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O Rio de Janeiro registrou, às 9h15 desta terça-feira (14), a maior sensação térmica desde 2014, de 58,5 graus Celsius (°C). A medição foi feita pela estação do serviço municipal de meteorologia Alerta Rio em Guaratiba, na zona oeste da cidade. No momento, os termômetros marcavam 35,5°C.

Desde a chegada da onda de calor que afeta diversos estados brasileiros, o Rio de Janeiro já havia registrado o dia mais quente do ano no domingo (12), com temperatura de 42,5°C, e a sensação térmica de 52 graus na manhã de segunda (13).

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O recorde de calor de hoje é o maior desde que o Alerta Rio começou a fazer as medições de temperatura na cidade. O órgão informa que as duas outras maiores sensações térmicas deste ano foram 58,3°C, em 17 de fevereiro, e 58°C, em 4 de fevereiro.

O intenso calor registrado principalmente no Sudeste e no Centro-Oeste do Brasil deve continuar ao longo de toda a semana, e a ausência de nuvens no céu torna ainda mais perigosa a exposição à radiação solar e a sensação de calor.

A onda de calor chegou em uma época do ano em que, normalmente, a estação chuvosa já está estabelecida e em que as nuvens funcionam como uma espécie de controle das temperaturas. A ausência dessa defesa, segundo a meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) Anete Fernandes, potencializa os efeitos do fenômeno climático.

“Quando a gente tem ausência de chuva nesta época do ano, que chamamos de veranico, a ausência de nuvens favorece uma grande incidência de radiação na superfície, que é o que está acontecendo agora. Então, as temperaturas se elevam muito”, explicou.

Em meio ao calor intenso dos últimos dias, com sensação térmica chegando aos 50°C, como amenizar a temperatura na hora de dormir? A resposta mais óbvia é usar o aparelho ar-condicionado, mas especialistas apontam que a solução pode não ser tão simples.

Para resfriar o ambiente, o ar-condicionado retira a umidade do ar, deixando-o mais seco e facilitando a manifestação de doenças respiratórias. "Aparelhos resfriadores de ambientes reduzem a umidade do ar para diminuir a temperatura. E se expor excessivamente a essas condições pode causar consequências, principalmente respiratórias", diz Danilo S. Talarico, professor do Instituto da Pele de São Paulo.

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O médico recomenda dosar o uso desses aparelhos. "Invista em outras estratégias para reduzir a temperatura do ambiente. Por exemplo, evite a entrada da luminosidade solar, mantenha portas e janelas abertas para favorecer correntes de vento e evite a iluminação artificial quente, dando preferência aos LEDs. Plantas também são grandes aliadas para regular a temperatura do ambiente", orienta.

"Por tornar o ar mais seco, o ar-condicionado muitas vezes causa incômodos no nariz e na garganta. O ar seco faz com que o nariz produza mais secreções. Para tornar o ambiente mais agradável, o ideal é usar também um umidificador, que tornam o ar menos seco", afirma o otorrinolaringologista Fernão Bevilacqua, da Clínica Audioface e do Alfa Instituto de Comunicação e Audição.

A mesma dica é dada por Cintia Guedes, dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD): se utilizar o ar-condicionado, é bom ter um umidificador de ar para repor a umidade do ambiente. "A exposição ao ar condicionado por longos períodos também pode causar perda das oleosidades naturais da pele, favorecendo o ressecamento do tecido cutâneo e o surgimento de dermatites", aconselha.

Uma alternativa ao ar-condicionado é colocar bacias com água nos cômodos, diz Bevilacqua. "Mas o essencial mesmo é se hidratar ao longo do dia. Não adianta tomar um litro de água de uma vez e passar o resto do dia sem líquidos", diz.

Dicas para amenizar o calor dentro do quarto

- Espalhe toalhas molhadas e bacias de água pelo ambiente para ajudar a umedecer o ar seco. Mas, toalhas molhadas só devem ser usadas durante o dia - à noite, podem aumentar a presença de ácaros e fungos no quarto

- Use panelas para auxiliar e faça blocos de gelo gigantes. Coloque esses blocos na frente do seu ventilador e ele irá soprar um ar mais fresco até você.

- Coloque garrafas pet com água gelada na frente do ventilador. É importante colocar uma toalha embaixo da bacia ou das garrafas para que, ao esquentar gradativamente, a água não se espalhe pelo ambiente e chegue ao ventilador.

- Impeça que o sol incida sobre o ambiente, para evitar que esquente ainda mais.

- Mantenha portas e janelas abertas, para facilitar a ventilação.

A onda de calor que atinge principalmente o Sudeste e o Centro-Oeste do Brasil chegou em uma época do ano em que, normalmente, a estação chuvosa já está estabelecida e em que as nuvens funcionam como uma espécie de controle das temperaturas. A ausência dessa defesa, segundo a meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia, Anete Fernandes, potencializa os efeitos do fenômeno climático

“Quando a gente tem ausência de chuva nesta época do ano, que chamamos de veranico, a ausência de nuvens favorece uma grande incidência de radiação na superfície, que é o que está acontecendo agora. Então, as temperaturas se elevam muito”, contou.

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De acordo com a meteorologista, a configuração de baixas pressões, característica dessa época do ano, está funcionando em grande parte do país. No entanto, em médios níveis da atmosfera, existe uma circulação de alta pressão que impede o desenvolvimento das nuvens de chuva.

“Quando há essa condição de baixa superfície e não tem as nuvens, isso potencializa ainda mais o aquecimento da atmosfera”, analisou.

A onda de calor, segundo ela, tende a persistir por mais tempo no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Centro-Norte do Paraná. “Toda essa área tende a permanecer com temperaturas elevadas, pelo menos, até a próxima sexta-feira”.

Na sexta-feira, muda um pouco a área atingida, mas grande parte do país, incluindo Rio de Janeiro e Minas Gerais, continuará com a condição de altas temperaturas pelo menos até domingo. “Isso vai manter temperaturas elevadas. No domingo, já tivemos temperaturas na ordem de 40°C em vários estados do país, e isso tende a persistir, pelo menos, até o próximo fim de semana no Rio de Janeiro, Minas Gerais, oeste de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, sul do Piauí, oeste da Bahia, Centro-Norte do Paraná, Rondônia, sudeste do Amazonas e sul do Pará”, disse, acrescentando que este fenômeno pode voltar a ocorrer durante a estação chuvosa.

“Se tivermos o veranico que ocorre durante período chuvoso, teremos temperaturas elevadas, não necessariamente configurando a onda de calor. Como estamos em ano de El Niño, e a irregularidade na estação chuvosa é uma característica, podemos, sim, ter outras ondas de calor. Entretanto, no momento não há perspectiva de uma outra tão cedo”, completou.

*Colaborou Cristiane Ribeiro, da Rádio Nacional do Rio de Janeiro

A onda de calor atingiu com força o Rio de Janeiro e se apresenta intensa desde logo cedo. De acordo com o Alerta Rio, serviço de meteorologia da Prefeitura, a sensação térmica chegou a 52,7 graus Celsius (°C) às 8h da manhã em Guaratiba, na zona oeste da cidade. Essa foi a maior sensação de calor registrada na cidade até as 8h30 desta segunda-feira (13). A temperatura mais alta no começo da manhã também foi registrada em Guaratiba: 36,4°C às 8h30.

Durante o dia, não vai ser diferente. A previsão do Alerta Rio indica que o posicionamento de um sistema de alta pressão influenciará o tempo na cidade. “Assim, o céu estará claro a parcialmente nublado e não há previsão de chuva. Os ventos estarão fracos a moderados e as temperaturas permanecerão estáveis, com mínima de 22°C e máxima de 41°C”, informou.

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A onda de calor fez com que a maior temperatura do ano fosse anotada no último domingo, que teve 42,5°C às 13h50. O recorde anterior era de 17 de fevereiro, quando os termômetros chegaram a 41,8°C, às 15h15. Os dois recordes foram registrados na estação Irajá, na zona norte da cidade. Apesar do recorde de temperatura de ontem, a sensação térmica alcançou 50,5°C, enquanto, no dia 17 de fevereiro, chegou a 58,3°C.

Para os próximos quatro dias, de acordo com as previsões, em nenhum dia a máxima será menor que 35°C e ficará entre este nível e 41°C. A mínima varia entre 20°C e 23°C.

Na terça-feira (14), o tempo permanecerá estável e não há previsão de chuva. Os ventos estarão fracos a moderados, de  até 51,9 km/h. Na quarta e na quinta-feira (16), “áreas de instabilidade em médios níveis da atmosfera, reforçadas pelo calor, influenciarão o tempo no Rio, com previsão de pancadas rápidas de chuva moderada nos períodos da tarde e noite. A chuva poderá passar de 10 mm/h em, pelo menos, um ponto da cidade em ambos os dias”.

Segundo o serviço de meteorologia da Prefeitura, na sexta-feira (17), ventos úmidos do oceano aumentarão a nebulosidade, mas não há previsão de chuva. “Os ventos estarão fracos a moderados, e as temperaturas apresentarão ligeiro declínio”.

A população deve se preparar para suportar a umidade relativa do ar, que poderá apresentar valores entre 21% e 30% no período da tarde de amanhã e da quinta-feira, em alguns pontos da cidade. A orientação é aumentar a hidratação e evitar exposição ao sol em horários de temperatura mais intensa, especialmente em torno das 12h.

A cidade de São Paulo registrou neste domingo (12) a maior temperatura do ano, segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) da Prefeitura. Durante a tarde, a média foi de 36,9°C. A marca supera os 36,5°C registrados no dia 24 de setembro.

O domingo também foi o dia mais quente de novembro de todo o histórico do CGE, que faz medições desde 2004.

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Até então, o dia mais quente para o penúltimo mês do ano havia sido no dia 4 de novembro de 2019, com a temperatura máxima média de 35,3°C.

As altas temperaturas vieram acompanhadas da "secura" no clima. Às 10h40, o CGE decretou estado de atenção para a baixa umidade do ar em toda a capital paulista.

Em algumas regiões, o índice de umidade do ar caiu a quase 20%.

Rio também tem recorde no ano

No Rio, a temperatura foi ainda mais alta e também foi recorde no ano. Os termômetros chegaram a 42,5°C em Irajá, na zona norte. O recorde anterior havia sido observado no dia 17 de fevereiro, com 41,8°C.

Segundo o Alerta Rio, a sensação térmica na estação Irajá chegou a bater 50,5°C, por volta 13h55.

O calor levou cariocas e turistas às praias, que ficaram lotadas neste domingo.

Calor deve continuar

A atual onda de calor deve continuar pelo menos até o próximo domingo, 19, em grande parte do País. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os termômetros devem registrar as maiores altas do ano nos Estados mais centrais do Brasil - em especial no Sudeste e no Centro-Oeste - até, pelo menos, a quarta-feira, 15.

Em São Paulo, a temperatura só deve baixar na semana do dia 20, de acordo com as mínimas e máximas previstas pelo Climatempo.

Efeitos do El Niño ajudam a explicar onda de calor

As ondas de calor e instabilidades climáticas devem perdurar até maio de 2024. O pior período deve ser novembro de 2023 e janeiro do ano que vem.

Segundo relatório da Organização Mundial de Meteorologia (OMM), divulgado na semana passada, o El Niño, fenômeno relacionado ao aumento nas temperaturas notado neste ano, está atingindo o seu pico.

A OMM afirma que o El Niño desenvolveu-se rapidamente durante julho e agosto deste ano e atingiu força "moderada" em setembro - mês em que os termômetros chegaram a marcar 38ºC em São Paulo.

O fenômeno só chegou a uma consistência, de acordo com os registros de temperatura da superfície do mar e outros indicadores, em outubro. Por isso, a expectativa da organização é que ele ainda não tenha atingido o seu maior pico.

Áreas de cinco Estados do Sudeste e do Centro-Oeste do Brasil vão enfrentar uma onda de calor que deve se estender pelo menos até sexta-feira (10). A informação é do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), que nesta quarta-feira (8) emitiu alerta de nível amarelo para São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás. Esse aviso é dado sempre que a previsão indicar que a temperatura deve ficar 5°C acima da média pelo período de pelo menos dois dias consecutivos.

Em São Paulo, a capital está em estado de atenção para altas temperaturas, decretado pela Defesa Civil Municipal. De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE), o ar quente e seco mantém o tempo estável nesta quinta-feira (9). Os termômetros oscilam entre a mínima de 20°C ao amanhecer e a máxima de 34°C no meio da tarde, segundo a Meteoblue.

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Na sexta-feira (10), a mínima será de 20°C e a máxima de 28°C, e não há expectativa de chuva.

A cidade de São Paulo registrou no dia 24 de setembro a maior temperatura do ano, 36,8ºC, segundo dados do Inmet. De quebra, o recorde de calor em 2023 até agora na capital paulista também foi o mais elevado para o mês de setembro desde 1943, ano em que o Inmet começou a fazer as medições.

Pelo País

Em alguns municípios, principalmente dos Estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, as temperaturas máximas devem superar os 42°C neste semana. Na tarde de terça-feira, 7, o município de Porto Murtinho, no Mato Grosso do Sul, já registrou 42,3°C. Em Cuiabá, no Mato Grosso, a temperatura chegou a 40,4°C.

Segundo a previsão, o forte calor deve continuar ao longo da próxima semana, mas a área de abrangência do fenômeno deve sofrer alterações. O Inmet segue monitorando a situação. A partir do sábado, 11, se a situação persistir, o aviso de onda calor será atualizado e poderá se expandir ou até mesmo ter o seu nível de severidade alterado.

Previsão do tempo para esta quinta-feira, de acordo com a Meteoblue

- São Paulo: entre 20ºC e 34ºC;

- Belo Horizonte: entre 16ºC e 30ºC;

- Cuiabá: entre 28ºC e 37ºC;

- Goiânia: entre 23ºC e 36ºC;

- Campo Grande: entre 27ºC e 36ºC.

Associada às alterações sexuais, de humor e ondas de calor e frio, a menopausa é o período de transição da fase reprodutiva para a fase pré-menopausa em mulheres entre 45 e 55 anos de idade. Confira a seguir, cinco maneiras para lidar com cada problema na menopausa, segundo especialistas. 

Gerencie o estresse: Nessa fase, a mulher apresenta alterações de humor, ficando mais irritada do que o normal e também com sintomas depressivos.   

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Faça exercícios regularmente: É comum que a mulher se sinta mais cansada com atividades do dia a dia e fique desanimada.  

Cuide da alimentação: A queda hormonal também impacta o funcionamento do metabolismo, que fica mais lento e dificulta a manutenção da massa magra do corpo. Como resultado, a mulher tende a ganhar mais peso, mesmo realizando atividade física regular.    

Controle os horários de sono: Por conta das ondas de calor, é comum que as mulheres durante o climatério sintam dificuldades para dormir. Além disso, a oscilação hormonal provoca insônia ou piora a qualidade do sono.  

Tenha um objeto para aliviar o calor: Conhecidas como fogachos, trazem a sensação de calor em diferentes partes do corpo, como colo, face e pescoço. Podem ser leves ou intensas e ocorrer durante o dia ou à noite. Em alguns casos, há a sensação de sufocamento e vermelhidão no rosto.

O Grande Prêmio do Catar aconteceu neste domingo (8) com um Redbull e duas McLarens no pódio. Porém, o foco principal da corrida foi o calor e umidade alta que atrapalharam a vida dos pilotos. A alta temperatura fez com vários passassem mal durante e depois da prova.

O calor extremo no Catar neste período é comum. A última corrida que foi realizada no Catar foi no ano de 2021, em novembro, onde a temperatura é "mais baixa". Justamente por isso, recebeu a Copa do Mundo de 2022 no mesmo período.

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Um dos casos que mais chamou atenção foi do francês Esteban Ocon que vomitou no próprio capacete quando estava entre as voltas 15 e 16. Ocon relatou a equipe pelo rádio ao final da prova o que havia acontecido

“Foi bem quente. Eu não contei a vocês, mas vomitei na volta 15”,  disse Ocon.

O calor era tão grande que teve piloto perdendo a consciência no momento da corrida e após a bandeirada.

O canadence Lance Stroll da Aston Martin relatou que chegou a perder a consciência por alguns segundos ainda na pista, por conta da combinação da força G nas curvas e a alta temperatura dentro do carro.

“Essas temperaturas... tudo ficava borrado, nas curvas de alta velocidade estávamos quase desmaiando. A pressão ficando baixa. Com a força G nas curvas de alta, nas últimas 20 voltas já não dava pra enxergar mais nada, porque era como se perdêssemos a consciência nesses trechos”, disse, em um entrevista à SkySportsF1.

Após o término da corrida, Stroll teve dificuldade de sair do carro, e foi direto para ambulância.

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Os dois pilotos da Williams tiveram bastante dificuldade para sair do carro e tiveram a ajuda dos mecânicos.

O americano Logan Sargent, da Williams, não conseguiu terminar a prova e abandonou na volta 40. Já o seu companheiro de equipe, Alex Albon, terminou a prova em 13º, mas precisou ser levado para o centro médico.

Carros quentes

Além do esgotamento físico, os pilotos tiveram que lidar com o superaquecimento dos carros.

O espanhol Fernando Alonso reclamou muito do assento estar muito quente, pedindo para que a equipe fizesse algo, mas estava fora de alcance. Alex Albon relatou o mesmo problema à Williams.

George Russell da Mercedes encontrou uma solução breve para os seus problemas, Russell abriu a viseira em alguns momentos e também chegou a pilotar sem a mão no volante para se refrescar.

Lando Norris, que usou o mesmo recurso, relatou que alguns pilotos desmaiaram enquanto estavam no centro médico.

“Foi uma corrida difícil. Alguns pilotos quase desmaiaram no centro médico. Isso mostra o quão difícil é nosso trabalho. É fácil dizer que temos que preparar melhor, mas estamos expostos a 50, 60 graus no cockpit, não é algo normal para o corpo humano. Até pra mim, em alguns momentos minha visão ficou borrada, e isso é perigoso. Chegamos ao limite do corpo humano nessa corrida”, disse ele, em entrevista coletiva na zona mista.

Vencedores da batalha

Lando Norris e Verstappen se enxugam após corrida do calor. Foto:Ben Stansall / AFP

A exaustão não fugiu nem de quem tava no pódio, com Max Verstappen em primeiro, Oscar Piastri em segundo e Lando Norris em terceiro, os pilotos chegaram esgotados na antessala do pódio, Oscar Piastri deitou no chão assim que chegou na sala.

O tricampeão Max Verstappen também sentou no chão, e ainda brincou pedindo uma cadeira de rodas.

A onda de calor extremo em pleno fim de inverno e começo de primavera pegou muita gente de surpresa neste ano. Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), 2023 teve o mês de setembro mais quente dos últimos 80 anos. E, com a chegada de outubro, o calor deve persistir, junto às chuvas no Sul do País.

Segundo a Climatempo, diferente de setembro, o mês de outubro é historicamente um mês de temperaturas mais altas, e é possível que a onda de calor recorde que aconteceu na primavera de 2020 volte a se repetir em 2023. Além disso, o El Niño deve continuar influenciando o clima global e do Brasil.

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"Este evento já é considerado forte e o fenômeno vai atuar durante toda a primavera de 2023 e o verão de 2023/2024. Os principais centros de monitoramento do clima global apontam que o El Niño enfraqueça somente durante o outono de 2024?, diz a Climatempo.

Em outubro, o efeito do El Niño esperado para o Brasil é de intensificação das chuvas no Sul e diminuição das precipitações no Norte e Nordeste. Ou seja, há grandes chances de novas enchentes no Rio Grande do Sul e uma piora no quadro - já grave - de seca no Amazonas.

Por todo o Brasil, deve haver certa instabilidade no ciclo de chuvas. "Vai ser comum termos períodos de três a cinco dias praticamente sem nenhuma chuva, que é um reflexo dessa irregularidade, dessa mudança da circulação de ventos causada pelo El Niño", diz Vinícius Lucyrio, meteorologista da Climatempo.

Vale lembrar que o El Niño é um fenômeno provocado pelo aquecimento das águas do oceano Pacífico próximo à linha do Equador, na altura da costa do Peru.

Apesar dessa elevação de temperatura ser comum nesta época do ano, pela maior incidência de raios solares na região, dada a posição da terra em relação ao Sol, o fenômeno - assim como seus efeitos - são intensificados pelas mudanças climáticas.

Altas temperaturas por todo o Brasil

O El Niño também ajuda a causar mais áreas de alta pressão atmosférica, que intensificam o calor. Por isso, é possível que haja novas ondas de calor extremo.

Segundo a Metsul, as altas temperaturas devem perdurar por todo o Brasil em outubro, mas principalmente no Centro-Oeste, onde o tempo fica mais seco. Já no Sul e no Sudeste, a incidência maior de chuvas deve ajudar a barrar a expansão do calor a um estado extremo; a tendência é de dias quentes e noites mais amenas.

No mapa de calor para outubro da Climatempo, é possível ver que a temperatura deve ficar acima da média em todo o país. Na área em vermelho, que abrange a maior parte do País e especialmente o seu centro, as temperaturas podem ficar de 2°C a 3°C acima da média normal. Já nas áreas em rosa, as temperaturas sobem menos: até 1°C acima das médias climatológicas normais.

Essa previsão significa que, em São Paulo, onde a temperatura máxima média para o mês de outubro costuma ser 24ºC e a mínima 16ºC, em 2023 deveremos ter termômetros marcando entre 18ºC e 26ºC, em média.

A intensa e longa onda de calor que atingiu o Brasil desde 17 de setembro de 2023 está chegando ao fim. Em alguns Estados, a máxima passou de 40°C nos últimos dias. Conforme a Climatempo, a mudança climática se deve à formação de uma frente fria no Sul do País, associada a um ciclone extratropical, e o enfraquecimento do grande sistema de alta pressão atmosférica sobre o Centro-Oeste e o Sudeste.

Partes do Sudeste e do Centro-Oeste ainda vão registrar altas temperaturas até esta quinta-feira (28). Já a região Sul sentirá os efeitos ainda nesta quarta-feira (27) em razão da frente fria e do ciclone.

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"O ar frio de origem polar entra no Sul e vai fazer um friozinho nos próximos dias. As temperaturas ficam amenas pelo menos até domingo, 1º", acrescenta a empresa brasileira de meteorologia.

O ciclone extratropical que se formou em alto-mar próximo à costa de Santa Catarina e ao litoral norte do Rio Grande do Sul entre a noite de terça-feira (26) e a madrugada desta quarta intensifica a instabilidade na região com muita chuva, vento e tempo severo, conforme a Defesa Civil gaúcha.

"O ciclone vai trazer vento forte com rajadas ocasionalmente intensas mais na área da Lagoa dos Patos, setor sul da Grande Porto Alegre, leste da Serra, litoral norte gaúcho, planalto sul catarinense e a costa catarinense", acrescenta a MetSul.

Nestas áreas, em média, as rajadas devem ficar entre 60 km/h e 80 km/h, mas com picos de 80 km/h a 90 km/h em alguns setores da orla e até de 100 km/h ou mais nas montanhas da Serra do Mar.

Enquanto o fenômeno climático se afasta rapidamente na quinta-feira da costa do Sul do Brasil, a frente fria avança na direção de São Paulo e do Mato Grosso do Sul.

No entanto, a frente fria avança sobre o Sudeste e encontra calorão, o que aumenta o risco de temporais nesta quarta-feira em São Paulo.

Conforme a empresa Meteoblue, a temperatura cai drasticamente em São Paulo a partir desta quinta-feira. Há ainda previsão para chuva até domingo.

Previsão para São Paulo nos próximos dias:

Quarta-feira: entre 17ºC e 31ºC

Quinta-feira: entre 15ºC e 17ºC

Sexta-feira: entre 15ºC e 21ºC

Sábado: entre 16ºC e 27ºC

Domingo: entre 17ºC e 21ºC

Segunda-feira: entre 16ºC e 22ºC

Segundo a Climatempo, as pancadas de chuva vão ocorrer em praticamente toda a região Sudeste e as temperaturas tendem a voltar ao normal.

Ainda nesta quarta, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo podem registrar 40°C ou mais, mas as temperaturas já começam a ficar mais amenas a partir desta quinta-feira.

Depois de a cidade de São Paulo registrar recorde de calor no ano, com 36,8ºC, conforme medição do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a temperatura na capital paulista deve se manter alta até quarta-feira (27), segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências da Prefeitura (CGE).

A previsão do órgão para esta semana de Primavera é que a cidade ainda sinta os efeitos de uma massa de ar quente e seca, e que o alívio ao calor aconteça no fim da semana, a partir de quinta (28), com a presença de pancadas de chuva.

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A segunda-feira, 25, de acordo com o GCE, terá predomínio de sol entre poucas nuvens, e a temperatura deve atingir 30°C nas horas de maior aquecimento.

Os índices de umidade do ar ficam ligeiramente acima dos 30%. O dia vai terminar com aumento da nebulosidade, mas não há previsão para chuvas, informa o órgão.

A terça, 26, deve apresentar nova elevação das temperaturas, "que poderá chegar aos 34°C nas horas de maior aquecimento", afirma o Centro de Gerenciamento de Emergências, o que vai diminuir os índices de umidade do ar e provocar uma queda até a casa dos 28%. A previsão é que, no final da tarde, a chegada de uma brisa marítima aumente a nebulosidade, mas com baixa probabilidade de ocorrência de chuvas.

"A massa de ar quente e seco deve continuar atuando pelo menos até a próxima quarta-feira, 27, e, o calorão, só deve diminuir a partir da quinta-feira, 28, com a previsão do retorno das chuvas na forma de pancadas isoladas em São Paulo", diz o GCE. "Até lá, recomenda-se especial atenção com a saúde e o meio ambiente. O ar seco dificulta a dispersão de poluentes e favorece a formação de queimadas, que prejudicam a qualidade do ar, além de elevar os riscos à saúde humana, principalmente em idosos e crianças."

O Inmet também aponta para a permanência do calor, com temperaturas podendo chegar aos 35ºC na quarta-feira em São Paulo. Segundo o órgão, há chances de a capital paulista apresentar pancadas de chuva isoladas ao longo de toda a semana, diferente do previsto pelo CGE.

Confira a previsão do tempo do Inmet para os próximos dias em São Paulo

* Segunda-feira, 25: Mínima de 19ºC / Máxima de 30ºC;

* Terça-feira, 26: Mínima de 18ºC / Máxima de 34ºC;

* Quarta-feira, 27: Mínima de 17ºC / Máxima de 35ºC;

* Quinta-feira, 28: Mínima de 14ºC / Máxima de 20ºC.

Primavera 'com cara de verão'

De acordo com a Defesa Civil de São Paulo, os meteorologistas do órgão preveem que a Primavera seja marcada pelas altas temperaturas e semelhante ao verão, com dias quentes e pancadas de chuvas em alguns momentos.

"Devido ao El Niño, a primavera terá características bem típicas do verão, ou seja, teremos dias quentes que no decorrer das horas, devido à soma do calor com a umidade proveniente do oceano, criará condições para pancadas de chuva forte, seguidas por raios, vento e até mesmo queda de granizo", disse o órgão.

Os modelos meteorológicos da Defesa Civil indicam que o início de outubro será mais seco, enquanto a segunda quinzena do mês tende a ter mais episódios de chuva, porém em forma de pancadas isoladas. Um frio mais intenso poderá ser sentido no final do mês.

Aumento de 102% nos atendimentos por exposição ao calor

O calor intenso, que tem sido sentido em outros períodos do ano, reverbera também na saúde da população. O Estado de São Paulo registrou nos sete primeiros meses do ano cinco óbitos e aumento de 102,5% nos atendimentos ambulatoriais e internações causadas pela exposição ao calor, na comparação com o mesmo período de 2022. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde na sexta-feira, 22, e não levam em consideração os meses de agosto e setembro.

De acordo com os dados da pasta, foram 312 atendimentos realizados em 2023 ante 154 no mesmo período do ano passado. Pessoas acima dos 60 anos, crianças com menos de quatro anos e pessoas com deficiência cognitiva são as mais afetadas e se enquadram no grupo de risco. Este público tem capacidade reduzida de perceber ou comunicar quando estão com sede e de regular a própria temperatura corporal.

O Estado de São Paulo registrou nos sete primeiros meses do ano aumento de 102,5% nos atendimentos ambulatoriais e internações causadas pela exposição ao calor, na comparação com o mesmo período de 2022. Foram cinco óbitos no período. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde nesta sexta-feira, 22, semana em que grande parte do Brasil enfrenta uma onda de calor.

De acordo com os dados da pasta, foram 312 atendimentos realizados em 2023 ante 154 no mesmo período do ano passado. Pessoas acima dos 60 anos, crianças com menos de quatro anos e pessoas com deficiência cognitivas são as mais afetadas e se enquadram no grupo de risco. Este público tem capacidade reduzida de perceber ou comunicar quando estão com sede e de regular a própria temperatura corporal.

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As informações da secretaria não levam em consideração os dados de agosto e setembro. A depender do calor feito nestes dois meses, e considerando a tendência de aumento das temperaturas no período de primavera, esses números devem aumentar.

O problema de altas temperatura, no entanto, está longe de ser uma particularidade do Brasil. Segundo a Agência Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), que faz registro de temperatura global há 174 anos, agosto de 2023 foi o mais quente já visto na comparação com todos os outros agostos do anos anteriores.

A previsão é de que o calor na capital paulista atinja seu pico neste final de semana, que marca o fim do inverno e início da primavera. Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Prefeitura, os termômetros podem registrar 36ºC na tarde de domingo, 24. Se confirmado, será a temperatura mais alta do ano até agora. O recorde atual é desta sexta-feira: 34,7ºC.

Sem previsão de chuva, o sol predomina e mantém o tempo abafado. De acordo com CGE, a taxa de umidade cai de 28% (prevista para o sábado) para 23%, no domingo. As consequências dessa baixa umidade são a concentração de poluentes no ar e os riscos de queimadas, que podem agravar ainda mais problemas de saúde, principalmente respiratórios.

Para passar por esse período de altas temperaturas de forma mais saudável, os especialistas recomendam a ingestão de líquidos (de 1,5 litro a 2 litros), ao longo do dia; manter os ambientes ventilados, arejados e frescos; usar roupas leves e não fazer exercícios físicos no momento do dia em que o calor está mais intenso - a sugestão é fazer antes das 10h e depois das 16h.

A recomendação é observar o comportamento do público que está no grupo de risco, e que não pode ou consegue verbalizar o que sente. Crianças pequenas, por exemplo, ficam mais chorosas, irritadas, sonolentas e com a pele avermelhada. A queda na frequência de urina também é um sinal de que estão sentidos os efeitos do calor.

Idosos também merecem atenção especial por terem mais chances de apresentar quadros de desidratação. Por estarem sujeitos a doenças como diabetes e hipertensão, eles perdem mais água pela urina por causa da medicação.

Outro fator que contribui para desidratação em pessoas mais velhas é a diminuição natural das funções do hipotálamo, que tem a função de regular a temperatura do corpo. Com o comprometimento dessa região do cérebro, o idoso sente menos sede e, por isso, ingere menos líquido do que deveria.

Sinais de sonolência, letargia, fraqueza, dores de cabeça persistentes, tontura, náusea, vômito e convulsões podem ser indicativos de desidratação e aquecimento corporal. Em bebês, a moleira pode apresentar uma leve depressão. Qualquer pessoa que apresentar esses sintomas, independente da idade, deve buscar assistência médica.

A onda de calor que atinge grande parte do País nesta última semana de inverno fez o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitir um alerta vermelho de grande perigo com risco à saúde aos moradores de nove Estados.

O aviso é válido até as 18h de domingo (24). Há risco de incêndios florestais e à saúde, como ressecamento da pele, desconforto nos olhos, boca e nariz.

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Veja os Estados mais afetados pela onda de calor

Paraná

São Paulo

Minas Gerais

Mato Grosso do Sul

Mato Grosso

Tocantins

Goiás

Pará

Rio de Janeiro

Na cidade de São Paulo, por exemplo, uma grande massa de ar quente e seco vai ganhar força e deve permanecer até o domingo. A expectativa é de novos recordes de temperatura máxima. Em contrapartida, os índices de umidade estarão em declínio, abaixo dos 30%.

A quinta-feira, 21, terá predomínio de sol e poucas nuvens. Os termômetros oscilam entre a mínima de 16°C na madrugada e a máxima de 32°C à tarde. A sexta-feira, 22, será ensolarada e quente. Mínima de 18°C e máxima de 33°C.

Fique atento aos principais cuidados:

Beba bastante líquido

Atividades físicas não são recomendadas

Evite exposição ao sol nas horas mais quentes do dia

Use hidratante para pele e umidifique o ambiente

Se necessário, acione a Defesa Civil (telefone 199) e o Corpo de Bombeiros (telefone 193)

Após uma rápida frente fria nos últimos dias, que derrubou a temperatura na cidade de São Paulo, os primeiros dias da semana terão sol e altas temperaturas em grande parte do Brasil. Meteorologistas apontam potencial de quebras de recordes de calor para o mês de setembro.

O motivo do calor é a presença de uma massa de ar extremamente quente, que vai cobrir o Brasil nos próximos dias.

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As altas temperaturas deverão ser registradas em vários Estados, com o calor "muito intenso" ou "extremo", caracterizado por marcas próximas de 40ºC, segundo a MetSul Meteorologia.

É o que deve acontecer nos Estados do Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal, Rondônia, Amazonas, Pará, Tocantins, Bahia, Piauí e Maranhão.

A cidade de São Paulo é um dos locais em que a temperatura pode bater recordes de calor. De acordo com a MetSul, a temperatura ficará perto ou acima de 40ºC no interior. Já na capital, as marcas podem se aproximar de 37ºC a 39ºC.

Temperaturas semelhantes ocorreram entre setembro e outubro de 2020. À época, uma bolha de calor se instalou na região sob um padrão de bloqueio atmosférico, com vários dias de calor extremo.

Calor e baixa umidade

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta para baixa umidade na maior parte do País. Um território que abrange quase todo o Sudeste e o Centro-Oeste e parte do Nordeste, do Norte e do Sul está em alerta.

A maior temperatura registrada oficialmente até hoje no Brasil foi de 44,8°C em Nova Maringá (MT) em 4 e 5 de novembro de 2020. "Recordes mensais, e em algumas cidades até absolutos, podem cair neste evento de calor extremo", prevê a MetSul.

O Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Prefeitura de São Paulo faz previsões semelhantes. Na segunda-feira, 18, o tempo continua seco e ensolarado. Os termômetros variam entre 17°C e 33°C.

Os índices de umidade continuam baixos, com valores abaixo dos 30% no período da tarde. O cenário deve se manter na terça-feira, 19.

Não há previsão de chuva em São Paulo nos próximos dias. O CGE alerta ainda que essas condições meteorológicas dificultam a dispersão de poluentes, além de favorecer a formação e propagação de queimadas, o que prejudica a qualidade do ar principalmente nos grandes centros urbanos.

As temperaturas médias mundiais durante os três meses do verão no hemisfério norte (junho-julho-agosto) foram as mais elevadas já registradas, anunciou nesta quarta-feira (6) o observatório europeu Copernicus, para o qual 2023 provavelmente será o ano mais quente da história.

"A estação junho-julho-agosto 2023", que corresponde ao verão no hemisfério norte, "foi de longe a mais quente já registrada no mundo, com uma temperatura média mundial de 16,77 graus Celsius", anunciou o Copernicus.

O resultado ficou 0,66°C acima da média no período 1991-2020, que também registrou um aumento das temperaturas médias do planeta devido à mudança climática provocada pela atividade humana. E muito superior - quase dois décimos - ao recorde anterior de 2019.

"E dado o excesso de calor na superfície dos oceanos, 2023 provavelmente será o ano mais quente (...) que a humanidade já conheceu", declarou à AFP Samantha Burgess, vice-diretora do serviço de mudança climática (C3S) do Copernicus.

"O colapso climático começou", lamentou o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, em um comunicado.

"Os cientistas alertam há muito tempo sobre as consequências de nossa dependência dos combustíveis fósseis", acrescentou.

"Nosso clima está implodindo mais rápido do que podemos enfrentar, com fenômenos meteorológicos extremos que afetam todos os cantos do planeta", destacou.

Julho foi o mês mais quente já registrado na história, e agosto o segundo, detalhou o Copernicus.

E nos oito primeiros meses do ano, a temperatura média do planeta está "apenas 0,01°C atrás de 2016, o ano mais quente já registrado".

O recorde deve cair em breve, levando em consideração as previsões meteorológicas e o retorno do fenômeno climático 'El Niño' no Oceano Pacífico, que resultará em mais aquecimento.

Depois de uma semana de calor recorde, chegou a hora da chuva e das temperaturas mais amenas. Os 32,2ºC registrados na capital paulista nessa quinta-feira (24) darão lugar a uma máxima de 15ºC no domingo (27). Há 90% de chances de chuvas no final de semana. Mas o que explica essa mudança logo depois dos dias de forte calor?

Segundo os meteorologistas, trata-se da chegada de uma frente fria a partir do sul do País. "A mudança na circulação dos ventos sobre o País causada por essa frente fria, e o ar frio de origem polar trazido por ela, vão causar uma brusca queda de temperatura nesta sexta-feira (25) e no fim de semana", explica o Climatempo.

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"Uma massa de ar frio de grande extensão e forte no sul vai avançar pelo Brasil até o fim de semana, derrubando a temperatura em vários Estados que neste momento amargam calor excepcional para o mês de agosto", acrescenta a Metsul.

"Nesta sexta, ar mais frio avança pelo Paraná (exceção do norte) e chega ao sul ao leste do Estado de São Paulo. No sábado, a massa de ar mais frio toma conta de São Paulo, do sul de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, assim como do Mato Grosso do Sul. A temperatura declina ainda no fim de semana no Mato Grosso, Goiás, grande parte de Minas Gerais e no Espírito Santo", informa a plataforma de meteorologia.

A Metsul é ainda mais enfática e alerta que o tempo "muda radicalmente" já a partir desta sexta no interior do Estado de São Paulo. "Chuva, que pode ser localmente forte e com risco de temporais de vento forte e granizo, deve atingir o sul e o leste paulista da tarde para a noite desta sexta e ainda durante a madrugada do sábado", considera a empresa de meteorologia.

Estados do Sul terão frio

A Região Sul do Brasil não sofreu com o forte calor dos últimos dias do restante do País e terá temperaturas ainda mais baixas neste final de semana. Isso acontece devido a um reforço na massa de ar polar. "Há condições para geada na fronteira com o Uruguai, na região da Campanha Gaúcha", informa o Climatempo.

No Centro-Oeste, por sua vez, o ar quente e seco permanece nesta sexta-feira, além das temperaturas elevadas. Mas isso trará chuvas. O ar úmido avança do norte do Brasil para o Mato Grosso, o que pode resultar em pancadas de chuva no Mato Grosso, exceto na parte leste do Estado. Pode chover à tarde também na divisa de Goiás com o Mato Grosso do Sul.

Em pleno inverno, há possibilidade de ocorrência nos próximos dias de episódios de ondas de calor em diferentes regiões do Brasil, de acordo com informativo divulgado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

As temperaturas máximas devem continuar superiores a 28°C, podendo ultrapassar 38°C em áreas das regiões Centro-Oeste, Sudeste, Norte e interior do Nordeste. Nesta terça-feira )22) as temperaturas máximas podem ultrapassar 30°C em praticamente todo o Brasil, sendo superiores a 40°C em áreas de Mato Grosso.

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Temperaturas máximas para os próximos dias (segundo a Climatempo):

- Cuiabá: 42°C

- Manaus: 39ºC

- Rio de Janeiro: 39°C

- Campo Grande: 37°C

- Goiânia: 37°C

- Porto Velho: 37°C

- Teresina: 37ºC

- Belém: 35ºC

- Brasília: 34°C

- São Paulo: 34°C

Na região Sudeste, o tempo ficará seco e sem chuvas, principalmente, em áreas do oeste de São Paulo, Triângulo Mineiro e norte de Minas Gerais.

No interior paulista, o calor mais intenso deve ser registrado nas faixas oeste e noroeste, principalmente nas regiões de Jales e Araçatuba, onde os termômetros devem passar dos 40°C durante as tardes, principalmente nas próximas quarta e quinta-feira.

Nessas regiões é preciso atenção redobrada para o índice de umidade relativa do ar, que deve ficar abaixo dos 20%, aumentando o risco de incêndios florestais.

Na capital e na região metropolitana de São Paulo, a temperatura máxima poderá chegar aos 34°C e a umidade relativa do ar vai chegar a 25%, o que caracteriza nível de atenção.

Por causa do tempo seco, a Defesa Civil alerta para que a população não incendeie áreas de vegetação nem jogue bitucas de cigarro em rodovias. Além de causar incêndios de grande proporção, essas condutas são crimes ambientais.

Com o calor, é recomendável que as pessoas bebam bastante água e se protejam do sol, além de evitar exercícios físicos ao ar livre nos horários mais quentes do dia.

Medições globais

Cientistas da Agência Aeroespacial dos Estados Unidos (Nasa) confirmaram na semana passada que julho foi o mês mais quente desde que as medições globais foram feitas. Na ocasião, eles também alertaram que 2024 será um ano ainda mais quente do que está sendo 2023.

"O que estamos vendo aqui é anômalo e está acima da tendência esperada. Prevemos que 2023 não será apenas excepcionalmente quente, mas 2024 será ainda mais quente", disse, durante uma conferência, Gavin Schmidt, diretor do Goddard Institute for Space Studies, um instituto de estudos espaciais da Nasa.

Um novo estudo da Unicamp detalha os efeitos das mudanças climáticas em Campinas, cidade de 1,1 milhão de habitantes no interior do Estado. Entre 1989 e o ano passado, a média das temperaturas máximas locais subiu 1,2ºC. E se não frearmos as emissões de gases de efeito estuda, a alta não deve parar por aí.

Julho de 2023 bateu o recorde de mês mais quente já registrado na Terra, 0,33 grau Celsius acima do recorde anterior, de julho de 2019, anunciou nesta terça-feira (8) o observatório europeu Copernicus.

O mês passado também foi marcado por ondas de calor e incêndios em todo o mundo, com temperaturas médias na atmosfera 0,72ºC mais elevadas que as médias registradas para julho entre 1991 e 2020.

A dúvida entre os cientistas era reduzida: em 27 de julho os especialistas já consideravam "extremamente provável" que julho de 2023 seria o mês mais quente já registrado, com todas as estações combinadas.

Nas palavras do secretário-geral da ONU, António Guterres, a humanidade saiu da era do aquecimento global para entrar na era da "ebulição global".

Os oceanos também são vítimas do fenômeno preocupante: as temperaturas registradas na superfície do mar estão muito elevadas desde abril e os níveis registrados em julho não têm precedentes.

O recorde absoluto foi batido em 30 de julho, com 20,96°C. Durante todo o mês, a temperatura na superfície do mar ficou 0,51°C acima da média (1991-2020).

- "Fenômenos extremos" -

"Acabamos de testemunhar as temperaturas globais do ar e as temperaturas globais da superfície dos oceanos estabelecendo novos recordes históricos. Os recordes têm consequências terríveis para as pessoas e para o planeta, que estão expostos a eventos extremos cada vez mais frequentes e intensos", afirmou Samantha Burgess, vice-diretora do serviço europeu Copernicus sobre Mudanças Climáticas (C3S).

Os sinais do aquecimento global provocado pelas atividades humanas - começando pelo uso de combustíveis fósseis (carvão, petróleo, gás) - foram registrados simultaneamente em todo o planeta.

A Grécia sofreu grandes incêndios, assim como o Canadá, que também registrou inundações.

As ondas de calor sucessivas no sul da Europa, norte da África, sul dos Estados Unidos e parte da China também provocaram muitos danos.

A rede científica 'World Weather Attribution' (WWA) concluiu que as recentes ondas de calor na Europa e nos Estados Unidos teriam sido "praticamente impossíveis" sem o efeito da atividade humana.

O observatório Copernicus também indica que gelo marinho antártico atingiu o menor nível para um mês de julho desde o início das observações por satélite, 15% abaixo da média do mês.

- "Emergência" -

"2023 é o terceiro ano mais quente até o momento, 0,43°C acima da média recente, e uma temperatura média global em julho 1,5°C acima dos níveis pré-industriais", acrescenta Samantha Burgess.

O resultado de 1,5°C é muito simbólico porque pé o limita mais ambicioso estabelecido pelo Acordo de Paris de 2015 para limitar o aquecimento global.

Porém, o limite a que se refere este acordo internacional envolve médias de muitos anos e não de apenas um mês.

"Embora tudo isto seja apenas temporário, mostra a urgência de esforços ambiciosos para reduzir as emissões globais de gases de efeito estufa, que são a principal causa dos recordes”, conclui Samantha Burgess.

E é possível que o ano de 2023 não tenha encerrado sua temporada de recordes.

"Para 2023 esperamos um final de ano relativamente quente com o desenvolvimento do fenômeno do El Niño", recorda o Copernicus.

O fenômeno climático cíclico sobre o Pacífico é, de fato, sinônimo de aquecimento global adicional.

Um vídeo que viralizou nas redes sociais na última semana mostra um homem desesperado tentando quebrar os vidros do próprio carro para salvar seu bebê que acidentalmente ficou preso dentro do veículo. De acordo com a imprensa dos Estados Unidos, as imagens foram capturadas em um estacionamento na cidade de Harlingen, no Estado do Texas, que no dia sofria com um calor de 38ºC.

As imagens mostram o pai da criança repetidamente batendo no para-brisa do veículo com o que parece ser uma chave de roda, e algumas pessoas que acompanham a angústia do homem podem ser vista ao redor dele. Ao conseguir quebrar o vidro, uma mulher entra no carro e alcança a criança.

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Segundo os jornais locais, não ficou imediatamente claro quanto tempo o bebê ficou dentro do carro, mas a Administração Nacional de Segurança no Trânsito Rodoviário dos Estados Unidos diz que leva apenas 10 minutos para um carro esquentar 20 graus.

O sargento Larry Moore, do Departamento de Polícia de Harlingen, explicou ao jornal texano San Antonio Express-News que os pais trancaram acidentalmente o bebê no carro com as chaves dentro. A polícia foi chamada após o resgate da criança. Ela recebeu atendimento e passava bem. O Texas é uma das várias regiões dos Estados Unidos que tem sofrido com temperaturas intensas nas últimas semanas.

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A onda de calor que afeta o hemisfério norte prossegue nesta terça-feira (18) com incêndios ativos na Grécia e nos Estados Unidos, assim como um possível recorde de temperatura para o continente europeu na Itália.

As autoridades de saúde emitiram alertas para calor extremo nos Estados Unidos, Europa e Ásia, com recomendações para hidratação constante e para que que as pessoas se protejam do sol, em mais uma demonstração dos efeitos diretos da mudança climática.

A Europa, o continente com o ritmo de aquecimento mais rápido do mundo, pode registrar recordes de temperatura nas ilhas italianas da Sicília e da Sardenha, onde a agência espacial europeia prevê que os termômetros devem alcançar 48ºC.

O recorde atual de temperatura no continente é 48,8º graus centígrados, registrados na Sicília em 2021, confirmou na segunda-feira a Organização Meteorológica Mundial (OMM) da ONU.

"O recorde pode ser quebrado nos próximos dias", alertou a agência espacial europeia.

O mundo acaba de vivenciar o mês de junho mais quente da história e julho pode seguir o mesmo caminho, de acordo com a OMM.

- Incêndios na Grécia -

O calor também é sufocante na Grécia, com picos de até 44ºC e vários incêndios perto de Atenas, que provocaram a fuga de 1.200 crianças de um acampamento de verão ameaçado pelas chamas em Loutraki, 80 km ao oeste da capital.

Os bombeiros lutavam contra incêndios em Kouvaras e nas localidades turísticas de Lagonissi, Anavyssos e Saronida, todas na região de Atenas. Muitos moradores abandonaram a região

O incêndio mais violento acontecia na floresta de Dervenochoria, 50 quilômetros ao norte de Atenas.

O secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial (OMM), Petteri Taalas, alertou que os "fenômenos meteorológicos extremos têm importantes repercussões na saúde humana, nos ecossistemas, na economia, na agricultura, na energia e no abastecimento de água".

Ele insistiu na urgência de reduzir as emissões de gases do efeito estufa.

As autoridades italianas alertaram a população para "uma das ondas de calor mais intensas de todos os tempos". Na capital Roma, a temperatura atingiu 39ºC na segunda-feira.

No Chipre, o termômetro superou 40 graus, enquanto na Espanha chegou a 44,7ºC na cidade de Jaén (sul).

- "Ameaça para a humanidade" -

Na Ásia, as temperaturas elevadas se alternam com chuvas torrenciais, em parte provocadas pelo acúmulo de água evaporada na atmosfera.

A China registrou a temperatura de 52,2ºC no domingo, na região de Xinjiang (oeste), um recorde para meados de julho. O Japão emitiu alertas para temperaturas elevadas em 32 dos 47 municípios do país.

No Vietnã e sul da China, 250.000 pessoas procuraram abrigos antes da passagem do tufão Talim.

A Coreia do Sul tem previsão de fortes chuvas até quarta-feira. As tempestades dos últimos dias provocaram 41 mortes no país.

A mudança climática "é uma ameaça para a humanidade", afirmou em Pequim o enviado da Casa Branca para o clima, John Kerry, durante uma viagem para estimular a retomada da cooperação na questão ambiental entre Estados Unidos e China, os dois maiores poluentes do planeta.

- Onda de calor "opressiva" nos EUA -

Nos Estados Unidos, os serviços meteorológicos alertaram para uma onda de calor "opressiva" no sul e oeste do país.

No famoso Vale da Morte, na Califórnia, um dos lugares mais quentes do planeta, a temperatura oficial atingiu 52°C no domingo.

Vários incêndios também afetam o sul do estado e já destruíram mais de 3.000 hectares. Vários moradores foram obrigados a abandonar suas casas.

Na Flórida, a cidade de Miami emitiu o primeiro alerta de "calor excessivo" em sua história. E no Arizona, a capital Phoenix teve o 18º dia seguido com temperaturas acima dos 43ºC, igualando um recorde.

No Canadá, mais de 10 milhões de hectares foram destruídos por incêndios desde o início do ano. Na segunda-feira, 882 focos permaneciam ativos, incluindo 579 considerados fora de controle.

Como em outras ocasiões no último mês, a fumaça desce até os Estados Unidos, provocando alertas pela má qualidade do ar em grande parte do nordeste do país.

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