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As enormes nuvens de fumaça geradas por uma hipotética guerra nuclear alterariam o clima global e devastariam a camada de ozônio, colocando em risco a saúde humana e o abastecimento de alimentos, segundo um novo estudo.

Os autores do estudo, liderado pelo Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica dos EUA, calcularam pela primeira vez os efeitos combinados de reações químicas envolvendo óxido de nitrogênio, aquecimento estratosférico, raios ultravioleta e diminuição da fotoquímica (reações químicas por luz solar) como resultado da detonação de bombas atômicas.

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Foram estudados dois cenários hipotéticos: o primeiro de uma guerra nuclear de escala regional entre a Índia e o Paquistão e o segundo de escala global entre os EUA e a Rússia. No primeiro caso, seriam gerados cinco megatons de fumaça, enquanto no outro seriam produzidos 150 megatons.

A pesquisa revelou que um conflito global destruiria cerca de 75% da camada de ozônio em um período de 15 anos, conforme os resultados publicados na revista Journal of Geophysical Research: Atmospheres.

A injeção massiva de fumaça na estratosfera inicialmente baixaria a temperatura na superfície da Terra, bloqueando a luz solar, alteraria os padrões de precipitação, protegeria o planeta da radiação ultravioleta e, ao mesmo tempo, destruiria a camada de ozônio.

Dentro de alguns anos, a fumaça começaria a se dissipar, permitindo que a radiação ultravioleta penetrasse forte e facilmente através na reduzida camada de ozônio.

O cenário de guerra regional resultaria em um padrão mais atenuado, com perda máxima de ozônio de 25%. No início, os raios ultravioleta aumentariam imediatamente e as temperaturas diminuiriam, mas a camada de ozônio se recuperaria gradualmente em cerca de 12 anos, à medida que a fumaça se dissipasse.

Como a camada de ozônio protege a superfície da Terra da radiação ultravioleta prejudicial, tais impactos seriam devastadores tanto para os humanos como para o meio ambiente.

Os altos níveis de radiação ultravioleta estão ligados a certos tipos de câncer de pele, cataratas e distúrbios imunológicos. A camada de ozônio também protege os ecossistemas terrestres e aquáticos, bem como a agricultura.

Da Sputnik Brasil

Abdul Qadeer Khan, o pai da bomba atômica no Paquistão e herói nacional para muitos, morreu aos 85 anos depois de testar positivo para a Covid-19 e ter sido hospitalizado várias vezes desde agosto.

O cientista nuclear paquistanês, admirado por ter tornado o país a primeira potência nuclear islâmica, mas acusado de ter espalhado ilegalmente tecnologia para Irã, Coreia do Norte e Líbia, morreu após ser transferido para o hospital KRL em Islamabad devido a problemas pulmonares, segundo a televisão pública PTV.

Khan já havia sido hospitalizado em agosto após testar positivo para a covid. Sua condição piorou na manhã de hoje, segundo a rede.

Ele se tornou um herói nacional em maio de 1998, quando a República Islâmica do Paquistão entrou oficialmente na lista das potências militares atômicas, graças a testes realizados poucos dias depois dos da Índia, seu eterno rival.

Muitas personalidades do Paquistão expressaram seu pesar pela morte do cientista.

"Estou profundamente triste com o falecimento do Dr. AQ Khan", declarou no Twitter o primeiro-ministro Imran Khan, destacando "sua contribuição crucial para nos tornarmos um Estado com armas nucleares".

"Para o povo paquistanês, ele era um ícone nacional", acrescentou.

O primeiro-ministro disse que será enterrado na grande mesquita Faisal de Islamabad, conforme havia solicitado.

O ministro do Interior, Sheikh Rashid Ahmad, explicou que o enterro será realizado "com todas as honras", na presença do governo e de altos funcionários militares.

O funeral está programado para este domingo às 15h30. De acordo com a tradição islâmica, deve ser feito, se possível, dentro de 24 horas após a morte.

- "Salvei o país" -

Era admirado porque, graças a ele, o Paquistão foi capaz de competir com a Índia no campo nuclear, dispondo de um meio de defesa "inexpugnável".

Mas em fevereiro de 2004, Khan foi colocado em prisão domiciliar em Islamabad, após ser acusado de distribuição ilegal de tecnologia na década de 1990.

Em fevereiro de 2004, ele reconheceu na televisão que havia participado de atividades de proliferação, antes de recuar. Ele obteve o perdão do então presidente, o general Pervez Musharraf.

"Salvei o país pela primeira vez quando transformei o Paquistão em um Estado nuclear e o salvei novamente quando o reconheci e assumi total responsabilidade", disse Khan à AFP em uma entrevista em 2008.

Em 2009, um tribunal ordenou o fim de sua prisão domiciliar, mas ele continuou submetido a medidas rígidas e tinha que informar as autoridades com antecedência sobre cada movimento seu.

Khan, nascido em 1º de abril de 1936 na cidade indiana de Bhopal, 11 anos antes da divisão sangrenta do Império Britânico que resultou no Paquistão e na Índia em 1947, também comandou o programa de desenvolvimento de mísseis do país.

Ele se formou em ciências pela Universidade de Karachi em 1960 e completou sua formação em Berlim, Holanda e Bélgica.

Sua principal contribuição para o programa nuclear do Paquistão foi o projeto de centrífugas, que enriqueciam o urânio a uma taxa de concentração adequada para armas.

Ele foi acusado de ter roubado essa tecnologia da Holanda, quando trabalhava no país para o consórcio Urenco. Após seu retorno ao Paquistão, o então primeiro-ministro Zulfikar Ali Bhutto o nomeou chefe do programa nacional de enriquecimento de urânio.

Em 1978, sua equipe conseguiu enriquecê-lo e, em 1984, estavam preparados para detonar uma bomba atômica, revelou Khan mais tarde em uma entrevista.

Em um discurso em 1990, ele reconheceu que os elementos necessários foram adquiridos no exterior. "Não era possível fabricarmos tudo no país", disse.

Depois dos primeiros testes atômicos em 1998, em resposta aos da Índia, garantiu que Islamabad "nunca quis fabricar armas atômicas, mas se viu forçada a fazê-lo" pela necessidade de dissuasão.

Nenhuma das controvérsias nas quais se envolveu prejudicou sua grande popularidade no Paquistão, onde faculdades, universidades e hospitais levam seu nome e seu retrato ilustra pôsteres, objetos e páginas da web.

bur-nl-eb-mm/jhd/erl/zm/mr

Será analisada pela Comissão de Direitos Humanos (CDH) a ideia legislativa que sugere que o Brasil tenha a bomba atômica como forma de “dissuadir interferência estrangeira”. A proposta, apresentada em 13 de outubro de 2020 por meio do Portal e-Cidadania, atingiu em 2 de novembro os 20 mil apoios necessários para transformar-se em sugestão legislativa.

Até aquela data, a ideia já tinha 27.900 apoios. Caso aprovada pela comissão, a sugestão se tornará um projeto de lei. Na forma da Sugestão 31/2020, a ideia foi encaminhada em 16 de novembro para a apreciação da CDH, onde aguarda designação do relator.

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A ideia legislativa foi apresentada pelo cidadão paranaense Vito Angelo Duarte Pascaretta, sob o argumento de que “As Forças Armadas Brasileiras necessitam da bomba nuclear para dissuadir interferência estrangeira em nosso território nacional”. E complementa: “A Amazônia Brasileira é nossa!”

Regras

Qualquer cidadão pode apresentar uma ideia legislativa no portal e-Cidadania. Basta se cadastrar, acessar a página das ideias legislativas e enviar a proposta. Cada ideia fica aberta por quatro meses para receber apoios. Se nesse prazo conseguir 20 mil apoios, a ideia é encaminhada para a CDH e se transforma em sugestão legislativa. Se a comissão aprovar, a sugestão passa a ser um projeto de lei e é analisada da mesma maneira que os projetos apresentados pelos senadores.

Da Agência Senado

O Japão lembrou nesta quinta-feira (6) os 75 anos da detonação da primeira bomba nuclear lançada durante a Segunda Guerra Mundial e que matou cerca de 140 mil pessoas na cidade de Hiroshima.

Por conta da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2), as tradicionais cerimônias pelo dia 6 de agosto de 1945 foram reduzidas ou canceladas. A principal delas, no Parque Memorial da Paz, no centro da cidade portuária, contou com um número pequeno de autoridades e não teve a presença dos moradores pela primeira vez - o evento foi transmitido por streaming.

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Já a tradicional cerimônia das lanternas flutuantes, para honrar a memória das vítimas, foi cancelada para evitar aglomerações.

Durante a celebração no Parque, participaram sobreviventes do ataque, políticos, autoridades e representantes de 80 nações. Às 8h15 (hora local), momento em que a bomba atômica lançada pelo caça norte-americano Enola Gay atingiu o solo, um minuto de silêncio foi respeitado.

O premier japonês, Shinzo Abe, afirmou em discurso que se "compromete a fazer o possível para conseguir um mundo sem armas nucleares e uma paz duradoura".

Já o prefeito de Hiroshima, Kazumi Matsui, pediu que a sociedade rejeite a crescente onda de nacionalismo por todo o mundo porque "nunca devemos permitir que esse passado doloroso se repita".

A semana de cerimônias no Japão ainda terá mais uma etapa, no dia 9 de agosto, quando o país relembra o lançamento da segunda bomba nuclear, dessa vez, na cidade de Nagasaki, que matou outras 74 mil pessoas.

Para os norte-americanos, o lançamento das duas bombas causou a rendição do Japão durante o conflito e provocou o fim "oficial" da Segunda Guerra Mundial. No entanto, muitos historiadores locais dizem que o governo da época teria se rendido mesmo sem as bombas e as inúmeras perdas humanas provocadas por elas.

- Mattarella e Papa se manifestam: Durante esta quinta-feira, o presidente da Itália, Sergio Mattarella, emitiu uma nota oficial lembrando da data e defendeu um mundo de paz.

"A arquitetura internacional para o desarmamento e a não proliferação [de armas nucleares] é componente importantíssimo de tal sistema e cada violação sua representa um passo para o holocausto nuclear. A Itália apoia com força o objetivo de um mundo livre de armas nucleares, através de uma aproximação progressiva do desarmamento que preveja a colaboração de cada país. A agenda internacional não pode ignorar esse objetivo", afirmou o presidente italiano.

Mattarella ainda disse que "prestar homenagem às inúmeras vítimas daqueles trágicos eventos e aos muitíssimos que, sobrevivendo ao bombardeamento, sofreram os efeitos devastantes da radiação, significa comprometer-se a criar um mundo pacífico para cumprir a promessa escrita no cenotáfio de Hiroshima: Não repetiremos o erro".

Quem também se manifestou pela data foi o papa Francisco através de uma mensagem enviada para o governador de Hiroshima, Hidehiko Yuzaki.

"Para que a paz floresça, todos devem baixar as armas, sobretudo, as mais potentes e destrutivas, como as nucleares, que podem paralisar e destruir cidades e países inteiros", escreveu o líder católico segundo o portal "Vatican News".

O Pontífice ainda repetiu a mensagem que leu durante sua visita ao Parque Memorial, em 24 de novembro de 2019, ressaltando que "o uso da energia atômica para fins bélicos é imoral, assim como é imoral possuir armas nucleares". "Que as vozes proféticas dos sobreviventes de Hiroshima e Nagasaki continuem a servir de alerta para nós e para as gerações futuras", concluiu. 

Da Ansa

A bomba atômica é "uma ameaça à humanidade", disse o aiatolá Ali Khamenei em Teerã nesta quarta-feira (9), lembrando que a fabricação e o uso de armas nucleares são contrários aos ensinamentos do Islã.

"Mesmo que pudéssemos fazê-lo, declaramos resoluta e corajosamente, de acordo com os preceitos do Islã, que não seguiríamos esse caminho", declarou o líder supremo do Irã, em um discurso para cientistas iranianos.

"Tanto a construção quanto o acúmulo (de tais armas) são ruins, e seu uso é 'haram" (pecado proibido pelo Islã), totalmente 'haram'", declarou, de acordo com um vídeo de seu discurso postado em sua conta oficial no Twitter.

"Hoje, a bomba atômica continua sendo uma ameaça para o mundo e para a humanidade", insistiu.

Desde 2006, o líder supremo do Irã repete que o Irã não precisa da bomba atômica, que não busca obtê-la e que armas de destruição em massa em geral - e armas nucleares em particular - são contrárias aos ensinamentos do Islã.

Em vez disso, Khamenei defende, regularmente, o direito do Irã à energia nuclear civil.

Durante anos, a comunidade internacional ocidental suspeita de que o Irã tenha ambições nucleares.

Em 2015, o acordo nuclear iraniano concluído em Viena entre Teerã e o grupo 5 + 1 (China, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Rússia e Alemanha) permitiu à República Islâmica obter uma redução das sanções internacionais contra ela. Em troca, fez uma redução drástica em seu programa nuclear, garantindo que fosse de natureza exclusivamente civil.

Os Estados Unidos abandonaram unilateralmente esse acordo em 2018 e reimpuseram as sanções econômicas a Teerã. Em resposta, os iranianos começaram a se retirar, em maio, de vários dos compromissos assumidos em Viena.

Em 6 de agosto de 1945, o mundo estava em plena Segunda Guerra Mundial, que teve início em 1939 e seguiu até o fim daquele ano. Nesse dia, há 74 anos, a cidade de Hiroshima, localizada no Sul do Japão, foi alvo de ataques comandados pelos Estados Unidos.

Mesmo com a vitória dos Países Aliados sobre a Alemanha, em maio de 1945, a guerra no Pacífico persistia. Nas batalhas do Mar de Coral e Midway, os norte-americanos estavam vencendo o conflito contra o Japão, que resistia. “A resistência japonesa se dava principalmente através dos Kamikazes, pilotos suicidas que jogavam seus aviões bombardeiros contra os navios da Marinha dos Estados Unidos”, explica a professora de história Neuza Matos.  

Na mesma época, os EUA estavam desenvolvendo o Projeto Manhattan, que tinha como objetivo criar uma bomba que utilizaria a energia gerada a partir da fissão nuclear do urânio e do plutônio e, após a  cúpula japonesa ter recusado os termos estipulados na  Declaração de Potsdam propostos pelos Países  Aliados,  o presidente americano Henry Truman decidiu utilizar a recém-criada bomba atômica na cidade de Hiroshima.

O ataque matou instantaneamente milhares de pessoas, na maioria membros da população civil, que nada tinham a ver com a guerra. Acabou afetando seriamente a saúde dos sobreviventes, os quais foram submetidos a altos índices de radiação.

De acordo com a professora Neuza Matos, mesmo com a destruição da cidade japonesa, o país asiático insistia em continuar em guerra. “Apesar do enorme poder de destruição que pôde ser percebido em Hiroshima, membros da cúpula do governo japonês ainda acreditavam em uma resistência”, comenta. Em decorrência disso, o exército americano lançou uma segunda bomba atômica na cidade de Nagasaki.

Em 2 de setembro, após os lançamentos das duas bombas atômicas, o imperador japonês, Hirohito, assinou os documentos de rendição que colocaram um fim ao conflito.

Por Bruna Oliveira

Mais de 50 mil pessoas se reuniram neste domingo (6) no parque da Paz em Hiroshima, no Japão, para relembrar os 72 anos do lançamento da bomba atômica sobre a cidade durante a Segunda Guerra Mundial.

Além dos moradores, representantes de 80 países também participaram da cerimônia e lembraram as milhares de vítimas do bombardeio.

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Às 8h15 (hora local), após o toque de um sino, foi feito um minuto de silencio. O horário foi o mesmo em que a bomba caiu sobre a cidade. Durante seu discurso, o prefeito de Hiroshima, Kazumi Matsui, lembrou a assinatura de um documento entre 122 países na Organização das Nações Unidas (ONU) que proíbe o uso de armamentos nucleares. No entanto, o texto do dia 7 de julho não foi assinado pelas principais potências mundiais e pelas nações que possuem bombas atômicas em seus arsenais. 

A "Bomba do Tzar", a bomba atômica mais potente do mundo criada por cientistas soviéticos e convertida em símbolo da Guerra Fria com seus oito metros de extensão e 25 toneladas de peso, está sendo exposta pela primeira vez em Moscou.

Chamada oficialmente de AN602, esta bomba de hidrogênio, que foi testada com êxito em 1961, faz parte (sem sua carga atômica) de uma exposição sobre a história nuclear russa que pode ser vista no Manège de Moscou, um prédio histórico da capital.

A bomba, de uma potência de 50 megatoneladas, foi criada por uma equipe de cientistas soviéticos dirigida por Andrei Sakharov, futuro prêmio Nobel da Paz, e, em 30 de outubro de 1961, foi testada com sucesso em Nova Zembla, um arquipélago do Oceano Ártico russo.

O ensaio fazia parte do projeto de pesquisa nuclear lançado por Stalin em 1945, pouco depois de terminada a II Guerra Mundial, e que tinha como objetivo equiparar a ex-URSS aos Estados Unidos, que já tinham uma bomba atômica.

A indústria nuclear russa celebra em 2015 o 70º aniversário de sua criação. A exposição coincide com um momento delicado nas relações entre a Rússia e os países ocidentais devido ao conflito na Ucrânia.

Três dias depois de Hiroshima, foi a vez de Nagasaki lembrar, neste domingo (hora local), o ataque nuclear que arrasou esta cidade do oeste do Japão e matou 74.000 pessoas há 70 anos, em meio às críticas a uma reforma do governo que busca fortalecer o papel do exército.

Em 9 de agosto de 1945, às 11H02 locais, a explosão atômica destruiu 80% dos edifícios de Nagasaki, entre eles sua célebre catedral de Urakami, situada a 500 metros do ponto de impacto.

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Na mesma hora do domingo (23H02 de sábado no Brasil), a população observou um minuto de silêncio enquanto soaram sinos e sirenes em toda Nagasaki, antigo centro de intercâmbios comerciais entre o Japão e o exterior e cidade conhecida por sua importante comunidade cristã.

Batizado de "Fat Man", o projétil de plutônio estava destinado inicialmente à cidade de Kokura (norte de Nagasaki), onde ficava uma importante fábrica de armas. Mas, condições meteorológicas desfavoráveis levaram o bombardeiro americano B-29 a mudar a rota.

Três dias antes, uma primeira bomba atômica, a "Little Boy", tinha causado 140.000 mortes em Hiroshima (oeste). Os dois bombardeios precipitaram a rendição do Japão, em 15 de agosto de 1945, e o fim da Guerra do Pacífico.

Em dezembro de 1967, o governo japonês se comprometeu solenemente a não fabricar, possuir nem permitir a entrada de armas nucleares em seu território.

"Eu apelo aos jovens: escutem a palavra dos mais velhos e refletam sobre o que você pode fazer para a paz", declarou o prefeito de Nagasaki, Tomihisa Taue, diante de uma multidão de 6.700 japoneses, incluindo o primeiro-ministro Shinzo Abe e a embaixadora americana no Japão, Caroline Kennedy, entre representantes de 75 países.

O prefeito convidou "o presidente dos Estados Unidos (Barack) Obama e representantes de todos os países detentores de armas nucleares" a visitar Nagasaki.

Em seguida, o prefeito criticou o primeiro-ministro Abe. "Agora há preocupação e ansiedade entre nós com a perspectiva de que este compromisso assumido há 70 anos, o princípio da paz na Constituição japonesa, possa estar em risco", disse ele, recebendo os aplausos da multidão.

Um dos sobreviventes, Sumiteru Taniguchi, de 86 anos, também criticou as tentativas de Abe de reformar o caráter pacifista da Constituição japonesa.

"A lei de segurança que o governo está tentando promover é uma ameaça aos muitos anos do movimento para a abolição das armas nucleares e às esperanças dos hibakushas (sobreviventes vítimas da bomba)", afirmou com o a voz embargada.

"Não podemos tolerar essas leis", insistiu.

A média de idade dos "hibakushas" supera os 80 anos.

As cidades de Hiroshima e Nagasaki, através destas cerimônias e campanhas recorrentes contra as armas nucleares, buscam perpetuar a lembrança destes ataques, embora os sobreviventes dos dois ataques vão desaparecendo com o passar dos anos.

Como fez em Hiroshima na quinta-feira passada, Abe reiterou a vontade do Japão de militar a favor da abolição das armas nucleares e em favor da não-proliferação.

"Renovo a vontade do Japão, como o único país atingido pela bomba, de ser um ator do movimento global contra as armas nucleares", disse ele, listando os acontecimentos internacionais em que prometeu tentar transmitir essa mensagem.

Abe tem sido criticado por sua vontade de ampliar o papel do exército, conhecido no país como Forças de Autodefesa.

Esta reforma permitiria, por exemplo, que os contingentes entrassem em combate para defender aliados.

O Parlamento iraniano iniciou a elaboração de um projeto de lei permitindo os cientistas intensificar o enriquecimento de urânio, informou neste sábado a agência de notícias ISNA, uma iniciativa que poderia complicar as negociações a este respeito com as grandes potências.

O projeto de lei "autorizará o governo a prosseguir com o enriquecimento, utilizando nova geração de centrífugas", explica à agência Hossein Naghavi Hosseini, porta-voz da comissão parlamentar encarregada da segurança nacional e política externa.

Teerã diz precisar de centrífugas mais modernas para que possa desenvolver a sua capacidade de enriquecimento de urânio para abastecer suas usinas. Mas a questão do enriquecimento é um dos pontos de divergência nas negociações entre o Irã e os países do Grupo 5+1 (Estados Unidos, França, Reino Unido, China, Rússia e Alemanha).

O 5+1 quer reduzir o programa de enriquecimento para impedir o Irã de ser capaz de desenvolver armas atômicas, mas Teerã sempre negou qualquer finalidade militar para seu programa.

As duas partes, que falharam duas vezes em chegar a um acordo final, decidiram fixar um novo prazo, 1º de julho de 2015, para tentar concluir um acordo global sobre o programa nuclear iraniano.

Tal acordo deve dar garantias sobre a natureza puramente pacífica do programa nuclear em troca da suspensão das sanções econômicas internacionais que afetam gravemente a economia iraniana.

O ano era 1945 e acontecia a Segunda Guerra Mundial. No dia 6 de agosto, Hiroshima, cidade do Oeste do Japão, foi atingida pela primeira bomba atômica da história. Cerca de 140 mil pessoas morreram na hora ou, pela exposição à radiação causada pela bomba. Três dias depois, uma nova bomba atômica atingiria a cidade de Nagasaki e mataria cerca de 75 mil pessoas.

Os resultados desses episódios todos conhecem: o Japão se rendeu e a guerra acabou. No entanto, as consequências daquela tragédia são sentidas até hoje, devido à radiação que ainda é sentida nas cidades e que passaram de geração em geração através dos caracteres hereditários.

Os ataques com bombas nucleares sobre as cidades japonesas foram os únicos desse tipo executados até o momento e os Estados Unidos jamais pediram desculpas pelo uso dessas bombas e nenhum presidente em exercício do país visitou as duas cidades japonesas. Após os ataques, tanto Hiroshima quanto Nagasaki viraram campos áridos, onde só se via destroços.

Além das consequências estruturais, a explosão de uma bomba atômica tem efeitos devastadores no corpo humano - quem é atingido diretamente pela arma poderá morrer queimado e até evaporar, além de poder ser lançado a metros de distância por causa do impacto térmico. Já aos sobreviventes, a exposição aos componentes de uma bomba pode causar um câncer ósseo, com dores insuportáveis.

A decisão final para a utilização da bomba atômica foi tomada pelo então presidente dos Estados Unidos, Truman. Apesar das críticas, ele assumiu a responsabilidade total pelo ato e justificou que a utilização da bomba atômica acabaria com a guerra muito mais cedo e pouparia muitas vidas, mas não foi isso o que aconteceu. Uma bomba atômica é descontrolada, não tem limites.

Os americanos levaram seis anos e gastaram aproximadamente dois bilhões de dólares para produzir a arma mais destrutiva de toda a história da humanidade. Até hoje nascem crianças com problemas genéticos causados pela radiação das bombas de Hiroshima e Nagasaki. Depois deles, outros países iniciaram produção de armas nucleares, como a Coreia do Norte, que realizou o primeiro teste nuclear da história do país em 2006 e o segundo em 2009.

A criação da bomba atômica não foi um avanço na produção de armas. Foi uma ação desnecessária, que provocou a morte de milhares de cidadãos japoneses inocentes, deixando um rastro de destruição. Hoje, com discernimento dos impactos e consequências desse tipo de armamento, esperamos que catástrofes como as de 1945 jamais aconteçam.

O ano era 1945 e acontecia a Segunda Guerra Mundial. No dia 6 de agosto, Hiroshima, cidade do Oeste do Japão, foi atingida pela primeira bomba atômica da história. Cerca de 140 mil pessoas morreram na hora ou, pela exposição à radiação causada pela bomba. Três dias depois, uma nova bomba atômica atingiria a cidade de Nagasaki e mataria cerca de 75 mil pessoas.

Os resultados desses episódios todos conhecem: o Japão se rendeu e a guerra acabou. No entanto, as consequências daquela tragédia são sentidas até hoje, devido à radiação que ainda é sentida nas cidades e que passaram de geração em geração através dos caracteres hereditários.

Os ataques com bombas nucleares sobre as cidades japonesas foram os únicos desse tipo executados até o momento e os Estados Unidos jamais pediram desculpas pelo uso dessas bombas e nenhum presidente em exercício do país visitou as duas cidades japonesas. Após os ataques, tanto Hiroshima quanto Nagasaki viraram campos áridos, onde só se via destroços.

Além das consequências estruturais, a explosão de uma bomba atômica tem efeitos devastadores no corpo humano - quem é atingido diretamente pela arma poderá morrer queimado e até evaporar, além de poder ser lançado a metros de distância por causa do impacto térmico. Já aos sobreviventes, a exposição aos componentes de uma bomba pode causar um câncer ósseo, com dores insuportáveis.

A decisão final para a utilização da bomba atômica foi tomada pelo então presidente dos Estados Unidos, Truman. Apesar das críticas, ele assumiu a responsabilidade total pelo ato e justificou que a utilização da bomba atômica acabaria com a guerra muito mais cedo e pouparia muitas vidas, mas não foi isso o que aconteceu. Uma bomba atômica é descontrolada, não tem limites.

Os americanos levaram seis anos e gastaram aproximadamente dois bilhões de dólares para produzir a arma mais destrutiva de toda a história da humanidade. Até hoje nascem crianças com problemas genéticos causados pela radiação das bombas de Hiroshima e Nagasaki. Depois deles, outros países iniciaram produção de armas nucleares, como a Coreia do Norte, que realizou o primeiro teste nuclear da história do país em 2006 e o segundo em 2009.

A criação da bomba atômica não foi um avanço na produção de armas. Foi uma ação desnecessária, que provocou a morte de milhares de cidadãos japoneses inocentes, deixando um rastro de destruição. Hoje, com discernimento dos impactos e consequências desse tipo de armamento, esperamos que catástrofes como as de 1945 jamais aconteçam.

Milhares de pessoas, entre elas vários sobreviventes, se reuniram na manhã deste sábado (9) em Nagasaki para recordar os 70.000 habitantes desta cidade que morreram no lançamento da bomba atômica há 69 anos, três dias depois da de Hiroshima. Os sinos marcaram o início do minuto de silêncio às 11H02 local (23H02 de Brasília), hora em que a bomba transformou a cidade em uma bola de fogo, em 9 de agosto de 1945.

A cerimônia, realizada apesar dos fortes ventos provocados pela aproximação do tufão Halong, aconteceu perto do lugar em que um avião americano lançou a bomba de plutônio batizada como "Fat Man". Seis dias depois, o Japão capitulou ponde fim assim à Segunda Guerra Mundial.

Sobreviventes idosos e suas famílias, dirigentes governamentais como o primeiro-ministro Shinzo Abe ou a embaixadora americana no Japão, Caroline Kennedy, se reuniram em um jardim, onde o prefeito da cidade pediu ao Executivo que renuncie a seu projeto de abandonar a doutrina pacifista que o país mantém desde o final da guerra.

"O juramento da Constituição através do qual o Japão renuncia à guerra é o princípio fundador do Japão do pós-guerra e de Nagasaki", declarou Tomihisa Taue, para quem o recente debate sobre o direito de autodefesa coletiva "faz temer que este princípio esteja em perigo".

O governo decidiu no mês passado permitir ao exército japonês, que até agora tinha um papel essencialmente defensivo, que combata para defender seus aliados. Além dos 70.000 mortos em Nagasaki, em Hiroshima foram 140.000 mortos pelas únicas bombas nucleares usadas em tempos de guerra.

Os Estados Unidos jamais pediram desculpas pelo uso dessas bombas e nenhum presidente em exercício do país visitou as duas cidades mártires japonesas.

Telegramas diplomáticos vazados deram a entender que Washington propôs em 2009 que o presidente Barack Obama visitasse Hiroshima, onde apresentaria desculpas oficiais, mas o Japão teria rejeitado esta visita.

Milhares de pessoas se reuniram nesta quarta-feira (6) de manhã (horário local), em Hiroshima, para marcar o 69º aniversário do lançamento da primeira bomba atômica da História, que arrasou essa cidade do oeste do Japão.

Alguns sobreviventes, parentes de vítimas, autoridades do governo e delegações estrangeiras permaneceram imóveis às 8h15 (20h15 de Brasília), quando ressoou um sino que dava o sinal para guardar um minuto de silêncio na hora exata em que, em 6 de agosto de 1945, o bombardeiro americano "Enola Gay" largou a bomba que transformou a cidade em um inferno nuclear.

Cerca de 140 mil pessoas morreram imediatamente ou, pela exposição à radiação, entre o momento do impacto da bomba e o mês de dezembro seguinte.

Depos de Hiroshima, Nagasaki foi bombardeada, no dia 9 de agosto, o que provocou a morte de mais 70 mil japoneses. Os ataques precipitaram a capitulação do Japão e o final da Segunda Guerra Mundial, em 15 de agosto de 1945.

Militante infatigável do desarmamento nuclear, o prefeito de Hiroshima, Kazumi Matsui, convidou o presidente americano, Barack Obama, "e a todos os dirigentes das nações nucleares a visitar as cidades da bomba A o mais cedo possível".

O Zimbábue assinou um acordo secreto para fornecer ao Irã a matéria prima necessária para desenvolver uma bomba atômica, em violação às sanções internacionais, informou neste sábado o jornal londrino The Times. "Vi (um memorando de acordo) para exportar urânio aos iranianos", disse ao jornal o vice-ministro de Mineração do Zimbábue, Gift Chimanikire.

O acordo, supostamente assinado no ano passado, provavelmente causará preocupação entre as capitais ocidentais. O tema nuclear envenena há dez anos as relações do Irã com as grandes potências do chamado grupo 5+1 (China, Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Rússia e Alemanha), que suspeitam que Teerã utiliza seu programa nuclear civil como fachada para fabricar uma bomba atômica.

O país é alvo de várias rodadas de sanções da ONU e de um embargo petroleiro e financeiro dos Estados Unidos e da União Europeia, que provocam uma grave crise econômica no país. O presidente Robert Mugabe, que acaba de ser reeleito para um novo mandato de cinco anos, apoiou publicamente o programa nuclear do Irã.

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Agência Nacional de Energia Atômica (AIEA) segue analisando informações do plano nuclear iraniano. Nesta quarta-feira (14), representantes da entidade e de Teerã, capital do Irã, estiveram reunidos em Viena, na Áustria, mas nenhum grande avanço aconteceu. A Agência quer documentos e acessos nucleares para saber se o país desenvolveu a bomba atômica.

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"Nós tivemos intensas discussões, mas não conseguimos finalizar o documento, que tem sido objeto de nossas negociações há um ano e meio. Nosso compromisso em continuar o diálogo está firme. De qualquer forma, devemos reconhecer que nossos melhores esforços não foram reconhecidos até agora", comentou o inspetor da AIEA, Herman Nackaerts.

Nesta quarta-feira, outra reunião sobre a mesma temática foi realizada em Istambu, na Turquia, onde representantes de Teerã e da diplomacia da União Européia se reuniram para discutir o plano nuclear iraniano.

 

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) não conseguiu chegar a um acordo com o Irã para verificar seu programa nuclear, poucos dias antes da retomada das negociações entre Teerã e as grandes potências sobre o mesmo tema.

"Debatemos sobre uma aproximação estruturada, mas não foi possível concluir o documento" que permitiria examinar a possível dimensão militar do programa nuclear iraniano, declarou nesta quinta-feira o chefe dos inspetores, Herman Nackaerts, em seu retorno de uma viagem à República Islâmica.

"Ainda não entramos em acordo sobre uma data para a próxima reunião", acrescentou o inspetor no aeroporto de Viena.

A AIEA quer assinar um acordo global que permita aos especialistas da ONU investigar livremente o programa nuclear iraniano, diante da suspeita de que ele tem fins militares, o que Teerã nega categoricamente.

Na quarta-feira, o representante iraniano na AIEA, Ali Ashgar Soltanieh, havia afirmado que foram registrados avanços nas negociações.

"Divergências foram solucionadas e foi alcançado um acordo sobre certos pontos das modalidades" que devem ser aplicadas, declarou, segundo a agência Isna.

Ao ser interrogado sobre estes possíveis progressos, Nackaerts contestou: "Isto faz parte das negociações".

"É difícil fazer comentários a respeito", acrescentou.

"Nosso compromisso para seguir dialogando é inquebrantável", garantiu. "Nós trabalharemos intensamente para solucionar as divergências que ainda existem", acrescentou.

Por sua vez, no dia 26 de fevereiro serão retomadas as negociações entre o Irã e as grandes potências.

A chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, expressou na quarta-feira perante a ONU sua esperança de que Teerã mostre flexibilidade nestas negociações sobre seu programa nuclear em Almaty.

O Irã e o grupo das grandes potências (o chamado grupo 5+1) sobre o programa nuclear iraniano se reunirão no dia 26 de fevereiro em Almaty, no Cazaquistão, depois de meses de interrupção e do fracasso de encontros em Istambul, Bagdá e Moscou.

Ashton lidera estas negociações pelo 5+1, ou seja: os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Rússia e China) e a Alemanha.

As grandes potências suspeitam que a República islâmica quer se dotar de armas atômicas sob a alegação de um programa civil. A ONU e as potências ocidentais impuseram ao Irã uma série de sanções.

O Irã desmente as acusações das potências ocidentais sobre um possível uso militar de seu programa nuclear e afirma enriquecer urânio para produzir eletricidade e isótopos médicos, que são utilizados para diagnosticar certos tipos de câncer.

O prefeito de Nagasaki pediu, nesta quinta-feira (9), um Japão livre de temores nucleares, no dia em que a cidade lembrou o 67º aniversário da explosão bomba atômica, lançada pelos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial.

"Mesmo durante tempos de guerra há certas ações inaceitáveis", disse Tomihisa Taue durante cerimônia que lembrou as 74 mil pessoas que morreram instantaneamente ou nos meses ou anos após o ataque.

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Taue prometeu apoiar as pessoas cujas vidas foram drasticamente afetadas pelo derretimento de reatores da usina nuclear Fukushima Daiichi, após o local se atingido por um tsunami em março de 2011.

Ele pediu que o governo central "estabeleça novos objetivos de política energética para a construção de uma sociedade livre do temor da radioatividade".

A cerimônia anual foi realizada perto do local onde o Exército norte-americano jogou a bomba de plutônio, apelidada de "fat man" (homem gordo), em 9 de agosto de 1945, dias antes da rendição do Japão.

Dentre os que participaram pela primeira vez da cerimônia estavam Clifton Truman Daniel, 55 anos, neto do presidente norte-americano Harry Truman, que autorizou o bombardeio a Nagasaki e Hiroshima, ocorrido três dias antes, onde foi jogada uma bomba de urânio de quatro toneladas apelidada de "little boy" (menininho). A bomba matou 140 mil pessoas.

Em discurso durante a cerimônia, o primeiro-ministro Yoshihiko Noda, pediu a abolição das armas nucleares e prometeu manter seus esforços para evitar que as memórias dos bombardeios se percam.

As cerimônias que lembram os aniversários dos dois ataques com bombas atômicas tiveram maior impacto neste ano, na medida em que muitos japoneses debatem a política energética, em meio ao ceticismo popular sobre o uso da energia nuclear.

As informações são da Dow Jones.

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