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As temperaturas no Vale da Morte, que se estende ao longo da fronteira da Califórnia central com Nevada, nos EUA, atingiram 53,3°C neste domingo (16), na região de Furnace Creek, informou o Serviço Meteorológico Nacional.

A temperatura mais alta já registrada foi de 56,6 graus em julho de 1913 na Furnace Creek, disse Randy Ceverny, da Organização Meteorológica Mundial, entidade reconhecida como guardiã de recordes mundiais. Temperaturas iguais ou acima de 54,4°C foram registradas na Terra apenas algumas vezes, principalmente no Vale da Morte.

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Diversos pontos do planeta têm registrado recordes de temperatura, em meio a uma onda de calor que está assando quase todo o planeta. "Com o aquecimento global, essas temperaturas estão se tornando cada vez mais prováveis de ocorrer", disse Ceverny, coordenador de registros da Organização Meteorológica Mundial.

No domingo, no Vale da Morte, os meteorologistas estavam monitorando nuvens altas na área que poderiam manter as temperaturas sob controle. "O recorde absoluto parece estar seguro hoje", disse Matt Woods, meteorologista do escritório do Serviço Meteorológico Nacional em Las Vegas, que monitora o Vale da Morte.

"A longo prazo: o aquecimento global está causando extremos de temperatura mais altos e mais frequentes. A curto prazo: este fim de semana em particular está sendo impulsionado por um padrão de alta pressão extremamente forte sobre o oeste dos EUA."

A onda de calor é apenas uma parte do clima extremo que atinge os EUA no fim de semana. Quatro pessoas morreram na Pensilvânia no sábado, quando chuvas fortes causaram uma inundação repentina que arrastou vários carros. Três outras pessoas, incluindo um menino de 9 meses e uma menina de 2 anos, continuavam desaparecidas.

Em Vermont, as autoridades estavam preocupadas com deslizamentos de terra, já que a chuva continuava após dias de inundação. As temperaturas brutais do Vale da Morte ocorrem em meio a uma sequência de calor intenso que colocou aproximadamente um terço dos americanos sob algum tipo de aviso ou alerta de calor.

As ondas de calor não são tão visualmente dramáticas quanto outros desastres naturais, mas os especialistas dizem que são mais mortais. Uma onda de calor em partes do sul e meio-oeste dos EUA matou mais de uma dúzia de pessoas no mês passado.

Os moradores do oeste dos EUA estão acostumados há muito tempo com temperaturas extremas, e o calor parece ter causado perturbações mínimas na Califórnia durante o fim de semana. Os governos locais abriram centros de resfriamento para pessoas sem acesso a ar-condicionado se manterem frescas.

O calor forçou as autoridades a cancelar corridas de cavalos no fim de semana de abertura da Feira Estadual da Califórnia, enquanto pediam aos frequentadores da feira que se hidratassem e buscassem refúgio em um dos sete prédios com ar-condicionado. Em Las Vegas, as temperaturas atingiram 46,1°C no início da tarde de domingo.

Em Phoenix, as temperaturas atingiram 44,4°C no início da tarde de domingo, o 17º dia consecutivo em que são registradas temperaturas acima dos 43°C. O recorde é de 18 dias seguidos, estabelecido em junho de 1974. Phoenix está a caminho de quebrar esse recorde na próxima terça-feira, 18, disse Gabriel Lojero, meteorologista do Serviço Meteorológico Nacional.

Recordes de calor estão sendo quebrados em todo o sul dos Estados Unidos, da Califórnia à Flórida. Mas vai além disso. É mundial, com calor devastador atingindo a Europa, juntamente com enchentes dramáticas no nordeste dos Estados Unidos, Índia, Japão e China.

Durante quase todo o mês de julho, o mundo esteve em um território de calor desconhecido, segundo o Climate Reanalyzer da Universidade de Maine. Junho também foi o junho mais quente já registrado, de acordo com várias agências meteorológicas.

Os cientistas dizem que há uma boa chance de 2023 ser considerado o ano mais quente já registrado, com medições que remontam ao meio do século XIX. O Vale da Morte domina os recordes mundiais de calor.

No vale, não apenas é quente, mas permanece extremamente quente. Alguns meteorologistas questionaram a precisão do registro de temperatura quente de 110 anos do Vale da Morte, com o historiador do clima Christopher Burt contestando-o por várias razões, que ele explicou em um post em seu blog alguns anos atrás.

As duas temperaturas mais altas já registradas são 56,6°C em 1913 no Vale da Morte e 55°C na Tunísia em julho de 1931.

Burt, historiador do clima para a The Weather Company, questiona ambas as medições e lista 54,4°C em julho de 2021 no Vale da Morte como sua temperatura mais quente registrada na Terra.

Em julho de 2021 e agosto de 2020, o Vale da Morte registrou uma leitura de 54,4°C, mas ambas as marcas ainda aguardam confirmação.

Até agora, os cientistas não encontraram problemas, mas ainda não concluíram a análise, disse Russ Vose, chefe de análise climática da NOAA. Existem outros lugares semelhantes ao Vale da Morte que podem ser igualmente quentes, como o Deserto Lut, no Irã, mas, assim como o Vale da Morte, são desabitados e não há medições lá, disse Burt.

A diferença é que alguém decidiu instalar uma estação meteorológica oficial no Vale da Morte em 1911, acrescentou. Uma combinação de mudanças climáticas causadas pelo homem a longo prazo, devido à queima de carvão, petróleo e gás natural, está tornando o mundo mais quente a cada década, com altos e baixos ano após ano.

Muitos desses altos e baixos são causados pelo ciclo natural do El Niño e La Niña. Um ciclo de El Niño, o aquecimento de parte do Oceano Pacífico que afeta o clima mundial, acrescenta ainda mais calor às temperaturas já em ascensão.

Cientistas como Vose afirmam que a maior parte do aquecimento recorde que a Terra está vivenciando agora é causada pelo aquecimento global causado pelo homem, em parte porque este El Niño começou apenas alguns meses atrás e ainda está fraco a moderado. Não se espera que atinja o pico até o inverno, então os cientistas preveem que o próximo ano será ainda mais quente do que este ano. Fonte: Associated Press.

O sul da Europa está se preparando para uma segunda onda de calor em uma semana, com Espanha, Itália e Grécia, juntamente com Marrocos e outros países mediterrâneos sendo informados de que recordes de temperatura podem ser quebrados na terça-feira, dia 18.

Um novo anticiclone que entrou na região vindo do norte da África no domingo (16) pode elevar as temperaturas acima do recorde de 48,8°C (120F) vistos na Sicília em agosto de 2021, e segue a onda de calor da semana passada.

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A Agência Espacial Europeia (ESA) disse que a próxima semana pode trazer as temperaturas mais altas já registradas na Europa em uma onda de calor chamada Caronte, em homenagem ao barqueiro mitológico grego que transporta almas para o Inferno.

A crise climática está sobrecarregando o clima extremo em todo o mundo, gerando desastres mais frequentes e letais, de ondas de calor a inundações e incêndios florestais. Na segunda-feira passada, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) disse que o planeta experimentou os dias mais quentes já registrados nos primeiros dias de julho, depois de um junho que foi o mais quente já registrado.

Um estudo publicado recentemente na revista Nature disse que mais de 60.000 pessoas morreram por causa das ondas de calor do verão do ano passado em toda a Europa, com as maiores taxas de mortalidade observadas na Itália, Grécia, Espanha e Portugal.

Na Europa, onde o aquecimento avança duas vezes mais rápido que a média mundial, segundo os cientistas, vários países enfrentam temperaturas extremas.

A Itália enfrenta temperaturas recordes e níveis de umidade excepcionalmente altos no domingo, no que o site meteorológico ILMeteo.it descreveu como uma "tempestade de calor", e a situação se intensificará com a chegada na segunda-feira, 17, de outro anticiclone que levará os termômetros a possíveis máximas de 47° C nas áreas do sul da Sardenha e 45° em partes da Puglia e Sicília.

As temperaturas em Roma, lotada de turistas, devem subir para 42°C ou 43°C na terça-feira. Dezesseis cidades italianas, incluindo Roma, Florença, Bolonha, Bari, Cagliari e Palermo, foram colocadas em "alerta vermelho" pelo Ministério da Saúde, o que significa que o calor é tão intenso que representa uma ameaça à saúde de toda a população.

Entre os visitantes estava François Mbemba, um padre congolês de 29 anos. Ele disse que em Roma "faz mais calor que na África". "O calor continua durante a noite e é difícil dormir. E como estamos vestidos de preto, suamos como se estivéssemos no inferno".

As temperaturas noturnas permanecem acima de 20°C. A Itália é um dos países europeus mais vulneráveis aos efeitos das mudanças climáticas, com eventos extremos nos últimos 13 meses responsáveis por mais de 50 mortes.

Luca Mercalli, presidente da Sociedade Meteorológica Italiana, disse ao jornal britânico The Guardian que "não há dúvida" de que as ondas de calor estão ligadas ao aquecimento global. "É muito mais fácil conectar uma onda de calor ao aquecimento global do que, digamos, uma inundação", acrescentou. "As inundações têm um componente ligado às alterações climáticas, mas não sabemos até que ponto, por isso é mais delicado dizer que uma inundação é causada por [alterações climáticas]. Com o calor, não há dúvida - é o fenômeno mais direto que podemos perceber."

A ESA disse: "Itália, Espanha, França, Alemanha e Polônia estão enfrentando uma grande onda de calor, com temperaturas do ar que devem subir para 48°C nas ilhas da Sicília e da Sardenha".

O Marrocos está entre os países do norte da África com temperaturas acima da média, com máximas de 47°C em algumas províncias registradas neste fim de semana - mais típico de agosto do que de julho - gerando preocupações com a escassez de água, disse o serviço meteorológico.

Na ilha canária de La Palma, mais de 4.000 pessoas tiveram de ser retiradas às pressas de suas propriedades depois que um incêndio florestal varreu o noroeste da ilha.

O governo regional disse no domingo que colocou as ilhas vizinhas, incluindo Tenerife e Gran Canaria, em alerta para o risco de incêndios florestais, com 4.500 hectares de terra e várias casas já destruídas em La Palma.

"O fogo avançou muito rapidamente", disse Fernando Clavijo, presidente do governo regional das Ilhas Canárias. Ele culpou "o vento, as condições climáticas e a onda de calor que estamos vivendo" pela rápida propagação das chamas.

Na Grécia, o calor escaldante obrigou a Acrópole a fechar temporariamente entre as 11h30 e as 17h30 para proteger os turistas de temperaturas perigosas, risco de desidratação e insolação.

Temperaturas implacáveis também estão sendo sentidas nos Estados Unidos, onde as condições sufocantes no fim de semana colocaram mais de um terço dos americanos sob alerta de calor extremo. O Serviço Nacional de Meteorologia dos EUA (NWS) informou que uma onda de calor que se estende da Califórnia ao Texas deve atingir o pico durante um "fim de semana extremamente quente e perigoso".

Esperava-se que o parque nacional do Vale da Morte - muitas vezes entre os lugares mais quentes da Terra - igualasse ou superasse seu recorde de calor de 54,4°C. Las Vegas pode experimentar três dias consecutivos com máxima de 46°C, o que aconteceu apenas uma vez antes, informou o NWS. Phoenix, que sofreu um período de duas semanas com temperaturas acima de 43°C com pouco alívio à noite, esperava seu fim de semana mais quente do ano.

O sul da Califórnia está combatendo vários incêndios florestais, incluindo um no condado de Riverside, que queimou mais de 3.000 hectares (7.500 acres) e motivou ordens de retirada da população. Mais ao norte, o governo canadense disse que os incêndios florestais queimaram um recorde de 10 milhões de hectares este ano, com mais danos esperados. (Com agências internacionais).

Dezenas de milhões de pessoas enfrentavam neste domingo (16) uma onda de calor extremo em vários países do hemisfério norte, com previsões de temperaturas recordes nos Estados Unidos, Europa e na Ásia, em mais uma demonstração das consequências da mudança climática.

Nos Estados Unidos, o Serviço Meteorológico Nacional (NWS) prevê uma onda de calor "extremamente perigosa" da Califórnia ao Texas.

Na tarde de sábado, a cidade de Phoenix, no estado do Arizona, registrou 47°C, no 16º dia consecutivo com máximas superiores a 43 graus centígrados.

No centro e sul da Califórnia, os termômetros registraram máximas de entre 41°C e 45°C, de acordo com o NWS.

Na região do Vale da Morte, a temperatura atingiu 51°C. A previsão para domingo é de 54 graus.

"Quando bebo apenas água, eu fico tonto, quero vomitar por causa do calor, preciso de outra coisa, uma Coca-Cola, um Gatorade, e gelado, para conseguir ficar bem", declarou à AFP um mexicano de 28 anos, que se identificou apenas como Juan, que trabalha no setor da construção em Houston, Texas.

Na Europa, onde o aquecimento avança duas vezes mais rápido que a média mundial, segundo os cientistas, vários países enfrentam temperaturas extremas.

- 35°C em Berlim -

Na Itália, 16 cidades estão em alerta vermelho neste domingo, com máximas de 36 e 37 graus centígrados em Roma e Bolonha. O serviço meteorológico do país destacou que teme "a onda de calor mais intensa do verão, mas também uma das mais intensas da história".

A Alemanha também sofre e no sábado a temperatura atingiu 37,9ºC na cidade bávara de Möhrendorf-Kleinseebach, sul do país. Berlim registrou 35 graus e Munique 34.

Na Espanha, a meteorologia alertou para uma nova onda de calor entre segunda-feira e quarta-feira, com temperaturas superiores aos 40ºC na região da Andaluzia. Na ilha de La Palma, um incêndio queimou 5.000 hectares no fim de semana e obrigou 4.000 moradores a deixar a região.

Na Grécia, a Acrópole de Atenas, onde fica o Partenon, permanecerá fechada durante o período de maior temperatura, entre 11h30 e 17h30 locais, pelo terceiro dia consecutivo. A temperatura pode atingir 41ºC.

As autoridades gregas também emitiram alertas para o risco de incêndios, com previsões de ventos de 40 a 60 km/h no Mar Egeu.

O aumento da temperatura também provoca a propagação das chamas.

- Incêndios e chuvas -

No sul da Califórnia, os bombeiros lutam desde sexta-feira contra vários incêndios que destruíram mais de 1.200 hectares e obrigaram centenas de pessoas a procurar abrigos.

No Canadá, mais de 10 milhões de hectares foram destruídos por incêndios desde o início do ano, um balanço muito superior ao registrado pelo país em 2022. Os dados, considerados provisórios, registravam 906 focos ativos no sábado em todo o país, incluindo 570 fora de controle, de acordo com o Centro Interagências Canadense de Incêndios Florestais (CIFFC, na sigla em inglês).

Na Ásia, as tempestades se unem ao calor extremo.

Na Coreia do Sul, as equipes de emergência tentavam alcançar as pessoas bloqueadas em um túnel inundado. As fortes chuvas nos últimos dias deixaram pelo menos 37 mortos e nove desaparecidos no país.

O país enfrenta o pior momento da temporada de monções de verão, com mais chuvas previstas até quarta-feira.

No Japão, as autoridades emitiram um alerta para o risco de insolação em 20 dos 47 municípios do país devido a temperaturas próximas de 40 graus em muitas cidades, incluindo Tóquio.

Ao mesmo tempo que o calor extremo afeta o leste e sudoeste do arquipélago, outras áreas do país enfrentam chuvas torrenciais.

Um homem foi encontrado morto neste domingo em seu carro depois que foi surpreendido pelas chuvas no norte do país. Sete pessoas faleceram na semana passada vítimas das inundações no país.

No norte da Índia, as chuvas de monção mataram 90 pessoas nas últimas semanas, depois de um período de calor extremo.

A China emitiu vários alertas para temperaturas elevadas e informou que os termômetros podem atingir 45 graus na região Xinjiang, parcialmente desértica, e 39ºC na região de Guangxi (sul).

O calor é um dos eventos meteorológicos mais letais, recordou recentemente a Organização Meteorológica Mundial (OMM).

No verão do ano passado, mais de 60.000 pessoas morreram em consequência do calor apenas na Europa, indicou um estudo recente.

Várias regiões do mundo devem registrar temperaturas recordes neste sábado (15), nos Estados Unidos, Europa e China, o que obriga as autoridades a adotar medidas drásticas contra as temperaturas extremas, que representam o exemplo mais recente da ameaça da mudança climática.

O centro meteorológico italiano CNI emitiu um alerta para "a onda de calor mais intensa do verão (hemisfério norte) e uma das mais intensas de todos os tempos".

O sul da Itália pode registrar a partir deste sábado temperaturas levemente superiores a 38°C na Sardenha, Sicília, Calábria e Apúlia, com "máximas de 40 graus ou mais, em particular no domingo".

Em Roma, a temperatura pode subir a 40°C na segunda-feira e alcançar entre 42 e 43 graus na terça-feira, superando o recorde de 40,5°C de agosto de 2007.

A ilha da Sardenha também pode superar os 48,8°C de 11 de agosto de 2021, a temperatura mais elevada que já foi registrada na Europa.

"A Bacia do Mediterrâneo e o centro e o sul da Itália estão cobertos por uma camada de ar muito quente. Infelizmente, isto não é algo novo: a mudança climática está tornando este tipo de fenômeno muito mais frequentes e muito mais intensos do que no passado", explicou Claudio Cassardo , meteorologista e professor da Universidade de Turim, em uma entrevista ao jornal Il Messaggero.

Espanha, o leste da França, Alemanha e Polônia também enfrentaram uma onda de calor intensa.

Na Grécia, as autoridades fecharam na sexta-feira a Acrópole de Atenas durante o período mais quente do dia. A medida segue em vigor neste sábado.

O fechamento do monumento mais visitado da Grécia, que está na lista de Patrimônio Mundial da Unesco, foi determinado "para proteger os trabalhadores e os visitantes", afirmou a ministra da Cultura e dos Esportes, Lina Mendoni.

A meteorologia prevê temperaturas de entre 40°C e 41°C em Atenas, "mas a sensação térmica (...) que o corpo sente é consideravelmente maior no topo da Acrópole, onde fica o Partenon", advertiu a ministra.

- Onda de calor nos Estados Unidos -

Nos Estados Unidos, a intensa onda de calor se estende da Califórnia ao Texas e o pico da temperatura está previsto para o fim de semana.

Durante toda a semana, milhões de pessoas dos estados do sudoeste sofreram os efeitos do calor extremo, que representa um risco para os idosos, trabalhadores do setor de construção, carteiros, entregadores e pessoas sem-teto.

Phoenix, a capital do Arizona, registrou na sexta-feira o 15º dia consecutivo de temperatura acima dos 43°C, segundo o Serviço Meteorológico Nacional dos Estados Unidos (NWS, na sigla em inglês)

O Vale da Morte, na Califórnia, foi cenário de um grande incêndio na sexta-feira. A região, um dos lugares mais quentes da Terra, também podem alcançar novos picos no domingo, com 54°C.

Algumas regiões da China, incluindo a capital Pequim, sofrem há várias semanas com períodos de calor intenso combinados com fortes chuvas.

No Japão, a agência meteorológica recomendou medidas de precaução à população durante o fim de semana, quando as temperaturas podem alcançar de 38 a 39 graus.

- Riscos de incêndios -

A nível mundial, o mês passado foi o mês de junho mais quente já registrado, de acordo com a agência europeia Copernicus, a Nasa e a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos Estados Unidos.

A primeira semana de julho foi a mais quente já registrada, segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM).

O calor é um dos eventos meteorológicos mais mortais, recordou a OMM. No verão do ano passado, apenas na Europa, as fortes temperaturas provocaram mais de 60.000 mortes, com 18.000 vítimas fatais na Itália, o país mais afetado, segundo um estudo publicado recentemente na revista Nature Medicine.

Além disso, a onda de calor aumenta o risco de incêndios.

Na Grécia, que registrou grandes incêndios florestais em 2021, as autoridades alertaram para o risco elevado de novos incidentes, em particular nas regiões com previsões de fortes ventos.

Na América do Norte, o verão é marcado por uma série de catástrofes meteorológicas. A fumaça de mais de 500 focos de incêndios fora de controle no Canadá provocou vários episódios de poluição atmosférica que afetaram diversas áreas do nordeste dos Estados Unidos em junho.

Um estudo publicado nesta segunda-feira (10) na revista Nature Medicine mostra que as altas temperaturas que atingiram a Europa no ano passado podem ter causado a morte de mais de 61 mil pessoas, um número que tende a continuar crescendo conforme as temperaturas extremas se tornam comuns. O alerta foi dado durante o início do verão no Hemisfério Norte e uma semana após o planeta bater recorde de calor.

Pesquisadores examinaram dados oficiais de 35 países europeus e usaram modelos epidemiológicos para estabelecer uma correlação entre mortes e aumento de temperatura na região - um método parecido com aquele usado para estimar o número de mortes do coronavírus. Eles identificaram um aumento de óbitos entre o fim de maio e o início de setembro de 2022, em comparação com a média registrada em um período de 30 anos.

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Segundo o estudo, sem medidas de prevenção, a mortalidade relacionada ao calor será de 68.116 mortes em média a cada verão até o ano de 2030. Os autores preveem que esse número aumentará para mais de 94 mil, em 2040, e mais de 120 mil, em meados do século.

É provável que o atual verão europeu seja ainda pior, já que além das mudanças climáticas, a Terra entrou em um padrão climático natural de El Niño pela primeira vez em quatro anos, provocando condições que aumentarão o calor em muitas partes do mundo.

Vulneráveis

Entre os que morreram em 2022, a maioria era de mulheres, especialmente aquelas com mais de 80 anos. Entre os mais jovens, os homens morreram em taxas mais altas. Os países mediterrâneos, onde as temperaturas são mais altas no verão, foram os que mais sofreram. Os idosos continuam vulneráveis, especialmente aqueles sem acesso a ar-condicionado.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na tarde de terça-feira, 4 de julho, quando os Estados Unidos comemoraram o aniversário da independência com fogos de artifício, Joseph desmaiou em sua cela no Texas, em meio ao calor excessivo que atinge o sul dos Estados Unidos nestes dias.

Nesses recintos de concreto, tijolo e metal, ventiladores industriais espalham o vapor quente no ambiente. Sem ar-condicionado na maioria dos presídios, quando as temperaturas externas passam dos 40ºC, a sensação dentro pode ser maior.

Alguns prisioneiros derrubam o banheiro em sua cela para transbordar a água, molham o chão e dormem no chão de concreto. Outros molham a roupa para se refrescar, segundo relatos à AFP de presidiários, ex-presidiários e familiares.

Nas últimas semanas, Joseph Martire, de 35 anos, teve quatro problemas de saúde relacionados ao calor no presídio de Estelle em Hunstville, onde serviu por 16 anos. "Eu desmaiei, mas eles não estão me tratando", disse por telefone à família, que pediu ajuda à administração da prisão.

Quando outros detentos percebem que alguém desmaiou por causa do calor, eles gritam para chamar a atenção de um policial, mas a falta de pessoal atrasa a ajuda, diz Martire. Eles são então levados para uma área administrativa do presídio que tem ar-condicionado, a qual chamam de "respiro", onde tentam ficar o maior tempo possível.

"Já estou com vários problemas de saúde por causa do calor e não quero mais ter" esses problemas, detalha.

A sensação, diz Amite Dominick, presidente da organização humanitária Defensores para Prisões na Comunidade do Texas (TPCA), é como "estar trancado no carro com mais de 40ºC, usar um secador de cabelo para respirar e abrir um pouco a janela".

- Um forno de tijolos -

Uma reportagem do portal Texas Tribune fala em pelo menos nove pessoas que morreram na prisão em junho por ataques cardíacos ou causas desconhecidas que podem estar relacionadas ao calor.

Mas Amanda Hernández, porta-voz do Departamento de Justiça Criminal do Texas (TDCJ), responsável pelos presídios, destaca que a última morte por calor ocorreu em 2012. Em junho, atenderam sete casos de pessoas afetadas "além dos primeiros socorros", sem vítimas fatais.

A entidade tem uma população de 126 mil reclusos, segundo fontes oficiais, nas suas diferentes prisões, e garante que 32 pessoas morreram por causas diversas em junho.

Dominick discorda. "O legista geralmente relata algo como parada cardíaca, porque a insolação está altamente correlacionada com a parada cardíaca (...). Vemos os mesmos relatórios e vemos evidências médicas do que acontece com o corpo. Com temperaturas como essas, são mortes relacionadas com o calor", acrescenta, embora ainda não tenha números.

"Eles não têm ventilação adequada nos presídios. Se não estão morrendo, estão enlouquecendo", afirma Dominick.

Sean Adams cumpriu pena em uma prisão chamada "Queima como o Inferno" Clemens, em Brazoria. "É feito com aqueles tijolos vermelhos, que são os mesmos tijolos dos fornos. E quando a temperatura é de 38ºC lá fora, dentro é de 48ºC", conta o homem de 36 anos.

O TDCJ esclarece que nas celas os reclusos têm acesso a gelo e água, podem deslocar-se para áreas de descanso com ar-condicionado quando necessário, que continua implementando mais camas com refrigeração e que toma todos os cuidados com as altas temperaturas.

- Cozinhar cidadãos-

Samantha, mãe de uma presidiária de 25 anos que não quis se identificar, conta que em junho três detentas morreram por causa do calor na prisão de Lane Murray, onde está sua filha. "A forma como elas são tratadas é desumana", denuncia.

"Com essas temperaturas, seu corpo e sua mente entram em modo de sobrevivência", explica Marci Marie Simmons, ex-presidiária e ativista, de 44 anos. Ela denuncia que, no final de junho, um detento de 36 anos morreu no presídio de Estelle horas depois de conversar com sua mãe e reclamar do calor.

"Se você deixar um animal de estimação em um carro trancado no calor, você vai para a prisão. No entanto, o estado do Texas quer cozinhar seus cidadãos [na prisão]. Alguns têm acusações estúpidas por drogas, mas são condenados à morte porque não aguentam o calor", diz Michelle Lively, cujo namorado Shawn McMahon, de 49 anos, está na prisão de Wynne.

Os funcionários da prisão também expuseram à imprensa suas reivindicações sobre as condições em que trabalham.

Dominick explica que os projetos de lei para exigir ar-condicionado nos presídios são barrados no Senado do Texas, de maioria conservadora.

"O TDCJ gastou 750.000 dólares (3,6 milhões de reais, na cotação atual) em ar-condicionado" para um projeto de criação de porcos nos últimos anos, "mas não é adequado para humanos".

Um cão policial do Departamento de Polícia de Houston (HPD), Texas, no sul dos Estados Unidos, morreu na última segunda-feira (12), devido ao mau funcionamento do sistema de ventilação da viatura em que estava. Aron tinha 4 anos, e já servia na força há um ano e meio. A informação é do portal ABC News.

O policial responsável pelo animal deixou o veículo ligado, com o ar-condicionado, “uma prática comum e necessária quando o cão não está exercendo suas funções policiais”, afirma o pronunciamento da HPD ao anunciar a morte de Aron.

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As autoridades explicaram, por meio de nota, que o cão ficou exposto a um calor excessivo dentro da viatura. “Quando o policial responsável por Aron voltou ao veículo, descobriu que o motor havia desligado e o animal estava agonizando”. Ele foi levado para a emergência veterinária mas não resistiu.

A HPD declarou que suas viaturas são “equipadas com um sistema que notifica o responsável, toca as buzinas, ativa os ventiladores e abre as janelas se, por alguma razão, o motor desligar". 

O departamento afirmou ainda que vai investigar a morte de Aron para descobrir o que aconteceu de fato, e todas as viaturas que transportam cães policiais serão recolhidas para inspeção.

O mês de abril de 2023 foi o quarto mais quente já registrado no mundo nesse período desde o início das medições, de acordo com o Copernicus, programa da União Europeia para Observação da Terra.

Segundo o serviço, algumas regiões do mundo tiveram temperaturas acima da média para o mês, como o sudoeste da Europa (Espanha e Portugal bateram recorde de calor para abril), partes da África, a Ásia Central, o Sudeste Asiático, o Japão e a América do Norte.

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"Foram registradas temperaturas acima da média no Pacífico Oriental Equatorial, indicando uma potencial transição para condições de El Niño, do qual frequentemente derivam temperaturas globais mais quentes", explicou Samantha Burgess, vice-diretora do Copernicus.

    Já a extensão de gelo marinho antártico apresentou uma cobertura 19% abaixo da média, terceiro pior abril na história do indicador.

Da Ansa

A temperatura alta e sensação de abafado do verão, potencializado neste 2023 pela desconfiguração do fenômeno-atmosférico La Niña, que influenciou no clima global por três anos consecutivos, só pede o uso de ventilador e do ar-condicionado durante as 24 horas do dia, pelo menos até o dia 20 de março, quando a estação acaba oficialmente e inicia o outono. 

Com a quase impossibilidade de ficar sem nenhum tipo de conforto neste calor e o aumento do uso do ar-condicionado e ventilador, é importante manter a manutenção dos aparelhos para que eles tenham um funcionamento melhor e não quebram. 

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O técnico em refrigeração da Rv Refrigeração (@r_v_refrigeracao) Robson Mangueira explicou ao LeiaJá que a manutenção do ar-condicionado é de grande valia, inclusive para auxiliar na saúde das pessoas com doenças respiratórias. “A importância de ter um ar-condicionado limpo é para prevenir o desenvolvimento de microrganismos como fungos e bactérias, que podem potencializar doenças respiratórias e alérgicas. Além disso, também impacta no bolso do cliente, pois reduz o consumo de energia e aumenta a vida útil do equipamento”. 

De acordo com o profissional, é recomendado fazer manutenção periódica do equipamento de seis em seis meses para que ele mantenha o bom funcionamento. “Sem a manutenção o aparelho consome mais energia e, consequentemente, força mais, o que faz com que ele trabalhe mais forçado e diminua a vida útil”. 

Robson frisou que a limpeza feita comumente pelos usuários tira apenas 20% da sujeira, por isso a indicação da limpeza e manutenção feita pelos técnicos. “Nós desmanchamos o equipamento todo, principalmente a parte do evaporador, que é a parte dentro do ambiente. Dá para fazer uma higienização sem o técnico, mas é preventiva e só vai tirar 20% da sujeira, que é a limpeza do filtro do equipamento, que deve ser lavado com água corrente e colocado de volta no local. Isso deve ser feito pelo cliente de 15 em 15 dias, e inclusive ajuda na manutenção que deve ser feita pelo técnico de seis em seis meses”, indicou o profissional. 

Com relação ao ventilador, ele detalhou que o principal cuidado deve ser a limpeza do filtro, que melhora o funcionamento do equipamento. “Se o filtro estiver sujo, tapado de poeira, ele não vai conseguir succionar o ar para jogar. Vai esquentar o aparelho e pode causar a queima do motor do ventilador”, alertou Robson Mangueira. 

A cidade do Rio de Janeiro registrou nesta quinta-feira (12) a maior sensação térmica deste verão, 47,3°C, às 16h, no bairro de Irajá, zona norte da cidade. De acordo com o Sistema Alerta Rio, da prefeitura, a temperatura máxima chegou a 34,7 graus Celsius (0º C). Para esta noite, devido às áreas de instabilidade em médios e altos níveis da atmosfera, em conjunto com o calor e a elevada umidade, a previsão é de pancadas de chuva isoladas, podendo vir acompanhadas de raios.

As três maiores sensações térmicas registradas neste verão nas estações do Alerta Rio foram: 47,3°C - 12/01/2023 - em Irajá; 46,8°C – 03/01/2023, em Santa Cruz, na zona oeste e, no dia anterior, 45°C – 02/01/2023, no mesmo bairro.

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O Sistema Alerta Rio foi criado em 25 de setembro de 1996 e, desde então, emite boletins de alertas aos órgãos da prefeitura do Rio envolvidos na mitigação dos danos causados por fortes chuvas. Por meio do Centro de Operações Rio, a população e a imprensa recebem, em tempo real, as previsões atualizadas quatro vezes ao dia. Além disso, o Alerta Rio tem um radar meteorológico para acompanhar o surgimento e deslocamento de núcleos de chuva no município.

No dia 18 de janeiro do ano passado, a sensação térmica chegou a 50,8°C, às 16h, na estação Barra/Riocentro, na zona oeste.

Hoje (21) começa verão no Brasil. E nessa estação onde o calor e temperaturas mais altas predominam, muitas pessoas fazem planos para irem à praia ou em outras atividades que demandam dos fenômenos naturais, como o sol (raios ultravioletas), vento, sal e iodo (presentes na água do mar). Esses fenômenos danificam a estrutura física do cabelo, deixando-o poroso. Por isso, antes de entrar no mar, piscina, ou até mesmo, uma cachoeira, deve-se utilizar alguns produtos especiais e tomar alguns cuidados para garantir a saúde física dos fios de cabelo. Confira a seguir cinco produtos/ cuidados para proteção durante essa estação do ano:  

Óleo de argan – O produto ajuda a proteger os cabelos, principalmente quando os fios entram em contato com o sal, cloro e vento. Aplique uma pequena quantidade nos fios antes e após os mergulhos.

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 Água de coco – Para uma hidratação rápida, o uso da água de coco em um vaporizador na praia ou na piscina é uma poderosa ferramenta, além de ser uma opção econômica e prática para o cabelo. 

Chapéus - No verão é comum o uso de chapéus para proteger o rosto do sol e a cabeça do calor excessivo. Mas, não custa lembrar que a oxigenação do couro cabeludo é importante para evitar o excesso de oleosidade. O mais indicado pelos especialistas, é usar chapéu de palha.  

Leave-in – As idas e vindas, tanto no mar quanto na piscina, causam uma perda grande de queratina e prejudicam a parte hídrica do fio de cabelo. Para repor o óleo, a água e a queratina, é necessário o uso de um leave-in. Deve ser aplicado por toda a extensão do fio, evitando o acúmulo no couro cabeludo.  

Uso de tiara – Tanto no verão quanto em outras estações, o uso do acessório conhecido como tiara (ou arco) torna-se valoroso, pois a oxigenação dos fios é importante e fica preservada. Algumas mulheres lavam os cabelos de manhã e prendem-no em seguida, causando umidade acumulada justamente com resíduos de produtos no couro cabeludo. Isso deve ser evitado, pois causa excesso de oleosidade, podendo inclusive, levar à queda do cabelo.  

 

Quatro codornas nasceram numa prateleira de mercado em Campo Maior, a 80 quilômetros de Teresina, no Piauí. O nascimento foi presenciado pelo gerente e pelo funcionário do mercado, que ficaram surpresos com o nascimento. De acordo com especialistas, o calor de aproximadamente 37 ºC provocou a eclosão dos ovos que estavam à venda. 

O caso aconteceu em 21 de setembro deste ano, mas só circulou nas redes sociais nesta quinta-feira (13). As codornas foram resgatadas com vida, mas acabaram morrendo. 

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O gerente Fábio Gomes relatou ao g1 que, por volta das 16h, o funcionário Manoel Pereira o chamou após ouvir um barulho estranho vindo da prateleira. “Levei o celular no ponto de filmar. Ficamos muito surpresos ao encontrar os filhotes nascendo. Eu já havia mudado as cartelas de lugar devido ao calor, porque são de plástico”, disse. 

O vídeo registrado por Fábio mostra o momento em que a cartela de ovos é aberta e eles se deparam com os filhotes. “Achamos uma chocadeira aqui. Olha! Meu Deus. Mas também, meu amigo, um sol desse aqui”, diz o gerente no vídeo. 

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Ele contou que duas das aves morreram minutos depois, e que as outras duas foram entregues ao fornecedor dos ovos, mas também morreram no dia seguinte. “O fornecedor ficou espantado também, só acreditou porque eu estava contando para ele. E queria fazer a troca da cartela, mas não aceitei. Ainda hoje estou com ela aqui”, relatou.

 Composto por um fino painel retangular e uma faixa, um novo dispositivo tecnológico é capaz de, graças a sensores, medir a frequência cardíaca, temperatura da pele, nível de atividade e produção de suor de uma pessoa- apenas com uma faixa que se veste no braço. Em sincronia, esses dados são usados para prever a temperatura central do corpo do usuário, ou seja, a quantidade de calor no sangue e nos órgãos internos.  

Em muitos países a temperatura vai acima de 50 graus Celsius ao meio-dia, o que desencadeia um alerta de calor, mas no verão de Dubai é apenas mais um dia. E para os trabalhadores que atuam em locais com mais calor e energia, pode ficar ainda mais quente. Na Emirates Global Aluminium (EGA), por exemplo, o metal é produzido por meio de um processo em que as temperaturas podem chegar a 950 graus Celsius. Por conta disso, os trabalhadores já estão usando este dispositivo de tecnologia vestível.  

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Criado pela empresa americana Kenzen, este dispositivo pode ajudar a evitar o superaquecimento dos trabalhadores. Quando os sintomas de exaustão pelo calor provavelmente começarem, o dispositivo vibrará e o usuário receberá uma notificação em seu telefone, informando que é a hora de fazer uma pausa. Embora existam outros sensores de calor pessoais no mercado, os criadores se concentram no monitoramento da temperatura corporal para desempenho e esporte.  

 

 

Regiões inteiras do mundo se tornarão inabitáveis nas próximas décadas devido às ondas de calor, que se tornarão mais frequentes e intensas, alertaram a ONU e a Cruz Vermelha nesta segunda-feira (10).

As Nações Unidas e a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICV) instaram, em um relatório conjunto sobre fenômenos de calor extremo, a se preparar para as ondas de calor futuras e assim evitar um grande número de mortes.

Menos de um mês antes da COP27, que será realizada em novembro no Egito, a ONU e a FICV lembraram que, em razão da atual evolução do clima, "as ondas de calor podem atingir e ultrapassar os limites fisiológicos e sociais" dos humanos nas próximas décadas, especialmente em regiões como o Sahel e o sul e sudoeste da Ásia.

De acordo com o documento, existem limites a partir dos quais humanos expostos ao calor e umidade extremos não conseguem sobreviver e a partir dos quais as sociedades não conseguem se adaptar.

Essas condições acarretarão "sofrimento em grande escala e perda de vidas humanas, movimentos populacionais e agravamento das desigualdades", alertaram as organizações.

De acordo com o documento, em quase todos os territórios em que há estatísticas disponíveis, as ondas de calor constituem o perigo climático mais mortal.

Todos os anos, milhares de pessoas morrem pelas ondas de calor, um fenômeno que se tornará cada vez mais mortal à medida que as mudanças climáticas se acentuam, segundo Martin Griffiths, chefe do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), e Jagan Chapagain, secretário-geral da FICV.

As ondas de calor causaram algumas das catástrofes mais mortais já registradas.

O relatório lembra que a onda de calor que atingiu a Europa em 2003 deixou mais de 70.000 mortos e que a onda de calor que a Rússia viveu em 2010 matou mais de 55.000 pessoas.

De acordo com o documento, os especialistas esperam que as taxas de mortalidade ligadas ao calor extremo sejam muito altas, "comparáveis, em magnitude, a todos os cânceres até o final do século".

- "Assassino silencioso" -

Este ano, regiões e países inteiros do norte da África, Austrália, Europa, sul da Ásia e Oriente Médio, bem como China e oeste dos Estados Unidos, sofreram temperaturas recordes.

O relatório afirma que o calor extremo é um "assassino silencioso" cujos efeitos se amplificarão, criando imensos desafios para o desenvolvimento sustentável do planeta e causando novas necessidades humanitárias.

"O sistema humanitário não tem os recursos para resolver sozinho uma crise de tamanha magnitude. Já carecemos de fundos e recursos para responder a algumas das piores crises humanitárias deste ano", destacou Griffiths durante a entrevista coletiva de apresentação do documento.

As organizações apelaram a grandes investimentos, urgentes e sustentados no tempo, para mitigar o impacto das mudanças climáticas e contribuir para a adaptação a longo prazo das populações dos países mais vulneráveis.

De acordo com um estudo citado no relatório, o número de pessoas pobres vivendo em calor extremo nas áreas urbanas aumentará em 700% até 2050, especialmente na África Ocidental e no sudeste asiático.

As Nações Unidas e a Cruz Vermelha insistiram na importância de reconhecer os limites da adaptação ao calor extremo.

Algumas medidas, como o aumento dos sistemas de ar-condicionado, são caras, consomem muita energia e não são viáveis a longo prazo porque elas próprias contribuem para as mudanças climáticas.

Se as emissões de gases de efeito estufa não forem reduzidas "agressivamente", o planeta enfrentará "níveis de calor extremo inimagináveis hoje", alertaram as duas organizações.

Metade do território da China enfrenta uma seca, incluindo áreas do normalmente gélido planalto do Tibete, de acordo com os dados oficiais, em meio a uma onda calor sem precedentes no país.

Um gráfico do Centro Nacional do Clima mostrou na quarta-feira (24) que amplas áreas do sul da China, incluindo partes do Tibete, estavam em condições de seca de "grave" a "extraordinária".

A área mais afetada, a bacia do rio Yangtze, que vai da província de Sichuan (sudoeste) até Xangai (costa leste), tem quase 370 milhões de habitantes e abriga grandes centros industriais, como a megacidade de Chongqing.

A segunda maior economia do planeta foi muito afetada recentemente por temperaturas recorde, inundações e secas, fenômenos extremos que os cientistas afirmam que serão cada vez mais intensos e frequentes devido à mudança climática.

O sul da China enfrenta a onda de calor mais prolongada desde o início dos registros de dados meteorológicos há mais de 60 anos, informou esta semana o ministério da Agricultura.

Os cientistas afirmam que a intensidade, extensão e duração desta onda de calor podem transformá-la em uma das mais graves do mundo.

A Administração Meteorológica da China prevê que as temperaturas devem prosseguir acima de 40 graus Celsius nas próximas 24 horas em Chongqing e nas províncias de Sichuan, Jiangxi e Zhejiang.

Em Sichuan, o termômetro atingiu a temperatura recorde de 43,9 graus na quarta-feira, segundo serviço meteorológico provincial.

- Pressão alimentar -

Algumas regiões tiveram um alívio no calor. Partes do sudoeste de Sichuan registraram fortes chuvas durante a noite, o que obrigou a retirada de quase 30.000 moradores da área, segundo o canal estatal CCTV.

No sudeste do país, o tufão Ma-on tocou o solo na manhã desta quinta-feira na província de Guangdong e em Hong Kong.

O Conselho de Estado da China anunciou subsídios de 10 bilhões de yuanes (1,45 bilhão de dólares) para ajudar os produtores de arroz afetados pela seca que, segundo as autoridades, representa uma "grave ameaça" para a colheita de outono (hemisfério norte, primavera no Brasil).

A China produz mais de 95% do arroz, trigo e milho que consome, mas uma queda na colheita pode levar o país a recorrer às importações e aumentar a pressão em um mercado global já tenso pela guerra na Ucrânia.

As autoridades defenderam "garantir água potável para a população e garantir água para a irrigação agrícola".

A rede CCTV exibiu na quarta-feira imagens de um serviço de carros-pipa para moradores e agricultores nas zonas rurais de Sichuan e Chongqing.

Além disso, estas regiões enfrentam desde a semana passada com incêndios florestais, exacerbados pelas temperaturas elevadas e a falta de água.

Os fazendeiros também foram afetados. As autoridades de Chongqing prometeram medidas de emergência para proteger as fazendas de porcos.

Um vídeo que mostra uma mulher de Sichuan chorando porque todas as suas galinhas morreram devido ao calor e os apagões viralizou nas redes sociais.

Temperaturas de até 45ºC levaram diversas províncias a restringir o fornecimento de energia às fábricas para garantir o serviço aos moradores, cuja demanda disparou com o uso do ar acondicionado.

Além disso, a redução do leito do rio Yangtze afeta a produção de barragens hidrelétricas.

Em partes de Sichuan e Chongqing, os moradores começaram a dormir em estacionamentos e estações do metrô em busca de temperaturas mais amenas.

A histórica onda antecipada de calor na Europa, que castiga particularmente França e Espanha desde a última quinta-feira (16), começou a arrefecer no domingo (19) no sudoeste e no oeste do continente, deslocando as altas temperaturas para o leste, onde o termômetro pode chegar aos 38°C.

Depois de registrar temperaturas acima de 40°C e de bater vários recordes de calor no sábado no oeste da França, o clima de tempestade esperado para hoje ajudará a "diminuir gradualmente" a onda de calor, de acordo com a agência Météo France.

Enquanto as temperaturas caem na costa atlântica, a onda de calor persiste nas regiões do nordeste, onde o serviço meteorológico prevê até 38°C, ou mesmo um pouco mais na planície da Alsácia.

Hoje de manhã, a Météo France suspendeu o alerta vermelho no sudoeste do país, enquanto 50 departamentos nas regiões centro e noreste foram postas em alerta laranja, e 32 permanecem em alerta amarelo, informou o órgão em seu boletim matinal.

Ontem, o serviço meteorológico da França registrou "picos próximos aos 42°C/43°C" no sudoeste, com recordes em Biarritz (42,9°C), no País Basco; em Cap-Ferret (41,9°C), na Baía de Arcachon; ou em Biscarrosse, nas Landes (41°C, recorde igual ao de 1968).

A barreira simbólica dos 40°C também foi alcançada em várias regiões no oeste do país. Em Paris, o termômetro parou nos 37°C, e seus habitantes se voltaram para as fontes da cidade, ante a proibição de tomar banho no rio Sena. E em Bordeaux, uma cidade do sudoeste onde os termômetros atingiram os 40ºC, nos museus, mais frescos, o acesso era gratuito.

"Esta é a onda de calor mais antecipada já registrada na França" desde 1947, declarou o climatologista Matthieu Sorel, da Météo-France, ressaltando que se trata de um "marcador da mudança climática".

No sul da França, o disparo de um projétil de artilharia em um local de treinamento militar no departamento de Var - onde fica Saint-Tropez - provocou um incêndio que queimou 600 hectares, informaram as autoridades. Outros dois incêndios foram registrados no território.

- Incêndios ativos na Espanha -

No norte da Espanha, região atingida por uma onda de calor que está chegando ao fim, os bombeiros continuavam neste domingo sua luta contra vários incêndios.

O mais perigoso deles começou na quarta-feira (15), em plena onda de calor, e ainda avançava hoje na Sierra de la Culebra, um maciço montanhoso na região de Castilla y León, perto da fronteira com Portugal. Suas chamas já devoraram mais de 25.000 hectares, conforme o governo regional.

Os bombeiros afirmam que as noites cada vez mais frescas estão ajudando nas operações de controle do fogo. Moradores de cerca de 20 povoados retirados de suas casas foram autorizados a voltar na manhã deste domingo, relataram as autoridades locais.

Com a melhora da situação, várias estradas foram reabertas, incluindo a rodovia que liga Madri a Galícia, no noroeste, bloqueada no sábado, devido às chamas.

Em outras regiões do país, os serviços de emergência combatiam incêndios de menor envergadura, como na Catalunha (nordeste) e em Navarra (norte), uma das poucas áreas onde as temperaturas permaneciam muito altas neste domingo.

O governo regional de Navarra pediu à população que evite deslocamentos desnecessários, de modo que as estradas fiquem livres para os bombeiros.

"Temos horas muito difíceis pela frente. Temos rajadas de ar muito fortes, acima de 30 km por hora, e vento de sul", disse a diretora-geral de Interior do governo de Navarra, Amparo López Antelo, à imprensa.

"Temos muitos focos ativos", alertou.

Ao longo desta semana, muitas cidades espanholas registraram temperaturas acima de 40ºC, algo incomum para um mês de junho. Neste domingo, porém, os termômetros começaram a cair em grande parte do território. Na capital, Madri, a previsão é de termômetros em torno 29 ºC e, na província de Zamora, onde se localiza a Sierra de Culebra, de cerca de 25ºC.

A Espanha, que registrou o mês de maio mais quente desde o início do século, sofreu quatro episódios de temperaturas extremas nos últimos dez meses, incluindo a atual onda de calor, iniciada há quase uma semana.

- 'Desastre humano' -

Na Alemanha, a onda de calor começou na sexta-feira (17) e, no sábado, as temperaturas alcançaram um recorde de 36,4ºC em Waghäusel-Kirrlach, no sudoeste do país, divulgou o Instituto alemão de Meteorologia (DWD).

O país também sofre com os incêndios. um deles em Brandemburgo, região ao redor de Berlim, que destruiu 60 hectares.

Já o Reino Unido teve na sexta-feira seu dia mais quente do ano, com temperaturas acima de 30ºC no início da tarde, conforme meteorologistas.

No norte da Itália, várias cidades anunciaram o racionamento de água. Além disso, a região da Lombardia poderá declarar estado de emergência, já que uma seca recorde ameaça as colheitas.

"É hora de agir, cada ação conta", declarou o secretário-executivo da Convenção das Nações Unidas para Combater a Desertificação (UNCCD, na sigla em inglês), Ibrahim Thiaw, em uma conferência em Madri.

Na sexta-feira, a ONU pediu "ação imediata" contra a seca e a desertificação, para evitar "desastres humanos".

burs-cpy-alc/me/pc/tt/mvv

Uma onda de calor prematura para essa época do ano atingiu vários países europeus nesta sexta-feira (17), marcando 44ºC na Espanha, onde incêndios florestais forçaram centenas de pessoas a deixar suas casas, após uma semana de temperaturas elevadas.

As temperaturas também subiram na França e devem alcançar 40ºC no sábado e no o Reino Unido, quando o continente se prepara para entrar no verão boreal.

O fenômeno está de acordo com os alertas dos cientistas de que as ondas de calor serão mais intensas e chegarão mais cedo do que o normal, um resultado das mudanças climáticas.

Na Espanha, os incêndios florestais queimaram quase 11.000 hectares na Sierra de Culebra (nordeste). "Há 8 municípios evacuados e 317 moradores desalojados" nessa zona serrana perto de Portugal, acrescentou o governo regional de Castilla y León.

Além disso, mais de 3.000 pessoas foram evacuadas do parque de diversões Puy du Fou, na região de Castilla la Mancha (centro), devido a um forte incêndio florestal nas proximidades.

No total, "2.500 visitantes, 700 funcionários, as 200 aves, os 55 cavalos e os outros animais foram evacuados e nenhum sofreu qualquer dano", disse a administração do parque em comunicado.

Os bombeiros também combateram incêndios em outras regiões, incluindo florestas na Catalunha, onde as condições climáticas complicaram os esforços das equipes.

As temperaturas chegaram a 35°C na maior parte do país e na provincia de Jáen, no sul, chegaram até 44ºC.

"Estamos diante de temperaturas que não são mais uma anedota", disse o presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, em uma conferência em Madri por ocasião do Dia Mundial de Combate à Seca.

- "Hidratem-se" -

Na França, mais de dois terços dos departamentos franceses também estavam nos dois níveis mais altos de alerta de calor e, em grande parte do sudoeste, os termômetros excederão 40°C.

"Fiquem atentos! Hidratem-se, permaneçam em lugares frescos", tuitou a primeira-ministra Elizabeth Borne, cujo governo lançou uma edição especial sobre ondas de calor.

Matthieu Sorel, climatologista da Météo-France, explicou que "é a onda de calor mais prematura registrada na França". Os departamentos com nível de alerta "vermelho" pediram que os alunos ficassem em casa.

A onda de calor se espalhou do norte da África para a Espanha e a França, mas também afeta a Itália e até o Reino Unido.

Várias cidades do norte da Itália anunciaram o racionamento de água e a região da Lombardia pode declarar estado de emergência, pois uma seca recorde ameaça as colheitas.

Pelo terceiro dia consecutivo, o Reino Unido registou o seu dia mais quente do ano, com temperaturas superiores a 30ºC.

"Como consequência das mudanças climáticas, as ondas de calor começam antes", disse Clare Nullis, porta-voz da Organização Meteorológica Mundial em Genebra.

"Infelizmente, o que estamos vendo hoje é uma antecipação do futuro" se as concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera continuarem aumentando e empurrando o aquecimento global para dois graus acima dos níveis pré-industriais, acrescentou.

O aquecimento global provoca secas e acelera a desertificação em muitas regiões do planeta, declarou o secretário-executivo da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD), Ibrahim Thiaw, na conferência de Madri.

"Não há lugar na Terra para se esconder (...) Nenhum país, rico ou pobre, está protegido" do problema, disse.

burs-tgb/tjc/js/ap

Um quarto da França está sob vigilância para uma onda de calor nesta quinta-feira (16), com possíveis picos locais de 40ºC, temperaturas já superadas na Espanha, que lida com vários incêndios.

A França é afetada desde terça-feira (14) por uma onda de calor vinda do Magrebe via Espanha, que afetou primeiro o sudoeste do país antes de se espalhar.

Temperaturas entre 30 e 35°C foram registradas na quarta-feira na metade sul do país, e a onda de calor aumentará ainda mais.

A Météo-France espera máximas de 34 a 38ºC nesta quinta-feira, com possíveis picos de até 40ºC.

E o clima continuará escaldante na sexta-feira em grande parte do país, com a onda de calor se estendendo às regiões do norte e se intensificando ainda mais no oeste e no sul.

Na parte da tarde, Météo-France prevê 36 a 39ºC nestas regiões, com picos de 40ºC.

Atribuídas ao aquecimento global, as ondas de calor estão aumentando em todo o mundo.

Esta onda "tem um efeito agravante na secura do solo" após uma primavera e um inverno particularmente secos e acentua "o risco de incêndio florestal", explicou à AFP Olivier Proust, meteorologista da Météo-France.

Este é o cenário que enfrenta a vizinha Espanha, que há seis dias sufoca, com temperaturas que em alguns lugares ultrapassam os 40ºC.

O incêndio mais preocupante acontece perto de Baldomar, na província de Lérida (Catalunha, nordeste), onde o fogo já destruiu 500 hectares de floresta, mas tem "potencial" para se espalhar para 20.000 hectares, segundo o governo regional.

Nesta fase, ninguém foi evacuado na região, mas as autoridades colocaram algumas áreas residenciais em alerta como medida de precaução.

Em Lérida, são esperadas temperaturas de até 41ºC nesta quinta-feira, segundo a Agência Meteorológica Espanhola (Aemet), que também prevê temperaturas superiores a 40ºC em Badajoz (sudoeste) e Saragoça (nordeste).

Na Catalunha, outros dois incêndios florestais estavam ativos esta manhã em Solsonés e Tierra Alta, com quase 300 hectares queimados em ambos os casos, segundo o governo catalão.

Outro incêndio ocorre na Sierra de la Culebra, em Zamora (centro).

Esta onda de calor, incomum neste período do ano na Espanha, resultou desde o último fim de semana numa explosão de temperaturas em todo o país, com picos de até 43ºC.

Segundo Aemet, deve durar até sábado.

A Espanha, que este ano viveu o maio mais quente desde o início do século, segundo a agência meteorológica, já passou por quatro episódios de temperaturas extremas nos últimos dez meses.

A multiplicação das ondas de calor, particularmente na Europa, é consequência direta do aquecimento global, explicam os cientistas, com as emissões de gases de efeito estufa aumentando tanto a intensidade, quanto a duração e a frequência desses fenômenos.

Diante de temperaturas que colocam os corpos à prova, algumas empresas se adaptam modulando os horários, principalmente na construção civil.

Na França, as prefeituras adotam medidas para aliviar os moradores. Em Bordeaux (sudoeste), nebulizadores foram instalados em locais conhecidos como "fornos".

E em Lyon, a prefeitura ampliou o horário de funcionamento dos parques e jardins.

Pássaros estão caindo durante o voo e sendo resgatados com quadro de desidratação na Índia. O país sofre uma onda de calor que atingiu temperaturas próximas aos 50 ºC.

O calor também secou fontes de água em Gujarat, na região Oeste, e motivou um alerta do primeiro-ministro Narendra Modi sobre os riscos de incêndio no Sul do país, apontou o Reuters.

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Um hospital veterinário mantido pela organização sem fins lucrativos Jivdaya Charitable Trust, em Ahmedabad, recebeu milhares de pássaros nas últimas semanas, inclusive os de voo alto, como pombos e milhafres. Além de tratar os machucados, os médicos alimentam os animais com tebletes de vitaminas e oferecem água em seringas. 

"Este ano tem sido um dos piores dos últimos tempos. Vimos um crescimento de 10% na quantidade de pássaros que precisam de resgate", disse Manoj Bhavsar, que trabalha com a organização há mais de uma década.

A sensação térmica no município do Rio de Janeiro ultrapassou 50°C nesta terça-feira, 18, batendo o recorde de todo o verão, iniciado em dezembro. Ela chegou a 50,8°C em Jacarepaguá (zona oeste), segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A sensação térmica é a combinação da temperatura com outros fatores meteorológicos, como o vento, e corresponde à percepção que as pessoas têm da temperatura naquele ambiente.

A temperatura também foi recorde, mas apenas deste ano: chegou a 38,5°C no mesmo bairro da zona oeste. Os recordes anteriores tanto de temperatura como de sensação térmica no ano haviam sido registrados na segunda-feira, 17, no mesmo local: 36,2°C e 49,7°C, respectivamente.

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Segundo o Inmet, o calor vai continuar no Rio de Janeiro nesta quarta-feira, 19, com possíveis pancadas de chuva típicas de verão no final do dia. As temperaturas máximas deverão se manter elevadas em grande parte do Brasil, pelo menos, até o dia 23 de janeiro, com destaque para as regiões Sul, Sudeste e Nordeste.

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