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Um juiz americano autorizou nesta quarta-feira a nomeação de um administrador para os bens do falecido astro da música pop Prince, rejeitando as objeções de um detento que alega ser filho do músico.

O juiz Kein Eide, de um tribunal do condado de Carver, na região de Minneapolis, disse que o administrador deverá adotar "todas as medidas prudentes para obter rentabilidade" dos bens do artista, enquanto se estabelece as pessoas que são os herdeiros legais.

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O magistrado reconheceu a necessidade de nomeação de um administrador ao destacar que é pouco provável que todas as questões legais sobre os herdeiros de Prince sejam resolvidas antes de dois meses.

Prince, que faleceu em 21 de abril aos 57 anos, vítima de uma overdose acidental de analgésicos, não deixou testamento nem filhos reconhecidos.

A família havia contratado a empresa Bremer Trust para administrar os bens, enquanto a justiça define a divisão da herança entre uma irmã e cinco meios-irmãos.

A nomeação do administrador havia sido bloqueada por Carlin Williams, de 39 anos e atualmente detido em uma penitenciária do Colorado, cuja mãe afirmou que seu filho é fruto de uma relação sexual com Prince em um hotel em 1976.

Williams é uma das duas pessoas que pediram à justiça ser reconhecidas como possíveis herdeiros de Prince. A outra é Brianna Nelson, que afirma ser a única filha sobrevivente de Duane Nelson, um dos meios-irmãos do artista.

Duane Nelson, que morreu em 2011, trabalhou durante algum tempo na segurança do cantor, mas os dois acabaram se afastando.

A Bremer Trust informou em maio que solicitará exames de DNA a todos que alegam ser herdeiros, que os próprios devem custear, para provar o parentesco com Prince.

O Tribunal de Contas da União (TCU) renovou nesta quarta-feira, 2, o bloqueio de bens de ex-executivos da Petrobras condenados por prejuízo de US$ 792 milhões na compra da Refinaria de Pasadena, no Texas (EUA). Pela decisão, dez ex-dirigentes da estatal continuam com o patrimônio indisponível por mais um ano. A lista inclui o ex-presidente da estatal José Sérgio Gabrielli e ex-diretores implicados na Lava Jato, como Paulo Roberto Costa (Abastecimento), Renato Duque (Serviços) e Nestor Cerveró (Internacional).

O pedido para prolongar a medida foi feito pelo ministro Vital do Rêgo, relator do caso no TCU, como antecipou o jornal O Estado de S.Paulo nesta quarta-feira, 3.

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O tribunal concluiu em 2014 que houve dano ao erário na aquisição de Pasadena, feita em duas etapas, em 2006 e 2012. Os ministros decidiram abrir tomadas de contas especiais para confirmar as perdas e a responsabilidade de cada envolvido.

Pelas normas do TCU, a indisponibilidade patrimonial vale por um ano. Na maioria dos casos, vencerá este mês. Porém, como as tomadas de contas não foram concluídas, o ministro requisitou aos colegas de plenário que decretassem novamente o bloqueio. A medida visa impedir que os ex-executivos se desfaçam dos bens antes do desfecho dos processos.

A compra de Pasadena é considerada um dos piores negócios já feitos pela Petrobras. Delatores da Lava Jato já confirmaram que houve pagamento de propina a executivos da estatal para aprová-la.

Como revelou ao jornal O Estado de S.Paulo, a aquisição dos primeiros 50% da refinaria teve aval, em 2006, da então presidente do Conselho de Administração e ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, além de demais integrantes do colegiado. Em nota ao jornal, a presidente justificou em 2014 que se baseou num parecer falho, elaborado por Cerveró, que omitia cláusulas prejudiciais do negócio. Do contrário, assegurou, não votaria a favor do negócio.

O ministro Vital do Rêgo, do Tribunal de Contas da União (TCU), vai pedir nesta quarta-feira, 2, aos colegas de corte que renovem por mais um ano o bloqueio de bens de ex-executivos da Petrobrás condenados por prejuízo bilionário na compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA).

A lista inclui o ex-presidente da estatal José Sergio Gabrielli e ex-diretores implicados na Operação Lava Jato, como Paulo Roberto Costa (Abastecimento), Renato Duque (Serviços) e Nestor Cerveró (Internacional).

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O tribunal concluiu em 2014 que houve dano ao erário de US$ 792 milhões na aquisição de Pasadena, feita em duas etapas, em 2006 e 2012. Os ministros decidiram abrir tomadas de contas especiais para confirmar as perdas e a responsabilidade de cada envolvido. Dez ex-dirigentes da estatal tiveram os bens bloqueados, com o objetivo de resguardar eventual ressarcimento aos cofres públicos.

Conforme o Regimento Interno do TCU, a indisponibilidade patrimonial vale por um ano. Na maioria dos casos, vencerá este mês. Porém, como as tomadas de contas não foram concluídas, o ministro pedirá aos colegas de plenário que decretem novamente o bloqueio, baseado na jurisprudência da corte de contas. A medida evitaria que os ex-executivos se desfaçam dos bens antes do desfecho dos processos.

Se a corte não renovar os bloqueios, restará ao governo pleiteá-los, o que dependeria de uma decisão da Advocacia-Geral da União (AGU).

A compra de Pasadena é considerada um dos piores negócios já feitos pela Petrobras. Delatores da Lava Jato já confirmaram que houve pagamento de propina a executivos da estatal para aprová-la.

Como revelou o jornal O Estado de S. Paulo, a aquisição dos primeiros 50% da refinaria teve aval, em 2006, da então presidente do Conselho de Administração e ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, além de demais integrantes do colegiado.

Em nota ao jornal, a presidente justificou em 2014 que se baseou num parecer falho, elaborado por Nestor Cerveró, que omitia cláusulas prejudiciais do negócio. Do contrário, assegurou, não votaria a favor do negócio.

Embora não tenha bloqueado os bens de ex-integrantes do Conselho de Administração, o TCU deve se aprofundar sobre a responsabilidade dos conselheiros. A compra da refinaria também é alvo da Lava Jato. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério da Fazenda editou portaria, publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira, 7, que fixa o valor do limite global anual, para o exercício de 2015, das importações destinadas à pesquisa científica e tecnológica. O limite fixado foi de US$ 485 milhões para importações de bens destinados a esse fim.

A Justiça de São Paulo determinou o sequestro de 59 imóveis e o bloqueio de contas bancárias de sete fiscais do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Todos estão sendo processados por suspeita de integrar uma quadrilha formada por agentes da Receita Estadual que arrecadou pelo menos R$ 35 milhões em propinas pagas por empresas com dívidas tributárias.

Segundo os promotores do Grupo Especial de Combate a Delitos Econômicos (Gedec), os fiscais montaram empresas de administração de bens para enganar eventuais fiscalizações. As investigações apuraram que todos os suspeitos têm patrimônio incompatível com o salário que recebem como fiscais da receita.

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Tiveram os imóveis sequestrados os fiscais Eduardo Takeo Komaki, José Roberto Fernandes, Marcelo Silva dos Santos, José Antônio Alves, Osvaldo Quintino, Ulisses Freitas dos Santos e Dionízio Altair Teixeira. Em outubro, a Justiça já havia bloqueado outros 27 imóveis de Fernandes e 12 de Komaki. Nas investigações, todos negaram as acusações. Em setembro, um dos investigados fechou acordo de delação premiada.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A 3ª Vara da Fazenda Pública, de Porto Alegre, determinou, em decisão liminar, o bloqueio dos bens do ex-governador do Rio Grande do Sul Tarso Genro (PT) e de outras quatro pessoas. O caso tem origem em um processo movido pelo Ministério Público em 2002 - antes da administração do petista, entre 2011 e 2014 -, que exige do governo estadual a realização de licitação para 1,8 mil linhas de transporte intermunicipal que são reguladas pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagens (Daer) e funcionam em condições consideradas "precárias".

Ao longo da ação, como não houve avanço para executar o referido processo licitatório, o Tribunal de Justiça decidiu, também por meio de liminar, estipular uma multa de R$ 1 mil ao dia para cada uma das linhas, e que a sanção cessaria quando a licitação fosse concretizada. Agora, na nova liminar, a juíza Andréia Terre do Amaral, da 3ª Vara da Fazenda Pública do Foro Central, argumenta que a decisão permanece descumprida e que, hoje, o valor da multa ultrapassa R$ 1 bilhão.

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O bloqueio de bens também afeta o ex-secretário de Infraestrutura e Logística João Victor Domingues (que atuou na gestão de Tarso), o atual titular da pasta de Transportes e Mobilidade, Pedro Westphalen, e dois dirigentes do Daer - Carlos Eduardo de Campos Vieira e Ricardo Moreira Nuñes.

Como o processo ainda está correndo e por enquanto só há liminares, ainda não há decisão de mérito quanto à aplicação da multa. Os bloqueios ocorreram como forma de garantir o pagamento, caso a sentença acate, de fato, a petição do MP. O ex-governador Tarso Genro, que é advogado, informou que vai recorrer da liminar que determina o bloqueio de seus bens. Ele argumenta que uma licitação dessa natureza não se realiza "da noite para o dia".

Segundo ele, não se pode dizer que seu governo foi omisso com a questão das linhas interestaduais, já que deu andamento aos trâmites necessários com a criação de um marco regulatório e a conclusão de um plano diretor para regulamentar o setor.

A proposta de lei foi entregue por ele ao atual governador, José Ivo Sartori (PMDB), que encaminhou à Assembleia Legislativa em regime de urgência. "A omissão vem desde o ano de 2002, com sucessivos governos sem que nenhuma providência fosse adotada. Nós rompemos essa omissão, com capacidade técnica, responsabilidade e sem aventuras", disse Tarso.

No despacho, a juíza embasa a decisão liminar argumentando que os envolvidos incorreram em improbidade administrativa ao persistir na não realização da licitação. "O que leva gestores públicos, a despeito da existência de regras de ordem constitucional, legal, decisões judiciais, decisões cominadas com pesadas multas mandando licitar, a manterem algumas determinadas empresas prestando serviços de transporte intermunicipal a título precário, em concessões vencidas há quase vinte anos, sem licitação? É pouco razoável crer que tudo subsume-se na má gestão, convenhamos. Nesse contexto, em um exame sumário, é possível constatar elementos que demonstram a improbidade administrativa por prejuízo ao erário", afirma o texto do despacho. A defesa dos réus argumenta que a aplicação da multa e o bloqueio de bens são equivocados e questionam o fato de gestores anteriores, que também não realizaram a licitação, estarem livres da decisão.

Os três lotes de imóveis do doleiro Alberto Youssef e uma lancha do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto da Costa, serão leiloados próximos dias 13 e 23. A venda dos bens foi autorizada pelo juiz federal do Paraná, Sérgio Fernando Moro, responsável pela Operação Lava Jato da Polícia Federal que investiga um esquema de corrupção na Petrobras envolvendo empreiteiros e políticos.

Os bens do doleiro foram avaliados em mais de R$ 5 milhões e embarcação do ex-diretor tem lance inicial de R$ 3 milhões. Os leilões serão realizados por meio eletrônico no portal Super Bid

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O valor mínimo da venda dos bens no primeiro leilão será o da avaliação judicial. Já no segundo, que acontece dia 23 de novembro, o valor mínimo para a venda dos bens será o correspondente a 80% da avaliação judicial. O leilão será conduzido pelo leiloeiro oficial Afonso Marangoni. 

Os lotes correspondem a 4 processos diferentes. Os lotes são compostos por imóveis localizados em Londrina e Cambé, ambas no Paraná; e em Salvador, na Bahia. Além da uma lancha denominada Costa Azul, ano 2013, com 13,70 metros de comprimento (45 pés), dois motores de centro com Eixo Volvo Penta, avaliada em R$ 3 milhões. 

O historiador e arquiteto Paulo Rezzutti conduzia um grupo de estudantes em tour pelo centro de São Paulo na semana passada. Na parada para visitar o Solar da Marquesa, casa-museu que, no século 19, foi endereço da mais famosa amante de d. Pedro I, Domitila de Castro Canto e Melo, a Marquesa de Santos, uma triste surpresa: não havia mais nada ali, nenhum objeto, que remetesse à moradora.

O episódio é um dos exemplos de como São Paulo trata mal a memória do período imperial - época da qual Rezzutti, membro titular do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, é especialista. Administrados por diferentes órgãos, Solar da Marquesa, cripta imperial e Museu Paulista, todos elementos contadores de parte dessa história brasileira, passam por problemas.

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"Há por aqui uma mania acadêmica de se fazer o desmonte da história em favor daquela que se quer bem contada", avalia o historiador e arquiteto, autor também de D. Pedro - A História Não Contada (Ed. LeYa, 464 págs.). "A exposição que havia com itens da Marquesa foi desativada", critica. "E não há explicação sobre os antigos moradores da casa, nada." Ele também reclama que, mesmo tendo sido restaurada "há tão pouco tempo", a casa já dá mostra de deterioração em pontos como os batentes das janelas.

As críticas são endossadas por outro historiador, professor da Universidade de São Paulo (USP), que pediu para não ser identificado. "Antes, havia uma exposição ali sobre a Marquesa. Agora, a casa parece ter perdido sua vocação, está sem foco", comenta.

De novembro de 2011 até a última semana, objetos que pertenceram a Domitila e que são do acervo do Museu Paulista, da USP, estiveram emprestados ao Solar. O motivo da solicitação: o vencimento da apólice de seguro, condicionante do empréstimo.

Mais casos

Esse não é o único exemplo de descaso. Há também a cripta imperial, monumento localizado no Parque da Independência, no Ipiranga, zona sul, onde estão sepultados o primeiro imperador do Brasil, d. Pedro I, e suas duas mulheres, Leopoldina e Amélia. Ali, o painel externo, de bronze, está deteriorado, assim como o conjunto denominado Monumento à Independência. No mesmo local, a réplica da primeira Constituição brasileira, de 1824, feita de bronze, que ficava em cima do sarcófago onde estão os restos mortais, foi furtada.

Questionada pelo Estado, a Prefeitura informou, em nota, que, no caso da cripta, "o Departamento do Patrimônio Histórico (DPH) vem formulando uma proposta global para tratamento do Monumento à Independência". O último restauro ali ocorreu entre 2005 e 2006, com patrocínio da iniciativa privada.

No ano passado, o DPH fez a contratação, por R$ 160 mil, do restaurador francês Antoine Amarger, o que resultou na elaboração do projeto executivo de todo o complexo. "Inicialmente, será priorizado o restauro do painel externo de bronze, em alto relevo, que reproduz o quadro Independência ou Morte, de Pedro Américo", informa a Prefeitura, ressaltando que a recuperação do painel custará cerca de R$ 1,1 milhão.

Guardião de boa parte desse passado, o Museu Paulista - mais conhecido como Museu do Ipiranga - está fechado ao público desde agosto de 2013, por causa de problemas de deterioração em seu prédio-sede. Não há previsão de reabertura. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

A Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve o bloqueio dos bens móveis e imóveis de seis acusados de participar de um esquema de fraudes em licitações da Petrobras investigado pela Operação Águas Profundas, da Polícia Federal.

O bloqueio foi determinado inicialmente pela 4.ª Vara Federal do Rio de Janeiro, que recebeu denúncia do Ministério Público Federal. Os acusados respondem por corrupção ativa e passiva, formação de quadrilha, fraude em licitações, facilitação de descaminho e contrabando, sonegação fiscal, peculato, estelionato e lavagem de dinheiro.

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A decisão da Sexta Turma do STJ foi divulgada no site da Corte na quarta-feira, 7. A Águas Profundas foi deflagrada pela Polícia Federal em julho de 2007. Na ocasião, a PF prendeu 14 investigados, entre eles três pessoas que ocupavam funções na Petrobrás na comissão de licitação, unidade de serviços e gerência de plataforma.

A operação Águas Profundas não tem elo com a Lava Jato, que em março de 2014 descobriu o esquema de propinas e corrupção instalado em unidades estratégicas da estatal petrolífera.

No pedido ao Superior Tribunal de Justiça para revogação do bloqueio de bens dos alvos de Águas Profundas, a defesa sustentou que patrimônio alcançado não tem relação com as acusações e que a medida também atingiu pessoas físicas e jurídicas estranhas à ação. Para o Ministério Público Federal, parte do patrimônio foi posto em nome de "laranjas" e empresas de fachada.

A defesa alegou ainda que não há nenhuma prova que confirme que os acusados se beneficiaram de fraudes em licitações e que nem mesmo ficou evidenciada a ocorrência de prejuízos à empresa petrolífera.

Em seu voto, o ministro Nefi Cordeiro, relator do recurso, destacou que não há ilegalidade na medida que decretou o bloqueio dos bens. Segundo ele, a constrição pode recair sobre quaisquer bens dos acusados, e não apenas sobre aqueles que sejam produto de crime.

Segundo Cordeiro, diante de "indícios veementes" do envolvimento dos acusados nas práticas criminosas, o juiz da 4.ª Vara Federal do Rio decidiu pelo bloqueio com a finalidade de garantir o ressarcimento de danos no caso de eventual sentença condenatória.

Nessa situação, acrescentou o ministro, não importa se os bens estão ou não alienados a terceiros ou se teriam sido ou não adquiridos antes da prática delitiva. Segundo a acusação, alguns dos denunciados cooptaram diversos corréus, em razão da função pública que exerciam, para promover uma série de fraudes em licitações da Petrobras e assim obter a celebração de contratos com a estatal.

O Ministério Público Federal sustenta que parte da renda obtida por meio desses contratos era objeto de sonegação de tributos federais, mediante a utilização de empresas de fachada e de documentos falsos, manipulação da contabilidade e pagamento de propina a funcionários públicos.

A Justiça de São Paulo autorizou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Alex de Mello, auditor fiscal aposentado da Prefeitura de São Paulo. Ele é investigado pelo Ministério Público Estadual (MPE) e pela Controladoria-Geral do Município (CGM) por suspeita de integrar a Máfia do Imposto sobre Serviços (ISS) - esquema de corrupção montado por auditores fiscais para cobrar propina de incorporadoras de imóveis.

Segundo as investigações da Promotoria do Patrimônio Público, Mello tem bens incompatíveis com o salário de R$ 24 mil brutos. Na declaração da Prefeitura do ano passado, consta que ele é dono de sete apartamentos, um terreno, tem aplicações na caderneta de poupança e na Bolsa de Valores. No total, Mello declarou ter patrimônio avaliado em R$ 2,680 milhões.

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Mas os investigadores acreditam que muitos bens, principalmente os imóveis, estão declarados com valor muito abaixo do mercado. O apartamento em que Mello mora fica em Moema, na zona sul da capital, tem 273 metros quadrados e está avaliado no mercado imobiliário em R$ 2,5 milhões. Na sua declaração, Mello informou que o imóvel vale R$ 390 mil. Os promotores acreditam que o valor real do patrimônio de Mello supere R$ 10 milhões.

Investigação

O esquema de corrupção foi descoberto em 2013. Na ocasião, quatro servidores ligados à Secretaria de Finanças foram presos: Ronilson Bezerra Rodrigues, Eduardo Horle Barcellos, Carlos Di Lallo Leite do Amaral, e o agente de fiscalização Luis Alexandre Cardoso Magalhães.

Todos respondem em liberdade. Magalhães fez acordo de delação premiada com a Promotoria em troca de redução de pena, mas perdeu esse direito após ser flagrado cobrando propina.

O nome de Mello aparece na segunda fase da investigação que apura o envolvimento de mais sete servidores. Quando o caso veio à tona, o auditor pediu aposentaria por tempo de serviço.

O promotor José Carlos Blat disse que será aberta uma ação de improbidade administrativa contra Mello assim que chegarem as informações da quebra de sigilo. "As investigações mostram que os indícios são muito fortes de que houve enriquecimento ilícito", afirmou. A CGM informou quer está finalizando o procedimento para pedir a cassação da aposentadoria de Mello.

O advogado Alan Apolidorio, que defende o auditor aposentado, disse que seu cliente é inocente e que foi comprovado na CGM e no MPE que a evolução patrimonial de Mello foi legal.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Justiça determinou nessa segunda-feira (28), o bloqueio de R$ 2,7 milhões da ex-servidora pública Paula Sayuri Nagamati, apontada como uma das integrantes da Máfia do Imposto Sobre Serviços (ISS) e ex-chefe de gabinete do ex-secretário de Finanças Mauro Ricardo.

O sequestro dos bens foi deferido pela 8ª Vara de Fazenda Pública em ação movida pela Prefeitura de São Paulo. Em sua decisão, o juiz Claudio Campos da Silva levou em conta a materialidade dos danos causados aos cofres públicos, além dos indícios de enriquecimento e de participação da ex-auditora fiscal no esquema que desviou cerca de R$ 500 milhões.

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Exonerada em novembro de 2013, Paula foi demitida no primeiro semestre deste ano após investigações realizadas pela Controladoria-Geral do Município (CGM).

A ação de sequestro de bens proposta pela Procuradoria-Geral do Município é baseada nos indícios de corrupção e na incompatibilidade entre os bens adquiridos por Paula e seus ganhos como servidora pública. A evolução patrimonial foi verificada em uma sindicância realizada pela Controladoria.

O bloqueio de bens, deferido em medida cautelar, visa evitar que a ex-auditora fiscal se desfaça do patrimônio, garantindo o futuro ressarcimento aos cofres públicos.

O ex-juiz Nicolau dos Santos Neto, o Lalau, condenado a 26 anos e seis meses de prisão pelos crimes de desvio de verbas, estelionato e corrupção na construção do Fórum Trabalhista de São Paulo, pediu de volta a aposentadoria que lhe foi cassada em dezembro de 2013, após sua condenação definitiva - sem possibilidade de recursos. Nicolau também requereu a devolução de seus bens confiscados por ordem judicial.

O argumento central do pedido é que o ex-juiz recebeu indulto presidencial em dezembro de 2012, concedido a presos com mais de 70 anos que tivessem cumprido um quarto da pena - ele foi preso em 2000. Mas o Ministério Público Federal (MPF) já se manifestou contra o pedido perante o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3).

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Em contestação (contrarrazões) aos argumentos de Nicolau, a procuradora regional da República da 3ª Região Inês Virgínia Prado Soares afirma que o pedido não tem respaldo legal. "O indulto concedido compreende, tão somente, o cumprimento da pena imposta, mantendo-se os demais efeitos condenatórios", sustenta a procuradora.

Nicolau, hoje com 85 anos, presidia o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT2, São Paulo) no final dos anos 1990, quando foi contratada a obra do novo Fórum Trabalhista da Capital. Investigação do Ministério Público Federal (MPF) apontou direcionamento da licitação e desvio de R$ 169 milhões, em valores da época - corrigida, a quantia pode chegar a R$ 1 bilhão, segundo o MPF.

O empreendimento virou o símbolo da corrupção no Poder Judiciário. O MPF obteve o bloqueio e repatriação de bens de Nicolau. Em conta secreta na Suíça ele tinha saldo de US$ 3,8 milhões, em 2002. Em Miami, ele comprou apartamento de US$ 1 milhão. O dinheiro da venda do imóvel foi destinado à União.

No recurso ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) - denominado agravo de instrumento -, a defesa do ex-juiz pede que seja reconhecida e declarada a extensão do indulto às penas acessórias, perda da aposentadoria e privação de bens, ou que seja reconhecida a prescrição das ações penais. Isso porque Nicolau teria obtido indulto pleno, "que põe fim a todo o processo e respectivas penas acessórias".

A procuradora, no entanto, adverte que o decreto presidencial 7.873/12, que beneficiou o ex-juiz, expressamente ressalva que o indulto não se estende aos efeitos da condenação. Inês Virgínia Prado Soares também apresenta decisões de tribunais que reforçam esse entendimento.

Inês Virgínia ressalta ainda considerar incabível que a defesa tenha feito os pedidos no processo de execução da pena.

"Ora, se há sentença penal condenatória com trânsito em julgado, eventual insurgência quanto à cassação da aposentadoria, privação de bens ou prescrição das condenações deve ser feito pela via e foro próprios para tanto", afirmou.

Para a procuradora regional da República da 3ª Região, também incabível é o pedido da defesa para a uniformização de jurisprudência - reconhecimento de divergência acerca da interpretação do direito quando inexistir súmula para pacificar a jurisprudência interna do Tribunal. "Além de não ter sido demonstrada a divergência do Tribunal, somente ao julgador cabe decidir pela instauração (ou não) do incidente de uniformização de jurisprudência, o que - evidentemente - não é o caso", destacou Inês Virgínia.

A Justiça de São Paulo determinou na segunda-feira, 29, que 10 empresas e 7 pessoas ligadas ao grupo Golin sejam responsabilizadas pelos danos causados a 32 mil investidores das Fazendas Reunidas Boi Gordo. Com isso, a sentença confirmou uma liminar que no ano passado bloqueou cerca de R$ 3 bilhões de bens, que deverão ser usados para pagar os credores da Boi Gordo.

O périplo na Justiça paulista já dura mais de dez anos e mesmo com a decisão de ontem os credores ainda terão de aguardar para que possam recuperar parte do que perderam. Isso porque o grupo que foi responsabilizado na segunda-feira ainda pode recorrer da decisão. De qualquer forma, o presidente da Associação dos Credores Boi Gordo, Rodrigo Garcia, diz ter sido uma vitória importante para que sejam pagos os mais de R$ 4 bilhões que são devidos aos credores.

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De acordo com a decisão, a que a reportagem teve acesso, o juiz Marcelo Barbosa Sacramone entendeu que ficou comprovada uma série de desvios feitos pelo grupo controlador (e por terceiros) de ativos da Boi Gordo, prejudicando os credores. Segundo o juiz, uma das formas de esvaziar o patrimônio era por meio de empréstimos concedidos a empresas e pessoas sem qualquer remuneração ou garantia e tampouco qualquer demonstração de que os pagamentos eram depois realizados. Além disso, também havia simulação no arrendamento das fazendas pelo Grupo Golin.

Os acusados tentaram se defender alegando uma série de problemas processuais, contestaram a regularidade da busca de ativos feita pela empresa OAR, contratada pela massa falida para rastrear ativos dos controladores, e ainda alegaram que não havia provas de que foram cometidos atos ilícitos pelo grupo Golin ou as empresas e pessoas ligadas a ele.

O juiz, no entanto, desconsiderou esses pedidos. Também negou a produção de novas provas, pois entendeu que a prova documental que está sendo requerida deveria ter sido apresentada quando houve contestação ao pedido de bloqueio de bens. O jornal O Estado de S. Paulo tentou contato com advogados e pessoas ligadas ao grupo, sem sucesso.

Fazendas

O caso das fazendas Reunidas Boi Gordo vai se aproximando de um desfecho ao mesmo tempo em que a rede Globo reprisa a novela Rei do Gado, que indiretamente impulsionou os negócios na década de 90.

Durante o intervalo da novela, um comercial chamava a atenção: "Quem tem cabeça investe em gado". Nessa toada, as fazendas atraíram até mesmo artistas famosos, atletas e políticos para seu leque de investidores. Eles aplicavam o dinheiro e após 18 meses receberiam o lucro da venda do boi já engordado. A promessa era de mais de 40% de rendimento.

A empresa pediu concordata em 2001, em meio a acusações de que havia um esquema de pirâmide. O criador da empresa foi Paulo Roberto Andrade, que em 2003 vendeu o controle para o grupo Golin, que está sendo agora responsabilizado pelos prejuízos aos credores.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O novo presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, tornou públicos os seus bens e outros ativos, em conformidade com a lei do país. A postura de transparência contrasta com a de seu antecessor, que se recusava a cumprir a determinação.

De acordo com o porta-voz do presidente, Garba Shehu, o líder e seu vice enviaram suas declarações financeiras ao Departamento de Código de Conduta na quinta-feira, o dia anterior à posse. Os números, no entanto, ainda não foram divulgados à imprensa.

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Buhari prometeu lutar contra a corrupção que afeta o mais antigo país produtor de petróleo do continente africano. Segundo o presidente, todos os funcionários públicos devem obedecer a lei e declarar seus ativos antes de assumirem seus cargos e ao deixar suas funções.

O ex-presidente Goodluck Jonathan, por outro lado, condenou os pedidos para que ele abrisse suas contas pessoais. Ele chegou a afirmar que sua recusa a declarar os bens era "uma questão de princípios... E eu não me importo nem um pouco com isso". Fonte: Associated Press.

Donos de empresas de consultoria e assessoria investigados na Operação Lava Jato tiveram um enriquecimento meteórico entre 2003 e 2013, período em que o esquema de corrupção na Petrobras funcionou, segundo seus delatores, de forma "institucionalizada". Conforme o caso, o patrimônio dos envolvidos se multiplicou por até 97 vezes.

Os dados constam de relatório da Receita Federal elaborado a pedido da força-tarefa encarregada das investigações. O Fisco avaliou as finanças declaradas por 11 pessoas apontadas como operadoras do esquema e descobriu que, apenas entre 2006 e 2013, elas movimentaram R$ 311,2 milhões.

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O lobista Milton Pascowitch, preso preventivamente nessa quinta-feira, 21, era dono de bens e direitos que somavam R$ 574 mil em 2003. As posses se multiplicaram por 50 no período, saltando para R$ 28,2 milhões.

Pascowitch é dono da Jamp Engenheiros, uma das empresas que teria usado para pagar, em nome de empreiteiras, propinas ao PT e à Diretoria de Serviços da Petrobras. Entre 2006 e 2013, ele movimentou, sozinho, R$ 51 milhões.

A Receita também fez um pente-fino nas contas de Luís Eduardo Campos Barbosa da Silva. Ele é um dos sócios da Oildrive Consultoria, uma das representantes da multinacional holandesa SBM Offshore, suspeita de pagar subornos em troca de contratos na Petrobras. Ele tinha R$ 517 mil em 2003, valor que saltou para R$ 50 milhões em 2013. Uma evolução de 97 vezes, destacou a Receita.

Também investigado como um dos operadores, Zwi Sckornicki, dono da consultoria Eagle, tinha R$ 1,8 milhão em 2003, patrimônio que "engordou" bastante, passando para R$ 63,2 milhões - 35 vezes mais.

No documento, a Receita destaca a necessidade de quebrar os sigilos não só dos operadores, mas das empresas mantidas por eles. Justifica que, na Lava Jato, identificou-se a constituição de diversos escritórios para a prestação de "serviços falsos de consultoria e assessoria" a gigantes do setor de infraestrutura.

"As empresas serviriam, em tese, como instrumento para que, a partir da celebração de contratos fraudulentos e da emissão de notas fiscais inidôneas, as citadas empreiteiras efetuassem pagamentos de vantagens indevidas a agentes públicos e privados, inclusive a empregados públicos ligados à Petrobras", sustenta.

O relatório também cita as finanças do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, preso na Lava Jato. Os analistas explicam que a maioria dos bens do petista estão em nome da mulher, Giselda de Lima, e sugerem a quebra do sigilo fiscal dela.

O juiz Vitor Barbosa Valpuesta, da 3ª Vara Federal Criminal, decidiu desbloquear bens e ativos do empresário Eike Batista, exceto R$ 162,6 milhões, que permanecerão retidos pela Justiça. Também foram liberados os bens da sua ex-mulher Luma de Oliveira, seus filhos, Thor Batista e Olin Batista, além da atual mulher do empresário, Flávia Sampaio.

Com a decisão, serão liberados os bens do empresário que foram apreendidos pela Polícia Federal em fevereiro, entre eles seis carros, 16 relógios, um piano e R$ 127 mil em espécie (R$ 37 mil em moedas estrangeiras).

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O desbloqueio ocorreu a pedido dos advogados do empresário, Ary Bergher e Raphael Mattos. "Estamos diante de um juiz técnico, que parece que irá atuar de forma imparcial", afirmou Bergher.

Após ter sido flagrado dirigindo o Porsche Cayenne apreendido, a seu pedido, na casa de Eike, o juiz responsável inicialmente pelo julgamento de Eike, Flávio Roberto de Souza, foi afastado da 3ª Vara e do processo contra Eike, além de ter sido denunciado à Justiça pela Procuradoria Regional da República da 2ª Região, unidade do Ministério Público Federal (MPF).

O juiz Sérgio Moro, que conduz as ações derivadas da Operação Lava Jato, acatou denúncia do Ministério Público Federal por lavagem de dinheiro contra o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró e determinou o sequestro de um apartamento no Rio de Janeiro que seria dele. Cerveró passou imóveis para parentes com medo de ter bens bloqueados.

De acordo com as investigações, Cerveró teria constituído no Uruguai, com ajuda do empresário local Oscar Algorta, também denunciado pelo MPF, a empresa offshore Jolmey, além de uma subsidiária dela no Brasil, por meio da qual teria comprado o imóvel, avaliado em R$ 7,5 milhões. O ex-diretor, então, teria simulado um contrato de aluguel do apartamento por valores abaixo do preço de mercado para justificar a ocupação do bem.

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Moro afirmou, na decisão, que, em janeiro deste ano, ao decretar a prisão preventiva do ex-diretor, já havia "consignado a presença de elementos que apontavam a aparente inconsistência da versão dos fatos apresentada por Nestor Cerveró para justificar a ocupação do imóvel."

Na terça, o Ministério Público Federal também ofereceu denúncia por lavagem de dinheiro contra Fernando Soares, apontado como operador do PMDB no esquema de desvios da Petrobras, e contra os três citados por formação de quadrilha.

No documento desta quarta, 25, Moro recebeu a denúncia contra Cerveró e Algorta por crime de lavagem de dinheiro, mas orientou o MPF a oferecer denúncia separada no caso de imputação por associação criminosa, já que ela não tem relação direta com a primeira e não se refere a Soares.

A defesa de Eike Batista estuda as medidas que serão tomadas contra o leilão de cinco veículos do empresário, determinado pela Justiça Federal do Rio. O certame está marcado para o próximo dia 26, no Rio. Eike é réu num processo em que é acusado de crimes contra o mercado de capitais.

O advogado Ary Bergher, do escritório Bergher & Mattos, afirmou ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, que as ações estão em análise, uma vez que a defesa ainda não teve acesso à decisão sobre o bloqueio de até R$ 3 bilhões do empresário, dos dois filhos mais velhos do empresário (Olin e Thor), da mãe deles e ex-mulher de Eike, Luma de Oliveira, e de sua atual mulher, Flávia Sampaio. "Estamos brigando para obter a decisão para poder combatê-la", afirmou. O caso corre em segredo de Justiça.

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Além disso, a defesa aguarda uma definição sobre o pedido de afastamento do juiz da 3ª Vara Federal Criminal do Rio, Flávio Roberto de Souza. Dois dos três desembargadores da 2ª Turma Especial do Tribunal de Justiça Federal do Rio votaram neste mês pela substituição do magistrado no processo. Mas o veredicto foi adiado porque o desembargador Marcello Granado pediu vistas do processo.

Policiais Federais estiveram na casa da ex-modelo Luma de Oliveira na manhã desta quinta-feira, 12, com mandado de busca e apreensão, e apreenderam três veículos e outros bens como garantia de pagamento de dívidas das empresas de Eike Batista, ex-marido de Luma.

Eike chegou à casa de Luma, no Jardim Botânico, zona sul do Rio de Janeiro, depois dos policiais. Ele acompanhou parte da operação. Entre os bens de Luma apreendidos estão duas Toyota Hilux e uma BMW X5.

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Na véspera, a Polícia Federal realizou uma operação de busca e apreensão na residência de Eike Batista, na praia de Vila Velha, em Angra dos Reis, na Costa Verde do Rio. Entre os bens do empresário apreendidos está o iate Spirit of Brazil IV, avaliado em R$ 30 milhões. Além do barco, a Polícia Federal apreendeu também uma moto aquática e outros bens de valor.

A embarcação apreendida é um modelo Pershing 115, fabricado pela empresa italiana Ferretti. De acordo com informações do fabricante, o Pershing 115 tem 35 metros de comprimento, abriga três suítes e tem capacidade máxima para transportar com conforto 22 pessoas.

A ação foi determinada pela Justiça para garantir o pagamento de indenizações caso Eike seja condenado por crimes contra o mercado financeiro. A operação faz parte da mesma decisão do Juiz Flávio Roberto de Souza, da 3ª Vara Criminal da Justiça Federal do Rio, que autorizou a apreensão de seis carros do empresário, em 6 de fevereiro.

Um dos bens apreendidos na ocasião foi o carro modelo Lamborghini que Eike usava como objeto de decoração em uma de suas salas. Também foram apreendidos quadros, computadores e até um piano na casa que o empresário mantém no bairro do Jardim Botânico, Zona Sul do Rio.

O julgamento do TCU que poderia incluir a presidente da Petrobras, Graça Foster, entre os possíveis responsáveis por prejuízos causados com a compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), e gerar a indisponibilidade dos bens da executiva da estatal foi suspenso após pedido do relator do caso, ministro José Jorge, para retirá-lo de pauta. Antes de realizar o pedido, o ministro leu relatório pedindo a inclusão do nome de Graça e também do nome de Jorge Zelada, ex-diretor Internacional da empresa.

O pedido para retirada de pauta foi realizado em consideração, de acordo com o ministro, à sustentação na Corte do advogado geral da União, Luís Inácio Adams. Foi a primeira vez que Adams foi à Corte fazer uma sustentação oral. Ele foi contra o bloqueio patrimonial dos diretores da Petrobras e afirmou que não estavam presentes os requisitos necessários para a indisponibilidade de bens para todos os diretores.

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A inclusão do nome da presidente da estatal, na análise de Jorge, seria uma correção à decisão do plenário do TCU do último dia 23, quando, por unanimidade, foi aprovado o relatório que apontou 11 possíveis responsáveis por um prejuízo de US$ 792,3 milhões à empresa. Na decisão tomada há duas semanas, a corte de contas isentou de responsabilidade a presidente da República, Dilma Rousseff, e listou entre os responsáveis o ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli, o ex-diretor da área Internacional Nestor Cerveró, o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa, além de outros oito dirigentes da estatal.

Nesta quarta-feira, o ministro afirmou que Graça substituiria o ex-diretor de Gás e Energia da empresa, Ildo Sauer, no grupo dos que serão submetidos a novo processo no TCU e que Zelada entraria no lugar de Cerveró.

Sauer participou da decisão da compra de Pasadena, tomada em 2006, mas deixou a estatal em 2007 e, portanto, não esteve no cargo ao longo do processo de aquisição da refinaria, que durou até 2012. Quem ficou no lugar de Sauer na diretoria de Gás e energia foi Graça Foster, que deixou o cargo apenas em 2012, quando assumiu a presidência da empresa. O ministro José Jorge, autor do acórdão aprovado pelo tribunal há duas semanas, apontou nesta quarta-feira que Sauer e Cerveró não eram membros da diretoria executiva à época das medidas que descumpriram decisão arbitral, que teria levado ao prejuízo de US$ 92,3 milhões.

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