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No ano em que o Carnaval ficou impossibilitado de acontecer, por conta da pandemia do novo coronavírus, as lives despontaram como alternativa e alento para aqueles que são apaixonados pela folia. Em Pernambuco, blocos tradicionais como Elefante de Olinda, Cariri e Homem da Meia-Noite, se prepararam para levar até o folião, através da internet, um pouquinho do que é visto e vivido nas ruas do Recife e Olinda durante o ciclo carnavalesco. A programação, no entanto, foi atravessada por um anúncio do Governo do Estado, feito na última quarta (10), proibindo a realização de lives com mais de 10 pessoas em sua produção. A determinação pegou as agremiações e os foliões de surpresa, gerando frustração e revolta. 

Durante coletiva de imprensa, transmitida pelas redes sociais do Governo de Pernambuco na última quarta (10), o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, informou que as lives de Carnaval não poderiam ser realizadas caso ultrapassassem o quantitativo de 10 pessoas em sua produção, com base no decreto Nº 49055, de maio de 2020. O secretário assinalou uma preocupação tanto quanto ao número de pessoas envolvidas nesses eventos online quanto ao risco de aglomeração de foliões nas áreas externas dos locais de transmissão. 

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Pedro Eurico também frisou que serão aplicadas sanções em caso de descumprimento da determinação. "Não estamos fazendo isso porque odiamos os artistas, porque não queremos que as pessoas se divirtam, não, se divirtam dentro de suas casas. Aqueles que tentarem afrontar as determinações do governo, nós vamos aplicar os dispositivos do código penal brasileiro, artigos 268 e 330. As pessoas vão responder criminalmente pelas suas ações”. Tais artigos tratam da desobediência de ordens de funcionários públicos, sobretudo às destinadas a impedir propagação de doença contagiosa e preveem detenção de 15 dias até um ano, além de multa. 

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A medida, anunciada poucos dias antes do ‘início’ do Carnaval de 2021, segundo o calendário, pegou agremiações e foliões de surpresa. A proibição frustrou as comemorações do centenário da Troça Carnavalesca Mista Cariri Olindense que faria sua live de aniversário na segunda (15). “A gente entende a necessidade das medidas restritivas para conter o avanço da Covid, mas meio que não entende porque passar essa informação tão em cima da hora para que a gente não se organizasse, não pensasse em um plano B, uma alternativa, com segurança, com distanciamento, enfim. Vamos seguir o protocolo, vamos cancelar a programação que a gente tava prevendo. Vamos suspender isso, nos readequar a alguma atividade com até 10 pessoas. Estamos pensando nesse formato ou mesmo cancelar tudo e realmente guardar toda essa celebração do centenário do Cariri para tão logo a gente possa se reunir “, disse, em entrevista ao LeiaJá, o diretor de comunicação da agremiação, Hilton Santana.

O diretor do bloco, um dos mais tradicionais do Carnaval de Olinda, afirmou também que o “sentimento de tristeza” por não poder celebrar os 100 anos da troça na rua, em meio ao Carnaval, já havia sido “superado” pelo entendimento da gravidade do momento e a necessidade de cuidar da saúde coletiva. Porém, a impossibilidade de festejar, mesmo que à distância, deu lugar a outra sensação: a frustração. “Nos 45 do segundo tempo ver o pouco de celebração que a gente ia ter do nosso centenário sendo cancelado assim de uma forma inesperada, é realmente frustração. A gente se sente muito frustrado, acredito que não só a gente como o nosso folião, outros carnavalescos também que tinham suas lives programadas, o sentimento é de frustração mesmo”. 

O Cariri Olindense ia celebrar seu centenário com uma programação online. Foto: Reprodução/Instagram

Já a diretoria do Clube Carnavalesco Misto Elefante, bloco cujo hino tornou-se um dos símbolos do Carnaval olindense, está “analisando juridicamente suas possibilidades” e ainda não definiu como irá proceder. O bloco havia programado uma ‘saída simbólica’ com uma live no domingo (14), mesmo dia em que ganha as ladeiras no período momesco. “Não temos nenhum intuito de desrespeitar decretos, sobretudo porque a despeito do poder público ter deixado literalmente para as vésperas do Carnaval para tomar uma decisão, nós do Clube já havíamos decidido não ir às ruas, por entendermos que a saúde das pessoas vem em primeiro lugar”, explicou Juliana Serretti, uma das diretoras do clube. 

No entanto, Juliana aponta algumas incongruências no discurso de Eurico que, segundo ela, vai de encontro a uma determinação do Ministério Público de Pernambuco (MP) expedida na última terça (9).  A diretora cita os artigos 14 e 13 do decreto 49055, de maio de 2020, que determinam a proibição de eventos particulares com mais de 10 pessoas e liberam eventos culturais com até 150, respectivamente.

“O secretário citou o artigo errado para dizer que a live estava proibida. Ele poderia ter citado o parágrafo 5º B do decreto 50052, que diz que eventos carnavalescos estão proibidos. Uma live é um evento carnavalesco. Só que tem esse ofício do MP que o procurador enviou para o próprio Pedro Eurico falando que live não estava abarcada na interpretação do 5B. Se a live não está abarcada de acordo com o próprio MP, se o artigo 13, parágrafo oito, do mesmo decreto do artigo 14 que ele cita permite evento cultural com até 150 pessoas e se o decreto está em pleno vigor, por que a gente não pode fazer? O governo diz uma coisa, o decreto que o governo cita diz outra, o MP diz outra”, explica a diretora.

A live do Elefante ia arrecadar recursos para os trabalhadores do Carnaval. Foto: Reprodução/Instagram

Serretti também diz que tanto o Elefante quanto outras agremiações foram notificadas pelo Procon, na última quinta (11), que orientou que os blocos seriam punidos caso descumprissem as determinações, e reclama da falta de diálogo por parte da gestão. “A gente meio que sofreu ameaça até do Procon, o governo não estabeleceu diálogo com nenhuma agremiação, quando vieram falar com a gente foi através daquele comunicado que Pedro Eurico cita o artigo errado e além disso a gente fica recebendo notificação meio que sendo intimidado. É muito desrespeitoso, isso tudo às vésperas do Carnaval, isso é inacreditável. Existiu sim uma falta de respeito, no mínimo uma negligência”.

A live do Elefante, assim como algumas outras que estavam previstas, visavam a arrecadação de recursos que seriam destinados aos trabalhadores da cadeia produtiva do Carnaval. Juliana cita diversos profissionais, como catadores, ambulantes e costureiras, entre outros, que dependem da renda proveniente da festa  para sobreviver e não serão contemplados pelos auxílios emergenciais anunciados na última semana pelas prefeituras do Recife e de Olinda e pelo Governo do Estado.

“Essas lives que a gente tá fazendo não é porque a gente quer aparecer, ou porque a gente quer afrontar a lei, não é nada disso, é porque os trabalhadores estão precisando e o governo não fez política pública para esse pessoal.  O Carnaval não é só agremiação e artista, é muita gente que depende dele. A gente fez essa live pra ajudar, não vai ficar nada pro clube, até porque a gente não lucra nada com Elefante. É mais fácil eu gastar dinheiro do que lucrar com Elefante. A gente faz por amor. O poder público proíbe (as lives) e não faz a política pública que precisa fazer, assim fica complicado”, lamenta a diretora. 

Cancelamentos

Com a proibição, diversos eventos carnavalescos online foram cancelados, com exceção dos que estavam previamente gravados, a exemplo do festival RecBeat, que será exibido no domingo (14), e da programação do Galo da Madrugada, neste sábado (13).  A esperada saída do Homem da Meia-Noite, que aconteceria ao vivo também no sábado (13), será readequada e gravada para ser exibida no mesmo horário já agendado previamente, às 23h, pelas redes sociais do clube e pela televisão. 

A Troça Carnavalesca Mista Causa Ganha também cancelou sua live e postou um comunicado oficial em seu Instagram. “Repudiamos a forma equivocada e desrespeitosa do Estado de Pernambuco que após um ano de pandemia e produções desses conteúdos deixou para tomar uma decisão violenta na semana dos eventos demonstrando um despreparo e falta de consideração a toda classe artística, sem apresentar aos organizadores nenhuma reparação”. 

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Um caso de covid-19 em um hotel onde estão hospedados tenistas, suas equipes e oficiais dos torneios cancelou a rodada dos torneios preparatórios para o Aberto da Austrália, que estão sendo disputados nesta semana, e aumentou a preocupação da organização do primeiro Grand Slam do ano, que agora corre até risco de ser adiado ou cancelado.

Um funcionário do Grand Hyatt Hotel, em Melbourne, testou positivo para o novo coronavírus nesta quarta-feira. Na sexta-feira, ele realizou seu último turno de trabalho no local onde estão hospedados cerca de 600 pessoas, entre tenistas, membros de suas equipes e funcionários da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais), WTA (Associação Feminina de Tênis), ITF (Federação Internacional de Tênis) e da organização direta das competições australianas.

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Todas as pessoas voltarão a ficar em quarentena mais rígida nas próximas horas até saírem os resultados de novos testes em cada um. Só serão liberados para seguirem competindo aqueles que apresentarem exame negativo. Os eventuais casos positivos vão perder inclusive o Grand Slam, marcado para começar no dia 8.

Sede do Aberto da Austrália, a cidade de Melbourne recebe nesta semana seis torneios, três masculinos e três femininos, todos preparatórios para o primeiro Slam da temporada. Os tenistas e seus times estão competindo no formato de "bolha", com deslocamentos restritos, exames constantes e cuidados intensos com a higiene.

Todos os torneios tiveram suas rodadas desta quinta-feira (pelo horário local) canceladas. Na ATP Cup, competição entre países, Rafael Nadal tinha jogo agendado para defender a Espanha contra a Grécia. No masculino, Melbourne ainda recebe duas competições de nível ATP 250: Murray River Open, com presença dos brasileiros Marcelo Melo e Marcelo Demoliner, e Great Ocean Road Open, com participações de Bruno Soares e Thiago Monteiro.

Luisa Stefani já foi eliminada do torneio Gippsland Trophy. As outras duas competições femininas que estão sendo disputadas nesta semana em Melbourne são a Yarra Valley Classic e o Grampians Trophy.

"Vamos trabalhar com todos os envolvidos para facilitar a testagem o mais rápido possível", afirmou a federação australiana de tênis. "Não teremos partidas em Melbourne Park na quinta-feira. Uma atualização da programação para sexta-feira será anunciada ainda hoje (noite de quarta para quinta, no horário local)."

Pelos protocolos sanitários definidos pela própria federação, os tenistas que tiveram contato direto com um caso positivo de covid-19 devem permanecer em quarentena por 14 dias. Assim, se este critério rígido for aplicado para todos os atletas hospedados no hotel, eles não poderão disputar o Aberto da Austrália.

Geralmente disputado em janeiro, o primeiro Grand Slam do ano foi adiado para fevereiro por conta da pandemia. Um dos poucos países que vem controlando bem o espalhamento da doença, a Austrália aplica regras bem rígidas para viajantes que chegam ao país desde o ano passado. E a federação de tênis precisou se adaptar para atender essas regras e manter a competição no calendário deste ano.

Organizadores do mundialmente famoso festival de música de Coachella, que devia ser celebrado em abril, anunciaram nesta sexta-feira (29) seu cancelamento pelo segundo ano consecutivo, devido à pandemia de Covid-19.

Cameron Kaiser, funcionário de saúde pública do condado de Riverside, na Califórnia, onde o evento é celebrado, disse nesta sexta que a ordem de cancelamento se baseou em preocupações com um "ressurgimento da Covid-19 tanto no condado de Riverside como em todo o mundo".

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Os festivais de música e arte de Coachella e Stagecoach, ambos programados para abril, atraem "centenas de milhares de assistentes de muitos países, inclusive vários afetados desproporcionalmente pela pandemia mundial de Covid-19", reforçou.

"Se casos de Covid-19 forem detectados nestes festivais, o alcance e a quantidade de presentes e a natureza do local tornariam inviável, se não impossível, rastrear quem poderia estar em risco", afirmou.

Os organizadores do festival não informaram se vão tentar procurar uma data posterior para a edição de 2021 do evento.

O Coachella e o Stagecoach são celebrados todos os anos durante dois fins de semana em abril no deserto da Califórnia.

Em 2020, o festival foi adiado para outubro por causa da pandemia, mas as autoridades decidiram depois cancelá-lo.

Estavam previstos shows de Rage Against the Machine, Travis Scott e Frank Ocean.

Segundo informações publicadas na imprensa, a economia do Vale de Coachella sofreu uma queda em sua receita de até 700 milhões de dólares por causa do cancelamento da edição do ano passado do festival.

Há quem diga que o Big Brother Brasil é mais do que um programa de televisão: é um experimento humano. O confinamento de pessoas com diferentes origens e personalidades, em uma casa totalmente isolada do mundo exterior, pode causar reações inimagináveis que, de quebra, ainda promovem entretenimento para o público. 

Na edição de 2020, o elenco do reality descobriu uma fórmula para cativar boa parte da audiência: militar. O grupo de sisters, que ficou conhecido como o das "fadas sensatas”, deu show contra o machismo e pregou a sororidade dentro da casa. Os participantes da atual temporada, a 21ª, parecem ter aprendido a lição e já estão colocando os ensinamentos em prática, o que tem dividido a opinião do público.

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Na última quarta (27), por exemplo, a sister Lumena se incomodou com uma brincadeira dos rapazes que decidiram se maquiar durante ação promovida por uma marca patrocinadora. A psicóloga se sentiu ofendida e explicou os motivos. “Pessoas se maquiam para serem reconhecidas, é algo muito sério, não é apenas uma brincadeira, é identitário". Ela disse já ter ouvido coisas "violentas" de amigas trans e travestis, vítimas de preconceito e, por isso, se incomodou.  

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Dentro da casa, a situação gerou discussão, pedidos de desculpas e de agradecimento pelo posicionamento da sister. Já do lado de fora, o público ainda não decidiu se odeia ou se ama o tom de militância de alguns confinados. O cancelamento vem. Ou, talvez não. Confira algumas das as reações expressadas nas redes sociais. 

“100% de pessoas brancas reclamando que tem MUITA militância no BBB”

“Tudo é cancelamento, tudo é militância. Jesus, bora aproveitar o reality, bora fazer resenha e entreter o povo!”

“Insuportável a militância que tá o bbb, nem começou direito”.

“Tô começando a achar que o objetivo deste BBB do lacre solto é desmoralizar a militância. Cancelar o cancelamento.”

"Parabéns aos envolvidos que estão ESTRAGANDO MINHA ALIENAÇÃO com essa MILITÂNCIA INSUPORTÁVEL”.

“Tô achando esse bbb forçado demais, a maioria com medo de serem cancelados, e por isso estão com essa militância toda”.

O festival de música de Glastonbury, que todo verão recebe mais de 200.000 espectadores em seus prados transformados em cenários ao ar livre, foi cancelado pelo segundo ano consecutivo devido à pandemia, anunciaram seus organizadores nesta quinta-feira (21).

"Apesar dos nossos esforços parar mover céus e terra, ficou claro que simplesmente não poderemos organizar o festival este ano", lamentaram Michael e Emily Eavis em um comunicado divulgado no Twitter.

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Um dos maiores festivais de música do mundo, Glastonbury já havia cancelado em 2020 sua 50ª edição, prevista para junho do ano passado, devido ao coronavírus.

Taylor Swift, Paul McCartney, Kendrick Lamar e Diana Ross estavam programados naquela ocasião para cantar junto com dezenas de outros artistas em um evento que colabora com ONGs como Oxfam, Wateraid e Greenpeace.

Assim como o ano passado, os espectadores que pagaram poderão anticipar para reservar as muito cobiçadas entradas, na possibilidade de guardá-las para a edição de 2022, na qual os organizadores prometeram algo "muito especial".

País mais castigado da Europa pela pandemia, com mais de 93.000 mortes confirmadas por Covid-19, o Reino Unido viu sua potente indústria musical colapsar devido aos confinamentos sucessivos e à proibição de organizar grandes eventos.

O setor, que em 2019 contribuiu para a economia britânica com 5,8 bilhões de libras (7,7 bilhões de dólares, 6,5 bilhões de euros), viu a temporada 2020 "varrida" pelo vírus, segundo um relatório da associação setorial UK Music publicado no início do mês.

E enfrenta "uma ameaça real de que grande parte da temporada 2021" tenha o mesmo destino, acrescentou.

O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, concedeu entrevista à CNN nesta terça-feira (13). Na ocasião, Lopes comentou o caso de Manaus, em que a Prefeitura não liberou o uso das escolas municipais para a aplicação das provas impressas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a partir do domingo (17), bem como o Ministério Público Federal (MPF) no Amazonas solicitou o adiamento do processo seletivo. Ambas as decisões ocorrem para evitar contágio da Covid-19. Na entrevista, o gestor do Inep revelou que o Enem poderá ser cancelado em algumas cidades.

“Nós não trabalhamos com a hipótese do adiamento, o que pode haver é o cancelamento em algumas cidades. Se a gente não puder aplicar a prova, infelizmente essa cidade vai ficar foram do Enem 2020 e fará prova em novembro de 2021”, declarou Alexandre Lopes em entrevista à CNN.

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O gestor do Inep ainda ressaltou que o órgão adotou medidas para garantir “uma aplicação com segurança” no Enem. Ele citou, por exemplo, uso de álcool em gel, distanciamento dos estudantes nas salas, identificação dos candidatos fora dessas salas para evitar aglomeração, entre outras ações.

As provas impressas estão marcadas para os dias 17 e 24 deste mês, enquanto a versão digital está programada para 31 de janeiro e 7 de fevereiro. Ao todo, 5,8 milhões de estudantes estão inscritos no Enem 2020.

Toshiro Muto, diretor-geral do comitê organizador dos Jogos Olímpicos de Tóquio, aumentou, nesta terça-feira, os rumores de que a Olimpíada possa não ter público nas competições ou mesmo ser adiada mais uma vez.

"Acho que teremos que tomar uma decisão muito difícil por volta de fevereiro a março", disse o dirigente em uma entrevista online apresentada pela agência de notícias Kyodo. A preocupação dos organizadores japoneses dos Jogos Olímpicos é por causa do aumento de casos de coronavírus no país e a divulgação de uma pesquisa do desejo de 80% da população local de que a competição fosse adiada ou até mesmo cancelada.

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No entanto, Mori negou que uma reunião já esteja marcada e afirmou ser "absolutamente impossível" adiar os Jogos novamente, principalmente porque o comitê organizador não iria conseguir manter seu quadro de funcionários por mais um ano. Em março de 2020, os Jogos, previstos para terem início em julho, foram adiados até julho de 2021.

"Quando este tipo de informação vem à tona, algumas pessoas podem ficar preocupadas", afirmou Muto. "Quero dizer que não pensamos assim de forma alguma e que essas matérias são falsas", acrescentou. Muto minimizou a pesquisa divulgada no domingo, que mostrou uma queda do apoio da opinião pública à celebração dos Jogos Olímpicos. Na semana passada, o Japão declarou estado de emergência em Tóquio e em suas regiões limítrofes, devido ao aumento de casos de Covid-19.

A situação reforça o ceticismo da opinião pública em relação aos Jogos. Na pesquisa da agência de notícias Kyodo, 45% dos entrevistados se manifestaram a favor de um novo adiamento, e 35%, de seu cancelamento definitivo. "O número de pessoas pedindo o adiamento dos Jogos aumentou muito, mas isso significa que essas pessoas continuam querendo que os Jogos sejam realizados", disse Muto.

"É claro que, para que ocorram, devemos garantir que organizamos Jogos seguros com medidas contra o vírus", frisou Muto.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou na tarde desta quarta-feira, 23, ter cancelado o período de férias de 10 dias que passaria com a esposa durante as festas de fim de ano. Com isso, Doria retoma as funções de governador que havia passado interinamente ao vice, Rodrigo Garcia (DEM).

O comunicado foi feito após Garcia testar positivo para a covid-19 nesta quarta-feira, segundo informações da Secretaria de Comunicação do Estado. Conforme informou a secretaria, o vice-governador cumpriria agenda virtual de trabalho.

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Críticas

Nas redes sociais, o governador João Doria foi alvo de opositores pela licença de dez dias. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente da República, adversário político do tucano, disse pelo Twitter: "Doria embarcou de madrugada para Miami". "Não teria problema nenhum, se não fosse o fato dele decretar restrições em SP para o Natal", complementou.

A União Ciclística Internacional (UCI) anunciou, nesta quarta-feira (23), o cancelamento da Copa do Mundo Paralímpica de Pista, que seria disputada de 25 a 28 de março de 2021, no Rio. O motivo apresentado pelos organizadores foram os problemas enfrentados pela pandemia do coronavírus.

A UCI informou que, após este cancelamento, "procura uma solução para que este campeonato mundial possa ser disputado em 2021", pois se trata de uma qualificação para os Jogos Paralímpicos de Tóquio, que serão disputadas a partir de 24 de agosto.

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A UCI afirmou estar ao lado da comunidade paraciclística neste momento de decepção e agradece aos organizadores do evento por sua cooperação nessas circunstâncias difíceis.

A última disputa de um mundial da modalidade ocorreu em fevereiro na cidade canadense de Milton. Lauro Chaman foi o destaque brasileiro, com três medalhas (duas de prata e uma de bronze).

A prefeitura do Rio anunciou no fim da tarde desta terça-feira, 15, que o réveillon oficial da cidade está cancelado devido à pandemia. A tradicional queima de fogos na orla de Copacabana já havia sido cancelada, mas desde outubro a Riotur anunciava uma festa da virada em formato diferente, com shows em locais fechados, sem público e com transmissão por vídeo. Agora, nem mesmo esses irão acontecer.

"Esta é uma decisão necessária para a proteção de todos. A festa será a da esperança por bons resultados das vacinas para conter a pandemia. Será ainda um momento de reflexão sobre um ano difícil, de luta, com lamentáveis perdas de tantas pessoas. E será também hora de dar graças a Deus pelas vidas salvas", declarou, em nota, o prefeito Marcelo Crivella.

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A ideia inicial da Prefeitura era a de organizar uma festa com seis palcos espalhados em pontos turísticos emblemáticos do Rio, ainda que sem presença de público. Os shows seriam transmitidos pela TV em canal aberto, além de plataformas digitais. Tudo isso seria bancado pela iniciativa privada.

O aumento de casos de contágio de coronavírus nas últimas semanas, contudo, obrigou o cancelamento definitivo. "Quando anunciamos o novo modelo para o Réveillon Rio 2021, falamos em responsabilidade social. O nosso discurso permanece. O motivo do cancelamento nada mais é que uma decisão consciente e responsável", afirmou o presidente da Riotur, Fabricio Villa Flor.

O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), por meio da Promotoria de Justiça de Icoaraci, recomendou à Prefeitura de Belém e ao Governo do Estado o cancelamento da festa de réveillon realizada na orla de Icoaraci e fiscalização de praias, igarapés e outros locais turísticos nos distritos e ilhas de Belém que possam gerar aglomeração durante as festas de fim de ano. Os gestores deverão responder ao MPPA sobre as medidas tomadas.

Segundo a Secretaria de Esyado de Saúde (Sespa), o Pará já tem 281.667 casos de covid-19, com 7.013 mortes. O detalhamento está disponível aqui.

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A recomendação do MPPA foi expedida por Síntia Nonata Neves de Quintanilha Bibas Maradei, titular da 5ª Promotoria de Justiça Cível de Icoaraci. A promotora explica que, desde outubro, a cidade apresenta aumento expressivo na quantidade de pessoas infectadas e na procura por atendimento médico. Ela pontua ainda que as festas de fim de ano podem elevar ainda mais a quantidade de pessoas infectadas. 

A Promotoria requer também que seja dada ampla divulgação ao cancelamento de eventos públicos que possam gerar aglomeração. Além disso, os gestores devem informar a população e donos de bares, restaurantes, casas de show e similares sobre a rígida fiscalização que será realizada, bem como para que cumpram os protocolos sanitários e horários de funcionamento determinados pelo poder público.

"O MPPA recomenda o cumprimento do Decreto Municipal nº 97653, de 29 de outubro de 2020, durante as festas de final de ano nas praias, igarapés, balneários, trapiches e locais com atividades turísticas, bem como em todo o Distritos de Icoaraci, Outeiro e Ilhas, com o objetivo de coibir a transmissão e contaminação pelo novo coronavírus", enfatizou a promotora Síntia Maradei.

Do site do MPPA.

Tema de diversos debates na internet, o movimento conhecido como “cultura do cancelamento” tem chamado cada vez mais atenção. O fenômeno surgiu há alguns anos como uma forma de julgar e repreender atitudes consideradas condenáveis de pessoas que, em sua maioria, têm imagem pública. 

Intensificada no mundo virtual a partir de 2017, o “cancelamento” funciona como uma espécie de tribunal em que qualquer pessoa é punida e excluída da sociedade sem encontrar brechas para justificativa e sem oportunidades para mudança de comportamento e opiniões. A prática ganhou força em todo o mundo e no Brasil existem vários exemplos, como é o caso da blogueira e influenciadora digital Gabriela Pugliesi, que foi bastante criticada após dar uma festa em meio à pandemia do coronavírus em abril deste ano.

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A nova tendência tem gerado questionamentos a respeito dos motivos que levam as pessoas a adotarem a postura de juízes e cancelarem alguém e quais os efeitos são gerados por ela. Do ponto de vista psicológico, o professor da UNAMA - Universidade da Amazônia e doutor em Psicologia Clínica pela PUC-Rio Alessandro Bacchini explica que consequências sofrem aqueles que foram afetados pela cultura do cancelamento e como a sociedade no geral lida com ela. 

O que leva uma pessoa a adotar essa postura e condenar as outras?

Antes de tudo, é importante considerar que estamos diante de um fenômeno recente em nossa cultura com as redes sociais. Este movimento nos coloca num feed infinito de coisas que nos ensina a permanecer conectados por estarmos encontrando, cada vez mais, um espelho. Faz parte de uma psicologia de grupo em Freud (1923), com diálogo estabelecido com a antropologia, que nós nos unamos ao que consideramos igual e nos afastemos e mesmo odiemos o que nomeamos como diferença. O encontro com o outro é, portanto, potencialmente conflituoso. Ocorre que, com as redes sociais, adquirimos a ilusão de que estamos cercados por iguais e de que temos o poder mágico de eliminar as diferenças com um cancelamento ou uma exposição. 

De que maneira isso afeta o psicológico de quem sofre o cancelamento?

Quem sofre o cancelamento pode viver um processo assemelhado à morte de uma parte de si mesmo, seu avatar projetado nas redes sociais. No luto, a falta de interesse pelo mundo e a impossibilidade momentânea de eleger novo objeto amoroso são exemplos de atividades de afastamento a tudo que se liga à memória do que se foi. 

Quem reproduz a cultura do cancelamento e condena outras pessoas também é afetado psicologicamente?

É afetado pela ilusão de onipotência ao tratar o outro como algo que posso eliminar de minha vida, ao passo que o que mais me incomoda no outro tem a ver com o que há de mais íntimo em mim mesmo.

Apontar os erros de outras pessoas pelo cancelamento tem algum efeito?

Talvez o efeito mais recorrente seja o ressentimento pela exclusão.

Existem pontos positivos a respeito da cultura do cancelamento?

Talvez um efeito positivo seja o posicionamento de ideias e proteção de grupos que já vivem exclusão. Mas o autoisolamento pode ser um efeito indesejado desta cultura.

Quem sofre com isso pode posteriormente praticar o mesmo? 

Pode ser que uma pessoa repita este evento traumático em suas relações posteriores, sim.

Qual seria a melhor solução para lidar com isso?

As relações pessoais são imprescindíveis. Viver em relação é lidar com o acaso e com a alteridade em seu sentido radical: o outro é estranho por ser justamente muito familiar; somos seres falantes, portanto, inauguramos nosso lugar no mundo em um jogo de aproximação e afastamento com os outros. No entanto, separar não precisa significar cancelar, aniquilar.

Isabella Cordeiro e Karoline Lima.

 

Vogue Brasil, nesta sexta-feira (30), publicou uma reportagem com a influenciadora digital e ex-BBB Rafa Kalimann. Entrevistada pela revista, ela refletiu sobre a cultura do cancelamento na internet. "Chegamos em um lugar que só vejo o 'cancelamento' como algo totalmente desnecessário e doloroso para quem está vivendo", opinou a beldade.

"Banalizaram algo que poderia ser levado para um outro lugar ou, na minha visão, nem existir. A internet é um lugar tão cheio de possibilidades e as pessoas se juntam para vaiar. Isso é desumano, todos temos o direito e escolha de errar. Existe um grande equívoco. Esperam que as figuras públicas da internet não possam errar", disse ela na sequência.

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Sucesso nas redes sociais, sempre ditando tendências, Rafa também falou das críticas. Ela garantiu que luta para não absorvê-las: "Eu tento enxergar da melhor forma. Se estou colhendo essas críticas é porque existe um outro lado muito prazeroso que está gostando do que eu tenho falado, feito ou exposto. Tento não absorver. [...] Doer dói, mas tento não absorver e olhar para o lado bom".

Paula Toller concedeu uma rara entrevista ao pesquisador musical Rodrigo Faour e abriu o jogo sobre a vida pessoal e a carreira, incluindo o fim do Kid Abelha. Segundo o jornal Extra, durante a live, a artista, de 58 anos de idade, deixou a discrição de lado e esbanjou simpatia durante o bate-papo e mandou até beijinho no ombro para as perseguições que sofreu ao longo da carreira.

"Apanhei muito. Hoje em dia fala-se muito de cancelamento, mas eu sou cancelada pela crítica há décadas. Estou acostumada. Era um massacre, um bullying. Atualmente teria mil nomes para isso. É claro que eu também estava aprendendo. Fazia um monte de coisa que deu certo e um monte de coisa que não deu. Mas eu tinha, sim, a ambição de ser uma compositora, uma cantora, uma artista", disse ela, mostrando que não se incomoda com as críticas.

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A cantora também relembrou os incessantes convites para posar nua quando a banda estava no auge: "Isso era um clássico daquela época, dos anos 80 e 90. Você tinha que cumprir coisas. Você ia no 'Fantástico', ganhava o prêmio tal e posava nua se fosse mulher. Eu pensava naquilo... Eu não fico presa num estúdio de televisão, é diferente. Imaginava eu naquele ônibus com a banda viajando... E aquelas pessoas ali, folheando a revista... Meu filho pequeno... Foram várias propostas. Tinha uma espécie de ranking na época, das mais desejadas, que eram as que não topavam. Mandavam flores, chocolate".

Ao falar sobre a intimidade, Paula até entregou com quantos anos perdeu a virgindade: "Não andava com o pessoal mais moderninho, não. Da minha roda de amizade, da escola ou da rua, fui uma das últimas a namorar. Comecei a namorar com 15, mas fui uma das primeiras a transar. Já tive logo um primeiro namorado que durou quatro anos".

E mostrou que não há ressentimento pelo fim do Kid Abelha: "Tenho o maior respeito, e o Kid Abelha para mim não é nenhum tabu. É uma coisa que só foi boa. Acabou porque tinha que acabar porque não seria mais boa. Tem uma hora que os personagens não cabem mais em você. Sinceramente tive muita sorte de fazer sucesso muito cedo, de fazer um grande sucesso muito cedo. Estou falando de coração. Só tenho boas lembranças. Tudo de bom que tenho na vida foi a música que me deu. Até o Lui (Farias, marido)".

Até então agendada para 8 de novembro, a Maratona de Atenas foi cancelada por causa da pandemia do coronavírus, anunciaram, nesta sexta-feira, os organizadores da tradicional prova, através de comunicado. Assim, a corrida grega se tornou mais uma a deixar de ser realizada em 2020 em função da crise sanitária global.

A prova segue a rota lendária supostamente realizada pelo antigo mensageiro grego Pheidippides de Maratona até Atenas para anunciar a vitória sobre os persas na Batalha de Maratona em 490 a.C. A clássica rota da maratona cresceu em popularidade desde os anos 1970 - a sua primeira edição foi em 1972 - e o evento agora inclui corridas de 10km e 5km. Rotineiramente, atrai mais de 15 mil participantes.

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A federação grega de atletismo disse que considerou realizar a maratona com menos corredores, apenas com o percurso de 42km e testes para covid-19 obrigatórios para todos os inscritos, mas sua proposta às autoridades de saúde locais não recebeu o aval para ser colocada em prática. Assim, não poderia garantir a segurança dos participantes. A Grécia já relatou 18.886 casos de coronavírus, com 393 mortes.

A entidade explicou que os inscritos serão contatados, com a oferta de reembolso ou de transferência da participação para 2021. Disse ainda que vai organizar uma corrida virtual em novembro e que será aberto a todos. Os detalhes desta "edição especial" deverão ser anunciadas nos próximos dias.

A pandemia interrompeu o calendário global de provas de rua, com o cancelamento de algumas das principais provas em 2020, como as maratonas de Berlim, Nova York, Boston e

Chicago. A Maratona de Londres, originalmente marcada para abril, foi adiada para o próximo domingo, sendo que ocorrerá apenas com atletas de elite.

Por falta de acordo sobre alguns vetos, o presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (DEM), cancelou a sessão do Congresso Nacional marcada para esta quarta-feira (30). Entre os itens na pauta da sessão remota deliberativa estava o VET 26/2020, que prorroga a desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia até dezembro de 2021 (MP 936/2020 - Lei 14.020, de 2020) e o VET 56/2019 - Parcial, que derrubou 24 dispositivos do chamado pacote anticrime (PL 6.341/2019 - Lei 13.964, de 2019).

"Diante da inexistência de entendimento suficiente por parte das lideranças do Congresso Nacional sobre matérias a serem deliberadas na sessão do Congresso convocada; em face da necessidade de que a apreciação de vetos presidenciais, especialmente no sistema remoto, se dê com um mínimo de entendimento sobre os vetos a serem deliberados [...] a presidência decide cancelar as sessões deliberativas convocadas para esta quarta-feira", diz a nota divulgada por Davi.

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A primeira parte da sessão do Congresso, para deputados, estava agendada para as 10h, mas não obteve quórum suficiente. O veto à desoneração começaria a ser votado pela Câmara e seguiria para votação no Senado à tarde caso os deputados decidissem por derrubá-lo. São necessários 257 votos na Câmara e 41 no Senado para que um veto seja derrubado. Ambas as reuniões foram canceladas. 

Em agosto, parlamentares fizeram duas sessões focadas na apreciação de vetos, frutos de acordo que previu uma terceira sessão em setembro. A lista completa de vetos está disponível aqui.

*Da Agência Senado

A quarta edição do REC’n’Play teve sua programação alterada por conta da pandemia do novo coronavírus. Os realizadores do evento, o Porto Digital e a Ampla, optaram por cancelar a edição de 2020 por medidas de segurança. O festival retoma suas atividades em 2021. 

Realizado no Bairro do Recife, o REC’n’Play ocupa as ruas do bairro com programação bastante diversificada. As atividades são voltadas para as áreas de inovação, empreendedorismo, economia criativa e tecnologia da informação chegando a atingir 35 mil pessoas por edição. 

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Em virtude das restrições sanitárias impostas pela pandemia do novo coronavírus, a quarta edição do evento, que aconteceria neste ano de 2020, fica devidamente cancelada. A programação deve ser restabelecida em 2021. 


 

Há 15 anos, juremeiros e juremeiras de Pernambuco, e de todo o Brasil, ganharam um evento para celebrar a fé e a ancestralidade ligadas ao culto da Jurema Sagrada, religião de matriz indígena, o Kipupa Malunguinho. A festa conta com uma programação formada por atividades religiosas, educativas e artísticas que têm como objetivo celebrar e homenagear essa tradição e seu representante maior, o mestre Reis Malunguinho.

Porém, o ano de 2020 ficará marcado pelo silêncio na mata do Catucá, local onde a festa é realizada, no município de Abreu e Lima, Região Metropolitana do Recife. Em respeito aos protocolos de segurança impostos pela pandemia do novo coronavírus, que proíbem aglomeração de pessoas, o evento não será realizado. 

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Realizado pelo Quilombo Cultural Malunguinho e Casa das Matas do Reis Malunguinho, o Kipupa reúne, todos os anos, pessoas vindas de todos os lugares do território brasileiro, tendo contabilizado já 10 mil participantes em uma única edição. O evento, um dos únicos voltados à religiosidade indígena no país, cresceu rapidamente transformando-se em importante ferramenta de manutenção e proteção dessas tradições. "São 15 anos dessa trajetória, de muito sucesso. O Kipupa hoje assume esse lugar dentro do Estado como sendo o maior evento da cultura popular e dos povos tradicionais de Pernambuco, já que não temos mais a Festa da Lavadeira. O Kipupa ocupa essa lacuna que deixou tanta saudade e ele assume no Brasil como sendo um evento do país do povo da Jurema", diz o fundador da festa, Alexandre L’Omi L'Odò, sacerdote juremeiro, historiador e mestre em Ciências da Religião. 

A organização da festa pretendia trazer uma atração nacional e os nomes de Leci Brandão e Rita Benedito foram cogitados. Também seriam celebrados os 90 anos da sacerdotisa Terezinha Bulhões e do Terreiro Xambá. A chegada do coronavírus, no entanto, frustrou os planos não só dos realizadores como dos frequentadores do Kipupa. "Realmente, quando começou a pandemia a gente começou a perder as esperanças porque já imaginávamos que seria impossível aglomerar 10 mil pessoas num contexto de pandemia, então todos os planos foram por água abaixo", lamenta Alexandre.

Alexandre L'Omi L'Odo é um dos idealizadores e fundadores do Kipupa. Foto: Reprodução/Flickr Kipupa Malunguinho

A espiritualidade também se posicionou orientando seus seguidores a não realizar qualquer programação sem a devida segurança. Os filhos, prontamente, obedeceram. "Malunguinho, que é a divindade que tá à frente, ele se manteve apoiando o lado de que não haveria o evento. Ele sempre orientou que a festa se faz a qualquer momento mas o importante nessa hora seria preservar a vida. Foi uma orientação expressa da própria divindade, ele disse que não queria de jeito nenhum, a gente até tentou forçar a barra mas ele bateu o pé e disse que não e a gente respeita primeiramente as vontades dele". 

O Sacerdote explica ainda, que este é um momento delicado, para todos de maneira geral, e que tem sido necessário um certo afastamento de determinadas atividades para que a espiritualidade possa atuar. "Para a Jurema, esse momento tem sido de muito trabalho espiritual já que eles estão recebendo muitas pessoas do outro lado e é preciso orientar os espíritos que estão perdidos lá. Então, nesse momento é importante o silêncio, o resguardo, ficar quieto".

Para 2021, Alexandre ainda não tem qualquer previsão e acha precoce tomar qualquer decisão em relação ao futuro do evento agora. "É muito cedo ainda, não temos vacina nem uma solução viável para a resolução do coronavírus. Em setembro do ano que vem talvez ainda estejamos nesse processo, mas estamos de coração bem tranquilo esperando todo o desfecho dessa situação; apenas rezando muito na Jurema por todos aqueles que estão sofrendo e pedindo muito para q a Jurema e os bons espíritos de luz e os orixás possam abençoar a vida de todos e a gente possa sair dessa situação".   

O evento já chegou a reunir 10 mil pessoas na Mata do Catucá. Foto: Reprodução/Flickr Kipupa Malunguinho

Sendo assim, o Kipupa Malunguinho passará pelo seu 15° ano silenciado, mas não por completo. Nesta sexta (18), acontece o seminário Malunguinho 185 anos vivo na alma de um povo. Aberto a todos os interessados, o evento online vai cumprir a etapa educativa do Kipupa. "Mesmo com a trajetória de quase 20 anos de luta do Quilombo Cultural Malunguinho, que é a instituição que realiza o Kipupa Malunguinho ainda é um grande desconhecido da sociedade e não tem 30% do reconhecimento que Zumbi dos Palmares tem como líder pela luta da liberdade do seu povo. Ele (Malunguinho), é o único líder quilombola que não morreu, ele se manteve vivo no terreiro e se comunica com todos, por mais forte que seja o racismo no Brasil, Malunguinho é o exemplo de superação da vida sobre a morte e a cada ano ele agrega mais e mais pessoas".

O Seminário será conduzido pelo professor titular da Universidade federal de Pernambuco e PhD em História, Marcus Carvalho. A transmissão começa às 20h30, no canal de Alexandre L'Omi no Youtube. Os participantes receberão certificado após a atividade. 

 

 

A pedido do líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), a reunião de líderes da Câmara e do Senado agendada para esta terça-feira (8) foi cancelada. O encontro foi marcado para discussão de vetos presidenciais pendentes de análise no Congresso, entre eles os do pacote anticrime e o da desoneração da folha de pagamentos.

Ao Broadcast Político, o líder do PSL no Senado, Major Olimpio (SP), disse que um dos motivos para o cancelamento foi a falta de acordo sobre o veto da desoneração da folha de pagamentos. A manutenção do benefício para as empresas até 2021 foi incluída no texto de uma medida provisória pelo Congresso. O governo, no entanto, defende a regra atual, que prevê que a desoneração valerá até o fim deste ano.

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Para o líder da Rede no Senado, Randolfe Rodrigues (AP), o adiamento da discussão é uma ação "coordenada" entre o governo e o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para adiar a análise do veto. "É uma ação do governo, claramente, para tentar empurrar com a barriga, mais uma vez, o veto da desoneração", disse ao Broadcast. Para ele, há maioria para reverter o veto de Bolsonaro.

Nesta segunda, o próprio líder do governo, Eduardo Gomes, reconheceu que o veto deve ser derrubado. Em entrevista à TV GloboNews, Gomes disse que o "Congresso conta com base muito mais sólida para apoiar o governo e as reformas" e que os vetos estão sendo negociados com a oposição. Ainda não há uma nova data para a reunião de líderes.

Pacote anticrime

Também não há acordo em relação aos vetos à lei anticrime, bandeira do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. Entre os dispositivos vetados pelo presidente Jair Bolsonaro e que podem ser resgatados pelo Congresso, está o que triplica a pena para crimes contra honra quando são cometidos pela internet.

O Lollapalooza Brasil 2020, maior festival de música alternativa no país, não vai mais acontecer neste ano. O anúncio da organização veio através dos seus canais oficiais, na última sexta-feira (4). O evento foi adiado por causa do novo coronavírus e a próxima edição está prevista para os dias 10, 11 e 12 de setembro de 2021.

Em 2020, o festival inicialmente aconteceria na primeira semana de abril, mas já havia sido remarcado para 4, 5 e 6 de dezembro, no autódromo de Interlagos, Zona Sul de São Paulo. Nas chamadas anteriores, atrações como Guns N’ Roses, The Strokes e Travis Scott já estavam confirmadas enquanto headliners. O evento anunciou ainda a presença de Lana del Rey, Gwen Stefani, Pabllo Vittar e Emicida. A nova line up ainda não foi divulgada.

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Em nota, a organização prometeu manter a proposta e as diretrizes de sempre, como o “característico do festival”. Os ingressos continuam válidos para a reedição de 2021. Caso o comprador não possa ir ao festival nas novas datas, o valor do ingresso poderá ser solicitado como créditos com validade de 12 meses, utilizáveis em qualquer evento produzido pela Time For Fun (T4F).

Assim como o Brasil, Chile e Argentina também tiveram suas edições desmarcadas e acontecerão no fim de 2021.

Leia o comunicado completo, publicado na última sexta-feira (4)

"O Lollapalooza Brasil não vai mais acontecer em dezembro de 2020 seguindo as orientações das autoridades de saúde nacionais. A gente amaria fazer mais um festival inesquecível nesse ano, mas a segurança dos fãs, artistas, parceiros, equipe e comunidade continua sendo nossa maior prioridade.

O festival agora acontece nos dias 10, 11 e 12 de setembro de 2021. Os ingressos de 2020 continuam válidos para as novas datas.

Agradecemos a paciência de vocês durante todo o processo. Estamos tristes por não podermos estar no 9º festival anual em 2020, mas o encontro permanece vivo, agora em 2021. Entendemos que, como comunidade, todos nós estamos enfrentando tempos difíceis.

O Lollapalooza Brasil é mais do que música: nós vivemos o clássico e o novo, o compromisso social, a cultura, a sustentabilidade, a diversidade e a inclusão. Nosso amor pela música ao vivo vai além do palco. Para 2021, continuamos com o objetivo de expandir ainda mais a nossa cultura de integração e diversidade, abraçando as causas que hoje precisam do apoio de todos nós.

Estamos animados para compartilhar o novo line-up e mais informações assim que possível. Enquanto isso, continuem se cuidando e cuidando dos próximos. Nos vemos em 2021!

Quem não puder ir ao festival nas novas datas pode solicitar o valor do ingresso em créditos com validade de 12 meses, utilizáveis em qualquer evento produzido pela T4F, de acordo com a lei nº 14.046."

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