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A acareação entre o ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni, e o deputado Luis Miranda (DEM-DF) foi cancelada pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid. A audiência estava marcada para esta quarta-feira (18).

A acareação foi marcada para abordar a controvérsia envolvendo a compra da vacina indiana Covaxin, cuja análise de irregularidades colocam as versões de Onyx e Luis Miranda em confronto. A CPI dizia ter outras informações acessadas por sigilo para abordar na acareação, mas não avançou.

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"Do ponto de vista da investigação, ia ser pouco produtivo", afirmou o vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), ao justificar o cancelamento da audiência.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid avalia cancelar a acareação entre o ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, e o deputado Luís Miranda (DEM-DF). O grupo de senadores da oposição e independentes que representam a maioria da CPI vai se reunir na noite desta segunda-feira, 16, e bater o martelo sobre o cancelamento.

A acareação foi aprovada na semana passada pela CPI e está prevista para acontecer nesta semana. No entanto, na avaliação do presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), colocar Onyx e Miranda frente a frente na CPI não vai trazer nenhum fato novo que ajude as investigações, visto que as versões de ambos já são conhecidas.

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O principal ponto de divergência entre o ministro e o deputado é sobre as notas fiscais internacionais (invoices) da negociação do governo brasileiro pela compra da vacina indiana. O deputado disse ter alertado o presidente Jair Bolsonaro, no dia 20 de março, sobre um esquema de corrupção envolvendo o contrato enviado pela Precisa Medicamentos, que intermediou a negociação, ao Ministério da Saúde.

"O fato novo vai ser amanhã, o Alexandre", declarou Omar, em referência ao depoimento de Alexandre Marques, auditor do Tribunal de Contas da União (TCU) que produziu um documento que dizia haver supernotificação nos números oficiais de mortes por coronavírus. O documento, que não encontra respaldo no TCU e nem qualquer outra comprovação, foi usado pelo presidente Jair Bolsonaro para minimizar os efeitos da pandemia.

Na última semana, diversos usuários do serviço de streaming HBO Max foram surpreendidos com o cancelamento de suas assinaturas. O motivo é decorrente de uma falha de comunicação entre a plataforma e as empresas de cartões de créditos, que impede o pagamento da mensalidade e, consequentemente, cancela a assinatura.

Ao que tudo indica, a falha é similar ao que ocorreu no lançamento do HBO Max em 29 de junho, quando diversos usuários relataram problemas para assinar o serviço, uma vez que a plataforma recusava o pagamento de diversos cartões de crédito. O maior agravante é que, com o cancelamento, muitos clientes perderam o desconto vitalício de 50%, oferecido para quem aderisse ao serviço até 30 de julho.

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Após receber diversas reclamações dos usuários nas redes sociais, o HBO Max declarou em nota que auxiliará os clientes a recuperar suas contas. De acordo com a empresa, aqueles que foram prejudicados devem entrar em contato por meio do suporte@hbomax.com, para serem redirecionados ao suporte de Experiência do Consumidor.

Embora tenha conseguido resultados positivos em sua estreia na América Latina, o primeiro mês da HBO Max no Brasil veio acompanhado de diversos problemas. Além das dificuldades em realizar a assinatura, muitos usuários relataram problemas de funcionamento na plataforma, legendas bagunçadas e a ausência do aplicativo em alguns dispositivos. 

Nesta quinta-feira (29), o Ministério da Saúde divulgou que vai cancelar o contrato com a Precisa Medicamentos, empresa que foi intermediária da Bharat Biotech no Brasil, para a compra da vacina Covaxin.

A pasta aponta que isso acontece "após rigorosas análises e auditorias realizadas pela CGU (Controladoria Geral da União) em relação ao contrato de aquisição e importação da vacina".

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O ministro Marcelo Queiroga detalha que as tratativas que foram feitas com a Bharat, por intermédio da Precisa, ocorreram num momento em que havia escassez de vacinas no mundo. 

"Portanto, esses 20 milhões, naquele momento, seriam importantíssimos para o Programa de Imunizações. Mas, hoje, não faz sentido, porque o número de doses não alteraria em nada o curso do nosso PNI. Então, é uma questão de conveniência e oportunidade", pontua Queiroga.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta quinta-feira, 29, que o contrato de compra da vacina indiana Covaxin será cancelado. Segundo Queiroga, a decisão foi tomada após investigação da Controladoria-Geral da União (CGU) sobre o processo de aquisição de 20 milhões de doses por R$ 1,6 bilhão.

"A posição do Ministério da Saúde acerca dos fatos apurados pela CGU será de cancelamento do contrato", afirmou. As ilegalidades envolvendo a compra da vacina foram descobertas pela CPI da Covid. No relatório, a CGU tenta descaracterizar as descobertas da comissão.

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O ministro Wagner Rosario, da CGU, declarou que a investigação do órgão detectou como problema no processo de compra da Covaxin duas cartas enviadas pela Precisa Medicamentos ao Ministério da Saúde e supostamente assinadas por um diretor da Bharat Biotech, cujas autenticidades não são reconhecidas pela farmacêutica indiana. Foi a própria empresa indiana, porém, que veio a público informar que não reconhecia a autoria dos documentos.

"Esses dois documentos foram confeccionados a partir de um miolo de imagem de texto em português sob uma moldura de imagem de outro documento digitalizado", disse o ministro. "Não temos certeza de quem fez isso."

A principal irregularidade identificada pela CPI da Covid, que se tornou o principal front de desgaste do governo Bolsonaro, não foi reconhecida na auditoria da CGU. O ministro disse que não houve sobrepreço no preço da Covaxin e que o valor do imunizante, de US$ 15, é "aderente aos preços praticados pela empresa em suas negociações a nível mundial".

O ministro não relatou, contudo, se houve tentativa de negociação de valor da vacina durante o processo de aquisição. Como revelou o Estadão, o valor de US$ 15 por dose é 1.000% mais alto do que a própria fabricante estimou seis meses antes, em agosto de 2020.

Telegrama da embaixada brasileira na Índia registrou que, em um evento na Índia, a Bharat informou que o preço por dose da vacina, quando estivesse pronta, poderia ser de 100 rúpias (US$ 1,34, na cotação da época). Este valor não chegou a ser oferecido ao governo brasileiro. Em abril deste ano, após ter fechado contrato com o Brasil, a empresa divulgou uma tabela de preços com valores mais altos para exportação do que para o mercado interno. A vacina foi a mais cara negociada pelo governo brasileiro.

Segundo o ministro da CGU, a contratação de 20 milhões de doses está justificada, embora haja uma "incompletude de informações" sobre o porquê de o Ministério da Saúde ter definido esta quantidade de vacinas como a ideal. O chefe da CGU declarou ainda que a celeridade na contratação também foi justificada. O ministro comparou a compra com a aquisição da vacina russa Sputnik V e não com outros imunizantes. Essa é mais uma das possíveis ilegalidades levantadas pela CPI, e que o ministro fez questão de minimizar.

Sobre os invoices (notas fiscais internacionais) apresentados pela Precisa Medicamentos à Saúde, um dos pontos de maior polêmica do contrato, o ministro tampouco identificou problemas. Segundo ele, todas as imprecisões das notas fiscais foram detectadas pelo controle interno da Saúde, e a fiscal do contrato, Regina Celia Oliveira, promoveu a resolução dos problemas.

As irregularidades nesse documento foram reveladas pelo servidor do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Miranda, e pelo irmão dele, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), em depoimento à CPI do Covid. O servidor também havia prestado depoimento no âmbito de uma investigação do Ministério Público Federal do Distrito Federal.

Os irmãos Miranda contaram ter relatado ao presidente Jair Bolsonaro problemas no primeiro documento necessário à importação do produto. Segundo eles, a primeira nota fiscal chegou à Saúde em 18 de março. Dentre os erros, estavam o pedido de pagamento a uma empresa que não constava do contrato (Madison Biotech) e de forma 100% adiantada, o que também contrariava o acordo formal. Termo que nenhum outro contrato registrou.

O ministro da CGU tratou a data de chegada da primeira invoice como 22 de março, uma narrativa que converge com a do Palácio do Planalto. Rosario também criticou o servidor que denunciou o "rolo da vacina", como resumiu o presidente. "A única coisa que a gente vai esclarecer para ele (Luis Ricardo) é que dentro do governo federal existe um mecanismo chamado FalaBR, que é um canal de denúncia. Canal de denúncia não é procurar irmão, nem procurar o presidente", disse. "Canal de denúncia está dentro do governo e ele vai ser esclarecido de que isso traz muito mais efetividade ao processo do que ficar conversando por fora das atividades de trabalho."

Rosario afirmou que os problemas detectados pela CGU no processo de compra não estão relacionados às denúncias dos irmãos Miranda. A Polícia Federal investiga as denúncias da dupla. "O que foi afirmado por ele ainda não está confirmado, porque nós não temos certeza se essas invoices foram encaminhadas no dia 18 ou no dia 22. Esse documento constava de um anexo de e-mail no Dropbox e estamos fazendo uma perícia para verificar se esse documento foi enviado ou não", declarou. "Caso não tenha sido enviado, inclusive, a ida (dos irmãos ao presidente Bolsonaro) para se levar problemas... ela pode ser toda uma falsidade."

A data do recebimento da documentação é importante para as investigações sobre a suposta prevaricação do presidente Jair Bolsonaro ao receber as denúncias. A tese dos senadores governistas na CPI é de que, se não houve envio da invoice em 18 de março, o presidente não poderia ter sido avisado sobre as inconsistências na nota fiscal enviada pela Precisa no dia 20. A acusação de prevaricação não se sustentaria.

Cancelamento do contrato

O ministro da Saúde declarou que, em virtude da Lei de Licitações, a empresa Precisa Medicamentos, ex-representante da Bharat Biotech - fabricante da vacina -, será notificada para apresentar sua defesa. Segundo Queiroga, o objeto da contratação foi perdido, porque as vacinas não foram entregues no prazo contratual. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária não autorizou o uso do imunizante de forma emergencial ou definitivo. Na terça-feira, 27, a Anvisa suspendeu licença excepcional e temporária que havia concedido ao Ministério para importação da vacina.

"Mesmo que a Anvisa tenha ultimamente autorizado a importação, o número de doses que nós poderíamos importar era um número muito pequeno, que em nada alteraria o curso do nosso Programa Nacional de Imunização", disse Queiroga.

"A própria Bharat Biotech desconstituiu a Precisa como sua representante no Brasil. O contrato, independente de qualquer outro ponto, já perdeu o objeto, e o Ministério da Saúde apenas aguarda o posicionamento da Precisa para considerar esse assunto Bharat Biotech encerrado no âmbito administrativo."

A promotora Helena Capela, da 34ª Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania da Capital, expediu uma recomendação para que o protesto contra o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido), marcado para acontecer às 9h do próximo sábado (29), não ocorra. O posicionamento foi expedido nesta sexta (28) e refere-se ao Procedimento Administrativo nº 02061.000.268/2020 para a não realização de quaisquer atos que possam vir a ocasionar aglomerações de pessoas.

A recomendação tem por base os decretos executivos do governo do Estado de Pernambuco nº 50.561, de 23 de abril de 2021 e do Decreto nº 50.752, de 24 de maio de 2021. “Não é permitida, de acordo com os decretos estaduais, neste momento, a realização de manifestação presencial como a agendada para o próximo 29 de maio, diante do atual cenário de recrudescimento da pandemia da Covid-19 no Estado de Pernambuco, o qual adotou, inclusive, medidas mais restritivas comparadas a de alguns estados da Federação”, afirma Capela.

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De acordo a promotora, o decreto nº 50.561 determina que “permanece vedada no Estado a realização de shows, festas, eventos sociais e corporativos de qualquer tipo, com ou sem comercialização de ingressos, em ambientes fechados ou abertos, públicos ou privados, inclusive em clubes sociais, hotéis, bares, restaurantes, faixa de areia e barracas de praia, independentemente do número de participantes”.

Já o artigo 3 do Decreto nº 50.752 prevê a vedação, nos finais de semana, de 29 a 30 de maio, e de 5 a 6 de junho de 2021, do funcionamento de estabelecimentos e da  prática de atividades econômicas e sociais de forma presencial. Em seu posicionamento, a promotora coloca ainda que o Código Penal brasileiro, nos artigos 267 e 268,  tipifica como crime  casos em que cidadãos ou organizações apoiem a disseminação de uma epidemia ou mesmo a infração à determinação do poder público que venha impedir a disseminação de doença contagiosa.

De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), o documento é destinado aos  integrantes das  Frentes Povo sem Medo e Brasil Popular, à Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares, ao  Partido dos Trabalhadores (PT), ao Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), à Central Única dos Trabalhadores (CUT) e à União Nacional dos Estudantes (UNE), bem como às demais entidades e movimentos sociais que estão convocando e convidando a população para o protesto. “Tais entidades devem, ainda, comunicar o MPPE sobre o acatamento da Recomendação”, diz a assessoria.

Desistência do PT

Diante da recomendação, o diretório estadual do PT Pernambuco informou, por meio de nota publicada na noite desta sexta, que o partido não irá mais participar da mobilização. Leia o posicionamento na íntegra:

"Companheiros e companheiras,

Tendo em vista a NOTIFICAÇÃO - RECOMENDAÇÃO do Ministério Público de Pernambuco, em anexo, fica determinado que o Partido dos Trabalhadores de Pernambuco não participará e nem apoiará a participação em nenhum ato público presencial no Estado, programado para o dia 29 de maio de 2021. Solicitamos o cumprimento rigoroso desta NOTIFICAÇÃO, em atenção às medidas restritivas dos Decretos Executivos do Governo do Estado n. 50.561/21 e 50.572/21".

O ministro da Economia, Paulo Guedes, cancelou a viagem a São Paulo nesta quinta-feira para acompanhar, com outros ministros, a chegada de 1,350 milhão de doses da vacina da Pfizer contra a covid-19. Além do recebimento dos imunizantes no Aeroporto de Viracopos (em Campinas), às 18 horas, Guedes visitaria o Centro de Distribuição de Insumos Críticos de Saúde de Guarulhos às 14 horas.

O Ministério da Economia não informou ainda o motivo do cancelamento e apenas disse que outros compromissos entrarão na agenda de Guedes durante a tarde.

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O ministro ainda participa de reunião eletrônica do Conselho Monetário Nacional (CMN) a partir das 14 horas. A divulgação dos votos do colegiado ocorrerá após as 18h.

Recordista de rejeição na história do Big Brother Brasil com 99,17% dos votos, Karol Conká ressignificou as críticas e lançou, nesta quinta-feira (29), a série documental em que retrata a sua trajetória após a participação no reality. Considerada a maior vilã do programa, a conduta da cantora na Casa reacendeu o debate sobre linchamento virtual e o cancelamento.

Dividida em quatro episódios, "A Vida Depois do Tombo" foi lançada pelo Globoplay e aborda a retomada da carreira da 4ª eliminada da edição 22. O registro também conta histórias pessoais da artista e tenta justificar de onde partiram as atitudes que lhe renderam a desaprovação da grande maioria dos fãs do programa.

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"Passei por um processo mega doloroso. Não tá sendo fácil para mim até agora. Então eu tenho que fazer um esforço enorme para sentir graça de viver [...] ou eu ficava me reprovando ou enxergaria esse momento de tombo como convite para enxergar uma possibilidade melhor de me tornar uma pessoa mais madura", disse Conká nessa quarta (29), em entrevista ao programa Saia Justa da GNT.

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Devido à pandemia do novo coronavírus (covid-19), a Federação Internacional de Natação (Fina) cancelou nesta quinta-feira (1) a Copa do Mundo de Saltos Ornamentais, que seria realizada entre os dias 18 e 23 deste mês, em Tóquio (Japão). No torneio, que funcionaria como pré-olímpico da modalidade, a seleção brasileira buscaria vagas para os Jogos de 2021, também na capital japonesa.

Segundo a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), o cancelamento foi informado por meio de comunicado, após a força tarefa da Fina avaliar que não seria possível garantir a saúde dos participantes em relação à covid-19. Ainda no documento, conforme a CBDA, “toda a logística ficaria prejudicada com o plano enviado pela organização local”.

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Não há previsão de data de remarcação da Copa do Mundo. Segundo a CBDA, também pelo comunicado, a Fina se compromete a fazer “tudo que estiver ao alcance para definir o mais breve possível uma nova data e local para a realização da competição que definirá os nomes para os Jogos Olímpicos”.

O Brasil terá oito representantes na competição, classificados via seletiva realizada em fevereiro, no Parque Aquático Maria Lenk, no Rio de Janeiro: Ingrid Oliveira, Giovanna Pedroso, Anna Lucia Santos, Luana Lira, Isaac Souza, Ian Matos, Luis Felipe Moura e Kawan Pereira. No Campeonato Sul-Americano de Esportes Aquáticos, em Buenos Aires (Argentina), os brasileiros foram 14 vezes ao pódio, com cinco ouros, e a seleção levou o título de campeã geral da modalidade.

O Orçamento de 2021 emparedou o presidente Jair Bolsonaro. De um lado, o ministro da Economia, Paulo Guedes, que recomendou veto parcial ao projeto aprovado com o alerta de que o presidente Jair Bolsonaro corre o risco de um processo de impeachment. Do outro, o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), que não quer o veto e não vê motivos para a abertura de um processo de afastamento do presidente tendo como base o Orçamento.

A interlocutores, Lira diz que Guedes quer fazer "terrorismo". Como é o presidente da Câmara o responsável por abrir um processo de impeachment, Lira afirma que um novo pedido com base nas mudanças feitas pelos parlamentares na lei orçamentária seria "apenas mais um na gaveta".

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"Guedes não tem interlocução com o Congresso. Ele vai brigar com quem o apoia? Aí fica difícil", disse Lira a interlocutores.

Na quarta-feira, 31, Lira e Guedes estiveram reunidos no Planalto com a ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, o ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, e o senador Márcio Bittar (MDB-AC), relator do Orçamento.

Bittar comunicou formalmente ao presidente que, após a sanção do texto, vai cancelar R$ 10 bilhões em emendas como forma de resolver o impasse. O cancelamento nas emendas permite ao governo direcionar recursos a despesas obrigatórias que foram subestimadas no Orçamento, como Previdência e seguro-desemprego. Para aumentar as emendas, o senador cortou R$ 26,5 bilhões em despesas obrigatórias.

Bittar disse que a decisão de cancelar parte das emendas foi tomada após reflexões entre lideranças e as presidências da Câmara e do Senado. Para Lira, o cancelamento já resolve o impasse. Não é o que acha a equipe econômica. O mercado financeiro também reagiu negativamente ao valor. Guedes não aceita esse valor e recomendou que o presidente não sancione o Orçamento alegando o risco de irresponsabilidade fiscal.

A consultoria da Câmara apontou insuficiência de R$ 32,7 bilhões após as alterações e omissões de despesas obrigatórias no projeto aprovado pelo Congresso. O parecer dos auditores já está na mão de parlamentares que requisitaram uma análise técnica dos consultores para basearem suas posições sobre o Orçamento aprovado na semana passada.

Para cumprir as despesas com benefícios previdenciários, o governo terá de encaminhar um novo projeto de lei para abrir crédito suplementar no Orçamento. O cancelamento de emendas, porém, só pode ser feito com aval dos autores dessas indicações, ou seja, os próprios parlamentares. Sem essa autorização prévia do Congresso, o governo só pode cancelar despesas sob o guarda-chuva do próprio Executivo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Universidade de Brasília (UnB), uma das maiores instituições federais de ensino do país, anunciou que mudará seus processos seletivos para a entrada de novos estudantes por conta da pandemia da Covid-19.  

A instituição informou que cancelou o vestibular do meio do ano por causa “do cenário de incerteza dos próximos meses”. As vagas serão remanejadas para entrada de alunos por seleção que leva em consideração as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

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Já o Processo de Avaliação Seriada (PAS), com avaliações ao fim de cada ano do ensino médio, também teve sua prova final, antes prevista para o dia 7 de março, cancelada. Com isso, a entrada de alunos que anteriormente era dividida em dois semestres será concentrada no 2º semestre de 2021. O último exame foi programado para janeiro do ano que vem.

O acesso a partir das notas do Enem já teve processo iniciado com a publicação de um edital. Mas, segundo a UnB, deve haver um novo edital com mais prazo e ajuste do número de vagas. Será possível usar notas do Enem dos últimos três anos.

O primeiro semestre de 2021 terá início em 19 de julho. Já o 2º semestre de 2021 começará em 17 de janeiro de 2022.

Desta forma, a distribuição anual de vagas da UnB muda. Até o ano passado, ela funcionava da seguinte maneira:

- 1º semestre – 25% das vagas para o Processo de Avaliação Seriada + 25% das vagas para o acesso por nota do Enem.

- 2º semestre – 25% das vagas para o PAS + 25% das vagas para aprovados no vestibular.

Com as mudanças, o ingresso dos alunos fica organizado assim:

- 1º semestre de 2021 – 50% das vagas para acesso por notas do Enem.

- 2º semestre de 2021 – 50% das vagas pelo PAS.

A Federação Norte-rio-grandense de Futebol (FNF) cancelou, com a anuência dos clubes, o Campeonato Potiguar de 2021. No domingo, a entidade, a Associação dos Cronistas Esportivos do Rio Grande do Norte (ACERN) e o Sindicato dos Atletas de Futebol Profissional do Estado do RN (SAFERN) já haviam criticado a decisão do governo do Rio Grande do Norte em paralisar o Estadual.

O Campeonato Potiguar foi cancelado com apenas quatro rodadas disputadas. América e ABC estavam na zona de classificação para a final do primeiro turno.

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A FNF tentou a retomada do Potiguar, mas o governo estadual não liberou. Nem mesmo deu garantias que a volta seria em 3 de abril, como anunciado anteriormente. Diante disso, FNF e clubes decidiram cancelar a edição 2021. "Momento de decisão difícil esta tarde na FNF. Juntamente com os clubes, diante das últimas decisões do governo, decidimos cancelar o Campeonato Potiguar 2021", escreveu José Vanildo, presidente da FNF, em suas redes sociais.

Mesmo com os jogos vetados, o governo do RN liberou os treinamentos apenas para ABC e América, que disputam competições nacionais em 2021. E isso foi um dos motivos para a FNF criticar duramente a gestão da governadora Fátima Bezerra (PT).

"Foi aberta uma exceção para as equipes que estão disputando competições nacionais. Tal decisão demonstra que o motivo maior da suspensão da competição não é a propagação da covid-19 e muito menos as vidas que se perderam no Rio Grande do Norte em decorrência da doença. Se assim fosse, não seriam abertas exceções para beneficiar determinadas equipes. Trata-se de um motivo político, sem qualquer coerência ou razoabilidade. A decisão demonstra que o argumento científico da paralisação é secundário, ou o vírus só se propagará nos treinos das 6 equipes que disputarão o estadual e não nos treinos das equipes que estão jogando o campeonato nacional?", diz a nota.

OUTROS ESTADOS - Nesta quinta-feira, o governo do Espírito Santo também endureceu as regras no Estado e o Capixaba não voltará mais em 1º de abril. O Estadual ficará parado até, pelo menos, até o dia 4. Assim como a competição do ES, outros Estaduais estão paralisados, como o Candango, Cearense, Goiano, Mineiro, Paraense, Paulista e Tocantinense, fora Amapaense, Acreano, Rondoniense e Roraimense que sequer começaram. O Catarinense ficou 15 dias parado e voltou em 19 de março.

O concurso da Autarquia Municipal de Previdência à Saúde dos Servidores de Recife (Reciprev) foi cancelado, de acordo com a portaria nº 220/2021, divulgada nesta quinta-feira (18), no Diário Oficial da Prefeitura do Recife. O informe explicita que os trabalhos da Comissão Organizadora serão reabertos pelo prazo de 180 dias, podendo ser prorrogados, com o intuito de finalizar o encerramento do processo seletivo. A Portaria também informa que providenciará a devolução dos valores pagos aos inscritos, e realizará acordos com a banca organizadora sobre o encerramento contratual.

Com quase um ano de inatividade no processo seletivo, o concurso havia aberto suas inscrições em 17 de fevereiro de 2020, sendo suspendido em 21 de março do mesmo ano, devido à pandemia do coronavírus. As provas objetivas também estavam sem data marcada para serem realizadas.

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Os cargos  que estavam sendo ofertados eram de Analista de Previdência  e Assistência à Saúde, Técnico em Previdência e Assistência à Saúde, e Assistente de  Previdência e Assistência à Saúde, com salários que variavam de R$1.603,50 a R$6.170,00.

O Palácio do Planalto confirmou há pouco que o presidente Jair Bolsonaro cancelou a viagem à Argentina neste mês para as comemorações dos 30 anos do Mercosul. O presidente havia comunicado no último dia 4 que iria ao País vizinho no dia 26 de março.

Devido ao avanço da pandemia de covid-19 na América do Sul, o presidente da Argentina, Alberto Fernández, decidiu alterar o formato da celebração para um encontro virtual.

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"A República Argentina, que exerce a presidência pro tempore do Mercosul, adota essa decisão para proteger a saúde dos participantes, ao mesmo tempo em que trabalha para que o encontres de presidentes e chanceleres possa se concretizar nas condições corretas, possibilitando o diálogo e o intercâmbio entre as nações", informou o governo argentino.

Nos últimos anos, a expansão da internet possibilitou que muitos pudessem compartilhar suas ideias a respeito de qualquer assunto nas redes sociais e, com isso, receber respostas de maneira imediata. Mas, no momento em que uma opinião polêmica é emitida ou uma revelação desagrada parte dos usuários, grupos são formados e um processo de retaliação virtual torna-se quase que inevitável. Esse movimento ficou conhecido como cancelamento, e a suposta vítima tem a reputação destruída por aqueles que se julgam donos da verdade, com contratos de trabalho cancelados, ameaças, além de se tornar indesejada em diversos ambientes.

Os cancelamentos acontecem por diferentes razões, que variam de opiniões diferentes ou atitudes preconceituosas que desmerece alguém ou uma classe social. O caso mais recente ocorreu no reality show "Big Brother Brasil" (Globo), onde a cantora e rapper Karol Conká recebeu diversas críticas por conta das atitutes com os competidores Lucas Penteado, Juliette Freire, Arcrebiano Araújo e Carla Diaz. A repercussão negativa fez com que a artista fosse eliminada da atração com 99,17% dos votos. Após a saída do reality, ela busca por uma maneira de reverter o cancelamento e reconstruir sua imagem.

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Segundo o psicanalista Gregor Osipoff, é possível reverter um cancelamento e, durante o processo, o cancelado sofrerá consequências emocionais. Em alguns casos, pode ocorrer uma mudança de postura, que dará sentido a sua redenção. "Uma vez cancelado, fica uma marca não tão positiva. Muitas vezes, é como uma amizade requentada. Em outras ocasiões, um grupo em conjunto cancelou alguém como um recado de sua postura. Mas descancelar é muito mais difícil que seguir alguém pela primeira vez, a avaliação é mais complexa. Mas tudo é possível no mundo digital", afirma.

O universo digital contribui com a cultura do cancelamento e, embora seja comum ocorrer com influenciadores digitais famosos, também pode ocorrer com familiares e amigos que são favoráveis à postura do cancelado. Esse movimento também foi favorecido pelo isolamento social, causado pela pandemia do Covid-19, que tornou as pessoas mais ativas na internet. "O efeito é sempre negativo para quem é cancelado, mas é uma expressão de libertação para o cancelador, que por algum motivo usa isso como maneira de mostrar o seu descontentamento", define Osipoff.

No ano passado, foram vazados áudios do youtuber PC Siqueira, que supostamente o ligava a crimes de pedofilia. Por conta da repercussão, o influenciador digital teve contratos e parcerias canceladas, seu canal do youtube ficou desativado por meses, e ele também foi removido do projeto Ilha de Barbados, junto com Cauê Moura e Rafinha Bastos.

Apesar das investigações da Polícia Técnico-Científica (SPTC) de São Paulo não terem encontrado nada que incriminasse PC Siqueira, o cancelamento trouxe muitas consequências negativas em sua carreira. O Especialista em Marketing Digital e CEO da Global Mentoring Group Claudio Brito explica que o processo para provar a inocência ao YouTube é lento, pois a Justiça funciona de maneira devagar, enquanto a internet opera em uma dinâmica mais rápida. "Com isso, a pessoa perde o ritmo de internet, uma vez que um youtuber faz vídeos diários. Ter a sua conta suspensa significa dinheiro e contratos perdidos", destaca.

Ao ser acusado de maneira injusta e sofrer o cancelamento, o primeiro passo é provar a inocência, mas esse processo não será simples. "Enquanto isso ocorre, muita coisa se perde no caminho, pois a credibilidade está em jogo, seguidores serão perdidos, muitas pessoas vão deixar de comprar produtos vinculados aquela pessoa, e essa é uma guerra difícil de vencer. Mas existe a possibilidade em médio e longo prazo", descreve Brito.

O advogado especializado em Direito Civil e Criminal Émerson Tauyl aponta que o cancelamento e o tribunal da internet desconsideram as posturas esperadas de um estado democrático. Muitas vezes, o objeto de discussão são as pessoas ou empresas, e não as ideias. "Outra vertente seria a de que poucos preferem ouvir, entender e formar uma opinião madura antes de atacar. O mundo virtual trilha uma linha muito tênue entre a crítica construtiva e o ataque revestido e maquiado de ofensas. Devemos nos utilizar da boa e velha ferramenta, a empatia, pois não existe uma receita pronta", recomenda.

Na história, ainda não foi definido o momento exato em que a cultura do cancelamento surgiu, mas em 2017, a campanha #MeToo, que denunciava atos de assédio sexual e estupros no cenário de Hollywood, davam início a esse processo digital, que é tão discutido nos dias de hoje, e que ganhou força nos últimos tempos. "O crescimento das redes sociais, bem como de seus usuários, atrelados a pautas sociais necessárias ou polêmicas, como racismo, feminismo, movimento LGBTQI+, passaram a utilizar a internet para ganhar mais força e espaço para apresentar seus pontos de vista e experiências. Ao levar esse contexto a efeito, a própria cultura das redes sociais em si, por ser uma ferramenta não só de socialização, adquiriu características de ativismo", finaliza Tauyl.

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Alguém percebe que uma pessoa ou empresa teve uma atitude considerada errada. Registra o ato e divulga nas redes sociais. O registro é compartilhado e visto por milhares de pessoas, que iniciam uma série de críticas e cobranças de punição para quem cometeu o erro.

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É assim que, resumidamente, ocorre o cancelamento de pessoas e/ou marcas na internet. Esse comportamento conhecido na internet, cujos casos mais notórios são de famosos, como a escritora J.K Rowling, a blogueira Gabriela Pugliesi e a rapper Karol Conká, também pode ocorrer com pessoas anônimas e gerar efeitos psicológicos em quem é cancelado.

Para o psicólogo Reno Mendes, as pessoas encontraram no cancelamento pelas redes sociais uma maneira de protestar contra posturas que consideram inadequadas. “Porém, acabam não refletindo que é um comportamento punitivo. Quase como uma exclusão ou até mesmo uma morte da imagem de uma pessoa”, adverte Reno.

O psicólogo explica que o cancelamento sempre deixa uma marca na vida de quem o sofre. "Dependendo do histórico pessoal, pode desencadear até mesmo um suicídio ou uma tentativa”, afirmou. Reno Mendes pontua que o cancelamento também pode provocar transtornos de ansiedade ou depressão na pessoa cancelada.

Mas o cancelamento não afeta psicologicamente apenas quem o sofre, segundo Reno. “Um efeito em quem pratica o cancelamento é o fortalecimento de pensamentos rígidos e o crescimento da intransigência. Uma possível cobrança excessiva de si e do outro. Além de uma tensão por não conseguir sair daquela forma rígida de pensar”, explicou.

Para o profissional, é importante que a pessoa reflita sobre as atitudes que levaram ao cancelamento. “A partir disso, separar quais atitudes são de responsabilidade e administração dela e quais não são. Fazer um filtro”, declarou. O psicólogo também cita a necessidade de buscar ajuda para lidar com a situação e estar próximo de pessoas que não tenham o mesmo comportamento condenatório do cancelamento.

Como um profissional da psicologia, Reno Mendes enxerga a cultura do cancelamento nas redes sociais, da forma que ocorre, como algo nocivo e desumanizador. “Não vou promover reflexão em alguém punindo, ou até mesmo destruindo a imagem de alguém. Punição pode gerar autodestruição. E autodestruição é a perda processual ou iminente da vida”, finalizou.

Experiência traumática

No mês de maio de 2020, A., que não quis ser identificada, foi cancelada nas redes sócias após postar uma foto fora de casa durante o lockdown em Belém. Ela conta que a princípio imaginava ser apenas uma simples intriga. Porém, somente quando os amigos próximos avisaram é que pode entender as reais proporções.

“Eu tenho um histórico de problemas pessoais e nesse dia eu me senti muito mal. Chorei muito, lembro de acordar de madrugada gritando e o meu namorado ter que me acalmar porque eu gritava. Eu fiquei completamente traumatizada mesmo”, afirmou.

Ela diz ter chegado a tomar metade de uma cartela de remédios para dormir, porque não conseguia descansar e teve distúrbio alimentar. “Foi quando um dia eu me tranquei no banheiro e decidi que ia tirar a minha vida. Porque eu vi tantas pessoas duvidando de quem eu era. Falando que eu era mentirosa, que eu simplesmente desisti, eu falei que não ia mais aguentar viver aquilo”, relatou.

Hoje em dia, A. revela que faz tratamento para ansiedade por ter sido diagnosticada com estresse pós-traumático. Além disso, ela contou que faz terapia e que ainda tenta "sarar" as cicatrizes do passado.

“Quando eu vejo acontecendo um cancelamento com outra pessoa me dói como se fosse comigo, porque eu me lembro do quanto doeu e do quanto eu me senti sozinha e desamparada”, afirmou.

Consequências judiciais

O ato de desmoralizar alguém, ou promover o cancelamento, é visto no ordenamento jurídico como uma forma de censura. Apesar de não ser crime, a conduta é considerada ilegal por ferir a autonomia do indivíduo de expor a própria opinião, garantida na Constituição de 1988.

Engana-se quem pensa que as consequências são destinadas apenas ao público que promove o linchamento virtual diretamente. Ao compartilhar ou curtir publicações com teor negativo, o internauta pode ser enquadrado em crime ilícito cível, abrindo espaço para processos morais, calúnia, difamação ou danos patrimoniais, segundo o presidente da comissão de Direito Digital da OAB\PA e especialista em Ciências Criminais e Direito Digital, Lucas Kizan.

Uma das maneiras de provar o crime virtual, de acordo com o advogado, é registrar o ocorrido em cartório civil, por meio de uma ata notarial, que nada mais é do que o escrivão descrever digitalmente os xingamentos, os nomes dos usuários que praticaram as ofensas e em qual rede social ocorreram os ataques.

“A [segunda] alternativa é ir na Divisão de Prevenção e Repressão a Crimes Tecnológicos do Pará e fazer o registro de ocorrência policial e solicitar que sejam também registradas as imagens, os links. O escrivão irá relatar tudo, mas só é feito isso quando há crime de injúria racial, calúnia e difamação”, afirma Lucas.

Outra forma segura é a vítima gravar a tela do dispositivo do celular mostrando o link completo da página em que aparecem as publicações do cancelamento’ os perfis dos usuários e o horário que iniciaram os ataques virtuais, afirmou o advogado.

Por Amanda Martins e Felipe Pinheiro.

 

 

Para alguns astros, um possível cancelamento dos Jogos de Tóquio poderia significar o fim da jornada olímpica, já que em Paris-2014 eles estariam com idade avançada. O tenista Roger Federer, por exemplo, fará 40 anos em agosto. O mesmo vale para a também tenista Serena Williams, que fez 40 anos em setembro de 2020.

A americana Allyson Felix é a única mulher do atletismo a ter conquistado seis medalhas de ouro. Ela tem 35 anos e dificilmente conseguiria ampliar sua coleção de medalhas em 2024. Também no atletismo, o velocista Justin Gatlin planeja se aposentar depois de competir nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Ele completa 39 anos no dia 10 de fevereiro e, se o evento do Japão não for realizado, não chegará em Paris. O polêmico Gatlin foi campeão olímpico em 2004 e já foi suspenso duas vezes por doping.

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Quem também pode dar adeus à Olimpíada é o golfista americano Tiger Woods. Ele tem 45 anos e vem lutando contra uma lesão persistente nas costas. Um possível cancelamento dos Jogos de Tóquio tornaria praticamente impossível que Woods tivesse condições de disputar a Olimpíada de 2024, em Paris. No basquete, Pau Gasol, prata com a seleção espanhola em Pequim-2008 e Londres-2012 e bronze no Rio-2016, tem 40 anos e se aposentaria antes de Paris-2024.

Uma das grandes esperanças de medalha para o Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio, o velejador Robert Scheidt tem 47 anos. A classificação para sua sétima Olimpíada significou uma recorde nacional, já que nenhum atleta do Brasil competiu em tantas edições. O problema é que em 2024 ele terá 51 anos e possivelmente já estará aposentado.

No futebol, as seleções têm de levar atletas da categoria sub-23 para disputar a Olimpíada, com exceção de apenas três jogadores. Em caso de cancelamento dos Jogos de Tóquio, toda uma geração de atletas perderia a oportunidade de participar do evento.

Por isso, até mesmo líderes do movimento que defendeu o adiamento dos Jogos no ano passado agora são favoráveis à realização da Olimpíada em 2021, até com portões fechados, se for necessário. Entre eles, está a ginasta americana Simone Biles.

O calendário esportivo também sofreria forte impacto porque muitas federações esportivas nacionais e internacionais estariam em grave situação financeira dependendo do dinheiro que recebem do COI por causa da Olimpíada.

Restando menos de seis meses para os Jogos Olímpicos de Tóquio, a decisão do governo do Japão de estender o estado de emergência por várias regiões do país, incluindo a capital, por causa da pandemia do novo coronavírus levanta dúvidas sobre a realização do evento, marcado para julho. Apesar de o Japão, na comparação com outros países, ter sido relativamente pouco afetado pela Covid-19, com cerca de 6 mil mortos, de acordo com números oficiais, o sistema de saúde do País está saturado e a popularidade dos Jogos não é grande.

Pesquisas recentes apontam que grande parte dos japoneses é contrária à realização da competição no país este ano, temendo que isso aumente os casos de coronavírus. Muitos defendem o cancelamento da Olimpíada porque o Japão, por exemplo, só deverá começar a vacinar seus cidadãos no fim do mês.

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Como, em março de 2020, o Comitê Olímpico Internacional (COI) já tomou a decisão histórica de adiar o evento por um ano, algo inédito na história dos Jogos, a competição não será novamente adiada. Pelo menos é o que garantem os organizadores. "Neste momento, não temos nenhuma razão para crer que os Jogos não serão abertos no dia 23 de julho, no Estádio Olímpico. Não estamos especulando se os Jogos serão realizados. Estamos trabalhando em cima de como os Jogos serão realizados", insiste Thomas Bach, presidente do COI.

Estudo elaborado por Katsuhiro Miyamoto, professor de teoria econômica da Universidade de Kansai, no Japão, aponta que organizar Jogos Olímpicos e Paralímpicos sem público implicaria prejuízo de US$ 3,7 bilhões (cerca de R$ 19,8 bilhões). Caso se computem os gastos com consumo dos visitantes, perdas da indústria do turismo e na promoção de eventos esportivos e culturais, a soma chegaria a US$ 23,1 bilhões (R$ 124 bilhões).

O estudioso projetou ainda outros cenários, como a perda de US$ 44,1 bilhões (R$ 236 bilhões) caso os Jogos de Tóquio sejam cancelados, e de US$ 13,6 bilhões (R$ 73 bilhões)caso o número de espectadores seja reduzido pela metade. O adiamento de 2020 para 2021 já teria acarretado um acréscimo no orçamento de US$ 2,8 bilhões (R$ 15 bilhões), elevando o valor total para US$ 15,8 bilhões (R$ 84 bilhões), fazendo dos Jogos de Tóquio os mais caros da história. Nesse custo, US$ 1 bilhão se refere apenas às medidas de combate à Covid-19.

Dos US$ 15,8 bilhões do custo atualizado da Olimpíada de Tóquio, US$ 6,7 bi são bancados por recursos privados. O restante sai dos cofres das instâncias governamentais do Japão. Para tentar minimizar os efeitos, o Comitê Organizador procura aumentar a fatia do orçamento bancada por patrocinadores, que contribuem com US$ 3,3 bilhões, levantados pela Dentsu Inc., a agência de publicidade dos Jogos. De acordo com o jornal Nikkei, os 15 maiores patrocinadores domésticos deverão elevar sua contribuição em US$ 150 milhões.

Segundo Gajuki Ito, diretor financeiro do Comitê Organizador, a cobertura de seguros vai se encarregar de transferir US$ 500 milhões para dar resposta ao acréscimo nos custos causado pelo adiamento. Caso os Jogos sejam cancelados, o prejuízo das seguradoras subiria para uma cifra situada entre US$ 2 bilhões e US$ 3 bilhões.

O COI admite que a possibilidade de um número limitado de torcedores e até a não presença de público são opções possíveis. A decisão sobre uma eventual presença das pessoas nas arenas, inclusive de espectadores vindos do exterior, porém, só deve ser tomada nos próximos meses. Não tendo público, para quem comprou ingresso o dinheiro será devolvido.

Várias associações de médicos japoneses apelaram aos organizadores para limitar o número de espectadores nas arenas, observando que o sistema de saúde do país está sendo sobrecarregado pela atual onda de infecções da Covid-19. O Comitê Organizador arcaria com um prejuízo de US$ 800 milhões caso seja proibida a presença de torcedores nas disputas olímpicas.

ARENAS - Para os Jogos de Tóquio, estão previstas mais de 40 instalações esportivas, algumas construídas para a competição e outras temporárias. O adiamento da Olimpíada não mudou o planejamento original. Todas as instalações continuam à disposição dos organizadores, com pequenos ajustes por questões logísticas não especificadas.

A última instalação entregue aos atletas foi o Centro Aquático. O endurecimento das restrições para entrar no Japão, no entanto, forçou o adiamento do primeiro evento do ano vinculado aos Jogos. Programado para ocorrer de 4 a 7 de março em Tóquio, o Pré-Olímpico de nado artístico, que reuniria atletas de dez países, será realizado de 1 a 4 de maio no Centro Aquático.

O principal centro de competições dos Jogos será o novo Estádio Olímpico de Tóquio, com capacidade para 68 mil espectadores.

VILA OLÍMPICA - Com 21 torres de 14 a 18 andares e vistas para a baía de Tóquio, o local abrigará 11 mil atletas e membros das delegações, mas ele virou o calcanhar de Aquiles para os organizadores dos Jogos.

Cerca de 900 apartamentos foram vendidos antes do adiamento dos Jogos devido à pandemia e os proprietários não puderam tomar posse dos imóveis na data prevista inicialmente. Alguns compradores dos apartamentos, inclusive, entraram na Justiça pedindo indenizações. Algumas unidades estão avaliadas em US$ 1,6 milhão. Muitos alegam que venderam seu antigo apartamento e pediram um empréstimo para financiar o novo. O cancelamento dos Jogos poderia facilitar que esses proprietários pudessem entrar nos imóveis antes do segundo semestre.

O Ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, 'atribuiu' o cancelamento do Carnaval deste ano à 'justiça divina'. Em sua conta no Twitter, ele compartilhou uma foto do desfile da escola de samba Gaviões da Fiel, no qual aparece um homem fantasiado de demônio arrastando o personagem Jesus. A postagem tenta associar a pandemia do novo coronavírus ao um suposto ato de 'blasfemia'.

"Dá para entender quem manda? Ou tenho que desenhar? Não sou contra o Carnaval, sou músico. Sou contra tripudiar e blasfemar o nosso pai", disse o ministro. A imagem mostra que o desfile aconteceu em 2020, no entanto, a agremiação trouxe a peça no Carnaval de 2019. 

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Mesmo sem a celebração do Carnaval, por conta da pandemia da Covid-19, a Operação Lei Seca será intensificada até a próxima quarta-feira (17), em diversas cidades de Pernambuco, principalmente na Região Metropolitana do Recife, Agreste e praias.

O objetivo é coibir a combinação de bebida e direção, autuando aqueles que descumprirem a lei. As ações, que acontecerão em horários variados em todos os dias, também visam evitar as aglomerações comuns no período momesco, que poderiam gerar um aumento nos casos da Covid-19 no Estado.

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Entre as localidades que ganharão atenção especial da Lei Seca, além dos destinos tradicionais, haverá o reforço nas cidades que decidiram manter o ponto facultativo do Carnaval para seus servidores, na contramão da gestão estadual, que terá expediente normal durante a próxima semana, a exemplo de Bezerros, no Agreste, e Tamandaré, no Litoral Sul.

" A Secretaria de Defesa Social já confirmou reforço na fiscalização para assegurar que as medidas sanitárias sejam obedecidas e também para que as sanções legais sejam tomadas para aqueles que não seguirem o decreto", salienta o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo.

As denúncias de possíveis focos de descumprimento de medidas restritivas durante o Carnaval podem ser feitas pelo telefone 190, ou por meio do Whatsapp do Procon, pelo número: (81) 3181.7000. 

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