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O presidente Michel Temer (PMDB) desembarca no Sertão de Pernambuco nesta segunda-feira (30). Na agenda do peemedebista estão as inaugurações da Estação de Bombeamento (EBV-3) do Eixo Leste da Transposição do Rio São Francisco, em Floresta, e do novo campus do Instituto Federal do Sertão, em Serra Talhada. Essa é a terceira vez que Temer visita cidades do Nordeste do país desde que assumiu a titularidade do Palácio do Planalto. As atividades fazem parte de uma investida do governo para reverter a baixa popularidade do presidente na região tradicionalmente petista. 

Temer desembarca na cidade de Paulo Afonso, na Bahia, e vai até Floresta. Além da inauguração da estação de Bombeamento, na cidade ele também assina a Ordem de Serviço para a elaboração do projeto Ramal do Agreste. Logo depois, o presidente segue para Serra Talhada. 

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O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), e o ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), integram a comitiva que acompanhará o peemedebista durante as agendas. Para Mendonça, a presença do presidente em Pernambuco reforça o interesse dele em "trabalhar pelo Nordeste". "O presidente está mostrando que o Nordeste é sua prioridade com ações. Além de acelerar e investir nas obras de estrutura hídrica, o governo demonstra a preocupação com o ensino técnico, que vai ajudar a gerar empregos e, consequentemente, na retomada do crescimento", ponderou.

Esta é a segunda vez em menos de dois meses que Temer vem a Pernambuco e a terceira agenda no Nordeste desde que assumiu o Palácio do Planalto. Em dezembro, o presidente esteve em Surubim, no Agreste, e em Salgueiro, no Sertão. Na ocasião, ele visitou as obras de Transposição do Rio São Francisco e anunciou aportes de verbas federais para obras hídricas. 

Atingido pelo desgaste dos desdobramentos da Operação Lava Jato, o presidente em exercício, Michel Temer, tentará impor nos próximos dias uma agenda positiva com objetivo de demonstrar que o governo não está paralisado em meio aos avanços das denúncias.

A semana inicia com encontros com governadores, em que Temer tratará sobre a renegociação das dívidas do Estados. A reunião ocorre após ter sido decretado, na última sexta-feira, 17, calamidade pública pelo governo do Rio de Janeiro.

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Além da agenda com os chefes dos executivos estaduais, segundo a reportagem apurou, os ministros estão sendo incentivados pelo Palácio do Planalto a deixarem os gabinetes e apresentarem ações das respectivas pastas.

Um dos primeiros a responder ao chamado foi o ministro das Cidades, Bruno Araújo, que deve anunciar, ao lado de Temer, a ampliação de benefícios para famílias que integram o Programa Minha Casa Minha Vida. Entre as medidas previstas está a liberação de um crédito, que vai variar entre R$ 3 a R$ 5 mil, para a realização de reformas nas habitações de quem integra o programa.

Os critérios para o recebimento dos recursos ainda estão em elaboração e devem ser definidos nos próximo 60 dias, passando a valer apenas em 2017. A ideia é beneficiar famílias que recebem até três salários mínimos. A previsão inicial é de que a anúncio da ampliação do programa ocorra na próxima sexta-feira ou no domingo, em evento que deverá ocorrer na cidade do Rio de Janeiro.

Na tentativa de se descolar da Lava Jato, Temer também pretende ampliar a associação de seu governo com as Olimpíadas, previstas para ser realizada no próximo mês de agosto. Uma "agenda olímpica" deverá ser construída pelo ministro dos Esportes, Leonardo Picciani, para que o presidente em exercício vincule cada vez mais os jogos à sua imagem.

Dentro da estratégia de se tornar mais conhecido pela população, segundo auxiliares do presidente em exercício, não está descartada ainda a possibilidade da realização de um pronunciamento à Nação na próxima semana.

A ideia é "apresentar" Temer à população e abrir espaço para que ele fale sobre as obras e projetos inacabados deixados pelo governo da presidente afastada Dilma Rousseff. A questão ética também deve ser tocada ao ser reforçado o discurso de que integrantes do governo que tiverem problemas na Justiça serão afastados.

A realização do pronunciamento à Nação, em cadeia nacional de rádio e TV, ainda encontra resistência, porém, de alguns auxiliares do Palácio do Planalto, que temem reações do PT e a realização de panelaços.

Aproximação

Na agenda de Temer também está prevista uma sessão de afagos ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Um dos primeiros atos previstos para o início da semana é um encontro com a participação do senador e do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Na ocasião, será discutida a implementação da chamada a "Agenda Brasil", conjunto de projetos apresentados em 2015 por Renan, com objetivo de reaquecer a economia do País.

O encontro também servirá para selar a imagem de reaproximação entre Temer e Renan. Ambos são citados por Machado como beneficiários do esquema de desvio que teria ocorrido na Transpetro durante a gestão do ex-dirigente. Temer teria pedido a Machado R$ 1,5 milhão para a campanha de Gabriel Chalita - na época no PMDB - à Prefeitura de São Paulo. Já o senador, teria recebido um total de R$ 32 milhões em propina. Ambos negam a participação no esquema.

Sob a batuta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governo mobiliza os ministérios para desengavetar todas as medidas que possam criar um cenário positivo às vésperas da votação do afastamento da presidente Dilma Rousseff. A estratégia traçada pelo Palácio do Planalto é o atendimento de pleitos de setores que, até agora, não encontravam eco no governo para suas demandas. Agora, estão sendo analisadas, a toque de caixa, mesmo com um rombo nas contas públicas que pode chegar a R$ 100 bilhões este ano. O plano seria por em prática várias medidas esta semana. Nem todas, porém, serão divulgadas.

As edições do Diário Oficial da União nos próximos dias, dizem técnicos da área econômica do governo, será o melhor termômetro desse movimento. Além de aumentar o espaço para mais gastos no projeto de revisão da meta fiscal deste ano, o governo trabalha para elevar o remanejamento das despesas do Orçamento e, dessa forma, atender a pleitos mais específicos.

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Na área econômica, essa movimentação ganhou o apelido de "pacotão do impeachment". Há, porém, uma grande preocupação com o impacto do custo das medidas para as contas públicas. Técnicos estão preocupados em referendar essas ações, que podem depois ser questionadas pelos órgãos de controle.

O jornal O Estado de S. Paulo apurou que servidores do Tesouro Nacional manifestam desconforto com a iniciativa. Eles querem evitar o que ocorreu com as "pedaladas fiscais", manobras feitas para maquiar o resultado das contas públicas que foram condenadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Servidores do órgão sofreram processo de responsabilização pelo tribunal e poderão ser punidos em julgamento que ainda não terminou.

Negociação

Em uma das frentes, o governo negocia com parlamentares a flexibilização de exigências cobradas pelo Ministério da Fazenda para conceder alívio no caixa dos Estados, que pode chegar a R$ 45 bilhões nos próximos três anos. As contrapartidas são justamente as medidas que os governadores teriam de adotar para controlar gastos com pessoal. Por pressão de sindicatos, a bancada do PT apresentou emendas que desfiguram o projeto do governo. O medo era perder apoio em setores da população que tradicionalmente são aliados do partido.

A equipe econômica estuda injetar mais recursos no microcrédito, com a liberação de parcela do compulsório - dinheiro que os bancos são obrigados a deixar no BC - para crédito a pequenas empresas. Atualmente, os bancos são obrigados a destinar 2% dos depósitos à vista a esse tipo de operação. A maior parte, porém, não aplica o mínimo exigido por lei, sendo punida com retenção do dinheiro no BC. Banco do Brasil, Caixa e Banco do Nordeste concentram a maior parte das operações.

Segundo o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, com a ampliação da exigência para 4% e novas regras para definir os tomadores (com aumento do teto de faturamento para R$ 360 mil dos atuais R$ 120 mil por ano), haverá um incremento de até R$ 3 bilhões. Outros R$ 5 bilhões devem vir de uma nova linha para capital de giro, com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e do Fundo PIS/Pasep.

Especialista em contas públicas, o economista-chefe da corretora Tullett Prebon, Fernando Montero, observa os sinais de afrouxamento fiscal, embora ainda veja alguma resistência na Fazenda. "Mas sem dúvida, sim, há esse movimento. Até secretários de Fazenda dos Estados posicionam-se contra dar a folga agora e discutir as contrapartidas depois", diz.

O economista Mansueto Almeida avalia que a crise do impeachment está dificultando cortes adicionais em programas do governo. Mas sua preocupação maior é com transferência de custos para outras esferas, como o FGTS, que podem se transformar em mais esqueleto fiscal no futuro. "O governo não tem condições de fazer política anticíclica com a trajetória explosiva da dívida."

Reforma da Previdência

Com o clima político cada vez mais contaminado pelo processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o governo abandonou oficialmente o cronograma para apresentar ao Congresso uma proposta de reforma da Previdência. A área econômica já admite que não é momento para enviar uma proposta polêmica como essa. Segundo uma fonte do governo, "é preciso avaliar o timing" e deixar essa proposta para um "segundo momento".

O Fórum criado para debater e desenhar uma reforma do sistema previdenciário, responsável pela maior despesa do governo federal, teve seu cronograma alterado. Com as mudanças, não há mais uma data para a entrega do relatório final das discussões, que conta com integrantes do governo e da iniciativa privada.

O Fórum contará com mais dois encontros. O próximo será dia 26 de abril, para debater orçamento da seguridade social, financiamento da Previdência e receitas, renúncias e recuperação de créditos. No dia 3 de maio, os integrantes do grupo se reunirão para discutir a convergência dos sistemas previdenciários e a experiência internacional sobre os sistemas previdenciários.

Inicialmente, a intenção do governo era enviar ao Congresso até abril a proposta de reforma. Para cumprir o prazo, o Fórum de Debates sobre Políticas de Emprego, Trabalho e Renda e de Previdência Social deveria ter encerrado as atividades no último dia 8. Os trabalhos começaram em 8 de março.

Segundo o Ministério do Trabalho, a mudança foi feita para conciliar agendas. O governo chegou a apresentar em fevereiro uma lista de sete pontos para a reforma do sistema previdenciário, como a convergência entre os regimes de aposentadoria dos trabalhadores privados e dos funcionários públicos, as pensões por morte, a aposentadoria rural, a fixação de uma idade média de aposentadoria, os regimes próprios de previdência e as renúncias fiscais.

A própria presidente Dilma anunciou que mandaria a reforma para o Congresso em 60 dias, que se encerrariam este mês, com ou sem acordo no fórum. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em menos de um mês da última passagem por Pernambuco, a presidente Dilma Rousseff (PT) deve desembarcar no estado na próxima sexta-feira (19). De acordo com a assessoria de imprensa presidencial, a petista virá para participar da cerimônia de inauguração de unidades do Minha Casa, Minha Vida em Petrolina, no Sertão. Inicialmente a agenda está prevista para acontecer às 10h. 

A cidade sertaneja conta, segundo o prefeito Julio Lossio (PMDB), com cerca de 10 mil unidades habitacionais do programa do governo federal em construção. Desta vez, devem ser entregues as 2.432 unidades do Residencial Vivendas Petrolina I e II. “Temos o maior programa habitacional do interior do Norte e Nordeste. Enquanto vejo Recife comemorando – eu acho que mil casas - nós já estamos com 10 mil”, observou o peemedebista.

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Apesar de ter votado em Dilma para a reeleição, o prefeito de Petrolina é um dos peemedebistas que mais defende a candidatura do vice-presidente Michel Temer em 2018. O que deixa a entender que provavelmente a petista não encontrará um prefeito aliado na cidade. “Petrolina deve muito a Temer”, frisou Lossio. 

Esta é a segunda vez que Dilma Rousseff que vem a Pernambuco em 2016. No último dia 21, ela esteve no Recife onde inaugurou a segunda etapa da Via Mangue. Na ocasião, a petista defendeu a necessidade de reequilibrar o país e construir convênios com campos políticos opostos. Além disso, ela também convocou a população para combater o mosquito aedes aegypti, pauta que tem sido o norte do governo nos últimos meses. 

Na tentativa de criar uma agenda positiva para ajudá-la na luta contra o processo de impeachment, a presidente Dilma Rousseff deve anunciar na tarde desta terça-feira (22)a liberação de R$ 285 milhões para obras de infraestrutura de abastecimento de água nos Estados do Ceará, Pernambuco e Paraíba.

O anúncio vai ocorrer durante cerimônia que marcará o início da operação da segunda estação de bombeamento (estrutura responsável por impulsionar água de um terreno mais baixo para outro mais alto em grandes proporções) do eixo leste do projeto de Integração do Rio São Francisco. O evento acontece no município de Floresta, no sertão pernambucano, a cerca de 450 quilômetros do Recife.

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Os recursos liberados são oriundos do orçamento do Ministério da Integração Nacional. De acordo com a Pasta, Dilma deve assinar termos de cooperação com os governos estaduais de Pernambuco, Ceará e Paraíba, transferindo o dinheiro. Os governadores dos três Estados confirmaram presença no evento.

Dos R$ 285 milhões, Pernambuco receberá a maior parte (R$ 134,8 milhões), seguido por Ceará (R$ 93,9 milhões) e Paraíba (R$ 35,7 milhões). Os recursos deverão ser utilizados na construção de redes conectoras de abastecimento das comunidades localizadas em um raio de até cinco quilômetros dos canais integrados ao Rio São Francisco.

Os R$ 20,7 milhões restantes serão transferidos para a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde. Segundo a Integração Nacional, o montante será destinado à implementação, operação e manutenção do sistema de abastecimento de água em de 23 comunidades de quatro etnias, sendo três em Pernambuco e uma Bahia.

A Pasta ressalta que, além do apoio financeiro, o governo fornecerá os projetos executivos das obras aos Estados beneficiados. A expectativa do Executivo é atender até 78 mil pessoas em 294 comunidades rurais, das quais 23 são de comunidades indígenas, 12 quilombolas e nove assentamentos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Estratégia

Agenda de Dilma pelo Nordeste faz parte da estratégia da presidente de buscar apoio popular, em meio à pressão que vem sofrendo em razão do processo de impeachment. A região é um dos principais redutos eleitorais do PT e onde a maioria dos governadores e prefeitos tem dado respaldo à continuidade da petista na presidência da República.

Para a cúpula do PT, a salvação do mandato de Dilma depende de sua reaproximação com a militância e com os movimentos sociais. Em jantar com a presidente no início de dezembro em Brasília, o ex-presidente Lula aconselhou sua sucessora a criar uma agenda positiva para superar o impeachment e a Operação Lava Jato, que investiga esquemas de corrupção na Petrobras.

Antes de ir a Floresta (PE), Dilma esteve na Bahia, onde participou em Salvador da cerimônia de inauguração de uma estação e de um trecho do metrô da capital baiana. Em seguida, a presidente entrega unidades habitacionais do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) em Camaçari.

O Palácio do Planalto tenta aproveitar a sobrevida política que a presidente Dilma Rousseff obteve com a decisão do STF de suspender o rito de tramitação do processo de impeachment e com o recrudescimento das denúncias contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para salvar o pacote de medidas da segunda fase do ajuste fiscal.

Em menos de 12 horas, o ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, se reuniu com líderes da Câmara e do Senado para tentar traçar uma estratégia nesse sentido.

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A ideia é fazer avançar principalmente três propostas: a emenda constitucional que recria a CPMF, com previsão de impacto de R$ 32 bilhões no Orçamento e que, apesar de estar há um mês no mesmo colegiado, ainda não teve relator designado; a que prorroga a Desvinculação das Receitas da União (DRU), parada há sete meses na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara e permite maior flexibilidade do governo na utilização dos recursos da União; e o projeto que trata da repatriação de recursos de brasileiros no exterior, com o qual o governo espera obter um incremento de R$ 11,4 bilhões na arrecadação.

Como os projetos tramitam na Câmara, o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, chegou a ligar para Eduardo Cunha na segunda-feira para conversar sobre o andamento das votações desses projetos. O líder do governo na Casa, José Guimarães (PT-CE), afirmou nesta terça que o Planalto estava dialogando com Cunha para tentar fazer "fluir a pauta".

Com resistência de inúmeras frentes, a proposta com mais dificuldade de avançar continua sendo a CPMF. A pressão de Cunha, que é contra a nova tributação, é uma razão para a letargia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O plenário do Senado irá retomar, nesta semana, a discussão do projeto de lei complementar 57/2015, que revê a política de desoneração da folha de pagamento e aumenta as alíquotas sobre a receita bruta das empresas de 56 setores da economia. Essa é a última matéria do ajuste fiscal e tramita em regime de urgência.

Relator da proposta, o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), espera entregar o parecer ainda nesta terça-feira (18), quando o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), quer colocar a matéria em votação. Oliveira busca um acordo entre os parlamentares, para evitar que possíveis alterações feitas pelos senadores sejam derrubadas pelos deputados posteriormente. "Se não for uma condição negociada com a Câmara, com certeza absoluta a Câmara vai repetir o texto que já aprovou", explicou.

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O projeto eleva a tributação sobre a folha. Dessa forma, setores que hoje pagam 1% de contribuição previdenciária sobre a folha salarial passarão a pagar 2,5% - caso de varejistas, fabricantes de brinquedos e outros setores. Já os que atualmente pagam 2%, como empresas de tecnologia de informação, passarão a pagar 4,5%.

Quando votar essa matéria, o Senado abrirá espaço para a chamada Agenda Brasil, com matérias que já tramitam na Casa. A lista de propostas foi apresentada por Calheiros aos ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento) na semana passada. A ideia é que o Congresso Nacional contribua com o governo na busca de soluções que apontem para a retomada do crescimento e o aumento da segurança jurídica.

Entre as medidas está o aperfeiçoamento do marco regulatório das concessões, para favorecer os investimentos do Programa de Investimentos em Logística do Governo. Também há uma proposta de emenda à Constituição que trata de obras estruturantes, que visa simplificar procedimentos de licenciamento ambiental, com a consolidação ou codificação da legislação do setor.

Com informações da Agência Senado.

 

O governo federal lançou, nesta terça-feira (28), uma plataforma digital para fortalecer o diálogo com a sociedade. O Dialoga Brasil irá apresentar 80 programas elencados dentro de 14 temas para que a população possa sugerir melhorias.

Inicialmente, quatro temas já estão disponíveis para a análise: saúde, segurança pública, educação e redução da pobreza. Os próximos temas que serão colocados no ar para a sociedade contribuir são meio-ambiente, esportes, cultura e cidades.

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Na área de redução da pobreza, os usuários poderão fazer sugestões sobre o Plano Brasil Sem Miséria, Assistência Social, Programa Bolsa Família e Cisternas, todos de responsabilidade do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). Para o Ministério da Saúde, é possível opinar sobre os programas Mais Médicos e Mais Especialidades, serviços nos postos de saúde, Samu e Unidades de Pronto Atendimento, além da Farmácia Popular, incentivo ao parto normal e vida saudável.

Na atuação do Ministério da Educação, as propostas serão recebidas de acordo com quatro temas: educação báscia, ensino superior, ensino técnico e valorização dos professores. Já o Ministério da Justiça ficará atento às sugestões à segurança pública integrada, Sinesp, proteção nas fronteiras, programa Crack é possível vencer e forças federais de segurança.

Além das sugestões, as pessoas poderão curtir propostas de outros participantes, conhecer as principais iniciativas e programas do governo, além de participar de bate-papos virtuais com os ministros de cada uma das áreas envolvidas. Em novembro de 2015, o governo federal começa a responder as três propostas mais apoiadas de cada programa.

Em reação às críticas à gestão, inclusive sobre a condução das políticas econômicas, o governo federal tem reforçado a agenda positiva da presidente Dilma Rousseff, com anúncio de investimentos e lançamentos de programa. O destaque da manhã desta terça-feira (28) foi a reunião do grupo de trabalho do Pronatec Aprendiz na Micro e Pequena Empresa. O programa integrou a base da campanha à reeleição da petista.

A iniciativa é a modalidade do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego voltada para os pequenos negócios. Nesse caso, caberá a União bancar os custos da qualificação profissional e a certificação para adolescentes e jovens em cursos de informática, operações de varejo, serviços administrativos e alimentação. As 15 mil vagas iniciais serão destinadas a 81 municípios que aparecem no topo do Mapa da Violência.

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Os beneficiados serão estudantes com idade entre 14 e 18 anos matriculados na rede pública de ensino, especialmente os que vivem em situação de vulnerabilidade social. De acordo com o ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Afif Domingos, a empresa que tiver, pelo menos, um funcionário com carteira assinada poderá contratar um jovem aprendiz.

A carga horária teórica mínima dos cursos de aprendizagem é de 400 horas, distribuídas no decorrer de todo o período do contrato – que pode chegar a dois anos. As empresas que aderirem ao programa terão que pagar um salário mínimo para uma carga de trabalho de quatro a seis horas diárias, contanto que não seja entre as 22h e as 5h. Será obrigatório também recolher 2% para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

“Esse Pronatec 2 lança um olhar especial para a micro e pequena empresa e o micro empreendedor individual. Essa é uma realidade que faz com que o país seja capaz de avançar em passos largos”, frisou Dilma, durante a abertura do encontro do grupo de trabalho, que também contou com outros representantes do governo, do Sistema S e de empresários.  “O Pronatec tem o sucesso baseado na cooperação. Mas agora queremos levar adiante. Hoje nós queremos para aprender com os senhores, que têm a experiência, e escutar sugestões para levar a cabo esse programa que é essencial para o nosso país”, frisou, pedindo empenho dos empresários para a implantação do programa.

A agenda positiva apresentada pelo governo federal com o intuito de reverter as avaliações negativas da população ainda não surtiu efeito na Pesquisa CNI-Ibope, divulgada nesta quarta-feira (1º) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com o gerente de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca, é necessário tempo para que medidas como as do Programa de Investimentos em Logística e de planos voltados à safra, à agricultura familiar e às exportações se concretizem.

“Os efeitos da agenda positiva do governo provavelmente ainda não apareceram (na pesquisa) até porque eles ainda precisam ser concretizadas”, disse Fonseca ao comentar o levantamento da CNI. De acordo com a pesquisa, o governo Dilma Rousseff foi considerado ruim ou péssimo para 68% da população, em junho, quatro pontos percentuais acima dos 64% registrados em março. Já o percentual de pessoas que consideram o governo ótimo ou bom caiu de 12% para 9% no mesmo período. Segundo a pesquisa, 83% desaprovam e 15% aprovam a maneira como a presidenta governa. Ainda segundo o levantamento, 78% não confiam na presidenta.

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Ao ter a avaliação de seu governo desaprovada por 68% da população, Dilma bate o recorde histórico da pesquisa, acima apenas dos 64% registrados em julho de 1989 durante o governo José Sarney e pelos seu próprio governo em março de 2015. De acordo com a série histórica, o governo mais bem avaliado foi o de ex-presidente Lula, em dezembro de 2010, quando 80% dos brasileiros avaliaram seu governo como ótimo ou bom. “O ponto mais alto foi no segundo mandato do Lula, quando o país estava crescendo e havia crescimento do emprego formal e do acesso ao crédito”, disse Renato da Fonseca.

Para o pesquisador, ajustes fiscais são, em geral, medidas impopulares e podem tornar a situação ainda pior nos próximos meses. “Estamos no meio de um ajuste fiscal que está acirrando a crise. Se considerarmos que os entrevistados pensam no bolso [quando respondem às pesquisas], a questão econômica pode afetar a popularidade da presidente, uma vez que sempre que se faz um ajuste, aplicam-se medidas impopulares. O que se espera é que isso passe rapidamente. Por isso, o que o governo deve estar pensando agora é segurar a inflação para recuperar a popularidade”.

A pesquisa foi feita entre os dias 18 e 21 de junho, com 2.002 entrevistas feitas em 141 municípios. A margem de erro é 2 pontos percentuais.

Dois dias depois da divulgação de mais uma pesquisa que aponta a queda na popularidade da presidente Dilma Rousseff, o governo federal lançou o Plano Safra da Agricultura Familiar 2015/2016, que integra o esforço para tentar recuperar a empatia da população com a chefe do Executivo nacional.

Ao todo, o plano terá R$ 28,9 bilhões para o microcrédito, o que representa um incremento de 20% em relação à safra anterior. Do montante, R$ 26 bilhões serão destinados ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), com taxas de juros que variam de 0,5% a 5,5% ao ano, de acordo com o valor do financiamento.  As alíquotas para os agricultores do semiárido nordestino variam de 0,5% a 4,5%. Os demais recursos, R$ 2,9 bilhões, serão para custeio (com juros de 7,75%) e investimento (7,5%).

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“É importante salientar que, mesmo no contexto dos necessários ajustes fiscais, conseguimos ampliar os recursos para esse plano safra e manter as taxas de juros reais negativas. Isso demonstra o compromisso do governo com aqueles que mais precisam e quem mais trabalha para produzir o alimento das famílias brasileiras:, frisou o ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias. "Estamos buscando uma agricultura saudável, ecológica, eficaz e produtiva que garanta rentabilidade e sustentabilidade dos agricultores, evitando riscos do uso abusivo de agrotóxicos e transgênicos", complementou.

Atos - O governo assinou decreto que destina, pelo menos, 30% dos recursos aplicados no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) para a compra de produtos da agricultura familiar. A iniciativa abrangerá as aquisições dos órgãos federais de administração direta e indireta que fornecem alimentação como hospitais, quartéis, presídios, restaurantes universitários, refeitórios de creches e escolas filantrópicas, entre outros. A expectativa é de que a ação abra um mercado potencial de R$ 1,3 bilhão em todo o país.

Patrus Ananias e a ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastacimento) também assinaram instrução normativa que regulamenta a agroindústria de produtos de origem animal e bebidas de estabelecimentos de pequeno porte. O decreto simplifica procedimentos e adapta regras, inclusive, de infraestrutura e transporte. O ministro das Cidades, Gilbeto Kassab, assinou ainda portaria para dar acesso aos beneficiários do crédito fundiário ao Minha Casa, Minha Vida Rural.

A presidente assinou ainda os decretos que estabelece de normas específicas para registro, inspeção e fiscalização sanitária da agroindústria e processamento da agricultura familiar; que atualiza o benefício Garantia-Safra; e de desapropriação de terras para regularização de territórios quilombolas que beneficiam 2.451 famílias quilombolas. Dilma indicou também o engenheiro agrônomo Paulo Guilherme de Francisco Cabral como presidente da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater).

A agricultura familiar abrange aproximadamente 4,3 milhões de estabelecimentos (84% do total) e é responsável por 70% da produção de alimentos no Brasil e 74% da mão de obra no campo. O segmento contribui ainda com 33% do valor bruto da produção agropecuária, de acordo com o último censo agropecuário. “Ampliamos a oferta de crédito do Pronaf para que a agricultura familiar continue crescendo e se fortalecendo, ajudando a garantir segurança alimentar para nossa população”, frisou Dilma.

O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, disse nesta segunda-feira (8) ao sair de reunião com a coordenação política da presidente Dilma Rousseff, que o Brasil entrará numa "agenda positiva" com a conclusão das votações das medidas do ajuste fiscal no Congresso. Nesta quarta (10), os deputados devem analisar a proposta que revê a política de desoneração da folha de pagamento tratada como uma das mais importantes etapas do ajuste fiscal. "O governo continua otimista em relação às votações (no Legislativo) que vão concluir essa fase do ajuste e já entraremos na agenda de investimentos", resumiu o ministro.

Edinho Silva também comentou outras duas preocupações imediatas do governo: a emenda que criou uma alternativa ao fator previdenciário e a proposta do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de votar a redução da maioridade penal ainda neste semestre.

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Sem revelar se a presidente Dilma Rousseff pretende vetar ou sancionar a flexibilização do fator, Edinho afirmou que a petista tem "muita preocupação com o futuro previdenciário". "A situação não é simples e precisa ser resolvida. Existe um grupo ministerial para que a gente possa construir uma saída que garanta o futuro da Previdência e os direitos dos trabalhadores".

Sobre a redução da maioridade penal, Edinho garantiu que em um "curto espaço de tempo" o governo vai apresentar uma proposta alternativa que "combata o ambiente de impunidade". Ele voltou a defender penas mais severas para adultos que cooptem menores para a prática de crimes como parte das discussões para a construção de "uma alternativa que se contrapõe à redução da maioridade penal de forma simples".

Ainda de acordo com Edinho, o Planalto vai buscar apoio inclusive entre lideranças da oposição, como o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que apresentou em 2013 um projeto que endurece punições para menores que praticam crimes hediondos. "O governo quer dialogar com o governador Alckmin como quer dialogar com outras lideranças", concluiu Edinho.

Depois de conseguir aprovar no Congresso Nacional medidas provisórias que alteram as regras de concessão de direitos trabalhistas e previdenciários, a presidente Dilma Rousseff disse nesta terça-feira (2) que o ajuste fiscal não é um "objetivo" em si mesmo, sendo fundamental para a retomada do crescimento da economia brasileira.

No momento, o Palácio do Planalto concentra sua estratégia na aprovação do projeto de lei que revê a política de desoneração da folha de pagamento, considerado pelo governo o "Dia D" do ajuste fiscal. O governo teme a desconfiguração da proposta na Câmara dos Deputados. "Estamos fazendo ajustes na economia, o objetivo comum a todas as medidas que vínhamos adotando é melhorar o ambiente econômico e reforçar a confiança no Brasil para que Brasil volte a crescer no menor prazo possível. O ajuste fiscal não é (um) objetivo em si mesmo, e por isso, em simultâneo a ele, estamos construindo uma agenda de crescimento da qual o Plano Agrícola e Pecuário (PAP) é um dos componentes", destacou a presidente.

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Como forma de reagir à queda de popularidade da presidente e construir uma agenda positiva pro governo, o Planalto prepara para as próximas semanas uma agenda positiva que inclui o lançamento do programa de concessões em infraestrutura, do plano nacional de exportações e da terceira etapa do Minha Casa Minha Vida. "O ajuste fiscal é imprescindível para o Brasil voltar a crescer, por isso temos de encará-lo como algo estratégico e necessário", disse a presidente. "Nós temos certeza que estamos trabalhando pra estimular o investimento e a produção, pra retomada do crescimento em bases sustentáveis. São duas ações simultâneas e é nesse contexto que devem ser entendidas as concessões em transporte que serão lançadas na próxima semana", comentou Dilma, que prometeu semanas atrás lançar o plano no dia 9 de junho.

De acordo com a presidente, o governo manterá a parceria com o setor privado na ampliação da infraestrutura do País em rodovias, portos e aeroportos, que são importantes pro escoamento da produção do agronegócio. "Uma das diretrizes pra seleção (das concessões) é, como na rodada anterior, a melhoria do escoamento da safra agrícola, por isso serão priorizadas parcerias com setor privado que propiciem a complementação da logística de transporte em direção à saída Norte, pra reduzir o custo do transporte da produção, a expansão da rede de ferrovias e integração dos modais", observou a presidente.

O governo federal lançou, nesta terça-feira (2), o Plano Agrícola e Pecuário 2015-2016, com recursos de R$ 187,7 bilhões. O montante representa um aumento de 20% ao da safra passada, quando o valor chegou a R$ R$ 156,1 bilhões. O anúncio abre a agenda positiva do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, que ainda aguarda o Congresso finalizar a votação de projetos do ajuste fiscal.

“Simultaneamente ao ajuste, estamos pensando numa agenda de futuro. Com o Plano Safra, nós mantemos a política de sustentação e expansão da agricultura brasileira, também para exportações, para impulsionar a economia no Brasil”, frisou Dilma. “Nós fizemos um grande esforço porque consideramos que o agronegócio é estratégico e necessário. A agricultura e a pecuária vão continuar na vanguarda do crescimento do país”, completou a presidente.

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Ela também adiantou que o novo pacote de concessões em infraestrutura e logística será lançado na próxima terça-feira (9). Já o Plano Safra da Agricultura Familiar ficou para 15 de junho, também com expectativa de aumento no volume de recursos. O Executivo também deverá lançar o Plano Nacional de Exportações e a terceira fase do programa Minha Casa, Minha Vida.

Durante a cerimônia, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Kátia Abreu detalhou o plano. Do total, R$ 149,5 bilhões serão para financiamento de custeio e comercialização. Outros R$ 38,2 bilhões serão destinados ao investimento.

“Quero lembrar que ajustes não são apenas cortes, mas representam também investimentos. Se depender da agricultura e pecuária, o Brasil poderá rapidamente recuperar o curso do crescimento econômico”, frisou Kátia Abreu. Para ela, as iniciativas em benefício do setor nos últimos anos têm favorecido toda a população. “O preço médio dos alimentos vem caindo, o que significa um dos fatores de melhoria do bem estar do brasileiro. Nossos agricultores estão produzindo comida de qualidade a um preço justo”, sustentou.

A ministra destacou, também, as projeções que mostram um acréscimo de 50 milhões de toneladas na produção agrícola brasileira, além de mais oito milhões de toneladas em carne, nos próximos dez anos. Ela defendeu ainda o setor, ao dizer “cada R$ 1 investido gera R$ de valor adicionado”.

As taxas de juros, motivo de embate entre Kátia Abreu e o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, serão de 8,75% para os empréstimos de custeio e de 7% a 10,5% ao ano para investimento. Para os produtores beneficiados pelo Programa de Apoio ao Médio Produtor (Pronamp), os juros serão de 7,75% ao ano para custeio e 7,5% ao ano para investimentos. "Os juros serão realinhados sem comprometer a capacidade de pagamento dos produtores. Manteremos taxas de juros diferenciadas pras linhas de investimento prioritárias", disse a presidente.

O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Edinho Silva, disse nesta segunda-feira (1°) que, após a aprovação das medidas do ajuste fiscal no Congresso Nacional, o governo espera colocar em prática a “agenda positiva”, com anúncios de investimentos em infraestrutura e em programas como o Minha Casa, Minha Vida.

Na semana passada, o Senado concluiu a votação das medidas provisórias do ajuste fiscal, mas os planos do governo para reduzir os gastos ainda dependem da aprovação do Projeto de Lei 863/2015, que reduz as desonerações da folha de pagamento para 56 setores da economia. A votação foi adiada pela Câmara e deve acontecer ainda neste mês. Segundo Silva, o governo está dialogando para evitar mudanças na proposta.

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“O governo está dialogando e esperamos que o Congresso entenda a importância da aprovação desse projeto. Esperamos que haja consenso e que efetivamente o objetivo maior do projeto seja alcançado”, avaliou, após reunião de coordenação política com a presidenta Dilma Rousseff e mais oito ministros. O vice-presidente Michel Temer não participou do encontro de hoje.

“Esse projeto é uma parte fundamental para que possamos fechar o ciclo de medidas tomadas para que possamos criar as condições para retomada do crescimento da economia”, acrescentou o ministro.

O primeiro item da chamada “agenda positiva” será o lançamento do Plano Safra 2015/2016, marcado para esta terça-feira (2). Edinho Silva não adiantou valores do novo plano, mas disse que o montante não será menor que o disponibilizado para a safra 2014/2015, de R$ 156,1 bilhões. “Tenho certeza que menor não será. O empenho do governo é para que a gente tenha condições criadas para que a agricultura brasileira - a agroindústria brasileira - possa ter um bom desempenho e puxar economicamente toda a cadeia produtiva”.

Neste mês, o governo também deve anunciar o Plano Safra da Agricultura Familiar, o novo plano de investimentos em infraestrutura e o novo pacote de exportações, segundo Silva. Até o segundo semestre, também há previsão de anúncio da nova etapa do programa Minha Casa, Minha Vida.

Perguntado sobre a retração do Produto Interno Bruto do primeiro trimestre de 2015, divulgado na última sexta-feira (29) pelo IBGE, Silva disse que o resultado está “dentro da normalidade” e que era esperado. “O governo não está pessimista. O resultado do PIB era natural que fosse esse, é normal, está dentro da normalidade. Temos certeza que, a partir das medidas tomadas, do ajuste feito, o segundo semestre já é um semestre onde as condições serão criadas para que Brasil retome o crescimento”.

A Secretaria de Comunicação do Palácio do Planalto confirmou que 13 ministros e quatro representantes de bancos públicos participam da reunião ministerial com a presidente da República, Dilma Rousseff, para discutir investimentos em infraestrutura.

A reunião, que teve início às 9h deste sábado (25) e se estenderá ao longo de todo o dia, é uma tentativa do governo de lançar uma agenda positiva diante do desânimo com a economia do País. Para isso, será retomada a agenda de investimentos em infraestrutura por meio de uma nova rodada de concessões em ferrovias, rodovias e aeroportos, podendo ser estendida também para portos e hidrovias.

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Além de ministros, participam do encontro representantes dos bancos públicos e de fomento, como Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Sustentável (BNDES). O Planalto confirmou também a participação de técnicos dos ministérios envolvidos, sem especificar o número total de participantes. Entre os técnicos confirmados estão quatro secretários da Fazenda: Tarcísio Massote de Godoy (Secretário-executivo), Fabricio do Rozario Valle Dantas Leite (secretário-executivo adjunto), Marcelo Barbosa Saintive (Tesouro Nacional) e Paulo Guilherme Farah Corrêa (Acompanhamento Econômico).

O encontro se dará em diversas etapas e os ministros não participarão juntos, necessariamente, de uma mesma conversa. O ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga, chegou por volta de 9h30 e deixou o Alvorada perto do meio dia.

Entre os presentes estão os ministros: Nelson Barbosa, (Planejamento), Aloizio Mercadante (Casa Civil), Joaquim Levy (Fazenda), Izabella Teixeira (Meio Ambiente), Kátia Abreu (Agricultura), Edinho Silva (Comunicação Social), Eduardo Braga (Minas e Energia), Antônio Carlos Rodrigues (Transportes), Gilberto Occhi (Integração Nacional), Eliseu Padilha (Aviação Civil), Edinho Araújo (Portos), Gilberto Kassab (Cidades) e Ricardo Berzoini (Comunicações).

Como representantes de instituições financeiras, participam Miriam Belchior, presidente da Caixa, Alexandre Abreu, presidente do BB, e Wagner Bittencourt, vice-presidente do BNDES. O vice-presidente de Infraestrutura do Banco do Brasil, César Borges, também participa da reunião.

A presidente Dilma Rousseff (PT) está reunida com o ministro de Planejamento, Orçamento e Gestão, Nelson Barbosa, e outros representantes do primeiro escalão federal, no Palácio da Alvorada, para definir uma "agenda positiva" do governo para os próximos dias.

A expectativa inicial é de que a presidente esteja preparando um pacote de obras voltadas a área de infraestrutura. A reunião começou por volta das 9h e deverá se estender até o final da tarde. 

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Em meio ao terremoto político provocado pela saída de Cid Gomes do Ministério da Educação (MEC), o Palácio do Planalto prepara uma proposta na área de educação que reverta o cenário político contaminado por notícias desfavoráveis ao governo. O projeto foi encomendado pela presidente Dilma ao ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, quando Cid Gomes ainda estava à frente do MEC.

Ao longo das últimas semanas, Mangabeira tem procurado especialistas de diferentes matizes ideológicos para tratar dos desafios na área de educação. Quer, assim, se cacifar para assumir o MEC, alvo de uma disputa interna do PT, que pretende retomar o controle da pasta.

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O plano preparado por Mangabeira abrange a elaboração de uma base curricular nacional e a implantação de escolas de excelência para a formação de professores e diretores.

Apesar das inúmeras tentativas de reverter a onda de más notícias que atinge o governo, a presidente acabou se tornando refém dessa agenda negativa. Desde a vitória de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na presidência da Câmara, no início de fevereiro, seguido da retaliação do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que devolveu ao Planalto a Medida Provisória que trata das desonerações das folhas de pagamento de setores da indústria, a presidente tem sofrido inúmeros revezes. Prosseguiu com o pronunciamento em cadeia de rádio e televisão, em homenagem ao Dia da Mulher, que desencadeou um protesto contra a presidente em várias cidades do País.

Mesmo tendo saído do Planalto para viajar, aconselhada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente se protege com claques petistas contra hostilidades. E quando o problema não vem das ruas, é atropelada ou pela sua base no Congresso ou pelo seus próprios ministros.

Nesta semana, Dilma viajou para Goiás e Rio Grande do Sul, concedeu nada menos do que três entrevistas à imprensa, lançou o pacote anticorrupção e promoveu cerimônia para encaminhar Medida Provisória da lei de modernização do futebol. Tudo para tentar gerar fatos positivos. Mas, na quarta-feira, o então ministro da Educação, Cid Gomes, travou um embate com deputados na Câmara, que acabou levando à sua demissão.

Para a semana que vem, Dilma se prepara para lançar nova revisão da lei do Supersimples - sistema de tributação diferenciado para pequenas empresas - e programa uma reunião com os governadores do Nordeste.

Ao mesmo tempo, poderá desencadear o processo de escolha do sucessor de Cid Gomes, embora haja quem aposte que Dilma vá deixar Luiz Cláudio Costa como interino por mais tempo. Mas, no início da semana, a presidente tem outro problema a ser resolvido: a permanência ou não do ministro Thomas Traumann, depois da publicação, pelo Estado, de um documento da Secretaria de Comunicação Social, dizendo que o País vive "um caos político", que desagradou à presidente . Ele está acompanhando tratamento médico de uma irmã, no exterior.

Nas redes sociais, representantes do movimento negro têm se mobilizado para emplacar no MEC a atual ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República, Nilma Lino Gomes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidente Dilma Rousseff esteve em Feira de Santana, na Bahia, nesta quarta-feira (25), para a entrega de 922 moradias do Minha Casa, Minha Vida. A ida dela ao estado integra uma série de ações do Palácio do Planalto para melhorar a popularidade da presidente. No domingo (1º), ela irá ao Rio de Janeiro para participar das comemorações pelos 450 anos da cidade.

Na ocasião, ela confirmou que a terceira fase do programa será lançada em março e abrangerá três milhões de unidades habitacionais.

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Durante a solenidade, Dilma defendeu as medidas de ajuste fiscal feitas pela equipe econômica do governo. “Eu faço ajuste no meu governo como uma mãe, uma dona de casa faz na casa dela”, frisou. “Nós precisamos agora dar condições de a gente retomar um novo ciclo de desenvolvimento econômico. Para quê? Para gerar mais emprego, para segurar mais renda e fazer com o que o Brasil continue a crescer de forma mais acelerada”, disse ela, ressaltando que os programas sociais continuarão sendo priorizados pelo governo.

A presidente também negou que as medidas gerem prejuízo para a população. “Eu quero dizer para vocês que eu tenho coragem suficiente para fazer as mudanças que são necessárias. Porque eu tenho só um compromisso na minha vida: o compromisso com a população e a cidadania desse país, com o povo pobre desse país”.

Minha Casa, Minha Vida

Na Bahia, as unidades entregues beneficiarão cerca de 3,6 mil pessoas, com investimentos na ordem de R$ 52 milhões, provenientes do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR), administrado pela Caixa Econômica Federal.

As moradias fazem parte dos Residenciais Solar da Princesa 3 e 4 e ficam localizadas a cerca de 4km do centro de Feira de Santana. Todas as unidades possuem 47m² e são formadas por dois quartos, sala, cozinha, banheiro, área de circulação, área de serviço e piso cerâmico em todos os ambientes. Cada uma delas está avaliada em R$ 57 mil.

Segundo dados do Ministério da Cidades, o MCMV contabiliza atualmente mais 3,76 milhões de unidades contratadas em mais de 5,3 mil municípios. Desde 2009, quando foi criado, o programa entregou 2.025.829 moradias em todo o Brasil. Os investimentos são superiores a R$ 244 bilhões.

O presidente nacional do PT, deputado estadual Rui Falcão (SP), afirmou nesta segunda-feira, em nota oficial, que os resultados das pesquisas do Instituto Datafolha, divulgadas na sábado (7) e hoje, sobre a popularidade da presidente Dilma Rousseff e a preferência dos eleitores por partidos, são "naturais, diante das campanhas da oposição e da mídia", que, de acordo com ele, "há muito tempo apregoam uma derrocada econômica e a criminalização do PT". Falcão disse também que o governo "entrará numa agenda positiva rapidamente".

Segundo o levantamento, a avaliação "ótimo/bom" da presidente caiu de 42% em dezembro para 23% e a "ruim/péssimo" subiu de 24% para 44%. A sondagem mostra ainda que o PT, legenda de Dilma, lidera a preferência dos entrevistados, com 12%. Em seguida, vem o PSDB, com 5%. Na pesquisa anterior, o PT tinha 22% e o PSDB, 7%.

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"Desde a campanha eleitoral não temos tido contrapontos em rede nacional. Nossa leitura, para as duas avaliações, é a seguinte: no caso do nosso governo, temos muito o que mostrar e entraremos em uma agenda positiva rapidamente e, no caso do PT, apesar da queda generalizada da simpatia pelos partidos políticos, o PT, com 12% das aprovações espontâneas, continua muito à frente dos demais", afirmou Falcão, no comunicado.

O presidente nacional do PT e deputado estadual por São Paulo disse que a sigla está "muito à frente inclusive do segundo colocado (PSDB), que como sempre tem menos da metade do nosso índice de aprovação". "Curioso inclusive que mesmo com toda a campanha, a oposição liderada pelo PSDB não cresceu. Nós vamos virar o jogo, podem ter a certeza disso", finalizou.

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