O jantar de confraternização do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que ocorreu na noite da quinta-feira, 21, teve clima amistoso entre os convidados. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que foi alvo de críticas do governo por diversas vezes durante o ano, estava "enturmado" com o restante da equipe da gestão e próximo do presidente, relataram participantes do evento ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
Campos Neto chegou ao local por volta das 20 horas e permaneceu até cerca de 23 horas. A presença por mais de três horas do presidente da autoridade monetária superou até mesmo o tempo de ministros do governo no evento.
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De acordo com relatos à reportagem, o clima entre Lula e Campos Neto estava "excelente e amigável" e o presidente do BC estava "enturmado" com o restante do governo federal.
A permanência alongada de Campos Neto ocorre após o presidente do Banco Central ter sido bastante criticado por integrantes do governo durante grande parte do primeiro mandato da gestão Lula 3. Em diversas ocasiões, Lula se referiu a Campos Neto como "esse cidadão" por conta da resistência da autoridade monetária baixar a taxa básica de juros, a Selic.
Nos últimos meses, contudo, com anúncios graduais de queda na taxa Selic, a relação entre Campos Neto e o governo melhorou. Apesar disso, permanecem críticas de alguns interlocutores para uma redução mais acelerada da taxa.
O churrasco da quinta-feira, que ocorreu na Granja do Torto, contou com um trio feminino de Forró Pé de Serra. A ministra da Cultura, Margareth Menezes, também aproveitou o evento e cantou uma música.
Em sua primeira gestão, de 2003 a 2010, Lula costumava convidar aliados e amigos para discutir política e jogar futebol no Torto. Dessa vez, o compromisso não teve futebol.
A Granja do Torto é uma instalação da Presidência da República e serve como residência oficial.
O chefe do Executivo foi o primeiro a chegar ao local, às 19h25, junto com a primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja. Lula permaneceu por pouco mais de quatro horas e deixou o local às 23h30.
Dentre as autoridades que foram à confraternização, além de Campos Neto, estavam os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Simone Tebet (Planejamento), Mauro Vieira (Relações Exteriores), Márcio Macêdo (Secretaria-Geral), André Fufuca (Esporte), Nísia Trindade (Saúde), Sônia Guajajara (Povos Indígenas) e o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante.
Também marcou presença o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP).
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, foi uma das principais ausências da confraternização. Rui está em Salvador, na Bahia, para cuidar de seu filho recém-nascido.
Além dele, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, também não compareceu.