Tópicos | Berlim

Um filme finlandês em defesa dos refugiados e o chileno "Una mujer fantástica" (Uma mulher fantástica, tradução livre), um apelo à tolerância, são os favoritos ao Urso de Ouro, que será anunciado neste sábado no Festival de Cinema de Berlim, marcado pelas críticas a Donald Trump.

A classificação da revista especializada Screen e a imprensa alemã concentram suas apostas em "The other side of hope" (O outro lado da esperança, tradução livre), do finlandês Aki Kaurismaki, e no filme de Sebastián Lelio.

##RECOMENDA##

Resta saber a decisão do júri, presidido pelo diretor holandês Paul Verhoeven ("Instinto Selvagem", "Elle"), que será divulgada às 18h00 GMT (16h00 de Brasília).

Dezoito filmes aspiram ao Urso de Ouro, assim como aos da Prata, que premiam o melhor ator e atriz, entre outras categorias.

Tradicionalmente militante, a Berlinale deste ano se converteu em um palco contra o protecionismo e o desejo de Donald Trump de restringir as entradas nos Estados Unidos.

"Vocês têm que saber que há muitas pessoas no meu país que estão dispostas a resistir", disse a atriz americana Maggie Gyllenhaal, integrante do júri.

"Temos que garantir que nos conectamos com todas as parcelas dos Estados Unidos que estão resistindo", disse por sua vez o ator mexicano e integrante do júri Diego Luna, em um ato de rejeição às barreiras, realizado simbolicamente diante do Muro de Berlim.

O espírito inconformista se refletiu em muitos filmes apresentados durante o Festival, que começou no dia 9.

"O outro lado da esperança", que obteve as melhores pontuações da crítica, narra o encontro entre Khaled, um refugiado sírio que está, contra a sua vontade, na fria Finlândia, e um homem divorciado de sua mulher alcoólatra que o ajudará.

O jornal britânico Daily Telegraph admirou este filme "maravilhoso e comovente" protagonizado pelo ator sírio Sherwan Haji.

O público continuará "assistindo a este filme por muito tempo depois que (o presidente sírio Bashar) al-Assad tiver entrado para a história", disse o alemão Die Welt.

No ano passado, o júri liderado por Meryl Streep recompensou "Fogo no Mar", que falava sobre os refugiados e os habitantes que os recebem diariamente na ilha italiana de Lampedusa, que atualmente disputa o Oscar de melhor documentário.

- Transexualidade -

Quatro anos depois que seu filme "Gloria" levou o Urso de Prata de Melhor Atriz (Paulina Garcia), o chileno Lelio volta a brigar pelos maiores prêmios da Berlinane com um retrato de uma mulher transexual, um hino à tolerância.

Recompensado com o prêmio Teddy do festival, destinado aos filmes que se concentram na temática LGBT, "Uma mulher fantástica" conta a história de Marina, a quem o seu entorno, condicionado pelo preconceito e ignorância, a impede de se despedir dignamente de seu parceiro Orlando, que morreu repentinamente.

"A intenção é pegar alguém rejeitado pela sociedade e filmar esta pessoa da forma mais elegante e íntima possível. É um ato de amor cinematográfico", disse o diretor chileno, que vive em Berlim.

Marina é interpretada pela atriz transexual Daniela Vega, e um eventual prêmio de melhor atriz seria um acontecimento sem precedentes.

"Joaquim", do brasileiro Marcelo Gomes e baseado na figura histórica de Joaquim José da Silva Xavier, o "Tiradentes", que lutou contra o colonialismo português nos século XVIII, também concorre na competição oficial.

O filme "é um apelo à resistência, para uma sociedade mais justa", disse Gomes, que apresentou uma carta em nome de 11 cineastas brasileiros na qual denunciam que a cultura no Brasil está ameaçada pelo governo do presidente Michel Temer.

A assembleia Parlamentar da Alemanha elegeu Frank-Walter Steinmeier por uma esmagadora maioria para se tornar o novo presidente do país.

Steinmeier, ex-ministro das Relações Exteriores da Alemanha, foi eleito neste domingo em Berlim com 931 dos 1.260 votos. A assembleia eleitoral especial foi constituída por 630 legisladores na câmara baixa do parlamento e um número igual de representantes dos 16 estados da Alemanha.

##RECOMENDA##

O presidente alemão tem pouco poder executivo, mas é considerado uma importante autoridade moral. Steinmeier, uma social-democrata, teve o apoio da chanceler alemã, Angela Merkel, e da "Grande coalizão" de partidos de centro-direita e de centro-esquerda. Fonte: Associated Press

O Festival de Cinema de Berlim começa nesta quinta-feira com a exibição de "Django", filme biográfico sobre o famoso músico de jazz cigano Django Reinhardt, cuja família foi perseguida pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.

Dezoito filmes disputam o Urso de Ouro na 67ª edição do festival. O júri, presidido pelo diretor holandês Paul Verhoeven, anunciará o vencedor em 18 de fevereiro.

##RECOMENDA##

Antes do início do festival, o cineasta afirmou que espera polêmicas e surpresas.

"Espero por ideias que ainda não vi, éticas ou imorais, não importa", disse o diretor de 78 anos em uma entrevista ao jornal Süddeutsche Zeitung.

A mostra começa com "Django", primeiro filme dirigido pelo francês Etienne Comar, até agora conhecido como roteirista e produtor.

O famoso guitarrista Django Reinhardt teve que fugir em 1943 da Paris ocupada por pertencer à comunidade cigana, perseguida pelos nazistas.

"É a história de um personagem cego por sua música, que não vê que o mundo mudar e que será afetado pela guerra", disse à AFP Etienne Comar.

"'Django' é uma história comovente de um sobrevivente", afirmou Dieter Kosslick, diretor da Berlinale.

"É um programa que diz 'sim à vida' e de artistas que descrevem vidas diárias afetadas pelo apocalipse, mas nas quais sempre há uma porta de saída", completou Kosslick.

Durante 11 dias, o festival exibirá quase 400 filmes de 70 países.

Fiel a sua tradição, a Berlinale programou filmes autorais e grandes produções americanas.

Entre os 'blockbusters' estão "Logan", terceiro capítulo das aventuras de Wolverine com Hugh Jackman, e "T2 Trainspotting" do britânico Danny Boyle, sequência do filme dos anos 1990.

O cinema autoral europeu também marcará presença com a polonesa Agnieszka Holland e o romeno Calin Peter, que exibirão seus novos filmes, "Pokot" e "Ana, mon amour", respectivamente.

- Brasil na mostra oficial -

O Brasil retorna à disputa do Urso de Ouro com "Joaquim", do diretor Marcelo Gomes ("Cinema, aspirinas e urubus").

"Joaquim" conta a história de Joaquim José da Silva Xavier (1746-1792), o Tiradentes, líder da Inconfidência Mineira.

Várias estrelas, de Penélope Cruz a Robert Pattinson passando por Catherine Deneuve, devem passar pelo tapete vermelho do festival.

Richard Gere viajará até a capital da Alemanha para apresentar o thriller "The Dinner", sobre duas famílias que escondem um segredo terrível, coprotagonizado por Laura Linney, Rebecca Hall e Chloë Sevigny.

Grande defensor da causa tibetana, o ator americano aproveitará a oportunidade para ter uma reunião com Angela Merkel. No ano passado, a chanceler alemã recebeu George Clooney para falar sobre os refugiados na Europa.

A Berlinale tem uma tradição de ativismo. Muitas pessoas esperam que diretores e atores aproveitem a oportunidade para divulgar mensagens sober o populismo no Ocidente ou a chegada de Donald Trump à Casa Branca.

A 67ª edição da Berlinale, o primeiro grande evento cinematográfico europeu do ano, começa nesta quinta-feira, com 24 produções internacionais na seleção oficial, 18 das quais disputam o cobiçado Urso de Ouro.

"Joaquim", de Marcelo Gomes, é a presença brasileira na competição contando a história de Tiradentes.

##RECOMENDA##

No total, serão exibidas 22 estreias mundiais e duas obras-primas. O júri será presidido pelo diretor holandês Paul Verhoeven ("Instinto Selvagem" e "RoboCop").

A seleção Berlinale Especial programa produções em projeções de gala.

A seguir, a lista completa dos filmes apresentados nas principais seções.

EM COMPETIÇÃO

- "Ana, mon amour", de Calin Peter Netzer, Romênia/Alemanha/França

- "Bamui haebyun-eoseo honja" (Na praia à noite sozinho, tradução livre) de Hong Sang-soo, Coreia do Sul

- "Beuys", de Andres Veiel, Alemanha (documentário sobre o artista alemão do século XX Joseph Beuys)

- "Colo", de Teresa Villaverde, Portugal/França

- "The dinner", de Oren Moverman, Estados Unidos

- "Django", de Etienne Comar (obra-prima, abertura; biografia do artista de jazz cigano Django Reinhardt), França

- "Félicité", de Alain Gomis, França/Senegal/Belgica/Alemanha/Líbano

- "Hao ji le" (Que tenha um bom dia, tradução livre), de Liu Jian, China (filme de animação)

- "Helle Naechte" (Noites brilhantes, tradução livre), de Thomas Arslan, Alemanha/Noruega

- "Joaquim", de Marcelo Gomes, Brasil/Portugal

- "Mr. Long", de Sabu, Japão/China/Taiwan/Alemanha

- "The party", de Sally Potter, Reino Unido

- "Pokot" (Rastro, tradução livre), de Agnieszka Holland, Polônia/Alemanha/República Tcheca/Suíça/Suécia/Eslováquia

- "Retour à Montauk", Volker Schloendorff, França/Alemanha/Irlanda

- "Testrol es lelekrol" (No corpo e alma, tradução livre) de Ildiko Enyedi, Hungria

- "Toivon tuolla puolen" (O outro lado da esperança, tradução livre) de Aki Kaurismaki, Finlândia/Alemanha

- "Una mujer fantástica", de Sebastián Lelio, Chile/Estados Unidos/Alemanha/Espanha

- "Wilde Maus" (Rato selvagem, tradução livre), de Josef Hader, Áustria (obra-prima)

FORA DE COMPETIÇÃO

- "El bar", de Álex de la Iglesia, Espanha

- "Final Portrait", de Stanley Tucci, Reino Unido/França (biografia sobre o artista suíço Alberto Giacometti)

- "Logan", de James Mangold, Estados Unidos (terceiro episódio das aventuras de Wolverine, dos X-Men)

- "Sage femme", de Martin Provost, França/Bélgica

- "T2 Trainspotting", de Danny Boyle, Reino Unido, sequência do clássico dos anos 1990.

- "Viceroy's House", de Gurinder Chadha, Índia/Reino Unido

BERLINALE ESPECIAL

- "The bomb", de Kevin Ford, Estados Unidos (filme experimental sobre armas nucleares)

- "Es war einmal in Deutschland..." (Adeus, Alemanha, em tradução livre), de Sam Garbarski, Alemanha/Luxemburgo/Bélgica

- "In Zeiten des abnehmenden Lichts" (Em tempos de luz minguante, tradução livre), de Matti Geschonneck, Alemanha

- "La libertad del diablo", de Everardo González, México

- "La reina de España", de Fernando Trueba, Espanha

- "Le jeune Karl Marx", de Raoul Peck, França/Alemanha/Bélgica

- "The Lost City of Z", de James Gray, Estados Unidos

- "Masaryk" (Um paciente famoso, tradução livre), de Julius Sevcik, República Tcheca/Eslováquia

- "Maudie", de Aisling Walsh, Canadá/Irlanda (biografia sobre a artista canadense Maud Lewis)

- "The Trial: The State of Russia vs Oleg Sentsov", de Askold Kurov, Estônia/Polônia/República Tcheca

- "Últimos días en La Habana", de Fernando Pérez, Cuba/Espanha

Penélope Cruz, Hugh Jackman, Catherine Deneuve e Richard Gere estão entre as estrelas aguardadas no Festival de Cinema de Berlim a partir deste 9 de fevereiro.

A 67ª edição da Berlinale, o primeiro dos grandes festivais de cinema do ano na Europa, apresentará quase 400 produções internacionais.

##RECOMENDA##

O evento, que terá 11 dias, vai começar com a estreia mundial de "Django", a biografia francesa do célebre músico de jazz Django Reinhardt, cuja família foi perseguida pelos nazistas em Paris.

Dezoito filmes disputarão o Urso de Ouro. O Brasil será representado por "Joaquim", do diretor Marcelo Gomes.

O presidente do júri será o cineasta holandês Paul Verhoeven ("Instinto Selvagem", "Elle").

A atriz americana Maggie Gyllenhaal, o ator mexicano Diego Luna e o artistas dinamarquês-islandês Olafur Eliasson estão entre os sete integrantes do júri.

O diretor da Berlinale, Dieter Kosslick, afirmou que o festival, considerado o mais político dos grandes festivais europeus, pretende trazer um pouco de luz em um tempo sombrio para o Ocidente.

"O programa que preparamos apresenta filmes que abordam o tema da coragem e confiança, e fazem isto com muito amor", disse.

"Nunca se sabe o que vai acontecer com o mundo quando você começa a trabalhar no programa, mas parece que os diretores têm a capacidade de prever o futuro e observar os acontecimentos atuais", completou Kosslick, para quem "apesar da confusão que reina no mundo, esta é uma mostra optimista".

- Filmes autorais e grandes produções -

Para seguir a longa tradição do pós-guerra, o festival alternará filmes autorais com grandes produções. Entre os primeiros se destacam figuras veteranas do cinema europeu, como a polonesa Agnieszka Holland, a britânica Sally Potter, o alemão Volker Schloendorff, o finlandês Aki Kaurismaki e o romeno Calin Peter Netzer, vencedor do Urso de Ouro em 2013 com "Instinto Materno".

As grandes produções também estarão presentes, mas fora de competição, com "T2 Trainspotting" do britânico Danny Boyle, a sequência do êxito dos anos 1990 e "Logan", a terceira parte das aventuras de Wolverine.

A atriz espanhola Penélope Cruz estará em Berlín com "La reina de España", de Fernando Trueba, uma sequência de "A Garota dos seus Sonhoa", de 1998.

Richard Gere vai a Berlim, ao lado de Steve Coogan, Laura Linney, Rebecca Hall e Chloe Sevigny, para divulgar o thriller "The Dinner", do diretor americano Oren Moverman, adaptação do livro de mesmo nome do holandês Herman Koch.

Sally Potter, uma das quatro diretoras na mostra competitiva, apresentará na capital alemã "The Party", comédia com Kristin Scott Thomas e Timothy Spall.

A atriz francesa Catherine Deneuve também estará no festival, para divulgar "Sage femme", do diretor Martin Provost, fora de competição.

Se você é uma daquelas pessoas que não consegue ficar um minuto sem checar o Facebook e fica contando o número de curtidas recebidas em cada postagem, saiba que a ciência tem uma resposta lógica para isso. Pesquisadores da Universidade Livre de Berlim, na Alemanha, descobriram que as interações positivas nas mídias sociais ativam uma área do cérebro responsável pelo sentimento de prazer, que também está envolvida à jogos de azar.

Isso faz das redes sociais um vício? Depende. Segundo os especialistas, nossos cérebros respondem ao que os psicólogos chamam de recompensas variáveis ​​intermitentes. Como não sabemos de que forma e quando seremos recompensados, continuamos voltando à fonte de prazer. Isto é o que alimenta os aplicativos populares de smartphones, bem como os cassinos.

##RECOMENDA##

"O Facebook é uma plataforma que permite que você obtenha recompensas sociais a qualquer momento, em uma frequência muito maior e em quantidade muito maior do que nunca", explica o neurocientista Dar Meshi, em entrevista ao jornal americano The New York Times.

O vício nas redes sociais pode, assim como as drogas, influenciar o cotidiano do usuário e causar abstinência. Para o resto de nós, usar plataformas de mídia social é apenas um hábito. "Os hábitos não são nem bons nem ruins", diz a professora de psicologia e de negócios da Universidade do Sul da Califórnia, nos EUA, Wendy Wood. "Se torna insalubre a medida em que começa a ficar no caminho de seus outros objetivos", explica.

LeiaJá também

--> Abandonar o Facebook vai te fazer mais feliz, diz estudo

Um mês após a morte do tunisiano Anis Amri, suposto autor do ataque contra um mercado de Natal em Berlim, seu corpo continua mantido em um necrotério de Milão, no norte da Itália.

Como ainda estão à disposição das autoridades judiciárias, os restos mortais de Amri não podem ser sepultados, cremados, repatriados ou entregues a seus parentes - até o momento, nenhum familiar apareceu para solicitar o corpo.

##RECOMENDA##

O tunisiano foi morto no último dia 23 de dezembro, durante um tiroteio com a Polícia em Sesto San Giovanni, nos arredores de Milão. Os agentes não sabiam que se tratava do homem acusado de matar 12 pessoas em um mercado de Natal em Berlim, na Alemanha, quatro dias antes.

Amri chegara à Itália pela França, depois de também ter passado pela Holanda. Ele ficou preso durante quatro anos na península por roubo e, ao deixar a cadeia, em 2015, foi notificado para sair do país e seguiu para a Alemanha, já que a Tunísia não havia respondido às solicitações para repatriá-lo.

Os investigadores não excluem realizar exames toxicológicos no corpo do suposto terrorista para saber se ele consumia drogas regularmente e se estava sob o efeito de entorpecentes durante o ataque na capital alemã, algo que iria de encontro às rígidas regras de conduta adotadas pelo Estado Islâmico (EI), que reivindicou a autoria do atentado.

 ‘Joaquim’, o longa brasileiro do cineasta Marcelo Gomes, foi escalado para competição na categoria dos principais filmes no Festival de Berlim, marcado para ser realizado de 9 a 19 de fevereiro deste ano. Com coprodução de Brasil, Espanha e Portugal, o filme que tem papel principal interpretado por Julio Machado, que viveu o jagunço Clemente da novela Velho Chico, conta a história de Joaquim José da Silva Xavier, conhecido popularmente por Tiradentes.  

O enredo se baseia em suas primeiras viagens em cidades do interior do Brasil em busca de Minas contrabandistas de ouro e em seu processo de consciência política ao se tornar um rebelde contra o domínio colonial português. Outros longas brasileiros como ‘As Duas Irenes’, de Fábio Meira e ‘Mulher do Pai’, de Cristiano Oliveira, também entram na disputa do festival na categoria Generation.

##RECOMENDA##

Marcelo concorre à mostra com outros nomes de peso como Brigth Nights, de Thomas Arslan, e Dany Boylle, com ‘T2 Trainspotting’. Além de 'Joaquim', o diretor também foi criador dos filmes ‘Cinemas, Aspirinas e Urubus’, e ‘Era uma vez Eu, Verônica’. 

A polícia federal da Alemanha divulgou nesta quarta-feira que está investigando um segundo um segundo imigrante tunisiano por possível envolvimento no ataque terrorista em um mercado de Natal em Berlim que ocorreu no mês passado, em um sinal de que o responsável pela ação poderia não ter agido sozinho.

Não havia evidências suficientes para prender o imigrante de 26 anos, cujo nome não foi revelado, por participação no atentado, mas ele foi levado sob custódia pela polícia na terça-feira, em conexão com uma investigação paralela, disse Frauke Köhler, porta-voz do gabinete da procuradoria.

##RECOMENDA##

Anis Amri, tunisiano que matou 12 pessoas ao passar com um caminhão roubado por cima de uma multidão em um mercado de Natal em Berlim em 19 de dezembro, foi morto a tiros quatro dias após o ataque pela polícia italiana, perto de Milão. Ele viveu na Alemanha por cerca de um ano antes de cometer o atentado.

Amri e o suspeito detido se encontraram na noite anterior ao ataque em um restaurante e conversaram por horas, disse Köhler. "Isso aumentou as suspeitas de que o suspeito possa estar envolvido, ou pelo menos que sabia dos planos", afirmou. Fonte: Dow Jones Newswires.

A polícia alemã informou ter prendido um homem que gritou "bomba, bomba, bomba" na grande festa de ano-novo ao ar livre de Berlim. Milhares de pessoas celebram o ano-novo perto do Portão de Brandemburgo, na capital alemã, em meio à segurança reforçada.

A polícia informou o caso no sábado por meio de conta no Twitter, dizendo que o homem não identificado "está comemorando agora o #Welcome2017 (Bem-vindo 2017) conosco", usando a hashtag "nichtlustig", que significa "não é engraçado".

##RECOMENDA##

Grandes blocos de concreto foram colocados ao redor do cordão de segurança para evitar uma repetição do ataque de caminhão que matou 12 pessoas em Berlim antes do Natal. O suposto agressor, um tunisiano de 24 anos, foi morto a tiros na Itália dias depois. Fonte: Associated Press.

A nebulosa extremista islâmica tem crescido nos últimos dois anos na Alemanha, especialmente entre os jovens migrantes, um meio frequentado por algum tempo pelo autor do ataque de Berlim antes de agir.

Quando em 8 de novembro a polícia lançou uma operação contra a mesquita de Hildesheim, ninguém se surpreendeu. Esta cidade de 100.000 habitantes da Baixa Saxônia (norte) tinha ganhado a reputação de ser "reduto" de grupos radicais islâmicos, de acordo com as autoridades.

Após meses de investigação, a polícia prendeu Ahmad Abdulaziz Abdullah A., conhecido como "Abu Wala", apontado como "o pregador sem rosto" por aparecer em vídeos sempre de costas. Popular nas redes sociais, juntamente com quatro cúmplices, é acusado de ter liderado uma rede de recrutamento para o Estado Islâmico.

Esta figura do salafismo jihadista na Alemanha - ramo minoritário da corrente salafista geralmente não violenta - também cruzou o caminho da Anis Amri, suposto autor do ataque na capital alemã, morto na sexta-feira na Itália.

Embora a prisão de Abu Wala e o atentado ao mercado de Natal tenham atraído a atenção dos meios de comunicação, não passa uma semana sem que a polícia alemã anuncie a detenção de um suspeito de "terrorismo" ou da dissolução de uma associação obscura.

549 indivíduos perigosos

Em 25 de outubro, desmantelaram um grupo checheno; em 3 de novembro, três alemães foram condenados após retornaram da Síria; e em 15 de novembro uma série de operações em dez pontos regiões alemãs apontou cerca de 190 locais ligados ao grupo "A verdadeira religião", um movimento proibido e acusado de ter incitado 140 pessoas a se juntar às fileiras jihadistas na Síria e no Iraque.

As estatísticas divulgadas pelos serviços de inteligência são preocupantes. Em junho, a quantidade de radicais islâmicos identificados era de cerca de 9.200, incluindo 1.200 potencialmente violentos, dos quais 549 considerados "perigosos", como Anis Amri. Em comparação, em 2011, havia 3.800 pessoas listadas como radicalizadas.

Geograficamente, Berlim e Renânia do Norte-Westphalia, foram as duas áreas que mais registraram radicais islâmicos. Precisamente as duas regiões frequentadas por Amri. O mais preocupante é que este crescimento é observado em particular entre os jovens.

"O EI é claramente um tipo de ideologia de rebelião, uma contracultura, que pode satisfazer os desejos de protesto da juventude", diz Peter Neumann, diretor do centro de estudos sobre a radicalização do King College de Londres. Em janeiro de 2015, o chefe dos serviços de inteligência, Hans-Georg Maassen, estimou que o Islã radical tornou-se "uma espécie de subcultura" para a juventude.

Um ano e meio depois, sua leitura dessa realidade tornou-se mais premente: "Claramente, os jovens se radicalizam de forma rápida e duradoura na puberdade (...) É particularmente problemático sua habilidade e capacidade de cumprir as exortações do Estado Islâmico para matar 'infiéis' em sua terra natal".

Uma ilustração deste perigo, em três ocasiões este ano, a pouca idade dos autores de tentativas de ataques foi o tema das manchetes na Alemanha.

Pais desamparados

Em meados de dezembro, as autoridades surpreenderam ao anunciar que um alemão de origem iraquiana de 12 anos, radicalizado pela internet, havia tentado duas vezes explodir uma bomba artesanal num mercado de Natal em Ludwigshafen. Em fevereiro, uma alemã de origem marroquina de 15 anos esfaqueou no pescoço um policial em Hannover.

E três adolescentes, nascidos na Alemanha, são julgados desde 7 de dezembro por atearam fogo a um templo sikh, ferindo três pessoas em um ataque por motivações islâmicas.

A mãe de um deles, Neriman Yama, relatou à AFP como viu seu filho evoluir a partir dos 14 anos de idade, dois anos antes dos eventos, seguindo pregadores pela internet para um islamismo radical e violento. Em seguida, ele se casou com uma adolescente que usava burka. "Como pais, estávamos desamparados", disse há uma semana. "O que estava do outro lado era mais poderoso do que nós".

Além disso, as autoridades alemãs também estão preocupadas com os esforços de proselitismo para atrair os refugiados desempregados, traumatizados e influenciáveis. Um milhão de migrantes chegou na Alemanha em 2015 e 2016.

O tunisiano suspeito pelo ataque com caminhão lançado contra uma feira de Natal em Berlim, a capital alemã, na última segunda-feira (19), foi morto hoje durante um tiroteio em Milão, informou o ministro do Interior da Itália, Marco Minniti.

Durante coletiva de imprensa, Minniti disse que Anis Amri foi abordado por policiais enquanto caminhava, por volta das 3h pelo horário local (0h de Brasília), durante uma checagem de rotina no bairro de Sesto San Giovanni.

##RECOMENDA##

Segundo Minniti, Amri sacou uma arma e começou a atirar assim que os policiais solicitaram seus documentos. Os oficiais revidaram e o mataram a tiros. O homem morto é "sem dúvida" Amri, disse o ministro.

Um policial foi ferido sem gravidade durante o tiroteio, segundo tuítes da polícia de Milão. O ataque ocorrido no começo da semana em Berlim deixou 12 mortos e dezenas de feridos. Fonte: Dow Jones Newswires.

"O ambiente é sufocante", mas os cidadãos de Berlim procuram ser "fortes" diante do "terrorismo". O mercado natalino da capital alemã, alvo do atentado que deixou 12 mortos na segunda-feira (19), voltou a abrir nesta quinta (22).

As casinhas de madeira instaladas em Breitscheidplatz, próxima a Ku'damm, uma das mais famosas avenidas de Berlim, abriram um pouco antes das 11h local (8H00 horário de Brasília) sob céu cinzento.

A dois dias da véspera de Natal, a presença policial era bastante discreta: patrulheiros circulavam entre a multidão, portando armas a tiracolo. Pela manhã foram instaladas estruturas de concreto para impedir o acesso de qualquer veículo ao local. "Deixa-nos feliz ver que após um atentado as pessoas são fortes e (...) não se sintam retraídas", disse David Ulbricht, de 24 anos.

No mercado o ambiente é tranquilo e silencioso. As apresentações musicais foram suspensas por respeito às vítimas.

"Percebe-se que o ambiente é sufocante, todo mundo está calado", conta Jan-Philipp Biermann, que vende hambúrgueres e comida asiática no mercado, um dos mais frequentados da capital antes do atentado ocorrido na segunda, reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI). "A vida volta ao normal, mas todos pensamos no que ocorreu", relata.

Crepes e 'Glühwein'

Visivelmente comovidos, os comerciantes têm um semblante sério. Alguns choram, outros se reúnem e se abraçam para se sentirem consolados. Os mercados natalinos são uma típica tradição da cultura popular alemã. Diante das casas de madeira, casais, amigos e famílias saboreiam crepes ou salsichas, e brindam com o 'Glühwein', tradicional vinho quente com especiarias.

Em meio ao mercado, as pessoas foram depositando velas, flores e mensagens pessoais em homenagem às vítimas. No centro, uma folha exibe a famosa frase "Ich bin ein Berliner" (Sou Berlinense), pronunciada pelo então presidente americano John F. Kennedy durante sua visita ao oeste de Berlim em junho de 1963, que outrora significava um símbolo de resistência perante o inimigo soviético, e atualmente contra a ameaça terrorista.

"Queríamos visitar o local para mostrar nosso apoio e respeito a todos que perderam suas vidas aqui", explica Jenny, estudante holandesa de 22 anos, que visita a capital alemã coma sua amiga Veerle. "Ficamos surpresas que o mercado já esteja aberto outra vez", declara.

Na segunda-feira (19) à noite, um caminhão atingiu visitantes do mercado natalino próximo à igreja da recordação, um dos símbolos da capital alemã, cujo telhado foi destroçado por bombardeios durante a Segunda Guerra Mundial. O suposto autor do atentado, reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI), é um tunisiano de 24 anos, Anis Amri.

A poucos metros dali, alguém colocou uma foto em preto e branco da igreja da recordação em um cavalete. Na imagem está escrito "Estamos em luto" e a seu lado pode-se ler "O amor antes da guerra", escrito em letras coloridas.

A decisão de reabrir rapidamente o mercado de natal se se deu em "estreita organização" com as autoridades, indicaram as empresas organizadoras, depois que a polícia revistou todo o local.

As autoridades da Alemanha identificaram o tunisiano Anis Amri, de 23 anos, como o homem suspeito de ser o autor do ataque com um caminhão em um mercado de Natal de Berlim, que deixou 12 mortos. A polícia federal alemã ofereceu 100 mil euros (US$ 104,3 mil) como recompensa pela captura, advertindo que o suspeito pode estar armado e é perigoso.

Mais cedo, o ministro do Interior da Renânia do Norte-Vestfália, Ralf Jäger, disse que o suspeito era investigado no país por suspeita de planejar um ataque. O pedido de asilo do tunisiano foi rejeitado em junho de 2016, mas na ocasião ele não podia ser deportado por não possuir um passaporte válido.

##RECOMENDA##

A notícia de que o suspeito já estava no radar das autoridades coloca mais pressão sobre a chanceler Angela Merkel. A líder da Alemanha tem enfrentado críticas dentro de seu próprio partido por sua política para os refugiados. Em menos de um ano, a chanceler deve tentar a reeleição. Merkel endureceu nos últimos meses a postura inicialmente mais liberal em relação aos refugiados, mas ainda assim os críticos desejam outras medidas para restringir o fluxo de pessoas. Fonte: Dow Jones Newswires.

As autoridades britânicas fecharão ao tráfego a partir desta quarta-feira (21) o perímetro em torno do Palácio de Buckingham durante a troca da guarda para evitar um atentado como o de Berlim, quando um caminhão foi lançado contra uma multidão. A cerimônia de troca da guarda na residência londrina da rainha Elizabeth II atrai milhares de turistas.

A partir desta quarta-feira, a circulação de veículos em torno do palácio estará proibida entre as 10h45 e 12h30, uma "precaução necessária" para proteger turistas e militares, informou a polícia em um comunicado. A troca da guarda ocorre todos os dias de abril a julho e a cada dois dias no resto do ano.

A polícia disse que havia adiantado a aplicação das restrições ao tráfego pelo atentado de segunda-feira com um caminhão contra o mercado de Natal de Berlim, no qual 12 pessoas morreram e 48 ficaram feridas.

A polícia londrina disse dispor, além disso, de "planos detalhados para a proteção de atos públicos durante o período de Natal e Ano Novo".

Na escala de ameaça terrorista mantida pelas autoridades britânicas, o nível é "severo", o segundo mais alto, o que significa que é "altamente provável" que ocorra um atentado.

Alex Younger, diretor da agência de espionagem britânica no exterior, MI6, disse em 8 de dezembro que o Reino Unido enfrenta uma ameaça terrorista sem precedentes que não diminuirá até que a guerra civil na Síria termine.

"Não estaremos a salvo das ameaças que emanam deste lugar (Síria) até que a guerra civil acabe", disse Younger.

O grupo terrorista Estado Islâmico afirmou, por meio de sua agência de notícias Amaq News, que o autor do ataque em Berlim é um "soldado do califado", segundo informações do SITE Intelligence Group, que monitora a atividade jihadista global.

Ontem, um caminhão invadiu uma feira natalina em Berlim e deixou 12 mortos e 48 feridos. Mais cedo, um suspeito de ser o motorista do caminhão chegou a ser preso, mas foi liberado por falta de provas, de acordo com a procuradoria-geral da Alemanha.

##RECOMENDA##

Hoje, a chanceler Angela Merkel, visitou o local e pediu que os alemães não se rendam ao medo. "Não queremos viver paralisados pelo medo do mal", disse Merkel.

A chanceler alemã, Angela Merkel, confirmou em um pronunciamento que o ataque ocorrido nessa segunda-feira (19) contra um mercado de Natal em Berlim foi um ato terrorista. Ao menos 12 pessoas morreram e 48 ficaram feridas quando um caminhão foi lançado contra o público.

Nesta manhã, as autoridades removeram o caminhão do local do ataque, que fica em uma praça entre duas avenidas de médio porte. De acordo com a imprensa polonesa, o caminhão foi roubado por volta das 16h locais de ontem.

##RECOMENDA##

O GPS do automóvel indica que, naquele horário, o aparelho foi desligado várias vezes e, depois, removido do carro. O caminhão tinha passado pela Itália e transportava estruturas de aço que deveriam ser descarregadas em Berlim. A empresa de transporte responsável pelo caminhão tem sede na cidade de Estetino, no Nordeste da Polônia, em uma zona que faz fronteira com a Alemanha.

A diretora do portal "SITE", que monitora as atividades dos extremistas na internet, Rita Katz, informou que o grupo terrorista Estado Islâmico (EI, ex-Isis) tinha dado "instruções" para realizar ataques em mercados de Natal. Um caminhão "invadiu" um local do tipo nesta segunda-feira (19) em Berlim.

Katz ainda lembra que o EI reivindicou o atentado ocorrido em Nice, em 14 de julho deste ano, que teve mecanismo semelhante.

##RECOMENDA##

Um caminhão invadiu uma área reservada para as festividades pela queda da Bastilha. Mas, na França, havia um terrorista que saiu atirando contra as pessoas que estavam no local. 

Um caminhão invadiu um mercado de natal em Berlim nesta segunda-feira (19) e deixou dezenas de pessoas feridas. Segundo a polícia local, "foi um acidente gravíssimo" na Breitscheidplatz, na parte oeste de Berlim. Ao menos nove pessoas morreram e 50 ficaram feridas. 

"Segundo informações da polícia, presumivelmente, foi realizado um atentado com um caminhão", informou um porta-voz da polícia à agência de notícias alemã DPA.

##RECOMENDA##

O caminhão atingiu uma parte da rua que está totalmente interditada para o tráfego de veículos e ainda não há confirmação se o caso trata-se de um acidente de trânsito ou um atentado terrorista. O mercado foi evacuado pela polícia imediatamente após o acidente.

Nas redes sociais, diversas pessoas postaram vídeos e fotos do incidente e é possível ver diversas barracas destruídas pelo impacto. 

[@#video#@]

Um solicitante de asilo de 29 anos que se preparava para atacar com uma faca outro refugiado em um centro de acolhida em Berlim foi abatido pela polícia na terça-feira (27) à noite, anunciou a polícia.

O centro, localizado no coração de Berlim, havia telefonado para a polícia a princípio para que prendesse um solicitante de asilo de 27 anos suspeito de ter abusado de uma jovem refugiada de oito anos na terça-feira à noite em um parque vizinho, informou a agência de notícias alemã DPA.

Quando os policiais levavam o suspeito algemado a um veículo de serviço, outro refugiado se lançou contra ele, com uma faca na mão, explicou um porta-voz da polícia.

Segundo várias testemunhas, o homem, talvez o pai da menor, teria gritado: "Você não vai sobreviver a isso!", disse a DPA.

Para parar o homem, os policiais abriram fogo e o abateram, indicou o porta-voz.

Não foram divulgadas a nacionalidade dos dois solicitantes de asilo.

Por sua vez, o chefe do sindicato berlinês dos policiais, Bodo Pfalzgraf, defendeu os agentes, insistindo que deveriam impedir que as pessoas façam justiça com as próprias mãos e que precisaram reagir diante de "uma situação potencialmente perigosa para eles".

Cerca de um milhão de solicitantes de asilo chegaram à Alemanha no ano passado, em sua maioria fugindo da guerra da Síria.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando