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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado nesta sexta (23) pelo IBGE, foi de 0,94% em outubro, maior resultado para o mês desde 1995. No ano, a prévia da inflação acumulou alta de 2,31% e em 12 meses atingiu 3,52%.

Os preços dos alimentos e bebidas pressionaram o indicador com a maior alta (2,24%) entre os grupos e o maior impacto (0,45 ponto percentual). A maior contribuição veio das carnes (4,83%), na quinta alta consecutiva. O índice também foi puxado pelas altas do óleo de soja (22,34%), do arroz (18,48%), do tomate (14,25%) e do leite longa vida (4,26%). Por outro lado, houve queda nos preços da cebola (-9,95%) e da batata-inglesa (-4,39%).

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O grupo dos Transportes teve a segunda maior variação em outubro (1,34%), puxado pelas passagens aéreas, que subiram 39,90% e contribuíram com 0,13 p.p. no IPCA-15 do mês. Houve altas em todas as áreas, variando desde os 21,66% de Por-to Alegre até os 49,71% de Curitiba. O segundo maior impacto (0,04 p.p.) veio da gasolina (0,85%), sua quarta alta consecutiva, embora menos intensa que no mês anterior (3,19%).

Ainda no grupo dos Transportes, os preços do seguro voluntário de veículo subiram 2,46%, após sete meses consecutivos de quedas. Apenas ônibus interestadual (-2,73%) e gás veicular (-1,36%) tiveram variações negativas.

Os Artigos de residência subiram 1,41%, acelerando em relação a setembro (0,79%), com altas em todos os itens, destacando-se mobiliário (1,75%) e TV, som e informática (1,68%).

Após recuar 0,27% em setembro, o grupo de Vestuário teve alta de 0,84%, puxado por roupas masculinas (1,31%) e infantis (1,07%). Já os preços de roupas femini-nas caíram 0,10%. As joias e bijuterias subiram 1,73%, acumulando alta no ano de 10,68%.

Em Habitação (0,40%), o maior impacto (0,02 p.p.) veio do gás de botijão, alta de 2,07%. Já o gás encanado recuou 0,17%; taxa de água e esgoto subiu 0,16%, e energia elétrica subiu 0,11%.

Em outubro, o IPCA-15 subiu em todas as localidades pesquisadas. O maior resultado foi o da região metropolitana de Fortaleza (1,35%), puxado pelos preços do arroz (23,02%), das carnes (4,79%) e da gasolina (2,78%). Já a menor variação foi a da região metropolitana de Salvador (0,43%), por conta da queda nos preços da gasolina (-5,87%).

Da Agência IBGE

Como a maior parte dos itens da alimentação básica no Recife, a carne de frango passou por mais um aumento e chega aos 21% de alta no mês de outubro, segundo levantamento do Procon-PE para este mês. O item tornou-se o mais caro da cesta básica, que também não para de aumentar, chegando aos R$ 471,90 e com impacto de 45% sobre o salário mínimo. Consequentemente, comerciantes e consumidores da capital e região metropolitana já sentem o efeito desse aumento na carne branca, e a prospecção para a virada outubro-novembro é de um aumento iminente, ou mesmo de substituição nas refeições.

Para garantir a clientela, que ainda consegue se manter apesar da pandemia, os lojistas têm diminuído a própria margem de lucro para controlar o valor de saída aos consumidores. Contudo, com o lucro reduzido e ainda nenhuma previsão de baixa, a estimativa é de que o repasse já sofra aumento na entrada de novembro.

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O LeiaJá conversou com comerciantes e consumidores dos mercados públicos de Casa Amarela e Encruzilhada, ambos na Zona Norte do Recife, e dois dos mais populares da cidade.  No Mercado da Encruzilhada, “China”, 44, proprietário de um açougue homônimo há 15 anos, alerta que o aumento para o consumidor pode não esperar a virada para o mês de novembro. “O pessoal ainda tá levando mais frango, porque o frango é mais barato em relação às outras carnes. Ainda não aumentei o meu preço, mas se aumentar mais um pouco (com os fornecedores) vou ter que repassar mais alto. O preço de hoje pode não ser o mesmo de amanhã. Se hoje estou vendendo os cortes a R$ 12, mas no fim da tarde já compro mais caro, amanhã precisarei aumentar R$ 0,50 ou R$ 1. Depende do dia. O pessoal acha caro, mas eu não lucro nada, vou fazer como?”, questionou.

A queixa de China se repetiu entre todos os comerciantes ouvidos. Como o frango, as demais carnes têm saído por um preço mais alto, e a realidade do consumidor é escolher a opção menos cara. Taises Mirely, 27, é gerente de um frigorífico tradicional de Casa Amarela e reafirma os pontos dos colegas de profissão.

“A partir do momento que a gente compra já num valor alto, se não aumentar, como é que a gente vai tirar o lucro? Por enquanto, a gente tá tentando manter o nível para não perder clientes, e tá dando para fazer assim. O frango pode se tornar a carne mais cara daqui para o mês que vem. Mas tá variando bastante. Nosso quilo do peito de frango é R$ 10,99, mas teve uma cliente que chegou na semana passada falando que quase comprou a R$ 13,99, aqui perto. E dá até para entender o preço do concorrente”, explicou a gerente.

Para os comerciantes que trabalham exclusivamente com a carne de frango, a impressão é de que os aumentos são tão constantes que já não se sabe a causa exata. Do aumento da ração das casas de criação ao aumento do dólar e seu impacto geral, as respostas dos fornecedores se revezam, é o que explica Marcelo José, 42, balconista de uma granja de médio porte também em Casa Amarela.

Ele diz que a empresa consegue manter o preço da maior parte dos alimentos, pois tem algumas coisas “ao próprio favor”, mas que “para quem paga aluguel ou só pode comprar em pouca quantidade, não dá para segurar em um valor muito baixo. O nosso frango natural, por enquanto, segue a R$ 10,90, o mesmo preço do mês passado. E conseguimos segurar, mesmo depois de dois aumentos, mas esperamos uma redução, ou não vai dar para segurar pro cliente”. 

Márcia Silva, dona de casa, 47, é uma das consumidoras que já não conseguem mais acompanhar o preço atual do frango. “Estou comprando agora, depois de umas três semanas sem comprar frango, e isso porque aqui foi um dos lugares mais baratos que encontrei. Não está dando, e tenho comprado carne de segunda, carne dessas de lata. Também substituo o frango por hambúrguer, que compro a menos de R$ 1, ovos, salsicha, qualquer opção mais barata”, disse, enquanto finalizava as compras em um dos estabelecimentos visitados.

O LeiaJá também ouviu Arthur Gonçalves, 28, que é proprietário de um restaurante no Mercado Público de Casa Amarela. Ele relata estar fazendo aumentos consecutivos em seus pratos. “Sei que precisei aumentar os pratos de um em um real. Com um frango caro, arroz caro e até um óleo a R$ 8, precisei subir o preço dos pratos. Mesmo assim, a margem de lucro só faz diminuir. Durante a pandemia eu fechei, retornei há pouco tempo. Não sei se vale a pena o trabalho, nem manter aberto”, explicou.

De R$ 12, o prato do restaurante de Arthur agora é vendido por R$ 15. Além do seu estabelecimento, outros dois restaurantes do local também fecharam as portas por aproximadamente seis meses durante a pandemia.

Em todos os estabelecimentos que trabalham com a carne de frango, nos dois mercados visitados, o preço do frango natural varia entre R$ 10,99 e R$ 13 o quilo. Para os cortes, o preço vai de R$ 10 a R$ 11,99. Já para o peito de frango, o menor preço foi R$ 10,99 e o maior, R$ 11,99, apresentando a menor variação.

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 As autoridades chinesas teriam encontrado o novo coronavírus (Sars-CoV-2) em um lote de carne bovina exportada pelo Brasil, informou o colunista Lauro Jardim, do jornal "O Globo", nesta sexta-feira (9). O caso é semelhante ao registrado em agosto, só que na exportação de frango.

    Os vestígios do vírus teriam sido localizados por funcionários do Porto de Dalian e a embaixada do Brasil em Pequim foi notificada pelo governo sobre o caso. O governo não se manifestou sobre a nova contaminação.

    Em 13 de agosto, a Prefeitura de Shenzhen informou que foram encontrados vestígios do novo coronavírus em um lote de asas de frango produzidas no Brasil e em camarões vindos do Equador. Os funcionários que tiveram contato com as embalagens foram testados e deram negativo para a Covid-19.

    Nesta quinta-feira (8), a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) divulgou um relatório sobre as exportações em setembro, que somaram 166,4 mil toneladas. No ano, já foram vendidas para o exterior 1,46 milhão de toneladas de carne bovina.

    A China - incluindo os dados de Hong Kong - é o principal comprador internacional, com 839,1 mil toneladas nos nove primeiros meses do ano.

Da Ansa

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Na manhã desta terça-feira (8), multidão brigou com policiais para conseguir pegar carne em caminhão que tombou em Itapecerica da Serra, São Paulo. Por volta das 7h da manhã, a população saqueou as carnes, mas depois foram interrompidas com a chegada da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Já pela tarde, os populares permaneciam no local aglomerados esperando a reestabilização do caminhão tombado, já que a empresa responsável autorizou a distribuição da carne para a população, mas a demora gerou revolta. O portal R7 mostra que a população que estava presente invadiu o contêiner para pegar as carnes.

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É nesse momento que os agentes agem com spray de pimenta e até bomba de efeito moral. O veículo tombou por problemas no freio, que fez o motorista perder o controle do caminhão, atingir um ponto de ônibus e tombar no canteiro lateral da via - o condutor não se feriu.

Atuante na indústria de alimentos, a JBS está oferecendo 5,2 mil vagas de empregos em 16 Estados, além do Distrito Federal. De acordo com a companhia, a maioria das oportunidades é para atividades de corte, abate e desossa de carnes de bovinos, aves e suínos.

Segundo a JBS, também há postos de trabalho nos centros de distribuição da empresa, além de incubadoras de aves, fábricas de ração e lojas. Os níveis de escolaridade exigidos na seleção não foram revelados, nem as remunerações salariais.

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Do total de vagas, 4 mil são para a marca Seara, unidade de negócios de aves, suínos e alimentos preparados da JBS. As funções estão distribuídas entre Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Bahia.

Já na Friboi, outra marca da JBS, existem vagas em Goiás, Mato Grosso, Rondônia, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Essas e outras ocupações abertas podem ser consultadas no site da empresa, onde também os candidatos devem se inscrever de maneira gratuita e obter mais detalhes sobre as fases do processo seletivo.

Segundo a JBS, desde o início da pandemia, a empresa contratou mais de 10 mil trabalhadores. “Nesse período, a maior parte das contratações ocorreu em razão das rígidas medidas de prevenção contra a covid-19 adotadas pela Companhia que manteve preventivamente os colaboradores do grupo de risco em suas casas, entre elas pessoas com mais de 60 anos, gestantes e aqueles que tenham indicação clínica”, informou a corporação, conforme informações de sua assessoria de imprensa.

Um jovem de 19 anos, suspeito de matar e assar um cachorro para comer, foi preso nessa quinta-feira (6) em Curitiba, capital do Paraná. Ele foi levado à delegacia após tentar subornar os policiais militares.

A denúncia aponta que o suspeito matou o cãozinho a chutes e chegou a oferecer como carne de porco aos vizinhos. Para evitar a prisão, ele ofereceu dinheiro aos policiais, que o encaminharam à delegacia.

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No local, o jovem teria afirmado que, além do cachorro, já havia comido passarinhos e chegou a pedir para comer um ganso. Familiares informaram que ele não tem proximidade com parentes e é usuário de drogas. Diante das infrações, ele deve responder por maus tratos aos animais e corrupção, de acordo com o Último Segundo.

O gabinete do governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), pretende gastar R$ 232 mil para a compra de carnes. Entre os itens da lista de compras estão picanha, filé de carne de sol e filé mignon. 

Com filé mignon está previsto o gasto de R$ 62.790, com a aquisição de 1,3 mil quilos do produto. Já os 420 quilos de picanha foram calculados em R$ 25.943,40. Somados, eles vão sair por R$ 88.733,40. O gabinete adotou o Sistema de Registro de Preço, quando seleciona a proposta mais vantajosa para uma compra projetada para o futuro.

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Além do filé mignon, filé de carne de sol e picanha, constam na lista: alcatra sem pele, bisteca bovina, bisteca suína, bucho, carne bovina (costela), carne bovina (tipo costela), carne bovina tipo rabo, carne de bode, carne de patinho, carne de sol, carne moída, carne suína (tipo costela), chã de dentro, chambaril em rodela, fígado, hambúrguer bovino, lombo paulista lagarto, lombo porco, músculo, peito bovino, pernil de cordeiro, pernil suíno, toucinho defumado e língua bovina.

As carnes não foram as únicas licitações de formação de registro de preços abertas pelo Gabinete. Foi publicado também o de frutas, com valor estimado em R$ 62.948,39, constando itens como 40 quilos de morango, 150 quilos de ameixa e 20 quilos de cereja fresca.

A licitação de formação de registro de preços para fornecimento de frios calcula a despesa de R$ 121.897,98. Entre os itens da lista estão 12 quilos de chantilly, 20 quilos de kani-kama, queijos camembert, brie e suíço, carpaccio de salmão e de carne bovina.

Outro pregão prevê o gasto de R$ 69.448,34 para contratação de empresa para confecção e fornecimento de coroas de flores e arranjos naturais. Os itens vão servir para decorar os espaços onde serão realizadas as solenidades oficiais, como também homenagens fúnebres.

Na justificativa para o pregão das carnes, o gabinete ressalta que os produtos visam atender as necessidades do Palácio do Campo das Princesas, sede do governo e local onde são exercidas atividades de representação social próprias do Chefe do Executivo Estadual. Segundo o texto, "o governador recepciona diariamente expressiva quantidade de pessoas, entre elas autoridades políticas e diplomáticas, nacionais e internacionais, bem como desempenha diversas atribuições protocolares e de cerimonial." Os quantitativos levaram em consideração o consumo mensal da Governadoria no ano de 2019.

Sobre o Sistema Registro de Preços, o gabinete diz ter adotado a fim de evitar licitações frequentes e por não ser possível definir previamente o quantitativo a ser demandado pela administração. A adoção também resultaria em um aumento de eficiência administrativa, por promover redução do número de licitações e dos custos operacionais administrativos. "(...) Há ainda a redução de volume de estoque e consequentemente do custo de armazenagem e uma maior eficiência logística, além de um melhor controle orçamentário, uma vez que a administração disponibiliza os valores apenas no momento da contratação."

A China vem intensificando o controle sanitário sobre a importação de carnes em meio à segunda onda de contaminação do novo coronavírus no continente asiático. No domingo (21) o país suspendeu a importação de frango de uma unidade da americana Tyson Foods. Segundo o departamento, a medida se deve à confirmação de casos do novo coronavírus entre os funcionários da unidade.

A suspensão de importações da Tyson vem na esteira de uma série de outras medidas mais rigorosas adotadas após um novo surto de Covid-19. Os voos de e para Pequim foram cancelados, restrições também foram impostas para entrada da cidade.

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Em meio às novas medidas, na semana passada autoridades chinesas testaram carne e frutos do mar importados em busca de traços do vírus, depois que o novo surto foi associado a um grande mercado de Pequim com produtos importados.

No último dia 18, a China suspendeu as importações de uma empresa de suínos da Alemanha depois que autoridades alemãs confirmaram uma infecção pelo novo coronavírus naquela empresa, segundo o Conselho de Estado da China.

Na unidade da Tyson Foods no Estado americano do Arkansas, que teve as importações suspensas, 481 funcionários testaram positivo para a doença - o que corresponde a 13% do quadro de colaboradores. "Na Tyson, estamos confiantes de que nossos produtos são seguros e esperamos que as consultas entre os governos dos EUA e da China resolvam esse problema", disse um porta-voz.

Apesar da política sanitária mais restritiva para importação de proteínas, a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e a Administração de Alimentos e Medicamentos disseram que não há evidências de que a Covid-19 seja uma doença transmitida por alimentos.

Brasil

Para Welber Barral, ex-secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, a medida chinesa é pontual e não deve prejudicar o Brasil. Caso o país detecte algum frigorífico brasileiro com problema, afirma Barral, restrições deverão ser aplicadas apenas à planta que registrou contaminações.

A China teria dificuldades de impor uma medida mais ampla contra a carne do Brasil dada sua dependência do mercado brasileiro. Hoje o País é o maior exportador do produto para Pequim, seguido pelos Estados Unidos e pela Austrália

Em comunicado, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que representa gigantes exportadoras como JBS e BRF, afirmou que, conforme já declarou a OMS, não há risco de contaminação de alimentos pela Covid-19. A entidade destaca ainda que o setor segue protocolo de segurança validado pelo Hospital Albert Einstein em suas fábricas. A ABPA diz acompanhar a situação e estar em contato com o governo para reafirmar a segurança dos alimentos produzidos no Brasil. (fonte: DOW JONES NEWSWIRES)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em fevereiro deste ano, quando o epicentro da epidemia do coronavírus ainda estava na China, o agricultor Valdir Fries, de Itambé, no Paraná, viu as exportações da soja brasileira despencarem e os preços caírem. "A saca baixou para R$ 80 na região, uma perda de R$ 5 por saca, devido à incerteza sobre o que poderia acontecer. Acreditamos que não era hora de se apavorar, esperávamos que fosse melhorar em abril ou maio, afinal o mundo precisa da soja brasileira. E foi o que aconteceu", disse.

Naquele mês, ele conta que havia comercializado pouco mais de um terço da produção no mercado futuro. "Diante dos preços da época, o que fizemos de melhor foi aguardar a melhora dos preços internos e felizmente acabamos acertando", disse. Puxado pelas importações asiáticas, o preço da soja subiu e o produtor não esconde a animação. "Vendemos agora acima de R$ 95, chegando a R$ 100 a saca na região. Não só eu, outros produtores também aproveitaram e venderam grande parte da soja disponível. O que nos resta da safra passada é muito pouco."

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Aproveitando o momento de boa cotação, Fries já vendeu 40% da soja que vai produzir na safra 2020/21 no mercado futuro. "Na relação da troca com os insumos, o preço atual nos beneficiou. Com todo esse mercado favorável, grande parte da soja foi para incrementar a exportação que cresceu bastante. Com a desvalorização do real, os asiáticos estão aproveitando para comprar volumes maiores", disse. O produtor lembra que o ganho se deve à valorização do dólar frente ao real. "Não fosse isso, estaríamos em situação difícil. O dólar caiu um pouco nos últimos dias, mas ainda está em um patamar bom para quem exporta."

Fries cultiva 220 hectares de soja por safra no sítio Rancho da Mata, na região de Maringá, noroeste do Estado. Ele já prepara o próximo plantio. "Estamos com os insumos comprados para a próxima safra e vamos plantar mais soja. Há uma necessidade no mundo e principalmente dos asiáticos pela soja do Brasil. Com certeza, com a previsão de bom clima, vamos ter uma boa produção. A boa notícia de hoje (ontem), é que as chuvas estão chegando por aqui. O cenário é animador", disse.

Carne

O crescimento nas exportações de carne evitou que os preços internos do boi sofressem desvalorização, como era a expectativa dos produtores no início da pandemia. Mas o criador precisa ficar atento à desvalorização do real frente ao dólar, alerta o pecuarista Higino Hernandes Neto, de Camapuã, no centro-oeste de Mato Grosso do Sul. "O frigorífico está pagando hoje R$ 172,50 por arroba, com o dólar a R$ 5,56, o que dá média de US$ 31 por arroba. Em maio do ano passado, a gente vendia nesse mesmo preço, mas com o dólar a R$ 3,80, o que fazia a mesma arroba valer US$ 45 dólares", exemplificou.

O criador lembra que os insumos do gado são dolarizados, o que também aumenta os custos da produção. O custo alto fez com que Hernandes Neto desistisse de engordar bois em confinamento. "Colocar todo o insumo na boca do boi fica muito caro. Soja, milho e outros grãos também tiveram os preços puxados pela exportação e o custo do gado no cocho ficou muito alto." O cenário incerto fez com que os frigoríficos deixassem de comprar boi no mercado a termo, com preço fixo para agosto ou setembro, o que deixa o mercado interno vagaroso, segundo ele.

Para melhorar a margem, o pecuarista investe na formação e venda de bois jovens para terminação, que saem a até R$ 250 a arroba. "Prefiro trabalhar com as duas coisas, mas ganho mais vendendo bezerros do que boi." Ele produz em Camapuã e Rio Verde(MT).

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Anitta tem curtido dias de descanso nas Maldivas e, por lá, tem compartilhado momentos bem incríveis com seus seguidores. Dessa vez, a colunista Fábia Oliveira apontou que a cantora, que tenta seguir uma alimentação vegana, acabou comendo uma costeleta no jantar

No Twitter, junto com um vídeo em que o chef do local mostra o prato que foi oferecido à Anitta, a jornalista diz o seguinte: Anitta escorrega no veganismo e manda ver na costeleta das Maldivas.

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Não demorou para que a beldade rebatesse ao resgatar um tuíte seu, de novembro de 2019, em que diz o seguinte:

"Eu tento ao máximo seguir uma dieta vegana todos os dias, mas ainda não consigo 100%.. O importante é continuar tentando até conseguir, inclusive todos vocês".

Alguns apontaram uma hipocrisia: "Pega no pulo. Só falta dizer que era carne de soja".

Mas teve quem a defendeu: "Ela não é 100% vegana e ela mesma já disse isso milhares de vezes". "Ela nunca foi 100% e às vezes come carne sim, ela já disse isso várias vezes. Nem adianta querer queimar ela".

Os Estados Unidos voltarão a comprar carne fresca (in natura) do Brasil. A importação estava suspensa desde junho de 2017. De lá para cá, os americanos vinham comprando apenas carne enlatada do Brasil. A informação foi confirmada pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina. "É uma ótima notícia para o Brasil. O mercado americano não é tão representativo para nós em termos de volume, mas é muito importante conceitualmente, por termos esse mercado aberto", disse ao Estado.

Em junho de 2017, o governo americano suspendeu a importação de carne in natura brasileira. Em março daquele ano, após a deflagração da chamada Operação Carne Fraca pela Polícia Federal, os americanos passaram a inspecionar todos os lotes de carne in natura vendidos pelo Brasil. A decisão dos EUA se baseou em uma reação à vacina contra febre aftosa, uma lesão que, segundo pecuaristas, não afeta a qualidade da carne.

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À época, o então ministro Blairo Maggi tentou reverter a decisão, sem sucesso, e chegou a declarar que era preciso entender que o Brasil estava exportando carne "para o maior concorrente que temos no mundo" e que, por isso, havia pressão grande de produtores americanos para que o embargo fosse efetivado.

Está à venda em rede de supermercados no Estado do Rio de Janeiro um hambúrguer que tem gosto tradicional, mas não é feito de carne animal. O “Novo Burguer”, no comércio há dois meses, é feito com fibra de caju, proteína de soja, cebola, tomate, pimentão, corante natural e temperos, e tem características sensoriais assemelhadas ao hambúrguer de carne.

O produto foi criado para pessoas batizadas como “flexitarianos” – aqueles indivíduos que apesar de gostarem de carne querem balancear a dieta e buscam reduzir o consumo de carne. “São diferentes de vegetarianos ou veganos que não gostam do sabor da carne e não querem alimentos que simulem a carne”, explica a engenheira de alimentos Janice Ribeiro Lima.

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Ela é pesquisadora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, a Embrapa, na unidade da estatal responsável por desenvolver agroindústria de alimentos, e que fica no Rio de Janeiro. Ela começou a criar alternativas para carne em pesquisas iniciadas em 2007, quando ainda trabalhava na Embrapa do Ceará.

Janice Lima e as equipes de pesquisadores já desenvolveram outros produtos como o hambúrguer de fibra de caju e de feijão de corda para vegetarianos e também substitutos para rechear coxinha de galinha e bolinho de siri.

A pesquisadora explica que o objetivo do seu trabalho “não é que as pessoas parem de comer carne, mas dar mais uma opção”. Segundo ela, a produção de produtos com proteína vegetal pode ser menos onerosa que a proteína animal. Especialmente no caso do Novo Burguer que utiliza o bagaço do caju, geralmente eliminado pela indústria de suco ou revendido para alimentação de animais.

Janice não sabe o preço final de comercialização, mas assinala que o custo é maior do que o hambúrguer tradicional, que tem maior produção em escala, distribuição e venda. O produto é fabricado e comercializado pela Sottile Alimentos, empresa de Niterói (RJ), que tem acordo de cooperação com a Embrapa.

 

A carne desbancou o tomate como o produto que mais subiu de preço nos supermercados do Estado de São Paulo no ano passado. Por vários anos, o tomate foi o vilão entre os itens com as maiores altas no varejo. Mas em 2019 foi o que mais caiu.

De janeiro a dezembro, o pernil suíno aumentou 52,15% e liderou a lista de alta, enquanto o tomate recuou 31,44% e encabeçou o ranking de baixa, segundo o Índice de Preços dos Supermercados (IPS), apurado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) para a Associação Paulista de Supermercados (Apas). Na média do ano de 2019, os preços dos produtos vendidos nos supermercados, não apenas os alimentos, mas também itens de limpeza doméstica e higiene pessoal, subiram 5,73%.

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Entre as dez maiores altas registradas no ano passado, oito foram carnes e destas, sete bovinas e um corte suíno. A grande importação de proteína animal feita pela China por causa da peste suína africana que dizimou os plantéis do país asiático fez a cotação da arroba do boi gordo atingir o pico histórico no fim do ano passado.

Somado a isso, a desvalorização do real em relação ao dólar tornou as exportações mais rentáveis para os frigoríficos, que deram preferência para as vendas externas. O resultado bateu no bolso do consumidor que acabou tendo de desembolsar mais pela proteína animal.

Em 2019, as carnes bovinas como um todo subiram, em média, 30,15% e as carnes suínas, em geral, aumentaram 31,43%. Em seguida, vieram as aves, com avanço de 21,48% nos preços, e os ovos que ficaram 16,15% mais caros.

Thiago Berka, economista da Apas, traça um cenário mais otimista para as carnes neste início de ano. "A expectativa para a carne bovina é de queda de preço ao consumidor, entre 8% e 10%, por conta do recuo no valor da arroba do boi e nas exportações para a China", prevê o economista.

Básicos.

Na vice-liderança do ranking das maiores altas de preços nos supermercados, apareceu outro alimento básico para o brasileiro: o feijão. O quilo do grão subiu 44%, em média, no ano passado. Outro vegetal que impulsionou a inflação foi o chuchu, com avanço de 31,88%.

Entre os dez produtos que registraram as maiores quedas de preço em 2019, sete são da categoria de Frutas, Verduras e Legumes (FVL), itens in natura que são tidos como básicos.

A pesquisa mostra que a comida foi a despesa que mais pesou no orçamento das famílias no ano passado nas compras de supermercado. Os preços dos alimentos subiram 6,75%, acima da inflação geral do setor, de 5,73%. Artigos de limpeza e de higiene pessoal subiram menos do que a comida e ficaram, em média, 2,47% e 4,60% mais caros, respectivamente, no mesmo período.

O impacto do alto custo da alimentação de itens básicos provocou estragos nas vendas do setor. De janeiro a novembro, o último dado disponível, os supermercados paulistas faturaram só 0,57% a mais do que em igual período de 2018, já descontada a inflação. Por conta desse resultado ruim, a expectativa de vendas para o ano fechado de 2019 - ainda não conhecida - caiu de 2,7% para 1,3%.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) está divulgando que a cotação da arroba (15 quilos) do boi gordo diminuiu de valor no final de dezembro, queda média de 15%. Conforme levantamento periódico do Mapa, a arroba do boi gordo estava cotada a R$ 180 no último dia 30. No início do mês passado, chegou a R$ 216.

Conforme o ministério, o preço da carne vai reduzir para o consumidor final. O cenário “indica uma acomodação dos preços no atacado, com reflexos positivos a curto prazo no varejo”, descreve nota que acrescenta que a alcatra teve “4,5% de queda no preço nos últimos sete dias.”

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Segundo projeções do Mapa, a arroba vai ficar entre R$ 180 e R$ 200 nos próximos meses, dependendo da praça. A queda do valor interrompe a alta de 28,5% que salgou o preço da carne nos últimos seis meses. A perspectiva, porém, é de que o alimento não volte ao patamar inferior. “Estamos fazendo a leitura de que isso veio para ficar, um outro patamar do preço da carne”, avalia o diretor do Departamento de Comercialização e Abastecimento do Mapa, Sílvio Farnese.

“Eu tenho certeza que o preço não volta ao que era”, concorda Alisson Wallace Araújo, dono de dois açougues e uma distribuidora de carne em Brasília. Segundo ele, no Distrito Federal, o quilo do quarto traseiro do boi estava custando para açougues e distribuidoras de carne R$ 13,50 há seis meses. Chegou a R$ 18,90 em novembro, e hoje está em R$ 17,70.

Há mais de uma razão para a provável estabilização dos preços em valores mais altos do que há um ano. O mercado internacional tende a comprar mais carne brasileira, os produtores estão tendo mais gastos ao adquirir bezerros e a eventual recuperação econômica favorece o consumo de carne no Brasil.

No último ano, beneficiado pela perda de rebanhos na China e pela alta do dólar, o Brasil ganhou mercado e vários frigoríficos foram habilitados para vender mais carne no exterior. Só em novembro, mais cinco frigoríficos foram autorizados pelos chineses a exportar carne. Em outros países também houve avanços. Mais oito frigoríficos foram aceitos pela Arábia Saudita no mesmo mês.

A carne brasileira é competitiva no mercado internacional porque é mais barata que a carne de outros países produtores, como a Austrália e os Estados Unidos, cujo o gasto de criação dos bois é mais oneroso por causa do regime de confinamento e alimentação. O gado brasileiro é criado solto em pasto.

O Brasil produz cerca de 9 milhões de toneladas de carne por ano, 70% é consumida internamente. Mas a venda para o exterior é atrativa para os produtores e pressiona valores. “A abertura de um mercado que comece a receber um produto brasileiro ajuda o criador na formação de preço”, descreve Farnese.

A alta recente dos preços do boi está viabilizando a renovação do gado quando o preço dos bezerros está valorizado. A compra dos bezerros é necessária para repor o gado abatido nos últimos anos, inclusive de vacas novilhas.

Além disso, em época de chuva, com pasto mais volumoso, os pecuaristas vendem menos bois e mantém os animais em engorda, o que também repercute na oferta e no preço do alimento. “Os criadores não se dispõem a vender porque têm alimento barato para o gado”, assinala o diretor do Departamento de Comercialização e Abastecimento do Mapa, Sílvio Farnese.

O comerciante Alisson Wallace Araújo acredita que com a recuperação da economia e diminuição do desemprego, haverá mais demanda por carne ao longo do ano. “É uma crescente”, diz Araújo. Ele, no entanto, não acredita em alta nos próximos meses. Em sua opinião, o consumo de carne diminui em janeiro por causa das férias e gastos sazonais das famílias (como impostos e material escolar) e depois do carnaval por causa da quaresma (período em que os católicos diminuem o consumo de carne).

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O aumento do preço da carne pôs em risco o churrasco de fim de ano. Enquanto lojistas lamentam a alta e tentam fechar as vendas através de promoções, consumidores apostam na substituição de cortes e proteínas para que a grelha continue movimentada. O LeiaJá visitou açougues, ouviu vendedores e consumidores, e traz algumas dicas que podem te ajudar a manter a tradição do churrasco nas festividades de fim de ano.

O aumento das exportações de proteína animal para o mercado chinês é o motivo da insatisfação dos consumidores. "Tá um absurdo", reclama a auxiliar de cozinha Flávia dos Santos. Para ela, a famosa picanha "é uma carne que tem nome, mas também tem muitas outras boas, é só a pessoas pesquisar".

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Amaciar a carne para amaciar o bolso

Acompanhada da amiga de trabalho Priscila Moura, elas sugerem deixar as peças nobres de lado e apostar em cortes como bananinha e alcatra; encontradas no Mercado Público de Afogados, na Zona Oeste do Recife, por R$ 25 o quilo. Outra opção é comprar carnes 'mais duras' e amaciá-las com bebidas alcoólicas, frutas cítricas ou com o próprio amaciante específico.

O açougueiro Fábio Batista, que trabalha há 30 anos com bovinos, apoia as dicas das clientes. Ele afirma que o jeito é propor descontos para fechar as negociações e atrair os consumidores. "Meus clientes são antigos e quando eles pedem [desconto], a gente tem que 'ajeitar', né?", conta. Em seu frigorífico, a costela é vendida por R$ 15; já o preço da chã de dentro gira em torno de R$ 25.

“Eu garanto o churrasco”

"Eles sempre 'choram' um pouquinho e a gente sempre abate uma coisinha", reforça a dona do box frontal. Com uma maior demanda, dona Mirian Ferreira comemora: "a procura tá maravilhosa [...] Tá muito bom, não esperava ser tão bom como está". A explicação é pelo fato do seu comércio 'mexer' apenas com porco e bode, proteínas que serviram como uma fuga para o bolso da clientela. "Eu garanto o churrasco deles", assevera. Ela explica que o quilo do pernil e das costeletas dos animais de menor porte variam entre R$ 15 e R$ 20. 

Contudo, o sorriso no rosto de Cícera Leocardo era nítido. A vendedora de frango e linguiças destacou que "em comparação à carne [bovina], o frango tá melhor pra vender". Entre um atendimento e outro, ela destaca que a procura aumentou e o lucro do período deve atingir sua expectativa. Os itens com mais saída são a coxa -R$8-, a asinha -R$13-, o coração - R$20- e a toscana, que independente do tipo de carne, é vendida por R$ 14 o quilo. Vale lembrar que até a linguiça pode dar vez ao salsichão, com o pacote com 10 unidades vendido a R$ 10.

O mecânico João Barbosa compactua com a troca do boi pelo frango. "O plano B é correr para uma coisa alternativa. Eu mesmo tô levando o frango, no caso a coxa e a sobrecoxa", relatou. Diante do 'Réveillon da substituição', também é interessante se restringir à variedade de cortes e apostar em outros elementos que podem compor o churrasco. Além do vinagrete e da farofa, o pão de alho, a cebola e o abacaxi são um atrativo para satisfazer toda a família. 

O presidente Jair Bolsonaro desejou neste sábado (21) um "Feliz Natal" aos brasileiros, "mesmo sem carne para algumas pessoas". Segundo o presidente, apesar da falta da proteína nos pratos, o Brasil segue com "liberdade" e em situação econômica melhor que de outros países, como a Venezuela, onde "nem cachorro tem para comer".

"Vamos acreditar no Brasil, pessoal. Feliz Natal é um gesto, um simbolismo. Feliz Natal para você, mesmo sem carne para algumas pessoas aí, mas continua com a liberdade e temos outras opções. Outros países, que não tomaram a devida providência, as medidas na hora certa, hoje em dia não têm nem ovo. Nem cachorro tem para comer, na Venezuela", disse o presidente, mesmo sem trazer evidências de que essa situação efetivamente ocorra no país vizinho.

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Bolsonaro deu a declaração após jornalistas pedirem que ele enviasse uma mensagem de Natal aos brasileiros. Bolsonaro disse que, "do coração", quer mudar o País para melhor e que não há interesse pessoal em suas ações.

Na mensagem, Bolsonaro também afirmou que o Brasil estava no caminho da Venezuela e de uma "quebradeira".

"A gente está mudando isso aí. Algum efeito colateral acontece. Como tenho dito, reforma da Previdência é uma quimioterapia (tratamento contra um câncer), não é fácil para muita gente ter seu tempo de serviço majorado, pensão diminuída, mas se não fizer isso aí, quebraria o Brasil", declarou o presidente.

Bolsonaro voltou a fazer referência ao atentado que sofreu durante a campanha eleitoral e disse ser um "milagre" que esteja vivo e tenha sido eleito. "Aconteceram dois milagres: a vida e a eleição. Milagre, ninguém consegue entender como aconteceu. É uma chance que Deus me deu de mudar o destino do Brasil", afirmou.

Preço da carne

O aumento das exportações de carne para a China e a menor oferta devido à entressafra têm puxado para cima o preço da proteína animal desde o fim de novembro. Dos cinco alimentos da cesta de Natal cujos preços mais subiram, quatro são carnes. Depois do pernil, filé mignon (46,49%), lombo suíno (24,2%) e picanha (22,88%) estão na lista das maiores altas. Os dados são de pesquisa sobre inflação dos produtos da cesta de Natal apurada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), nos últimos 12 meses até a segunda quadrissemana de dezembro.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, disse nesta quinta-feira (19) que a criação de gado em terra indígena pode ajudar a derrubar o preço da carne. "Temos de criar mais boi aqui para diminuir o preço da carne. Eles podem criar boi", comentou o presidente, dirigindo-se a indígenas que o acompanhavam em frente ao Palácio da Alvorada.

Bolsonaro afirmou que deve enviar um único projeto ao Congresso para regulamentar exploração comercial de gado, agricultura e minério em terras indígenas. O presidente chamou a proposta de "lei áurea para o índio", em alusão à lei que terminou com a escravidão em 1888.

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"Quero dar independência para eles. Se eles querem pegar a terra, arrendar para alguém plantar soja, milho, faça isso. Respeitando a legislação", declarou Bolsonaro.

Bolsonaro disse que o projeto está pronto e o governo estuda o melhor momento para entregá-lo ao Congresso. O presidente afirmou que já viu líderes na Câmara contra a proposta. "Contra por quê? Vão continuar explorando terra deles (dos indígenas). Extração de maneira ilegal, extração mineral ilegal, (como) vem acontecendo", comentou Bolsonaro.

O presidente afirmou que há interesse estrangeiro em demarcar terras indígenas e torná-las "independentes" para explorar o território. "A ideia não é protegê-los. É pegar o que eles têm de bom lá, ou a gente acha que o estrangeiro está preocupado com o futuro dela e dele? Não tá preocupado", disse.

Bolsonaro também insinuou que o governo já deixou propositalmente de atender índios doentes. "Já tivemos problema no pelotão de fronteira do Exército. Chega o índio picado de cobra (lá). Não deixava ser atendido e o índio morria. Não queriam que os outros índios vissem que nós poderíamos curar alguém picado de cobra. Qual era a intenção disso? Deixar as terras virgens, intactas, para serem exploradas no futuro por outros povos", disse o presidente.

Comissão aprova PEC

Em agosto, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou parecer pela admissibilidade de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê atividades agropecuárias e florestais em terras indígenas.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), porém, não instalou comissão especial para discutir a proposta, passo seguinte necessário para a tramitação do texto.

O presidente Jair Bolsonaro voltou a tentar contornar críticas sobre a alta do preço da carne bovina no Brasil. Bolsonaro disse, nesta segunda-feira (16), que o País "vai quebrar" se não vender o produto "ao mundo". A declaração foi feita a apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada.

O presidente também repetiu que as agências reguladoras têm autonomia "para o bem e para o mal". "Tem agência que atrapalha um pouco. Não estou reclamando. É a regra do jogo", disse Bolsonaro.

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Bolsonaro afirmou ainda que o papel do governo para reagir a agências que "atrapalham" é indicar novos diretores ao final dos mandatos atuais. "Não critiquei agências. Falei que elas têm autonomia", ponderou o presidente.

Após afirmar que a COP-25 'não deu em nada', o ministro Ricardo Salles voltou a criar polêmica em suas redes sociais. No twitter, o gestor público postou uma foto de uma carne mal passada e fez "piada" com a emissão de gases e com os veganos.

"Para compensar nossas emissões na COP, um almoço veggie", tuitou o ministro, com a foto.

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O ministro foi alvo de diversas críticas pela postagem. Não só pelo desrespeito aos militantes da luta pela conscientização do aquecimento global e pelos veganos, como também pela insensibilidade de ostentar uma foto de uma carne nobre, em tempos de escassez deste alimento em várias residências brasileiras devido ao aumento no preço do produto. 

Ao ser perguntado por jornalistas se iria a um churrasco com a presença de ministros no Clube do Exército, o presidente Jair Bolsonaro disse: "não é churrasco não. Tá muito cara a carne". 

A declaração, que provocou risos entre apoiadores que o aguardavam, foi feita quando ele saia do Palácio do Alvorada para o almoço no clube. 

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O preço da carne disparou nos últimos meses, aumentando mais de 30% no atacado, puxando a inflação e fazendo com que muitas famílias brasileiras tivessem que mudar seu cardápio. No varejo, em novembro a alta foi de 8%. 

Bolsonaro disse que a subida se deve à "entressafra" e ao livre comércio, segundo publicado pelo portal UOL. 

'E aí, vamos tabelar a carne'?

"Essa época, todo ano tem a entressafra, sobe 10, 15%. Agravou um pouquinho porque nós abrimos o comércio. Se é pra fechar o comércio, e aí, vamos tabelar a carne? O que vocês acham? Taxar, quer que taxe a carne par exportação, o que vocês acham disso?", afirmou. 

Além disso, Bolsonaro disse que pode vetar pontos da lei anticrime, aprovada no Congresso Nacional. Ele também anunciou que vetaria o aumento da pena para os crimes de calúnia e difamação na internet.

"A internet é território livre. Eu quero liberdade de imprensa. Ninguém mais do que eu sou atacado na internet, não é por isso que vou querer penalizar", argumentou. 

Sobre o almoço no Clube do Exército, Bolsonaro disse ainda que iriam participar os ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Tarcísio Gomes de Freitas (Infraestrutura). 

A carne subiu puxada pelo aumento das exportações para a China. Como o país asiático sofreu queda de produção de suínos, passou a importar mais proteínas. Por isso, a oferta para o mercado interno brasileiro diminuiu e os preços subiram. Além disso, há um aumento da demanda nessa época do ano no mercado interno brasileiro.

Da Sputnik Brasil

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