Há 10 anos, a cidade do Recife era convidada, por sete jovens, a adentrar em certo "Reino da alegria". Sob o rótulo de ser a mais nova banda no estilo manguebeat da cidade (rótulo esse posteriormente destruído pelo público), Mombojó foi um importante expoente da música pernambucana, quando em 2004 lançou seu primeiro e aclamado álbum, “Nada de novo”, título um tanto irônico para a proposta da banda que era, sim, uma novidade sonora.
Dificuldades à parte, incluindo a difícil perda de um de seus membros, o flautista Rafael Medeiros ("O Rafa" morreu aos 24 anos de um ataque cardíaco), Mombojó comemora uma década de carreira com seu terceiro álbum, "Amigo do tempo", e segue a estrada do mundo artístico: com muitos altos e baixos, mas sempre, avante. Simpático, o vocalista da banda, Felipe S, conversou com Maluh Andrade por telefone e respondeu algumas perguntas exclusivas ao LeiJá. Confira.
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Como surgiu a ideia de fazer um show com o financiamento colaborativo?
Surgiu da falta de oportunidades mesmo. A gente queria fazer um show especial, afinal, são os 10 anos da Mombojó. Não tínhamos patrocinador, nem colaboradores, então resolvemos fazer por essa via mesmo.
Vocês se mudaram para São Paulo ou ainda moram por aqui? Como é essa ponte aérea Nordeste-Sudeste?
A gente se mudou para São Paulo há três anos em busca de oportunidades. Queríamos expandir e conhecer outras realidades do cenário musical brasileiro.
Dez anos não é para qualquer banda, e por isso, a gente foi atrás de algumas histórias perdidas no tempo... Existem outras bandas na formação de vocês, como na vida da maioria dos músicos. Uma delas foi a “Batatinha Frita 1, 2, 3”. Fala um pouquinho sobre ela.
Essa foi minha banda na época da escola, toquei durante um tempo... Era pura diversão, era massa.
Aproveitando a deixa, ouvimos falar que em uma festa da “Batatinha...” você quase morre no banheiro por causa de um extintor de incêndio. Conta como foi essa história.
Foi quando conheci o Samuel. Ele salvou a minha vida (risos). Estavam disparando o extintor pelas escadas e resolvi tomar um banho. Quando dispararam o extintor por baixo da porta. Fiquei sem ar, e o Samuel foi quem abriu a porta, me tirou de lá e jogou água no meu rosto.
Alguns sites fazem referência à banda como sendo original de Olinda. Mas outros afirmam que vocês da Zona Norte de Recife, mais precisamente dos Colégios Recanto e Lubienska. Quem está com a razão?
Eu sou de Olinda, mas a banda nasceu no bairro da Torre, na casa da mãe de Vicente. (referindo-se à artista plástica Christina Machado)
Qual a expectativa para o show em comemoração aos 10 anos de estrada?
Bem animado. Estamos nos envolvendo mais com a produção, “metendo a mão na massa” mesmo. Como consequência, estamos ficando mais nervosos também...
Na gravação do show do DVD "Amigo do tempo", no Teatro da UFPE, vocês apareceram vestidos de power rangers. E o figurino para o show de hoje? O público terá alguma surpresa?
Não, não... (risos) Vamos usar roupa normal mesmo!
Serviço
Show dos 10 anos da Mombojó (Abertura: A Banda de Joseph Tourton e os DJs da Magia Negra)
Onde: Catamarã (Cais das Cinco Pontas, Centro do Recife)
Ingressos antecipados: R$ 40, R$ 20 (mais 1kg de alimento). Na hora, R$ 50 e R$ 25 (meia)
Informações: 81 3268-0888