só deve ser usada para reverter uma decisão caso a marcação do juiz no gramado seja um erro claro.

O Estado consultou os 20 clubes da elite do futebol brasileiro sobre o árbitro de vídeo. Doze se pronunciaram, propondo alterações. Foram eles: Atlético-MG, Bahia, Ceará, Fortaleza, Goiás, Internacional, Chapecoense, Avaí, Palmeiras, Vasco, Fluminense e Flamengo. Oito não quiseram se manifestar sobre o VAR (Corinthians, São Paulo, Santos, Grêmio, Cruzeiro, Botafogo, Athletico-PR e CSA).

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"Não vejo porque os diálogos não serem habitualmente mostrados e as imagens também, mesmo que seja para reconhecer erros. Afinal de contas não existe sistema que não tenha erros. A transparência na nossa visão vai servir para defender o árbitro de vídeo e não prejudicá-lo", disse Guilherme Bellintani, presidente do Bahia.

Embora não tenha se posicionado oficialmente, o Corinthians realizou palestra para os jogadores ressaltando a importância do VAR. O presidente da Comissão Nacional de Arbitragem da CBF, Leonardo Gaciba, visitou o clube na semana passada e tirou dúvidas dos atletas. "A reunião serviu para que membros de comissão técnica e atletas entendessem mais sobre novas regras e sobre como operam na checagem dos lances para que todos tenham melhor compreensão das mudanças", comentou o gerente de futebol do Corinthians, Vilson Menezes.

Existem quatro tipos de lances que podem ser analisados pelo VAR, segundo o Conselho da Federação Internacional de Futebol (Ifab, na sigla em inglês): se foi gol ou não, se houve pênalti, erro de identificação para aplicar um cartão e se a jogada foi ou não para vermelho direto. "O Atlético-MG considera que a publicação e a publicidade de áudios e vídeos do VAR são a chave do processo. Isso é fundamental", opinou Lásaro Cândido da Cunha, vice-presidente do Atlético-MG.

POSIÇÃO DA CBF - A CBF ainda não se manifestou oficialmente sobre as reclamações dos clubes. Em evento realizado em agosto, a entidade sinalizou que deverá atender boa parte das solicitações a partir da primeira rodada do returno, marcada para o próximo final de semana. A entidade anunciou que as revisões do VAR terão as imagens liberadas para quem acompanha os jogos pela TV. Quem estiver no estádio também poderá ver o vídeo utilizado para a análise do árbitro logo após a revisão dos lances. Por outro lado, os áudios com as conversas entre o juiz de campo e o da cabine devem continuar restritos à equipe de arbitragem.

Marcelo Segurado, diretor de futebol do Ceará, propõe que os clubes tenham direito a solicitar o uso do VAR. "Seria interessante que houvesse uma ou duas solicitações ou do treinador ou do capitão da equipe em cada tempo do jogo", avaliou o dirigente.

Guilherme Bellintani retoma uma discussão antiga na arbitragem brasileira: a questão da profissionalização. "A profissionalização da arbitragem é o passo necessário para que o árbitro de vídeo seja mais bem utilizado. A profissionalização traz com ela mais formação, mais capacidade de análise, enfim, qualidade técnica geral.

O maior problema tem sido a demora para tomada de decisão no gramado. No empate entre Palmeiras e Bahia, pela 14.ª rodada do Brasileirão, dois pênaltis foram marcados para a equipe baiana após o mineiro Ricardo Marques Ribeiro, árbitro de vídeo, acionar o conterrâneo Igor Benevenuto em campo. Em cada uma das vezes, cerca de cinco minutos foram gastos para que um consenso fosse tomado sobre as infrações. A partida teve uma duração total de 110 minutos - 20 a mais do que o tempo regulamentar. "O tempo que se toma a decisão tem de ser reduzido", disse Mauricio Galiotte, presidente do clube alviverde.

O clube paulista se considera pioneiro na discussão sobre o uso do VAR. Na final do Campeonato Paulista de 2018 contra o Corinthians, o Palmeiras alega que houve interferência externa para ajudar o árbitro Marcelo Aparecido de Souza a marcar e, depois de oito minutos, cancelar um pênalti de Ralf no atacante Dudu, no segundo tempo da decisão. Depois de o STJD negar, por unanimidade, o pedido de impugnação da final, o clube paulista desistiu de recorrer à Corte Arbitral do Esporte (CSA, na sigla em inglês), a última instância do direito esportivo.

Confira o que disseram os representantes dos clubes:

Guilherme Bellintani, presidente do Bahia - "A profissionalização da arbitragem é o passo necessário para que o árbitro de vídeo seja mais bem utilizado. A profissionalização traz com ela mais formação, mais capacidade de análise, enfim, qualidade técnica geral. E a segunda coisa é transparência. Não vejo porque os diálogos não serem habitualmente mostrados e as imagens também, mesmo que seja para reconhecer erros".

Lásaro Cândido da Cunha, vice-presidente do Atlético-MG - "O Atlético considera que a publicação e a publicidade de áudios e vídeos do VAR é a chave do processo. É fundamental. Não é possível a CBF ficar em conta gotas. Por outro lado, as pessoas que operam o árbitro de vídeo e também os árbitros de campo têm de ter uma formação mais adequada".

Marcelo Segurado, diretor de futebol do Ceará - "Transparência na divulgação dos vídeos e áudios para que possa saber o que foi conversado. Outra situação é que houvesse em cada tempo uma ou duas solicitações ou do treinador ou do capitão da equipe. Outro ponto: todos são expostos aos erros: treinador, jogador presidente e diretor, menos o árbitro. A solicitação é de que árbitro de campo e de VAR participem de coletivas após os jogos".

Marcelo Paz, presidente do Fortaleza - "Quanto mais clareza, melhor. Este é o ponto. Se o porquê das decisões fosse informado seria melhor. É possível usar isso de forma transparente. Os protocolos precisam ficar cada vez mais claros. Depois que recebemos a visita do Gaciba (Leonardo Gaciba, chefe de arbitragem da CBF) aqui no Fortaleza foi muito esclarecedor. Depois disso, entendemos melhor o motivo de algumas decisões. Isso faz com que o VAR tenha mais credibilidade. Se os próprios jogadores não conheciam muito bem, imagina o público em geral".

Túlio Lustosa, gestor de futebol do Goiás - "Maior agilidade nas decisões, menos interferências em lances interpretativos e principalmente que os assistentes só deixem de levantar a bandeira realmente na dúvida do impedimento (muitos lances de impedimento claro os assistentes estão deixando o lance 'correr' para depois levantar a bandeira)".

Marcelo Medeiros, presidente do Internacional - "O VAR é uma realidade que veio para ficar. O uso da tecnologia, a exemplo de outros esportes, contribui com o aprimoramento do futebol. Acho que a transparência é importante. A gente ter acesso aos áudios é um passo que pode ampliar a transparência - não que as coisas sejam obscuras, mas que a gente entenda o que aquela comissão de árbitros de vídeo está repassando ao árbitro de campo. Acho que quanto maior transparência, melhor. Mas não sei se (liberar imagens e áudio) no dia do jogo é o melhor momento".

Plinio David de Nes Filho, presidente do Chapecoense - "Eu defendo o VAR desde o primeiro dia aqui na CBF. Sou um entusiasta do VAR, porque venho do vôlei e do tênis, onde ele apresenta resultado muito bem. Tivemos dificuldade de entendimento, mas está melhorando com o passar do tempo. Tem de ser um veículo que transmita paz nos estádios, que o torcedor entenda que aquilo foi real. As coisas precisam ser bem clareadas. Acho que tem de liberar tudo. No momento que libera as imagens, libera os áudios".

Francisco José Battistotti, presidente do Avaí - "O clube entende que o VAR precisa ser melhorado. Ganho de velocidade na avaliação dos lances em verificação. Criar um mecanismo claro como o futebol americano, onde o árbitro fala ao microfone para o estádio a decisão tomada, com o lance no telão. Mas a liberação do áudio da conversa dá transparência para as decisões tomadas".

Mauricio Galiotte, presidente do Palmeiras - "O Palmeiras é 100% favorável à tecnologia, ao uso do VAR. A tecnologia tem como princípio a justiça, então a gente entende que ela é benéfica e temos de lutar por isso. Entretanto, o que a gente acha é que é uma ferramenta que merece ajustes. O tempo que se toma a decisão tem de ser reduzido. Acho que as imagens que estão sendo analisadas no momento do VAR deveriam ser expostas ao público, e também talvez o áudio pudesse ser divulgado".

Alexandre Campello, presidente do Vasco - "Acho que não só deveria liberar os áudios do VAR, como deveria ser informado ao público do estádio o que está sendo analisado, para dar mais transparência. Estive aqui na CBF em dois momentos porque achei que o Vasco havia sido prejudicado em dois lances. Mas, ao ver o trabalho do pessoal do VAR e ser apresentado à lógica e às imagens dos lances - que a gente não tem às vezes quando está assistindo pela televisão -, eu acabei concordando com a arbitragem".

Mario Bittencourt, presidente do Fluminense - "O Fluminense é a favor do VAR, desde que mudem os critérios de avaliação. Acho que hoje estão equivocados e precisam melhorar. É lógico que a gente é a favor da tecnologia, mas a gente acha que está sendo mal operado pelas pessoas. A gente já fez três ofícios criticando algumas situações em que a gente acha que o critério foi ruim. Tem de liberar imagem e áudio".

Flamengo - "O clube considera que o VAR está cumprindo sua função e melhorou o futebol de forma geral. Entendemos que alguns pontos podem evoluir, como a uniformidade de critério, e encontrar formas de acelerar as decisões do VAR para tornar o jogo mais fluido e contínuo".

O sonho de quase todo jogador de futebol é fazer um gol e correr para os braços da sua amada. O meio campista Wanderson, do Ludogorets, da Bulgária, quase realizou o desejo, mas enquanto beijava sua esposa o jogo já tinha sido reiniciado devido a uma marcação de impedimento. A cena inusitada aconteceu no domingo (25) na Ludogorets Arena.

Sem pensar e nem olhar para o bandeirinha, Wanderson correu para comemorar junto da sua amada, mas antes que o beijo apaixonado acontecesse o juiz da partida já havia reiniciado o jogo e assinalado o impedimento sem que o atleta percebesse. Ele, então, seguiu com sua cena romântica.

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Com a anulação do gol do apaixonado de Wanderson, a partida ente Ludogorets e Slavia Sofia terminou empatada em 0x0. As equipes são concorrentes direto na tabela. O Slavia é primeiro colocado com 16 pontos, já o Ludogorets vem logo atrás com 15 pontos.

Confira a cena: 

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A diretoria do Ceará cumpriu o que prometeu e, no final desta terça-feira, entrou com um pedido no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) de impugnação da partida contra o São Paulo, no último domingo, no estádio do Morumbi, na capital paulista, pela 15.ª rodada do Campeonato Brasileiro. O anúncio foi feito pelo órgão no final da manhã desta quarta.

O Ceará questiona o erro na não marcação de um pênalti do goleiro Tiago Volpi no atacante Felippe Cardoso no segundo tempo da partida na qual o time paulista venceu por 1 a 0. Para o clube cearense, a partida deve ser anulada por erro de avaliação das regras do desporto por parte da arbitragem. O pedido foi encaminhado nesta quarta-feira ao presidente do STJD, Paulo César Salomão Filho.

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No lance reclamado pelo Ceará, aos 14 minutos do segundo tempo, o goleiro são-paulino Tiago Volpi tentou desarmar Felippe Cardoso, mas acabou derrubando o adversário dentro da área em uma trombada. A jogada foi vista como normal pelo árbitro pernambucano Gilberto Rodrigues Castro Júnior e o VAR (árbitro de vídeo) não recomendou a revisão.

Baseado no artigo 84 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), o Ceará ingressou com pedido de impugnação de partida e destacou que "Thiago Volpi agiu intencionalmente para interromper a jogada de Felippe Cardoso com nítido intento de abalroar com o jogador adversário, deixando de se direcionar à defesa da bola". Ainda de acordo com o clube, "ato contínuo, o árbitro decidiu, em contato com o VAR, não marcar a penalidade sem revisar a jogada".

Para o Ceará, o erro não pode ser considerado interpretativo, mas sim "um erro claro de avaliação das regras do desporto por parte da arbitragem, o que demandaria obrigatoriamente uma revisão de lance, a qual foi suprimida absolutamente, erro que precisa ser corrigido por esta Justiça Desportiva", completou.

De acordo com o STJD, o departamento jurídico do Ceará destaca ainda a necessidade de disponibilização dos áudios da conversa entre o árbitro principal e os de vídeo para confirmar que houve orientação do cometimento de erro grave por parte do árbitro e que, mesmo assim, em falha procedimental, o lance da penalidade questionada não foi revisto.

O presidente da Comissão de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol Leonardo Gaciba comentou nesta segunda-feira (20) no programa 'Bem Amigos' do SporTV sobre a arbitragem brasileira, sobre VAR e afirmou que pode haver um assistente dentro do campo.

Os juízes da partida ganhariam um 'reforço' para auxiliar dentro de campo, Gaciba explicou a proposta: "Estamos estudando a possibilidade de colocar os assistentes dentro do campo para acompanhar o ritmo de jogo, algo parecido com o que é feito na NBA. Identificamos que o ritmo de jogo é o que mais mudou nos últimos tempos no futebol. A dificuldade é manter o critério. Testes estão sendo feitos, sem nenhuma proposta oficial, mas a ideia seria continuar com o árbitro principal", afirma.

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Depois da decisão de transmitir a mesma imagem analisadas pelo VAR na televisão, essa é mais uma medida que visa minimizar erros e ter transparência na arbitragem tão criticada no futebol brasileiro. Além dos telespectadores, Leonardo Gaciba também levou em consideração os torcedores no estádio.

Nos estádios, já é avisado que o lance está em revisão. Aí, dentro da possibilidade de cada estádio, vamos passar a avisar o motivo da revisão. Eu não posso passar replays em telões nos estádios que têm, mas nós queremos passar o lance conclusivo, que levou à decisão", finalizou.

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