Tópicos | voos

A Itapemirim Transportes Aéreos, nova companhia aérea do Grupo Itapemirim, recebeu concessão da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para operar voos comerciais de passageiros em todo o território nacional. Há duas semanas, o primeiro avião da nova empresa do grupo - um Airbus de 15 anos e capacidade para 180 passageiros - realizou 14 voos.

A empresa já conseguiu slots (horários de pouso e decolagem nos aeroportos) para voar, a partir de junho, entre Ribeirão Preto e Recife, Ribeirão Preto e Guarulhos, Porto Seguro e Guarulhos, Salvador e Guarulhos - considerando apenas os terminais mais disputados do País.

##RECOMENDA##

O processo de certificação da Itapemirim Transportes Aéreos durou menos de um ano. A última etapa ocorreu entre os dias 12 e 15 de abril.

"Estamos presenciando um marco importante dentro da história da aviação civil brasileira. Hoje, temos orgulho de anunciar que cumprimos, dentro do prazo oficial, todos os requisitos exigidos pela Anac. Esse sonho só foi possível pelo empenho de todos os diretores e colaboradores do Grupo Itapemirim", comemorou em nota Sidnei Piva, presidente do Grupo Itapemirim.

O nascimento da empresa aérea, porém, ocorre sob desconfiança do mercado. Além de enfrentar uma recuperação judicial desde 2016 - cuja execução é alvo de questionamentos -, o grupo Itapemirim está no meio de uma disputa entre seu atual dono e o proprietário anterior. O plano de negócios da companhia também já mudou em pouco mais de um ano.

Quando dos voos experimentais, por meio de sua assessoria de imprensa, o grupo afirmou que, para contornar a crise do setor, seu projeto prevê um "serviço diferenciado aos seus passageiros". "Em resumo, é a pessoa, o olho no olho, que vamos priorizar entre todos os colaboradores e os passageiros", afirmou, em nota.

Em fevereiro do ano passado, no entanto, o presidente do grupo, Sidnei Piva, afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que se trataria de uma empresa de baixo custo e que faria voos regionais. O modelo foi, então, questionado por especialistas, dado que as companhias de baixo custo precisam voar rotas de alta densidade, como Rio-São Paulo, para se pagarem.

Polêmico processo de recuperação judicial

O processo de recuperação judicial da Itapemirim apresenta uma série de irregularidades, segundo o último relatório sobre as atividades da companhia feito pela administradora judicial, a EXM Partners.

No documento referente a janeiro, a EXM afirmou, por exemplo, que há um "relevante atraso nas análises" de auditoria. O cronograma estabelecido para a entrega de documentos já foi descumprido mais de uma vez.

Em paralelo, esse imbróglio tem sido atravessado por acusações entre Piva e a família Cola, fundadora da Itapemirim.

Além de tentarem anular a venda da companhia, contestada por pendências na assinatura de anexos do contrato, Camilo Cola e Camilo Cola Filho vêm entrando com uma série de representações por falsidade ideológica contra o comprador.

Procurada, a Itapemirim afirmou que as questões apontadas pela administradora judicial estão sendo solucionadas e frisou que os pagamentos previstos no plano de recuperação estão sendo cumpridos.

Na última semana, o governo português anunciou que vai retomar os voos que transitam Brasil e Reino Unido, mas apenas para viagens consideradas essenciais, como motivos profissionais, de educação ou saúde. A restrição estava em vigor desde janeiro, quando o Governo de Portugal decidiu vetar o transporte entre os dois países, por apresentarem circulação de novas variantes da Covid-19 consideradas mais contagiosas e letais.

As autoridades de Portugal estipularam condições para os passageiros que tiverem a necessidade de alçar voo. Caso o cidadão esteja vindo de um país que tenha índice igual ou superior de 500 casos de Covid-19 por 100 mil habitantes, deverá cumprir quarentena de 14 dias ao chegar no país e apresentar teste RT-PCR negativo com prazo de 72 horas.

##RECOMENDA##

De acordo com o primeiro-ministro português, António Costa, o quadro de estabilidade de Portugal na fase amarela permite que a retomada das atividades aconteça. Assim, a terceira etapa do plano de retomada prevê que comércio e eventos presenciais vão acontecer de forma gradual, a partir desta segunda-feira (19).

Em fevereiro, Portugal registrou os maiores índices de avanço da infecção por Covid-19, que marcou a segunda onda da pandemia no país. De acordo com dados levantados, a média de pessoas que contraíram o vírus era de 1.429 a cada 100 mil habitantes, o mais alto índice da União Europeia. Após duras restrições, neste mês, Portugal tem média inferior a 10 mortes por coronavírus ao dia.

O governo da Argentina suspenderá todos os voos com o Brasil, Chile e México a partir deste sábado (27) para tentar conter a disseminação de novas variantes do coronavírus Sars-CoV-2 no país.

A medida não tem prazo para acabar e se soma aos vetos de pessoas vindas do Reino Unido e Irlanda.

##RECOMENDA##

Além disso, todos os que chegarem ao país de países autorizados precisarão fazer um teste RT-PCR ao desembarcarem e outro sete dias depois - além de só poder embarcar apresentando um exame negativo.

Também será exigido um período de quarentena obrigatória para todos que chegarem: estrangeiros deverão cumprir o prazo em um hotel e cidadãos deverão permanecer isolados em suas casas.

O temor do governo é que o descontrole de casos no território brasileiro também avance no país. Há algumas semanas há uma alta constante na quantidade de novas contaminações.

A Argentina, segundo dados da Universidade Johns Hopkins, já registrou 2.278.115 casos de Covid-19 e 55.092 mortes pela doença.

Já conforme o portal Our World in Data, foram aplicadas 3,3 milhões de doses das vacinas anti-Covid liberadas no país, o que equivale a 6% da população. 

Da Ansa

A Polícia Federal (PF) cumpre na manhã desta quinta-feira, dia 25, três mandados de busca e apreensão relacionados à Operação Quinta Coluna, que investiga uma suposta associação criminosa que usou aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) para enviar drogas para a Espanha. As apurações miram ainda na lavagem de ativos obtidos em razão dos crimes.

Segundo a corporação, as medidas "buscam robustecer" as provas que ligam um militar da FAB, que seria responsável pelo recrutamento de "mulas", com pessoas relacionadas ao tráfico de entorpecentes. As ordens foram expedidas pela 12ª Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal.

##RECOMENDA##

Um dos alvos da ação desta fase da ação seria um civil ligado a um "recrutador" sob suspeita desde a primeira fase da Quinta Coluna. Tal militar é um dos sargentos que foram detidos na ação da FAB, da PF e da Procuradoria de Justiça Militar em Brasília realizada na última quinta-feira - Jorge Luis da Cruz Silva.

Na ocasião, também foram detidos outros dois militares (um tenente-coronel e um sargento) e a esposa de Manoel Silva Rodrigues - sargento que foi preso transportando 39 kg de cocaína em um avião da FAB enquanto acompanhava a comitiva do presidente Jair Bolsonaro para o Japão, em 2019.

Embora a Azul reforce otimismo acerca da recuperação da demanda no Brasil, a companhia aérea cortou 50 voos por dia em março e abril. Com isso, a média deve ficar em torno de 600 voos diários para o período.

"Temos dois a três meses difíceis pela frente. Com o lockdown nas diferentes regiões do País, vamos avaliar o mercado para maio", afirmou ontem o presidente da Azul, John Rodgerson, em teleconferência com jornalistas.

##RECOMENDA##

No entanto, o executivo continua otimista e prevê recuperação da demanda diante da perspectiva de vacinação contra a covid-19 no País. "A vacina está cada vez mais próxima, sabemos o que é preciso ser feito e o brasileiro quer voltar a voar."

Ele reforçou que a companhia está "confortável" com o plano para 2021, com foco na melhora dos serviços, como a instalação de wi-fi na frota, além do aumento gradual da malha. "Estamos animados para o ano."

Para 2021, a companhia também está otimista com a Azul Cargo. No quarto trimestre do ano passado, a receita da divisão cresceu 64% em relação ao mesmo período de 2019.

Segundo Rodgerson, o crescimento exponencial do e-commerce deve continuar impulsionando os negócios. "Este é um dos grandes focos de investimentos da Azul Cargo, visando ajudar a transformar a logística no Brasil."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Está em análise na Câmara dos Deputados um projeto de lei (PL 238/21) que determina que companhias aéreas só poderão vender passagens aéreas no limite de 50% dos assentos de cada aeronave, para voos domésticos, enquanto não forem vacinados ao menos 80% da população brasileira contra a Covid-19.

Segundo o texto, se houver necessidade de aumento do número de voos, estes deverão ser requeridos imediatamente a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

##RECOMENDA##

“Os voos realizados no Brasil, apesar da pandemia que se instalou, são realizados com a possibilidade de venda de todos os assentos existentes na aeronave, e isso precisa acabar, para não colocar em risco a saúde dos passageiros”, afirma o deputado Alexandre Frota (PSDB-SP), autor da proposta.

“A redução da venda de passagens em 50% é necessária por medida de distanciamento social para a proteção de todos os usuários”, avalia o deputado.

*Da Agência Câmara de Notícias

A circulação da nova variante do coronavírus levou o Ministério Público Federal (MPF) a pedir na Justiça que passageiros e tripulantes de voos domésticos também sejam obrigados a apresentar o teste RT-PCR negativo para embarcar. Atualmente, a exigência se restringe a viajantes internacionais. Na ação, os procuradores defendem o controle do trânsito de pessoas para evitar a disseminação da doença e de eventuais novas cepas entre as diferentes regiões do País.

"No momento atual da pandemia, não se cogita de pedir o fechamento dos aeroportos, dada o importante papel que desempenham no transporte de cargas e de pessoas. No entanto, não é razoável que a via aérea continua a funcionar como uma porta aberta à livre circulação do vírus e suas incontáveis variantes, que no processo evolutivo se impõem como mais graves e mais transmissíveis", diz um trecho da ação assinada pelos procuradores Márcio Torres, Nilce Cunha, Alessander Sales e Ricardo Magalhães de Mendonça nesta quarta-feira, 17.

##RECOMENDA##

O pedido é para que a Justiça Federal determine que União e Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) exijam a testagem com no máximo 72 horas de antecedência ao embarque e a apresentação do resultado negativo à companhia aérea, nos moldes dos voos intencionais.

No Brasil, Manaus foi o primeiro local a registrar uma variante própria do coronavírus, a P1. O Ministério da Saúde informou na sexta-feira passada, dia 12, que a cepa foi identificada no Amazonas, Ceará, Espírito Santo, Pará, Paraíba, Piauí, Rio de Janeiro, Roraima, Santa Catarina e São Paulo.

A Espanha vai restringir voos do Brasil e da África do Sul, permitindo apenas a entrada de passageiros de países que tenham nacionalidade ou residência espanhola e andorrana, para reduzir a propagação de novas variantes do coronavírus, anunciou terça-feira (2) a porta-voz do governo. As restrições, semelhantes às adotadas por outros países europeus, entrarão em vigor nesta quarta-feira (3) e terão duração de duas semanas, disse em entrevista coletiva a porta-voz María Jesús Montero. A decisão está de acordo com a que foi adotada por outros países europeus como a Alemanha, que restringiram as entradas de países afetados por variantes da covid-19.

Com o anúncio, cresce o número de países que já estabeleceram algum tipo de restrição para viajantes provenientes do Brasil. Nas últimas semanas, os governos da Itália, Alemanha, Portugal e dos vizinhos Colômbia e Peru proibiram voos partindo do Brasil.

##RECOMENDA##

Montero também afirmou que além dos cidadãos e pessoas com visto de residência na Espanha e em Andorra, o país também permitirá a entrada de passageiros em trânsito a partir do Brasil e da África do Sul que não permaneçam mais de 24 horas no país e que não saiam do aeroporto. As restrições integram a "ação decidida por este governo para proteger a saúde dos cidadãos, contendo o avanço da doença", disse María Jesús Montero.

Desde o fim de dezembro, a Espanha só permite a entrada a partir do Reino Unido de pessoas com nacionalidade ou residência na Espanha e no microestado de Andorra, após a detecção da nova variante neste país, que é mais contagiosa. De acordo com os dados mais recentes do Ministério da Saúde local, a Espanha registrou mais de 350 casos confirmados da variante britânica.

A Espanha, um dos países europeus mais afetados pela pandemia, se aproxima de 60.000 mortes e já superou 2,8 milhões de casos de covid-19.

O governo da Colômbia anunciou nesta quarta-feira (27) que suspendeu os voos para o Brasil e originários do território brasileiro. Trata-se de uma medida preventiva para evitar a propagação da nova variante do coronavírus identificada no Estado do Amazonas.

A restrição entra em vigor em 29 de janeiro, por 30 dias. A medida valerá para todos os voos de passageiros, sejam diretos ou conexões. Os voos de carga não serão afetados.

##RECOMENDA##

Portadores de visto de imigrante e estrangeiros com visto permanente na Colômbia e autorizados a fazer voos humanitários ainda poderão entrar no país. Os passageiros originários do Brasil que entrarem na Colômbia deverão ficar isolados por 14 dias.

O governo de Portugal anunciou nesta quarta-feira (27) a suspensão dos voos de e para o Brasil em decorrência da evolução da situação epidemiológica do novo coronavírus (Sars-CoV-2) em todo mundo, além do aumento de casos da Covid-19 no território português e a detecção de variantes.

A medida será válida a partir da meia-noite do dia 29 de janeiro e ficará em vigor até 14 de fevereiro. Em comunicado, o Ministério do Interior de Portugal informou que estão permitidos apenas voos de repatriação e humanitários.

##RECOMENDA##

Nesses casos, no entanto, os viajantes precisarão exibir um resultado negativo de teste de Covid-19 que tenha sido realizado nas 72 horas antes do embarque. Caso contrário, o embarque e entrada no país europeu poderá ser negado.

Além disso, as pessoas que conseguirem viajar para Portugal terão que fazer quarentena de 14 dias após o desembarque.

"Nestes voos de caráter humanitário podem também embarcar cidadãos nacionais da União Europeia, nacionais de Estados associados ao Espaço Schengen e membros das respectivas famílias, bem como nacionais de países terceiros com residência legal em um Estado-membro da União Europeia, exclusivamente para efeitos de repatriamento", diz a nota oficial.

Segundo levantamento da Universidade Johns Hopkins, Portugal acumula 668.951 casos de Covid-19 desde o início da pandemia. Desse total, aproximadamente 173 mil estão ativos, sendo que mais de 6,6 mil pessoas estão internadas.

A expectativa é de que o Parlamento português vote a prorrogação de 15 dias do estado de emergência por conta do coronavírus e prolongue também as medidas restritivas contra a propagação.

Da Ansa

Uma portaria publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (26) proíbe voos provenientes da África do Sul para o Brasil e restringe, por tempo indeterminado, a entrada de estrangeiros de qualquer nacionalidade por meio de transportes ferroviários e aquaviários. O texto cita a preocupação com as novas variantes do coronavírus detectadas no Reino Unido e na África do Sul, que já estão em circulação no Brasil. Os voos do Reino Unido e da Irlanda do Norte já estavam proibidos desde o Natal.

A medida, assinada pelos ministros Walter Braga Netto, da Casa Civil, André Luiz Mendonça, da Justiça e Segurança Pública, e Eduardo Pazuello, da Saúde, usa como justificativa para as restrições uma recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para "restrição excepcional e temporária de entrada no País".

##RECOMENDA##

As restrições não se aplicam a brasileiros, imigrantes que residem no País, profissionais estrangeiros "em missão a serviço de organismo internacional" e portadores de autorizações especiais. Viajantes do Paraguai também têm permissão para entrar no Brasil por vias terrestres.

De acordo com a portaria, os viajantes que descumprirem as normas estão sujeitos a responsabilização civil, administrativa e penal, repatriação ou deportação imediata e inabilitação de pedido de refúgio.

Transporte aéreo

Apesar de proibida para viajantes do Reino Unido, Irlanda do Norte e África do Sul, a entrada no Brasil por transporte aéreo segue liberada para outros países.

Mesmo em vigência desde o fim do ano passado, a portaria estabelece mais uma vez que o viajante - brasileiro ou estrangeiro - apresente à companhia aérea um documento que comprove a realização de teste laboratorial RT-PCR, com resultado negativo ou não reagente, feito nas 72 horas anteriores ao voo.

O exame precisa ser feito em laboratório reconhecido pela autoridade de saúde do país do embarque e deve ser apresentado em português, espanhol ou inglês.

A Itália está suspendendo voos originários do Brasil, anuncia o ministro da Saúde italiano, Roberto Speranza. A medida publicada neste sábado por meio de portaria terá validade a partir do dia 31 de janeiro e é uma resposta, segundo o governo italiano, à nova cepa de coronavírus, que teria sido detectada no País e dado origem à explosão de casos no Estado do Amazonas. Quem transitou pelo Brasil nos últimos 14 dias também está proibido de entrar na Itália, disse Speranza.

Duas semanas antes do carnaval, a diretoria da Gol se reuniu em um auditório na sede da empresa, ao lado do aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Sentados em cadeiras iguais a assentos de avião, os executivos começaram a se preparar para atravessar o deserto, como chamaram, então, a crise da Covid-19.

"Nessa reunião, que ficou histórica para nós, a figura que adotamos e que se mostrou acertada foi a de que iniciaríamos a travessia de um deserto, cuja extensão e temperatura eram imprevisíveis e, como acontece na travessia de qualquer deserto, na qual só poderíamos contar com os suprimentos que tínhamos no começo da jornada. No meio do deserto não tem posto de gasolina, hospital ou supermercado", lembra o presidente da companhia, Paulo Kakinoff.

##RECOMENDA##

Com o plano de travessia traçado, os investimentos, como campanhas de publicidade, foram suspensos. Era um modo para garantir que a água - dinheiro no caixa, nesse caso - não acabasse antes de que se atingisse o fim do deserto. Também com esse objetivo foi desenhada a proposta de reduzir a jornada e o salário dos tripulantes.

No fim de março, os trabalhadores já tinham aceitado o corte de até 75% na remuneração para os meses seguintes. Cerca de mil funcionários foram desligados durante o ano.

Foi essa época em que o passageiro "sumiu". Kakinoff diz que a empresa tinha se preparado para uma redução significativa da demanda, mas não imaginavam que a queda seria tão brutal - chegou a 93% em abril e maio.

No mês passado, a Gol foi a mercado para captar R$ 1 bilhão e dar continuidade à travessia do deserto, que só deve ser concluída quando a população estiver vacinada. "Enquanto a Covid não estiver resolvida, você jamais vai ouvir da gente que a situação está sob controle", diz o presidente da empresa. "Mas espero que o trecho mais quente do deserto tenha ficado para trás. De qualquer modo, nem isso a gente crava, porque o cenário é muito volátil", acrescenta.

A aposta de Kakinoff é que a retomada já verificada no segmento de lazer se mantenha nos próximos meses, enquanto o segmento corporativo continuará penando. Ele prevê que as viagens realizadas a trabalho alcancem entre 60% e 70% do que se tinha antes da pandemia apenas no segundo semestre do ano que vem. O segmento corporativo é o que rende maiores receitas para as aéreas, dado que as passagens são compradas com menor antecedência e a preços mais elevados.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A expectativa para 2020 era alta no setor aéreo. O presidente da Gol, Paulo Kakinoff, previa que seria o melhor ano para as empresas desde 2010. Com a saída da Avianca Brasil do mercado e a consequente redução da concorrência, as companhias tinham elevado os preços das passagens em 2019 e viam a situação de seus caixas melhorar. A Azul prometia elevar a oferta em 20%, enquanto Gol e Latam, entre 6% e 9%. Mas não poderia ser mais diferente do que aconteceu. Com a Covid-19 e o distanciamento social, o setor teve o pior ano de sua história, com uma queda de demanda que chegou a 94,5% no pior momento.

"No pré-covid, as coisas estavam indo super bem. Os voos estavam cheios. Seria um ano recorde para nós. Aí, de repente, tudo parou", lembra o presidente da Azul, John Rodgerson.

##RECOMENDA##

A paralisação dos voos foi global e o setor acabou sendo um dos mais atingidos pela crise do coronavírus. O impacto foi tão profundo que, rapidamente, governos passaram a resgatar empresas aéreas privadas. Nos Estados Unidos, inicialmente, US$ 25 bilhões foram destinados às companhias do setor - mais US$ 15 bilhões foram aprovados no fim do ano. Na Alemanha, US$ 9 bilhões socorreram a Lufthansa.

Por aqui, as discussões por uma ajuda estatal foram travadas com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BDNES) e fracassaram. O modelo proposto pelo banco, que financiaria 60% do empréstimo - 10% deveriam vir de um sindicato de bancos e 30%, levantados no mercado - foi considerado caro e ineficiente pelas companhias.

Isso porque os títulos das empresas já são negociados hoje no mercado. As companhias teriam, portanto, de oferecer juros mais elevados para essa nova dívida se tornar atraente. A esse preço mais alto, bancos privados poderiam fornecer o crédito.

A saída encontrada por Gol e Azul acabou sendo recorrer ao mercado financeiro. Já a Latam entrou em recuperação judicial (chapter 11) nos EUA.

Além do pedido de recuperação em Nova York, a Latam adotou outra saída inesperada e fechou uma parceria de "code share" com a Azul para as empresas realizarem voos de forma conjunta.

Até o ano anterior, as companhias viviam disputa acirrada pelas autorizações de pouso e decolagem no aeroporto de Congonhas (SP) deixadas pela Avianca Brasil, que havia falido. A briga levara os presidentes das empresas a trocarem acusações publicamente e ainda fez com que a Azul deixasse a Abear, a entidade que representa o setor.

"Não consigo imaginar, e duvido que a Azul imaginasse, um 'code share' entre Latam e Azul se não estivéssemos em uma crise como essa. Mas, neste momento, faz sentido, porque tanto eles como nós queremos vender mais e aumentar a receita. Se uma forma de elevar a receita é vender um voo operado por eles, tudo bem", diz Jerome Cadier, presidente da Latam no Brasil.

A parceria surgiu após uma reunião virtual de relacionamento entre o presidente da Azul, John Rodgerson, e o presidente do grupo Latam, Roberto Alvo, que havia assumido o cargo em abril, no meio da crise.

O acordo entre as empresas garantiu a sobrevivência de algumas rotas que poderiam desaparecer por causa da queda da demanda. Mas não de todas elas.

"A crise cria uma deseconomia de escala. Voos que tinham um certo número de passageiros acabam não sendo mais viáveis. As empresas vão sair menores depois disso tudo. O mercado não vai se recuperar totalmente", diz André Castellini, sócio da consultoria Bain & Company e especialista no setor.

Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o total de passageiros no mercado doméstico em outubro era metade do registrado um ano antes. Castellini prevê que o número só volte ao patamar anterior à crise em junho de 2023.

Segmento corporativo

No mercado internacional, que hoje se aproxima dos 15% do que tinha em dezembro de 2019, a recuperação total só deve ocorrer daqui a quatro anos, estima o consultor. Já para o segmento corporativo, que paga as tarifas mais caras e é uma importante fonte de receita para as empresas, não é possível nem fazer previsões concretas.

"Entre 25% e 35% da demanda de negócios deve acabar porque o setor vai perder uma parte não desprezível da demanda no pós-pandemia por causa das soluções de videoconferência. Mas esse número ainda é impreciso", acrescenta Castellini.

Diante desse cenário e das incertezas, os presidentes das companhias aéreas afirmam não poder cravar que o pior ficou para trás com o fim de 2020.

Apesar de sentirem uma recuperação mais sólida na demanda desde setembro, destacam que não respirarão tranquilos enquanto a população não estiver vacinada e dizem, ainda, que a saída dessa crise pode ser tão complexa quanto o início dela. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As autoridades russas ordenaram que passageiros vindos do Reino Unido permaneçam em quarentena por duas semanas a partir da chegada. A medida entra em vigor neste sábado (26). No início desta semana, a Rússia suspendeu voos diretos do Reino Unido depois que uma nova cepa do coronavírus 70% mais transmissível se espalhou por Londres e partes da Inglaterra.

O pedido da agência de segurança sanitária Rospotrebnadzor publicado nesta sexta-feira (25) no portal de informações oficiais obriga a todos os que viajam do Reino Unido a permanecer em isolamento por 14 dias após sua chegada à Rússia.

##RECOMENDA##

Dezenas de países proibiram voos do Reino Unido ou anunciaram restrições de viagem. Os Estados Unidos exigirão que os passageiros das companhias aéreas da Grã-Bretanha façam um teste Covid-19 negativo antes de seu voo a partir de segunda-feira. Fonte: Associated Press.

A China anunciou nesta quinta-feira a suspensão dos voos do Reino Unido, após a detecção de uma nova variante do coronavírus no país.

"Pela natureza excepcional da mutação do vírus e seu potencial impacto, a China suspendeu os voos do Reino Unido depois de fazer uma sólida avaliação", anunciou o ministério chinês das Relações Exteriores.

##RECOMENDA##

País que enfrenta uma nova onda de contágios devido a esta nova cepa, parcialmente de volta ao confinamento e isolado pela decisão de vários países de cortar as conexões, o Reino Unido registra um dos balanços mais duros da pandemia, com mais de 69.000 mortes.

A China, onde o novo coronavírus surgiu há um ano, conseguiu controlar a pandemia em seu território. O país fechou as fronteiras em março e reduziu consideravelmente os voos internacionais, antes de reabrir aos poucos as fronteiras a partir do verão (hemisfério norte, inverno no Brasil).

Quando a segunda onda do vírus começou a ser sentida na Europa, em novembro, a China voltou a fechar as portas e proibiu a entrada de estrangeiros de vários países ou condicionou a entrada de passageiros à apresentação de um teste diagnóstico negativo realizado 48 horas antes do embarque.

Depois da decisão de mais de 40 países, o governo brasileiro resolveu na noite desta quarta-feira (23) proibir temporariamente os voos que tenham origem ou passagem pelo Reino Unido e Irlanda do Norte, como medida preventiva após a descoberta de uma nova variante do coronavírus Sars-CoV-2 no território britânico.

A decisão está incluída em uma portaria publicada em edição extra do Diário Oficial da União e entrará em vigor a partir do próximo dia 25 de dezembro, data em que é celebrado o Natal.

##RECOMENDA##

A nova norma ainda restringe a entrada no Brasil de estrangeiros de qualquer nacionalidade, por rodovia, por outros meios terrestres e por meio aquaviário.

Apesar da restrição, a portaria assinada pelos ministros Braga Netto (Casa Civil), André Mendonça (Justiça) e Eduardo Pazuello (Saúde) determina que, em caso de exceção, é preciso apresentar uma certificação da Polícia Federal.

"Excepcionalmente, o estrangeiro que estiver em país de fronteira terrestre e precisar atravessá-la para embarcar em voo de retorno a seu país de residência poderá ingressar na República Federativa do Brasil com autorização da Polícia Federal", diz o texto.

A medida é anunciada dias depois de diversos países em todo mundo proibirem o ingresso de viajantes do Reino Unido, bloqueando voos provenientes dessa nação. No último fim de semana, as autoridades sanitárias britânicas revelaram a descoberta de uma nova cepa do coronavírus, com uma transmissão mais rápida do que as demais.

Por conta disso, o primeiro-ministro Boris Johnson determinou um lockdown em Londres e no sudeste da Inglaterra. 

Da Ansa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que realizou na noite desta segunda-feira (21) uma ação de fiscalização e acompanhamento no voo que chegou no Aeroporto Internacional do Rio proveniente do Reino Unido. A ação, segundo a Anvisa, será adotada nos próximos voos que tiverem a mesma origem.

A medida ocorre após a detecção de uma mutação do novo coronavírus no Reino Unido. Segundo o Estadão/Broadcast noticiou nesta segunda, o Brasil, por enquanto, não deve seguir outros países da Europa e outros continentes na imposição de restrições a voos do Reino Unido.

##RECOMENDA##

Na ação desta segunda, a Anvisa e outros órgãos de governo adotaram medidas de controle sanitário, antes da chegada da aeronave no País. Segundo nota divulgada pela agência, o avião chegou no aeroporto do Galeão por volta das 19h40 e fiscais sanitários de plantão orientaram passageiros e tripulantes sobre o monitoramento dos viajantes em solo nacional por autoridades brasileiras de saúde; foi lida mensagem sonora no voo; feita fiscalização no interior da aeronave, antes do desembarque; foram solicitadas informações sobre os passageiros e tripulantes à empresa aérea, que foram enviadas às autoridades competentes.

Segundo a Anvisa, a Rede CIEVS (Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde), ligada ao Ministério da Saúde, vai realizar os procedimentos de contato com os passageiros e tripulantes para monitoramento das condições de saúde e direcionamento aos serviços de atenção à saúde, bem como a adoção das medidas de prevenção e controle da covid-19.

Durante a atuação de ontem no Galeão, foi feito ainda monitoramento dos procedimentos de limpeza e desinfecção da aeronave, acompanhamento do trânsito dos passageiros até a área de imigração, com orientação sobre o distanciamento social e evitando aglomeração. De acordo com a Anvisa, nenhum passageiro ou tripulante do voo declarou ter sintomas da Covid-19 durante o voo.

Além dessas medidas, outras estão sendo adotadas como restrições de acesso ao Duty Free. "Estas ações serão adotadas nos próximos voos provenientes do Reino Unido nos aeroportos de Guarulhos e Galeão", diz a nota da Anvisa.

A Anvisa lembra que a Portaria 630, publicada no último dia 17, já determinava que, a partir do dia 30 de dezembro, a entrada de viajantes por via aérea no País só será permitida com a apresentação de teste laboratorial para detecção da Covid-19, com resultado negativo.

Diversos países da Europa e de outros continentes impuseram nesta segunda-feira (21) restrições aos voos do Reino Unido, onde uma nova variante do coronavírus Sars-CoV-2, mais transmissível, foi encontrada.

Até agora, mais de 30 nações suspenderam os voos de e para o território britânico. A Itália, Alemanha, Países Baixos, Bélgica e França foram os primeiros a anunciarem o bloqueio no domingo (20).

##RECOMENDA##

A medida, porém, foi logo seguida por outros países, como Áustria, Suécia, Lituânia, Letônia, Estônia, Finlândia, Omã, Croácia, Macedônia, Polônia e República Tcheca, Dinamarca e Portugal.

Já Canadá, Romênia, Turquia, Bulgária, Índia, Arábia Saudita, Irã, Suíça, Kuwait, Irlanda, Noruega, Israel, Hong Kong, Argentina, El Salvador, Colômbia, Chile, Peru, África do Sul, Austrália, Jordânia e Marrocos também resolveram fechar suas fronteiras para voos do território britânico.

A Rússia, por sua vez, anunciou que vai suspender as viagens a partir desta terça-feira (22). O Brasil ainda não se manifestou.

Até agora, não se sabe se a variante é mais letal do que as anteriores, mas especialistas de saúde britânicos apontam que ela tem uma transmissão mais rápida do que as demais - até 70% mais veloz, de acordo com o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson. Por conta disso, o governo britânico determinou um lockdown em Londres e no sudeste da Inglaterra.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que a mutação do Sars-CoV-2 "não está fora de controle" e descartou os impactos da variante sobre a produção de vacinas contra a doença. 

Da Ansa

O Canadá pode se juntar à lista de países que suspenderam ou restringiram voos vindos do Reino Unido neste domingo, em razão de uma nova variante do coronavírus que está se espalhando rapidamente pela região. A informação é de um funcionário do governo canadense que afirmou não estar autorizado para falar publicamente antes de um anúncio oficial do país. Até o momento, já são dez nações impondo embargos ao fluxo com o Reino Unido: Alemanha, França, Itália, Áustria, Israel, Bulgária, Holanda, Irlanda, Bélgica e Arábia Saudita.

A França prevê um bloqueio das viagens por um período de 48 horas a partir da 0h dessa segunda-feira, de acordo com as autoridades do país, enquanto a Bélgica proibiu os voos por 24 horas também a partir da 0h - e também interrompeu as conexões de trem para a Grã-Bretanha, incluindo o Eurostar. A Holanda proibiu voos do Reino Unido por pelo menos até o fim do ano, enquanto Áustria e a Itália não informaram exatamente quando a suspensão ocorrerá.

##RECOMENDA##

Já a Alemanha decidiu restringir a partir da 0h de hoje os voos vindos do país, mas não informou até quando o bloqueio estará em vigor. No caso de Israel, as restrições se estendem à Dinamarca e África do Sul, onde a mutação da doença também foi identificada. Além disso, Arábia Saudita decidiu suspender todos os voos internacionais pelo período de uma semana e disse que esse prazo pode aumentar "até que informações médicas sobre a natureza do vírus se tornem mais claras."

A República Tcheca, por exemplo, não chegou a suspender as viagens, mas informou estar adotando medidas de quarentena mais firmes para as pessoas que chegarem ao país vindas do Reino Unido.

O governo britânico disse que o primeiro-ministro, Boris Johnson, deve presidir nesta segunda-feira uma reunião do comitê de crise do governo, após o anúncio das medidas restritivas desses países. As restrições vêm em um momento de grande incerteza econômica para o país, a apenas duas semanas da saída da União Europeia e com as negociações sobre novas relações comerciais pós-Brexit.

Johnson disse no sábado que a nova variante do vírus, que é 70% mais transmissível do que as substâncias existentes, parecia estar causando a rápida disseminação de novas infecções em Londres e no sul da Inglaterra nas últimas semanas, mas enfatizou que "não há evidências de que seja mais letal, cause reações mais graves ou que as vacinas sejam menos eficazes." Fonte: Associated Press.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando