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Mais de 7.000 voos foram cancelados em todo o mundo durante o fim de semana prolongado de Natal devido à propagação acelerada da variante ômicron da covid-19, que afeta em particular as tripulações das companhias aéreas.

A Europa é atualmente a região com mais casos, com mais de três milhões nos últimos sete dias, 57% do total mundial, assim como a maior quantidade de mortes, seguida por Estados Unidos e Canadá (1,4 milhão de novos contágios).

A França superou a marca de 100.000 novos casos de covid-19 em 24 horas no sábado de Natal, um número sem precedentes. O governo avaliará a situação em uma reunião na segunda-feira.

O relatório mais recente do site Flightaware informa quase 2.000 cancelamentos de voos neste domingo, incluindo mais de 570 relacionados com os Estados Unidos - viagens internacionais ou domésticas.

No sábado, o mesmo site registrou quase 2.800 cancelamentos de voos, 970 relacionados aos Estados Unidos.

Na sexta-feira os cancelamentos se aproximaram de 2.400, além de 11.000 voos adiados, segundo o Flightaware.

Muitas companhias aéreas foram obrigadas a deixar pilotos, comissários de bordo e outros funcionários em quarentena, depois que os trabalhadores foram expostos à covid. As empresas Lufthansa, Delta e United Airlines cancelaram diversos voos.

De acordo com o Flightaware, a United Airlines teve que cancelar 439 voos na sexta-feira e sábado, quase 10% das viagens programadas.

"O pico de casos de ômicron em todo país esta semana teve um impacto direto nas nossas tripulações e nas pessoas que dirigem nossas operações", afirmou a empresa americana em um comunicado, no qual afirma que busca soluções para os passageiros afetados.

A Delta Air Lines cancelou 310 voos no sábado e 170 na sexta-feira, também de acordo com o Flightaware, que menciona a ômicron como o principal motivo do problema e, em menor medida, as condições climáticas adversas.

"As equipes da Delta esgotaram todas as opções e recursos antes de definir os cancelamentos", afirmou a empresa.

Onze voos da Alaska Airlines foram cancelados, depois que alguns de seus funcionários relataram que foram "potencialmente expostos ao vírus" e iniciaram um confinamento.

- Nevascas e fortes chuvas -

As condições climáticas contribuíram para os cancelamentos de voos.

Na região oeste dos Estados Unidos a meteorologia prevê tempestades de neve e queda expressiva das temperaturas, o que complicará ainda mais uma situação já caótica.

Mas cidades como Seattle e Portland conseguiram aproveitar o Natal com neve.

"Condições de frio anormais e um fluxo de umidade do Pacífico resultarão em períodos prolongados de nevascas e chuvas", afirmou o Serviço Meteorológico Nacional (NWS) dos Estados Unidos.

As companhias aéreas chinesas representaram o maior número de cancelamentos: a China Eastern cancelou quase 540 voos, mais de 25% do total programado, enquanto a Air China cancelou 267, o que significa quase 25% das decolagens previstas.

Os cancelamentos representam um duro golpe para a tão aguardada retomada das viagens nas festas de fim de ano, depois do Natal de 2020 que foi muito afetado pela pandemia.

Nos Estados Unidos, de acordo com estimativas da Associação Automobilística Americana (AAA), mais de 109 milhões de americanos deveriam deixar sua área de residência de avião, trem ou carro entre 23 de dezembro e 2 de janeiro, um aumento de 34% em relação ao ano passado.

Os cancelamentos não afetaram as viagens do Papai Noel, monitoradas há décadas pelo Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (NORAD), que registrou 7.623.693.263 presentes distribuídos este ano.

O NORAD afirma que monitora o trenó do Papai Noel graças a um sensor colocado no nariz de uma das renas.

A pandemia de covid-19 já provocou 5,3 milhões de mortes no mundo desde que a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou o surgimento da doença no fim de dezembro de 2019 na China.

A cidade chinesa de Xi'an, onde os 13 milhões de habitantes estão em confinamento, anunciou neste domingo uma desinfecção "total" e restrições ainda mais duras, no momento em que o país registrou o maior número de casos (206) em apenas um dia em 21 meses.

Às vésperas do feriado de Natal, as companhias aéreas United Airlines e Delta Air Lines anunciaram uma série de cancelamentos de voos, motivados pelo aumento de casos de Ômicron, a nova variante do coronavírus.

Segundo as duas empresas, vários funcionários de solo e tripulantes foram contaminados pelo vírus. Sem pessoal suficiente para as operações, cerca de 200 voos foram cancelados, sendo que 120 são da United e 90 da Delta.

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Ambas empresas afirmaram estarem contatando os passageiros para que não fiquem presos nos aeroportos. "Infelizmente, tivemos que cancelar alguns voos e estamos notificando os clientes afetados com antecedência sobre sua chegada ao aeroporto", anunciou a United.

Forte onda

Os cancelamentos de voos acontecem em momento em que os Estados Unidos enfrentam uma forte onda de infecções por covid-19, causada pela variante Ômicron que está deixando os hospitais sem leitos.

A escassez de testes exacerba ainda mais a crise sanitária do país, já que farmácias não dispõem do material e os kits enviados pelo governo estão escassos.

O presidente Joe Biden, que criticou seu antecessor Donald Trump por falhas neste assunto, prometeu esta semana lançar mais centros de testes e distribuir 500 milhões de kits domésticos a partir de janeiro.

No entanto, não há indícios de que os atrasos nos testes desanimem os viajantes: a American Airlines, por exemplo, indicou que irá operar em 86% de sua capacidade em relação a 2019 até o fim do ano.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Mais de 2 mil voos comerciais já foram cancelados ao redor do mundo nesta sexta-feira, 24, de acordo com o site FlightAware. Segundo o monitoramento, até o começo do período da tarde, 2.185 voos haviam sido cancelados, em um movimento que é em grande parte atribuído à pandemia de covid-19.

No mesmo momento, 6.304 atrasos em voos eram registrados.

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Para o sábado, 1.275 cancelamentos já são reportados, número que é de 307 para o domingo.

A disseminação da variante Ômicron têm forçado empresas aéreas americanas a cancelarem voos durante o período movimentado das festas de fim de ano.

Entre elas, a United Airlines está cancelando dezenas de voos no fim de semana do feriado, já que um aumento de casos de covid-19 afetou as tripulações da companhia.

Já a Delta Air Lines também citou a variante Ômicron como um fator por trás de uma série de cancelamentos.

O Procon Estadual do Rio de Janeiro instaurou processo de investigação contra a empresa Itapemirim Transportes Aéreos (ITA) por possíveis violações ao direito do consumidor. A informação foi divulgada pelo órgão nesta terça-feira (21). A companhia aérea suspendeu suas operações no Brasil na noite do dia 17, alegando uma reestruturação interna, conforme comunicado publicado em seu site.

O Procon-RJ vai investigar se a empresa está cumprindo as leis do consumidor e as regras estabelecidas pela resolução da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). No caso de cancelamento de voo feito pela companhia aérea, é direito do consumidor escolher entre: reacomodação, reembolso integral ou execução do serviço por outra modalidade de transporte. Cabe ainda ao passageiro receber assistência material, caso esteja no aeroporto.

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O órgão destacou que, apesar da Lei 14.174/2021 - criada em razão da pandemia e válida até 31 de dezembro deste ano - estabelecer que as companhias aéreas têm até 12 meses para reembolsar os consumidores em caso de cancelamento de voo, a regra não vale para o caso da Itapermirim, já que o cancelamento não foi em virtude do coronavírus.

Segundo o Procon-RJ, o cancelamento próximo à época de festas de Natal e Ano Novo poderá prejudicar a programação dos consumidores para passarem essas datas com familiares caso não sejam reacomodados em outros voos com urgência.

“Suspender os serviços no período de festas de final de ano e férias escolares, datas que a demanda de passageiros é alta, trouxe muito transtorno aos viajantes que já tinham voos programados. A ITA deve oferecer um atendimento facilitado, rápido, e individualizado aos consumidores afetados e ainda indicar um canal de atendimento direto ao Procon-RJ para solucionar mais rapidamente as reclamações dos consumidores”, declarou o presidente do Procon-RJ, Cássio Coelho.

A Itapemirim Transportes Aéreos deverá responder os questionamentos do Procon-RJ, incluindo a causa da suspensão temporária das atividades, as medidas adotadas para minorar os efeitos da suspensão das atividades em relação aos consumidores que adquiriram as passagens, como está sendo realizada a comunicação de cancelamento do voo ao passageiro, como são oferecidas a reacomodação, o reembolso integral da passagem, a execução do serviço por outra modalidade de transporte e a assistência material.

A companhia tem 10 dias, a contar da data do recebimento do ato de investigação, para responder às perguntas feitas pelo Procon-RJ. A ITA foi procurada para se posicionar sobre a investigação do Procon-RJ, mas ainda não se manifestou.

Com as atividades suspensas desde sexta-feira (17), a Itapemirim Transportes Aéreos terá 24 horas para esclarecer a paralisação das operações ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. A companhia foi notificada pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e pode ser punida com base no Código de Defesa do Consumidor.

Além de pedir informações, a Senacon exigiu que a companhia aérea elabore um plano de atendimento aos passageiros afetados. Caso os passageiros não recebam assistência nem sejam realocados em outros voos de companhias aéreas, a Itapemirim poderá receber sanções administrativas, como multas.

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Entre as informações pedidas pela Senacon, estão os motivos por que o atendimento ao consumidor foi interrompido, tanto presencialmente, como em plataformas eletrônicas e por telefone. Os passageiros afetados pelo cancelamento dos voos foram orientados a procurar lugares em outras companhias por funcionários dos aeroportos. A Itapemirim não manteve trabalhadores nos terminais de embarque e desembarque, após suspender as operações.

Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a ITA, como também é chamada a companhia, tinha 513 voos previstos entre sexta-feira até 31 de dezembro. A empresa suspendeu as atividades por causa de uma reestruturação interna.

O Grupo Itapemirim divulgou novo comunicado na noite deste sábado no qual informa que intensificou a comunicação com os passageiros impactados pela suspensão das operações da companhia.

A companhia afirma que o serviço de atendimento telefônico pelo número 0800 723 2121 e pelo chat do site foram restabelecidos, com horário de atendimento das 6h às 21h. Além disso, o passageiro pode enviar um e-mail para alecomaita@voeita.com.br.

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Ainda de acordo com o comunicado, os passageiros também podem solicitar o reembolso integral dos valores pagos diretamente no site da companhia. Para isso, é necessário seguir os seguintes passos:

1 - Clique em Meus Voos

2 - Faça o login com o seu usuário e senha

3 - Clique na opção Reemissão/Remarcação/Reembolso

4 - Selecione o seu ticket

5 - Selecione a opção Reembolso

"A companhia segue trabalhando arduamente em conjunto com a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) para mitigar os efeitos causados aos passageiros pela suspensão temporária de suas operações. A ITA tem contado com o apoio das demais companhias aéreas para a reacomodação de passageiros impactados", afirma um trecho do novo comunicado.

O Grupo afirma que também está utilizando a sua empresa transporte rodoviário, a Viação Itapemirim, como parte do plano de contingência para a reacomodação dos passageiros por via terrestre. A prioridade para reacomodação em voos de outras companhias tem sido para passageiros que já estão fora de sua cidade de domicílio e precisam retornar para casa. Os demais passageiros com viagens de ida e volta, que se encontram em sua cidade de domicílio, serão atendidos prioritariamente com reembolso total dos valores pagos, informa a companhia.

O Grupo Itapemirim decidiu paralisar na noite dessa sexta-feira (17) as operações da companhia aérea, a ITA. Segundo a empresa, a paralisação tem caráter temporário “para uma reestruturação interna”. A medida provocou confusão entre os passageiros da companhia que já esperavam o embarque nos aeroportos.

Em nota divulgada no site, a companhia orientou os clientes com passagens compradas para os próximos dias a não irem aos aeroportos antes de falar com a ITA. Esse contato deve ser feito através do e-mail falecomaita@voeita.com.br.

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A ITA entrou em operação no final de junho e operava nos aeroportos de São Paulo-Guarulhos (SP), Brasília (DF), Belo Horizonte-Confins (MG), Rio de Janeiro-Galeão (RJ), Porto Alegre (RS), Porto Seguro (BA), Salvador (BA), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Florianópolis (SC), Maceió (AL), Natal (RN) e Recife (PE).

Protestos

A administradora do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, orienta os passageiros da ITA a procurarem informações sobre os voos com a companhia antes de se dirigirem ao aeroporto.

Na noite desta sexta-feira, passageiros pegos de surpresa pela suspensão dos voos da ITA protestaram no saguão do aeroporto.

De acordo com a assessoria de imprensa da Gru Airport, os passageiros da ITA ainda estão presentes no aeroporto e a situação no saguão não está normalizada.

Confira a nota do Grupo Itapemirim na íntegra:

"O Grupo Itapemirim informa que por iniciativa própria suspendeu temporariamente as operações de sua companhia aérea, a ITA, no início da noite desta sexta-feira (17) para uma reestruturação interna.

A decisão foi tomada por necessidade de ajustes operacionais. A ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) já foi informada da decisão.

A ITA lamenta os transtornos causados e afirma que irá continuar prestando toda assistência aos passageiros impactados, conforme prevê a resolução 400 da ANAC.

A companhia orienta os passageiros com viagens programadas para os próximos dias que não tentem realizar check-in online e não compareçam aos aeroportos antes de contatar a empresa aérea. Todos os passageiros devem entrar em contato pelo e-mail falecomaita@voeita.com.br. A companhia irá dedicar o máximo esforço para, em breve, retomar seus voos.

O Grupo Itapemirim informa também que essa decisão não afeta a prestação de serviço do transporte rodoviário, por meio da Viação Itapemirim, cujas operações seguem normalmente."

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira, 15, a 5ª fase da Operação Quinta Coluna para aprofundar as investigações sobre a lavagem de dinheiro praticada pelo homem apontado como líder de uma associação criminosa responsável por remeter drogas para a Europa a partir de aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB).

Os agentes cumprem cinco mandados de busca e apreensão em Brasília e Florianópolis. As ordens foram expedidas pela Justiça Federal, que ainda determinou o sequestro e bloqueio de cinco imóveis, uma academia de ginástica e dois veículos de luxo ligados aos investigados.

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Além disso, a ordem de bloqueio atinge R$ 2 milhões referentes a um empréstimo realizado pelo investigado e R$ 1,6 milhão em contas do suspeito e de suas empresas.

De acordo com a PF, as investigações apontam que a aquisição de bens e movimentação de valores foram realizadas majoritariamente em espécie e que o investigado teria usado seus familiares como "laranjas" para as compras.

Os investigadores ainda identificaram o uso de empresas de fachada para "dissimular a propriedade de imóveis e movimentação de vultosas quantias". A Polícia Federal diz que os investigados podem responder pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa, com penas que podem chegar a 13 anos de reclusão.

A Operação Quinta Coluna foi inicialmente deflagrada em fevereiro para investigar pessoas que se associaram ao sargento Manoel Silva Rodrigues "de forma estável e permanente, para a prática do crime de tráfico ilícito de drogas, tendo sido apresentado à Justiça elementos que indicam pelo menos mais uma remessa de entorpecente para Espanha". O militar foi detido em 2019 na Espanha com 39 quilos de cocaína quando viajava como parte da tripulação de apoio do presidente Jair Bolsonaro.

O Japão suspendeu a partir desta quarta-feira (1°) e durante pelo menos um mês as novas reservas de voos de entrada no país, ignorando a recomendação da OMS de não proibir viagens devido à nova variante ômicron da Covid-19, que foi detectada em mais países nas últimas horas.

O surgimento da nova variante, aparentemente mais contagiosa e com múltiplas mutações, gerou uma reação de pânico de vários governos, que adotaram novas restrições e limitações de viagens.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que "as proibições gerais às viagens não impedirão a propagação internacional" da ômicron e seu diretor, Tedros Adhanom Ghebreyesus, pediu "calma" e uma resposta "racional".

Apesar do apelo, poucas horas depois o governo japonês suspendeu as novas reservas para voos de entrada no país diante dos temores provocadas pela variante.

"Pedimos às companhias aéreas que parem de aceitar as reservas para novos voos de entrada durante um mês, a partir de 1º de dezembro", declarou à AFP uma fonte do ministério dos Transportes.

O anúncio aconteceu pouco depois da detecção de um segundo caso de ômicron no país asiático.

De acordo com o governo, o paciente é um homem na faixa de 20 anos que chegou em 27 de novembro na capital Tóquio procedente do Peru, país que não detectou oficialmente nenhum caso da nova variante.

- Casos no Brasil -

O Brasil anunciou na terça-feira dois casos da variante ômicron em passageiros que chegaram da África do Sul antes de este país anunciar a descoberta da cepa.

Os contagiados são "um homem de 41 anos e uma mulher de 37, procedentes da África do Sul", que desembarcaram no Brasil em 23 de novembro, informou a secretaria de Saúde do estado de São Paulo.

Segundo informações, o casal de missionários que vive no país africano apresentava sintomas leves no momento dos testes PCR. Desde então, os dois estão em isolamento domiciliar e sob monitoramento, assim como seus familiares.

Outros países da América Latina estão em alerta. O Equador, por exemplo, adiou a reabertura da fronteira terrestre com a Colômbia, prevista para esta quarta-feira, até 15 de dezembro.

- Negociações na OMS -

Desde que a África do Sul anunciou a detecção da variante na semana passada, muitos países fecharam as fronteiras para pessoas procedentes do sul da África, o que provocou indignação na região.

Estas medidas "podem ter um impacto negativo sobre os esforços globais de saúde durante uma pandemia, desencorajando os países a relatar e compartilhar dados epidemiológicos e de sequenciamento", advertiu a OMS.

A falta de eficácia das restrições ficou demonstrada quando a Holanda reportou que a variante ômicron estava presente em seu território antes que a África do Sul informasse o primeiro caso, em 25 de novembro.

E a propagação continua. Nesta quarta-feira, a Nigéria, país mais populoso da África, e a Arábia Saudita anunciaram os primeiros casos da nova cepa.

A preocupação aumentou ainda mais depois que o CEO do laboratório americano Moderna, Stephan Bancel, afirmou que pode acontecer uma "redução importante" da eficácia das atuais vacinas contra a ômicron.

Uma possível solução seria o comprimido anticovid do laboratório americano MSD, que recebeu a recomendação do painel de especialista designado por Washington para pacientes adultos de alto risco após uma votação apertada.

A OMS considera "elevada a probabilidade de propagação da ômicron a nível mundial", mas persistem as dúvidas sobre o nível de contágio, sua resistência às vacinas ou gravidade.

Um elemento tranquilizador é que, até o momento, nenhuma morte foi associada à nova variante.

A pandemia de covid-19 provocou mais de 5,2 milhões de mortes desde a detecção do coronavírus no fim de 2019 na China, segundo um balanço da AFP.

Com a pandemia ainda longe do controle, os 194 Estados integrantes da OMS iniciaram nesta quarta-feira negociações para alcançar um acordo que melhore a prevenção e o combate de futuras pandemias.

A decisão, aprovada por unanimidade, "representa um compromisso comum para reforçar a prevenção, a preparação e a resposta às pandemias, levando em consideração as lições que aprendemos", declarou a embaixadora australiana na ONU, Sally Mansfield, ao apresentar o texto.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou, nesta sexta-feira (26), a adoção de medidas restritivas de caráter temporário em relação aos voos e viajantes procedentes da África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue, em decorrência a nova variante identificada como B.1.1.529.

Em nota publicada, a agência retoma a avaliação feita pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que analisa nova variante com maior taxa de transmissibilidade e provavelmente relacionada ao aumento contínuo de infecções pela covid-19 nos referidos países, cuja cobertura vacinal ainda encontra-se baixa.

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Nesse sentido, a Anvisa recomenda a suspensão imediata dos voos procedentes da África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue e suspensão, em caráter temporário, da autorização de desembarque no Brasil de viajantes estrangeiros com passagem pelos países nos últimos 14 dias.

Ainda, a agência faz a recomendação de quarentena, logo após o desembarque no Brasil, para viajantes brasileiros e seus acompanhantes legais, com origem ou histórico de passagem pelas seis nações nos últimos 14 dias que antecedem a entrada no País.

A Anvisa pontua que os critérios para implantação e monitoramento da quarentena de viajantes em território brasileiro não estão sob o escopo de competência da agência, "devendo a operacionalização para cumprimento efetivo da medida ser, previamente, disciplinada pelo Ministério da Saúde em colaboração com as autoridades de saúde estaduais e municipais". "Até que as medidas restritivas sugeridas nesta Nota Técnica sejam implementadas, a Agência recomenda que seja reforçado o monitoramento, por parte das autoridades de saúde, de viajantes procedentes dos países citados, com desembarque no Brasil."

Na declaração, o órgão regulador também destaca a recomendação de se evitar viagens não essenciais, em especial à África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue.

Centenas de voos foram cancelados, algumas escolas permaneceram fechadas e viagens foram suspensas nesta sexta-feira (26) após a detecção de três casos de coronavírus em Xangai, em mais uma demonstração da estratégia rigorosa anticovid que permanece em vigor na China.

As autoridades de Xangai informaram que os três casos positivos são amigos que viajaram à cidade de Suzhou na semana passada e os três estavam completamente vacinados.

Quase 500 voos programados para os dois grandes aeroportos de Xangai foram cancelados nesta sexta-feira.

O governo municipal também decretou a suspensão de todos os pacotes de viagens organizadas entre províncias que passam por esta cidade de 25 milhões de habitantes.

Seis hospitais da cidade suspenderam os serviços de para pacientes de outras localidades.

Todas as escolas suspenderam as aulas na pequena cidade satélite de Xuzhou depois da informação de um caso de contato com um dos casos positivos de Xangai.

Desde a detecção do coronavírus em seu território no fim de 2019, Pequim conseguiu conter a propagação a doença com confinamentos e restrições de viagens, uma estratégia de "covid zero" que não pretende mudar, apesar dos focos da doença registrados nos últimos meses.

"A China acumulou muita experiência na 'dinâmica covid zero', então nossa estratégia não vai mudar", disse Zhang Wenhong, diretor da equipe de prevenção de covid de Xangai.

A quase 100 quilômetros, Suzhou, com população de 13 milhões de pessoas, fechou atrações turísticas e exigiu que os moradores apresentem resultado negativo em um teste de diagnóstico para sair da cidade.

As autoridades chinesas estão em alerta máximo com qualquer foco da doença antes dos Jogos Olímpicos de Inverno em Pequim, que acontecerão em fevereiro e terão um grande fluxo de atletas estrangeiros, jornalistas e autoridades.

Os aeroportos de Pequim cancelaram centenas de voos nesta sexta-feira (29), devido ao endurecimento das normas de viagem na China para impedir novos focos de Covid-19 antes do início dos Jogos Olímpicos de Inverno.

O país mais populoso do mundo reduziu ao mínimo o número de casos de coronavírus desde o início da pandemia, graças às medidas de tolerância zero adotadas pelo governo. Entre elas, o fechamento de fronteiras, confinamentos seletivos e longos períodos de quarentena.

Agora, a China está enfrentando novos surtos em várias regiões que recebem muitos turistas. Este quadro levou as autoridades a ordenarem que milhões de cidadãos fiquem em casa, restrinjam suas viagens entre as províncias e se submetam a testes de detecção de coronavírus.

O número de casos continua muito mais baixo do que na maioria dos países, com 48 novas infecções notificadas nesta sexta-feira. Ainda assim, o governo chinês prefere não correr riscos.

Após a detecção de alguns casos de covid-19, as autoridades locais impuseram um confinamento a dezenas de milhares de pessoas em Pequim, capital do país e cidade que sediará os Jogos Olímpicos em fevereiro.

Segundo a plataforma chinesa Feichangzhun, metade dos voos dos dois principais aeroportos da capital foi cancelada hoje.

Na frente aos centros médicos da capital, longas filas se formavam, com pessoas à espera de cumprir os rígidos controles anticovid-19 implementados pelas autoridades sanitárias chinesas.

Tu Anling, uma cientista da computação de 24 anos, disse à AFP que precisava de um teste para poder viajar de trem para Nanjing, cidade localizada a cerca de 1.000 quilômetros ao sul da capital.

Muitas regiões estão exigindo que os passageiros apresentem um teste negativo antes de entrar, sobretudo, no caso daqueles que se deslocam de cidades onde houve registro recente de infecções.

As autoridades da China cancelaram centenas de voos, fecharam escolas e iniciaram uma grande campanha de testes para conter um novo foco de Covid-19 vinculado a um grupo de turistas.

A origem do foco está ligada a um casal de idosos que viajava com um grupo de turismo. Eles iniciaram o deslocamento em Xangai, antes de voar para Xi'an (centro) e as províncias de Gansu e Mongólia Interior (norte).

Desde então foram detectados dezenas de casos vinculados, com contatos próximos em pelo menos cinco províncias e regiões, incluindo a capital Pequim.

Nesta quinta-feira (21), a Comissão Nacional de Saúde da China notificou 13 novos contágios locais.

Na severa estratégia anticovid da China que tem o objetivo de eliminar todos os casos, as autoridades das áreas afetadas adotaram testes em larga escala, fecharam locais turísticos, escolas e áreas de entretenimento e ordenaram confinamentos em alguns complexos residenciais.

Em algumas localidades como a cidade de Lanzhou, capital de Gansu, com quatro milhões de habitantes, as autoridades pediram aos moradores que não saiam de caso se não for necessário. E em caso de necessidade, apenas com teste negativo de covid-19.

Os aeroportos nas regiões afetadas cancelaram dezenas de voos, segundo o site VariFlight. Quase 60% dos voos para os principais aeroportos de Xi'an e Lanzhou foram suspensos.

A companhia aérea Pakistan International Airlines (PIA) anunciou nesta quinta-feira (14) que suspendeu os voos de e para Cabul devido à atitude "pouco profissional" do Talibã, no poder no Afeganistão desde meados de agosto.

A companhia aérea retomou voos especiais para a capital afegã após a retirada dos soldados americanos do país, de onde mais de 100 mil pessoas queriam partir por medo dos fundamentalistas islâmicos.

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"Frequentemente, nossos voos enfrentaram atrasos injustificados devido à atitude pouco profissional das autoridades da aviação (civil) em Cabul", declarou à AFP o porta-voz da PIA, Abdullah Hafeez Khan.

Os voos serão suspensos até que a situação seja "favorável", acrescentou.

De acordo com uma fonte da PIA, o Talibã tem sido "desagradável" com o pessoal da companhia aérea paquistanesa e, uma vez, "abusou fisicamente" de um de seus membros.

A PIA é alvo de críticas por cobrar US $ 1.200 por um voo só de ida entre Islamabad e Cabul que dura 40 minutos, contra US $ 150 antes da chegada do Talibã.

Esses voos destinavam-se principalmente a organizações internacionais e humanitárias, mas os últimos ajudaram os afegãos a embarcar neles para escapar do novo regime e de uma situação econômica catastrófica.

Mas os voos eram irregulares e os passageiros afegãos tinham dificuldades em conseguir uma passagem.

O porta-voz da PIA afirma que estes voos "não eram muito lucrativos financeiramente", devido ao alto custo do seguro, e que a empresa os mantinha por "motivos humanitários".

O Talibã havia ameaçado bloquear metade dos voos da PIA se o preço das passagens não fosse reduzido.

O Paquistão foi o principal apoiador do primeiro regime talibã entre 1996 e 2001, e mais tarde os Estados Unidos o acusaram de apoiar a insurgência contra o governo afegão, apoiado pelo Ocidente.

Desde o retorno do Talibã ao poder, o primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan, exortou a comunidade internacional a dialogar com os fundamentalistas e a apoiar financeiramente o país, cuja economia está à beira do colapso.

No momento, o Paquistão não reconheceu o novo regime talibã.

 A Azul Linhas Aéreas anunciou a ampliação da oferta de voos que passam pelo Recife, durante coletiva de imprensa realizada nesta segunda (4), no Palácio do Campo das Princesas, na área central da capital pernambucana. A cidade passará a contar com 44 destinos, incluindo todas as capitais brasileiras nas quais a companhia opera.

Há seis anos, a Azul só operava no Recife com 20 destinos. Estiveram presentes na coletiva o governador do Estado, Paulo Câmara, o secretário de Turismo, Rodrigo Novaes, a secretária de Desenvolvimento Econômico, Ana Paula Vilaça, além do prefeito João Campos.

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“Há cinco anos, a Azul estava buscando a localidade mais apropriada para criar um centro de conexões no Nordeste e, na época, existia uma grande disposição do governo do Estado de investir nisso, então foi uma parceria construída a quatro mãos. Recife também tem uma vantagem geográfica, está no centro do Nordeste, então pra gente isso também fazia diferença. Além disso, a economia de Pernambuco está em ascensão, com obras de grande porte como a fábrica da Jeep, o Porto de Suape, a Refinaria Abreu e Lima, então isso tudo contribuiu para que a gente escolhesse Recife como nossa casa no Nordeste”, pontuou o diretor de relações institucionais da Azul, Marcelo Bento.

Bento frisou que a companhia aérea pretende passar a atender a cinco cidades no interior do estado: Petrolina, Serra Talhada e Araripina, no sertão, além de Caruaru e Garanhuns, localizadas no agreste. “A gente está aguardando algumas adequações nos aeroportos de Garanhuns e Araripina, que a gente entende, pelo andar das coisas, que devem acontecer no início do ano que vem. A função do hub é multiplicar a possibilidade de origens e destinos, é um centro de conexões. Então, com isso, quando chega um voo, tem outros vinte à disposição para se conectar. Isso permite diminuir o tempo das viagens”, explica o diretor da companhia.

Ampliação da malha aérea 

O governador Paulo Câmara destacou a importância da ampliação da malha aérea da Azul para a retomada econômica do estado. “É sempre motivo de alegria ter esse momento onde a gente firma cada vez mais essa parceria com a empresa azul. Uma empresa nova no Brasil que já se tornou uma grande impulsionadora da conectividade entre os estados e municípios brasileiros. Isso é fundamental para o incremento de nosso turismo. Quanto mais voos indo ao Recife, ou passando pelo Recife, mais possibilidade de geração de renda”, afirmou.

O governo americano solicitou ao Brasil autorização para ampliar a frequência de voos de deportação ao País. Os EUA pediram que o governo brasileiro concorde com três voos semanais de deportados - atualmente, há autorização para um por semana. O Itamaraty concordou com dois voos semanais. A nova periodicidade está prevista para entrar em vigor em outubro. A informação foi revelada pelo jornal Folha de S. Paulo e confirmada pelo Estadão.

No fim de maio, os EUA enviaram ao Brasil o primeiro voo fretado para deportar imigrantes brasileiros desde o início do governo de Joe Biden. A prática tornou-se frequente durante o mandato de Donald Trump, que adotou política e retórica anti-imigração - que passou a ser usada também por Biden, quando um número recorde de imigrantes começou a chegar na fronteira dos EUA com o México.

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Questionado sobre o tema, o Itamaraty afirmou que recebeu, em agosto, um pedido para ampliar a frequência de voos semanais, o que ocorrerá em outubro. A chancelaria acrescentou que o governo "consentiu, em caráter temporário e condicional", com o aumento da frequência para dois voos por semana e que o objetivo do MRE é reduzir o tempo de permanência dos brasileiros em centros de detenção americanos, especialmente durante a pandemia de Covid-19.

O governo brasileiro confirmou também a informação de que pediu aos EUA que os deportados não sejam algemados no voo - o que foi relatado por algumas pessoas enviadas de volta pelo governo americano nessa situação.

O total de brasileiros que chegaram aos EUA ilegalmente começou a crescer em 2015, mas se mantinha em patamares baixos. O grande pico nas apreensões pela patrulha fronteiriça aconteceu em 2019, quando passou de 1,6 mil casos no ano anterior para 18 mil, segundo os registros dos EUA. No ano passado, as travessias caíram em razão dos bloqueios de viagem durante a pandemia e à política estabelecida por Trump. Neste ano, o número explodiu. Só em agosto, mais de 9 mil brasileiros tentaram atravessar a fronteira americana sem visto. De outubro do ano passado até agosto deste ano, a estimativa é a de que mais de 46 mil brasileiros tenham feito esse caminho.

A autorização para ampliar os voos de deportação ao Brasil acontece no momento em que o governo americano pede para que o País receba haitianos que entraram de maneira irregular nos EUA. Na semana passada, a situação foi tratada em conversa entre o secretário de Estado, Antony Blinken, e o chanceler brasileiro, Carlos França. Os dois se reuniram em Nova York, após a abertura da Assembleia-Geral da ONU.

No encontro, segundo fontes, Blinken pediu que o Brasil acolha haitianos que estão sendo deportados. O governo brasileiro indicou que seria preciso avaliar a situação específica de cada imigrante. Crianças haitianas que nasceram no Brasil, portanto, cidadãos brasileiros, e estrangeiros com permissão de residência podem entrar no País. Já os que têm visto humanitário e deixaram o Brasil não podem pedir novamente o status temporário.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Azul anunciou nesta quarta-feira (18) um acordo de compartilhamento de voos com a Emirates. As vendas do codeshare entre as empresas começam nesta data para clientes que quiserem voar a partir do dia 25 de agosto.

Segundo comunicado, neste primeiro momento oito rotas estarão disponíveis através do codeshare, conectando os clientes que chegam e decolam de Guarulhos (SP) com destino a Cuiabá (MT), Santos Dumont (RJ), Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Juazeiro do Norte (CE) e Belém (PA).

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Além do acesso à conectividade de malha, o cliente que utilizar o codeshare entre as duas companhias poderá realizar um único check-in e despachar sua bagagem na origem até o destino final.

"Este acordo com a Emirates proporcionará excelentes benefícios e comodidades para nossos clientes, além de acesso a uma ampla malha nacional e internacional", afirma em nota o vice-presidente de Receitas da Azul, Abhi Shah.

"O Brasil é um importante mercado para a Emirates e o codeshare com a Azul ressalta nosso compromisso em fortalecer nossa presença no País e ampliar as opções para os clientes. Estamos ansiosos para trabalhar com a Azul e fortalecer a parceria nos dias que virão", diz no comunicado o diretor comercial da Emirates, Adnan Kazim.

A partir do dia 8 de agosto, a Azul iniciará suas operações em Patos, Sertão da Paraíba, que contará com voos diários para o Recife. O anúncio foi feito na manhã desta terça-feira (1º), em uma live que contou com a presença do presidente da Azul, John Rodgerson, do deputado federal Hugo Motta e do governador da Paraíba, João Azevêdo. 

Os voos da companhia serão realizados inicialmente com aeronaves da Azul Conecta modelo Cessna Gran Caravan, com capacidade para até nove Clientes, e partirão de Recife diariamente às 22h30 – horário considerado estratégico que contempla a chegada das conexões de voos vindos de todo o Brasil –, com pouso em Patos previsto para às 23h45. Os voos de volta partirão à 00h10, com pouso previsto em Recife para à 1h35. 

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Por meio de nota, a assessoria da Azul garantiu que o início das operações facilitará a expansão dos negócios locais de Patos, contribuirá com a geração de empregos e deve fomentar a interiorização do turismo na Paraíba. 

"Tenho certeza que, no futuro, teremos linhas internas ligando João Pessoa, Campina Grande, Patos e Cajazeiras. Esse é o nosso grande sonho pela demanda reprimida que temos dentro do estado. Em qualquer caminhada, por mais longa que seja, o mais importante é dar o primeiro passo, e esse primeiro passo está sendo dado nessa parceria com a Prefeitura de Patos e a Azul", comemorou o Governador da Paraíba, João Azevêdo.

O governo brasileiro ampliou suas restrições de voos internacionais e suspendeu os com destino à Índia, que enfrenta agora uma nova variante da Covid-19, a B.1617, e é considerada o novo epicentro mundial da doença. A atualização veio através de portaria publicada na sexta-feira (14), em acordo com a 652 de janeiro de 2021. Há 10 dias a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já havia recomendado a suspensão de voos e viajantes do país do sul asiático.

O documento estabelece medidas e regras referentes ao ingresso e regresso envolvendo alguns países estrangeiros. As regras são as mesmas já aplicadas ao Reino Unido e à África do Sul, onde antes também foram identificadas mutações do vírus.

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A restrição, segundo portaria publicada agora à noite no DOU (Diário Oficial da União), só não se aplica a brasileiros natos ou naturalizados; imigrantes com residência de caráter definitivo, por prazo determinado ou indeterminado, no território brasileiro; profissionais estrangeiros em missão a serviço de organismo internacional, desde que identificado; funcionário estrangeiro acreditado junto ao governo brasileiro; estrangeiros com cônjuge, companheiro, filho e/ou pai brasileiro, cujo ingresso seja autorizado especificamente pelo governo brasileiro ou portador de Registro Nacional Migratório; transporte de cargas.

"Ficam proibidos, em caráter temporário, voos internacionais com destino à República Federativa do Brasil que tenham origem ou passagem pelo Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, pela República da África do Sul e pela República da Índia", diz um trecho da portaria.

Leia, na íntegra, a nota técnica encaminhada ao Comitê de Crise para a Supervisão e Monitoramento dos Impactos da COVID-19, no último dia 4:

NOTA TÉCNICA Nº 70/2021/SEI/GGPAF/DIRES/ANVISA

I – implementação de quarentena para todos os viajantes estrangeiros ou brasileiros que ingressarem no Brasil, independente do país de procedência, salvo o trânsito de cargas e de residentes entre cidades gêmeas;

II – incluir a proibição de voos e de viajantes procedentes da Índia na lista de restrição de países, em função da nova variante identificada naquele país. Ressalta-se a necessidade de se manter as suspensões já previstas na Portaria 652, de 2021, dos voos procedentes do Reino Unido, Irlanda do Norte e África do Sul;

III – estruturar e implantar comitês bilaterais para a elaboração de planos de contingência para promover a harmonização de medidas sanitárias mitigatórias entre as cidades gêmeas;

IV – divulgação à população, de forma ampla, clara e orientativa, da atualização das medidas adotadas.

Há 10 dias a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) fez uma recomendação para que o governo federal proíba voos de ida e vinda entre Brasil e Índia. O país do sul asiático enfrenta uma crise sanitária grave com a variante B.1617 do coronavírus, que tem capacidade de transmissão maior do que a cepa original do vírus, e se tornou o novo epicentro mundial da doença, com 24 milhões de casos acumulados. No entanto, até esta sexta-feira (14), a Saúde ainda não havia respondido à nota técnica enviada pela reguladora.

Constam no documento obtido pelo colunista Gerson Camarotti,  orientações datadas em 4 de maio de 2021 e direcionadas ao Comitê de Crise para a Supervisão e Monitoramento dos Impactos da Covid-19, que seguem sob análise desde então.

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No texto, a agência recomenda que seja implementada uma quarentena obrigatória para todos que entrarem no país, inclusive brasileiros, independente do país de origem. A proposta foi motivada pela notícia de que dois viajantes infectados com a variantes indiana chegaram a Buenos Aires.

Além disso, é indicada a proibição específica de voos e viajantes à Índia, acordando com a Portaria 652 de 2021. Também é solicitada a divulgação das informações, de forma clara e orientativa, à toda a população.

Leia, na íntegra, a nota técnica encaminhada ao Comitê de Crise para a Supervisão e Monitoramento dos Impactos da COVID-19:

NOTA TÉCNICA Nº 70/2021/SEI/GGPAF/DIRES/ANVISA

I – implementação de quarentena para todos os viajantes estrangeiros ou brasileiros que ingressarem no Brasil, independente do país de procedência, salvo o trânsito de cargas e de residentes entre cidades gêmeas;

II – incluir a proibição de voos e de viajantes procedentes da Índia na lista de restrição de países, em função da nova variante identificada naquele país. Ressalta-se a necessidade de se manter as suspensões já previstas na Portaria 652, de 2021, dos voos procedentes do Reino Unido, Irlanda do Norte e África do Sul;

III – estruturar e implantar comitês bilaterais para a elaboração de planos de contingência para promover a harmonização de medidas sanitárias mitigatórias entre as cidades gêmeas;

IV – divulgação à população, de forma ampla, clara e orientativa, da atualização das medidas adotadas.

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