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A epidemia da varíola do macaco está recuando, mas os especialistas e autoridades de saúde dizem que a vitória não deve ser cantada antes do tempo. Apontam que a circulação do vírus nos países africanos, muito antes deste ano, deve ser levada em consideração.

"Estamos caminhando para o fim, mas ainda não chegamos lá", declara o virologista Jean Claude Manuguerra à AFP.

Com mais de 70.000 casos em centenas de países desde maio, "uma epidemia de varíola do macaco tão importante em tão pouco tempo é algo nunca visto", relembra Manuguerra, chefe da unidade de Meio Ambiente e Riscos Infecciosos no Instituto Pasteur.

Desde meados de julho, a curva de contaminação diminuiu de forma considerável, especialmente na Europa Ocidental e na América do Norte. Entretanto, alguns países da América Latina enfrentam um aumento.

A varíola do macaco foi eleita emergência internacional de saúde pública pela Organização Mundial de Saúde (OMS) no dia 23 de julho, e permanece nessa classificação, assim como a Covid-19.

"Uma epidemia que desacelera pode ser mais perigosa, pois você pode pensar que a crise acabou e abaixar a guarda", o diretor geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou no início desse mês.

Apesar disso, segundo especialistas, o declínio da epidemia se deve em grande parte às mudanças de comportamento nas comunidades de risco, embora a imunização também tenha desempenhado um papel importante.

Os comportamentos evoluíram graças ao papel "das associações, talvez mais ouvidas que as autoridades e mais envolvida com o terreno", sugere Manuguerra.

Em relação à vacinação, "ajudou, mas o número de doses disponíveis segue sendo baixa", diz Carlos Maluquer de Motes, professor de virologia na universidade britânica de Surrey, à AFP.

A vacina continua sendo recomendada para prevenção e pós-exposição. Segundo a Agência Europeia de Controle de Doenças (ECDC, na sigla em inglês), sua eficácia clínica ainda não é sustentada por "dados definitivos", mas apresenta resultados preliminares positivos.

"Ainda há incertezas significativas sobre a evolução da epidemia", destaca a agência europeia.

A epidemia, mais letal, se deve principalmente ao contato com a vida selvagem nas áreas rurais dos países endêmicos da África Central e Ocidental.

Nos últimos meses, "foi visto novamente que as estratégias globais só são implantadas quando os países do norte são afetados, o que não isenta as autoridades de saúde africanas", diz Maluquer de Motes.

O vírus não possui fronteiras e a resposta deve ser local, insistem os defensores da abordagem "One Health", que combina saúde humana, animal e ambiental.

Seus especialistas traçam quatro cenários, dois desfavoráveis que representam um rebote da epidemia relacionado com o retorno de comportamentos de risco ou uma circulação reduzida do vírus com surtos esporádicos.

As duas situações favoráveis envolvem o declínio contínuo da epidemia ou a erradicação da doença na Europa.

Evitar que a varíola do macaco, causada por um vírus de DNA maior e com menos chance de mudanças genéticas brutais do que o vírus de RNA, se torne mais perigosa ou se instale em países sem casos permanece como o prinicipal objetivo.

O Ministério da Saúde da Espanha notificou, nesta sexta-feira (29), o falecimento de uma pessoa com varíola do macaco, a primeira morte de um paciente com a doença registrada na Europa.

Na Espanha, um dos países com mais casos no mundo, 4.298 pessoas se infectaram com o vírus e uma delas morreu, de acordo com o Centro de Coordenação de Alertas e Emergências Sanitárias do Ministério da Saúde, que não deu mais detalhes.

Questionada sobre a influência do vírus na morte, uma porta-voz da pasta afirmou à AFP que apenas a autópsia poderá responder.

"Dos 3.750 pacientes com informações disponíveis, 120 foram hospitalizados (3,2%) e um faleceu", afirma o relatório do ministério desta sexta, com base em dados da Rede Nacional de Vigilância Epidemiológica.

Pouco antes, uma morte por varíola do macaco foi anunciada no Brasil: um homem de 41 anos com comorbidades, em Belo Horizonte, Minas Gerais. É a primeira morte ligada à doença fora da África e a sexta no mundo no surto atual.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) ativou, no sábado, o nível máximo de alerta para reforçar a luta contra a doença, que já afetou quase 17 mil pessoas em 74 países.

A varíola do macaco - detectada pela primeira vez no ser humano em 1970 - é menos perigosa e contagiosa que a antiga varíola, erradicada em 1980.

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou neste sábado (23) que a varíola do macaco é uma emergência de saúde global.

O anúncio de Tedros vem no momento em que o surto de casos de varíola do macaco afeta 15.800 pessoas em 72 países, segundo dados atualizados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) até 20 de julho.

Tedros expressou "sua preocupação" com o aumento do número de casos de varíola do macaco na quinta-feira, durante a abertura da reunião do comitê de emergência de especialistas, que estuda se o atual surto da doença justifica ou não o mais alto nível de alerta.

"A varíola do macaco está fora de controle, não há razão legal, científica ou de saúde para não declarar uma emergência de saúde pública de magnitude internacional", disse no Twitter na sexta-feira Lawrence Gostin, especialista americano em direito da saúde pública e diretor do Centro de Direito da Saúde da OMS.

Desde o início de maio, foi detectado um aumento incomum de casos fora dos países da África Central e Ocidental onde o vírus é endêmico, espalhando-se por todo o mundo, com um alto número de infecções na Europa.

A varíola do macaco - detectada pela primeira vez em humanos em 1970 - é menos perigosa e contagiosa do que a varíola, erradicada em 1980. Na maioria dos casos, os pacientes são homens relativamente jovens, que têm relações homossexuais e geralmente vivem em cidades, disse a OMS.

De acordo com um estudo do New England Journal of Medicine com 528 pessoas em 16 países – o maior até o momento – 95% dos casos foram transmitidos sexualmente.

Na sexta-feira, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) recomendou estender o uso de uma vacina contra a varíola para combater a propagação da varíola do macaco, que já é usada em vários países.

Em 2013, a UE aprovou a vacina Imvanex, da empresa dinamarquesa Bavarian Nordic, para prevenir a varíola. Seu uso agora é estendido devido à sua semelhança com o vírus da varíola do macaco.

A OMS recomenda vacinar as pessoas de maior risco, bem como os profissionais de saúde que possam estar expostos à doença.

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) anunciou nesta sexta-feira (22) que aprovou a ampliação do uso de uma vacina contra a varíola para combater a propagação da varíola do macaco.

"O Comitê de Medicamentos de Uso Humano (CHMP) da EMA recomendou estender o uso da vacina Imvanex para incluir a proteção dos adultos contra a varíola do macaco", declarou o regulador europeu em um comunicado.

Em 2013, a UE aprovou a vacina Imvanex, da empresa dinamarquesa Bavarian Nordic, para prevenir a varíola. Seu uso agora é estendido devido à sua semelhança com o vírus da varíola do macaco.

Antes de iniciar uma reunião do Comitê de Emergência, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, expressou preocupação na quinta-feira com o aumento do número de casos de varíola do macaco.

A situação se agravou nas últimas semanas, com mais de 15.300 casos registrados em 71 países, segundo os últimos números das autoridades de saúde dos Estados Unidos (CDC), os mais atualizados.

Ghebreyesus é responsável por declarar uma emergência de saúde pública de interesse internacional, o mais alto nível de alerta da agência de saúde, de acordo com as recomendações do Comitê.

Em uma primeira reunião, realizada em 23 de junho, a maioria dos especialistas desaconselhou a declaração de uma emergência internacional de saúde pública.

Detectada no início de maio, a propagação incomum da varíola do macaco fora dos países da África central e ocidental, onde o vírus é endêmico, se espalhou desde então por todo o mundo, com epicentro na Europa.

Encontrada pela primeira vez em humanos em 1970, a varíola do macaco é menos perigosa e contagiosa do que sua prima, a varíola, erradicada em 1980.

Na maioria dos casos, os pacientes são homens que mantêm relações sexuais com outros homens, relativamente jovens e que vivem principalmente em cidades, segundo a OMS.

A doença se manifesta inicialmente com febre alta e progride rapidamente para erupções cutâneas. Na maioria das vezes é benigna e geralmente se cura espontaneamente após duas ou três semanas.

O regulador europeu baseou sua recomendação em dados de vários estudos em animais que mostraram proteção contra o vírus da varíola do macaco em primatas não humanos vacinados com Imvanex.

"O perfil de segurança do medicamento é favorável, com efeitos colaterais leves a moderados, e o CHMP concluiu que os benefícios do medicamento superam os riscos", sublinhou a EMA.

A empresa dinamarquesa Bavarian Nordic, único laboratório que produz uma vacina autorizada contra a varíola do macaco, informou na terça-feira que recebeu um pedido de 1,5 milhão de doses, a maioria das quais será entregue em 2023, para um país europeu cujo nome não especificou, enquanto o os Estados Unidos encomendaram mais 2,5 milhões de doses adicionais.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) reúne nesta quinta-feira (21) o comitê de especialistas em varíola do macaco para determinar se o atual aumento de casos é uma emergência de saúde pública de alcance internacional, seu nível mais alto de alerta.

Nas últimas semanas, mais de 14.500 casos foram registrados em 70 países, segundo dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), a agência de saúde pública dos Estados Unidos.

"Independentemente da recomendação do comitê, a OMS continuará fazendo todo o possível para conter a varíola do macaco e salvar vidas", disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da agência da ONU, em entrevista coletiva na quarta-feira.

Na primeira reunião, em 23 de junho, a maioria dos especialistas recomendou a Tedros que não pronunciasse a emergência de saúde pública de alcance internacional.

Detectado no início de maio, o inusitado ressurgimento de casos de varíola do macaco fora dos países da África central e ocidental, onde o vírus é endêmico, se espalhou por todo o mundo, tendo a Europa como epicentro.

Descoberta pela primeira vez em humanos em 1970, a varíola do macaco é menos perigosa e contagiosa do que a varíola, que foi erradicada em 1980.

A maioria dos casos é detectada em homens entre 18 e 50 anos.

Em 14 de julho, o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (CEDC) registrou 7.896 infecções pelo vírus da varíola do macaco. A Espanha é o país mais afetado, com 2.835 casos, seguido da Alemanha (1.924), França (912), Holanda (656) e Portugal (515).

A agência de saúde trabalha em paralelo com os Estados-membros e especialistas para avançar na pesquisa e no desenvolvimento em torno do vírus.

"Embora vejamos uma tendência de queda em alguns países, outros estão enfrentando um aumento e 6 países registraram seus primeiros casos na semana passada", afirmou Tedros.

"Alguns países têm menos acesso a diagnósticos e vacinas, o que dificulta o registro e a interrupção dos casos" quando os estoques de vacinas estão baixos, acrescentou.

A empresa dinamarquesa Bavarian Nordic, o único laboratório que produz uma vacina autorizada contra a varíola do macaco, informou na terça-feira que recebeu um pedido de 1,5 milhão de doses, a maioria para serem fornecidas em 2023, de um país europeu cujo nome não revelou e os Estados Unidos encomendaram 2,5 milhões de doses.

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) confirmou, nesta quarta-feira (20), mais dois casos da varíola causada pelo vírus monkeypox. Com isso, o Estado de Pernambuco totaliza nove notificações, sendo três casos confirmados da doença e outros seis, que ainda estão em investigação. Todos os três pacientes com confirmação laboratorial têm histórico de viagem para fora do Estado, em locais que já confirmaram transmissão autóctone da doença. Desta forma, Pernambuco ainda não registra transmissão local da varíola do macaco

O primeiro caso confirmado foi importado, envolvendo um morador de São Paulo (1). Já as duas novas confirmações são de pessoas residentes nos municípios do Recife (1) e Jaboatão dos Guararapes (1). As faixas etárias dos casos confirmados são: 20 a 29 (3), todos do sexo masculino. Já os outros dois casos confirmados se infectaram em viagens para locais com circulação do vírus.

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Os seis casos em investigação envolvem pessoas residentes dos municípios do Recife (3), Jaboatão dos Guararapes (1), Abreu e Lima (1), além do Rio de Janeiro (1). As faixas etárias são: 20 a 29 (2), 30 a 39 (1) e 40 a 49 (3), sendo 5 do sexo masculino e 1 do sexo feminino.

Dos nove casos notificados, oito estão em isolamento domiciliar e apenas um deles está internado em unidade hospitalar privada. Todos estão sendo acompanhados pelas equipes de vigilância epidemiológica municipais e as amostras coletadas estão sendo encaminhadas para o Laboratório de Enterovírus da Fiocruz/RJ, referência para o diagnóstico da Monkeypox, e para o Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (Lacen-PE).

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) foi notificada, nesta terça-feira (5), do primeiro caso suspeito de Monkeypox (varíola dos macacos) em Pernambuco. Trata-se de um paciente do sexo masculino, de 25 anos, residente da cidade de Guarulhos, em São Paulo. O jovem chegou a Pernambuco no dia 23 de junho para visitar familiares na cidade de Paulista, na Região Metropolitana do Recife.

A investigação epidemiológica constatou que o paciente teve contato com estrangeiros europeus em uma comemoração no estado onde reside. No último dia 30 de junho, ele começou a apresentar quadro de febre, adenomegalia (aumento dos linfonodos do pescoço), erupção cutânea e linfogranuloma venéreo (linfonodos inchados na região genital e virilha) e buscou atendimento na AHF Brasil - Clínica do Homem Recife na última segunda-feira (4). A clínica é uma unidade especializada em prevenção, diagnóstico e tratamento de IST, com foco no público masculino, atuando em parceria com o Programa de IST/HIV/Aids, da SES-PE.

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No serviço, foi realizado teste de triagem para detecção de sífilis, que apresentou resultado negativo, além da coleta de swab nasofaríngeo e esfregaço da lesão para análise e determinação de diagnóstico. As amostras coletadas serão encaminhadas para o Laboratório de Enterovírus da Fiocruz/RJ, referência para o diagnóstico da Monkeypox. O Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (Lacen-PE) também realizará investigação para detecção de outras doenças (arboviroses, exantemáticas, enterovirus, vírus respiratórios clamídia e gonococo, por exemplo).

O paciente apresenta quadro de saúde considerado estável e foi colocado em isolamento domiciliar. A Secretaria também já realizou a notificação do caso ao Ministério da Saúde (MS) e monitora junto à Secretaria Municipal de Saúde do Paulista, que está realizando o acompanhamento, coleta de exames complementares e a vigilância dos contatos próximos. Até o momento, nenhum familiar do paciente apresentou sintomas da doença.

No mês de junho, a Secretaria Estadual de Saúde emitiu nota técnica para os serviços de saúde sobre as diretrizes a serem adotadas para vigilância da Monkeypox no Estado, conforme documento: https://www.cievspe.com/informacoes-estrategicas.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu nesta sexta-feira (1°) a adoção de medidas "urgentes" para conter a propagação da varíola do macaco na Europa, onde os casos triplicaram nas últimas duas semanas.

"É imperativa uma ação urgente e coordenada" nos próximos meses para evitar que a doença se espalhe "em áreas geográficas maiores", alertou o diretor regional da OMS para a Europa, Hans Henri Kluge, em comunicado.

De acordo com os dados mais recentes da agência da ONU, a Europa contabiliza cerca de 4.500 casos de varíola do macaco, três vezes mais do que em meados de junho.

Esse número corresponde a 90% dos registrados mundialmente desde meados de maio, quando a doença, até então considerada endêmica apenas em cerca de dez países africanos, começou a ser notificada na Europa.

Até agora, 31 países europeus registraram casos.

A varíola do macaco, ou ortopoxvírus símio, foi identificada em humanos em 1970 e é considerada menos perigosa que a varíola, da mesma família, erradicada em 1980.

No sábado (25), o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que o surto de varíola do macaco era uma ameaça à saúde muito preocupante, mas que no momento não representava uma emergência global de saúde pública.

Apesar desta decisão, "a evolução rápida e a natureza urgente deste evento significa que o comitê (de especialistas) irá reexaminar seu posicionamento em breve", informou a OMS Europa.

O Reino Unido tem o maior número de casos até ao momento (1.076 segundo as autoridades britânicas), à frente da Alemanha (838), Espanha (736), Portugal (365) e França (350), de acordo com dados do Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC).

A doença é transmitida por contato muito próximo e 99% dos casos atuais dizem respeito a homens jovens (20 a 40 anos), segundo a OMS.

A agência da ONU recomendou que os países intensifiquem a vigilância da doença, incluindo seu sequenciamento, e obtenham capacidade para diagnosticá-la e responder a ela.

A OMS também incentivou os países a se comunicarem com os grupos afetados e o público em geral.

Nesta sexta-feira, o laboratório dinamarquês Bavarian Nordic, único a fabricar uma vacina já aprovada especificamente contra a varíola do macaco, anunciou uma nova entrega de 2,5 milhões de doses para os Estados Unidos.

Esse lote se soma a um primeiro pedido de 500.000 doses das autoridades americanas feito há algumas semanas para esta vacina, comercializada sob o nome de Jynneos nos Estados Unidos, enquanto na Europa é chamada Imvanex.

Os sintomas da doença incluem febre, dor de cabeça, linfonodos inchados, dores musculares e falta de energia.

Erupções cutâneas aparecem em seguida no rosto, nas palmas das mãos e nas solas dos pés; lesões, pústulas e, finalmente, crostas. Geralmente a doença se cura em cerca de três semanas.

A agência de vigilância sanitária do Reino Unido recomendou nesta terça-feira (21) a vacinação contra a varíola do macaco para pessoas do chamado grupo "de risco", homens gays que têm muitos parceiros sexuais e são os mais afetados pela onda recente de contágio.

"Embora qualquer pessoa possa ser infectada com a varíola do macaco, os dados atuais apresentam níveis de transmissão mais elevados entre (mas não somente) as redes sexuais de homens gays, bissexuais e outros que têm relações sexuais com homens", destacou a agência britânica UKHSA em comunicado.

Apesar de a varíola do macaco não ser considerada uma doença sexualmente transmissível, a infecção pode ocorrer através da relação sexual.

As autoridades britânicas recomendam a vacina Imvanex para os homens do grupo considerado de risco pelos médicos.

Isso concerne "os que têm vários parceiros, participam de relações sexuais em grupo ou frequentam lugares" específicos onde acontecem relações, detalhou.

Com circulação regular na África Central e Ocidental, o vírus agora está presente em Europa, Austrália, Oriente Médio e nas Américas do Norte e do Sul, totalizando mais de 2.100 casos registrados entre 1º de janeiro e 15 de junho.

Até o dia 16 de junho, o Reino Unido já contabilizou 793 casos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) comunicou neste sábado (18) que vai suprimir de suas estatísticas a distinção entre países endêmicos e não endêmicos quanto ao vírus monkeypox, conhecido como varíola dos macacos. Segundo a organização, a medida pretende facilitar uma resposta unificada ao vírus.

“Estamos eliminando a distinção entre países endêmicos e não endêmicos, informando sobre os países juntos sempre que for possível, para refletir a resposta unificada necessária”, diz o comunicado divulgado neste sábado no site da OMS.

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Antes de a doença se espalhar por diversos países, a varíola dos macacos era considerada endêmica (que circula o ano todo em um país, com volume esperado de casos e óbitos) em países da África Central e da África Ocidental. Mas nos últimos meses houve relatos da doença em diversos outros países não endêmicos, especialmente na Europa, que já responde por 84% dos casos notificados, segundo a OMS.

Somente neste ano, entre os dias 1º de janeiro e 15 de junho, disse o órgão, 2.103 casos confirmados da varíola do macaco foram relatados em 42 países, assim como um caso provável e uma morte. A OMS, no entanto, considera que o número de casos seja ainda maior. “É provável que o número real de casos permaneça subestimado. Isso pode ocorrer em parte devido à falta de reconhecimento clínico precoce de uma doença infecciosa que se pensava ocorrer principalmente na África Ocidental e Central, uma apresentação clínica não grave para a maioria dos casos, vigilância limitada e falta de diagnósticos amplamente disponíveis”, disse a organização.

A varíola causada pelo vírus hMPXV (Human Monkeypox Virus, na sigla em inglês) causa uma doença mais branda do que a varíola smallpox, que foi erradicada na década de 80. Há duas cepas endêmicas da monkeypox em circulação no planeta atualmente. A cepa endêmica na África Ocidental, que tem uma taxa de letalidade de 1% a 3%, é a que tem sido responsável pelo surto atual em outros países. A outra cepa de monkeypox também endêmica em alguns países africanos, originária do Congo, é considerada mais perigosa com taxa de letalidade de até 10%, de acordo com a OMS.

Por enquanto, a OMS avalia a doença como de risco moderado, por ser a primeira vez que se dão focos de contágio em países não endêmicos, e muito distantes entre si. No dia 23 de junho, a organização deve se reunir para avaliar se o surto atual representa uma “emergência de saúde pública de importância internacional”, escreveu Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, em sua rede social. A pandemia do novo coronavírus, por exemplo, foi declarada emergência de saúde pública de importância internacional pela OMS em janeiro de 2020.

Transmissão

A varíola dos macacos é uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. O contato pode ser por abraço, beijo, massagens ou relações sexuais. A doença também é transmitida por secreções respiratórias e pelo contato com objetos, tecidos (roupas, roupas de cama ou toalhas) e superfícies utilizadas pelo doente.

Não há tratamento específico, mas os quadros clínicos costumam ser leves, sendo necessários o cuidado e a observação das lesões. O maior risco de agravamento acontece, em geral, para pessoas imunossuprimidas com HIV/AIDS, leucemia, linfoma, metástase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes e crianças com menos de 8 anos de idade.

Os primeiros sintomas podem ser febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, linfonodos inchados, calafrios ou cansaço. De um a três dias após o início dos sintomas, as pessoas desenvolvem lesões de pele, geralmente na boca, pés, peito, rosto e ou regiões genitais.

Para a prevenção, deve-se evitar o contato próximo com a pessoa doente até que todas as feridas tenham cicatrizado, assim como com qualquer material que tenha sido usado pelo infectado. Também é importante a higienização das mãos, lavando-as com água e sabão ou utilizando álcool gel.

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo confirmou nesta quinta-feira (9) o primeiro caso de varíola do macaco no Brasil, em um homem de 41 anos que havia viajado à Espanha e Portugal.

"A confirmação ocorreu pelo Instituto Adolfo Lutz após realização de diagnóstico diferencial de detecção por RT-PCR do vírus Varicela Zoster (com resultado negativo) e análise metagenômica do material genético, quando então foi identificado o genoma do Monkeypox vírus", explicou em nota a secretaria.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) já registrou mais de 1.000 casos confirmados em 29 países em que a doença não é endêmica, com os maiores números no Reino Unido, Espanha, Portugal, Canadá e Alemanha.

O primeiro infectado registrado no Brasil, cuja identidade não foi revelada, mora na cidade de São Paulo e está internado "em bom estado clínico", enquanto todos os seus contatos são monitorados.

Desde a semana passada, o Centro de Vigilância Epidemiológico (CVE) estadual e a Prefeitura de São Paulo também investigam uma outra paciente, uma mulher de 26 anos, também residente da capital paulista.

A varíola do macaco é considerada uma doença viral rara transmitida por contato próximo com uma pessoa infectada e com lesões na pele.

Os primeiros sintomas podem ser febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, calafrios e fadiga. As lesões na pele se desenvolvem entre o primeiro e o terceiro dia.

Para evitar o contágio, as autoridades paulistas recomendaram higienização das mãos, evitar contato com a pessoa doente e com materiais utilizados por ela.

A doença, identificada pela primeira vez em humanos em 1970 na República Democrática do Congo, atualmente é considerada endêmica em 12 países africanos.

Sua aparição em países não endêmicos preocupa os especialistas. Até o momento, os casos confirmados em regiões não endêmicas são em geral benignos e não foram relatadas mortes.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que foram confirmados 780 casos de varíola do macaco em 27 países onde o vírus não é endêmico, e sustenta que o nível de risco global é moderado.

Além disso, o número de 780 casos, registrados desde 13 de maio até a última quinta-feira (2), está provavelmente subestimado devido às informações epidemiológicas e de laboratório limitadas.

"É altamente provável que outros países identifiquem mais casos e que haverá maior expansão do vírus", garantiu a organização de saúde do sistema ONU.

Os países onde o vírus não é endêmico que registraram mais casos são, segundo a OMS, Reino Unido (207), Espanha (156), Portugal (138), Canadá (58) e Alemanha (57).

Além de Europa e América do Norte, foram registrados alguns casos em Argentina, Austrália, Marrocos e Emirados Árabes Unidos.

Um simples caso de varíola do macaco em um país não endêmico já é considerado como um surto.

A varíola do macaco é uma doença rara, menos severa que sua versão humana, que provoca pústulas que se proliferam pelo corpo, febre, calafrios e dores, entre outros sintomas.

"Embora o risco para a saúde humana e para o público em geral continue sendo baixo, o risco para a saúde pública pode ser elevado se o vírus conseguir se estabelecer em países não endêmicos como patógeno humano generalizado", afirmou a organização.

"A OMS avalia o risco global como moderado, considerando que é a primeira vez que há registros de casos de varíola do macaco de forma simultânea em países não endêmicos e endêmicos."

Segundo a organização, os países endêmicos são: Camarões, República Centro-Africana, República do Congo (Brazzaville), República Democrática do Congo, Libéria, Nigéria, Serra Leoa, Gabão e Costa do Marfim, além de Gana, onde vírus só foi identificado em animais.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou neste sábado (4) que ainda não há casos confirmados de varíola de macaco no país. A informação foi divulgada por meio de seu perfil na rede social Twitter.

Segundo ele, o Ministério da Saúde continua monitorando possíveis casos da doença. Queiroga explicou que, além dos quatro casos já em investigação, outros dois casos suspeitos foram notificados no estado de Rondônia.

O ministro afirmou que todos seguem isolados e em monitoramento.

Os Centros de Prevenção e Controle de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos disseram nesta sexta-feira (3) que têm conhecimento de mais de 700 casos de varíola do macaco em todo o mundo, 21 deles no próprio país, onde as pesquisas sugerem que já existe transmissão comunitária da doença.

Dezesseis dos primeiros 17 casos nos Estados Unidos envolvem pessoas que se identificam como homens que praticam relações sexuais com outros homens, segundo o novo relatório do CDC, e 14 deles estariam relacionados com viagens ao exterior.

Contudo, todos os casos nos EUA estão em vias de recuperação ou já foram curados e não há registro de vítimas fatais.

"Também há alguns casos nos EUA que sabemos que estão vinculados a outros casos conhecidos", afirmou Jennifer McQuiston, vice-diretora da Divisão de Patógenos e Patologia de Alta Consequência dos CDC, aos jornalistas. "Além disso, há pelo menos um caso nos EUA que não está relacionado a viagens e do qual não sabemos como foi adquirida a infecção", acrescentou.

A varíola do macaco é uma doença rara relacionada com a varíola humana, mas menos grave que esta. Seus principais sintomas são lesões na pele, febre, calafrios e dores no corpo, entre outros.

Geralmente restrita a países da África central e ocidental, a doença tem sido diagnosticada na Europa desde meados de maio, e o número de países afetados vem crescendo desde então.

Embora o novo surto possa estar vinculado a festivais voltados para o público gay na Europa, não é uma doença considerada sexualmente transmissível. O principal fator de risco de contágio é o contato pele com pele com alguém que apresente as lesões características da doença.

Um indivíduo é considerado contagioso até que todas as feridas estejam curadas e uma nova camada de pele seja formada.

Raj Panjabi, diretor-sênior da Divisão de Biodefesa e Segurança Sanitária da Casa Branca, acrescentou que 1.200 vacinas e 100 cursos de tratamentos foram distribuídos aos estados americanos, onde estão sendo oferecidos a contatos próximos de pessoas infectadas.

Atualmente, existem duas vacinas autorizadas no país: ACAM2000 e JYNNEOS, que originalmente foram desenvolvidas contra a varíola humana. Apesar de esta doença ter sido erradicada, os Estados Unidos mantêm vacinas contra a mesma em um reserva estratégica para o caso de uso como arma biológica.

A JYNNEOS é a mais moderna das duas, com menos efeitos colaterais.

"Seguimos tendo vacinas disponíveis mais que o suficiente", assinalou aos jornalistas Dawn O'Connell, secretário adjunto para Preparação e Resposta do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA.

No fim de maio, os CDC afirmaram que tinham 100 milhões de doses da ACAM200 e mil doses da JYNNEOS disponíveis, mas O'Connell assinalou nesta sexta-feira que esses números mudaram, mas que não poderia divulgar as quantidades exatas por motivos estratégicos.

Os CDC também autorizaram dois antivirais usados para o tratamento contra a varíola humana, TPOXX e Cidofovir, para serem reaproveitados para o tratamento da varíola do macaco.

"Qualquer um pode pegar a varíola do macaco e estamos monitorando cuidadosamente os casos que podem estar sendo transmitidos em qualquer população, inclusive entre aqueles que não se identificam como homens que mantêm relações sexuais com outros homens", afirmou McQuiston.

As autoridades de saúde mexicanas confirmaram neste sábado (28) o primeiro caso de varíola do macaco no país, um homem de 50 anos que vive nos Estados Unidos.

"Hoje [sábado] confirmamos o primeiro caso importado de varíola do macaco no México. É um homem de 50 anos, residente permanente da cidade de Nova York, que provavelmente foi infectado na Holanda. Está sendo tratado na CDMX (Cidade do México)", informou no Twitter o subsecretário de Saúde, Hugo López-Gatell.

"Felizmente, ele está estável e em isolamento preventivo. Esperamos que se recupere sem complicações", acrescentou. López-Gatell não especificou a nacionalidade do paciente ou detalhes sobre possíveis contatos com outras pessoas.

Na sexta-feira, as autoridades sanitárias argentinas confirmaram os dois primeiros casos da doença em seu país e na região.

O primeiro confirmado foi o de um homem de 40 anos que retornou da Espanha para a Argentina, enquanto o segundo é residente desse mesmo país europeu que está visitando a província de Buenos Aires e que não tem vínculo com o paciente anterior.

A varíola do macaco é uma doença infecciosa causada por um vírus transmitido aos seres humanos por animais infectados. A transmissão de pessoa para pessoa é possível, mas considerada rara.

A doença foi identificada pela primeira vez em humanos em 1970 na República Democrática do Congo e atualmente é considerada endêmica em uma dúzia de países africanos. Seu surgimento em países não endêmicos é o que preocupa os especialistas. Até agora, os casos confirmados em regiões não endêmicas são geralmente benignos e nenhuma morte foi relatada.

O número de casos confirmados de varíola do macaco no mundo era 219 nesta quarta-feira (25), sem contar os países onde a doença é endêmica, de acordo com um balanço de uma agência sanitária da União Europeia (UE).

No total, 19 países onde a doença não é habitual, a maioria da Europa, relataram ao menos um caso confirmado, indicou o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) em uma nota epidemiológica divulgada nesta quarta à noite.

“A maioria dos casos são de homens jovens, que se identificam como homens que têm relações sexuais com homens. Não há nenhuma morte”, afirmou a agência com sede em Estocolmo.

Fora os 11 países africanos onde a varíola do macaco é endêmica, três países concentram atualmente a maioria dos casos registrados: Reino Unido (71), o primeiro onde foram detectadas infecções não habituais no começo de maio, Espanha (51) e Portugal (37), segundo o ECDC.

A Europa tem a maioria dos casos, com 191, dos quais 118 estão em países da UE. Canadá (15), Estados Unidos (9), Austrália (2), Israel (1) e Emirados Árabes Unidos (1) são os países não europeus com infecções.

Casos suspeitos sem confirmação não foram incluídos no balanço.

O número total de casos registrados pelo ECDC quase quintuplicou desde seu primeiro relatório, de 20 de maio, em que a agência apontava 38 infecções.

Na segunda-feira, em sua primeira avaliação de riscos, o ECDC considerou que a probabilidade de contágio na população geral era “muito fraca”, mas que era “elevada” para pessoas com vários parceiros sexuais.

No mesmo dia, a Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou uma situação “atípica”, mas julgou possível deter a transmissão da doença entre humanos.

A doença, menos perigosa que a varíola erradicada há cerca de 40 anos, é endêmica em 11 países da África Ocidental e Central. Costuma se traduzir em uma forte febre e evolui rapidamente para erupções cutâneas com formação de crostas.

A infecção dos casos iniciais se deve ao contato direto com sangue, fluidos corporais, lesões cutâneas ou mucosas de animais infectados. Segundo a OMS, os sintomas duram entre 14 e 21 dias.

A Espanha detectou nesta quarta-feira (25) 59 casos de varíola do macaco e anunciou que vai comprar vacinas e antivirais em um programa conjunto da União Europeia (UE), anunciou o governo.

Os casos positivos foram detectados por teste de PCR e 20 deles confirmados por sequenciamento genético, anunciou a ministra da Saúde Carolina Darias, em entrevista coletiva.

No total, 171 casos suspeitos foram detectados no país.

A Espanha vai adquirir as vacinas Imvanex e os antivirais Tecovirimat através da Autoridade Europeia de Preparação e Resposta a Emergências Sanitárias (HERA), afirmou a ministra.

A HERA, que se reuniu na manhã desta quarta-feira, colocará "a disposição dos estados -membros a vacina contra a varíola, neste caso, a Imvanex", disse.

A Imvanex, do laboratório Bavarian Nordic, é um imunizante de terceira geração autorizado na Europa desde 2013 e indicado contra a varíola em adultos.

Não há tratamento nem vacinas específicas para a varíola do macaco, mas os surtos podem ser controlados com imunizantes contra a varíola, segundo a OMS.

A varíola do macaco, detectada recentemente na Europa e América do Norte, é uma doença pouco comum, originária da África.

Os Estados Unidos planejam distribuir vacinas contra a varíola do macaco e tratamentos médicos para os contatos próximos de pessoas infectadas, no momento em que o país registra cinco casos confirmados ou prováveis, anunciaram em entrevista coletiva funcionários do Centros para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

Há uma infecção confirmada nos Estados Unidos, em Massachusetts, e outros quatro casos de pessoas infectadas com o orthopoxvírus - da mesma família da varíola do macaco - afirmaram os funcionários. Um dos casos de orthopoxvírus foi registrado em Nova York, outro na Flórida e os dois restantes em Utah. Todos em homens.

O sequenciamento genético do caso em Massachusetts coincide com o de um paciente em Portugal e pertence a uma cepa do oeste da África, a menos agressiva das duas cepas de varíola do macaco existentes.

"No momento, esperamos maximizar a distribuição de vacinas para aqueles que sabemos que podem se beneficiar das mesmas", disse a vice-diretora da divisão de patógenos e patologias de consequências graves, Jennifer McQuiston. Essas seriam "pessoas que tiveram contato com um paciente com varíola do macaco, profissionais de saúde, seus contatos mais próximos e, em particular, aqueles que podem correr alto risco de doença grave".

- Oferta -

Em termos de oferta, os Estados Unidos possuem cerca de mil doses do composto JYNNEOS, vacina aprovada pela Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos Estados Unidos para a varíola comum e a varíola do macaco, "e espera-se aumentar esse nível rapidamente nas próximas semanas, à medida que a empresa nos fornecer mais doses", indicou Jennifer. O país também conta com cerca de 100 milhões de doses de vacina de uma geração anterior, chamada ACAM2000, sendo a JYNNEOS a opção mais segura, segundo a funcionária.

As pessoas imunossuprimidas ou que apresentam condições cutâneas particulares, incluindo eczema, são de alto risco, ressaltou o epidemiologista John Brooks.

O CDC também desenvolve um guia de tratamento para permitir a implantação dos antivirais tecovirimat e brincidofovir, ambos com licença para o tratamento da varíola.

Israel e Suíça confirmaram neste sábado (21) seus primeiros casos de varíola do macaco, depois que vários países europeus e os Estados Unidos também detectaram casos dessa doença endêmica na África Central e Ocidental.

Em Israel, um porta-voz do hospital Ichilov de Tel Aviv declarou à AFP que um homem de 30 anos, que havia voltado recentemente da Europa ocidental, está infectado.

Na sexta-feira, o Ministério da Saúde informou que o homem, cujos sintomas são leves, esteve em contato com uma pessoa doente no exterior.

No caso da Suíça, a pessoa infectada, que mora em Berna, também esteve em contato com o vírus no exterior, informou a direção de saúde deste cantão.

A pessoa está atualmente em isolamento domiciliar e todos os seus contatos foram informados, acrescentaram as autoridades.

Na Grécia, suspeita-se que um turista britânico tenha contraído a varíola do macaco, informou o organismo grego de saúde pública.

O cidadão britânico foi transferido para um quarto de isolamento no hospital juntamente com sua companheira, assintomática, acrescentou o organismo.

Análises de laboratório confirmarão na segunda se ele está de fato infectado com a doença.

Vários países ocidentais, incluindo França, Alemanha, Reino Unido, Estados Unidos, Suécia ou Espanha, registaram casos desta doença.

A varíola do macaco, ou "ortopoxvirosis simia", é uma doença rara cujo patógeno pode ser transmitido do animal para o homem e vice-versa.

Seus sintomas são semelhantes, em menor escala, aos observados no passado em pacientes de varíola: febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas nos primeiros cinco dias.

Em seguida surgem erupções (no rosto, nas palmas das mãos nas solas dos pés), lesões, pústulas e, finalmente, crostas.

Não existem tratamentos específicos ou vacinas contra a varíola do macaco, mas as crises podem ser contidas, explica a OMS. A doença geralmente se cura por conta própria, com sintomas que duram de 14 a 21 dias.

A transmissão de pessoa a pessoa ocorre através de contato próximo com secreções infectadas das vias respiratórias, lesões cutâneas de uma pessoa infectada ou de objetos contaminados recentemente com fluidos biológicos ou materiais procedentes das lesões de um doente.

A maioria dos casos registrados nos últimos dias ocorreram em homens que mantêm relações sexuais com outros homens, informou a OMS na sexta-feira.

A varíola do macaco, da qual foram detectados vários casos na Europa e na América do Norte, é uma doença rara originária da África, que geralmente é curada espontaneamente.

- O que é essa doença? -

A varíola do macaco, ou "ortopoxvirosis simia", é uma doença rara cujo patógeno pode ser transmitido do animal para o homem e vice-versa.

Quando o vírus se propaga para o ser humano, é principalmente a partir de diversos animais selvagens, roedores ou primatas.

A transmissão de um ser humano para outro é pequena, explicou a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Seus sintomas são semelhantes, em menor escala, aos observados em pacientes antigos de varíola: febre, dor de cabeça, dores musculares e dorsais durante os primeiros cinco dias.

Depois, aparecem erupções - no rosto, palmas das mãos e solas dos pés -, lesões, pústulas e finalmente crostas.

Esta doença foi identificada pela primeira vez em humanos em 1970 na República Democrática do Congo, em um menino de 9 anos que vivia em uma região onde a varíola havia sido erradicada desde 1968.

Desde 1970, foram registrados casos humanos de "ortopoxvirosis simia" em 10 países africanos. No início de 2003, também foram confirmados casos nos Estados Unidos, os primeiros fora do continente africano.

- Como é transmitida? -

A infecção nos casos iniciais se deve ao contato direto com sangue, fluidos corporais, lesões na pele ou membranas mucosas de animais infectados.

A transmissão secundária, de pessoa para pessoa, pode ser resultado do contato próximo com secreções infectadas das vias respiratórias, lesões na pele de uma pessoa infectada ou objetos recentemente contaminados com fluidos biológicos ou materiais das lesões de um paciente.

Na terça-feira, a OMS afirmou que queria esclarecer, com a ajuda do Reino Unido, os casos detectados desde o início de maio, especialmente na comunidade homossexual.

"Provavelmente é muito cedo para tirar conclusões sobre o modo de transmissão ou assumir que a atividade sexual é necessária para a transmissão", disse Michael Skinner, virologista do Imperial College London, Science Center (SMC).

- Qual a gravidade? -

A 'varíola do macaco' geralmente se cura por conta própria, com sintomas que duram de 14 a 21 dias.

Os casos graves ocorrem com mais frequência em crianças e estão relacionados à extensão da exposição ao vírus, ao estado de saúde do paciente e à gravidade das complicações.

Analisando as epidemias, a taxa de mortalidade apresentou grande variação, mas se manteve abaixo dos 10% em todos os casos documentados, principalmente em crianças pequenas.

"Estima-se que a cepa da África ocidental, que afeta casos britânicos, tenha uma taxa de mortalidade em torno de 1%. Há também uma cepa encontrada na região do Congo que pode ser fatal em 10% dos casos, mas os casos britânicos não têm essa cepa", disse Simon Clarke, professor de microbiologia celular da Universidade de Reading, no SMC.

- Há tratamento? -

Não existem tratamentos específicos ou vacinas contra a varíola do macaco, mas as crises podem ser contidas, explica a OMS.

No passado, a vacinação contra a varíola mostrou ser 85% eficaz na prevenção da "ortopoxvirosis simia". Mas a vacina não está mais disponível, depois que sua fabricação foi descontinuada após a erradicação mundial da doença.

"A boa notícia é que a vacina contra a varíola funciona contra a varíola do macaco; a má notícia é que a maioria dos menores de 45 anos não é vacinada", tuitou o epidemiologista Eric Feigl Ding.

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