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Vladimir Putin promulgou nesta quarta-feira uma polêmica lei cujo objetivo é criar uma "internet soberana" na Rússia, afastada dos grandes servidores mundiais - algo denunciado por seus críticos como uma forma de ampliar o controle de autoridades sobre a rede.

O texto da lei, publicado no site oficial do governo russo, prevê sua entrada em vigor em novembro.

Apresentada oficialmente em nome da segurança digital, a lei permitirá que sites russos operem sem passar por servidores estrangeiros.

Na prática, prevê criar uma infraestrutura que garanta o funcionamento dos recursos de internet russos se for impossível para os operadores locais se conectarem a servidores de internet estrangeiros.

Os provedores de acesso à internet russos também deverão garantir que suas redes disponham de "meios técnicos" que permitam o "controle do tráfego centralizado", para conter ameaças potenciais.

Esse controle passará principalmente pela Agência russa de Vigilância de Mídia e Telecomunicações (Roskomnadzor), frequentemente acusada de bloquear arbitrariamente conteúdo na rede, e pelos serviços de inteligência russos (FSB).

A lei é amplamente criticada, pois é vista por muitos ativistas como uma tentativa de controlar o conteúdo, e até isolar gradualmente a internet russa em um contexto de crescente pressão por parte das autoridades.

Na semana passada, dez organizações internacionais para a defesa dos direitos humanos e da liberdade de expressão, incluindo Repórteres Sem Fronteiras (RSF) e Human Rights Watch (HRW), pediram a Putin que não promulgasse a lei.

Várias manifestações contra esta lei foram organizadas, uma delas reunindo milhares de pessoas em Moscou em março passado.

O líder norte-coreano Kim Jong Un deixou nesta sexta-feira (26) a cidade de Vladivostok após a reunião de cúpula "amistosa" com o presidente russo Vladimir Putin, do qual buscava apoio na questão nuclear ante o que chamou de má fé" dos Estados Unidos.

Após uma visita sem avanços concretos, mas que permite a Pyongyang renovar os laços com seu aliado durante a Guerra Fria, e que devolveu Moscou à primeira página na crise coreana, o trem blindado verde oliva da delegação norte-coreana partiu às 5H30 GMT (2H30 de Brasília) da estação de Vladivostok, para uma viagem de quase 10 horas até Pyongyang.

"Prometeu voltar, gostou da cidade", afirmou o governador Oleg Kojemiako.

Kim passou cinco horas na quinta-feira (25) com o presidente russo, duas delas sozinhos e as demais em uma reunião com as delegações e durante um jantar de gala, durante o qual trocaram brindes e presentes.

Um encontro "aberto e amistoso", afirmou Kim, segundo a agência oficial norte-coreana KCNA, segundo a qual Putin "aceitou prontamente" o convite para visitar a Coreia do Norte.

O resultado foi muito diferente do fiasco da reunião de Hanói entre Kim e o presidente americano Donald Trump em fevereiro, que representou um freio na distensão observada nos últimos meses na península coreana.

Washington "adotou uma atitude unilateral de má fé", denunciou o dirigente norte-coreano, segundo a KCNA, antes de advertir: "A situação na península coreana e na região está atualmente em um impasse e atingiu um ponto crítico".

- "Reparar erros" de Washington -

Em Hanói, que recebeu a segunda reunião de cúpula Trump-Kim, a Coreia do Norte pretendia obter um alívio imediato das sanções internacionais impostas para obrigar o país a renunciar às armas atômicas. Mas as conversas terminaram antes do previsto em consequência das profundas divergências com Washington, sobretudo a respeito das concessões que Pyongyang estava disposta a aceitar.

Na semana passada, Pyongyang criticou Mike Pompeo e exigiu que o secretário de Estado americano não participe mais das negociações sobre a desnuclearização.

O encontro de Vladivostok, o primeiro deste nível desde a reunião de 2011 entre o ex-presidente russo Dmitri Medvedev e Kim Jong Il, falecido pai de Kim Jong Un, "repara os erros cometidos pela diplomacia americana em uma série de temas", afirmou a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, antes de acusar Washington de "levar a região à beira de uma crise nervosa".

Moscou defende um diálogo com Pyongyang com base em um plano elaborado pela China e a Rússia. O Kremlin já pediu o fim das sanções internacionais, enquanto o governo americano acusa Moscou de ajudar Pyongyang a evitar as punições.

- Atraso -

No fim do encontro, o presidente russo afirmou que é favorável, como os Estados Unidos, a uma "desnuclearização total" e considerou que uma solução é possível desde que ofereça a Pyongyang "garantias de segurança e de soberania", com o "direito internacional" à frente da "lei do mais forte".

Sem avanços concretos, a reunião foi para o líder norte-coreano seu primeiro encontro com um chefe de Estado desde o fracasso da cúpula de fevereiro com Donald Trump.

Apesar dos convites, a Rússia estava afastada até agora do processo de distensão coreano. Desde março de 2019 Kim se reuniu quatro vezes com o presidente chinês Xi Jinping, três com o presidente sul-coreano Moon Jae-in e duas com Trump.

O norte-coreano busca apoios em sua disputa com Washington e um certo reequilíbrio das relações entre Pequim, seu aliado mais próximo e Moscou, antigo aliado durante a Guerra Fria. A União Soviética foi a responsável por colocar no poder seu avô e fundador da República Popular Democrática da Coreia (RPDC), Kim Il Sung.

Depois de conseguir o que desejava, Kim Jong Un não teve outras atividades em Vladivostok. A imprensa russa citou uma possível visita ao aquário local e um espetáculo de balé, mas ele se contentou em participar nesta sexta-feira - com duas horas de atraso - em uma cerimônia em que depositou flores e em uma recepção em um restaurante visitado por seu pai em 2002.

O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, pediu nesta quinta-feira (25) ao presidente russo, Vladimir Putin, para trabalharem em conjunto de forma a resolver o problema da desnuclearização da península coreana.

"A situação na península coreana é de grande interesse para toda a comunidade internacional, espero que a nossas conversas sejam um evento importante para avaliar essa situação juntos, trocar opiniões sobre a situação e como resolver esse problema juntos", disse Kim, acompanhado de Putin, no dia em que teve início a primeira cimeira entre os dois líderes, na cidade portuária russa de Vladivostok.

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O encontro ocorre após o fracasso do encontro entre Kim e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Hanói, em fevereiro.

Putin e Kim disseram hoje que confiam que a reunião irá contribuir para o processo de desnuclearização da península coreana e a normalização das relações entre Pyongyang e Seul.

O líder norte-coreano, Kim Jong Un, chegou nesta quarta-feira (24) a Vladivostok para sua primeira reunião de cúpula com o presidente russo, Vladimir Putin, com o objetivo de buscar apoio internacional em sua disputa com os Estados Unidos.

"Espero que esta visita seja um êxito e que eu possa, nas conversas com o presidente Putin, falar de maneira concreta sobre a solução na península coreana e o desenvolvimento de nossas relações bilaterais", declarou o norte-coreano a um canal de TV russo durante uma escala em sua viagem.

O encontro em Vladivostok, no extremo oriente da Rússia, será o primeiro entre o dirigente norte-coreano e um chefe de Estado desde a reunião de Hanói em fevereiro com o presidente americano Donald Trump, que terminou sem um acordo sobre o arsenal nuclear do Norte.

A agência oficial norte-coreana KCNA informou a saída de Kim Jong Un de Pyongyang "ao amanhecer de quarta-feira".

O trem blindado privado de Kim passou nesta quarta-feira pela cidade fronteiriça russa de Khazan, de acordo com a imprensa russa, onde ele foi recebido com pão e sal, como determina a tradição.

"Nosso presidente terá conversações na quinta-feira com o líder norte-coreano Kim Jong Un", anunciou Yuri Ushakov, assessor da presidência russa para Relações Internacionais.

"A reunião se concentrará na resolução político-diplomática da questão nuclear na península coreana", afirmou Ushakov, antes de acrescentar que a "Rússia tem a intenção de apoiar de todas as formas possíveis as tendências positivas neste âmbito".

Ushakov disse que não estão previstas a divulgação de um comunicado conjunto nem a assinatura de acordos.

As expectativas sobre a reunião cresceram desde que o Kremlin anunciou o encontro na semana passada.

Em Vladivostok, um porto muito importante às margens do Pacífico e situado a 200 quilômetros da fronteira com a Coreia do Norte, bandeiras russas e norte-coreanas foram hasteadas nas ruas.

Será a primeira reunião entre governantes dos dois países desde que Kim Jong Il - pai do atual líder norte-coreano - se reuniu com o então presidente e atual primeiro-ministro Dmitri Medvedev há oito anos.

A Rússia mantém relações amistosas com Pyongyang e fornece ajuda alimentar à Coreia do Norte. Putin já havia manifestado o interesse em uma reunião com o dirigente norte-coreano.

Após um ano de 2018 marcado por uma grande aproximação entre as duas Coreias e de uma primeira e histórica reunião entre Kim Jong Un e Donald Trump, a distensão parece ter desaparecido, sobretudo após o fracasso do encontro em Hanói.

Kim se reuniu quatro vezes com o presidente chinês, Xi Jinping, três vezes com o presidente sul-coreano Moon Jae-in e uma vez com o presidente do Vietnã desde março de 2018.

Os analistas consideram que agora está buscando um apoio internacional maior ante a disputa com Washington.

Moscou defende um diálogo com Pyongyang baseado em um plano definido pela China e a Rússia.

O país já pediu o alívio das sanções internacionais contra a Coreia do Norte, enquanto o governo dos Estados Unidos acusa Moscou de tentar ajudar Pyongyang a evitar algumas medidas.

O presidente russo, Vladimir Putin, assinou hoje (4) um decreto suspendendo a participação do país no tratado de desarmamento nuclear INF, assinado durante a Guerra Fria, informou o serviço de imprensa do Kremlin em nota oficial.

“Dada a necessidade de tomar medidas urgentes seguindo a violação das obrigações dos Estados Unidos sob o tratado, assinado pela União Soviética e pelos Estados Unidos em 8 de dezembro de 1987. O compromisso da Rússia com o Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário [INF, na sigla em inglês] está, de agora em diante, suspenso até que os Estados Unidos se manifestem sobre a violação das obrigações sob o tratado ou até o tratado ser revogado”, diz o decreto.

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O Ministério de Relações Exteriores da Rússia foi instruído a mandar um comunicado da suspensão aos Estados Unidos. Segundo o Kremlin, o decreto entrou em vigor imediatamente após a assinatura.

Tratado

O tratado INF entrou em vigor em 1º de junho de 1988. Ele se aplica a mísseis baseados em terra de médio alcance (1 mil a 5 mil quilômetros) e de curto alcance (500 a 1 mil quilômetros). Ao longo das últimas três décadas, os Estados Unidos acusaram a Rússia de violar o acordo diversas vezes, com o governo de Moscou desmentindo as acusações.

Em 1º de fevereiro, o presidente norte-americano, Donald Trump, e o secretário de Estado dos Estados Unidos, Michael Pompeo, anunciaram a suspensão das obrigações de Washington sob o tratado INF a partir do dia seguinte. O governo norte-americano prometeu retirar-se definitivamente do acordo em seis meses a menos que a Rússia cumpra o acordo de forma “real e verificável”.

Em 2 de fevereiro, Putin anunciou que o governo de Moscou também estava suspendendo a participação no acordo. Ele deu instruções para interromper conversas iniciais com Washington sobre o assunto e enfatizou que os Estados Unidos precisariam mostrar disposição para um diálogo igual e substantivo.

Em 20 de fevereiro, Putin disse em discurso ao parlamento russo que o país “terá de desenvolver e instalar armas que podem ser usadas não apenas contra áreas das quais uma ameaça direta virá, mas também contra territórios onde estão localizados centros de decisão”. Ele também destacou que os Estados Unidos têm insistentemente ignorado o tratado INF ao instalar lançadores de mísseis na Romênia e na Polônia.

* Com informações da agência pública Tass, da Rússia

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, adiou nesta quarta-feira a reunião que marcou na quinta com o presidente Vladimir Putin por causa da campanha pelas eleições legislativas em Israel.

O principal objetivo do encontro de Netanyahu com Putin era discutir a Síria, um país vizinho de Israel.

Este será o primeiro encontro entre os dois líderes desde novembro e depois que Israel indicou em 21 de janeiro que atacou várias posições do regime sírio - apoiado por Moscou - e de seu aliado iraniano na Síria.

A reunião de quinta coincidia com a data limite para apresentação das lista de candidatos para as legislativas de 9 de abril em Israel.

A Rússia se despede, nesta terça-feira (11), em Moscou, de Liudmila Alexeyeva, a veterana defensora dos direitos humanos falecida na semana passada, aos 91 anos. O presidente Vladimir Putin e seu principal opositor, Alexei Navalni, devem participar da cerimônia de despedida, que acontece na Casa dos Jornalistas, em Moscou.

Depois da cerimônia, Liudmila será cremada, como era de sua vontade, no cemitério Troyekurovskoy, na capital. O conhecido defensor dos direitos humanos Lev Ponomariov, de 77 anos, que cumpre uma pena de 16 dias de prisão, não foi autorizado a assistir ao evento.

Presidente do Grupo Helsinque de Moscou e membro ativo do Conselho Consultivo dos Direitos Humanos da Rússia, Liudmila Alexeyeva foi um dos símbolos da dissidência na União Soviética. "Todo o mundo a respeitava", disse à AFP a aposentada Natalia Magnitskaya, que esperava para entrar no velório.

Muitos dos presentes usavam camisetas com palavras de apoio aos defensores dos direitos humanos presos no país, e outros depositavam flores.

Em 1976, Alexeyeva foi uma das fundadoras do Grupo Helsinque de Moscou. Os membros deste grupo militante foram durante anos alvo de perseguição, prisão, ou forçados ao exílio.

A própria Alexeyeva teve de sair o país, sem deixar de defender os opositores soviéticos. Ela escreveu uma história da dissidência que continua sendo referência até os dias atuais. Pôde voltar a viver na Rússia apenas em 1993, após a dissolução da então URSS.

Nos últimos anos, Alexeyeva esteve presente em todos os combates: das denúncias pela morte na prisão do jurista Serguei Magnitski ao julgamento do ex-oligarca e crítico do Kremlin Mikhail Khodorkovski. Em 2014, criticou a anexação da Crimeia por parte da Rússia, classificando a decisão como uma "vergonha" para seu país.

Em 2009, recebeu o Prêmio Sakharov de direitos humanos do Parlamento Europeu, junto com os responsáveis pela ONG russa Memorial.

O Kremlin afirmou que não foi notificado do cancelamento de uma aguardada reunião entre o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o dos Estados Unidos, Donald Trump. Agências de notícias russas citaram o porta-voz de Putin, Dmitry Peskov, segundo o qual Moscou foi informada do cancelamento apenas por uma mensagem de Trump no Twitter.

Peskov disse que a delegação russa já está a caminho da cúpula do G-20 na Argentina. O porta-voz afirmou que o cancelamento significa que Putin terá "um par de horas a mais" para "reuniões úteis" com outros líderes.

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Trump cancelou a reunião de modo abrupto na quinta-feira. Em uma mensagem, o presidente americano disse que não seria apropriado se reunir com Putin, já que a Rússia não devolveu três embarcações ucranianas apreendidas no domingo. A Rússia também deteve 24 ucranianos. Fonte: Associated Press.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, parabenizou o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) pela vitória na disputa presidencial brasileira no último domingo, 28. Bolsonaro foi eleito democraticamente o 38º presidente da história do Brasil com 57.797.847 votos válidos, o equivalente a 55,13% do eleitorado. O adversário Fernando Haddad (PT) teve 47.040.906 votos válidos, o equivalente a 44,87%.

No comunicado, o russo elogiou a experiência da cooperação bilateral entre os países em várias esferas e disse que a colaboração entre os dois países é estratégica.

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"O Presidente da Rússia expressou confiança na promoção de todo o complexo de laços sino-brasileiros, bem como na cooperação construtiva no âmbito das Nações Unidas, do G20, dos BRICS e de outras organizações multilaterais, no interesse do povo russo e brasileiro", diz a nota escrita pelo Kremlin.

Em março de 2018, Putin venceu as eleições presidenciais russas e se reelegeu para um quarto mandato que se estenderá até 2024.

Outros chefes de Estado

Além de Vladimir Putin, outros chefes de Estado como Donald Trump, dos Estados Unidos, Emmanuel Macron, da França, Ivan Duque, da Colômbia, Mauricio Macri, da Argentina, Sebastian Piñera, do Chile, Matteo Salvini, da Itália, Benjamin Netanyahu, de Israel, e Nicolás Maduro, da Venezuela, já parabenizaram Bolsonaro.

O presidente sírio, Bashar al Assad, atribuiu a Israel a responsabilidade pelo incidente no qual a defesa antiaérea da Síria derrubou um avião aliado russo durante um ataque de mísseis do Estado hebreu.

"Este lamentável incidente é resultado da arrogância e da selvageria israelense", declarou Assad em carta de condolências enviada ao presidente russo, Vladimir Putin, pela morte dos 15 militares que estavam no avião, abatido na noite de segunda-feira sobre a costa síria.

"Estamos convencidos de que trágicos acontecimentos como estes não nos impedirão, e nem a vocês, de prosseguir com a luta contra o terrorismo", acrescenta a mensagem, publicada pela agência oficial Sana.

Na noite de segunda-feira, o avião russo foi derrubado por erro pela defesa antiaérea síria quando decolava da província costeira de Latakia (noroeste) para interceptar disparos de mísseis israelenses contra uma posição do regime.

Trata-se do incidente mais grave entre os dois aliados desde 2015, quando Moscou começou a intervir militarmente na Síria para apoiar o regime de Damasco contra os rebeldes e grupos jihadistas.

Putin considerou na terça-feira o incidente como "uma série de circunstâncias acidentais trágicas", mas disse ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que "tais operações da força aérea israelense violam a soberania síria".

Nos últimos meses, os israelenses multiplicaram seus ataques contra tropas iranianas na Síria, insistindo que não permitirão que a República Islâmica utilize o território sírio como trampolim para ataques a Israel.

Políticos e jornais norte-americanos teceram duras críticas à postura adotada pelo presidente Donald Trump no encontro com o líder russo, Vladimir Putin, nessa segunda-feira (16), na Finlândia, durante o qual defendeu uma melhora nas relações entre Washington e Moscou e negou qualquer interferência de hackers russos nas eleições à Casa Branca de 2016. O republicano chegou a criticar a investigação conduzida dentro do próprio país sobre o caso.

O ex-vice-presidente Joe Biden afirmou que a coletiva de imprensa de Trump e Putin "não foi digna de um presidente dos Estados Unidos", pois não reflete aquilo que os cidadãos "pensam e nem o que são". "Trump insultou nossos amigos e se aliou aos nossos adversários", alegou Biden.

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Já o ex-diretor do FBI James Comey pediu que os patriotas "se coloquem de pé para rechaçar o comportamento" de Trump, que "eximiu um criminoso mentiroso e se negou a apoiar o próprio país". Até Newt Gingrich, um dos maiores aliados e defensores de Trump, disse que o mandatário cometeu "o erro mais grave da sua Presidência e deve se corrigir imediatamente". A imprensa dos EUA também repercutiu as declarações de Trump.

Para o jornal "The Washington Post", Trump "confabulou abertamente com o líder criminoso de uma potência hostil", negando-se a admitir o comportamento de Moscou e "destroçando o sistema judiciário de seu país". O "The New York Times" disse, por sua vez, que Trump "está trabalhando duramente para sabotar os laços dos Estados Unidos com a Otan e com a União Europeia, e para debilitar a influência norte-americana no Oriente Médio". O "The New York Daily News" foi mais fundo e chamou a postura de Trump de "traição", em um artigo ilustrado com uma imagem do republicano apontando uma arma para o "Tio Sam".

Da Ansa

O presidente Michel Temer foi convidado pelo presidente russo, Vladimir Putin, para a cerimônia de abertura da Copa do Mundo, no dia 14 de junho, no estádio Luzhniki, em Moscou. O jornal O Estado de S.Paulo apurou que o Palácio do Planalto ainda avalia a agenda do presidente brasileiro. Na capital da Rússia, a esperança é de que o jogo inaugural (Rússia x Arábia Saudita) tenha um forte componente político, o que aumenta a importância da presença de chefes de Estado dos participantes.

Na condição de anfitrião da Copa do Mundo seguinte, Vladimir Putin esteve na final do Mundial de 2014, no Rio de Janeiro. Na ocasião, ele recebeu das mãos da ex-presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente da Fifa, o suíço Joseph Blatter, a bola do jogo entre Alemanha e Argentina, no estádio do Maracanã, em uma espécie de simbologia de que seria o próximo encarregado pelo evento.

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Desde então, porém, muita coisa mudou. Dilma Rousseff foi alvo de um impeachment no Brasil, Joseph Blatter deixou a Fifa por causa de um escândalo de corrupção e a Rússia passou a ser alvo de embargos internacionais.

Ainda assim, o Kremlin espera usar o Mundial para mostrar à comunidade internacional que não está isolado.

Mas a presença de chefes de Estado na Copa tem sido alvo de polêmicas. Reino Unido, Islândia e Polônia já anunciaram que não enviarão delegações para o jogo de abertura nem para acompanhar as suas seleções, em uma represália ao comportamento de Vladimir Putin na Síria, no suposto envolvimento do governo russo em envenenamentos de ex-espiões e na invasão da Crimeia, na Ucrânia. Políticos europeus têm feito pressões para que dirigentes internacionais não viajem até a Rússia, alegando que isso daria prestígio a Putin.

INDEFINIÇÃO - No Palácio do Planalto, não existe ainda uma definição se Michel Temer aceitará o convite. Mas o governo federal participará da festa em Moscou, com aportes de R$ 3 milhões do Ministério da Cultura para organizar a Casa Brasil, um espaço de promoção do País, e shows.

Ao longo da história, a política brasileira e a CBF sempre mantiveram uma relação de proximidade. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi à África do Sul em 2010 e teve um papel central em algumas decisões sobre a Copa do Mundo de 2014. Também passou a ser tradição a seleção ser recebida no Palácio do Planalto, antes ou depois de chegar de um Mundial.

Desta vez, porém, o treinador Tite já deixou claro que não quer se envolver em política. "Não vou a Brasília nem antes nem depois da Copa. Nem ganhando nem perdendo", disse ao jornal O Estado de S.Paulo em entrevista concedida do mês de fevereiro.

A banda punk feminista Pussy Riot repudiou a quarta reeleição à presidência russa de Vladimir Putin e levantou a voz contra a onda de feminicídios no México, onde realizou um show.

O grupo russo se apresentou no Festival Vive Latino, onde rejeitou o novo triunfo eleitoral de Putin, acusado pela oposição de irregularidades.

"Vladimir Putin acaba de vencer as eleições pela quarta vez. Nós criamos esse grupo porque não o queríamos como presidente, mas então se tornou um movimento internacional, e de fato, qualquer uma pode ser uma Pussy Riot", declarou em inglês a líder da formação, Nadya Tolokónnikova.

Em fevereiro de 2012, duas semanas antes de Putin ser eleito para um terceiro mandato, quatro integrantes da banda entraram na Catedral de Cristo Salvador de Moscou e entoaram sua "oração punk". Três foram presas.

No domingo, elas denunciaram ainda um "Estado feminicida", referindo-se à situação no México, e repudiando toda a violência contra as mulheres no país latino-americano, onde segundo a ONU uma média de 7,5 mulheres são mortas diariamente.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, obteve 76,67% dos votos válidos nas eleições presidenciais desse domingo (18) com 99,81% das urnas apuradas, segundo os últimos dados divulgados hoje (19) pela Comissão Eleitoral Central (CEC).

Após a apuração de praticamente todas as urnas, Putin obteve o apoio de 56,1 milhões de cidadãos, superando em 10,5 milhões os votos recebidos em 2012 (45,6 milhões), quando retornou ao Kremlin após quatro anos exercendo o cargo de primeiro-ministro.

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A vitória histórica, que supera com ampla margem todos os resultados que Putin tinha conseguido em eleições anteriores, permitirá que o ex-agente da KGB, o serviço secreto da extinta União Soviética, permaneça no Kremlin até 2024.

A participação atingiu 67,47% do censo eleitoral, dois pontos acima do índice registrado há seis anos, mas a diferença em relação à última votação foi muito maior em grandes cidades como Moscou, habitualmente as mais desencantadas com os processos eleitorais.

Putin recebeu mais do 90% dos votos em cinco regiões ou repúblicas do país, entre elas a Crimeia, que celebrou ontem o quarto aniversário da anexação russa e cujos habitantes participaram pela primeira vez das eleições presidenciais na Rússia.

O líder russo também superou 70% de votos nas duas principais cidades do país, Moscou e São Petersburgo, tradicionais redutos da oposição mais radical ao Kremlin.

Em sua primeira entrevista após proclamar a vitória no pleito, Putin negou que esteja planejando, "por enquanto", reformar a Constituição para seguir no comando do país dentro de seis anos.

"Parece-me que sua colocação é bastante ridícula. Vamos calcular. Isso significa que eu estarei aqui até os 100 anos? Não", disse o presidente reeleito.

Putin, de 65 anos, ganhou a primeira eleição em março de 2000, três meses depois de receber o poder das mãos do primeiro presidente democraticamente eleito da história da Rússia, Boris Yeltsin.

O segundo candidato mais votado no domingo foi o milionário comunista Pavel Grudinin, que obteve 11,79% dos votos, seguido pelo ultranacionalista Vladimir Zhirinovski, com 5,66%.

A jornalista Ksenia Sobtchak, a terceira mulher a participar das eleições presidenciais na história da Rússia, obteve 1,67%, enquanto o histórico líder liberal Grigori Yavlinski conseguiu o apoio de 1,04% dos eleitores. Os outros três candidatos presidenciais não superaram a barreira de 1%.

Cerca de 110 milhões de russos estavam aptos a votar no pleito presidencial que foi considerado "transparente" pela CEC, mas que, segundo o candidato comunista, foi "sujo" e, de acordo com a oposição, marcado por várias irregularidades.

Desde 1999 alternando entre os cargos de presidente e primeiro-ministro da Rússia, Vladimir Putin está prestes a renovar o mandato à frente do país. O presidente é favorito para as eleições que acontecem neste domingo (18). Segundo o cientista político Elton Gomes, o favoritismo é explicado pela figura de “líder forte” - característica posta historicamente como essencial para um presidente pelos russos - , além do fato de uma geração ter apenas a gestão de Putin como referência de governo depois da extinção da União Soviética. 

“Ele representa um tipo de autocracia. Nunca houve um sistema democrático no território russo e quando foi feito a transição do sistema socialista para capitalista a primeira experiência de gestão não foi de sucesso. Já Putin tem como escola o implacável serviço secreto da União Soviética, a KGB [sigla russa]; ele foi um dos diretores. Desde que assumiu o primeiro mandato está fazendo a receita dos líderes russos para chegar ao poder e permanecer”, salientou o estudioso.

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Apesar de ser alvo de acusações de outros países - como a de ter interferido nas eleições norte-americanas e envenenado o ex-espião russo Serguei Skripal na Inglaterra - e sofrer sanções punitivas quanto a esses fatos, Elton Gomes observa que “o mundo continuará tendo um líder russo que não ressuscitar a União Soviética e quer manter a Rússia como um país que tem o subsistema da região”. 

“Putin vem jogando duro na segurança internacional e no investimento de novas tecnologias militares com países orientais e o Estados Unidos. Ele esta disposto a exportar o poder da Rússia para além do leste europeu. No oriente médio, especificamente na Síria, ele apoia o governo de Bashar al-Assad. Com o novo mandato de Putin, Bashar al-Assad se torna mais confortável para ele vencer a guerra que ceifa milhares de vidas naquele país e tem gerado um número cada vez maior de refugiados”, observou o cientista político. 

Com o mote de campanha "Presidente Forte – Rússia Forte", Putin tem cerca de 70% das intenções de voto e segundo colocado nas pesquisas, Pavel Grudinin, tem apenas 7%. O que demonstra a dificuldade da oposição de fazer um nome para bater o presidente russo na disputa. Isso pode ser explicado pelo controle da mídia local, que está nas mãos do governo.

Amanhã (18) é dia de eleições na Rússia e a vitória parece certa para Vladimir Putin. As sondagens apontam para uma vitória arrebatadora do atual presidente, com cerca de 70% das intenções de voto. O segundo colocado nas pesquisas, Pavel Grudinin, tem apenas 7%. Mesmo com a vitória praticamente certa, o presidente russo continua convocando a população a ir às urnas, na tentativa de evitar uma baixa participação.

Putin fez uma campanha discreta, sem muitas aparições e sem participar de nenhum dos quatro debates televisionados entre os oito presidenciáveis. No entanto, a pouca exposição não parece ter afetado a sua popularidade.

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Controvérsias

O maior país do mundo suscita posições controversas por suas ações. A intervenção na Síria, que começou em 2015, por exemplo, foi bastante criticada por países ocidentais que afirmam que os bombardeios mataram um número muito grande de civis. Putin, por outro lado, ressalta que a intervenção russa foi fundamental para conter o Estado Islâmico.

Outra polêmica foi a da anexação da Crimeia, que completa amanhã 4 anos, e que rendeu sanções ao país. Mais recentemente, a Rússia se viu envolvida em duas acusações: a de ter interferido nas eleições norte-americanas e de ter envenenado um ex-espião russo na Inglaterra. O governo russo nega envolvimento nos casos.

Oposição

Há no país um movimento de oposição, ainda que frágil, que busca mudança e que afirma que a Rússia se encaminha para o totalitarismo. Os opositores convocaram um boicote às eleições e reclamam que Alexei Navalny, o principal adversário de Putin, não foi aceito como candidato por causa de uma condenação judicial, que afirmam ter sido fabricada.

No entanto, parece absolutamente certo um novo mandato de Putin. No poder desde 1999, alternando cargos de presidente e primeiro-ministro, ele mostra que ainda é um dos líderes mais poderosos do mundo.

O presidente russo, Vladimir Putin, elogiou nesta segunda-feira (26) o escritor Alexander Projanov, editor de um jornal conhecido por seus posicionamentos ultranacionalistas e antissemitas.

"Tomou um grande rumo profissional, encontrou uma vocação em suas colunas e atividades sociais, literárias e jornalísticas", disse Putin em um telegrama pelos 80 anos de Projanov e que foi publicado no site do Kremlin.

"Sempre se manteve fiel aos seus princípios cívicos e a seus ideais (...) Desejo a ele boa saúde e espero que seus sonhos se tornem realidade", acrescenta a mensagem. Alexander Projanov é o chefe de redação do jornal de extrema direita 'Zavtra', fundado em 1993.

Em 2014 acusou os judeus que apoiavam os protestos contra a Rússia na Ucrânia de "precipitarem um novo Holocausto" com seu apoio aos "fascistas", em referência aos partidários de reformas para se aproximar do Ocidente.

Um vídeo homofóbico que pede aos russos a reeleição do presidente Vladimir Putin se tornou viral a menos de um mês das eleições, causando incômodo entre os opositores. Postado nas redes sociais, o vídeo diz aos eleitores que, caso os rivais de Putin ganhem, eles farão da Rússia um pesadelo onde os cidadãos serão obrigados a conviver com os gays.

O vídeo de origem desconhecida mostra atores famosos e já alcançou três milhões de visualizações desde sexta-feira (16). Nas imagens, um homem de meia-idade sonha com um futuro sem Putin, que deverá ganhar um quarto mandato nas próximas eleições de 18 de março.

Em um dos sonhos, um homossexual está sentado em sua cozinha pintando as unhas e comendo uma banana de maneira sugestiva. A esposa então diz que a família é obrigada a conviver com ele. Uma das rivais de Putin nas eleições é a candidata liberal Ksenia Sobchak, a favor da legalização do casamento gay. Ela condenou o vídeo como "vil".

"Mostrar as pessoas LGBT como uma ameaça em um país homofóbico não é uma brincadeira", escreveu a candidata no Instagram. Esta segunda-feira (19) é o primeiro dia em que os candidatos podem divulgar suas propagandas políticas na televisão.

O vídeo foi amplamente visualizado na página do Facebook de Alexander Kazakov, analista político favorável ao Kremlin. Kazakov declarou à AFP que desconhece quem postou o vídeo.

O presidente russo, Vladimir Putin, confessou nesta quinta-feira que não tem smartphone, depois de afirmar no ano passado quase não utilizar a internet e não ter contas nas redes sociais.

"Você diz que todo o mundo tem smartphone", declarou Putin, reagindo a um discurso do diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Kurchatov, Mikhail Kovalchuk, durante uma reunião com acadêmicos russos em Novosibirsk (Sibéria).

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Kovalchuk acabava de afirmar em seu discurso que atualmente "todo o mundo tem um smartphone no bolso".

"Eu não tenho smartphone", anunciou Putin, de 65 anos.

Em 2005, ele já havia dito não dispor de celular.

À frente do governo russo há 17 anos e candidato à reeleição em 18 de março, Putin assegurou no ano passado, durante um encontro com jovens, que se sentia "uma pessoa comum", que quando termina o trabalho só pensa em "ir para cama e não olhar o Instagram".

"Se os funcionários da minha administração utilizam a internet de maneira muito ativa (...), pessoalmente, quase não a utilizo", confiou.

Diferentemente de Putin, o primeiro-ministro Dmitri Medvedev, de 52 anos, é visto com frequência em público com seu iPhone e publica regularmente fotos em suas páginas oficiais no Instagram e Facebook.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, definiu como um "ato de terrorismo" a explosão de uma bomba caseira em um supermercado de São Petersburgo nesta quarta-feira (27), que deixou pelo menos 13 pessoas feridas.

"Ontem, um ato terrorista foi cometido em São Petersburgo", disse Putin nesta quinta-feira (28) antes de uma cerimônia de condecoração de militares russos que participaram na guerra da Síria.

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A explosão no supermercado Perekrestok, situado no piso térreo do centro comercial Gigant Hall, foi provocada por uma bomba de fabricação caseira colocada em um armário, anunciou o Comitê Nacional Antiterrorista (NAK). Ate o momento, nenhum grupo terrorista reivindicou o ataque.

Esta foi a segunda explosão na cidade russa desde o início do ano. Em 3 de abril, 16 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas após um atentado no metrô. Segundo as autoridades, os ataques estão relacionados com o envolvimento de Moscou no combate contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI).

Da Ansa

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